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1 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO NESTE CADERNO, VOCÊ ENCONTRARÁ OS SEGUINTES ASSUNTOS: CAPÍTULO 1 – ESTÁTICA DOS FLUIDOS .......................................................................... 21 Fluidos sagrados e suas aplicações.................................................................................... 21 A vazão ............................................................................................................................. 22 A densidade ...................................................................................................................... 24 A PRESSÃO – Conceitos básicos ........................................................................................ 24 Detalhando o conceito da pressão .................................................................................... 25 Atmosfera ......................................................................................................................... 26 Horror no vácuo ................................................................................................................ 26 Pressão atmosférica .......................................................................................................... 27 Princípo de Stevin ............................................................................................................. 27 Princípio de Pascal ............................................................................................................ 28 Empuxo – Princípio de Arquimedes .................................................................................. 29 2 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO CAPÍTULO 1 – ESTÁTICA DOS FLUÍDOS CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR POIS EU VOU FAZER UMA PRECE A DEUS, NOSSO SENHOR PRA CHUVA PARAR DE MOLHAR O MEU DIVINO AMOR QUE É MUITO LINDO, É MAIS QUE O INFINITO, É PURO E BELO, INOCENTE COMO A FLOR POR FAVOR, CHUVA RUIM, NÃO MOLHE MAIS O MEU AMOR ASSIM. CHOVE CHUVA (JORGE BEN) 1 – FLUIDOS SAGRADOS E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS Na música de Jorge Ben, uma situação banal, como a chuva que nos pega desprevenidos no caminho de casa ou do trabalho, é usada para compor uma declaração de amor. A chuva, na música, é ruim porque molha o seu divino amor. A água, que compõe grande parte de nosso corpo, e o ar que respiramos, ambos fluidos essenciais à nossa vida, de tão primordiais já chegaram a ser tratados como divindades pelos antigos. Nas sociedades modernas, esse mito não carrega valor algum; pelo contrário, costuma-se desprezar o valor vital desses fluidos em troca do progresso e do lucro. Nosso modo de vida dificulta a percepção de como somos dependentes da água e do ar e que deveríamos zelar por boas condições de uso, sem desperdícios ou deterioração. Mas, diante de uma chuva que não pára ou que é rápida, mas intensa, problemas sérios surgem. Chegamos mesmo a pensar que a chuva é realmente ruim, não porque nos molha, mas devido às enchentes que provocam, com suas inúmeras consequências. Entretanto, atribuir a responsabilidade das enchentes apenas às chuvas é simplificar demais o problema. PREVENIR AINDA É MELHOR E MAIS BARATO QUE REMEDIAR Com o término do período chuvoso em boa parte do Brasil é a hora de contabilizar os estragos deixados pelas enchentes, que não são poucos ao longo dos anos. Minas Gerais mais uma vez sofreu com as fortes chuvas, acumulando prejuízos, que ultrapassaram R$ 25 milhões. Em Goiás Velho, o Governo Federal investiu mais de R$ 40 milhões para a cidade receber o título de Patrimônio Histórico da Humanidade - um dinheiro que foi literalmente levado rio abaixo em 6 horas de chuvas. Na Grande São Paulo, devido à sua grande conturbação urbana, não é mais necessária uma chuva intensa, 15 minutos são suficientes para que a cidade viva mais um dia de caos. Estima-se que, atualmente, na região, existam mais de 500 pontos de alagamento e transbordo. Poderia lembrar ainda os danos ocorridos nesse verão em Salvador, na Grande Belo Horizonte, em Recife e muitas outras cidades brasileiras. (...) Samuel Roiphe Barreto, jornal O Estado de S. Paulo, 26 abr. 2002. Na reportagem acima, poderíamos muito bem acrescentar o exemplo de Vitória da Conquista no Sudoeste baiano, onde uma hora de chuva intensa já mostra os problemas estruturais da cidade. A questão das enchentes é muito complexa e requer um planejamento e envolvimento de todos para solucioná-la. O problema não se limita às grandes cidades. Afeta também regiões mais afastadas. Ações preventivas e emergenciais são adotadas para diminuir um problema que se arrasta há décadas, como se pode ver na reportagem de 1992. CESP REDUZ VAZÃO DE RIO PARA PROTEGER FAMÍLIAS A partir de hoje, a Companhia energética de São Paulo reduz de 15 mil para 14 mil metros cúbicos por segundo a vazão da represa de Jupiá, e o rio Paraná deixa de ser ameaça para centenas de famílias da região ribeirinha. A informação foi dada ontem à Agência Estado pelo engenheiro Celso Cerquiari, gerente de operação das usinas da CESP no rio Paraná. Ele anunciou ainda a desmobilização temporária do esquema de emergência montado na cidade de Presidente Epitácio, a 680 quilômetros de São Paulo, onde a inundação de áreas residenciais seria inevitável com vazão acima de 16 mil metros cúbicos por segundo. (...) Antônio José do Carmo, jornal O Estado de S. Paulo, 28 fev. 1992. 2- A VAZÃO Vamos entender melhor a reportagem acima. A água da represa Jupiá é retida pela barragem, passando apenas por comportas, cuja abertura é regulada pela CESP, controlando o fluxo de água que é escoada para o rio Paraná. Quanto maior a abertura das comportas, maior o volume de água no rio Paraná. A água do rio Paraná está sempre escoando, mas quanto maior a vazão pelas comportas, maior será o volume do rio, aumentando o risco de inundações. Mas o que é vazão? Vejamos: um metro cúbico (1 m3) de água pode ser pensado como sendo uma caixa quadrada (com lados de um metro) cheia de água, que equivale a 1.000 litros. Uma vazão de um metro cúbico por segundo (1m3/s) significa que, a cada segundo, 1.000 litros de água passam por um certo local (em nosso caso, as comportas da represa Jupiá), correspondendo ao volume de uma caixa de água dessas. Faça o exercício abaixo e entenda por que a população ribeirinha estava aflita. Se dividirmos o volume escoado ΔV pelo tempo de escoamento Δt, teremos uma grandeza denominada vazão em volume, e é representada pela letra Q. DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS 1) Você saberia dizer de que forma a CESP conseguiu diminuir o risco de inundações? NO CONTEXTO DA FÍSICA 3 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO 2) Quantos litros representam uma vazão de 15 mil metros cúbicos por segundo? Outras soluções são propostas para os centros urbanos, procurando, ao mesmo tempo, diminuir os impactos das chuvas e o problema da distribuição e escassez de água: LEI DAS PISCININHAS CHEGA A OUTRAS CIDADES Depois da capital paulista, outras cidades estudam leis que obriguem a construção de reservatórios de águas pluviais para evitar enchentes ou para estimular seu reaproveitamento, como a promulgada em janeiro pela prefeitura de São Paulo. Conhecida como “Lei das Piscininhas”, a Lei nº 13.276 despertou iniciativas semelhantes em Campina Grande (PB), Campinas (SP), Limeira (SP), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro e Curitiba. Em Campina Grande, os vereadores aprovaram, no final do ano passado uma lei que obriga as escolas públicas a construírem reservatórios para águas pluviais. O intuito, neste caso, é amenizar os efeitos daseca. “Agora, a Câmara deve estender a determinação a todas as edificações da cidade”, afirmou o empresário Elair Antonio Padin, idealizador das piscininhas. (...) Outro objetivo da lei é reduzir as enchentes de São Paulo. Para tanto, ela determina que a água armazenada seja escoada do reservatório apenas uma hora após o término da chuva, caso não seja reaproveitada para outros usos. A determinação visa não sobrecarregar as redes públicas de águas pluviais no momento em que a chuva acontece. Com isso, espera-se que rios e galerias não transbordem. (...) Márcio Juliboni, Jornal O Estado de S. Paulo, 29 mai. 2002. DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS 1) Nas três reportagens anteriores, a ideia de vazão das águas pluviais está presente. O que acontece com a vazão das águas das chuvas nas galerias pluviais, quando elas ou as “bocas de lobo” estão com lixo acumulado? De onde vem e para onde vai este lixo? No ENEM-2001, a preocupação com a consciência cidadã dos estudantes, tanto quanto a importância da manutenção e preservação da qualidade de nossa água, esteve presente. Vamos resolver a questão? 2) (ENEM - COMENTADO) “A possível escassez de água é uma das maiores preocupações da atualidade, considerada por alguns especialistas como o desafio maior do novo século. No entanto, tão importante quanto aumentar a oferta é investir na preservação da qualidade e no reaproveitamento da água de que dispomos hoje.” A ação humana tem provocado algumas alterações quantitativas e qualitativas da água: 1) Contaminação de lençóis freáticos 2) Diminuição da umidade do solo 3) Enchentes e inundações Pode-se afirmar que as principais ações humanas associadas às alterações 1), 2) e 3) são, respectivamente; a) uso de fertilizantes e aterros sanitários / lançamento de gases poluentes / canalização de córregos e rios. b) lançamento de gases poluentes / lançamento de lixos nas ruas / construção de aterros sanitários. c) uso de fertilizantes e aterros sanitários / desmatamento / impermeabilização do solo urbano. d) lançamento de lixo nas ruas / uso de fertilizantes / construção de aterros sanitários. e) construção de barragens / uso de fertilizantes / construção de aterros sanitários. COMENTANDO A QUESTÃO 2 O uso de fertilizantes e agrotóxicos contamina o solo com produtos químicos. Em aterros sanitários, é muito comum escorrer um líquido mal cheiroso, subproduto da decomposição orgânica do lixo. Tanto os produtos químicos da agricultura quanto os resíduos dos aterros podem ser absorvidos pelo solo. Com as chuvas, esses poluentes podem atingir reservatórios de água subterrâneos (lençóis freáticos), que escoam para os rios utilizados para abastecer as cidades. A erosão facilitada ou propiciada pelo desmatamento ocasiona perda da capacidade de armazenamento de água pelo solo e mudança no regime de chuvas na região, tendo como consequência a diminuição da umidade do solo. Por fim, boa parte das enchentes e inundações nos grandes centros urbanos, nos períodos chuvosos, tem suas causas na impermeabilização do solo urbano pelo asfalto e concreto. Toda água das chuvas escorre pelas galerias pluviais para desaguar nos córregos e rios das cidades, compondo uma grande vazão. Antes dessa impermeabilização, boa parte desta água era “chupada” pela terra, ficando ali por algum tempo. O projeto das piscininhas procura fazer as vezes, dessa absorção local. Portanto, a alternativa correta desta questão é c. ATIVIDADES PARA SALA 1) (ENEM) O uso da água do subsolo requer o bombeamento para um reservatório elevado. A capacidade de bombeamento (litros/hora) de uma bomba hidráulica depende da pressão máxima de bombeio, conhecida como altura manométrica H (em metros), do comprimento L da tubulação que se estende da bomba até o reservatório (em metros), da altura de bombeio h (em metros) e do desempenho da bomba (exemplificado no gráfico). De acordo com os dados a seguir, obtidos de um fabricante de bombas, para se determinar a quantidade de litros bombeados por hora para o reservatório com uma determinada bomba, deve-se: 1 - Escolher a linha apropriada na tabela correspondente à altura (h), em metros, da entrada de água na bomba até o reservatório. 2 - Escolher a coluna apropriada, correspondente ao comprimento total da tubulação (L), em metros, da bomba até o reservatório. 3 - Ler a altura manométrica (H) correspondente ao cruzamento das respectivas linha e coluna na tabela. 4 - Usar a altura manométrica no gráfico de desempenho para ler a vazão correspondente. 4 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO Considere que se deseja usar uma bomba, cujo desempenho é descrito pelos dados acima, para encher um reservatório de 1.200 L que se encontra 30 m acima da entrada da bomba. Para fazer a tubulação entre a bomba e o reservatório seriam usados 200 m de cano. Nessa situação, é de se esperar que a bomba consiga encher o reservatório a) entre 30 e 40 minutos. b) em menos de 30 minutos. c) em mais de 1 h e 40 minutos. d) entre 40 minutos e 1 h e 10 minutos. e) entre 1 h e 10 minutos e 1 h e 40 minutos. Habilidade segundo a Matriz: C2-H6, Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. 2) (ENEM) Eclusa é um canal que, construído em águas de um rio com grande desnível, possibilita a navegabilidade, subida ou descida de embarcações. No esquema abaixo, esta representada a descida de uma embarcação, pela eclusa do porto Primavera, do nível mais alto do rio Paraná ate o nível da jusante. A câmara dessa eclusa tem comprimento aproximado de 200 m e largura igual a 17 m. A vazão aproximada da água durante o esvaziamento da câmara e de 4.200 m3 por minuto. Assim, para descer do nível mais alto ate o nível da jusante, uma embarcação leva cerca de a) 2 minutos. d) 16 minutos. b) 5 minutos. e) 21 minutos. c) 11 minutos. 3- A DENSIDADE Diversos objetos e substâncias são, diariamente, jogados em rios, contribuindo com sua poluição. Algumas flutuam, outras afundam. A lagoa das Bateias em Vitória da Conquista é um cenário triste e curioso. Apesar de sua beleza geográfica, tem sido um local onde moradores jogam todo o tipo de dejetos. É muito comum ver latas e garrafas “boiando” na lagoa. Afundado na lagoa existem pneus. Dizemos que a borracha que compõe o pneu é mais densa que a água do rio, por isso ele afunda. Por vezes, observam-se detritos e líquidos oleosos que bóiam sobre as águas da lagoa. Dizemos, portanto, que detritos e líquidos oleosos, lançados em esgotos pelas indústrias ou levados pelas águas pluviais, são menos densos que a água. Quando temperamos salada, vemos o mesmo fenômeno: o óleo, menos denso, bóia sobre o vinagre. A densidade é uma característica própria do material, que independe de tamanho e forma. Entretanto, líquidos com valores de densidades próximos misturam-se, como é o caso da água e do álcool. O álcool utilizado como combustível nos automóveis possui um certo percentual de água em sua NO CONTEXTO DA FÍSICA 5 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO composição. Da mesma forma, à gasolina é misturada uma certa proporção de álcool, visto que ambos os combustíveis possuem densidades próximas, com a finalidade de diminuir a emissão de poluentes, uma vez que a queima do álcool polui menos que a gasolina. A questão do ENEM-2001, abaixo, apresenta um desafio real para o nosso bolso, referente à qualidade do combustível que consumimos: DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS 1) (ENEM - COMENTADO) Pelas normas vigentes, o litrodo álcool hidratado que abastece os veículos deve ser constituído de 96% de álcool puro e 4% de água (em volume). As densidades desses componentes são dadas na tabela. Um técnico de um órgão de defesa do consumidor inspecionou cinco postos suspeitos de venderem álcool hidratado fora das normas. Colheu uma amostra do produto em cada posto, mediu a densidade de cada uma, obtendo: A partir desses dados, o técnico pôde concluir que estavam com o combustível adequado somente os postos (A) I e II (B) I e III (C) II e IV (D) III e V (E) IV e V COMENTANDO A QUESTÃO 1 Poderíamos deixar esta questão para a Matemática, pois se trata de uma noção a respeito de razão e proporção. Considerando que abarca o conceito de Densidade, importante em Hidrostática, vamos corrigir. A Densidade é a razão entre a massa e o volume, a unidade utilizada foi g / l, e eu prefiro g/cm3. Mas, quanto a isto, não irá influir em nada. Simples: misturando água em álcool, sendo a água mais densa, a densidade desta mistura álcool-água tende a ser maior que a do álcool puro, como todas as opções de uma questão bem feitinha, como esta, mostram. Fazendo a conta da densidade da mistura, na proporção que rege a lei: d mistura = 96% de 800+ 4% de 1.000 = 0,96.800 + 0,04.1000 = 808 g/l Para misturas mais densas que isto, foi acrescentado mais água (a mais densa) e vice-versa. Logo, o posto IV está exatamente dentro da norma, e o V colocou menos água do que poderia, e isto é raro! O que se vê, na TV, o normal seria adulterar o combustível com mais água, de preferência da chuva, que é grátis! Outra propriedade fundamental e típica dos fluidos é a sua pressão. A partir do conhecimento desta propriedade, tanto a saúde quanto equipamentos tecnológicos são desenvolvidos. 4 – A PRESSÃO – CONCEITOS BÁSICOS O sangue, sendo um fluido, exerce uma pressão nas paredes internas das veias e artérias, chamada pressão sanguínea. Utilizando os aparelhos da figura abaixo no braço do paciente, o médico mede essa pressão registrando dois valores, em uma unidade de medida de pressão conhecida por milímetros de mercúrio (mmHg): o valor maior corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração, e o inferior corresponde à pressão, na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado, após uma contração. Em pessoas adultas, a pressão cardíaca é considerada normal, se forem obtidos valores inferiores a 140/90 mmHg (lê-se 140 por 90). Quanto mais próximo desse limite, maior o risco de hipertensão. Acima destes valores, como por exemplo 145/95 mmHg, a pessoa é classificada como hipertensa, devendo fazer acompanhamento médico regular, controlar a alimentação e fazer exercícios físicos regulares, abandonando vícios como álcool e fumo. Essas ações pró-saúde diminuem o risco de infartos e derrames. Em termos gerais, uma pressão de 120/80 mmHg é considerada como ideal ( o famoso 12 por 8). Entretanto, somente um profissional da saúde pode atestar o estado da pressão sanguínea e o tratamento adequado em cada caso. As indicações acima são genéricas e não devem ser usadas como autotratamento independentes de um aconselhamento médico. É recomendado que mesmo pessoas com pressão sanguínea normal façam, no mínimo, uma medida de pressão ao ano. DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS 1) Por que as caixas de água nas residências estão sempre em locais mais altos? O conhecimento da pressão nos fluidos líquidos é amplamente aplicado em projetos hidráulicos e aparelhos tecnológicos que utilizamos diariamente. Em edifícios, é comum as torneiras dos andares mais altos apresentarem uma pressão da água menor que os andares mais baixos. Essa propriedade seguramente foi utilizada no momento de projetar a rede de tubulações de água do prédio. Macacos hidráulicos são usados para levantar automóveis em postos de combustíveis. Os freios dos automóveis funcionam com óleos, fluidos que transferem a pressão do pedal para as lonas e pastilhas. Assim como a direção hidráulica, que foi desenvolvida valendo-se dessa propriedade dos óleos fluidos, facilitando a movimentação da direção para o motorista. Todas essas aplicações tecnológicas decorrem do conhecimento das propriedades dos fluidos. Esses conhecimentos possibilitam a construção de equipamentos, bem como antecipar situações que apresentem desafios para a sociedade. 6 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO Pensemos agora na pressão dos gases, que também são fluidos. Todos os gases tendem a fluir para o local de menor pressão. Ventos são deslocamentos de massas de ar devido à variação de pressão, decorrente do aumento ou diminuição da temperatura. Dentro da panela de pressão, o vapor de água, à grande pressão, tende a sair pela válvula, em forma de jatos, para onde a pressão é menor. Algo semelhante acontece quando a porta de casa, que está com ambiente quente, é aberta numa noite de frio intenso: o ar quente, à pressão maior, tende a sair da casa, dando lugar ao ar frio de fora. Um desodorante spray, ao ser acionado, espirra o perfume, pois dentro do frasco a pressão é maior do que fora. O ar que entra e sai de nossos pulmões só o faz devido à variação de pressão decorrente da ação do músculo do diafragma sob o tórax. É o mesmo princípio do aspirador de pó, em que uma ventoinha diminui a pressão em seu interior, fazendo com que o ar e a poeira sejam arrastados juntos para seu interior, onde a poeira é filtrada. 5 – DETALHANDO O CONCEITO DE PRESSÃO O conceito de pressão nos permite entender muitos dos fenômenos físicos que nos rodeiam. Por exemplo, para cortar um pedaço de pão, utilizamos o lado afiado da faca (menor área), pois, para uma mesma força, quanto menor a área, maior a pressão produzida. Agora é possível entender por que, quando se empurra o alfinete e o lápis contra o papel, com a mesma força, o alfinete fura o papel, ou ao menos deixa uma marca, e o lápis não faz nada: a pressão do alfinete sobre o papel é maior. A equação abaixo mostra claramente que pressão e área são inversamente proporcionais. Inúmeros outros exemplos cotidianos podem comprovar ainda a relação matemática acima. Se você decidir ir à praia. O que será mais conveniente? Ir com um tênis ou com um sapato de salto alto e fino? Por causa da pressão, é difícil caminhar na areia com sapatos de salto fino. É muito mais fácil andar com os pés descalços ou com o tênis. Devido ao nosso peso, nossos pés exercem pressão sobre a areia. Quando andamos descalços, a superfície de contato, onde a força é aplicada (área dos pés), é maior do que quando andamos com os sapatos, de forma que a pressão será menor e afundaremos menos, o que facilita a caminhada. Pela mesma razão, podemos nos deitar numa cama de pregos. Quando nos deitamos, o nosso peso se distribui por uma área grande e, dessa forma, a pressão de cada prego é pequena, e não nos fere. Se, por outro lado, ficássemos em pé sobre a cama, com certeza iríamos nos machucar, pois agora o nosso peso estaria distribuído por uma área bem menor (dos pés) e, assim, a pressão seria bem maior. CAMA DE PREGOS E A DURA VIDA DE UM FAQUIR 6 – ATMOSFERA Você já aprendeu que todos os objetos se atraem e os que estão próximos à Terra são atraídos para sua superfície. Envolvendo a Terra existe uma camada formada por gases. Essa camada recebe o nome de atmosfera. A atmosfera contém, entre outros gases, oxigênio, que é essencial à vida. Os gases são formados por conjuntos de átomos, chamados de moléculas. Essas moléculas possuem massae são atraídas para a Terra, mantendo-se, assim, ao seu redor. Existem muitas dessas moléculas envolvendo a Terra e sendo atraídas na sua direção. Cada uma delas é extremamente leve, pois sua massa é muito pequena, mas, como existem muitas delas, o peso de todas juntas é considerável. A existência da atmosfera em nosso planeta é o resultado do casamento feliz entre dois aspectos fundamentais. O primeiro é a distância ideal que nosso planeta se encontra do Sol. Recebemos continuamente energia térmica e luminosa da grande estrela. E essa energia chega às moléculas de ar, permitindo que de posse dessa energia cinética, elas possam se mover com velocidades de até 1600 km/h. O outro ponto importante é a gravidade. Se, de alguma maneira, a gravidade da Terra fosse ―desligada, as moléculas da atmosfera se dispersariam e desapareceriam da vizinhança da Terra. Então afortunadamente, existe o Sol para energizar as moléculas de ar e a gravidade para segurá-las por aqui. A atmosfera terrestre NO CONTEXTO DA FÍSICA 7 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO exerce uma pressão sobre as nossas cabeças. E não só sobre elas, mas sobre toda a superfície da Terra. Essa pressão, denominada pressão atmosférica, depende da altitude do local, pois à medida que nos afastamos da superfície do planeta, o ar se torna cada vez mais rarefeito, e, portanto, exercendo uma pressão cada vez menor. A coluna de ar é maior na cidade a, então a pressão na cidade a também é maior. 7 – “HORROR AO VÁCUO” GOSTAM DE HISTÓRIA? ENTÃO VAMOS LÁ... Em certa ocasião, no século XVII, o famoso sábio Galileu Galilei foi consultado pelos emissários do Grão-Duque de Toscana, na Itália, a respeito de um fato curioso. A fim de ampliar o sistema de irrigação foram feitos grandes poços nos jardins do Duque e as bombas tinham de trazer a água de uma profundidade de 15 metros. Assombrados os construtores viam que as máquinas trabalhavam sem parar, mas a água só chegava a uma altura próxima de 10 metros em relação ao nível da água no poço. Sem saber o que fazer, resolveram consultar Galileu, famoso em toda a Itália por suas engenhosas soluções. Galileu estudou o problema, mas se deu por vencido. Contudo, Evangelista Torricelli, um de seus discípulos prediletos, encontrou a chave do enigma. Torricelli se perguntou por que a água sobe pelo tubo quando se faz vácuo? Os antigos sábios gregos sustentavam que era pelo ―horror ao vazio. A matéria não tolerava que se fizesse o vácuo; e quando era produzido corria horrorizada a enchê-lo. Esta fantástica teoria levava a crer que a matéria - a água, neste caso - era dotada de uma espécie de sabedoria e até de vontade. Torricelli concluiu que tudo aquilo era falso. Refletindo sobre o problema concluiu que a água era empurrada pelo peso do ar sobre a superfície livre da água no fundo do poço tal como se pode ver na figura abaixo: Por muito alta que seja a atmosfera, ela produz um peso sobre a superfície da água no máximo para contrabalançar o peso de uma coluna de 10 metros de altura de água, como o demonstrava o ocorrido nos poços de Florença. Mas, prosseguiu ele em seu raciocínio: que aconteceria, se em lugar de bombear água fosse preciso bombear mercúrio? O mercúrio é quase 14 vezes mais denso do que a água, portanto, ao nível do mar uma coluna de 10 metros de água tem o mesmo peso do que uma coluna de mesmo diâmetro de 76 cm de mercúrio. Torricelli comunicou suas reflexões a Viviani, outro discípulo predileto de Galileu. E Viviani efetuou em seguida a experiência, hoje conhecida pelo nome de experiência de Torricelli. A experiência consiste em se encher um tubo de vidro, com uma das extremidades fechada, com mercúrio e emborcá-lo em uma cuba contendo mercúrio. O mercúrio forma uma coluna de 76 cm de altura, exercendo uma pressão exatamente igual à pressão exercida pela coluna de ar da atmosfera. O problema do poço do Duque de Toscana não foi solucionado por Torricelli, mas proporcionou, sem dúvida nenhuma, uma importante descoberta. 8- PRESSÃO ATMOSFÉRICA Na figura, as pressões nos pontos A e B são iguais (pontos na mesma horizontal e no mesmo líquido). A pressão no ponto A corresponde à pressão da coluna de mercúrio dentro do tubo, e a pressão no ponto B corresponde à pressão atmosférica ao nível do mar: PB = PA = P0 = Pcoluna (Hg) Como a coluna de mercúrio que equilibra a pressão atmosférica é de 76 cm, dizemos que a pressão atmosférica ao nível do mar equivale à pressão de uma coluna de mercúrio de 76 cm. DEDUÇÃO Lembrando que a pressão de uma coluna de líquido é dada por F/A. Daí, P = peso / A P = mg / A como m = densidade (d) . volume (V) e volume = A . h P = d.V.g / A P = d . A . h . g / A P = d . h . g 8 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO Como g = 10 m/s2, temos no SI : P0 = 76cmHg = 760mmHg = 1x105 N/m2 A maior pressão atmosférica é obtida ao nível do mar (altitude nula). Para qualquer outro ponto acima do nível do mar, a pressão atmosférica é menor. Para um corpo que esteja mergulhado num fluido qualquer a pressão total (P total) sobre ele será: P total = P0 + P liquido P total = P0 + d h g 9- PRINCÍPIO DE STEVIN "A diferença entre as pressões em dois pontos de um líquido em equilíbrio (pressão no ponto mais profundo e a pressão no ponto menos profundo) é proporcional à diferença entre as profundidades consideradas." Matematicamente o enunciado acima pode ser escrito assim: PA – PB = dgh Onde h = hA – hB A partir do Teorema de Stevin podemos analisar algumas conseqüências: 9.1- A pressão aumenta com a profundidade. Para pontos situados na superfície livre, a pressão correspondente é igual à exercida pelo gás ou ar sobre ela. Se a superfície livre estiver ao ar atmosférico, a pressão correspondente será a pressão atmosférica, p0. 9.2- Pontos situados em um mesmo líquido e em uma mesma horizontal ficam submetidos à mesma pressão. Na equação acima, se hA = hB, afirmamos que pA = pB A PRESSÃO NA BASE DESSES 4 RECIPIENTES SEMPRE SERÁ IGUAL, INDEPENDENTE DO VOLUME DO LÍQUIDO. 9.3 – Quando dois líquidos que não se misturam (imiscíveis) são colocados num mesmo recipiente, eles se dispõem de modo que o líquido de maior densidade ocupe a parte de baixo e o de menor densidade a parte de cima. A superfície de separação entre eles é horizontal. d2 > d1 Por exemplo, se o óleo e a água forem colocados com cuidado num recipiente, o óleo fica na parte superior porque é menos denso que a água, que permanece na parte inferior. Caso os líquidos imiscíveis sejam colocados num sistema constituídos por vasos comunicantes, como um tubo em U, eles se dispõem de modo que as alturas das colunas líquidas, medidas a partir da superfície de separação, sejam proporcionais às respectivas densidades. d1 h1 h2 d2 Na Figura acima, sendo d1 a densidade do líquido menos denso, d2 a densidade do líquido mais denso, h1 e h2 as respectivas alturas das colunas, obtemos: d1h1 = d2h2 Exemplo: Demonstre que líquidos imiscíveis colocados num tubo em U se dispõem de modo que as alturas, medidas a partir da superfície de separação, sejam inversamente proporcionais às respectivas densidades. RESOLUÇÃO A pressão no ponto A é igual à pressão no ponto B (mesma horizontal e mesmo líquido): pA = pB Mas: pA = p0 + d1gh1 pB = p0 + d2gh2 Assim: p0 + d1gh1 = p0 + d2gh2 d1h1 = d2h2 9.4- Manômetro do Tubo AbertoA figura representa um manômetro de tubo aberto. Pela diferença de níveis do líquido nos dois ramos do tubo em U, mede-se a pressão manométrica do sistema contido no reservatório à esquerda. Escolhendo os dois pontos A e B mostrados na figura, temos: PA = PB PSISTEMA = P0 + PLÍQUIDO PSISTEMA = P0 + dgh PMANOMÉTRICA = dgh 10-PRINCÍPIO DE PASCAL O princípio físico que se aplica, por exemplo, aos elevadores hidráulicos dos postos de gasolina e ao sistema de freios e amortecedores, deve-se ao físico, matemático e teólogo francês Blaise Pascal (1623-1662). Seu enunciado é: 9 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO O acréscimo de pressão produzido num líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do líquido. Consideremos um líquido em equilíbrio colocado em um recipiente. Vamos supor que as pressões hidrostáticas nos pontos A e B (veja a figura) sejam, respectivamente, 0,2 e 0,5atm. Se através de um êmbolo comprimirmos o líquido, produzindo uma pressão de 0,1atm, todos os pontos do líquido sofrerão o mesmo acréscimo de pressão. Portanto os pontos A e B apresentarão pressões de 0,3atm e 0,6atm, respectivamente. As prensas hidráulicas em geral, sistemas multiplicadores de força, são construídas com base no Princípio de Pascal. Uma aplicação importante é encontrada nos freios hidráulicos usados em automóveis, caminhões, etc. Quando se exerce uma força no pedal, produz-se uma pressão que é transmitida integralmente para as rodas através de um líquido, no caso, o óleo. A figura seguinte esquematiza uma das aplicações práticas da prensa hidráulica: o elevador de automóveis usado nos postos de gasolina. F2 F1 A1 A2 P1 P2 O ar comprimido, empurrando o óleo no tubo estreito, produz um acréscimo de pressão (Δp), que pelo princípio de Pascal, se transmite integralmente para o tubo largo, onde se encontra o automóvel. Sendo Δp1 = Δp2 e lembrando que Δp = F/A , escrevemos: F1/A1 = F2/A2 Como A2 > A1 , temos F2 > F1 , ou seja, a intensidade da força é diretamente proporcional à área do tubo. A prensa hidráulica é uma máquina que multiplica a força aplicada. Exemplo Na prensa hidráulica abaixo, os diâmetros dos tubos 1 e 2 são , respectivamente, 4cm e 20cm. Sendo o peso do carro igual a 10 kN, determine a força que deve ser aplicada no tubo 1 para equilibrar o carro. ANTES DE VER A RESOLUÇÃO, TENTE FAZER SOZINHO... RESOLUÇÃO A área do tubo é dada por A = R2 , sendo R o raio do tubo. Como o raio é igual a metade do diâmetro, temos R1 = 2cm e R2 = 10cm. Como R2 = 5R1 , a área A2 é 25 vezes a área A1 , pois a área é proporcional ao quadrado do raio. Portanto A2 = 25A1 Aplicando a equação da prensa, obtemos: F1/A1 = F2/A2 F1/A1 = 10000/25A1 F1 = 400 N Exercício Um elefante e uma galinha estão equilibrados sobre um elevador hidráulico, conforme mostra a figura. a) Sendo o peso do elefante 16.000 N e o da galinha 20N, calcule qual deve ser a relação entre as áreas das superfícies sobre a qual eles estão, isto é, quanto vale A1/A2? b) Suponha que a área onde está apoiada a galinha (A2) seja 10 cm2. Qual dever á ser a área onde está o elefante (A1)? 10 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO 11- EMPUXO - PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES Quando mergulhamos um corpo qualquer em um líquido, verificamos que este exerce, sobre o corpo uma força de sustentação, isto é uma força dirigida para cima, que tende a impedir que o corpo afunde no líquido. Você já deve ter percebido a existência desta força ao tentar mergulhar, na água um pedaço de madeira, por exemplo. É também esta força que faz com que uma pedra pareça mais leve quando imersa na água ou em outro líquido qualquer. Esta força vertical, dirigida para cima, é denominada EMPUXO do líquido sobre o corpo mergulhado. Mas porque aparece o empuxo? Consideramos um corpo mergulhado em um líquido qualquer. Como sabemos, o líquido exercerá forças de pressão em toda a superfície do corpo em contato com este líquido. Como a pressão aumenta com a profundidade, as forças exercidas pelo líquido, na parte inferior do corpo, são maiores do que as forças exercidas na parte superior. Na figura acima as setas indicam as forças que atuam nas diferentes partes do corpo. Note que o tamanho da seta indica a intensidade da força naquele ponto. A resultante destas forças, portanto, deverá ser dirigida para cima. É esta resultante que representa o empuxo que atua no corpo, tendendo a impedir que ele afunde no líquido. ATENÇÃO!!! Veja que a causa do empuxo é o fato de a pressão aumentar com a profundidade. Se as pressões nas partes superior e inferior do corpo fossem iguais, as forças de pressão seriam nulas e não existiria o empuxo sobre o corpo. NÃO ESQUEÇA!!! Portanto, num corpo que se encontra imerso em um líquido, agem duas forças: a força peso P, devida à interação com o campo gravitacional terrestre, e a força de empuxo E, devida à sua interação com o líquido. Para construirmos a equação do empuxo, enunciemos então o Princípio de Arquimedes: Todo corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás) sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. Seja Vd o volume de fluido deslocado pelo corpo. Então a massa do fluido deslocado é dada por: mliq = dliqVd A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa deslocada: E = mliqg = dliqVd g Dessa forma chegamos à equação abaixo que nos permite calcular o empuxo recebido por um corpo. Então, um corpo pode boiar graças ao empuxo. Como vimos anteriormente, não são todos os corpos que bóiam, quando colocados num líquido. Por exemplo: um tijolo bóia na água? E um pedaço de madeira? Em que condições um corpo bóia ou afunda? * se ele permanece parado no ponto onde foi colocado, a intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da força peso (E = P) * se ele afundar, a intensidade da força de empuxo é menor do que a intensidade da força peso (E < P) * se ele for levado para a superfície, a intensidade da força de empuxo é maior do que a intensidade da força peso (E > P) . A FÍSICA TEM HISTÓRIA O famoso cientista grego Arquimedes viveu em Siracusa, Sicília, há vinte e dois séculos. Seu amigo o rei da Sicília suspeitava que o seu ourives havia usado um metal mais barato que o ouro para fazer sua coroa. Por isso ele chamou Arquimedes para descobrir a verdade. Alguns dias mais tarde, quando Arquimedes estava tomando banho, ele observou que o volume da água derramada da banheira cheia em que entrara era igual ao volume da parte do seu corpo dentro da água. Ele viu imediatamente como deveria resolver o problema. Sem ao menos se vestir, Arquimedes correu para casa gritando Eureka! (Achei!) Primeiro ele pesou a coroa no ar, depois suspendeu-a na água e verificou qual a perda (dependia do volume de água deslocada) do peso devida ao empuxo da água. Ele então repetiu a experiência com um pedaço de ouro puro, de mesmo peso que a coroa. O volume da coroa deve ter sido maior que o volume do pedaço de ouro de igual peso. Portanto, neste caso, a densidade da coroa era menor que a densidade do ouro e a coroa não poderia ser feita de puro ouro! Não sabemos do resultado; você pode estar certo, porém, que, desde então, os ourives ficaram mais cautelosos!11 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO Desta forma, Arquimedes descobriu a lei do empuxo que denominamos lei de Arquimedes: “a perda aparente de peso de um corpo imerso ou flutuante é igual ao peso do líquido que ele desloca”. DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS 1) Um pedaço de pão é comprimido por uma pessoa, entre suas mãos. a- A massa do pedaço de pão aumenta, diminui ou não varia? b- E o volume do pedaço de pão? c) E a densidade do pão? Explique. 2) Um indivíduo precisa atravessar um lago coberto com uma fina camada de gelo. Em que situação ele tem maiores probabilidades de atravessar o lago sem que o gelo se quebre, andando normalmente ou arrastando-se deitado no gelo? Explique. 3) Um faquir possui duas "camas", do mesmo tamanho, uma com 500 pregos e a outra com 1000 pregos. Baseando-se no seu conceito de pressão, em qual das duas camas você julga que ele estaria mais "confortavelmente" instalado? 4) Quando uma faca está "cega"(não afiada), é necessário uma força maior, para descascar uma laranja, do que quando ela está afiada. Por quê? 5) O que se entende por pressão atmosférica? A pressão atmosférica aumenta ou diminui com a altitude? Por que? 6) Na Lua não há atmosfera. O que você acha que aconteceria lá com um ser humano sem roupas especiais? 7) Seria possível tomar refrigerante na Lua usando um canudinho? Explique. 8) Você está no alto de um prédio e quer usar um canudinho para tomar refrigerante que está dentro de uma vasilha sobre a calçada. Qual deve ser o maior tamanho possível do canudo para conseguir tomar o refrigerante? 9) Considere um corpo mergulhado em um líquido: a- Qual é a direção e o sentido do empuxo que o líquido exerce no corpo? b- Comparando as pressões exercidas pelo líquido nas partes superior e inferior do corpo, explique por que aparece o empuxo sobre ele. 10) Explique o que determina se um corpo sólido vai flutuar ou afundar num líquido. 11) Você já deve ter ouvido falar que, no mar Morto, na Palestina, uma pessoa pode flutuar facilmente, com parte de seu corpo fora da água. Qual é a propriedade desta água que torna isto possível? 12) Por que não existe atmosfera na Lua? 13) Com base no desenho, calcule a densidade do gelo, supondo que a densidade da água do mar seja de 1 g/cm3. 14) Identifique as forças que atuam nos balões do segundo quadrinho. 12 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS - QUESTÕES COMENTADAS DO ENEM 1) (ENEM) Para medir o perfil de um terreno, um mestre-de-obras utilizou duas varas (VI e VII), iguais e igualmente graduadas em centímetros, às quais foi acoplada uma mangueira plástica transparente, parcialmente preenchida por água (figura abaixo). Ele fez 3 medições que permitiram levantar o perfil da linha que contém, em sequência, os pontos P1, P2, P3 e P4. Em cada medição, colocou as varas em dois diferentes pontos e anotou suas leituras na tabela a seguir. A figura representa a primeira medição entre P1 e P2. VARA I VARA II DIFERENÇA (LI – LII)(cm) PONTO LEITURA LI (cm) PONTO LEITURA LII (cm) 1 P1 239 P2 164 75 2 P2 189 P3 214 -25 3 P3 229 P4 174 55 Ao preencher completamente a tabela, o mestre-de-obras determinou o seguinte perfil para o terreno: (ENEM) Texto para as questões 2 e 3 O carneiro hidráulico ou aríete, dispositivo usado para bombear água, não requer combustível ou energia elétrica para funcionar, visto que usa a energia da vazão de água de uma fonte. A figura a seguir ilustra uma instalação típica de carneiro em um sitio, e a tabela apresenta dados de seu funcionamento. A eficiência energética ε de um carneiro pode ser obtida pela expressão: cujas variáveis estão definidas na tabela e na figura. 2) No sítio ilustrado, a altura da caixa d’água é o quádruplo da altura da fonte. Comparado a motobombas a gasolina, cuja eficiência energética é cerca de 36%, o carneiro hidráulico do sítio apresenta; a) menor eficiência, sendo, portanto, inviável economicamente. b) menor eficiência, sendo desqualificado do ponto de vista ambiental pela quantidade de energia que desperdiça. c) mesma eficiência, mas constitui alternativa ecologicamente mais apropriada. d) maior eficiência, o que, por si só, justificaria o seu uso em todas as regiões brasileiras. e) maior eficiência, sendo economicamente viável e ecologicamente correto. 3) Se, na situação apresentada, H = 5 × h, então, é mais provável que, apos 1 hora de funcionamento ininterrupto, o carneiro hidráulico bombeie para a caixa d´água; a) de 70 a 100 litros de água. b) de 75 a 210 litros de água. c) de 80 a 220 litros de água. d) de 100 a 175 litros de água. e) de 110 a 240 litros de água. 4) (ENEM) O controle de qualidade é uma exigência da sociedade moderna na qual os bens de consumo são produzidos em escala industrial. Nesse controle de qualidade são determinados parâmetros que permitem checar a qualidade de cada produto. O álcool combustível é um produto de amplo consumo muito adulterado, pois recebe adição de outros materiais para aumentar a margem de lucro de quem o comercializa. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o álcool combustível deve ter densidade entre 0,805 g/cm3 e 0,811 g/cm3. Em algumas bombas de combustível a densidade do álcool pode ser verificada por meio de um 33 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO densímetro similar ao desenhado abaixo, que consiste em duas bolas com valores de densidade diferentes e verifica quando o álcool está fora da faixa permitida. Na imagem, são apresentadas situações distintas para três amostras de álcool combustível. A respeito das amostras ou do densímetro, pode-se afirmar que a) a densidade da bola escura deve ser iguala 0,811 g/cm3. b) a amostra 1 possui densidade menor do que a permitida. c) a bola clara tem densidade igual à densidade da bola escura. d) a amostra que está dentro do padrão estabelecido é a de número 2. e) o sistema poderia ser feito com uma única bola de densidade entre 0,805 g/cm3 e 0,811 g/cm3. 5) (ENEM) Para realizar um experimento com uma garrafa PET cheia d'agua, perfurou-se a lateral da garrafa em três posições a diferentes alturas. Com a garrafa tampada, a água não vazou por nenhum dos orifícios, e, com a garrafa destampada, observou-se o escoamento da água conforme ilustrado na figura. Como a pressão atmosférica interfere no escoamento da água, nas situações com a garrafa tampada e destampada, respectivamente? a) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; não muda a velocidade de escoamento, que só depende da pressão da coluna de água. b) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; altera a velocidade de escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo. c) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; altera a velocidade de escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo. d) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; regula a velocidade de escoamento, que só depende da pressão atmosférica. e) Impede a saída de água, por ser menor que a pressão interna; não muda a velocidade de escoamento, que só depende da pressão da coluna de água. COMENTANDO A QUESTÃO 1 Nesta questão, que nem é tão complicada, exige a compreensão de um dos princípios básicos da HIDROSTÁTICA: o Teorema de Stevin e a questão dos Vasos Comunicantes. Como vimos, segundo Stevin, a pressão no interior de um fluidoé dada por: P = P o + dhg, No caso das mangueiras, vasos comunicantes, ou seja, vasilhas, cheias e interligadas, para que a pressão no fundo seja a mesma, a altura de água tem que ser a mesma. Pode-se mover as mangueiras, mas a altura de água dentro delas permanece a mesma, obedecendo a Stevin! E foi o que o mestre-de-obras fez... Veja a primeira medição, e a figura: a segunda vara ficou mais alta, a água da mesma altura e isto levou a diferença na graduação em cm para +75. Vemos que + significa + alto e logo – é mais baixo! Vendo as próximas medidas, P 2 para P 3, P 3 para P 4 temos -25 e +55. Assim, o ponto 3 está 25cm mais baixo que 2 e o ponto 4 está +55cm acima de 3... Logo, de 2 para 3 desce 25 e de 3 para 4 sobe 55cm. Observando uma certa escala, o gráfico que mais combina é o A. COMENTANDO A QUESTÃO 2 O carneiro é muito interessante! Quem já o viu em funcionamento, na roça, fica intrigado, como eu fiquei! Como bombear água a grandes alturas como ele faz aproveitando a energia da própria água? A questão envolve a eficiência, cuja fórmula não é vista no ensino médio, mas foi fornecida. Calculamos então a partir do máximo e do mínimo volume da fonte e bombeado, fornecidos pela tabela. Veja: Note que usamos os valores máximo e mínimo da vazão e da água bombeada, e encontramos um rendimento entre 66,6 e 70 %. O que não é nada, nada ruim, pelo contrário, pois gasta-se energia da própria queda d’água, e não elétrica ou combustível! Então, o carneiro é ecológico e rende bem! Letra e. COMENTANDO A QUESTÃO 3 Agora, vamos consultar a tabela: não há uma linha para h/H = 1/5 . Deve ser algo entre 1/6 e 1/4 . Vemos que isto dá um mínimo de 80 litros bombeados para 1/6 e um máximo de 210 para 1/4 . Então, é algum valor neste intervalo, maior que 80 e menor que 210. Só resta uma opção... letra d. COMENTANDO A QUESTÃO 4 O básico do Empuxo é que quem bóia é menos denso e quem afunda é mais denso. Para explicá-la, vou utilizar os dados da questão e supor valores para as densidades das bolinhas. Para o álcool dentro dos padrões, a densidade da bolinha que flutua deve ser pouco menor, por exemplo, 0,804 g/cm3. Já a que afunda, pouco mais densa, digamos, 0,812 g/cm3. Isto com o álcool dentro dos padrões, por exemplo, 0,808 g/cm3. A opção A mostra a situação onde o combustível está em conformidade com a legislação. É bom frisar que as bolinhas devem ter densidades pouco maior e pouco menor que do álcool, para que o sistema funcione e seja sensível. Afinal, se o combustível for adulterado, é preciso que elas mostrem! Se eu fosse adulterar álcool, na cara de pau, usaria água, de preferência de chuva, para não gastar nem um centavo! A água 34 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO é mais densa que o álcool – 1,0 g/cm3 – e, neste caso, a nova mistura água + álcool seria mais densa que a original, esta em conformidade com a lei. Isto porque a nova densidade seria algo entre 0,811 e 1,0, dependendo da proporção de água utilizada na adulteração, mas, vejamos aí, uns 0,813 g/cm3. Ora, nestas circunstâncias, nossas duas bolinhas – 0,804 e 0,812 – agora estariam menos densas que a nova mistura. Então, ambas flutuariam, como mostrado em B! E nós poderíamos ver a adulteração! Se o combustível fosse batizado com algum tipo de solvente, menos denso que o álcool padrão, ocorreria a situação C, mas eu não saberia dizer qual produto seria adequado à fraude, neste caso... Veja que o sistema só funciona com duas bolinhas, para mostrar os limites superior e inferior das densidades padrão do álcool. E uma deve boiar – menos densa – enquanto a outra afundar – mais densa – nele. Procure conhecer o novo modelo disponível nos postos, ilustrado acima. Ele é mais sofisticado! É um misto de densímetro e termômetro. Isto porque a densidade varia com a temperatura - Explique por que e aproveite para compreender seu funcionamento, já que qualquer dia destes pode cair em uma prova! Habilidade segundo a Matriz: C2-H7: Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida. Alternativa correta d. COMENTANDO A QUESTÃO 5 Resposta – letra A (I) A Garrafa está tampada As forcas da pressão atmosférica, atuando de fora para dentro da garrafa através dos orifícios, impedem a saída da agua. (II) A garrafa está destampada As forcas da pressão atmosférica, atuando de fora para dentro da garrafa, tanto através dos orifícios como na boca da garrafa, produzem efeitos que se anulam. Dessa forma, a agua e ejetada dos orifícios, sendo “empurrada” pelas forcas devidas a pressão da coluna liquida contida na garrafa. ATIVIDADES PARA SALA 1) (ENEM) Em um experimento realizado para determinar a densidade da água de um lago, foram utilizados alguns materiais conforme ilustrado: um dinamômetro D com graduação de 0 N a 50 N e um cubo maciço e homogêneo de 10 cm de aresta e 3 kg de massa. Inicialmente, foi conferida a calibração do dinamômetro, constatando-se a leitura de 30 N quando o cubo era preso ao dinamômetro e suspenso no ar. Ao mergulhar o cubo na água do lago, até que metade de seu volume ficasse submerso, foi registrada a leitura de 24 N no dinamômetro. Considerando que a aceleração da gravidade local é de 10 m/s2, a densidade da água do lago, em g/cm3, é a) 0,6. b) 1,2. c) 1,5. d) 2,4. e) 4,8. 2) (UFMG) Ana lança 3 caixas – I, II e III - , de mesma massa, dentro de um poço com água. Elas ficam em equilíbrio nas posições indicadas na figura dessa questão. Sejam EI, EII e EIII os módulos dos empuxos sobre, respectivamente, as caixas I, II e III. Com base nessas informações, é correto afirmar que: a) EI > EII > EIII b) EIII = EII > EI c) EI = EII = EIII d) EI > EII = EIII 3) (UESB) A figura representa um recipiente que contém dois líquidos imiscíveis e um cilindro homogêneo, de altura h, flutuando na região da interface dos líquidos em equilíbrio. Sabendo – se que a densidade absoluta dos líquidos 1 e 2 são, respectivamente, iguais a d1 e d2, e desprezando-se a viscosidade dos líquidos, a densidade do cilindro é igual a 01) 02) 03) 04) 05) 4) (UEL) Um cilindro maciço é mantido totalmente imerso em um líquido mediante a aplicação de uma força vertical de intensidade 20 N, conforme mostra a figura: Quando abandonado, o cilindro flutua, ficando em equilíbrio com 1/3 do seu volume imerso. Nestas condições, o peso do cilindro, em newtons, vale: a) 5 b) 10 c) 15 d) 20 e) 25 5) (UESB) Quando se misturam massas iguais de duas substâncias, a densidade resultante é 2,5g/cm3. Considerando- se que uma das substâncias tem densidade igual a 1,5g/cm3, pode-se afirmar que a outra substância tem densidade igual, em g/cm3, a: 01) 7,5 02) 6,8 03) 5,3 04) 4,6 05) 3,9 6) (UFPE) Um bloco homogêneo e impermeável, de densidade 0,25 g/cm3, está em repouso, imerso em um tanque completamente cheio de água e vedado, como mostrado na figura a seguir. Calcule a razão entre os módulos da força que o bloco exerce na tampa superior do tanque e do peso do bloco. 35 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO 7) (Fatec-SP) Duas esferas A e B, de mesma massa, mas de volumes diferentes, quando colocadas num tanque com água, ficam em equilíbrio nas posições indicadas: Com relação a essa situação são feitas as seguintes afirmações: I. Os pesos das duas esferas têm a mesma intensidade. II.As densidades das duas esferas são iguais. III. As duas esferas recebem da água empuxos de mesma intensidade. Dentre essas afirmações está(ão) correta(s) apenas: a) a I b) a II c) a III d) I e II e) I e III 8) (UFMT) Em locais descampados e planos, é comum que telhados sejam arrancados durante tempestades com vento. Geralmente o telhado não é empurrado pelo vento em direção ao chão da casa. Isso acontece porque: (01) como o vento tem uma grande velocidade, cria uma zona de alta pressão sobre o telhado e este então é puxado para fora. (02) devido a sua força, o vento é capaz de arrancar o telhado. (04) como o vento tem uma grande velocidade, ele cria uma zona de baixa pressão sobre o telhado e este então é empurrado para fora pela pressão interna. (08) os telhados são preparados para suportar grandes pressões de fora para dentro, mas não o contrário. (16) os telhados são preparados para suportar grandes pressões de dentro para fora, mas não o contrário. Dê, como resposta, a soma das afirmativas corretas. 9) (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) correta(s): (01) Usando um canudinho, seria muito mais fácil tomar um refrigerante na Lua do que na Terra, porque a força de atração gravitacional na Lua é menor. (02) É possível a medida aproximada da altitude pela variação da pressão atmosférica. (04) Uma pessoa explodiria se fosse retirada da atmosfera terrestre para o vácuo. A pressão interna do corpo seria muito maior do que a pressão externa (nula, no vácuo) e empurraria as moléculas para fora do corpo. Este é um dos motivos pelos quais os astronautas usam roupas especiais para missões fora do ambiente pressurizado de suas naves. (08) Para repetir a experiência realizada por Evangelista Torricelli, comparando a pressão atmosférica com a pressão exercida por uma coluna de mercúrio, é necessário conhecer o diâmetro do tubo, pois a pressão exercida por uma coluna líquida depende do seu volume. (16) Vários fabricantes, para facilitar a retirada da tampa dos copos de requeijão e de outros produtos, introduziram um furo no seu centro, selado com plástico. Isso facilita tirar a tampa porque, ao retirar o selo, permitimos que o ar penetre no copo e a pressão atmosférica atue, também, de dentro para fora. (32) Quando se introduz a agulha de uma seringa numa veia do braço, para se retirar sangue, este passa da veia para a seringa devido à diferença de pressão entre o sangue na veia e o interior da seringa. (64) Sendo correta a informação de que São Joaquim se situa a uma altitude de 1353 m e que Itajaí está ao nível do mar (altitude = 1 m), podemos concluir que a pressão atmosférica é maior em São Joaquim, já que ela aumenta com a altitude. Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas. 10) (UCGO) O tubo em U da figura contém dois líquidos homogêneos, não-miscíveis, com densidade d₁ e d₂, sendo . Calcule ∆h em função de h₂. 11) Uma seringa de diâmetro interno D igual a 1,0cm é usada com uma agulha de diâmetro interno d igual 1,0mm. Aplicando-se uma força F de 0,50N, qual a intensidade da força F, que o líquido aplicará no braço do paciente, como consequência F ? 12) (ENEM) Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldades de locomoção, é utilizado, em ônibus e automóveis, o elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica, para forçar um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra mais larga, e dessa forma acionar um pistão que movimenta a plataforma. Considere um elevador hidráulico cuja área da cabeça do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação que sai da bomba. Desprezando o atrito e considerando uma aceleração gravitacional de 10m/s2, deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em uma cadeira de rodas de 15 kg sobre a plataforma de 20 kg. Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, para que o cadeirante seja elevado com velocidade constante? a) 20N b) 100N c) 200N d) 1000N e) 5000N 13) (UESB) A figura representa o gráfico p x h (pressão x profundidade) para um líquido contido em um reservatório aberto. Uma esfera, cujo volume é de 200,0cm3, feita de um 36 FÍSICA DIVERTIDA COM O PROF. IVÃ PEDRO material cuja densidade é de 0,8g/cm3, é totalmente mergulhada no reservatório e abandonada a seguir. Desprezando – se as forças de atrito e considerando – se g = 10,0m/s2, a força resultante, em newton, a que a esfera fica submetida é 01) 1,6 02) 2,5 03) 3,4 04) 5,0 05) 6,6
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