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ANA CAROLINA CASALI ZANETTE – 1º SEMESTRE - 26 de setembro de 2020 Definição: É um sistema de drenagem de fluidos do espaço intersticial para dentro e fora dos linfonodos, e então de volta para o sangue. Função: Restituir de volta ao sistema circulatório os líquidos e proteínas filtrados para fora dos capilares. (Auxilia as macromoléculas entrarem no sistema circulatório e diminui a perca de líquido) Capturar a gordura absorvida no intestino delgado e transferi-la para o sistema circulatório. Atuar como um filtro para ajudar a capturar e destruir patógenos (sistema imunológico). Principais Componentes: PLEXOS LINFÁTICOS: são redes de capilares linfáticos que se originam nos espaços intercelulares dos tecidos. São formados por um endotélio muito fino que não tem membrana basal, portanto, proteínas plasmáticas, bactérias, resíduos celulares e linfócitos entram facilmente no sistema linfático juntamente com o excesso de líquido tecidual. VASOS INFÁTICOS: Rede de drenagem com vasos de paredes finas, com muitas válvulas linfáticas, que estão presente no corpo todo. (“praticamente aonde tem vaso sanguíneo tem um vaso linfático acompanhante – exceções como Sistema Nervoso Central, dentes, ossos e medula óssea”) LINFA: É o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos com composição semelhante ao plasma sanguíneo. - A maioria do seu volume é derivado do fígado e intestinos. - Seu fluxo é unidirecional até os ductos torácicos. - É movida devido a compressão gerada por movimentos do músculo esquelético e respiração pulmonar. LINFONODOS: São pequenas massas de tecido linfático que tem a função de filtrar a linfa, retendo substâncias estranhas e bactérias que estavam presentes no sangue. - Possuem uma coleção interna de células imunes ativas: linfócitos e macrófagos. LINFÓCITOS: São células circulantes do sistema imune que reagem contra componentes estranhos. ÓRGÃOS LINFOIDES: São partes do corpo que produzem linfócitos. (Ex: timo, medula óssea vermelha, baço, tonsilas e os nódulos linfáticos solitários e agregados nas paredes do sistema digestório e no apêndice vermiforme.) Sistema linfático INTERSTÍCIO: é um componente da parede dos órgãos que tem papel essencial na nutrição e oxigenação das células. O sistema linfático evita que o sistema cardiovascular entre em choque, pois diminui a perda do líquido para o interstício, o qual geraria um edema maciço. ANA CAROLINA CASALI ZANETTE – 1º SEMESTRE - 26 de setembro de 2020 Ductos linfáticos: DUCTO LINFÁTICO DIREITO: Conecta os vasos linfáticos do braço direito e o lado direito da cabeça, pescoço, tórax com o ângulo venoso direito (junção entre a subclávia direita e a jugular interna direita). DUCTO TORÁCICO: Conecta os vasos linfáticos dos membros inferiores, abdome, braço esquerdo, lado esquerdo da cabeça, pescoço e tórax com ângulo venoso esquerdo (junção entre a veia subclávia esquerda e a jugular interna esquerda). Órgãos linfoides: PRIMÁRIOS OU CENTRAIS: Fazem o desenvolvimento e a maturação dos linfócitos, tornando-os células imunocompetentes. Fígado fetal Medula óssea pré-natal e pós-natal Timo SECUNDÁRIOS OU PERIFÉRICOS: São responsáveis por formar o ambiente adequado para que as células imunocompetentes possam interagir com outras células, afim de montar uma resposta imunológica adequada. Linfonodos Baço Tecidos linfoides associados às mucosas Medula óssea: É um órgão primário responsável pela hematopoese e pela liberação dessas células corrente sanguínea. Maturação inicial dos linfócitos T. Produção e maturação dos linfócitos B. Timo: É um órgão linfoide primário. Encontra-se no mediastino superior, em frente a traqueia e anteriormente aos grandes vasos que emergem do coração. Composto por tecido conjuntivo denso não modelado, que se divide em septos, penetrando seus dois lobos, deixando esses incompletos. Cada lóbulo do timo tem um córtex e uma medula que são os locais de amadurecimento dos linfócitos T. Os linfócitos T se tornam imunocompetentes devido o auxílio de macrófagos e células reticulares epiteliais. A medula do timo armazena linfócitos T imunocompetentes virgens e células reticulares epiteliais. As células T passam pela medula e são distribuídas para os órgãos linfoides secundários através do sistema vascular. Os linfonodos: É um órgão linfoide secundário. São filtros para a remoção de bactérias e substancias estranhas presente na linfa. Apresentam uma superfície convexa, perfurada por vasos linfáticos aferentes, o qual possuem válvulas que permitem que a linfa entre no linfonodo e seja lançada para o seio subcapsular (embaixo da capsula). Após a filtragem, a linfa passa pelos vasos linfáticos eferentes e segue o fluxo linfático. ANA CAROLINA CASALI ZANETTE – 1º SEMESTRE - 26 de setembro de 2020 Baço: Localiza-se no 2º quadrante superior esquerdo da cavidade abdominal. Possui a função de produzir células sanguíneas durante o desenvolvimento fetal Após o nascimento possuí a função de filtrar o sangue, produzir células linfoides, eliminar ou inativar antígenos presentes no sangue e hemocaterese (renovação sanguínea). A filtração ocorre na polpa branca, quando o sangue entra nos sinusoides marginais da zona marginal e passa por uma zona rica em células apresentadora de antígenos (APC) – realizam fagocitose de corpos estranhos. Tecidos linfoides associados à mucosa: Possuem células M que auxiliam na captação dos antígenos. MALT: é constituído de infiltrados não encapsulados de tecido linfoide difuso e nódulos linfoides (ricos em linfócitos B) localizados nas mucosas do trato gastrointestinal. GALT: são tonsilas e tecidos linfoides associados ao intestino BALT: são tonsilas e tecidos linfoides associados ao sistema respiratório TONSILAS: São agregados não encapsulados de nódulos linfoides que protegem a entrada da orofaringe. Sistema: 1) Inicia no plexo linfático, o qual redes de capilares linfáticos absorvem o liquido intersticial, juntamente com proteínas, bactérias, resíduos celulares e linfócitos. 2) Após a absorção o liquido intersticial denomina-se linfa 3) Os capilares linfáticos se unem formando vasos linfáticos, que também vão se juntando entre si. Esses possuem válvulas que fazem o processo da circulação linfática ser unidirecional. 4) Ao longo do percurso, os vasos penetram nos linfonodos, que são como estações de tratamento da linfa, retendo substâncias estranhas e eliminando-as por possuir linfócitos e macrófagos no seu interior. 5) Os ductos linfáticos (ducto linfático direito ou ducto torácico.), após passarem por diversos linfonodos, desembocam na circulação venosa. O edema: É um sinal de alteração entre as trocas do sistema circulatório e sistema linfático. Ocorre pela obstrução dos linfonodos, ocasionando um bloqueio do movimento da linfa pelo sistema. FATORES QUE DESIQUILIBRAM A FILTRAGEM E A ABSORÇÃO CAPILAR: - Aumento da pressão hidrostática capilar: aumento da pressão venosa. (Ex: insuficiência cardíaca, se o ventrículo direito “falha e o ventrículo esquerdo mantém seu débito cardíaco, o sangue se acumula na circulação sistêmica. A pressão hidrostática capilar ANA CAROLINA CASALI ZANETTE – 1º SEMESTRE - 26 de setembro de 2020 aumenta, a filtração excede a absorção, levando ao edema.) - Uma diminuição na concentração de proteína plasmática: resultado de uma desnutrição ou insuficiência no fígado (hepática), local onde essas proteínas são sintetizadas. Essas proteínassão responsáveis pela pressão pi do sangue. - Aumento das proteínas intersticiais: O vazamento excessivo de proteínas para fora do sangue diminui o gradiente de pressão coloidosmótico e aumenta a filtração capilar resultante. - Bloqueio do retorno linfático O linfedema: Ocorre um severo bloqueio ou perda dos vasos linfáticos, se tornando severo devido as proteínas plasmáticas vazarem para o interstício e não possuírem outra via para serem removidas. O aumento na concentração proteica eleva a pressão coloidosmótica do liquido intersticial que atrai ainda mais os líquidos dos capilares. Pode ocorrer por infecções dos linfonodos. Ocorrem em pessoas com certos tipos de câncer ou após cirurgia, pois alguns vasos linfáticos são removidos ou obstruídos. (Ex: mastectomia – grande número de vasos linfáticos são removidos durante a cirurgia, impedindo a remoção dos líquidos das áreas da mama e dos braços, causando edema nos espaços teciduais.) COMBATE AO LINFEDEMA: - Terapia física complexa (TFC): composto por drenagem linfática manual, cuidados de pele, compressão e exercícios miolinfocinéticos (atividades musculares e de recuperação dos movimentos articulares). Em primeiro momento é necessário mobilizar o edema e iniciar a regressão das alterações do tecido fibrosclerótico. Em segundo momento mantem-se o membro sem edema e obtém-se a regressão do tecido cicatricial – nessa fase ocorre a frenagem linfática manual. A drenagem linfática: Consiste em manobras específicas aplicadas sobre a pele, atuando diretamente no sistema, estimulando a circulação linfática e auxiliando na remoção e absorção dos excessos de líquidos intersticiais. AUXILIAM: redução de edemas, linfedema de causas pós-traumáticas, pós-operatório, distúrbios circulatórios venoso ou linfático. REFERÊNCIAS: CHAVES, Maria José de Araújo; GREGOLIS, Thais Blaya Leite. OS EFEITOS CLÍNICOS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL E SUA APLICABILIDADE. 2018. Tese (Bacharelado em fisioterapia) - Centro Universitário Uninorte, [S. l.], 2018. GODOY, Jose Roberto; DA SILVA, Vinicius Zacarias; SOUZA, Hugo Alves de. O linfedema: revisão da literatura. . Tese (Mestrado em ciências da saúde) - UNICEUB, [S. l.] MOORE K L, DALLEY A F. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. SILVERTHORN, Dee Unglaud. O sistema imune. In: FISIOLOGIA Humana: Uma Abordagem Integrada. 7. ed. [S. l.]: Artmed, 2017.
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