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Técnico em Radiologia Módulo IV RADIOLOGIA VETERINÁRIA Posicionamento radiográfico em animais de pequeno porte Radiologia Veterinária Introdução: • Como regra geral, devemos posicionar os pacientes de forma mais anatômica possível e quando a espessura não é muito significativa, como por exemplo nos exames patelares de caninos, podemos usar a projeção que demais conforto para o paciente. • São usados dois termos sendo que o primeiro indica qual a face pela qual o feixe dos raios X penetram no corpo do paciente e o segundo aquela pelo qual ele emerge, onde está colocado o filme radiológico. Animal – Anatomia Animal – Anatomia ESPORÃO ou ERGOT - O esporão, ou dedo rudimentar, córneo como uma unha, é o último, para o lado de dentro de cada pata. Não tem utilidade para a grande maioria dos cães domésticos, por isso é muitas vezes removido em tenra idade. Pode ser, no entanto, essencial para categorias como o puffin dog pois facilita a mobilidade em terreno acidentado. ALMOFADAS PLANTARES - É a "sola" dos pés. A cor varia de acordo com a raça. Animal – Anatomia • APRUMOS - É a posição assumida pelos membros para dar equilíbrio ao cão. • JARRETES - É a parte final dos membros posteriores. Vai da perna de trás até o pé Animal – Anatomia Medidas das partes Referências para Incidências de rx: Radioproteção Introdução: • Apresentaremos inicialmente as projeções radiológicas par a pequenos animais e, posteriormente, as utilizadas em equinos uma vez que nesta espécie somos obrigados a realizar uma série de projeções para uma completa exploração radiológicas das articulações dos membros, dividindo-as em • BÁSICAS e ACESSÓRIAS PEQUENOS ANIMAIS - BÁSICAS • VENTRODORSAL (VD) os raios X penetram pelo ventre e emergem pelo dorso do paciente. O paciente, na maioria das ocasiões, está em decúbito dorsal. • DORSOVENTRAL (DV) os raios X penetram pelo dorso e saem pelo ventre do paciente. O decúbito do paciente é o ventral. • LATERAL ESQUERDA (Lat E) as radiações X incidem pela parede lateral esquerda e emergem pela parede lateral direita. O decúbito é o lateral direito. Ventro dorsal Lateral Ventro dorsal Vd e Lateral Radiografia de um quati fêmea Importante saber: • Alguns autores utilizam a nomenclatura para as projeções Laterais a terminação Látero Lateral especificando se é Direita ou Esquerda. Tal fato deve-se em razão de que podemos realizar projeções Laterais com obliquidade com o objetivo de tornar mais pronunciado uma determinada região de um órgão ou um acidente anatômico ósseo. • A obliquidade pode se dar no sentido cranial ou no sentido caudal. Para que não haja confusão é aconselhável que as projeções Laterais Oblíquas sejam consideradas projeções diferenciadas das Laterais, com abreviações próprias, e que sejam usadas como projeções acessórias. Sala de Exame A sala de exames radiográficos em medicina veterinária obedece as mesmas normas da medicina humana; deve ser ampla, permitir boa movimentação do pessoal, possuir oxigênio e aparelho de anestesia volátil, com todos os acessórios a ele inerentes. É necessário ainda que possua todos os fármacos necessários para os procedimentos, tais como anestésicos, medicamentos para reversão de complicações anestésicas e decorrentes do uso de agentes contrastantes. Devemos ter em mente que animais domésticos ou pets exóticos necessitam de um ambiente sossegado para sua contenção. PEDIDO DE EXAMES O técnico deve receber o pedido de exames, que deverá conter: nome do proprietário, espécie do animal, raça, sexo, idade e nome do profissional veterinário solicitante, além do número de registro do exame. Látero lateral Posicionamento pra ver escápula: Para ver escápula: Para ver escapula ventro dorsal Posicionamento de crânio Formatos de cabeça: • Dolicocefálica (cabeça longa - Collie); • Mesaticefálica (tipo médio - Pastor); • Braquicefálica (tipo curto - Boxer e Pequinês) Posicionamento de crânio Posicionamento do crânio para projeção lateral: Crânio em decúbito lateral direito, com auxílio de uma cunha para evitar distorções geométricas, patas dianteiras e traseiras estendidas, raio central entre a orelha e o olho, dorsal ao arco zigomático. Posicionamento de crânio • Posicionamento do crânio para projeção ventrodorsal: Crânio em decúbito dorsal; animal colocado em uma calha e auxiliado por uma tala de isopor no crânio do animal para evitar rotações. Raio central entre a orelha e o olho, dorsal ao arco zigomático. • Posicionamento do crânio para projeção dorsoventral: Crânio em decúbito ventral; animal colocado sobre a mesa de procedimento sem auxílio da cunha. Raio central entre a orelha e o olho, dorsal ao arco zigomático. Posicionamento de crânio • Posicionamento do crânio para projeção oblíqua médio-lateral da maxila com boca aberta: Crânio obliquado; animal colocado sobre a mesa de procedimento, também com o auxílio da cunha de isopor. Raio central direcionado em ângulo reto com o chassi. Posicionamento de crânio • Posicionamento frontal para avaliação do forame magno: decúbito dorsal, pescoço flexionado até que o palato duro fique perpendicular. Raio central inserido entre os olhos do animal. Posicionamento de crânio Posicionamento do Tórax • Posicionamento para a projeção lateral da cavidade torácica – posiciona-se o animal com o lado esquerdo sobre a mesa, membros anteriores e posteriores estendidos, alinhando o esterno com a coluna torácica, utilizando-se uma cunha. • Posicionamento para a projeção ventro-dorsal da cavidade torácica: Membros anteriores estendidos, assim como os posteriores, colocando-se o animal em uma calha para evitar rotações torácicas que poderiam levar a distorções geométricas. É necessário alinhar a coluna torácica ao esterno. Posicionamento do Tórax • Posicionamento para a projeção dorsoventral da cavidade torácica: Membros anteriores e posteriores estendidos, sendo que o esterno deve estar alinhado com a coluna torácica. Posicionamento do Tórax • Radiografias devem ser realizadas durante o pico da pausa inspiratória, para se acentuar o contraste entre as estruturas. A posição e aparência da víscera normal dependem das relações posturais, fase do ciclo respiratório, estado fisiológico, conformação física e geometria dos raios-x, variações na silhueta cardíaca, no diafragma e parênquima pulmonar. • Radiografia torácica realizada em pico de pausa inspiratória • Radiografia torácica realizada em fase expiratória Posicionamento do Tórax Posicionamento da Coluna Vertebral • Posicionamento do paciente para radiografia de coluna cervical em projeção lateral: posiciona-se o animal com o lado esquerdo/direito sobre a mesa, membros anteriores recuados e posteriores estendidos, é necessário uma cunha de isopor para apoiar a região da cabeça. O raio incide na região do pescoço. Deve-se colimar toda região cervical. • Posicionamento da coluna cervical para projeção ventrodorsal: Membros anteriores recuados, assim como os posteriores, é necessário uma cunha de isopor para apoiar a região da cabeça. O raio incide na região do pescoço. Deve-se colimar toda região cervical. Posicionamento da Coluna Vertebral • Posicionamento de coluna vertebral para projeção lateral: posiciona-se o animal com o lado esquerdo/direito sobre a mesa, membros anteriores e posteriores estendidos, é necessário uma cunha de isopor para apoiar a região da coluna. O raio incide na região central abdominal. Deve-se colimar toda região de interesse. Posicionamento da Coluna Vertebral • Posicionamento de coluna vertebral para projeção ventrodorsal: Membros anteriores estendidos, assim como os posteriores, colocando-se o animal em uma cunha de isopor. O raio incide abaixo do peitoral do animal. A área de interesse deverá ser colimada. Posicionamento da Coluna Vertebral Posicionamento da Cavidade Abdominal • Posicionamento laterolateral da cavidadeabdominal • Posicionamento ventro-dorsal da cavidade abdominal Posicionamento da Cavidade Abdominal Posicionamento dos Membros Anteriores (MMAA) • Posicionamento da articulação do ombro e do braço para projeção mediolateral: Membro anterior direito estendido com animal em decúbito lateral direito. Como a espessura do membro em tela é inferior a 10cm, não há necessidade de grade difusora. • Posicionamento da articulação do cotovelo para projeção médio- lateral: Membro anterior levemente flexionado com animal em decúbito lateral direito. Como a espessura do membro em tela é inferior a 10cm, não há necessidade de grade difusora. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Anteriores (MMAA) • Radiografia do cotovelo e antebraço em projeção craniocaudal: Membro anterior com animal em decúbito esternal. Como a espessura do membro em tela é inferior a 10cm, não há necessidade de grade difusora. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Anteriores (MMAA) • Posicionamento da articulação carpal para projeção mediolateral: Membro anterior com animal em decúbito lateral. Raio incidente na altura do esporão. Posicionamento dos Membros Anteriores (MMAA) • Posicionamento da articulação carpal para projeção dorsopalmar: Membro anterior com animal em decúbito ventral. Quando a ótica é carpo, metacarpo e falanges. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Anteriores (MMAA) Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da articulação do ombro e do braço para projeção mediolateral: Membro anterior direito estendido com animal em decúbito lateral direito. Como a espessura do membro em tela é inferior a 10cm, não há necessidade de grade difusora. • Posicionamento da articulação do cotovelo para projeção médio- lateral: Membro anterior levemente flexionado com animal em decúbito lateral direito. Como a espessura do membro em tela é inferior a 10cm, não há necessidade de grade difusora. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Radiografia do cotovelo e antebraço em projeção craniocaudal: Membro anterior com animal em decúbito esternal. Como a espessura do membro em tela é inferior a 10cm, não há necessidade de grade difusora. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da articulação carpal para projeção mediolateral: Membro anterior com animal em decúbito lateral. Raio incidente na altura do esporão. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da articulação carpal para projeção dorsopalmar: Membro anterior com animal em decúbito ventral. Quando a ótica é carpo, metacarpo e falanges. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da coxa e articulação do joelho para projeção mediolateral: Membro posterior com animal em decúbito lateral direito. Colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da articulação do joelho em projeção caudocranial: Membros posteriores em decúbito dorsal. Deve-se colimar a área de interesse. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da articulação tarsal em projeção lateromedial: Membro posterior com animal em decúbito lateral. A região de interesse deverá ser colimada. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) • Posicionamento da articulação tarsal em projeção dorsoplantar: membro posterior com animal em decúbito ventral ou esternal. Deve-se colimar a região de interesse. Posicionamento dos Membros Posteriores (MMPP) Posicionamento da Pelve • Posicionamento da pelve para projeção Laterolateral: Região pélvica com membros estendidos com animal em decúbito lateral. Raio central incidente na altura da crista ilíaca. Posicionamento da Pelve • Posicionamento da pelve para projeção ventrodorsal: Região pélvica com a parte dorsal sobre a mesa, as patas afastadas uma da outra e o raio central incidindo logo acima da genitália do animal. Posicionamento de crânio: Posicionamento da cabeça Assim teremos: • Lateral Oblíqua Direita Anterior ou Cranial (Lat.ODA ou LODCr) as radiações X penetram pela parede lateral direita com obliquidade no sentido crânio-caudal, • Lateral Oblíqua Direita Posterior ou Caudal (Lat. ODP ou LODCa) as radiações X penetram pela parede lateral direita com obliquidade no sentido caudo-cranial, • Lateral Oblíqua Esquerda Anterior ou Cranial (Lat. OEA ou LOECr) as radiações X penetram pela parede lateral esquerda com obliquidade no sentido crânio-caudal e • Lateral Oblíqua Esquerda Posterior ou Caudal (Lat. OEP ou LOECa) as radiações X penetram pela parede lateral esquerda com obliquidade no sentido caudo-cranial. Incidências básicas • ANTERO-POSTERIOR (AP) usada para designar as projeções radiológicas utilizadas para os estudos dos membros dos animais. As radiações penetram pela face anterior e emergem pela face posterior dos membros. Alguns autores utilizam esta nomenclatura para os exames que se realizam da porção proximal até o carpo ou tarso, utilizando a designação • DORSO-PALMAR/PLANTAR (D-P) para os exames radiológicos das porções distais dos membros dos animais. Fratura Salter-Harris A classificação de Salter-Harris é utilizada para classificar fraturas ósseas que afetam a cartilagem de crescimento do osso. Após o crescimento completo do osso essa classificação não será mais utilizada. Existem cinco tipos de fraturas, segundo a classificação: • Tipo I: fratura transversa através da placa de crescimento (ou “physis”); • Tipo II: fratura através da placa de crescimento e metáfise, poupando epífise; • Tipo III: fratura através da placa do crescimento e epífise, poupando metáfise; • Tipo IV: fratura atravessa todos os três elementos do osso (placa de crescimento, metáfise e epífise); • Tipo V: fratura compressiva da placa de crescimento (que resulta em uma diminuição na percepção do espaço entre a epífise e diáfise em raios-X); Posicionamento radiográfico em animais de grande porte Radiologia Veterinária Planos e delimitações Planos e delimitações Joelho lateral Caudo ventral Lateral joelho Cintilografia em um cavalo Posicionamento em animais exóticos Radiologia veterinária Cobra Tartaruga Radiografia de peixes Tucano Felinos grandes Exames Contrastados O exame radiográfico contrastado é método auxiliar de diagnóstico mais utilizado na descoberta de grande parte das patologias que acometem os animais de companhia, por ser extremamente eficiente, rápido e de baixo custo. – Esofagograma; – Trânsito gastrintestinal e enema opaco; – Urografia excretora, cistografia, uretrocistografia; – Fistulografias; – Mielografia.
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