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Slides de Aula - Unidade I literatura brasileira - prosa

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Prof. Murilo Gomes
UNIDADE I
Literatura Brasileira:
Prosa
 Proporcionar o reconhecimento do desenvolvimento e das características 
específicas da literatura brasileira.
 Reconhecer a estrutura e a operação estética realizada nos textos literários 
considerados canônicos.
 Refletir sobre a relação entre a literatura brasileira e a sociedade local e a situação 
destas no contexto em que se inserem os movimentos literários.
Objetivo
 Primeiras manifestações de literatura em prosa no Brasil acontecem no século XVI.
 Visavam descrever a terra e, mais tarde, converter os índios ao cristianismo.
 Informações sobre a terra, para facilitar a exploração colonialista; ou, ainda, à 
dominação religiosa, também motivada por razões políticas.
Literatura informativa
 O primeiro documento em prosa escrito no Brasil foi a carta de Pero Vaz de 
Caminha, em 1500, que tinha o intuito de informar El Rei, Dom Manuel, das 
condições geográficas e etnográficas da terra recém-descoberta.
 1530: O diário de navegação, de Pedro Lopes e Souza, escrivão do grupo 
colonizador de Martim Afonso de Souza.
Literatura informativa
 Ano? O “Tratado da Terra do Brasil” e a “História da província de Santa Cruz”, a 
que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo.
 1587: O “Tratado do Brasil”, de Gabriel Soares de Souza.
 1618: Os “Diálogos das Grandezas do Brasil”, de Ambrósio Fernandes Brandão.
Literatura informativa 
Os autores dos textos que formam essa literatura de viagem são muito diferentes: 
 Escrivães, religiosos, aventureiros, historiadores e navegadores. 
 Dessa forma, eles não compartilharam de uma mesma visão de mundo, apenas de 
um mesmo contexto de produção, já que todos têm por intenção relatar a 
experiência de conhecer o novo mundo.
Literatura informativa
 “[..] E o Capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto 
que ele começou a ir-se para lá, acudiram pela praia homens aos dois e aos três, 
de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, já lá estavam dezoito 
ou vinte.
 Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos 
nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau 
Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. [...]”
Literatura informativa: Carta de Caminha
 Pela Carta, o primeiro contato entre índios e portugueses foi amistoso, visto que os 
nativos baixaram suas armas.
 É o primeiro olhar do estrangeiro sobre as terras brasileiras e é essa mesma visão 
do índio e da natureza exuberante que irá defini-los como símbolos da 
nacionalidade brasileira, símbolos esses que serão resgatados no movimento 
romântico e também no Modernismo.
Carta de Caminha
Qual das afirmações não corresponde à Carta de Caminha?
a) Observação do índio como um ser disposto à catequização.
b) Deslumbramento diante da exuberância da natureza tropical.
c) Mistura de ingenuidade e malícia na descrição dos índios e seus costumes.
d) Composição sob forma de diário de bordo.
e) Aproximações barrocas no tratamento literário e no lirismo das descrições.
Interatividade
Qual das afirmações não corresponde à Carta de Caminha?
a) Observação do índio como um ser disposto à catequização.
b) Deslumbramento diante da exuberância da natureza tropical.
c) Mistura de ingenuidade e malícia na descrição dos índios e seus costumes.
d) Composição sob forma de diário de bordo.
e) Aproximações barrocas no tratamento literário e no lirismo das descrições.
Resposta
 Os missionários jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, e aqui ficaram até 1605.
 Literatura de cunho pedagógico e moral, pois tinha a função de doutrinar os índios 
e convertê-los à religião católica.
 Poemas e peças teatrais escritos em versos.
 Cartas, diálogos, peças, poemas épicos e alguns tratados 
sobre a terra que revelam certo planejamento literário.
Literatura jesuítica 
 1583 - Narrativa epistolar e os “Tratados da terra e gente do Brasil”, do jesuíta 
Fernão Cardim.
 1588 – “Diálogo sobre a conversão do gentio”, do padre Manuel da Nóbrega.
 Ano ? - Cartas dos missionários jesuítas, escritas nos dois primeiros séculos 
de catequese.
 1627 – “História do Brasil”, de frei Vicente do Salvador.
Literatura jesuítica
“Ó que faustoso sai, Mem de Sá, aquele em [que o Brasil
te contemplou! quanto bem trarás a seus [povos
abandonados! com que terror fugirá a 
[teus golpes
o inimigo fero, que tantos horrores e 
[tantas ruínas
lançou nos cristãos, arrastado de furiosa 
[loucura!” 
(José de Anchieta)
Literatura jesuítica
 Os feitos de Mem de Sá: primeiro poema épico da literatura brasileira.
 Possui 3.058 versos divididos em quatro livros (ou cantos).
 Versos decassílabos.
 Influência de Virgílio.
 Poema narra, na figura de Mem de Sá, as lutas contra os 
índios e os franceses levadas a cabo pelo governador.
Literatura jesuítica
 Os índios são apresentados como terríveis e pecadores, corroborando a visão 
medievalista da Igreja.
 Quando os índios se rendem e se entregam, são tratados sob outro ponto de vista: 
como almas pecadoras que pedem perdão, e a fé presente na ação de Mem de Sá 
está pronta para mostrar sua caridade e compaixão.
Literatura jesuítica
 O Livro I faz uma apresentação geral da situação do Brasil antes da chegada de 
Mem de Sá, o que revela as condições caóticas da terra, tentando estabelecer 
uma dicotomia entre a perdição e a salvação que será alcançada posteriormente.
 No Livro II, começa a luta de Mem de Sá contra os índios. A narrativa enfatiza a 
descrição da ferocidade das lutas. Ao vencer os indígenas, destaca-se o processo 
de conversão e de abandono dos costumes anteriores pelos índios.
Os feitos de Mem de Sá
 No Livro III, destaca-se também o episódio que envolveu o bispo Pero Fernandes 
Sardinha. Em 1556, este resolve retornar à Lisboa para relatar e condenar o modo 
como o padre Manoel da Nóbrega e José de Anchieta levavam o processo de 
catequese, tido por ele como muito complacente. Porém, sua caravela naufraga 
nas costas de Alagoas, e o bispo, chegando à praia, é devorado por 
índios canibais.
 No Livro IV, a luta entre franceses e índios finda com a vitória de Mem de Sá.
Os feitos de Mem de Sá
A “literatura jesuíta”, nos primórdios de nossa história:
a) Tem grande valor informativo.
b) Marca nossa maturação clássica.
c) Visa à catequese do índio, à instrução do colono e sua assistência religiosa 
e moral.
d) Está a serviço do poder real.
e) Tem fortes doses nacionalistas.
Interatividade
A “literatura jesuíta”, nos primórdios de nossa história:
a) Tem grande valor informativo.
b) Marca nossa maturação clássica.
c) Visa à catequese do índio, à instrução do colono e sua assistência religiosa 
e moral.
d) Está a serviço do poder real.
e) Tem fortes doses nacionalistas.
Resposta
 Reforma Protestante, iniciada em 1517 por Martinho Lutero e que dividiu a Igreja 
entre católicos e protestantes.
 Contrarreforma: intenção de impedir o avanço do protestantismo.
Atos da Igreja Católica:
 Instituição do Tribunal do Santo Ofício, ou Tribunal da Inquisição: julgava os atos 
ditos contra a fé (como professar possuir outra fé que não a da Igreja). 
 Criação da Companhia de Jesus, que devia combater os 
infiéis e expandir a fé cristã nas colônias.
Barroco
 Abundância de ornamentos.
 Ousada elaboração formal.
 Uso de recursos retóricos, tais como as alegorias e o uso de figuras de linguagem 
como a antítese e o paradoxo.
 A forma é encantadora e erudita.
 Conteúdo repleto de tensão e conflito, na maioria das 
vezes abordado com ironia ou malícia.
Barroco no Brasil
 O Barroco brasileiro coincide com um momento de grande exploração da colônia 
pelos portugueses.
 A aristocracia colonial brasileira, ou aristocracia crioula, revela nesse período um 
sentimento de independência que transparece nos textos literários da época.
 Por isso, diz-seque o Barroco no Brasil foi “crioulizado”, isto é, misturou a 
tendência com a visão local, nativista e negra.
Barroco no Brasil
 No Brasil, o Barroco se inicia em 1601, com o poema épico de Bento Teixeira, 
chamado Prosopopeia, e atinge seu apogeu com o poeta Gregório de Matos e com 
o orador Padre Antônio Vieira.
 Ambos eram da Bahia, onde se concentravam os principais centros urbanos à 
época, com destaque para Salvador, que foi capital do país de 1549 a 1763.
Barroco no Brasil
 A estética literária do Barroco opõe-se diretamente ao racionalismo clássico.
 O rigor formal, antes usado para produzir clareza, soma-se aqui à ambiguidade de 
figuras que culminam em tensão e conflito.
 A linearidade renascentista é substituída pelo pictórico das antíteses, contradições 
e paradoxos.
 A sintaxe simples é substituída pelo rebuscamento que se 
apoia no anacoluto e na inversão sintática.
Barroco no Brasil
 Exagero reflete o desconforto de um homem dividido entre o céu e as 
coisas terrenas.
 Conflito entre os valores da tradição, ligados à consciência medieval e defendidos 
pelos jesuítas, e os valores gerados pelo avanço do racionalismo.
Barroco no Brasil
 Maneirismo: É o elo entre o Renascimento e o Barroco e registra a incerteza 
das formas.
 Culteranismo, Cultismo ou Gongorismo: Cultivou construções obscuras, repletas 
de preciosismo formal que se vê tanto na poesia quanto na prosa barroca.
 Conceptismo: Ligado à prosa barroca e contrária ao culteranismo. Buscou o 
domínio das palavras, valendo-se do conhecimento conceitual e da concisão.
 Barroquismo: Originou o Rococó. Possui construções 
rebuscadas e decorativas.
Vários estilos dentro do Barroco
Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto: 
a) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, morte e vida.
b) O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, com base na cultura 
greco-latina.
c) O Barroco apresenta o espírito de conflito entre tendências opostas: de um lado, 
o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo.
d) A arte barroca é vinculada à Contrarreforma.
e) O barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de 
hipérbole e de metáforas.
Interatividade
Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto: 
a) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, morte e vida.
b) O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, com base na cultura 
greco-latina.
c) O Barroco apresenta o espírito de conflito entre tendências opostas: de um lado, 
o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo.
d) A arte barroca é vinculada à Contrarreforma.
e) O barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de 
hipérbole e de metáforas.
Resposta
 No século XVII, o discurso religioso que falava sobre a doutrina cristã, conhecido 
como sermão, foi arma da Igreja Católica em sua disputa com os protestantes 
por fiéis.
 O sermão é um discurso de caráter edificante, cujo tema deve ser ilustrado por 
imagens e metáforas.
 O mais importante orador do Barroco no Brasil foi o padre 
Antônio Vieira, que desempenhou missões jesuíticas no 
Maranhão e no Grão-Pará.
Padre Antônio Vieira (Lisboa, 1608 – Bahia, 1697)
 O sermão no séc. XVII, e talvez em grande parte do período moderno, era um dos 
principais meios de comunicação, circulação de informações e de doutrinamento 
das populações cristãs na Europa e no Novo Mundo. A vida das sociedades do 
período passava pela palavra anunciada, seja no sermão de grandes homens, 
como Vieira, seja no sermão de rua, pregado por pastores puritanos ou frades 
mendicantes – ou mesmo fiéis que se arvoraram na figura de homens santos.
Sermão
 Conceptismo: desenvolvimento da ideia no intuito de persuadir.
 Ele usa a retórica como alicerce de seu discurso.
Vieira critica o gongorismo:
 “Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos (a causa de não frutificar a 
palavra de Deus?) um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso, um estilo tão 
afetado, um estilo tão encontrado a toda parte e a toda a natureza?” 
(Padre Vieira)
Padre Antônio Vieira
 Os sermões de Vieira têm seus alicerces na retórica clássica.
 Exórdio: O orador expõe o plano a que vai submeter-se e as ideias que defenderá.
 Invocação: É um apelo no qual o orador pede ajuda ao divino para expor 
suas ideias.
 Confirmação: É o desenvolvimento do tema, que deve ser realçado por alegorias 
e exemplos.
 Peroração ou conclusão, na qual o orador recapitula tudo 
o que foi dito e termina com um desfecho vibrante, que 
impressiona os fiéis e os estimula a seguir os 
ensinamentos bíblicos.
Padre Antônio Vieira
 “Descendo ao particular, direi agora, peixes, o que tenho contra alguns de vós. E 
começando aqui pela nossa costa: no mesmo dia em que cheguei a ela, ouvindo 
os roncadores e vendo o seu tamanho, tanto me moveram o riso como a ira. É 
possível que sendo vós uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas 
do mar?!” 
(Padre Vieira)
Sermão de Santo Antônio aos peixes
 Quando deixa de falar aos homens e passa a falar aos peixes, Vieira vale-se da 
ironia e do questionamento retórico para recriminar o comportamento dos 
pregadores, apontando neles a vaidade como causa de suas falhas.
 A vaidade dos pregadores os afasta de sua verdadeira doutrina e os fiéis, 
seguindo esse exemplo, se afastam da fé verdadeira.
Vieira e o sermão
Assinale a alternativa que contenha cartas doutrinárias de cunho político:
a) Epístolas de Machado de Assis a Eça de Queirós.
b) Epístolas de São Paulo aos Filipenses.
c) Algumas epístolas de Padre Antônio Vieira.
d) Epístolas de “A lira dos vinte anos”, de Álvares de Azevedo.
e) Epístolas antropofágicas de Oswald de Andrade.
Interatividade
Assinale a alternativa que contenha cartas doutrinárias de cunho político:
a) Epístolas de Machado de Assis a Eça de Queirós.
b) Epístolas de São Paulo aos Filipenses.
c) Algumas epístolas de Padre Antônio Vieira.
d) Epístolas de “A lira dos vinte anos”, de Álvares de Azevedo.
e) Epístolas antropofágicas de Oswald de Andrade.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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