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COMPETÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO

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Competência da Justiça do Trabalho 
 
 
 
 Competência: medida da Jurisdição 
 
 Art. 114 da CF, modificado pela EC 45/2004, bem como 
os arts. 652 e 653 da CLT. 
 
 
Competência: Critérios de definição 
 Competência em razão da matéria (natureza da pretensão deduzida) 
 Competência em razão da pessoa (deixou de ser a regra geral. 
Relevante apenas na definição de competência dos Tribunais). 
 Competência em razão funcional (originária e função) 
 Competência em razão do valor da causa (não é critério de definição 
de competência no Processo do Trabalho – serve apenas para definição do 
procedimento) 
 Competência em razão do lugar (territorial) 
 
 
Constituição Federal de 1988 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração pública 
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
Relação de trabalho: a EC 45/2004 alterou o texto 
constitucional que mencionava “relação de emprego” para 
“relação de trabalho” que é mais ampla. 
 
Contudo, o inciso I mencionava as pessoas jurídicas de direito 
público que gerou dúvidas na doutrina e jurisprudência, 
culminando com decisão do STF na ADI 3345-6, que excluiu 
da competência da Justiça do Trabalho as ações ajuizadas por 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823945/Constituicao-Federal-de-1988#art-114
servidores estatutários, que devem ajuizar as ações perante a 
Justiça Comum. 
 
A partir de então, apenas as ações propostas por celetistas da 
administração pública é que são da competência da justiça do 
trabalho. 
 
Também há destaque para a Súmula 363 do STJ, que excluiu 
da competência trabalhista as ações de cobrança de 
honorários de profissionais liberais. Portanto, tais ações são de 
competência da justiça comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
Exercício do direito de greve: todas as ações que decorrem do 
exercício do direito de greve, sejam individuais ou coletivas, de 
indenização, dissídios coletivos ou possessórias, a 
competência será da Justiça do Trabalho quando estiverem 
relacionadas ao exercício do direito de greve. 
 
Inclusive o STF editou a Súmula Vinculante 23 para dizer que 
as ações possessórias são de competência trabalhista quando 
ajuizadas em decorrência do exercício do direito de greve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, 
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
 
 
 
 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas 
data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
 
 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
 
 
Sobre o tema é indispensável lembrar da Súmula 420 do TST, 
que inexiste conflito de competência entre Vara e Tribunal a 
que está vinculado. Vejam que não há conflito entre 1ª Vara do 
Trabalho de Aracaju e o TRT da 20ª Região, pois há vínculo 
entre eles. 
 
 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
 
São dois posicionamentos jurisprudências que devem ser 
destacados: 
 
Súmula Vinculante 22 do STF: trata das ações sobre acidentes 
de trabalho, ajuizadas pelo empregado em face do 
empregador, que são da competência da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula 392 do TST: as ações sobre indenização por danos 
morais e materiais, quando decorrentes do vínculo de 
emprego, são da competência da Justiça do Trabalho, mesmo 
que ajuizadas por sucessores e dependentes, conforme 
alteração realizada. 
 
 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas 
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
 
Uma das informações mais comuns em provas sobre 
competência material trata das ações sobre penalidades 
administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho, como o Ministério do Trabalho. 
Caso o órgão fiscalize e autue determinada empresa, esta 
poderá mover ação perante a Justiça do Trabalho para 
impugnar e tentar anular a autuação. 
 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas 
no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
 
 
Nos termos da Súmula 368 do TST e Súmula Vinculante 53 do 
STF, não possui a Justiça do Trabalho a competência de 
executar contribuições decorrentes de período de trabalho 
reconhecida por sentença. 
 
Somente as sentenças condenatórias em pecúnia (dinheiro) é 
que geram contribuições de competência trabalhista. 
 
Aqueles que decorrem de períodos reconhecidos devem ser 
cobradas na Justiça Comum. 
 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, 
na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência territorial 
 
Após conhecermos os conflitos (ação) que podem ser 
ajuizados perante a Justiça do Trabalho, devemos conhecer as 
regras sobre a competência territorial, isto é, as regras sobre 
o local de ajuizamento das ações trabalhistas. 
 
Imagine que Leoberto, que possui domicílio em Aracaju/SE, 
seja contratado por uma empresa que possui sede no Rio de 
Janeiro/RJ, para trabalhar em Salvador/BA. 
 
Se Leoberto, dispensado sem receber as verbas trabalhistas, 
quiser ajuizar uma reclamação trabalhista, em que local deverá 
ajuizá-la? 
A resposta é facilmente encontrada no art. 651 da CLT, que 
trata do tema e que é bastante cobrada nas provas do Exame 
de Ordem. 
 
Podemos resumir as regras da seguinte forma: 
 
 Regra geral: a ação trabalhista será ajuizada no local da 
prestação dos serviços. No caso, em Salvador/BA. 
 
o Caso o empregado seja transferido (Salvador para 
Recife, depois para Fortaleza, local que terminou o 
vínculo de emprego), a ação será ajuizada no último 
local da prestação dos serviços. 
 
[...] todavia [...] 
 
 
 Exceções: 
 
 
o Agente ou viajante comercial: §1º na hipótese, que 
já foi cobrada em prova da OAB, devemos verificar 
se o empregado está subordinado à sede ou à filial 
da empresa. 
 
--} Em caso positivo, a ação será ajuizada neste 
local (sede ou à filial da empresa). 
 
--} Em caso negativo, a ação ajuizada no domicílio 
do empregado ou na localidade mais próxima. 
 
 
 
o Empregado que trabalha para empresa que 
promove a realização de atividades fora do lugar do 
contrato de trabalho (circo, por exemplo): § 3º - a 
ação será ajuizada no local da contratação ou no 
local em que foram prestados os serviços. 
 
 
o Empregado brasileiro que trabalhou no exterior: § 2º 
- o referido obreiro poderá ajuizar ação no Brasil, 
desde que não haja convenção internacional em 
sentido contrário. 
 
 
Por fim, vale a pena lembrar que o critério de competência 
territorial é relativo, ou seja, a sua aplicação interessa apenas 
às partes, o que significa dizer que o Juiz não pode reconhecer 
de ofício eventual erro em sua aplicação, nos termos da 
Súmula 33 do STJ. 
 
Caso a ação trabalhista seja ajuizada em local errado, somente 
o réu pode alegar a incompetência em sua defesa,não 
podendo o Juiz de ofício remeter os autos para o juízo que 
entender competente. 
 
 
Enquanto no processo civil a incompetência relativa é alegada 
em preliminar de contestação, conforme o art. 337 do CPC, no 
processo do trabalho o vício é alegado por exceção de 
incompetência, nos moldes do art. 800 da CLT. 
 
A IN 39/2016 do TST afirma não caber a aplicação do art. 63 
do CPC ao processo do trabalho, que trata do foro de eleição. 
 
Assim, não cabe em um contrato de trabalho a inclusão de 
cláusula prevendo o local do ajuizamento da ação. Tal 
cláusula, caso inserida, será considerada nula de pleno direito, 
não produzindo qualquer efeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943 
 
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
a) conciliar e julgar: 
 
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da 
estabilidade de empregado; 
 
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e 
indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de 
trabalho; 
 
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em 
que o empreiteiro seja operário ou artífice; 
 
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de 
trabalho; 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/CLT-Decreto-Lei-n-5.452-de-01-de-Maio-de-1943#art-652
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores 
portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO 
decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-
41, de 2001) 
 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta 
grave; 
 
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; 
 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) 
 
e) impor multa e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência. (Revogado) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) 
 
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em 
matéria de competência da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os 
dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem 
da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a 
pedido do interessado, constituir processo em separado, 
sempre que a reclamação também versar sobre outros 
assuntos. 
 
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e 
Julgamento: 
 
a) requisitar às autoridades competentes a realização das 
diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua 
apreciação, representando contra aquelas que não atenderem 
a tais requisições; 
 
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais 
ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo 
Tribunal Superior do Trabalho; 
 
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros; 
 
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem 
opostas; 
 
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem 
deprecadas; 
 
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, 
quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição. 
 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger 
árbitros. 
 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva 
ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, 
ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a 
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem 
como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 3423) (Vide 
ADI n º 3431) (Vide ADI n º 3432) (Vide ADI n º 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com 
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério 
Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, 
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 
3431) (Vide ADI n º 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)

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