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coloração e variantes 2.1

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DEFINIÇÃO
Estrutura do cabelo. Formação do folículo piloso e sua relevância no processo de constituição capilar. Importância de uma boa análise técnica antes de qualquer procedimento químico capilar. Fundo de clareamento, classificação e identificação. Cores direcionais e sua tabela.
PROPÓSITO
Executar uma análise técnica eficiente em diferentes tipos de cabelos e proporcionar uma coloração capilar que preserve a saúde dos cabelos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a importância da análise técnica dos cabelos a partir de sua estrutura
MÓDULO 2
Descrever o processo do fundo de clareamento nos cabelos e as diversas combinações de cores
MÓDULO 3
Identificar as ações dos diversos tipos de coloração capilar e sua aplicabilidade
INTRODUÇÃO
Iniciaremos este tema estudando a estrutura do cabelo. Abordaremos a formação do folículo piloso e a sua importância no processo de constituição capilar. Veremos a importância de uma boa análise técnica antes de qualquer procedimento químico capilar.
Depois disso, conheceremos o fundo de clareamento, seus conceitos, sua classificação, bem como a identificação em um cabelo. Por fim, veremos as cores direcionais e sua tabela e, a partir desta abordagem, conheceremos a coloração capilar, seu conceito e seus componentes.
Você entenderá a importância de conhecer todo o processo de coloração de forma que possa preservar a saúde dos cabelos.
Fonte: Shutterstock
ESTRUTURA DO CABELO E ANÁLISE TÉCNICA
No âmbito universal das cores, é fundamental o profissional da área de beleza conhecer os requisitos na análise dos fios que antecedem a coloração. Compreender a estrutura do cabelo é primordial para perceber as diferenciações de sua natureza, que está em constante transformação, e os aspectos envolvidos nos danos capilares. Por isso, discutiremos os conceitos, a aplicabilidade das colorações e seus efeitos transformadores no cabelo e na área de beleza.
Sob a ótica microscópica, a sua estrutura se deve ao processo de maturação de células epidérmicas e dérmicas, originando a formação de uma invaginação epidérmica em direção à derme, denominada folículo piloso.
Fonte: Texto Atlas de Histologia. Biologia celular y tissular, de Júlio Sepúlveda Saavedra
É no folículo piloso que surgem células específicas no processo de nascimento e desenvolvimento dos fios:
Os queratinócitos, responsáveis pela produção de queratina.
Os melanócitos, responsáveis pela produção de melanina, pigmento que determina a cor natural dos cabelos.
Na superfície da pele, surge a haste pilosa, estrutura fibrosa resultante do mecanismo inicial. Esta estrutura é dividida em três partes:
CUTÍCULA
A cutícula é a parte externa dos fios e é composta de várias camadas superpostas de queratina, organizadas como escamas de peixe, podendo ter de 4 a 12 camadas, determinando, assim, a espessura dos fios em fino, médio e grosso. Para identificar a diferença de espessura dos fios, pode-se analisar diferentes tipos de fibras para melhor compreensão, tais como: fibras de lã (espessura grossa), fibras de barbante (espessura média) e fibras de linha (espessura fina). Além disso, a cutícula tem como função proteger os fios das agressões externas, do sol, vento, da umidade e de agentes químicos, tais como coloração e clareadores.
MEDULA
A medula é parte integrante dos fios, localizada no centro do pelo. Pouco se sabe ainda a respeito de sua função; em resumo, os dados referem-se a ela como isolante térmico, ligada à sobrevivência humana na era primitiva. Isso não acontece atualmente. Pesquisas recentes demonstram, em sua visão microscópica, a ausência parcial ou total da medula nos fios de cabelo.
CÓRTEX
O córtex é conhecido como o coração do cabelo, pois nele estão as informações genéticas e transformadoras de sua natureza biológica. Nas células corticais, estão presentes as melaninas responsáveis pela cor natural dos cabelos.
MELANINA, COR NATURAL E PERCENTUAL DE CABELOS BRANCOS
A fim de melhor compreender e classificar as condições iniciais de diagnóstico dos fios, é fundamental mensurar e quantificar o percentual de cabelos brancos, as cores naturais dos fios e a cor cosmética.
O surgimento da cor se dá através da melanina presente no interior do fio e consiste em dois tipos distintos:
Fonte: Universidade de Pitsburgo
EUMELANINA
A eumelanina, ou pigmentos granulosos, é grande, escura e possui grânulos azul, vermelho e amarelo, aglomerando-se na superfície do córtex.
Fonte: Universidade de Pitsburgo
FEOMELANINA
A feomelanina, ou pigmentos difusos, é pequena e fica espalhada por toda a célula cortical. Além disso, possui cor acastanhada e encontra-se em grande quantidade na fibra capilar, podendo originar cabelos alaranjado-amarelos.
São as concentrações dessas melaninas ou a ausência gradual delas que determinarão a cor natural dos cabelos e o percentual dos fios brancos, que surgem a partir de um processo natural biológico, chamado de apoptose (morte programada dos melanócitos – unidade de pigmentação).
Quando segue seu curso natural, essa etapa surge a partir dos 40 anos na região das têmporas. Entretanto, o surgimento dos cabelos brancos precocemente pode estar associado a outras causas, tais como estresse, má alimentação, hormônios, genética, entre outros fatores.
Além disso, os cabelos brancos tendem a ser mais difíceis de colorir; sendo assim, são utilizadas algumas técnicas de combinação de cores para alcançar o resultado desejado de acordo com o percentual de brancos existente.
 
Portanto, antes de colorir os cabelos, é necessário definir o percentual de brancos existente. Por exemplo:
ATENÇÃO
Também são imprescindíveis, como parâmetro para essa análise, a cartela de cores, o diálogo com o cliente e a ficha de análise técnica.
Fonte: Shutterstock
Trata-se de uma ferramenta importante. A ficha deve ser realizada antes do serviço de coloração e elaborada pelo profissional da área de beleza, a fim de garantir a coleta de dados iniciais, verificação prévia da saúde dos fios, a cor natural do cabelo, cor cosmética existente, para gerar um resultado satisfatório e prevenir agravos à saúde do cliente e do profissional.
Informações importantes que devem compor a ficha:
	· Cabelos: naturais ___coloridos ___ com mechas ___
	· Altura de tom natural das raízes ______
	· Altura de tom do comprimento______
	· Altura de tom das pontas ______
	· Nuance da cor no comprimento ______
	· Nuance na cor das pontas _______
	· Percentual de cabelos brancos 0 a 30%___ 30% a 50% ___ 50% a 100%___
	· Estrutura do cabelo: fino____ médio ____ grosso____
	· Estado do couro cabeludo: saudável ___ irritado ___ com escamações___
	· Estado do cabelo: normal ___ sensibilizado____ danificado____ com queda____
	· Qual a última coloração aplicada?_____
	· Há quanto tempo? ______
	· Cor a ser aplicada: ______
	· Oxidante:_____
	· Tempo de pausa:_____
	· Técnica de aplicação:_____
Cada profissional deverá elaborar a sua ficha. Claro que alguns especialistas poderão julgar necessário acrescentar outras informações, e não há nada de errado nisso, mas não devemos esquecer que as informações descritas acima são imprescindíveis. Além disso, é preciso incluir dados pessoais do cliente, como nome, telefone, idade etc.
No vídeo a seguir, a professora Andréa Carvalho da Silva abordará a importância da análise técnica capilar antes do procedimento químico.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. VIMOS QUE FIBRA CAPILAR, EM SUA ESTRUTURA INTERNA (O CÓRTEX), É COMPOSTA DE VÁRIAS SUBSTÂNCIAS. ENTRE ELAS, ESTÁ A MELANINA, PIGMENTO RESPONSÁVEL PELA COR NATURAL DOS CABELOS QUE SE APRESENTA DE FORMA DIFUSA E GRANULOSA. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CONTENHA A OPÇÃO QUE NÃO CORRESPONDE A ESSE PIGMENTO:
A medula é parte integrante dos fios, e nela estão as informações genéticas e transformadoras de sua natureza biológica.
As melaninas são classificadas em: eumelanina, tricosiderina e feomelanina.
A proporção de pigmentos granulosos e difusos define a cor natural dos cabelos.
São as concentrações das melaninas ou a ausência gradual delasque determinarão a cor natural dos cabelos e o percentual dos fios brancos.
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. CABE AO PROFISSIONAL DA ÁREA DE BELEZA AVALIAR A ESTRUTURA CAPILAR PARA TOMAR UMA DECISÃO ASSERTIVA NA APLICAÇÃO DA COR. DITO ISTO, MARQUE A ALTERNATIVA CORRESPONDENTE À RELEVÂNCIA DA ANÁLISE CAPILAR.
A fim de discutir os conceitos, a aplicabilidade das colorações e seus efeitos transformadores no cabelo e na área de beleza, é necessário compreender as diferenciações do cabelo, que está em constante transformação, e os aspectos envolvidos nos danos capilares.
No âmbito universal das cores, é fundamental o profissional da área de beleza conhecer os requisitos na análise dos fios que antecedem a coloração, tais como: estrutura do cabelo, diferenciações de sua natureza e os aspectos envolvidos nos danos capilares.
No âmbito universal das cores, é fundamental que o profissional da área de beleza conheça os requisitos, a cutícula, o córtex e a medula.
A fim de discutir os conceitos, a aplicabilidade das colorações e seus efeitos transformadores no cabelo na área de beleza, é necessário analisar, sob a ótica microscópica, o fio e sua estrutura no processo de maturação de células epidérmicas e dérmicas.
Parte inferior do formulário
GABARITO
1. Vimos que fibra capilar, em sua estrutura interna (o córtex), é composta de várias substâncias. Entre elas, está a melanina, pigmento responsável pela cor natural dos cabelos que se apresenta de forma difusa e granulosa. Assinale a alternativa que contenha a opção que não corresponde a esse pigmento:
A alternativa "A " está correta.
Embora a medula seja parte integrante do fio, localizada no centro do pelo, pouco se sabe a seu respeito. Resumindo, os dados referem-se a ela como uma função de isolante térmico.
2. Cabe ao profissional da área de beleza avaliar a estrutura capilar para tomar uma decisão assertiva na aplicação da cor. Dito isto, marque a alternativa correspondente à relevância da análise capilar.
A alternativa "B " está correta.
Apesar de todos os aspectos biológicos serem parte inerente ao ciclo de vida do fio e pertinente aos aspectos resultantes deste fator, é fundamental que o profissional da área de beleza conheça os requisitos na análise dos fios.
FUNDO DE CLAREAMENTO
O fundo de clareamento é obtido a partir da degradação dos pigmentos de melanina presentes no córtex do cabelo. A função dessa estrutura é evitar que esses pigmentos sejam afetados por agentes nocivos, pois os pigmentos são parcialmente destruídos pelo oxigênio – essa reação é chamada de oxidação.
Tendo em vista que a melanina presente na parte interna do cabelo, “o córtex”, é sensível à ação do oxigênio, descreveremos os passos desse processo a seguir.
 Escolha uma das Etapas a seguir.
FASE 1
FASE 2
Os primeiros a passar pelo processo de oxidação são os pigmentos granulosos, que, na fase inicial, perdem os grânulos azuis e, depois, os vermelhos, fazendo com que surja o alaranjado, tornando-se, finalmente, amarelos. Essas cores transitórias que surgem no processo de oxidação são chamadas de fundo de clareamento.
Na segunda fase desse processo, os pigmentos difusos também são afetados, tornando-se ainda mais amarelos.
Existem duas formas de surgir um fundo de clareamento: a partir de uma agressão natural, provocada pela ação do oxigênio, intensificada pelo sol, mar, pela piscina e umidade, que provocará uma oxidação, e através do processo químico, tópico que será aprofundado neste módulo.
OBSERVE O SEGUINTE NA TABELA:
Cabelos mais escuros nas alturas de tons de 1 a 4 possuem maior concentração de eumelanina, ou pigmentos granulosos. Estes são os primeiros a passar pelo processo de oxidação. Eles tendem a ficar avermelhados, pois suas partículas azuis desaparecem no processo, deixando somente partículas vermelhas.
Os pigmentos difusos, ao passarem pelo processo de oxidação natural ou química, tendem a revelar nuances alaranjada-amarelas e amarelas, como se observa a partir da altura de tons de 5 a 10.
 Colorimetria na prática
O fundo de clareamento é de grande relevância na análise técnica que antecede o serviço de coloração, pois a resultante do processo de coloração deve considerar a sobreposição entre a cor aplicada e o fundo de clareamento obtido durante o momento da oxidação.
Atualmente, para a análise técnica das cores naturais e seus respectivos fundos de clareamentos, usamos um padrão universal de escala de altura de tom, que classifica a cor natural dos cabelos em um padrão numérico.
Fonte: Shutterstock
No vídeo a seguir, a professora Andréa Carvalho da Silva, abordará as especificidades do fundo de clareamento e sobre os agentes oxidantes.
AGENTE OXIDANTE E O PODER DE CLAREAMENTO
Vamos analisar agora a forma como ocorre a oxidação dos pigmentos capilares através do processo químico dos oxidantes utilizados nas colorações.
Em suas formulações, há volumagens de oxigênio – isso definirá o poder que eles têm de clarear a fibra capilar e revelará fundo de clareamento. Quanto maior a volumagem presente no oxidante, maior será a liberação de oxigênio e seu poder de clareamento.
Exemplo: o oxidante de 20 volumes tem o poder de clarear um cabelo da altura de tom 4 em até dois tons abaixo, revelando o fundo de clareamento alaranjado correspondente à altura de tom 6. (Observe a tabela anterior).
As cores naturais exemplificadas na tabela, de 1 a 3, quando expostas ao oxidante de 20 volumes, clareiam apenas um tom abaixo, revelando o fundo de clareamento avermelhado, devido à grande concentração de eumelanina nos cabelos correspondentes a essas alturas de tons.
Exemplo: cabelo com altura de tom 2, quando exposto ao oxidante de 20 volumes, revelará o fundo de clareamento da altura de tom 3, avermelhado. (Observe a tabela anterior).
No entanto, o oxidante de 30 volumes tem o poder de clarear um cabelo da altura de tom 4 em até três tons abaixo, revelando o fundo de clareamento alaranjado-amarelo correspondente à altura de tom 7. (Observe a tabela anterior e perceba como o grau de clareamento evolui).
Além desses, é utilizado nas colorações o oxidante de 40 volumes, cujo poder de clareamento é de até 4 tons, partindo da altura de tom 5. Ele é muito utilizado em formulações de colorações superclareadoras; entretanto, sua ação tem alto poder de sensibilizar a fibra capilar, podendo causar danos irreversíveis, tais como:
Fonte: Bioquímica Afrobrasileira
TRICOREXNODOS
Fonte: Bioquímica Afrobrasileira
TRICONODOSE
Fonte: Bioquímica Afrobrasileira
TRICOPTILOSE
Fonte: Bioquímica Afrobrasileira
DANO PERMANENTE
COMBINAÇÕES DAS CORES
Inserido neste universo de cores, estão:
PRIMÁRIAS
As cores primárias (azul, vermelho e amarelo).
SECUNDÁRIAS
As secundárias, resultantes da combinação de duas cores primárias (roxo, verde e laranja).
TERCIÁRIAS
As terciárias, resultantes das combinações das três cores primárias (marrom e acaju), que possibilitarão diversas combinações, originando cores direcionais ou fantasias.
Na atualidade, usamos o padrão universal da Estrela de Oswald, que classifica a cor direcional ou cor fantasia em um padrão numérico utilizado para a análise técnica das cores e seus respectivos processos de neutralização.
A Estrela de Oswald que conhecemos atualmente é originária da estrela a seguir.
ESTRELA DE OSWALD
O químico e filósofo Friedrich Oswald, considerado o pai da físico-química, dedicou-se ao estudo da teoria das cores e sobre a percepção de harmonias.
A análise feita por Oswald sobre as harmonias das cores teve o objetivo de entender por que algumas combinações de cores eram harmônicas e outras não.
Para identificar as harmonias, ele definiu uma lei onde a harmonia é igual à ordem. Após estes estudos, Oswald propôs uma visão, em formato de estrela, de modo que se possa observar todas as combinações do espectro de luz.
Na Estrela de Oswald exemplificada anteriormente, o azul é representado pelo número 1, e o reflexo correspondente à cor azul é o cinza.
Nela, estão dispostas as cores primárias, secundárias e terciárias, demodo que o profissional possa verificar quais se anulam e se neutralizam. Quando duas cores aparecem opostas na estrela, significa que uma delas pode neutralizar a outra.
Por exemplo: o azul neutraliza o laranja, e vice-versa; portanto, se o cabelo estiver com um fundo muito alaranjado e o profissional quiser anulá-lo ou matizá-lo para criar uma base neutra, poderá aplicar um tom de azul por cima, revelando, assim, um marrom natural.
ANULÁ-LO OU MATIZÁ-LO
Quando aplicamos uma coloração e, em seu resultado, revela-se um fundo de clareamento indesejado, lançamos mão da técnica de matização ou neutralização para obter a naturalidade (beges, marrons).
Além disso, na atualidade, existem colorações permanentes no mercado, tom sobre tom, entre outras, com tecnologias capazes de realizar esse processo de matização no momento da ação da cor aplicada.
Em uma coloração, podemos encontrar a combinação de duas ou mais cores fantasias, que revelarão uma cor diferenciada das naturais. Essas combinações podem ser visualizadas na cartela de cores de determinada empresa de cosméticos, onde serão encontradas as cores naturais ou a altura de tom.
Quando há uma combinação de cores em um tubo de coloração, o profissional de beleza o identifica pela numeração exposta na cartela de cores. Geralmente, essas cores vêm acompanhadas da cor natural, que será sempre o primeiro número, seguida de vírgula, barra ou ponto e de um ou dois números.
Exemplo: 6,34, que lemos da seguinte forma: 6,34 (louro-escuro-dourado-acobreado). Para classificar as cores, usamos como referência a tabela de altura de tom e a Estrela de Oswald.
 SAIBA MAIS
Outra combinação possível entre as cores é aplicar a técnica de cobertura de brancos, em que se mistura uma cor cosmética natural e uma cor direcional, de acordo com o percentual de cabelos brancos, conforme mencionado no módulo 1 (Melanina, cor natural e percentual de cabelos brancos).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. CLÁUDIA DESEJA COLORIR OS CABELOS E ESCOLHEU A COR 6,52 DA CARTELA. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE DESCREVE O NOME DA COR À QUAL SE REFERE:
Louro-escuro-acaju-irisado.
Louro-irisado-acaju.
Louro-escuro-acaju-cinza.
Louro-escuro-acaju-vermelho.
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. LARISSA FOI AO SALÃO PARA COLORIR OS CABELOS E PEDIU AO PROFISSIONAL QUE SUGERISSE UMA COR ALARANJADA. COMO O ESPECIALISTA TRABALHA COM UMA LINGUAGEM TÉCNICA, QUAL DAS OPÇÕES ABAIXO FAZ REFERÊNCIA À COR PEDIDA PELA CLIENTE:
6,4 – Louro-escuro-acobreado.
6,3 – Louro-escuro-dourado.
6,5 – Louro-escuro-acaju.
6,2 – Louro-escuro-irisado.
Parte inferior do formulário
GABARITO
1. Cláudia deseja colorir os cabelos e escolheu a cor 6,52 da cartela. Assinale a alternativa que descreve o nome da cor à qual se refere:
A alternativa "A " está correta.
A fim de promover as ações desejadas para o resultado esperado, a combinação de duas ou mais cores direcionais possibilita uma cor diferenciada dos naturais, como aquela a que se refere a numeração 6,52. Usamos como referência a tabela de altura de tom e a Estrela de Oswald para classificar as cores; o primeiro número antes da vírgula sempre fará referência à altura de tom (6 – louro-escuro), e a numeração após a vírgula fará menção aos reflexos referenciados na Estrela de Oswald (5 –acaju; 2 – irisado). Lê-se louro-escuro-acaju-irisado.
2. Larissa foi ao salão para colorir os cabelos e pediu ao profissional que sugerisse uma cor alaranjada. Como o especialista trabalha com uma linguagem técnica, qual das opções abaixo faz referência à cor pedida pela cliente:
A alternativa "A " está correta.
Na atualidade, para a análise técnica das cores, usamos o padrão universal da Estrela de Oswald, que classifica a cor direcional ou cor fantasia em um padrão numérico. A cor associada ao 4 na tabela é a cor laranja; o 3 representa o dourado; o 5, acaju, e o 2, irisado, e, por isso, não atendem ao pedido da cliente.
COLORAÇÃO CAPILAR
Fonte: Shutterstock
PRIMEIROS RELATOS
Os primeiros relatos do uso de colorações capilares surgiram no Egito, sendo utilizados como matéria-prima os corantes derivados de extratos vegetais, tais como a hena, que deixava os cabelos com uma coloração avermelhada.
ENTRE OS ROMANOS
Também entre os romanos, há relatos da possível existência de mais de cem diferentes fórmulas usadas para modificar a cor dos cabelos, utilizando, em suas formulações, substâncias como castanha, casca de ovos, alho-poró cozido, entre outros, obtendo como resultado cores escuras (BEDIN, 2010).
POSTERIORMENTE
Sais metálicos, como sais de chumbo, também foram usados e tingiam de preto os pelos e os cabelos (PEYREFITTE, MARTINI E CHIVOT, 1998). No entanto, o fascínio e a tentativa de reproduzir os pigmentos e as cores da natureza proporcionaram a descoberta de diversos métodos de isolamento de pigmentos e corantes de origem vegetal e animal (ILHA, 2004).
PRIMEIRAS DESCOBERTAS
Uma das primeiras descobertas se deu em 1856, pelo químico britânico William Henry Perkin, que, acidentalmente, desenvolveu uma rota sintética (ILHA, 2004). A partir desse marco, em poucos anos, os corantes naturais foram sendo substituídos pelos corantes sintéticos, revelando diversas possibilidades no universo das cores.
NA ATUALIDADE
Na atualidade, as formulações cosméticas das colorações integram diversas substâncias, a fim de promover as ações desejadas para o resultado esperado.
WILLIAM HENRY PERKIN
Foi estudante da Faculdade Royal de Química, localizada em Londres. Acidentalmente, desenvolveu uma rota sintética: ao tentar limpar o frasco com álcool, observou que o sólido, proveniente da reação, dissolvia-se e deixava o álcool roxo.
O jovem químico acabava de produzir o que seria o primeiro corante sintético, que chamou de mauveína ou púrpura de anilina (ILHA, 2004).
QUÍMICA DAS COLORAÇÕES
Ao analisarmos um tubo de coloração permanente de qualquer marca, encontraremos algumas substâncias, tais como:
Precursores da cor
Agente alcalino
Solvente
Surfactante
Tampão
Álcoois longos
Agentes de tratamento
Além destes, alguns outros componentes têm funções importantes:
Precursores da cor
Agentes de tratamento
Agentes de tratamento
 SAIBA MAIS
Além dessas substâncias, também é incorporado no processo os oxidantes, conhecidos no mercado como peróxido de hidrogênio (H2O2). O oxidante: está colocado à parte da formulação e só é adicionado ao creme-base no momento do preparo da coloração.
Ele é o responsável por remover a melanina ou os pigmentos anteriores do seu local de ligação à queratina, deixando espaço para os novos pigmentos que se formarão. A formação do novo pigmento é essencial, pois o oxidante será interveniente nas reações de polimerização dos precursores da cor.
No vídeo a seguir, a professora apresenta uma definição rápida sobre cada coloração.
COLORAÇÕES PERMANENTES
As colorações permanentes são as mais utilizadas no mercado, cerca de 80%, em virtude de sua capacidade de penetração na fibra capilar, conferindo maior durabilidade na fixação da cor e cobertura de 100% dos fios brancos.
Além disso, sua base veicular se apresenta em creme, loção ou gel-creme, facilitando a aplicabilidade. Outro fator relevante nessas formulações é a ausência de corante direto, integrando em sua composição os precursores da cor e os acopladores.
Os precursores da cor são substâncias incolores, que, quando ativadas pelo peróxido de hidrogênio (H2O2), agentes oxidantes, agem como corantes. Os acopladores se ligam a esses corantes, transformando a cor dos cabelos ou proporcionando nuances diferenciadas. Além disso, a ação do peróxido de hidrogênio permite oxidar na íntegra os precursores da cor.
Fonte:Shutterstock
Outro agente integra e contribui para a ação da coloração: o agente alcalinizante amônia ou hidróxido de amônio (NH4OH), que, por ser alcalino, abre as cutículas dos cabelos, permitindo potencializar a oxidação dos pigmentos naturais e a fixação dos pigmentos cosméticos. Além disso, colabora para um resultado favorável da cor, não deixa resíduos nos cabelos e minimizaos danos.
Tendo em vista a mistura dos componentes químicos que possibilitam a mudança da cor natural e cobertura dos cabelos brancos, é preciso ressaltar que é imprescindível seguir as recomendações de preparação do fabricante para que o resultado desejado seja alcançado.
ATENÇÃO
É de responsabilidade do especialista seguir o protocolo organizacional de um procedimento de coloração: análise técnica, preparação do material e do cliente, preparo do produto, aplicação da cor e respeito do tempo de pausa indicado.
Fonte: Docsity
OUTROS TIPOS DE COLORAÇÕES
Outros tipos de colorações são encontrados no nosso mercado atual, a fim de reduzir os danos causados pelas colorações oxidativas. São eles:
Fonte: Shutterstock
Leia a seguir, detalhadamente, cada um deles:
COLORAÇÃO TOM SOBRE TOM
É denominada dessa forma por permitir menor poder de clareamento devido ao baixo teor de alcalinidade e menor poder de oxidação. São colorações de fácil aplicabilidade, apresentam-se geralmente em forma de xampus, e seu mecanismo de ação dispõe da mesma forma das colorações oxidativas.
Em sua composição, estão presentes precursores da cor e acopladores e, além do peróxido de hidrogênio, podem ser utilizados perboratos ou persulfatos de sódio ou amônio como oxidantes dessas colorações, proporcionando aos cabelos uma mescla do tom da coloração com o tom natural dos cabelos.
Entretanto, nos quesitos cobertura dos cabelos brancos e durabilidade na fixação da cor, os resultados apresentados não são satisfatórios.
COLORAÇÕES SEMIPERMANENTES E TEMPORÁRIAS
As colorações semipermanentes e temporárias são elaboradas com corantes derivados de nitrobenzeno ou um complexo ânion-cátion; além disso, podem ser utilizados corantes do tipo nitroaminofenóis, que oxidam em contato com o ar e derivados de antraquinona ou compostos azoicos.
Apesar da complexidade das substâncias envolvidas, não causam danos significativos na fibra capilar e são ideais para disfarçar os cabelos brancos, pois seu processo se dá através de corantes que não se modificam durante a aplicação, penetram através da cutícula e se espalham pelo córtex, não havendo nenhuma participação de agentes oxidantes. Isso confere ao cabelo uma cor temporária.
COLORAÇÃO COM REFLEXO NATURAL OU VEGETAL
Segundo Peyrefitte, Martini e Chivot (1998), as colorações vegetais ou naturais são elaboradas a partir de corantes extraídos das diversas partes de vegetais; folhas, frutos, cascas e sementes. Entretanto, são poucos os corantes vegetais utilizados na área cosmética capilar, com exceção da hena, do índigo e da camomila.
COLORAÇÕES GRADATIVAS
As colorações gradativas ou progressivas possuem, em sua composição, sais metálicos como agentes descolorantes. Entre eles, estão: composto de prata, cobre, ferro, níquel, cobalto e acetato de chumbo, com concentração máxima regulada por legislação específica na maioria dos países. Estudos científicos indicam que essas substâncias possuem baixa absorção pelo couro cabeludo, não causando nenhum efeito tóxico ao organismo.
Sua forma de ação baseia-se na deposição dos sais metálicos sobre a fibra capilar, desencadeando a reação dos sais metálicos com o enxofre do cabelo, gerando como resultado sulfetos metálicos de cores escuras, colorindo apenas a cutícula da fibra capilar. Em razão de seu efeito cumulativo, isso pode se acentuar com o tempo. Dessa maneira, o resultado é a formação de um filme de aparência opaca, tornando o cabelo poroso, áspero e sem brilho.
Observe, na figura a seguir, o fio de cabelo após processo de coloração:
FIO DE CABELO
TEMPORÁRIA
Pinta na cutícula.
SEMI PERMANENTE / DEMI PERMANENTE
Pinta maioritariamente na cutícula / Pinta maioritariamente no córtex.
PERMANENTE
Pinta no córtex e a cutícula tem que ser levantada para a tinta entrar.
DESCOLORAÇÃO
Destruição da cor dos pigmentos do cabelo e a cutícula é levantada.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. CONCEIÇÃO TEM 100% DE CABELOS BRANCOS E QUER APLICAR UMA COLORAÇÃO QUE APENAS DISFARCE OS BRANCOS. NESTE CASO, QUAL O TIPO DE COLORAÇÃO INDICADA?
Colorações semipermanentes e temporárias.
Coloração tom sobre tom.
Coloração com reflexo natural ou vegetal.
Colorações gradativas.
Parte inferior do formulário
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2. JULIANA POSSUI 50% DE CABELOS BRANCOS E SUA COR NATURAL É NA ALTURA DE 5. SEU DESEJO É COLORIR OS CABELOS DE 6,52. MARQUE A ALTERNATIVA QUE INDICA A COLORAÇÃO IDEAL PARA COBERTURA DE BRANCOS.
Colorações permanentes.
Coloração Tom sobre Tom.
Coloração com Reflexo Natural ou Vegetal.
Colorações Gradativas.
Parte inferior do formulário
GABARITO
1. Conceição tem 100% de cabelos brancos e quer aplicar uma coloração que apenas disfarce os brancos. Neste caso, qual o tipo de coloração indicada?
A alternativa "A " está correta.
A indicação das colorações semipermanente ou temporárias, neste caso, deve-se ao fato de que, apesar da complexidade das substâncias envolvidas, não causam danos significativos na fibra capilar e são ideais para disfarçar os cabelos brancos, pois seu processo se dá através de corantes que não se modificam durante a aplicação, penetram através da cutícula e se espalham pelo córtex, não havendo nenhuma participação de agentes oxidantes. Isso confere ao cabelo uma cor temporária.
2. Juliana possui 50% de cabelos brancos e sua cor natural é na altura de 5. Seu desejo é colorir os cabelos de 6,52. Marque a alternativa que indica a coloração ideal para cobertura de brancos.
A alternativa "A " está correta.
As colorações permanentes são as mais indicadas por sua capacidade de penetração na fibra capilar conferindo maior durabilidade na fixação da cor e cobertura de 100% dos fios brancos. Além disso, sua base veicular se apresenta em creme, loção ou gel creme, facilitando sua aplicabilidade.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A finalidade do uso da coloração na atualidade é melhorar a aparência dos cabelos, atenuando os defeitos ou os efeitos do tempo, sem que suas características intrínsecas sejam perdidas.
Hoje, temos uma infinidade de marcas que podem ser usadas na coloração. Por isso, é fundamental que o profissional da área de beleza realize a análise dos fios na etapa que antecede o processo químico, bem como verifique as possíveis cores a ser aplicadas para obter êxito na técnica.
REFERÊNCIAS
BEDIN, V. adversos da coloração de cabelo. In: Cosmetics & Toiletries (Brasil), São Paulo, Tecnopress, v. 22, ano 22, n.4, p.38, jul./ago. 2010.
GOMES, Á. O uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional cabeleireiro. Série Apontamentos. São Paulo: Senac, 1999.
ILHA, C. G. ção de corantes e pigmentos: utilização de processos oxidativos avançados para a degradação de quatro pigmentos monoazoicos. 2004. 139 p. Trabalho monográfico (Doutorado em Química Analítica) – Instituto de Química da Universidade de Brasília, Brasília, 2004.
PEYREFITTE, G; MARTINI, C. M; CHIVOT, M. Estética – Cosmética: Cosmetologia, Biologia Geral, Biologia da Pele. São Paulo: Andrei, p. 74-79, 148-151, 1998.
PRUNIÉRAS, M. et al. Manual de Cosmetologia Dermatológica. São Paulo: Andrei, 1994.

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