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BIOSSEGURANÇA, Desinfecção e desinfetantes

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BIOSSEGURANÇA APLICADA À VETERINÁRIA 
 
DESINFECÇÃO E DESINFETANTES 
 
HISTÓRICO: 
800 a.C. Homero cita enxofre como desinfetante em 
sua obra Odisséia. 
Idade média: vinagre 
1438 Veneza – cidade pioneira no controle sanitário; 
fumigação – vapores de cargas de navios para evitar 
proliferação. 
 
1° microscópio Anton Van Leewunhock primeiro a ver 
um microorganismo. 
Pasteur pasteurização 
Ignatz Semmelweis – higienização hospitalar. 
Joseph Lister – Feridas com fenol. 
 
MEDIDAS HIGIÊNICAS: 
Otimizar produção animal e prevenção de doenças e 
perdas econômicas. 
Evitar trânsito de veículos; Banho antes e depois. 
 
PROGAMA DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO 
Rendimento diminuido sem higiene; Produtos de 
origem animal precisam vir de origem limpa. 
Aumento da produtividade 
Diminuição da incidência DIC e parasitários. 
Diminuição de animais refugos 
Diminuição do gasto medicinal e da mão de obra. 
 
Conhecer técnica de manipulação de produtos 
utilizados ; Armazenar com rótulos; locais isolados de 
alimentos e ventilados. 
 
Higienização do processo que envolve limpeza e depois 
desinfecção. Primeira etapa limpeza. 
 
LIMPEZA: pelo processo mecânico são removidos 
materiais estranhos; matéria orgânica, sujidade. 
Aumento do contato do agente esterilizante com 
artigo. 
 
DESCONTAMINAÇÃO: processo de desinfecção ou 
esterilização de objetos e superfícies. 
 
DESINFECÇÃO: processo físico ou químico destrói 
microorganismos em objetos inanimados mas não os 
que tem esporos. 
 
ESTERILIZAÇÃO: física ou química através do qual são 
destruídas todas as formas microbianas. 
 
Agente saneador: substância química que reduz 
microorganismos em 99%. 
 
DESINFETANTES: substância ou produto capaz de deter 
ou inibir a proliferação em ambiente e superfícies. 
 
ANTISSEPSIA: prevenção de desenvolvimento para 
destruir ou eliminar microorganismos presentes em 
tecidos vivos. 
 
ASSEPSIA: conjunto de medidas evitar chegada de 
microorganismo em locais como objetos e superfícies 
que não os contenham. 
 
Primeiro limpeza e descontaminação. 
Segundo diminuir microorganismos patógenos. 
Terceiro diminuir a probabilidade de doenças. 
 
Saída do lote de camundongos, por exemplo → 
primeiro dia limpeza; segundo dia desinfecção; 3 a 10° 
dia vazio sanitário; novas camas e equipamentos são 
colocados; ação de agentes físicos naturais como sol e 
vento; característica da doença que se queira prevenir 
ou controlar. 
Pulverizar/ aspersão com desinfetantes. Manter 
fechado 24h outro dia. Novo lote em outro dia. 
 
MÉTODOS DE DESCONTAMINAÇÃO 
Agentes físicos ou químicos: lesão de ácidos nucléicos, 
desnaturação protéica, inibição metabólica; ruptura da 
membrana celular. 
 
FÍSICA: 
CALOR 
Incineração: 1000 graus; redução de volume para 
grande escala. 
Lança chamas nas gaiolas das aves. 
VAPOR ÚMIDO: não tóxico; água em ebulição 100 
graus por 30 min; desinfecção de urgência. Autoclaves 
121 graus por 15 minutos. 
SECO: não corrosão de metais; forno de Pasteur 170 
graus por 2horas. 
RADIAÇÃO IONIZANTE: 
RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: superficial ação lenta e 
age no DNA celular. 
Laboratórios: Luz UV 230-270 nm; 
 
PASTEURIZAÇÃO: lenta 63-65 graus por 30 min. 
Rápida 71-74 graus a 40 a 45 min. 
Ultrarápida 135-150 graus por 8segundos. 
 
DESCONTAMINAÇÃO QUÍMICA: 
1) Desinfetantes de primeiro grau (alto nível); 
produz efeito semelhante a esterilização. 
1.1 Formaldeído ou Formol; 4-8% de líquido; 
exposição 30 min com ph alcalino; irritante para 
tecidos; incubatórios e pedilúvios. Para ser 
esterilizante 18h – 8-10% gás. 
1.2 Glutoraldeído: 2% 20 a 30 min. Menos tóxico que 
formol; ph alcalino e biodegradável; para ser 
esterilizante 10h. 
1.3 CAL: ph alcalino baixo custo; tóxico, corrosivo e 
irritante. Aplicada em forma de pó ou misturado 
com a água. Desinfecção de superfícies. 
2 Desinfetante de segundo grau intermediário. 
Desnaturam proteínas porém não esporos. 
2.1 Compostos Iodados: ph ácido e alta 
penetração;ação efetiva em bactérias na pele 
íntegra; Pré e pós-dipping (imersão). 
2.2 Compostos fenólicos: cresol + conhecido e 
utilizado ph neutro. 
2.3 Compostos clorados; hipoclorito de sódio e 
cálcio; ph ácido, baixo custo e ação rápida; 
qualidade de água. 
2.4 Alcoóis: álcool etílico ou etanol mais utlizado. 
Bom solvente antisséptico e desinfetante. 
ETANOL 70% + 2% de tintura de iodo; 
antisséptico. 
3 Desinfetantes de terceiro grau (nível baixo) 
3.1 Quaternário de amônia: 2 a 3% por 30min. Ph 
alcalino e sanitização de superfícies. 
3.2 Soda cáustica: 
3.3 Clorhexidina 0,2 a 2% ph alcalino usado em Gram 
positivas ou negativas; antisséptico (sabonete; 
equipamento, instalações e utensílios). 
3.4 Peróxido de Hidrogênio; água oxigenada volume 
10; 3%. Antisséptico. 
 
SOL: 2% em água quente por 10min. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA EFICÁCIA 
1. Natureza dos microorganismos 
2. Número e localização dos microorganismos. 
3. Concentração e potência do agente. 
 
TEMPOS DE EXPOSIÇÃO 
DESINFECÇÃO: superfície 10-30min. Artigos cirúrgicos 
por 30min no mínimo. Esterilização de artigos em 10 a 
18horas. 
 
FATORES FÍSICOS E QUÍMICOS 
TEMPERATURA, PH, DUREZA ÁGUA, UR. 
Material a ser desinfetado, presença de matéria 
orgânica, educação sanitária dos usuários. 
 
CARACTERÍSTICAS IDEAIS: amplo espectro de ação 
rápida; não afetado por fatores ambientais como sol e 
luz; ativa na presença de matéria orgânica. Compatível 
com sabões detergentes; atóxicos. Compatível com 
diversos materiais; efeito residual na superfície. 
 
FÁCIL MANUSEIO E EXPLICAÇÃO: inodoro e agradável, 
econômico, solúvel h20, estável, não poluente, não 
interferir na cicatrização, alta penetrabilidade, cor para 
saber onde já foi aplicado. 
 
MÉTODOS DE DESINFECÇÃO: pedilúvio, controle de 
afecções podais; sulfato de cobre 5%, formalina 2 a 5%. 
Rodolúvio (veículos). 
IMERSÃO em mastite. 
ASPERSÃO: lava jatos, banho de animais, pulverização, 
fumigação. 
Rentabilidade, produto de alto padrão. Status sanitário 
adequado. 
*ÁGUA VAZOU = RISCO FÍSICO DE UMIDADE 
*FOI NADAR = RISCO FÍS. UMIDADE E PRESSÃO. 
*TIRAR SANGUE = RISCO BIOLÓGICO 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DE PREVENÇÃO E 
COMBATE A INCÊNDIOS 
 
FOGO E SUA HISTÓRIA: 
Auxílio na proteção, caça e preparo de alimentos. 
Importante para o desenvolvimento de armas. 
Primeira fonte de luz manipulada. 
Durante vários anos foi motivo de mistério, medo, 
superstição e adoração. 
 
FONTES CAUSADORAS DE INCÊNCIO: 
Equipamento elétrico; sobrecarga na rede elétrica; 
líquidos inflamáveis; operação indevida de líquidos 
inflamáveis; vazamento de gás; estocagem indevida de 
líquidos inflamáveis. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA COMBATE À INCÊNDIOS 
Agir rápido nos primeiros 5 minutos; manter a calma 
racional e agir com rapidez; dar o alarme de incêndio; 
desligar a energia elétrica; acionar os bombeiros; saber 
avaliar o incêndio. 
 
Fogo = combustão na qual podemos visualizar 
produção de chamas com liberação de energia (calor e 
luz). 
Combustão = reação química entre dois reagentes – 
combustível e comburente mediante uma condição 
favorável tipo calor. 
Incêndio: fogo que sai do controle. 
 
FORMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR 
IRRADIAÇÃO – sol 
CONDUÇÃO – ponta para outra ponta, ex. ferro. 
CONVECÇÃO – ar quente é mais leve e sobe e o ar frio 
é mais pesado e desce. 
*madeira e isopor não conduz calor. 
 
O QUE É NECESSÁRIO PARA QUE HAJA FOGO: 
TRIÂNGULO DO FOGO: material combustível (algo que 
queime), calor (ex: palito de fósforo aceso) e 
comburente (O2). 
*carvão é um combustível mediano. 
 
QUADRADO DO FOGO: calor, combustível, 
comburente e reação em cadeia (queima de vegetação 
verde; florestas – ele próprio se realimenta). 
 
FATORES DE ÊXITO NA PREVENÇÃO: preparação 
prévia; estar em dia com os documentos dos 
bombeiros; manutenção em dia; equipamentos 
adequados ao risco; sinalização; familiarizaçãodos 
usuários; 
Não existirá fogo em ambientes com menos de 13% de 
O2. Nós sobrevivemos só até 18% de O2. 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO: visam retirar um 
ou mais de um dos três componentes do triângulo do 
fogo. 
ABAFAMENTO: impede que O2 entre na reação. 
RESFRIAMENTO: tirada do calor jogando água, por 
exemplo. 
CURSO DE ÁGUA OU UMA ESTRADA SEPARANDO O 
COMBUSTÍVEL: ACEIRO 
MANTA CORTA FOGO E PORTA CORTA FOGO 
 
CLASSES DE INCÊNDIO 
CLASSE A – queima na superfície e em profundidade 
deixando resíduos e cinzas. Papel, borracha, madeira, 
tecido, plástico. 
CLASSE B – queima só na superfície e não em 
profundidade. Gasolina, acetona, piche, éter, álcool, 
gás de cozinha. Não ficam cinzas – gás combustíveis. 
CLASSE C – material elétrico energizado. 
CLASSE D – metais pirofóricos encontrados em fábricas 
e indústrias automobilística, por exemplo a raspa de 
zinco e limalha de magnésio. 
 
HÁ QUATRO TIPOS DE EXTINTORES: 
DE ÁGUA: FAZ O RESFRIAMENTO (tira o elemento 
calor). Usado em incêndios de classe A somente 
(queima na superfície e em profundidade - Papel, 
borracha, madeira, tecido, plástico). 
Baixa pressão: dura 60 segundos, pesa mais ou menos 
12Kg, alcança 7,5 metros e água tem alto poder de 
infiltração. Ataca fogo dirigindo jato para sua base. 
 
DE CO2: FAZ O ABAFAMENTO (tira o elemento 
comburente O2) E RESFRIAMENTO (tira o elemento 
calor). Ideal para classes B e C somente. 
Alta pressão: dura 45 segundos, forma gelo seco que 
queima de frio, possui epunhamento e difusor, 2100 
libras de pressão, pesa 22Kg carregado e 16Kg vazio. 
 
DE PQS – PÓ QUÍMICO SECO: FAZ O ABAFAMENTO (tira 
o elemento comburente O2). Ideal para incêndios de 
classes B e C somente. Possuem um pó especial para 
combate de incêndio, os mais comuns são: 
1) Pó BC a base de bicarbonato de sódio. 
Indicados para combate de incêndio em 
líquido inflamável e equipamentos elétricos. 
2) Pó ABC a base de amônia indicados para 
combate de líquidos inflamáveis e 
equipamentos elétricos em papel e madeira. 
Alta pressão, dura 50 segundos, pó bicarbonato, possui 
monômetro (verde pressão normal e vermelho 
pressão insuficiente), não se utiliza na base do fogo, 
usar formando nuvem por cima das chamas para 
causar abafamento. 
 
DE ESPUMA QUÍMICA: FAZ O ABAFAMENTO (tira o 
comburente O2) e RESFRIAMENTO (tira o calor). 
Indicado para incêndios de classe A e B somente. 
 
EXTINTORES DE INCÊNDIO A BASE DE SONS 
INAUDÍVEIS PARA PESSOAS: EM DESENVOLVIMENTO... 
 
EXTINTORES AUTOMOBILÍSTICOS: utilização em 
veículos. Extintores tipo ABC utilizados em 
caminhonetes, caminhões e ônibus. Tamanho 
depende do veículo. 
 
COMO USAR: rompa o lacre e aperte o gatilho, 
dirigindo o difusor para a base do fogo. Não toque no 
difusor pois pode queimar. 
Deve ter acesso livre, demarcação de área, detector de 
fumaça, luz de emergência e indicação de saída. Pode 
estar no chão mas com demarcação de área de 1 metro 
quadrado. 
 
 
 
HIDRANTE: mangueiras de 15 a 30 metros. Mangueiras 
sintéticas e internamente revestidas com borracha 
sintética. 
CAPELA DE EXAUSTÃO. 
 
ORIENTAÇÕES EM CASO DE VAZAMENTO DE GÁS OU 
INCÊNDIO: 
Manter a calma e não correr, improvisar um pano 
molhado (touca) e pressioná-lo contra a boca e nariz, 
acionar o alarme, verificar em qual direção sair ao ouvir 
alarme, sair com calma, evitar passar em ambientes 
com fumaça, lembrar que o gás sobe e que o ambiente 
próximo do piso fica com o ar mais puro. 
 
Ligue 193.

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