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Direito Constitucional Aplicado - Pós Legale 1

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Pós-graduação – Faculdade 
LEGALE
DIREITO CONSTITUCIONAL 
APLICADO
Prof. Ricardo A. Andreucci
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
O que é Direito Const. Aplicado?
 É uma nova abordagem do Direito 
Constitucional na visão dos outros 
ramos do Direito.
É o estudo do Direito Civil, do Direito 
Penal, do Direito Tributário, do 
Direito do Trabalho, do Direito 
Previdenciário, do Direito Processual 
Penal etc sob uma ótica 
constitucional.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo Aplicado
 É voltado para uma nova categoria 
de profissionais do Direito, 
comprometidos com a prevalência 
dos postulados constitucionais em 
consonância com a base 
principiológica que permeia todos os 
ramos do Direito.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo Aplicado
Visa conferir uma formação jurídica 
complementar diferenciada.
Rompe com o paradigma tradicional 
dos cursos de pós-graduação.
A cada aula é analisado um tema novo 
e instigante.
Fomenta a discussão e o aprofundamento das questões mais 
atuais que estão sendo discutidas nos Tribunais Superiores.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo Aplicado
 Exemplos de alguns temas que serão 
analisados nas nossas aulas:
 Teoria geral dos Direitos Fundamentais. 
Princípios e regras. Interpretação, 
eficácia, conteúdo essencial e restrições. 
Possibilidade de renúncia.
 Ativismo Judicial. Judicialização da 
política. Politização do judiciário. Mínimo 
existencial. Reserva do possível e 
orçamento.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo Aplicado
 Direito Civil Constitucional. Reflexão 
sobre a interação entre o Direito Civil 
e o Direito Constitucional e a forma de 
incidência das normas constitucionais 
nas relações jurídicas de Direito 
Privado, com o estudo da eficácia 
horizontal dos Direitos Fundamentais.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo Aplicado
 Relação entre Tratados e a 
Constituição de 1988. Conflitos entre 
a CRFB e os tratados internacionais. 
Sistema monista e dualista. Decisões 
do STF.
 Direitos fundamentais aplicados ao 
Biodireito. Bioética e Dignidade 
Humana.Engenharia genética e 
pesquisa em seres humanos. 
Biodireito.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo Aplicado
 Constitucionalismo e crimes de 
intolerância. Racismo. Discriminação e 
preconceito da legislação brasileira.
 Remédios constitucionais aplicados ao 
processo do trabalho individual e coletivo. 
Aplicabilidade e resguardo. Utilização nas 
relações sindicais.
 Princípios constitucionais do processo 
penal.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo - noção
 Ordenamento de uma sociedade
política mediante uma Constituição
escrita, cuja supremacia significa a 
subordinação a suas disposições de 
todos os atos emanados dos poderes 
constituídos que formam o governo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo
 O marco histórico do novo direito 
constitucional, na Europa continental, foi 
o constitucionalismo do pós-guerra, 
especialmente na Alemanha e na Itália. 
No Brasil, foi a Constituição de 1988 e o 
processo de redemocratização que ela 
ajudou a protagonizar.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo -
características
 É um fenômeno antigo.
 Tem seu apogeo no liberalismo do final 
do século XVIII, propagando o 
movimento jurídico, social, político e 
ideológico, em que se almejava 
assegurar direitos e garantias 
fundamentais,bem como a separação 
dos poderes em oposição ao 
absolutismo reinante no Antigo 
Regime.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo medieval
 Na Idade Média, o direito constitucional 
ocupa-se em delimitar o poder estatal, 
em virtude, originariamente, da difusão 
de idéias jusnaturalistas. 
Tal período foi de grande relevância 
para a consagração de liberdades 
públicas e direitos e garantias 
fundamentais, mormente quando, 
em1215, a Inglaterra elabora sua 
Magna Charta Libertatum. 
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo
 A Carta Magna, outorgada por João 
Sem Terra, é tida como o primeiro 
instrumento solene que previu direitos 
incorporados até os dias atuais às 
constituições de todo o mundo, tais 
como: direito de petição, instituição do 
Tribunal do Júri, direito ao devido 
processo legal, habeas corpus, direito 
ao acesso à Justiça, liberdade de 
religião, dentre outros.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Magna Charta Libertatum
 Rei João da Inglaterra – “João sem 
terra”.
 Filho de Henrique II – Rei da Inglaterra.
 Herda o trono, com a morte de seu 
irmão “Ricardo Coração de Leão”.
 Sucessivos fracassos e problemas com 
a Igreja.
 Os barões ingleses invadem Londres.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Magna Charta Libertatum
 Barões ingleses – impõe uma carta de 
direitos – Magna Charta Libertatum.
 Em 1215 a Carta é assinada por João 
e pelos barões ingleses.
 Pouco tempo depois, com a 
desocupação de Londres, João 
resolve não aceitar a Carta, iniciando-
se uma verdadeira guerra civil na 
Inglaterra.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Magna Charta Libertatum
 Em 1216, João morre.
 Seu filho, Henrique III, reedita a Carta, 
embora com a supressão de alguns 
artigos.
 Até hoje a Magna Charta inspira 
constituições da maioria dos países, 
sendo um importante diploma 
precursor dos Direitos Humanos.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Magna Charta Libertatum
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Magna Charta Libertatum
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
João, Rei da Inglaterra
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Due process of Law
“Clause 39”: “no free man shall be 
imprisoned or deprived of his lands 
except by judgement of his peers or 
by the law of the land”.
Art. 5º, LIV - ninguém será privado 
da liberdade ou de seus bens sem 
o devido processo legal;
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Constitucionalismo
 O constitucionalismo moderno ganha vulto 
no fim do século XVIII, com o advento das 
constituições – agora escritas e rígidas –
dos Estados Unidos da América em 1787 e 
da França em 1791. 
 Tais documentos assinalam, 
derradeiramente, a separação de poderes. 
 Nesta fase, começa a surgir o movimento 
pós-positivista, pautado, principalmente, 
nos princípios jurídicos, em detrimento da 
análise fria do normativismo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Pós-positivismo
 O marco filosófico do novo direito 
constitucional é o pós-positivismo.
 O debate acerca de sua 
caracterização situa-se na confluência 
das duas grandes correntes de 
pensamento que oferecem 
paradigmas opostos para o Direito: o 
jusnaturalismo e o positivismo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Pós-positivismo
Jusnaturalismo pode ser definido como o 
Direito Natural, ou seja, todos os 
princípios, normas e direitos que se têm 
como idéia universal e imutável de 
justiça e independente da vontade 
humana.
Já o positivismo, no Direito, pugnava a 
necessidade de codificação, de se 
estabelecer regras pré-definidas, para uma 
maior segurança da sociedade.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Pós-positivismo
O pós-positivismo busca ir além da 
legalidade estrita, mas não despreza o 
direito posto; procura empreender uma 
leitura moral do Direito, mas sem recorrer a 
categorias metafísicas. 
A interpretação e aplicação do ordenamento 
jurídico hão de ser inspiradas por uma teoria 
de justiça, mas não podem comportar 
voluntarismos ou personalismos, sobretudo 
os judiciais.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Direito e Moral
O pós-positivismo é uma opção teórica 
que considera que o direito depende 
da moral, tanto no momento de 
reconhecimento de sua validade como 
no momento de sua aplicação. 
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150Direito e Moral
Nessa visão, os princípios 
constitucionais, tais como a dignidade 
humana, o bem-estar de todos ou a 
igualdade, influenciariam a aplicação 
das leis e demais normas concretas. 
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Direito e Moral
 Essa visão do direito é inspirada em 
obras de filósofos do direito como 
Robert Alexy e Ronald Dworkin.
 Alguns preferem denominar essa 
visão de direito "moralismo" ou 
neoconstitucionalismo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Neoconstitucionalismo
 Surge como o conjunto de mudanças que 
incluem a força normativa da Constituição, 
a expansão da jurisdição constitucional e o 
desenvolvimento de uma nova dogmática 
da interpretação constitucional. 
 Desse conjunto de fenômenos resultou um 
processo extenso e profundo de 
constitucionalização do Direito.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Neoconstitucionalismo
 Em outras palavras, o 
neoconstitucionalismo seria uma 
gama de fenômenos no âmbito do 
Direito Constitucional, que, em 
conjunto, acabaram por gerar uma 
constitucionalização do Direito como 
um todo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Neoconstitucionalismo
 No neoconstitucionalismo, há 
uma hierarquia entre normas não 
apenas formais, mas axiológicas, 
que objetivam, mormente, a 
concretização dos direitos 
fundamentais.
 Buscam-se os verdadeiros 
valores que definem o direito 
justo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Críticas
O ativismo judicial nocivo e violador da 
tripartição dos poderes.
Ativismo judicial que fere o ideal de 
Estado Democrático e abre precedentes 
para condutas arbitrárias e ilegais.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Críticas
 A criação de um estado jurisdicional, 
em que o Poder Judiciário limitaria o 
poder do povo em se autogovernar;
A possibilidade de deturpação de um 
sistema jurídico pautado por conceitos 
abertos e indeterminados.
FGabriel Valadares de Morais - 02570879150
BEM JURÍDICO-PENAL, 
CONSTITUIÇÃO E DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Importância do tema
Quais os critérios que devem nortear o 
legislador penal na criação de novos 
delitos e na abolição de delitos 
existentes?
34
Poderia o STF, em verdadeiro ativismo 
judicial, criminalizar uma conduta, a 
pretexto de adequação da realidade a 
uma escala axiológica constitucional?
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Homofobia - criminalização

ADO MI 4733/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento 
em 13.6.2019. (MI-4733) 
Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, 
julgou procedentes os pedidos formulados em ação 
direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) e em 
mandado de injunção (MI) para reconhecer a mora do 
Congresso Nacional em editar lei que criminalize os 
atos de homofobia e transfobia. Determinou, também, 
até que seja colmatada essa lacuna legislativa, a 
aplicação da Lei 7.716/1989 (que define 
os crimes resultantes de preconceito de raça ou de 
cor) às condutas de discriminação por orientação 
sexual ou identidade de gênero, com efeitos 
prospectivos e mediante subsunção.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Homofobia - criminalização
 “1. Até que sobrevenha lei emanada do 
Congresso Nacional destinada a implementar 
os mandados de criminalização definidos nos 
incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição 
da República, as condutas homofóbicas e 
transfóbicas, reais ou supostas, que 
envolvem aversão odiosa à orientação 
sexual ou à identidade de gênero de alguém, 
por traduzirem expressões de racismo, 
compreendido este em sua dimensão social, 
ajustam-se, por identidade de razão e 
mediante adequação típica, aos preceitos 
primários de incriminação definidos na Lei nº 
7.716, de 08.01.1989”
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Aborto - Anencéfalo

ADPF - 54
“O Plenário, por maioria, julgou procedente 
pedido formulado em arguição de 
descumprimento de preceito fundamental 
ajuizada, pela Confederação Nacional dos 
Trabalhadores na Saúde - CNTS, a fim de 
declarar a inconstitucionalidade da 
interpretação segundo a qual a interrupção 
da gravidez de feto anencéfalo seria conduta 
tipificada nos artigos 124, 126 e 128, I e II, do 
CP. Prevaleceu o voto do Min. Marco Aurélio, 
relator. ”
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Aborto - Anencéfalo
 “Ressurtiu que a tipificação penal da 
interrupção da gravidez de feto 
anencéfalo não se coadunaria com a 
Constituição, notadamente com os 
preceitos que garantiriam o Estado 
laico, a dignidade da pessoa humana, 
o direito à vida e a proteção da 
autonomia, da liberdade, da 
privacidade e da saúde.”
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Bases da ciência penal
 A moderna ciência penal não pode 
prescindir de uma base empírica nem 
de um vínculo com a realidade que 
lhe propicie legitimidade.
 Também não pode renunciar a um dos 
poucos conceitos que lhe permitem a 
crítica ao Direito Penal Positivo.
39Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Seleção dos bens jurídicos
Maior problema: fixar 
concretamente os critérios 
pelos quais se deve proceder 
à seleção dos bens e valores 
fundamentais da sociedade.
40Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Principais desafios
 Somente os bens jurídicos 
fundamentais devem ser objeto de 
atenção do legislador penal.
 Quais são os bens jurídicos 
fundamentais?
 Como devem ser escolhidos ou 
selecionados?
 E o problema da hipercriminalização?
41Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Principais desafios
 Como enfrentar a dimensão 
política na escolha do bem 
jurídico?
 E os interesses do Estado?
 Poderiam os interesses do 
Estado estar em conflito com os 
interesses da sociedade?
 Qual interesse deve prevalecer?
42Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Escolha dos valores
Os valores a serem escolhidos 
variam segundo o modelo de 
sociedade, sendo um reflexo 
necessário de sua estrutura.
43
O Direito Penal deve ser 
instrumento do Estado 
Democrático e Social de Direito.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Posição de Hassemer
 HASSEMER - “o bem jurídico 
penal é o orifício da agulha pelo 
qual têm que passar os valores 
da ação: nenhuma reforma do 
Direito Penal pode ser aceitável 
se não se dirige à proteção de 
algum bem jurídico, por mais que 
esteja orientada aos valores da 
ação.”
44Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Valoração do bem jurídico
A valoração do bem 
jurídico condensa 
aspectos sociológicos, 
axiológicos, ideológicos e 
normativos, que integram 
a sua unidade conceitual. 
45Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Contextualização
 O bem jurídico é contextualizado na 
história da criminalização no direito 
penal brasileiro e nas suas origens, para 
que se possa atingir um diagnóstico 
seguro dos câmbios estruturais e 
valorativos que reorganizam o 
sistema punitivo, em face, exatamente, 
da valoração do bem jurídico, como 
núcleo atrativo dos valores vigentes na 
sociedade. 
46Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Crime - pena
Com a eleição do bem 
juridicamente tutelado é 
definida a conduta que 
deverá ser criminalizada 
e a proporção da pena. 
47Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Fundamento constitucional 
 Todos esses pontos atingem o maior grau 
de condensação na Constituição Federal, 
que reúne, hodiernamente e na categoria 
de direitos fundamentais, um elenco 
significativo de bens jurídicos que devem 
ser tutelados pelo direito penal, 
estabelecendo, inclusive, entre eles, uma 
graduação axiológica, que pode ser medida 
pelo conteúdo da norma constitucional, que 
em determinados casos atinge elevado 
nível de cogência e imperatividade. 
48Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
O bem jurídico no Brasil
 O bem jurídico e os princípios básicos 
do Direito Penal.
 Princípio da Ofensividade.
 Princípio da Alteridade.
 Princípio da Adequação Social.
 Princípioda Intervenção Mínima e da 
Fragmentariedade.
 Princípio da Insignificância.
49Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Exemplos
 Descriminalização do adultério (art. 
240,CP);
 Descriminalização das drogas (está 
na pauta do STF);
 Descriminalização do aborto (está na 
pauta do STF);
 Novos crimes sexuais: importunação 
sexual, pedofilia (?) etc
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Objeto material e objeto 
jurídico
 Não se deve confundir o OBJETO 
MATERIAL (objeto da conduta) com o 
OBJETO JURÍDICO (bem jurídico 
tutelado) do delito.
 O objeto da conduta se exaure no 
plano estrutural do tipo penal; o bem 
jurídico se evidencia no plano 
axiológico (valor).
51Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Objeto material e objeto 
jurídico
 O objeto material é o objeto real 
atingido diretamente pelo atuar 
do agente. 
 Esse objeto pode ser corpóreo 
(ex.: pessoa ou coisa) ou pode 
ser incorpóreo (ex.: honra).
52Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Bem jurídico
 Já o objeto jurídico é considerado um
ente (dado ou valor social) material ou
imaterial haurido no contexto social, de
titularidade individual ou
metaindividual reputado como
essencial para a coexistência e o
desenvolvimento do homem em
sociedade e, por isso, jurídico-
penalmente protegido.
53Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Bem jurídico e Constituição
O bem jurídico deve estar 
SEMPRE em compasso com 
o quadro axiológico (valores) 
vazado na Constituição 
Federal e com o princípio do 
Estado Democrático e Social 
de Direito.
54Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Valores constitucionais
Portanto: a ordem dos 
valores 
constitucionalmente 
relevantes constitui o 
paradigma do legislador 
penal infraconstitucional.
55Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Funções do bem jurídico
1) Função de garantia ou função de 
limitar o direito de punir do Estado.
 Nullun crimen sine injuria.
 O legislador não pode tipificar senão 
as condutas graves, que lesionem 
ou coloquem em perigo autênticos 
bens jurídicos (pautados pela 
Constituição Federal).
56Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Funções do bem jurídico
2) Função teleológica ou 
interpretativa.
 Na interpretação do tipo penal 
deve-se considerar seu sentido e 
alcance de acordo com a finalidade 
de proteção ao bem jurídico.
 Os elementos objetivos e subjetivos 
do tipo giram em torno do bem 
jurídico.
57Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Funções do bem jurídico
3) Função individualizadora:
 O bem jurídico funciona como critério 
de medição da pena, no momento 
concreto de sua fixação, levando-se 
em conta a gravidade da lesão ao 
bem jurídico.
 Relação entre bem jurídico e 
culpabilidade (como juízo de 
reprovação social).
58Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Funções do bem jurídico
4) Função sistemática: 
 O bem jurídico serve como critério 
para a sistematização dos tipos 
penais em grupos.
 Ex.: crimes contra a vida, crimes 
contra o patrimônio, crimes contra a 
honra, crimes contra a dignidade 
sexual etc.
59Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
CONCLUSÃO
 EM CONCLUSÃO: nenhuma norma 
infraconstitucional deve ignorar o quadro 
axiológico (valores) pautado pela 
Constituição Federal, servindo os valores 
constitucionais como lastro para a 
criminalização de novas condutas e para a 
descriminalização daquelas que não 
guardam consonância com o Estado 
Democrático e Social de Direito.
60Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Referências bibliográficas
 Referências bibliográfica :
- “Bem jurídico Penal e Constituição”, 
de Luiz Regis Prado, 3ª ed., Ed. RT.
- “Manual de Direito Penal”, de Ricardo 
Antonio Andreucci, 14ª ed., Saraiva.
- “Legislação Penal Especial”, de 
Ricardo Antonio Andreucci, 14ª ed., 
Saraiva.
61Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
CONSTITUCIONALISMO,
GLOBALIZAÇÃO 
E
CRIME
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Globalização
Globalização é um processo 
pelo qual ocorre a integração 
entre as economias e 
sociedades de vários países, 
sendo que esta permite a 
transnacionalização de 
mercadorias, serviços e 
informações.
Prof. Ricardo A. Andreucci 63Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Globalização e Crime
Globalização
Integração
Crime
Prof. Ricardo A. Andreucci 64Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Conceitos 
ultrapassados
A sociedade moderna exige um 
repensar sobre conceitos 
existentes, tais como Soberania, 
Jurisdição e Competência, 
intrinsecamente ligados à 
questão do território, que se 
tornaram ultrapassados frente ao 
advento do ciberespaço.
Prof. Ricardo A. Andreucci 65Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Novo paradigma
Globalização
Crime
novo 
paradigma
Prof. Ricardo A. Andreucci 66Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Novo paradigma
 O ponto nevrálgico que se apresenta 
no mundo globalizado, portanto, é o 
da atuação dos Estados em sistemas 
globais ou regionais, que os obriga a 
reverem sua autonomia política, bem 
como sua soberania, tendo em vista 
que esta pode desprender-se da idéia 
de fronteiras e territórios fixos.
Prof. Ricardo A. Andreucci 67Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Mundo globalizado
Globalização + Integração + 
Crime
Prof. Ricardo A. Andreucci
Há a necessidade de uma ampliação 
da colaboração jurídica, econômica, e 
política dentro de um mundo 
globalizado
68Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Criminalidade globalizada
A realidade tem demonstrado 
que fronteiras nacionais não 
constituem mais obstáculo 
significativo para a 
criminalidade globalizada.
Prof. Ricardo A. Andreucci 69Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Criminalidade globalizada
 Portanto, a globalização trouxe consigo a 
necessidade de aprimoramento de 
mecanismos de combate à criminalidade 
de natureza transnacional e, 
consequentemente, de repensar a Ciência 
Criminal, bem como, despertou uma 
consciência mundial para a necessidade de 
estabelecimento de mecanismos de justiça 
supranacional.
Prof. Ricardo A. Andreucci 70Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Direito Internacional Penal
Surge o Direito 
Internacional 
Penal
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Disciplinas diferentes
Direito Penal 
Internacional
Direito 
Internacional 
Penal
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Direito Penal Internacional
 Quando tratamos de aplicação da lei 
penal no espaço, na realidade, 
estamos adentrando a seara do 
Direito Penal Internacional.
 O Direito Penal Internacional trata de 
questão interna, posto que vinculado 
ao Direito nacional de cada Estado. 
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Direito Penal Internacional
 O Direito Penal Internacional 
compreende um conjunto de 
princípios e normas que 
disciplinam conflitos de leis no 
espaço, isto é, trata das hipóteses 
de um crime lesar bens jurídicos 
de dois ou mais países.
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Direito Internacional Penal
 O Direito Internacional Penal trata 
da justiça penal em caráter 
supranacional, para o combate 
aos crimes que atingem bens 
considerados da humanidade ou 
universais, tais como: genocídio, 
crimes de guerra, tráfico de 
mulheres etc.
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Internacionalização do crime
 Em 1999 o vírus denominado I 
love you, que partiu de um 
computador localizado nas 
Filipinas causou danos 
consideráveis em máquinas de 
todo o mundo, desde Europa até 
América, passando pela Ásia.
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Internacionalização do crime
A existência de múltiplas 
redes de difusão de 
pornografia infantil em toda 
a Internet
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Pedofilia na rede
 Em 2007 cerca de mil novos sites de 
pedofilia foram criados todos os 
meses no Brasil. 
 Destes, 52% tratam de crimes contra 
crianças de 9 a 13 anos, e 12% dos 
sites de pedofilia expõem crimes 
contra bebês de zero a três meses de 
idade, com fotografias. 
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Pedofilia na rede
O levantamento sobre 
a pedofilia revela 
ainda que 76% dos 
pedófilos do mundo 
estão no Brasil.
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Territorialidade no Brasil
 Território nacional: espaço terrestre, 
espaço marítimo, espaço aéreo, 
espaço fluvial, espaço cósmico.
 Território por equiparação: art. 5º, §§
1º e 2º.
 Brasil: Princípio da Territorialidade 
Temperada – art. 5º, caput.
 Extraterritorialidade – art. 7º do CP.
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Território virtual ou ciberespaço
 Com o advento da Internet e, com 
ela, do ciberespaço, a concepção 
clássica de território transfigurou-se, 
posto que esta possibilitou o tráfego 
rápido e eficiente de informações, 
bem como uma interação num 
espaço que desconhece os limites 
impostos por fronteiras.
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Ciberespaço
 O ciberespaço não dispõe de 
fronteiras territoriais, mas de normas 
ou técnicas, que regulam sistemas de 
acesso e que não pertencem ao 
mundo jurídico. 
 Assim, não vigora o conceito de 
soberania e nem de competência 
territorial.
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Ciberespaço
 Dessa forma, um agente pode estar no Chile e 
invadir o sistema informático de uma empresa 
sediada no Canadá, através de um provedor 
brasileiro, sendo que os prejuízos provocados pela 
invasão ocorrerão no Japão.
 Como fica a questão do local do crime? Qual será 
o Estado competente para processar e julgar o 
sujeito? 
 Se um país não pune certa atividade cibernética 
danosa, um país atingido deve usar o poder 
coercitivo de seu ordenamento jurídico para deter 
um individuo que está fora dos limites de sua 
soberania?
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Ponto para discussão
 A visão clássica de soberania, como poder 
do Estado de aplicar suas leis dentro dos 
limites de seu território, solucionando as 
lides que lhe são submetidas, 
modernamente sofreu uma relativização, 
diante da necessidade de criação de 
instrumentos internacionais para atuarem 
subsidiariamente, quando o conflito de 
interesses extrapolar os limites internos de 
um país, ganhando contorno internacional.
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DIDH
Internacionalmente, há um 
consenso: a necessidade 
de criação de um Direito 
Internacional dos Direitos 
Humanos.
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DIDH
 Direito Internacional dos Direitos 
Humanos: sistema de normas 
internacionais, procedimentos e 
instituições desenvolvidas para 
implementar esta concepção e 
promover o respeito aos direitos 
humanos em todos os países, no 
âmbito mundial.
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DIDH
Mas é preciso lembrar: 
os delitos que a 
consciência universal 
reprova já são objeto de 
tratados e convenções 
entre muitos países.
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Tribunal Penal Internacional
Surge, então, a 
necessidade de uma 
Corte Penal 
Internacional, na qual 
seria aplicado o Princípio 
da Justiça Penal 
Universal.
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Tribunal Penal Internacional
Mas, para isso, é 
necessário que a 
sujeição jurisdicional a 
uma corte estrangeira 
não caracterize forma de 
renúncia ao direito 
interno.
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Tribunal Penal Internacional
 DECRETO Nº 4.388, DE 25 DE 
SETEMBRO DE 2002
 Promulga o Estatuto de Roma do 
Tribunal Penal Internacional
 Congresso Nacional aprovou o texto 
do Estatuto de Roma do Tribunal 
Penal Internacional, por meio do 
Decreto Legislativo nº 112, de 6 de 
junho de 2002; 
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Crimes da competência do 
Tribunal
 Art. 5º. 1. A competência do Tribunal 
restringir-se-á aos crimes mais graves, que 
afetam a comunidade internacional no seu 
conjunto. Nos termos do presente Estatuto, 
o Tribunal terá competência para julgar os 
seguintes crimes:
a) O crime de genocídio;
b) Crimes contra a humanidade;
c) Crimes de guerra;
d) O crime de agressão.
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Genocídio
 Art. 6º. Para os efeitos do 
presente Estatuto, entende-se por 
"genocídio", qualquer um dos 
atos que a seguir se enumeram, 
praticado com intenção de 
destruir, no todo ou em parte, um 
grupo nacional, étnico, racial ou 
religioso, enquanto tal:
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Genocídio
a) Homicídio de membros do grupo;
b) Ofensas graves à integridade física ou mental 
de membros do grupo;
c) Sujeição intencional do grupo a condições de 
vida com vista a provocar a sua destruição 
física, total ou parcial;
d) Imposição de medidas destinadas a impedir 
nascimentos no seio do grupo;
e) Transferência, à força, de crianças do grupo 
para outro grupo.
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Crimes contra a Humanidade
 Art. 7º. 1. Para os efeitos do presente 
Estatuto, entende-se por "crime contra 
a humanidade", qualquer um dos atos 
seguintes, quando cometido no 
quadro de um ataque, generalizado 
ou sistemático, contra qualquer 
população civil, havendo 
conhecimento desse ataque:
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Crimes contra a Humanidade
a) Homicídio;
b) Extermínio;
c) Escravidão;
d) Deportação ou transferência forçada de 
uma população;
e) Prisão ou outra forma de privação da 
liberdade física grave, em violação das 
normas fundamentais de direito 
internacional;
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Crimes contra a Humanidade
f) Tortura;
g) Agressão sexual, escravatura 
sexual, prostituição forçada, 
gravidez forçada, esterilização 
forçada ou qualquer outra forma 
de violência no campo sexual de 
gravidade comparável;
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Crimes contra a Humanidade
 h) Perseguição de um grupo ou 
coletividade que possa ser identificado, por 
motivos políticos, raciais, nacionais, 
étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, 
tal como definido no parágrafo 3o, ou em 
função de outros critérios universalmente 
reconhecidos como inaceitáveis no direito 
internacional, relacionados com qualquer 
ato referido neste parágrafo ou com 
qualquer crime da competência do Tribunal;
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Crimes contra a Humanidade
i) Desaparecimento forçado de 
pessoas;
j) Crime de apartheid;
k) Outros atos desumanos de caráter 
semelhante, que causem 
intencionalmente grande sofrimento, 
ou afetem gravemente a integridade 
física ou a saúde física ou mental.
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Crimes de guerra
 Art. 8º. 1. O Tribunal terá 
competência para julgar os 
crimes de guerra, em particular 
quando cometidos como parte 
integrante de um plano ou de 
uma política ou como parte de 
uma prática em larga escala 
desse tipo de crimes.
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Exercício da 
jurisdição
Art. 12.1. O Estado que se 
torne Parte no presente 
Estatuto, aceitará ajurisdição do Tribunal 
relativamente aos crimes a 
que se refere o artigo 5°.
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Denúncia por um Estado Parte
 Art. 14. 1. Qualquer Estado Parte poderá 
denunciar ao Procurador uma situação em que 
haja indícios de ter ocorrido a prática de um ou 
vários crimes da competência do Tribunal e 
solicitar ao Procurador que a investigue, com vista 
a determinar se uma ou mais pessoas 
identificadas deverão ser acusadas da prática 
desses crimes.
 2. O Estado que proceder à denúncia deverá, tanto 
quanto possível, especificar as circunstâncias 
relevantes do caso e anexar toda a documentação 
de que disponha.
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Direito aplicável
Art. 21. 1. O Tribunal 
aplicará:
a) Em primeiro lugar, o 
presente Estatuto, os 
Elementos Constitutivos do 
Crime e o Regulamento 
Processual;
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Direito aplicável
b) Em segundo lugar, se for o 
caso, os tratados e os 
princípios e normas de direito 
internacional aplicáveis, 
incluindo os princípios 
estabelecidos no direito 
internacional dos conflitos 
armados;
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Direito aplicável
 c) Na falta destes, os princípios gerais do 
direito que o Tribunal retire do direito 
interno dos diferentes sistemas jurídicos 
existentes, incluindo, se for o caso, o direito 
interno dos Estados que exerceriam 
normalmente a sua jurisdição relativamente 
ao crime, sempre que esses princípios não 
sejam incompatíveis com o presente 
Estatuto, com o direito internacional, nem 
com as normas e padrões 
internacionalmente reconhecidos.
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Direito aplicável
2. O Tribunal poderá 
aplicar princípios e 
normas de direito tal 
como já tenham sido por 
si interpretados em 
decisões anteriores.
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Direito aplicável
 3. A aplicação e interpretação do direito, 
nos termos do presente artigo, deverá ser 
compatível com os direitos humanos 
internacionalmente reconhecidos, sem 
discriminação alguma baseada em motivos 
tais como o gênero, definido no parágrafo 
3° do artigo 7°, a idade, a raça, a cor, a 
religião ou o credo, a opinião política ou 
outra, a origem nacional, étnica ou social, a 
situação econômica, o nascimento ou outra 
condição.
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