Direito Constitucional Aplicado - Pós Legale 5

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PÓS-GRADUAÇÃO: DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
APLICADO 
DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL
Denise de Paula Andrade
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Unidade I 
• 1. DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL
• Reflexão sobre a interação entre o Direito Civil e o Direito Constitucional e a
forma de incidência das normas constitucionais nas relações jurídicas de
Direito Privado, com o estudo da eficácia horizontal dos Direitos
Fundamentais.
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INTRODUÇÃO: 
DIREITO OBJETIVO
• - COMPLEXO DE NORMAS QUE REGULAMENTAM A VIDA EM SOCIEDADE
• - AS NORMAS SE DESTINAM A REGULAR DIFERENTES ESFERAS DA VIDA 
SOCIAL
• - EXISTÊNCIA DE SUBSISTEMAS JURÍDICOS - RAMOS DO DIREITO 
• - CLASSIFICAÇÃO DOS RAMOS DO DIREITO EM DOIS GRANDES GRUPOS:
• 1. DIREITO PÚBLICO
• 2. DIREITO PRIVADO
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ORIGEM DA DISTINÇÃO 
• Direito Romano- Imperador Justiniano - Corpus Iuris Civilis
• ULPIANO: Institutas do Imperador Justiniano: " Publicum jus est
quod ad statum rei Romanae spectat, privatum quod ad
singulorum utilitatem pertinet".
• “O direito público diz respeito ao estado da coisa romana, à polis
ou civitas (cidade), o privado à utilidade dos particulares.”
• - esfera pública: a vida política, os interesses do Estado
• - esfera privada: o local do labor, isto é, a casa e as atividades
vocacionadas à sobrevivência do homem; a família
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REFLEXÃO
DICOTOMIA ENTRE DIREITO 
PÚBLICO E DIREITO PRIVADO?
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DIREITO 
PÚBLICO E 
DIREITO 
PRIVADO
• CRITÉRIOS DE DISTINÇÃO:
• - CRITÉRIO OBJETIVO:
• - tem como base o interesse jurídico tutelado
• - CRITÉRIO SUBJETIVO
• - tem como base o sujeito ou titular da relação jurídica
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• Direito Público: tem por finalidade regular as relações dos Estados entre si,
além das relações do Estado com o particular, quando atuar em virtude de
seu poder soberano na tutela do bem coletivo.
• - Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito
Processual civil e Penal, Direito Tributário, Direito Internacional Público e
Privado;
• Direito Privado: tem por finalidade regular as relações entre os particulares
naquilo que é de seu interesse, com base na igualdade e autonomia.
• - Direito Civil, Direito Comercial –Empresarial, Direito do Trabalho, Direito
Agrário, Direito Aeronáutico e o Direito Marítimo;
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• Observação: 
• Direito Difuso/transindividual (no sentido de que o direito difuso
ultrapassa a individualidade e pertence a todos que estão em determinada
situação):
• - Direito do Consumidor, Direito Ambiental, Direito das Crianças e 
Adolescentes, Direito dos Idosos
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Reflexão : Dicotomia entre ramos do Direito Público 
e do Direito Privado, tal como amor e ódio?
• CASO CONCRETO
• - analisar a questão como um todo
• - possibilidade do entrosamento das normas dos diversos ramos de direito.
• - interesses dos particulares também se direcionam ao bem comum
• - inadequação do antagonismo na divisão do direito
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Questionamento
• O direito privado tem sido publicizado por “invasões” do
Estado nas questões inerentes ao interesse particular?
• - normas cogentes/de ordem pública no direito privado em
contrapartida às normas dispositivas/ de interesse privado
• - impacto social decorrente de certa limitação do direito de
propriedade
• PUBLICIZAÇÃO DO DIREITO PRIVADO?
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Lei 9.294/1996 (LEI DO CIGARRO)
• Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros,
bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos
termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
• Art. 2o É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou
qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto
coletivo fechado, privado ou público.
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Lei 13.010/2014 (LEI DAS PALMADAS)
• Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), para estabelecer o direito da criança e do adolescente de
serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento
cruel ou degradante, e altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
• - interferência do Estado na educação familiar
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Lei 9.434/1997: Dispõe sobre a remoção de órgãos, 
tecidos e partes do corpo humano para fins de 
transplante e tratamento e dá outras providências.
• Art. 4º Salvo manifestação de vontade em contrário, nos termos desta Lei,
presume-se autorizada a doação de tecidos, órgãos ou partes do corpo
humano, para finalidade de transplantes ou terapêutica post mortem. § 1º A
expressão “não-doador de órgãos e tecidos” deverá ser gravada, de forma
indelével e inviolável, na Carteira de Identidade Civil e na Carteira Nacional
de Habilitação da pessoa que optar por essa condição. (REVOGADO pela
Lei nº 10.211, de 23.3.2001)
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• . O fato de haver normas cogentes não elimina a natureza originária da
relação jurídica privada.
• Portanto, não ocorreu a publicização do Direito Privado, com total
supressão do interesse particular, mas sim, uma intervenção legislativa do
Estado, através de criação de leis cujo objetivo é tutelar os vulneráveis nas
relações jurídicas particulares (Estatuto do Idoso, CDC, Estatuto da Criança e
do Adolescente), de modo que a autonomia privada ainda deve ser
respeitada – desde que não ofenda interesse coletivo.
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• CONCLUSÃO:
• A distinção entre direito público e direito privado, é feita para fins didáticos,
mas, sem pretender traçar um choque entre tais ramos que impeça a
intersecção.
• Mesmo porque, essa divisão não é absoluta, visto que a utilidade de uma
norma não é exclusiva a determinado interesse, do Estado ou do particular.
• As normas acabam se entrelaçando, exercendo influência uma sobre a
outra.
• Daí a possibilidade de intersecção do DIREITO CIVIL com o DIREITO
CONSTITUCIONAL
• DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL 
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A EVOLUÇÃO DO 
CONSTITUCIONALISMO 
E DO DIREITO CIVIL
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• CONSTITUCIONALISMO :
• - movimento político, social e jurídico que atuou na concepção de
Constituição, do seu conteúdo, e na forma de atuação do Estado no âmbito
particular, inclusive com a limitação dos seus poderes.
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- EVOLUÇÃO DO CONSTITUCIONALISMO 
• - PERÍODO ABSOLUTISTA ( a partir do século XVI até meados do século XIX
em diversas partes da Europa): - Estado soberano – poder absoluto – não
submissão do monarca – desigualdades
• - atuação do rei: a organização das leis, a criação dos impostos, a
delimitação e implantação da justiça etc
• - não havia limitação do poder do governante
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• - PERÍODO LIBERAL (século XVIII, com auge no início do século XIX, após a
Revolução Industrial)
• Revoluções liberais: Revolução da Independência dos EUA – Constituição
Americana (1787), a Revolução Francesa – Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão em 1789); Constituição Francesa (1791):
• - normas de organização do Estado e limitação do poder estatal, por meio
da previsão de direitos e garantias fundamentais (liberdades individuais)
• - derrubada da monarquia – ideais iluministas –luta pela igualdade formal –
cessação do controle estatal – liberdade – autonomia – Estado Liberal
• - O DIREITO LIBERAL CONSERVAVA O ESTADO DISTANTE DAS
RELAÇÕES PRIVADAS
• Problemas: abusos contratuais; contratos tutelados pela livre vontade dos
particulares; revoltas sociais; lutas pelos Direitos Sociais e pelos direitos das
minorias;
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• - Constituição social – mexicana de 1917 e alemã de 1919;• - busca pela igualdade material, não só formal (não basta que todos sejam
iguais perante a lei, se nem todo mundo vive situações iguais); desequilíbrio
nas relações jurídicas;
• - ESTADO SOCIAL (a partir do século XX) : Estado ativo, criação de leis que
garantiam direitos sociais, para igualar materialmente as relações jurídicas
em desequilíbrio (CLT); isonomia material: tratar os iguais de maneira igual
e os desiguais de maneira desigual, na medida de suas desigualdades –
Interferência do Estado em institutos do Direito Privado
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• NEOCONSTITUCIONALISMO (pós Segunda Guerra Mundial)
• - insegurança diante das leis; proteção dos direitos fundamentais do
cidadão; limitação da atuação estatal; controle de constitucionalidade das
leis infra-constitucionais
• - visão mais humanista e solidária do direito
• - Lei Fundamental de Bonn (Constituição alemã), de 1949, e, especialmente,
a criação do Tribunal Constitucional Federal, instalado em 1951; Constituição
da Itália, de 1947, e a subsequente instalação da Corte Constitucional, em
1956; reconstitucionalização de Portugal (1976) e da Espanha (1978)
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• PÓS-POSITIVISMO: reconhecimento de valores e princípios advindos do
direito natural; valorização do ser humano, da dignidade humana;
solidariedade; equilíbrio; teoria da ponderação; princípios como referência
na criação e aplicação das leis; ativismo judicial na concepção de valores
principiológicos
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CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL 
• - 1824: Constituição do Império: primeira Constituição Brasileira: poder monárquico
• - 1891: Constituição pós Proclamação da República: extinção das penas
relacionadas à morte e trabalho forçado; habeas corpus;
• - 1934: Constituição Social em detrimento ao liberalismo econômico
• - 1937: Constituição inspirada pelos ideais fascistas da Itália; governo autoritário de
Getúlio Vargas;
• - 1946: Constituição democrática, com ideais liberais e sociais
• - 1967: Constituição do estado autoritário, ditadura militar; AI-5
• - 1988: Constituição democrática, direitos e garantias fundamentais
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