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Direito Constitucional Aplicado - Pós Legale 11

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Pós-graduação – Dir. Const. Aplicado
Constitucionalismo 
e Pacote Anticrime
Lei nº 13.964, de 24.12.2019
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Origem da Lei nº 13.964/19 
2
 O pacote é resultado da 
reunião de propostas 
elaboradas pelo ministro 
da Justiça, Sergio Moro, e 
por uma comissão de 
juristas coordenada pelo 
ministro Alexandre de 
Moraes, do Supremo 
Tribunal Federal (STF).
Durante o seu trâmite na Câmara 
e no Senado, o projeto sofreu 
sucessivas mudanças, por força 
inclusive de emendas de iniciativa 
parlamentar, que acabaram por 
descaracterizá-lo.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Vigência
3
 A Lei nº 13.964/19 
entrou em vigor no 
dia 23.01.2020.
Art. 20. Esta Lei entra em vigor 
após decorridos 30 (trinta) dias 
de sua publicação oficial.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Juiz das Garantias
4
MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE
6.299 DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
REQTE.(S) :PARTIDO TRABALHISTA NACIONAL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) :GUILHERME RUIZ NETO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) :CONGRESSO NACIONAL
PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA
PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Medidas cautelares - resumo
5
Medidas cautelares concedidas para suspender sine die a eficácia:
(a) Da implantação do juiz das garantias e seus consectários (Artigos 3º-A, 
3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do Código de Processo Penal);
(b) Da alteração do juiz sentenciante que conheceu de prova declarada 
inadmissível (157, §5º, do Código de Processo Penal);
(c) Da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial 
(28, caput, Código de Processo Penal); e
(d) Da liberalização da prisão pela não realização da audiência de custodia 
no prazo de 24 horas (Artigo 310, §4°, do Código de Processo Penal);
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Juiz das Garantias
6
Art. 3º-A. O processo penal terá 
estrutura acusatória, vedadas a 
iniciativa do juiz na fase de investigação 
e a substituição da atuação probatória 
do órgão de acusação.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Sistemas processuais penais
a) Sistema Inquisitivo ou inqusitorial: no qual cabe a um só 
órgão acusar e julgar, ou seja, o juiz concentra as funções de 
acusador e julgador. 
 Nesse sistema, a imparcialidade do juiz está comprometida, 
uma vez que ele acusa e ele mesmo julga.
 Não há contraditório.
 O juiz é dotado de ampla iniciativa probatória.
Existem três sistemas 
processuais penais (formas de 
regulamentação dos 
processos):
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Sistemas processuais penais
b) Sistema acusatório: no qual existe separação entre o órgão que 
acusa e o órgão que julga. 
 Esse sistema garante a imparcialidade do juiz, que não pode 
determinar a produção de nenhuma prova, atividade que fica 
reservada unicamente às partes.
 Defesa e acusação se contrapõem em igualdade de condições.
 Juiz equidistante e imparcial.
 A atividade probatória é reservada exclusivamente às partes.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Sistemas processuais penais
c) Sistema misto: no qual há duas fases distintas, sendo uma 
investigatória e outra acusatória. 
 Na fase investigatória, preliminar, são conduzidas as investigações 
preliminares no processo, colhendo elementos para posterior 
acusação formal. Não há contraditório na primeira fase.
 Na segunda fase, acusatória, o órgão acusador apresenta a 
acusação, o réu se defende e o juiz julga.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Sistema brasileiro
 O Brasil adotou o sistema 
acusatório, na Constituição 
Federal de 1988, na medida 
em que previu a iniciativa 
exclusiva do Ministério 
Público para a propositura 
da ação penal pública (art. 
129, I, da CF). No Brasil, há evidente separação 
entre a função acusatória e a 
função decisória. A acusação é 
feita pelo MP (nas ações penais 
públicas) ou pelo ofendido (nas 
ações penais privadas), sendo o 
julgamento do feito reservado 
exclusivamente ao juiz imparcial.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Sistema brasileiro
 Deve ser ressaltado, entretanto, que o sistema acusatório 
brasileiro apresenta peculiaridades que o tornam sui generis. 
 Tratava-se de um sistema acusatório mitigado, uma vez que 
o juiz, sem comprometer sua imparcialidade, poderia determinar, 
no curso da instrução, a realização de diligências para dirimir 
dúvida sobre ponto relevante (art. 156, II, do CPP), ou determinar, 
de ofício, a realização de diligências imprescindíveis (art. 404, do 
CPP), ou ainda complementar a inquirição das testemunhas sobre 
pontos não esclarecidos (art. 212, do CPP).
 Os arts. 156, 404, 212 etc não foram revogados expressamente 
pela Lei nº 13.964/19.
 Teriam sido revogados tacitamente pelo novo art. 3º-A ???
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da 
investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia 
tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe 
especialmente:
 I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII 
do caput do art. 5º da Constituição Federal;
 Art. 5º, LXII – “a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre 
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso 
ou à pessoa por ele indicada;”
12
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo 
máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da 
prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a 
presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da 
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa 
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando 
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e 
se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares 
diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
13
II - receber o auto da prisão em flagrante para o 
controle da legalidade da prisão, observado o 
disposto no art. 310 deste Código;
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que 
este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo;
 IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal;
 V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida 
cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo;
14
o §1º foi vetado
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Veto e razões do veto do §1º
 “§ 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de 
prisão provisória será encaminhado à presença do juiz de 
garantias no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, momento em 
que se realizará audiência com a presença do Ministério 
Público e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, 
vedado o emprego de videoconferência.”
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Veto e razões do veto do §1º
 Razões dos vetos
 “A propositura legislativa, ao suprimir a possibilidade da realização da audiência por 
videconferência, gera insegurança jurídica ao ser incongruente com outros 
dispositivos do mesmo código, a exemplo do art. 185 e 222 do Código de Processo 
Penal, os quais permitem a adoção do sistema de videoconferência em atos 
processuais de procedimentos e ações penais, além de dificultar a celeridade dos 
atos processuais e do regular funcionamento da justiça, em ofensa à garantia da 
razoável duração do processo, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal 
de Justiça (RHC 77580/RN, Quinta Turma, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 
DJe de10/02/2017). Ademais, o dispositivo pode acarretar em aumento de despesa, 
notadamente nos casos de juiz em vara única, com apenas um magistrado, seja pela 
necessidade de pagamento de diárias e passagens a outros magistrados para a 
realização de uma única audiência, seja pela necessidade premente de realização de 
concurso para a contratação de novos magistrados, violando as regras do art. 113 
do ADCT, bem como dos arts. 16 e 17 LRF e ainda do art. 114 da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias para 2019 (Lei nº 13.707, de 2018).”
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como 
substituí-las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do 
contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código 
ou em legislação especial pertinente;
17
Em caso de necessidade de prorrogação de prisão provisória ou de 
qualquer outra medida cautelar, o juiz deverá designar audiência pública 
para esse fim, garantindo o contraditório (oral).
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla 
defesa em audiência pública e oral;
18
Neste caso também o juiz deverá designar audiência pública e oral, assegurados o 
contraditório e a ampla defesa (autodefesa e defesa técnica).
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, 
em vista das razões apresentadas pela autoridade policial e observado o 
disposto no § 2º deste artigo;
19
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, 
uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se 
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente 
relaxada.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não 
houver fundamento razoável para sua instauração ou 
prosseguimento;
 X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de 
polícia sobre o andamento da investigação;
20
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 XI - decidir sobre os requerimentos de:
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em 
sistemas de informática e telemática ou de outras formas de 
comunicação;
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e 
telefônico;
c) busca e apreensão domiciliar;
d) acesso a informações sigilosas;
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos 
fundamentais do investigado;
21
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento 
da denúncia;
 XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade 
mental;
22
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos 
termos do art. 399 deste Código;
23
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Recebimento da denúncia ou queixa
 Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a 
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-
la-á e ordenará a citação do acusado para responder à 
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
Resposta à acusação
Análise sobre eventual absolvição sumária
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para 
a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério 
Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado 
ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos 
e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que 
concerne, estritamente, às diligências em andamento;
25
SÚMULA VINCULANTE 14 –
STF
É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já
documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do
direito de defesa.
EAOAB - Art. 7º São direitos do 
advogado:
XIV - examinar, em qualquer
instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração,
autos de flagrante e de investigações
de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos à
autoridade, podendo copiar peças e
tomar apontamentos, em meio físico
ou digital;
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a 
produção da perícia;
 XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os 
de colaboração premiada, quando formalizados durante a investigação;
 XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste 
artigo.
26
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições do Juiz das Garantias
 § 1º (VETADO).
 § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, 
mediante representação da autoridade policial e ouvido o 
Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do 
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a 
investigação não for concluída, a prisão será imediatamente 
relaxada.
27
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Competência do Juiz das Garantias
 Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as 
infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa
com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 
deste Código.
 § 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes 
serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
 § 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam 
o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da 
denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das 
medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) 
dias.
28
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Competência do Juiz das Garantias
 § 3º Os autos que compõem as matérias de competência do 
juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, 
à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão 
apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e 
julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas 
irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação 
de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em 
apartado.
 § 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos 
acautelados na secretaria do juízo das garantias.’
29
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Impedimento do Juiz das Garantias
 Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar 
qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 
5º deste Código ficará impedido de funcionar no 
processo.
30
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições dos arts. 4º e 5º do CPP
 Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades 
policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá 
por fim a apuração das infrações penais e da sua 
autoria.
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não 
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja 
cometida a mesma função.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Atribuições dos arts. 4º e 5º do CPP
 Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendidoou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de 
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para 
o chefe de Polícia.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que 
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, 
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá 
sem ela ser iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
“Rodízio de magistrados”
 Art. 3º-D - Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar 
apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio de 
magistrados, a fim de atender às disposições deste Capítulo.
33
Inconstitucionalidade
Art. 96. Compete privativamente:
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça 
propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Designação do Juiz das Garantias
 Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as 
normas de organização judiciária da União, dos Estados e do 
Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem 
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal.
34
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Regras de tratamento dos presos
 Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das 
regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de 
qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem 
da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, 
administrativa e penal.
 Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão 
disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as 
informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso 
serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa 
aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a 
efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade 
da pessoa submetida à prisão.
35
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Assistência judiciária a servidores
 Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições 
dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como 
investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e 
demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a 
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal 
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou 
tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o 
indiciado poderá constituir defensor.
36
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Direito do advogado
 EAOAB - Art. 7º São direitos do advogado:
 XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de 
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo 
interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os 
elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou 
derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso 
da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
b) (VETADO).
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Órgãos da Segurança Pública
 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da 
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Assistência judiciária a servidores
 § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado 
deverá ser citado da instauração do procedimento 
investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 
(quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.
39
CITAÇÃO ou 
INTIMAÇÃO ???
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Assistência judiciária a servidores
 § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com 
ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a 
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a 
instituição a que estava vinculado o investigado à época da 
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas, indique defensor para a representação do 
investigado.
 § 3º (VETADO).
 § 4º (VETADO).
 § 5º (VETADO).
40
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Assistência judiciária a servidores
 § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos 
servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 
142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados 
digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
41
Art. 142 CF. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Operações GLO
 Segundo o Ministério da Defesa (Portaria Normativa nº 
186/MD, de 31 de janeiro de 2014), Operação de Garantia 
da Lei e da Ordem (Op GLO) é uma operação militar 
determinada pelo Presidente da República e conduzida 
pelas Forças Armadas de forma episódica, em área 
previamente estabelecida e por tempo limitado, que tem 
por objetivo a preservação da ordem pública e da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio em situações de 
esgotamento dos instrumentos para isso previstos no art. 
144 da Constituição ou em outras em que se presuma ser 
possível a perturbação da ordem (Artigos 3º, 4º e 5º do 
Decreto nº 3.897, de 24 de agosto de 2001).
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Decreto Estadual 
64.765/27.01.2020
Decreto nº 64.765, de 27 de janeiro de 2020 de São 
Paulo
Regulamenta o artigo 53 da Lei nº 207, de 5 de janeiro de 1979, que dispõe 
sobre a assistência judiciária para a defesa dos policiais civis por atos 
praticados em razão do exercício de suas funções
JOÃO DORIA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de 
suas atribuições legais, Decreta:
Artigo 1º - O Estado de São Paulo prestará a assistência judiciária de que 
trata o artigo 53 da Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979, por 
meio de credenciados, remunerados com recursos do tesouro estadual, ao 
policial civil, por atos praticados em razão do exercício de suas funções.
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Arquivamento do IP - atualmente
 Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de 
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o 
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de 
informação ao procurador-geral, e este oferecerá a 
denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para 
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual 
só então estará o juiz obrigado a atender.
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Gabriel Valadares de Morais -02570879150
Arquivamento do Inquérito Policial
 Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou 
de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o 
órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos 
para a instância de revisão ministerial para fins de 
homologação, na forma da lei.
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Art. 28, “caput” – vigência suspensa pela liminar do Ministro 
FUX - STF
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Arquivamento do Inquérito Policial
1) O próprio órgão do MP ordenará o arquivamento do IP, 
das peças de informação ou do procedimento de 
investigação criminal.
2) Não há mais controle jurisdicional sobre o arquivamento.
3) O controle é feito pelo próprio MP, por meio da “instância 
de revisão ministerial”.
4) Ordenado o arquivamento, o MP deverá comunicar:
a) a vítima.
b) o investigado.
c) a autoridade policial – no caso de IP. 
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Arquivamento do Inquérito Policial
 § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar 
com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo 
de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, 
submeter a matéria à revisão da instância competente do 
órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei 
orgânica.
 § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em 
detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do 
arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada 
pela chefia do órgão a quem couber a sua representação 
judicial.
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Liminar do Ministro FUX
 Viola as cláusulas que exigem prévia dotação orçamentária para 
a realização de despesas (Artigo 169, Constituição), além da 
autonomia financeira dos Ministérios Públicos (Artigo 127, 
Constituição), a alteração promovida no rito de arquivamento do 
inquérito policial, máxime quando desconsidera os impactos 
sistêmicos e financeiros ao funcionamento dos órgãos do 
parquet;
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Liminar do Ministro FUX
 A previsão de o dispositivo ora impugnado entrar em vigor em 
23.01.2020, sem que os Ministérios Públicos tivessem tido 
tempo hábil para se adaptar estruturalmente à nova 
competência estabelecida, revela a irrazoablidade da regra, 
inquinando-a com o vício da inconstitucionalidade. A vacatio
legis da Lei n. 13.964/2019 transcorreu integralmente durante o 
período de recesso parlamentar federal e estadual, o que 
impediu qualquer tipo de mobilização dos Ministérios Públicos 
para a propositura de eventuais projetos de lei que venham a 
possibilitar a implementação adequada dessa nova sistemática;
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Acordo de Não Persecução Penal
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 Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o 
investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de 
infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena 
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá 
propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e 
suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as 
seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
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Acordo de Não Persecução Penal
 A Lei 13.964/19 introduziu no CPP o art. 28-A, criando 
novo regime jurídico para o acordo de não persecução 
penal, implicando em importantes alterações à vista daquilo 
que dispunha a Resolução 181/2017 do CNMP.
É importante não confundir o procedimento do ANPP com a sistemática 
do sursis processual (art. 89 da Lei 9.099/95), que pressupõe o 
recebimento da denúncia. 
O ANPP e a transação penal são formas de resolução penal pactuada 
pré-processuais, ao passo que o sursis processual, como o próprio nome 
sugere, é feito no curso do processo.
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Alienação de coisas apreendidas
 NOVA REDAÇÃO:
Art. 122. Sem prejuízo do 
disposto no art. 120, as 
coisas apreendidas serão 
alienadas nos termos do 
disposto no art. 133 deste 
Código.
Parágrafo único. 
(Revogado).
• REDAÇÃO ANTERIOR:
Art. 122. Sem prejuízo do disposto 
nos arts. 120 e 133, decorrido o 
prazo de 90 dias, após transitar em 
julgado a sentença condenatória, o 
juiz decretará, se for caso, a perda, 
em favor da União, das coisas 
apreendidas (art. 74, II, “a” e “b” do 
Código Penal) e ordenará que 
sejam vendidas em leilão público.
Parágrafo único. Do dinheiro 
apurado será recolhido ao Tesouro 
Nacional o que não couber ao 
lesado ou a terceiro de boa-fé.
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Obras de arte
 Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras 
de arte ou de outros bens de relevante valor cultural ou artístico, 
se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver 
destinação dos bens a museus públicos.
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Perdimento de bens
 REDAÇÃO ANTERIOR:
Art. 133. Transitada em 
julgado a sentença 
condenatória, o juiz, de ofício 
ou a requerimento do 
interessado, determinará a 
avaliação e a venda dos bens 
em leilão público.
Parágrafo único. Do dinheiro 
apurado, será recolhido ao 
Tesouro Nacional o que não 
couber ao lesado ou a 
terceiro de boa-fé.
REDAÇÃO ATUAL:
Art. 133. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, o juiz, de ofício ou a 
requerimento do interessado ou do 
Ministério Público, determinará a avaliação 
e a venda dos bens em leilão público cujo 
perdimento tenha sido decretado.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido 
aos cofres públicos o que não couber ao 
lesado ou a terceiro de boa-fé.
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido 
ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se 
houver previsão diversa em lei especial.
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Utilização do bem - novidade
 Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a 
utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer 
medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos 
no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema 
socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do 
Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas 
atividades.
 § 1º O órgão de segurança pública participante das ações de 
investigação ou repressão da infração penal que ensejou a 
constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
 § 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, 
o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais órgãos 
públicos.
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Utilização do bem - novidade
 § 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, 
embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de trânsito 
ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado 
provisório de registro e licenciamento em favor do órgão público 
beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos 
e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua 
utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável.
 § 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a 
decretação de perdimento dos bens, ressalvado o direito do lesado 
ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência 
definitiva da propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi 
custodiado o bem.
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Teoria da Descontaminação do Julgado
 Art. 157. 
.....................................................................................................
 ..........................................................................................................
............
 § 5º. O juiz que conhecer do conteúdo da prova 
declarada inadmissível não poderá proferir a sentença 
ou acórdão.
Dispositivo suspenso pela liminar do 
Ministro FUX
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Redação anterior do art. 157 do CPP
 Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo,as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em 
violação a normas constitucionais ou legais.
 § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, 
salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre 
umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas 
por uma fonte independente das primeiras.
 §2º (...)
 § 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova 
declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, 
facultado às partes acompanhar o incidente.
 § 4o (VETADO)
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Dispositivo vetado em 2008
 § 4o do art. 157 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro 
de 1941, alterado pelo art. 1o do projeto de lei:
 “Art. 157. ............................................................................
 ...................................................................................................
 § 4o O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada 
inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.” 
Lei nº 11.690/08
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Razões do veto em 2008
 “O objetivo primordial da reforma processual penal 
consubstanciada, dentre outros, no presente projeto de 
lei, é imprimir celeridade e simplicidade ao desfecho do 
processo e assegurar a prestação jurisdicional em 
condições adequadas. O referido dispositivo vai de 
encontro a tal movimento, uma vez que pode causar 
transtornos razoáveis ao andamento processual, ao 
obrigar que o juiz que fez toda a instrução processual 
deva ser, eventualmente substituído por um outro que 
nem sequer conhece o caso. ”
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Teoria da Descontaminação do Julgado
 Segundo a Teoria da Descontaminação do Julgado, o juiz que teve 
contato com a prova ilícita não pode julgar o caso concreto
A ideia é a de que o juiz já estaria contaminado pelo conhecimento da 
prova ilegal desfavorável ao réu, havendo a tendência de condená-lo 
(buscando outros meios e argumentos), mesmo não podendo fundamentar 
sua decisão naquela prova.
A nova lei procurou estabelecer um mecanismo processual que torne 
possível o julgamento da demanda por outro juiz que não aquele que 
conheceu da prova tida, posteriormente, como ilícita.
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Liminar do Ministro FUX - atual
 Segundo o Ministro FUX: “Os princípios da legalidade, do juiz 
natural e da razoabilidade restam violados pela proibição de o 
juiz que conheceu a prova declarada inadmissível proferir 
sentença. A ausência de elementos claros e objetivos para a 
seleção do juiz sentenciante permite eventual manipulação da 
escolha do órgão julgador, conduzindo à inconstitucionalidade a 
técnica eleita legislativamente;”
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Cadeia de custódia da prova
 Art. 158-A. Considera-se cadeia de 
custódia o conjunto de todos os 
procedimentos utilizados para manter e 
documentar a história cronológica do vestígio 
coletado em locais ou em vítimas de crimes, 
para rastrear sua posse e manuseio a partir 
de seu reconhecimento até o descarte.
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Cadeia de custódia da prova
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do 
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos 
quais seja detectada a existência de vestígio.
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§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de 
potencial interesse para a produção da prova pericial fica 
responsável por sua preservação.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, 
constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.
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Rastreamento dos vestígios
 Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas 
seguintes etapas:
 I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a 
produção da prova pericial;
 II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e 
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de 
crime;
 III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime 
ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por 
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial 
produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
 IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando 
suas características e natureza;
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Rastreamento dos vestígios
 V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é 
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, 
químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de 
quem realizou a coleta e o acondicionamento;
 VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as 
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a 
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua 
posse;
 VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser 
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e 
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou 
o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, 
assinatura e identificação de quem o recebeu;
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Rastreamento dos vestígios
 VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo 
com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e 
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado 
em laudo produzido por perito;
 IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições 
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de 
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do 
laudo correspondente;
 X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a 
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial
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Medidas cautelares alternativas
 Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título 
deverão ser aplicadas observando-se a:
 I - necessidade para aplicação da lei penal, para a 
investigação ou a instrução criminal e, nos casos 
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações 
penais;
 II - adequação da medida à gravidade do crime, 
circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou 
acusado.
 § 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente.
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Medidas cautelares alternativas
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 § 2o As medidas 
cautelares serão 
decretadas pelo juiz, de 
ofício ou a 
requerimento das 
partes ou, quando no 
curso da investigação 
criminal, por 
representação da 
autoridade policial ou 
mediante requerimento 
do Ministério Público.
REDAÇÃO ATUAL:
§ 2º As medidas cautelares 
serão decretadas pelo juiz a 
requerimento das partes ou, 
quando no curso da 
investigação criminal, por 
representação da autoridade 
policial ou mediante 
requerimento do Ministério 
Público.
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Medidas cautelares alternativas
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 § 3o Ressalvados os casos 
de urgência ou de perigo 
de ineficácia da medida, o 
juiz, ao receber o pedido 
de medida cautelar, 
determinará a intimação 
da parte contrária, 
acompanhada de cópia do 
requerimento e das peças 
necessárias, 
permanecendo os autos 
em juízo.
REDAÇÃO ATUAL:
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de 
perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao 
receber o pedido de medida cautelar, 
determinará a intimação da parte contrária, 
parase manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, 
acompanhada de cópia do requerimento e 
das peças necessárias, permanecendo os 
autos em juízo, e os casos de urgência ou de 
perigo deverão ser justificados e 
fundamentados em decisão que contenha 
elementos do caso concreto que justifiquem 
essa medida excepcional.
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Medidas cautelares alternativas
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 § 4o No caso de 
descumprimento de 
qualquer das obrigações 
impostas, o juiz, de ofício 
ou mediante 
requerimento do 
Ministério Público, de seu 
assistente ou do 
querelante, poderá 
substituir a medida, impor 
outra em cumulação, ou, 
em último caso, decretar 
a prisão preventiva (art. 
312, parágrafo único).
REDAÇÃO ATUAL:
§ 4º No caso de descumprimento de 
qualquer das obrigações impostas, o juiz, 
mediante requerimento do Ministério Público, 
de seu assistente ou do querelante, poderá 
substituir a medida, impor outra em 
cumulação, ou, em último caso, decretar a 
prisão preventiva, nos termos do parágrafo 
único do art. 312 deste Código.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Medidas cautelares alternativas
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 § 5o O juiz poderá 
revogar a medida 
cautelar ou substituí-la 
quando verificar a falta 
de motivo para que 
subsista, bem como 
voltar a decretá-la, se 
sobrevierem razões 
que a justifiquem.
REDAÇÃO ATUAL:
§ 5º O juiz poderá, de ofício 
ou a pedido das partes, 
revogar a medida cautelar ou 
substituí-la quando verificar a 
falta de motivo para que 
subsista, bem como voltar a 
decretá-la, se sobrevierem 
razões que a justifiquem.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Medidas cautelares alternativas
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 § 6o A prisão preventiva 
será determinada quando 
não for cabível a sua 
substituição por outra 
medida cautelar (art. 
319).
REDAÇÃO ATUAL:
§ 6º A prisão preventiva somente 
será determinada quando não for 
cabível a sua substituição por outra 
medida cautelar, observado o art. 
319 deste Código, e o não 
cabimento da substituição por outra 
medida cautelar deverá ser 
justificado de forma fundamentada 
nos elementos presentes do caso 
concreto, de forma individualizada.
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Hipóteses de prisão
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 Art. 283. Ninguém 
poderá ser preso senão 
em flagrante delito ou por 
ordem escrita e 
fundamentada da 
autoridade judiciária 
competente, em 
decorrência de sentença 
condenatória transitada 
em julgado ou, no curso 
da investigação ou do 
processo, em virtude de 
prisão temporária ou 
prisão preventiva.
REDAÇÃO ATUAL:
Art. 283. Ninguém poderá ser 
preso senão em flagrante delito ou 
por ordem escrita e fundamentada 
da autoridade judiciária competente, 
em decorrência de prisão cautelar 
ou em virtude de condenação 
criminal transitada em julgado.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Falta de exibição do mandado
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 Art. 287. Se a infração 
for inafiançável, a falta de 
exibição do mandado não 
obstará à prisão, e o 
preso, em tal caso, será 
imediatamente 
apresentado ao juiz que 
tiver expedido o 
mandado.
REDAÇÃO ATUAL:
Art. 287. Se a infração for 
inafiançável, a falta de exibição do 
mandado não obstará a prisão, e o 
preso, em tal caso, será 
imediatamente apresentado ao juiz 
que tiver expedido o mandado, para 
a realização de audiência de 
custódia.
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Audiência de custódia - atual
 Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo 
máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da 
prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a 
presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da 
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa 
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
 I - relaxar a prisão ilegal; ou
 II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os 
requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem 
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; 
ou
 III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
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Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 Inicialmente, tratou-se de uma ação do Conselho 
Nacional de Justiça mediante a qual o cidadão preso em 
flagrante é levado à presença de um juiz no prazo de 24 
horas. 
 Acompanhado de seu advogado ou de um defensor 
público, o autuado será ouvido, previamente, por um juiz, 
que decidirá sobre o relaxamento da prisão ou sobre a 
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. 
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 O juiz também avaliará se a prisão preventiva pode ser 
substituída por liberdade provisória até o julgamento 
definitivo do processo, e adotará, se for o caso, medidas 
cautelares como monitoramento eletrônico e 
apresentação periódica em juízo. 
 Poderá determinar, ainda, a realização de exames médicos 
para apurar se houve maus-tratos ou abuso policial 
durante a execução do ato de prisão. 
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 A audiência de custódia tem por escopo assegurar o 
respeito aos direitos fundamentais da pessoa submetida à 
prisão, por meio de apreciação mais adequada e 
apropriada da prisão antecipada pelas agências de 
segurança pública do estado. 
 Ela garante a presença física do autuado em flagrante 
perante o juiz, bem como o seu direito ao contraditório 
pleno e efetivo antes de ocorrer a deliberação pela 
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. 
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 Com isso, evitam-se prisões desnecessárias, atenuando-se 
a superlotação carcerária e os gastos que decorrem da 
manutenção de presos provisórios indevidamente 
intramuros. 
 Finalmente, audiências de custódia permitem conhecer e 
tomar providências diante de possíveis casos de maus-
tratos e de tortura.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 A audiência de custódia veio inicialmente tratada pela 
RESOLUÇÃO 213, de 15 de dezembro de 2015, do CNJ, 
que dispõe sobre a apresentação de toda pessoa presa à 
autoridade judicial no prazo de 24 horas.
Atualmente, por força da Lei nº 13.964/19, a audiência de 
custódia ganhou status de norma legal, passando a ser 
obrigatória em todo o território nacional.
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 § 2º Se o juiz verificar que o agente é 
reincidente ou que integra organização 
criminosa armada ou milícia, ou que porta 
arma de fogo de uso restrito, deverá denegar 
a liberdade provisória, com ou sem medidas 
cautelares.
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Novidade trazida pela Lei nº 13.964/19
Gabriel Valadares de Morais - 02570879150
Audiência de custódia
 § 3º A autoridade que deu causa, sem motivação 
idônea, à não realização da audiência de custódia 
no prazo estabelecido no caput deste artigo 
responderá administrativa, civil e 
penalmente pela omissão.
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Novidade trazida pela Lei nº 13.964/19
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Audiência de custódia
 § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o 
decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, 
a não realização de audiência de custódia sem 
motivação idônea ensejará também a ilegalidade da 
prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, 
sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação 
de prisão preventiva. (vigência suspensa pela 
liminar do Ministro FUX do STF)
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Novidade trazida pela Lei nº 13.964/19
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Liminar do Ministro FUX
 “A ilegalidade da prisão como consequência jurídica para a 
não realização da audiência de custódia no prazo de 24 
horas fere a razoabilidade, uma vez que desconsidera 
dificuldades práticas locais de várias regiões do país, bem 
como dificuldades logísticas decorrentes de operações 
policiaisde considerável porte. 
 A categoria aberta “motivação idônea”, que excepciona a 
ilegalidade da prisão, é demasiadamente abstrata e não 
fornece baliza interpretativa segura para aplicação do 
dispositivo;”
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Prisão
 Prisão é a supressão da 
liberdade individual, 
somente podendo 
ocorrer, no Brasil, por 
ordem escrita e 
fundamentada da 
autoridade judiciária 
competente ou em 
flagrante delito. 
Diz a CF, no art. 5º, LXI, que 
“ninguém será preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita 
e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos 
de transgressão militar ou crime 
propriamente militar, definidos em 
lei”. 
No mesmo sentido, o art. 283, 
caput, do CPP.
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Espécies de prisão
 a) prisão com pena (decorrente de sentença penal 
condenatória irrecorrível);
 b) prisão sem pena (que não decorre de condenação).
A prisão sem pena é a que não decorre de sentença penal 
condenatória irrecorrível, apresentando as seguintes 
modalidades:
a) prisão cautelar, de natureza processual, que pode ser:
prisão em flagrante (arts. 301 a 310 do CPP);
prisão preventiva (arts. 311 a 316 do CPP);
prisão temporária (Lei n. 7.960/89);
b) prisão civil;
c) prisão administrativa; e
d) prisão disciplinar.
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Características da prisão cautelar
 A prisão cautelar de natureza processual apresenta 
três características básicas, a saber:
 a) instrumentalidade: servindo de meio para garantir 
a eficácia das providências pretendidas no 
processo;
 b) provisoriedade: pois fica condicionada à definição 
do processo;
 c) acessoriedade: ligando-se ao processo principal, 
do qual assegura o resultado.
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Prisão preventiva
 A prisão preventiva é medida cautelar de constrição de 
liberdade, de natureza processual, devendo ser 
orientada também pelos requisitos genéricos do fumus
comissi delicti e do periculum libertatis.
 Como prisão cautelar de natureza processual, deverá 
ser decretada pela autoridade judiciária 
competente, que fará expedir o respectivo mandado.
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Prisão preventiva
 REDAÇÃO 
ANTERIOR: 
 Art. 311. Em qualquer fase da 
investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão 
preventiva decretada pelo juiz, 
de ofício, se no curso da 
ação penal, ou a requerimento 
do Ministério Público, do 
querelante ou do assistente, ou 
por representação da 
autoridade policial.
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•REDAÇÃO ATUAL:
•Art. 311. Em qualquer fase da 
investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão 
preventiva decretada pelo juiz, 
a requerimento do Ministério 
Público, do querelante ou do 
assistente, ou por 
representação da autoridade 
policial.
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Prisão preventiva
 O Juiz não pode mais decretar prisão preventiva de 
ofício, nem mesmo durante o curso da ação penal.
 Isso é decorrência direta do Sistema Acusatório, 
adotado pelo art. 3º-A do CPP.
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Art. 3º- A - O processo penal terá 
estrutura acusatória, vedadas a 
iniciativa do juiz na fase de 
investigação e a substituição da 
atuação probatória do órgão de 
acusação.
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Prisão preventiva
 REDAÇÃO 
ANTERIOR:
 Art. 312. A prisão 
preventiva poderá ser 
decretada como garantia da 
ordem pública, da ordem 
econômica, por conveniência 
da instrução criminal, ou 
para assegurar a aplicação da 
lei penal, quando houver 
prova da existência do crime 
e indício suficiente de 
autoria. 
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•REDAÇÃO ATUAL:
•Art. 312. A prisão preventiva 
poderá ser decretada como 
garantia da ordem pública, da 
ordem econômica, por conveniência 
da instrução criminal ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, 
quando houver prova da existência 
do crime e indício suficiente de 
autoria e de perigo gerado pelo 
estado de liberdade do 
imputado.
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§2º acrescentado ao art. 312
 § 2º A decisão que decretar a 
prisão preventiva deve ser 
motivada e fundamentada em 
receio de perigo e existência 
concreta de fatos novos ou 
contemporâneos que 
justifiquem a aplicação da 
medida adotada.
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Art. 313, § 2º - acrescentado
 § 2º Não será admitida a decretação da 
prisão preventiva com a finalidade de 
antecipação de cumprimento de pena 
ou como decorrência imediata de 
investigação criminal ou da 
apresentação ou recebimento de 
denúncia.
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Fundamentação da preventiva
 Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a 
prisão preventiva será sempre motivada e 
fundamentada.
 § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva 
ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar 
concretamente a existência de fatos novos ou 
contemporâneos que justifiquem a aplicação 
da medida adotada.
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Carência de fundamentação
 § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão 
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, 
que:
 I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato 
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão 
decidida;
 II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o 
motivo concreto de sua incidência no caso;
 III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra 
decisão;
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Carência de fundamentação
 IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo 
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo 
julgador;
 V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem 
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que 
o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
 VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou 
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de 
distinção no caso em julgamento ou a superação do 
entendimento.
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Revogação da preventiva
 REDAÇÃO ATUAL
 Art. 316. O juiz poderá, de 
ofício ou a pedido das 
partes, revogar a prisão 
preventiva se, no correr da 
investigação ou do processo, 
verificar a falta de motivo para 
que ela subsista, bem como 
novamente decretá-la, se 
sobrevierem razões que a 
justifiquem.
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•REDAÇÃO 
ANTERIOR
•Art. 316. O juiz poderá 
revogar a prisão preventiva 
se, no correr do processo, 
verificar a falta de motivo 
para que subsista, bem 
como de novo decretá-la, 
se sobrevierem razões que 
a justifiquem.
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§ único acrescentado ao art. 316
 Parágrafo único. Decretada a prisão 
preventiva, deverá o órgão emissor da 
decisão revisar a necessidade de sua 
manutenção a cada 90 (noventa) dias, 
mediante decisão fundamentada, de 
ofício, sob pena de tornar a prisão 
ilegal.
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Tribunal do Júri – prisão em 1ª instância
 Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá 
sentença que:
 I – no caso de condenação:
 a) fixará a pena-base;
 b) considerará as circunstâncias agravantes ou 
atenuantes alegadas nos debates;
 c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em 
atenção às causas admitidas pelo júri;
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Prisão em 1ª instância
 d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código;
 e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à 
prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da 
prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena 
igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, 
determinará a execução provisória das penas, com 
expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo 
do conhecimento de recursos que vierem a ser 
interpostos; (Redação dada pela Lei nº 13.964,de 2019)
 f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação;
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Execução provisória da pena
 § 3º O presidente poderá, excepcionalmente, 
deixar de autorizar a execução provisória das 
penas de que trata a alínea e do inciso I 
do caput deste artigo, se houver questão 
substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual 
competir o julgamento possa plausivelmente
levar à revisão da condenação.
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Apelação sem efeito suspensivo
 § 4º A apelação interposta contra decisão 
condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual 
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá 
efeito suspensivo.
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Efeito suspensivo pelo Tribunal
 § 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito 
suspensivo à apelação de que trata o § 4º deste artigo, 
quando verificado cumulativamente que o recurso:
 I - não tem propósito meramente protelatório; e
 II - levanta questão substancial e que pode resultar em 
absolvição, anulação da sentença, novo julgamento ou 
redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) 
anos de reclusão.
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Forma do pedido de efeito suspensivo
 § 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo 
poderá ser feito incidentemente na apelação ou por 
meio de petição em separado dirigida diretamente ao 
relator, instruída com cópias da sentença condenatória, 
das razões da apelação e de prova da tempestividade, 
das contrarrazões e das demais peças necessárias à 
compreensão da controvérsia.
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