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Fundamentos filosóficos da Educação

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DEFINIÇÃO
Apresentação dos caminhos da Educação e da Filosofia da Educação no
Brasil, analisando a Filosofia na prática educacional brasileira.
PROPÓSITO
Compreender os mecanismos educacionais, especificamente no Brasil, a
partir da Filosofia da Educação como disciplina filosófica.
OBJETIVOS
 
MÓDULO 1
Identificar a relação histórica entre a Educação e a Filosofia
 
MÓDULO 2
Descrever a história da Filosofia da Educação no Brasil
 
MÓDULO 3
Identificar alguns dos possíveis papéis da Filosofia na prática educacional
INTRODUÇÃO
No Prefácio da primeira edição de sua História da Filosofia, Nicola
Abbagnano aponta duas características importantes da Filosofia, que
servirão como base para o desenvolvimento deste tema:
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Fonte: Shutterstock
Como complementação de seu pensamento, ele afirma que a Filosofia é
o próprio homem, “que em si mesmo se faz problema e busca as razões
e o fundamento do ser que é o seu”. Ao considerar que toda Pedagogia
se desenvolve a partir de uma concepção humana, fica fácil compreender
as relações entre Filosofia e Educação. É sobre isso que falaremos
neste tema.
NICOLA ABBAGNANO
Nicola Abbagnano (1901-1990) foi um filósofo existencialista
italiano, que procurou encontrar um princípio metafísico a partir do
qual todas as outras realidades fossem garantidas, sem que,
contudo, fossem reduzidas a puro racionalismo ou irracionalismo,
realismo ou idealismo. O princípio por ele encontrado foi o conceito
de existência.
Fonte: Infopédia.
MÓDULO 1
Identificar a relação histórica entre a Educação e a Filosofia
A FILOSOFIA E A EDUCAÇÃO:
CAMINHANDO NA HISTÓRIA DO
OCIDENTE
Como todo bom pensamento, precisamos definir claramente alguns
pressupostos.
•
O conhecimento passou a ser classificado na formulação do
pensamento estruturalista no século XVIII. Antes eles se integravam e,
por isso, é difícil separá-los.
A tradição dos cursos de formação de professores não estuda Filosofia
da Educação, mas História da Filosofia da Educação. Não pretendemos
adotar esse caminho.
•
•
A sociedade ocidental é uma invenção. Ela, ao ser inventada – não é
uma invenção pessoal, mas um discurso formulado e repetido pela
sociedade que passa a ser naturalizado como uma verdade – defende
seu passado e “pinça” o que lhe interessa em uma história não linear e
baseada em herança.
Diante desses pressupostos, é importante ressaltar que não nos
limitaremos ao tempo, mas vamos mostrar alguns dos elementos que a
contemporaneidade buscou e chamou de Filosofia da Educação.
Qual a origem da Filosofia?
A Filosofia teve origem na Grécia, no século VI a.C., época em que tudo
era explicado pela mitologia. Tratava-se de uma interpretação da
realidade “divino-mitológica”, também chamada de Cosmogonia. A
grande mudança ocorreu quando os gregos passaram a explicar a
realidade mediante o uso da razão e da lógica, dando lugar à
Cosmologia. A Filosofia grega perdurou até o declínio do Império
Romano.
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Fonte: franceinter.fr
Os primeiros filósofos, os pré-socráticos, isto é, anteriores a Sócrates,
buscavam a origem do Universo e, claro, das coisas. Em geral, eram
monistas, uma vez que acreditavam ser o Universo criado a partir de um
único elemento. Tales de Mileto (624-548 a.C.), por exemplo, considerado
o primeiro filósofo, acreditava que o Universo teve como primeiro
elemento a água. Contudo, Sócrates, Platão e Aristóteles são
considerados, por muitos, os fundadores da Filosofia ocidental. Suas
obras avançaram no tempo e perpassaram as filosofias das Idades
Média, Moderna e Contemporânea.
Interessa, aqui, fazer menção a Platão, que fundou a Academia
Ateniense, tida como a primeira instituição de ensino do Ocidente,
seguindo os preceitos do método dialético de Sócrates. Segundo
historiadores, Platão teria sido aluno de Heráclito (540-470 a.C.) e de
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Sócrates. Uma introdução a seu pensamento filosófico é encontrada no
Crátilo.
Como Platão percebe a humanidade?
Para Platão, a humanidade estava imersa, simultaneamente, em duas
realidades, que é a base de toda a sua teoria:
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REALIDADE INTELIGÍVEL
Em que o ser humano reflete sobre aquilo que se pode distinguir e
expressar (realidade imutável das coisas).
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Fonte: Shutterstock
 
Fonte: Shutterstock
 
Fonte: Shutterstock
 
Fonte: Shutterstock
 
Fonte: Shutterstock
REALIDADE SENSÍVEL
É a que afeta os nossos sentidos.
Como Platão percebe a Educação?
Com relação à Educação, Platão acreditava nos métodos de debate e
conversação. Ambos levariam ao conhecimento. Para ele, os próprios
alunos deveriam descobrir as coisas. Estava claro que a Educação seria
uma forma de desenvolver o homem moral e, assim, o filósofo se
esforçou para promover o desenvolvimento intelectual e físico de seus
alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, Geometria,
Astronomia e educação militar faziam parte das discussões mantidas no
momento de ensinar.
Para Aristóteles, o princípio da aprendizagem era a imitação. E tinha na
família o núcleo da organização das cidades e o primeiro passo na
educação das crianças. Porém, governantes e legisladores tinham o
dever de regular e vigiar o crescimento das crianças quanto à saúde e às
obrigações cívicas. Nesse sentido, o Estado se responsabilizaria pela
Educação.
CONCLUINDO
A Filosofia teve origem na Grécia Antiga. Um dos principais filósofos da
época foi Platão, que percebia o homem em duas realidades: inteligível
e sensível. Nesse contexto, a Educação deveria usar métodos de
debate e conversação, permitindo que o aluno alcance o conhecimento
por meio de descobertas.
Como era a Educação na Idade Média?
É importante ressaltar que existiram autores romanos, do início da Igreja
medieval, e filósofos diversos sobre os quais teríamos que falar se
voltássemos a linha temporal. Mas, como estamos compondo uma ideia –
nesta fábula de mundo ocidental que vivemos –, vamos nos ater aos
nomes tomados de forma recorrente.
Na Idade Média, a Igreja foi responsável pelas manifestações,
principalmente, culturais. A fé cristã e, em especial, as instituições
eclesiásticas eram as únicas a educar e formar.
Nos séculos XII e XIII foram criadas as universidades, uma das
experiências humanas mais marcantes e decisivas para o mundo
ocidental. O preceito dos discursos religiosos, principalmente na sua
formulação de moral, é a base de entendimento da noção de Ocidente.
Antes mesmo de a obra de Aristóteles ser discutida na Universidade de
Paris, no século XIII, muçulmanos, judeus e cristãos já o haviam feito,
quando da tradução e interpretação dos textos do estagirita. O Ocidente,
sob o prisma em que foi filosoficamente construído, é fruto dessas
heranças de gregos e medievais, não como uma verdade, mas como uma
influência.
CONCLUINDO
Na Idade Média, a Educação era responsabilidade da Igreja, que era a
única encarregada por educar e formar.
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A FILOSOFIA E A EDUCAÇÃO NA
IDADE MODERNA E NOS DIAS
ATUAIS
Como a Filosofia Moderna foi concebida?
A Filosofia Moderna vem, no entanto, de uma separação. Religião –
Filosofia – Ciência, que eram o tripé de sustentação do homem
ocidental, entram em uma lenta e completa separação. Por isso você
pode estranhar um pouco esse movimento inicial, mas a separação
deixou marcas, como se esses campos sempre tivessem sido separados.
É importante ressaltar que o foco deste tema não é a História da
Educação, e sim o vínculo entre a Filosofia e a Educação.
Como a Educação foi concebida na Idade Moderna?
O período moderno teve início no final do século XV, quando foram
alterados costumes, princípios, valores políticos, econômicos,
sociais e culturais que vigoravam antes da Idade Média. A família e a
escola foram redefinidas, se modificaram e passaram a comandar a
formação das crianças e dos adolescentes.
•
 
Fonte: Shutterstock
Enquanto os pais procuravam dar aosfilhos uma preparação para a
vida.
A escola instruía, formava e ensinava. Além dos conhecimentos e
comportamentos, graças à Didática, trabalhava a racionalização da
aprendizagem dos saberes, a disciplina e organizava suas finalidades
e seus meios específicos.
 
Fonte: Shutterstock
•
No início do século XVI, surgiu o colégio como instituição. Com ele,
surgiram métodos de ensino/educação, dentre eles o Ratio Studiorum.
Emerge, nessa mesma época, o cuidado com a disciplina dos estudantes,
que teve origem na disciplina religiosa. Sua eficácia era condição
necessária para o trabalho em comum.
Chegamos à era do Iluminismo, importante movimento intelectual – para
muitos o criador do Estado Nação, da noção do Ocidente e do próprio
capitalismo. Formula-se, então, a defesa de que os jovens necessitavam
ser instrumentalizados, escolarizados.
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Ainda que de forma lenta, a noção de uma escola pública, a
multiplicação de leitores e o surgimento de projetos “nacionais” foram
influenciados por esses defensores da razão como forma de resolver os
problemas do mundo. Essa nova escola, presente, valorizada, pública,
tinha alguns preceitos: jovens deveriam ser levados ao caminho do
conhecimento e o debate era o modo de traçar esse caminho. A
avaliação foi um dos processos difundidos e valorizados. O exame
passou a ser crucial no trabalho escolar, também como instrumento
disciplinar. O estudante era submetido ao máximo controle.
No Iluminismo, percebemos o divórcio definitivo entre a Filosofia e a
fé. A ideia é de que o pensamento gerou um rompimento do homem com
seu mundo. Apesar dos avanços inegáveis na escrita e dos debates
filosóficos, que permitiram a percepção da Pedagogia como um novo
campo de conhecimento, a Filosofia também acabou profundamente
descolada da prática, criando um fosso entre os que pensavam e
construíam o conhecimento e aqueles que o aplicavam no seu dia a dia.
CONCLUINDO
A Idade Moderna iniciou um processo de separação entre Religião,
Filosofia e Ciência. Nesse cenário, a família e a escola foram
redefinidas em seus papéis na formação do sujeito: a família educava
para a vida, enquanto a escola ensinava os saberes sistematizados. Essa
formação foi enfatizada com o Iluminismo, que trouxe a necessidade de
escolarização dos jovens, inaugurando a noção de uma escola pública.
Qual o cenário da Educação na Idade Contemporânea?
Na Idade Contemporânea, é vigente o enfrentamento dos desafios
impostos pela sociedade à Educação:
 
Fonte: Shutterstock
É necessário dizer que esses processos foram longos e complexos,
estudados em História da Educação, Currículo e Política Pública. Isso, no
entanto, não rompe com a dicotomia anteriormente indicada – de um lado
estando os operários da Educação e do outro os intelectuais da
Educação.
Também deve ser dada atenção à tecnologia, que cada vez mais faz
parte do nosso mundo. Por isso, a escola precisa estar atenta a ela, pois
provoca inúmeras mudanças. A Educação, enfim, é vista como processo
cooperativo e como processo de construção. Sabe-se que a
aprendizagem se dá em diferentes cenários: em casa, na rua, nas
escolas etc. Trata-se de um processo abrangente.
A Educação, portanto, precisa de uma nova Filosofia que a permita ser
quem efetivamente é: o exercício de pensar e valorizar o sujeito.
CONCLUINDO
A Educação na Idade Contemporânea deve ser concebida por todos
os sujeitos que atuam nesse processo, com o objetivo de permitir o
desenvolvimento do aluno sem qualquer limitação. Essa exigência traz
a necessidade de uma nova Filosofia, que pense e valorize o sujeito.
FORMAÇÃO INTEGRAL ×
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO
A Educação ofertada pela família e por instituições é informal, pois ocorre
fora de uma estrutura oficial de ensino. Nesse caso, ela se dá durante a
vida. Os conhecimentos obtidos são os mais variados e dependem das
vivências de cada um. Como a escola é uma instituição que possui uma
estrutura oficial, a Educação nela oferecida é formal. Isto é, tudo o que
acontece na escola é pedagógico (de Pedagogia). Daí a importância do
Plano Pedagógico, que envolve tudo e todos.
Mas o que a Educação oferecida na família e na escola tem a ver com
Formação Integral?
A Formação Integral entende o sujeito para além de sua condição
cognitiva, considerando seus afetos, suas dimensões sociais,
psicológicas, físicas e sua inserção necessária em um contexto de
relações. É preciso ainda lembrar que o sujeito tem desejos, anseios e
demandas simbólicas, buscando satisfação nas suas diversas
formulações de realização. A Educação familiar e escolar, portanto,
devem caminhar juntas na formação do sujeito.
Percebe-se que, atualmente, há um significado atribuído ao termo
integral diferente do que era atribuído no passado. Pensa-se que o
estudante não deve se preocupar apenas com os conhecimentos que o
permitirão ingressar numa Instituição de Ensino Superior ou no mercado
de trabalho. Há quem diga que é preciso buscar o desenvolvimento
pessoal do aluno.
Aqui está o problema: o termo pessoa tem uma carga religiosa muito
grande. Inspira-se na Santíssima Trindade – a pessoa do Pai, a pessoa
do Filho e a pessoa do Espírito Santo. Portanto, tudo vem de Deus e tudo
volta para Ele. Apesar de apontarmos que a separação ocorreu, algumas
tradições permanecem muito vivas, assim como a base cristã de nossa
sociedade. Sendo assim, não se pode valer, num mesmo discurso, dos
termos sujeito e pessoa. Quem se faz autônomo, livre e responsável é o
sujeito. Por isso, a ideia de construir-se sujeito. O sujeito se constrói;
ninguém o concebe. Ninguém ajuda a um sujeito; ele é quem se ajuda.
Quando muito, poderemos discutir que o sujeito, de alguma forma,
encontre o seu próprio caminho. Diante disso, vamos imaginar a seguinte
situação:
Uma professora de Matemática pediu aos alunos que resolvessem uma
lista de exercícios. Após concluir os exercícios, Jorge pergunta para a
professora:
Com base no que vimos sobre formação integral do sujeito, como a
professora deve responder à pergunta de Jorge?
 Clique nos botões abaixo.Objeto com interação. Clique nos botões
abaixo.
Claro, verifico se as suas respostas estão certas.
O docente não deve dar a resposta, mas dizer que é o próprio aluno
quem precisa ter a certeza do que fez.
Reveja as suas resoluções, você precisa ter certeza de que as suas
respostas estão certas.
O docente não deve dar a resposta, mas dizer que é o próprio aluno
quem precisa ter a certeza do que fez.
Essa situação mostra o quanto a autonomia, a liberdade e a
responsabilidade são importantes na Educação. Considerando esses
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fatores, ao pedir a Jorge que revise a sua resolução, a professora estará
desenvolvendo nele:
Autonomia
A capacidade de decisão. Jorge decidiu que terminou a resolução da
questão.
Liberdade
A capacidade de autodeterminação. Significa que Jorge poderá dizer, ou
não, à professora que terminou a questão.
Responsabilidade
A capacidade de comprometimento. Significa que se Jorge disser à
professora que terminou a questão, arcará com a responsabilidade de ter
errado ou acertado. Se errou, terá que refazê-la; se acertou, era
exatamente o que tinha de fazer.
CONCLUINDO
A Filosofia Contemporânea serve para que o aluno possa dialogar com
a própria capacidade de construir o seu conhecimento. Além disso,
aportada no sujeito, por exemplo, ela dá sentido à ruptura com o ensino
pautado na transmissão, demonstrando que o único sentido possível é o
da aprendizagem.
Para saber mais sobre a relação entre Filosofia e Educação, assista ao
vídeo a seguir que mostra a narrativa de um trecho do artigo de Anísio
Teixeira, publicado em 1959.
RESUMINDO
A Filosofia teve origem na Grécia Antiga. Um dos principais filósofos da
época foi Platão, que percebia o homem em duas realidades: inteligível
e sensível. Nesse contexto, a Educação deveria usar métodos de
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debate e conversação,permitindo que o aluno alcance o conhecimento
por meio de descobertas.
Na Idade Média, a Educação era responsabilidade da Igreja, que era a
única encarregada por educar e formar.
A Idade Moderna iniciou um processo de separação entre Religião,
Filosofia e Ciência. Nesse cenário, a família e a escola foram
redefinidas em seus papéis na formação do sujeito: a família educava
para a vida, enquanto a escola ensinava os saberes sistematizados. Essa
formação foi enfatizada com o Iluminismo, que trouxe a necessidade de
escolarização dos jovens, inaugurando a noção de uma escola pública.
A Educação na Idade Contemporânea deve ser concebida por todos
os sujeitos que atuam nesse processo, com o objetivo de permitir o
desenvolvimento do aluno sem qualquer limitação. Essa exigência traz
a necessidade de uma nova Filosofia, que pense e valorize o sujeito.
A Filosofia Contemporânea serve para que o aluno possa dialogar com
a própria capacidade de construir o seu conhecimento. Além disso,
aportada no sujeito, por exemplo, ela dá sentido à ruptura com o ensino
pautado na transmissão, demonstrando que o único sentido possível é o
da aprendizagem.
RAZÃO
Referencial de orientação do ser humano em todos os campos em
que seja possível a indagação ou a investigação. Nesse sentido,
diz-se que a razão é uma faculdade própria do ser humano,
distinguindo-o dos animais, por exemplo.
LÓGICA
Ramo da Filosofia que trata das formas do pensamento (indução,
dedução, hipótese, inferência etc.) e, por meio delas, busca
determinar os raciocínios considerados válidos.
SÓCRATES, PLATÃO E
ARISTÓTELES
Sócrates (469-399 a.C.) é reconhecido pelo seu método dialético
de características céticas. Há, ainda, um debate sobre a sua real
existência.
Platão (428-328 a.C.) teria sido discípulo de Sócrates e difusor de
suas ideias. Era um cidadão importante em Atenas, onde fundou a
Academia.
Aristóteles (385-323 a.C.) mudou o sentido dialético como forma
de perceber o mundo sensível para, a partir de operações racionais,
obter o conhecimento da physis – natureza – para a metafísica.
CRÁTILO
Crátilo é um diálogo platônico, no qual Sócrates é questionado por
dois homens, Crátilo e Hermógenes, sobre os nomes; se esses são
“convencionais” ou “naturais”, isto é, se a linguagem é um sistema
de símbolos arbitrários ou se as palavras possuem uma relação
intrínseca com as coisas que elas significam.
ESTAGIRITA
Nascido em Estagira, na Macedônia. É comum designar Aristóteles
como “o estagirita”, por ser ele natural dessa antiga cidade.
RATIO STUDIORUM
O Ratio Studiorum é uma espécie de coletânea, fundamentada em
experiências vivenciadas no Colégio Romano, a que foram
adicionadas observações pedagógicas de diversos outros colégios,
cujo objetivo era instruir rapidamente todo jesuíta docente sobre a
natureza, a extensão e as obrigações do seu cargo.
Fonte: Wikipédia.
ANÍSIO TEIXEIRA
Anísio Teixeira (1900-1971) foi um importante teórico e idealizador
das grandes mudanças que ocorreram na Educação brasileira no
século XX. Fez parte do movimento de renovação do ensino
chamado de Escola Nova.
Fonte: eBiografia.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A BASE DA FILOSOFIA DE PLATÃO ENVOLVE:
A) A divisão da realidade em inteligível e sensível.
B) A unicidade de todos os seres.
C) O mundo das ideias e o submundo espiritual.
D) A Ética, a Física e a Metafísica.
2. EM QUE A EDUCAÇÃO MODERNA DIFERE DA
EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA?
A) Na falta de disciplina, ética e eficácia.
B) Nos atores sociais envolvidos, antes restringindo-se apenas à família e
atualmente envolvendo o Ensino Superior.
C) Na compreensão da abrangência, da complexidade e do caráter
processual da Educação.
D) Na ideologia de gênero.
GABARITO
1. A base da Filosofia de Platão envolve:
A alternativa "A " está correta.
 
Para Platão, o mundo das ideias era um mundo superior, no qual não
havia erro, enquanto o mundo material era o mundo dos sentidos e das
sensações, passível de engano. A busca do saber, para esse filósofo
grego, era sinônimo de alcançar o mundo inteligível.
2. Em que a Educação moderna difere da Educação contemporânea?
A alternativa "C " está correta.
 
O entendimento da Educação atual envolve maior complexidade. Deseja-
se que os estudantes se desenvolvam sem os limitar a segmentos ou
fragmentos. Compreende-se a necessidade de envolver nesse processo
diferentes atores sociais: escolas, famílias e professores.
MÓDULO 2
Descrever a história da Filosofia da Educação no Brasil
A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO NO
BRASIL
No Brasil, o surgimento da disciplina Filosofia da Educação passou,
simultaneamente, por três processos:
1
ESTATIZAÇÃO DO ENSINO
O Estado brasileiro assumiu, paulatinamente, sua função de educar.
2
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
DE PROFESSORES
Busca de uma melhor valorização da profissão docente.
3
CIENTIFICIDADE DA PEDAGOGIA
A fundamentação epistemológica do discurso pedagógico.
HISTÓRIA DA FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO NO BRASIL
Para entendermos a história da Filosofia da Educação no Brasil, vamos
destacar alguns acontecimentos importantes.
 Clique nas setas laterais para ver as informações.Objeto com
interação. Arraste a imagem para o lado para ver as informações.
 
Fonte: www.greelane.com
 Modelo de ensino da Escola Nova.
Ainda no final do século XIX, surgiram as primeiras preocupações com a
cientificidade da Pedagogia. As ideias da Escola Nova, ancoradas na
Psicologia e na Sociologia, passaram a fazer parte das discussões. A
Escola Nova acompanhou a vanguarda dos movimentos ocorridos no
mundo, fruto da urbanização e da industrialização, os quais defendiam
uma estrutura e políticas públicas capazes de ofertar sentido às novas
demandas sociais.
 
Fonte: Correio da Manhã - Arquivo Nacional
 Instituto de Educação do Rio de Janeiro.
Nos anos 1930, com a emergência da Revolução Industrial e do
reordenamento político e cultural da sociedade brasileira, foram feitas
exigências para que o Estado se valesse de seu papel de educador.
Nesse contexto, a Educação e a escola se tornaram, praticamente,
responsáveis pelo desenvolvimento do país. Daí, toda atenção dada às
instituições que formariam professores. Antes disso, as Escolas Normais
eram as únicas instituições a formar professores, porém de maneira
generalista e enciclopédica, e mesmo essa transição levou algumas
décadas para se fortalecer.
 
Fonte www.scielo.br
 Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências da USP.
No ano de 1934, a formação de professores para o ensino secundário
foi institucionalizada, graças à criação da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Em 1939, a
Faculdade Nacional de Filosofia impunha outro modelo de formação com
a busca pelo estabelecimento de um novo ensino normal, que tinha como
base as Ciências da Educação e o surgimento das Faculdades de
Filosofia, Ciências e Letras.
Foi a Filosofia, portanto, que deu bases de sustentação ao discurso
pedagógico, o que ocasionou uma indistinção entre o discurso
filosófico sobre a Educação e o discurso pedagógico geral. Ideais
pedagógicos, natureza da Educação, fundamento moral da Educação,
natureza do homem, dentre outras, tornaram-se questões norteadoras do
discurso filosófico/pedagógico. Nesse ponto, destacou-se a contribuição
do escolanovismo como movimento, reconduzindo a epistemologia da
Educação brasileira.
Um dos nomes mais importantes desse contexto é Anísio Teixeira, cuja
percepção era de que a Educação precisava ser cientificizada.
À medida que o discurso científico se impunha, a importância e os
objetivos da Filosofia eram relativizados. Nos cursos de formação de
professores secundários, nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras,
a Filosofia aparece na disciplina História e Filosofia da Educação.
Passou-se a estudar o ideário dos grandes pensadores com vistas à
Educação – Sócrates, Platão, Aristóteles, Rousseau (1712-1778), Kant
(1724-1804), dentre outros.
A necessidadede uma cultura filosófica e científica (Ciências da
Educação), no conjunto da formação do professor secundário, tornara-se
consenso mundial nos anos 1930 e foi sustentada pelas ideias
reformadoras em Educação. Nesse contexto, também a Sociologia da
Educação tomou para si a principal tarefa da Filosofia da Educação:
determinar fins e valores da Educação.
Nesse período, como a Filosofia era entendida?
A Filosofia da Educação era entendida como originária de um sistema
filosófico, do qual decorria certa concepção de mundo, de homem e
uma hierarquia de valores. Portanto, o ensino da Filosofia da Educação
no Brasil foi, em grande medida, o estudo das ideias sobre Educação de
importantes filósofos no contexto da história da Filosofia.
Até meados da década de 1970, a Filosofia e a História da Educação se
tornaram disciplinas de destaque nos cursos de graduação e pós-
graduação em Educação. É importante observar que a disciplina Filosofia
da Educação não fazia parte do Departamento de Filosofia; era
apresentada como um saber filosófico “aplicado” à Educação. Logo, tinha
outras características e objetivos.
No artigo Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do
problema no contexto brasileiro, Dermeval Saviani apresenta uma
síntese interessante. Para ele, no Brasil, a questão do preparo de
professores emerge de forma explícita após a Independência, cogitando-
se a organização da instrução popular. A partir daí, em relação à questão
pedagógica articulada com as transformações que se processaram na
sociedade brasileira ao longo dos últimos dois séculos, podem se
distinguir os seguintes períodos na história da formação de professores
no Brasil:
•
1827-1890
Ensaios intermitentes de formação de professores
1890-1932
Estabelecimento e expansão do padrão das Escolas Normais
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•
•
1932-1939
Organização dos Institutos de Educação
1939-1971
Organização e implantação dos Cursos de Pedagogia e de Licenciatura e
consolidação do modelo das Escolas Normais
•
•
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1971-1996
Substituição da Escola Normal pela Habilitação Específica de Magistério
1996-2006
Advento dos Institutos Superiores de Educação, Escolas Normais
Superiores e o novo perfil do Curso de Pedagogia
•
A primeira Escola Normal criada no Brasil, em Niterói, no estado do Rio
de Janeiro, data de 1835. Tinha como objetivo formar professores para o
magistério de Ensino Primário e era oferecido em cursos públicos de nível
secundário (atual Ensino Médio). Desde então, o movimento de criação
de Escolas Normais no Brasil passou por diversas reformulações. Mesmo
assim, tornou-se instituição pública fundamental, formadora de
professores para o Ensino Primário.
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1971, a Escola
Normal foi substituída pela habilitação específica de Magistério e, em
1996, a nova LDB converteu a formação de educadores de nível superior
em cursos de graduação plena: surgem os Institutos Superiores de
Educação e as Escolas Normais Superiores.
CONCLUINDO
O ensino da Filosofia da Educação no Brasil teve como base o estudo
das ideias sobre Educação de importantes filósofos no contexto da
história da Filosofia.
NOVOS CAMINHOS E NOVOS
OLHARES
A Filosofia da Educação brasileira recente está em meio a um complexo
debate. Dos autores que trouxeram a Pedagogia da Autonomia para o
campo de debate, o principal nome é Paulo Freire (1921-1997). Darcy
Ribeiro (1922-1997) e Cristovam Buarque, apesar de não serem
filósofos e terem atuação mais destacada como políticos, foram
defensores desse entendimento, ainda que de forma parcial.
A relação entre os pedagogos e a política é recorrente. Nilcea Freire
(1953-2019), Claudia Costin, Renato Janine, Paulo Renato Souza
(1945-2011), Gabriel Chalita e Fernando Haddad são alguns nomes de
professores de institutos superiores, mas que, pela atividade e vínculo
com a Educação, passaram a exercer cargos políticos. Suas atuações –
independentemente de vínculo político – ajudam-nos a constatar a
presença simbólica de fundamentos filosóficos que dialogam com a
perspectiva multidisciplinar que vem marcando a Educação.
 
Fonte: Antonio Cruz / Agência Brasil
 Nilcea Freire
 
Fonte: Senado Federal / Reuniões Conjuntas
 Claudia Costin
 
Fonte: Valter Campanato / Agência Brasil
 Renato Janine
 
Site do Governo do Estado de São Paulo
 Paulo Renato Souza
 Gabriel Chalita
 Fernando Haddad
Mais recentemente, um debate conservador sobre as práticas
relacionadas ao ensino vem ser incorporado a essa discussão. Diante
dos processos nacionais que, como podemos observar, são diversos,
uma tendência de cunho filosófico é bastante forte: A autonomia.
 
Fonte: Shutterstock
VAMOS EXERCITAR 
O QUE VIMOS ATÉ AQUI!
Leia o trecho do artigo Filosofia da Educação: implicações e impactos na
Pedagogia, de Santos e Bonin (2018):

“O PENSAMENTO FILOSÓFICO É CARACTERIZADO
PELA REFLEXÃO, OU SEJA, A BUSCA DE ALGO POR SI
MESMO POR MEIO DA ESPECULAÇÃO, EXAMINANDO E
ANALISANDO COM CUIDADO. AO DEFINIR A FILOSOFIA
COMO REFLEXÃO, ELA SE CONSTITUI COMO UM
CONHECIMENTO DO CONHECIMENTO, ISTO É,
FILOSOFAR É ATUAR SOBRE O PRÓPRIO
CONHECIMENTO CIENTÍFICO, INTERROGANDO-O E
PROBLEMATIZANDO-O.
A PEDAGOGIA É ENTENDIDA COMO UMA CIÊNCIA E
SEUS PRINCÍPIOS DEVEM SER SUBMETIDOS À
REFLEXÃO FILOSÓFICA, UMA VEZ QUE A FILOSOFIA
NÃO SE LIMITA AO DOMÍNIO DO QUE PODE SER
OBSERVADO PELOS SENTIDOS, ORIENTANDO-SE EM
DIREÇÃO AO CONHECIMENTO DOS PRINCÍPIOS QUE
ESCAPAM À PERCEPÇÃO DOS SENTIDOS. EM
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO, A FILOSOFIA SE COLOCA
COMO FORMA DE CONHECIMENTO E A EDUCAÇÃO
COMO UM PROBLEMA FILOSÓFICO. OS DOIS TERMOS
JUNTOS REPRESENTAM O ESTUDO DOS
FUNDAMENTOS DAS TEORIAS E PRÁTICAS
EDUCATIVAS NA SOCIEDADE.
A FUNÇÃO ESSENCIAL DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CONSISTE EM ACOMPANHAR, CRITICAMENTE, A
ATIVIDADE EDUCACIONAL DE FORMA A EXPLICITAR
OS SEUS FUNDAMENTOS, ESCLARECER A FUNÇÃO E A
CONTRIBUIÇÃO DAS DIVERSAS DISCIPLINAS
PEDAGÓGICAS E AVALIAR O SIGNIFICADO DAS
SOLUÇÕES ESCOLHIDAS. A AUSÊNCIA DE
ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA NO TERRENO DA
EDUCAÇÃO ACARRETA CONSEQUÊNCIAS
LAMENTÁVEIS.
SÓ É POSSÍVEL MELHORAR E REFORMAR O SISTEMA
EDUCATIVO QUANDO SE TÊM UMA VERDADEIRA
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO, NA QUAL HAJA UM
ACORDO ACERCA DA FINALIDADE, DAS
POSSIBILIDADES E DAS CONDIÇÕES DA EDUCAÇÃO.
ASSIM, PARA O ÊXITO DA CIÊNCIA PEDAGÓGICA É
INDISPENSÁVEL A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO.”
Com base nessa leitura, construa um texto de sua autoria sistematizando
a importância da Filosofia da Educação e guarde-o. A sugestão é que
você faça um portfólio dos seus escritos e vá guardando ao longo curso.
Quando chegar ao final do semestre, ou do curso, perceba o quanto
evoluiu.
CONCLUINDO
O debate da Filosofia da Educação, no Brasil, tem estado muito ligado à
política e tem destacado a autonomia como pressuposto filosófico
para se pensar a Educação.
Para saber mais sobre os estudos no campo da Filosofia da Educação
Brasileira, assista ao vídeo a seguir.
RESUMINDO
O ensino da Filosofia da Educação no Brasil teve como base o estudo
das ideias sobre Educação de importantes filósofos no contexto da
história da Filosofia.
O debate da Filosofia da Educação, no Brasil, tem estado muito ligado à
política e tem destacado a autonomia como pressuposto filosófico
para se pensar a Educação.
DERMEVAL SAVIANI
Dermeval Saviani é professor emérito da USP e um dos maiores
nomes da Educação no Brasil. Inaugurou debates fundamentais
sobre as tendências pedagógicas brasileiras, dialogando com o tripé
Filosofia-História-Didática.
ENSAIOS INTERMITENTES DE
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Período que se iniciou com o dispositivo da Lei das Escolas de
Primeiras Letras, que obrigava os professores a se instruírem no
método do ensino mútuo, às próprias expensas. Estendeu-se até
1890, quando prevaleceu o modelo das Escolas Normais.
ESTABELECIMENTO E EXPANSÃO
DO PADRÃO DAS ESCOLAS
NORMAIS
Cujo marco inicialfoi a reforma paulista da Escola Normal tendo
como anexo a escola-modelo.
ORGANIZAÇÃO DOS INSTITUTOS
DE EDUCAÇÃO
Cujos marcos são as reformas de Anísio Teixeira no Distrito
Federal, em 1932, e de Fernando de Azevedo em São Paulo, em
1933.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA SOBRE A
HISTÓRIA DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL:
A) Surge ao final do século XIX, com as primeiras preocupações acerca
da questão da cientificidade da Pedagogia.
B) Ao final do século XX, surgem as primeiras preocupações com a
questão da cientificidade da Pedagogia e a necessidade de se constituir
uma Filosofia com Dermeval Saviani.
C) As primeiras preocupações com a Filosofia pedagógica brasileira
surgem nas LDB de 1961 e de 1996.
D) A Filosofia da Educação brasileira foi inaugurada por Anísio Teixeira e
pelos escolanovistas.
2. AS PRIMEIRAS PREOCUPAÇÕES COM A QUESTÃO
DA AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
APARECEM NOS DEBATES DE ESTUDIOSOS SOBRE
EDUCAÇÃO. A RELAÇÃO ENTRE PEDAGOGO E SUA
FILOSOFIA É:
A) O processo de cientificidade da Pedagogia significou a fundamentação
epistemológica do discurso pedagógico brasileiro a partir de Anísio
Teixeira.
B) O processo da Pedagogia da Autonomia significou a fundamentação
filosófica da Pedagogia brasileira a partir de Paulo Freire.
C) O processo de uma Filosofia pedagógica com a percepção de uma
Educação Integral marcou os desenvolvimentos e a prática de Darcy
Ribeiro.
D) O processo de cientificidade da Pedagogia significou a fundamentação
da Pedagogia pelas Ciências da Educação, inaugurado por Dermeval
Saviani no Brasil.
GABARITO
1. Assinale a alternativa correta sobre a história da Filosofia da
Educação no Brasil:
A alternativa "A " está correta.
 
A história da Filosofia da Educação pode ser dividida em três grandes
momentos – o primeiro deles a partir do fim do século XIX e os outros
com os debates acerca de como as tendências europeias podem ser
incorporadas para nosso desenvolvimento.
2. As primeiras preocupações com a questão da autonomia na
Educação brasileira aparecem nos debates de estudiosos sobre
Educação. A relação entre pedagogo e sua Filosofia é:
A alternativa "A " está correta.
 
A Filosofia brasileira é marcada por fases diversas, uma das mais
importantes é inaugurada pelo escolanovismo, sendo fundamentais as
concepções de Anísio Teixeira. Baseada na ideia de Dewey, uma
definitiva fase da Filosofia da Educação brasileira é inaugurada.
MÓDULO 3
Identificar alguns dos possíveis papéis da Filosofia na prática educacional
PROFESSORES-
PESQUISADORES E A
IMPORTÂNCIA DO MÉTODO
Numa época em que as culturas, responsáveis pela estruturação e
organização das sociedades modernas, são instadas a se
responsabilizarem pelo futuro de seus cidadãos – principalmente por
conta dos impactos causados pelo desenvolvimento tecnocientífico e
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por conta da emergência de uma economia globalizada que obriga muitos
desses cidadãos a viverem sob condições deploráveis – é imprescindível
que a escola forme bem seus professores. Essa formação precisa estar
atenta à não deterioração das relações humanas. E um dos caminhos
para isso é dar um tratamento científico ao que envolve a Educação.
Fonte: sebra / Shutterstock
Faz-se necessário, em primeiro lugar, refletir sobre o lugar da pesquisa
científica nos cursos, programas e projetos de formação de professores.
Nesse sentido, devem ser observados alguns dos efeitos da não
efetivação da disponibilidade, da vocação e, quase sempre, da
possibilidade dos professores de pesquisar. Por exemplo, não é sem
motivo que predominam atualmente no discurso educacional brasileiro
fortíssimos conteúdos de senso comum e ideológico. Isso efetivamente
será solucionado quando a formação do professor objetivar, também,
torná-lo um pesquisador.
Não é possível que somente aqueles que chegam a um curso de pós-
graduação stricto sensu ouçam falar em pesquisa científica. Não se pode
criar exigências sobre algo que grande parte dos professores
desconhece. Mas é o professor contemporâneo quem forma os
profissionais do futuro. Por isso, ele precisa estar preparado para as
rápidas mudanças que inexoravelmente ocorrerão.
Cada vez mais se exige, também dos estudantes de graduação, trabalhos
de pesquisa. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um bom
exemplo. Contudo, uma análise, mesmo que superficial, de alguns TCCs
produzidos é capaz de mostrar uma dissonância acerca do conceito de
pesquisa, tanto por parte dos professores quanto dos alunos.
Para um melhor entendimento, pode-se pensar em alguns termos
análogos escolhidos a esmo para pesquisa:
INVESTIGAÇÃO
BUSCA
PROCURA
INDAGAÇÃO
AVERIGUAÇÃO
INQUIRIÇÃO
ARGUIÇÃO
EXAME
SABATINA
ESPÍRITO CRÍTICO
SONDAGEM
ANÁLISE
No entanto, seu uso indiscriminado é uma armadilha. É preciso cuidar de
explicitar os sentidos dos termos de que se vale ao estruturar diferentes
argumentos, principalmente os de natureza científica. O conhecimento
humano implica certa reflexão com relação ao que se conhece. E a
metodologia da pesquisa possibilita entender o porquê de as ciências
serem qualificadas como rigorosas. Seus resultados decorrem de
pensamentos rigorosos, isto é, aqueles que se referem, principalmente,
a um objeto, mediante um método e são lógicos, coerentes, não
contraditórios. E assim tem que ser, porque a Ciência nasceu sob a égide
da razão e da verdade. Não é, pois, por outro motivo que o rigor da
Ciência se encontra atualmente nos seus próprios discursos.
Além do conhecimento científico, o conhecimento filosófico é também
constituído de forma rigorosa. Por isso, a Filosofia e a Ciência são
consideradas interpretações pertinentes da realidade. O ser humano, ao
fazer Ciência, está apenas interpretando a realidade e suas próprias
ações, mas o faz segundo critérios e métodos próprios para validarem
seus resultados. São essas interpretações que se transformam em
discursos verdadeiros, fundamentados e validados. Portanto, em
discursos com sentido.
CONCLUINDO
A pesquisa científica deve fazer parte da formação do professor, pois
é dessa forma que ele será capaz de interpretar a sua realidade e, assim,
dar sentido à ação educativa.
SUPERANDO A DICOTOMIA
TEORIA × PRÁTICA
Imagine que o gestor de uma escola é abordado por pais de alunos que
dizem não entender a filosofia da escola. Ele – mostrando dificuldade –
defende o socioconstrutivismo (que não é uma linha filosófica) e se
dispõe a chamar os professores para explicar a filosofia.
Qual seria o resultado disso?
Certamente isso geraria uma reprodução equivocada sobre o que é a
Filosofia. Essa situação é recorrente e acontece porque os nossos
professores têm trabalhado conteúdos científicos, mas desconhecem,
quase que por completo, o que é a Ciência, suas diferenças e até mesmo
o que é uma disciplina. Não fazem por mal, temos tradições e políticas
tecnicistas há tempos na formação de novos professores, os quais,
embora muito experientes, pouco ou nada refletem sobre sua própria
prática. Claro está que não se trata de privilegiar a teoria em detrimento
da prática, mas sim de, exatamente, superar tal dicotomia.
Por outro lado, mesmo sendo considerada moderna, surgida tal como a
conhecemos nos séculos XVI e XVII, é importante não esquecer que a
Ciência moderna é caudatária da Ciência grega e que os gregos
identificam Ciência com Filosofia. Tampouco se pode esquecer que a
Idade Média incorporou a Filosofia à Teologia e que só mais tarde, com o
advento do chamado método experimental – um dos principais
responsáveis pela caracterização da Ciência como moderna –, é que se
tratou de diferenciá-las. Dicionários de língua portuguesa conferem à
palavra Ciência inúmeras definições. Vejamos algumas:
Ela é tida, num sentido amplo, como um conhecimento ou um saber que
se adquire pela leitura e meditação.


Há, ainda, a definição que lhe confere o significado de processo,
mediante o qual o homem domina a natureza, objetivandoseu próprio
benefício. Constitui, portanto, uma das possibilidades de se apreender a
realidade, mas de uma maneira que depende muito mais da ação do que
da contemplação.

Em sentido restrito, contudo, é tomada como um conjunto organizado
de conhecimentos relativos a determinados objetos, especialmente os
obtidos mediante a observação e a experimentação.
Um bom exemplo disso pode ser encontrado no trabalho de Tales de
Mileto, ao determinar a altura das pirâmides do Egito por medição direta.
Sabendo que a Terra recebia os raios solares paralelamente, colocou um
objeto de altura conhecida próximo da pirâmide e mediu o comprimento
da sombra que esse objeto projetava. Ao mesmo tempo, mediu a
extensão da sombra projetada pela pirâmide e comparou as medidas das
sombras para (sabendo que as extensões eram proporcionais) calcular a
altura da pirâmide.
 Ilustração do experimento de Tales.
Como, então, podemos definir a prática?
•
Em sentido amplo, prática diz respeito à ação ou é propriamente a
ação. De maneira mais comum, o que é imediatamente transformado
em ação.
Originariamente, prática, ou fazer, tem o sentido de arte – a tékhne grega
– e, como tal, o sentido de conhecimento daquilo que se faz. Aliás, outro
não é o sentido de tékhne que o de fazer e ensinar (saber) fazer. Noutros
termos, para se fazer bem é preciso saber.
•
•
Atualmente, o termo técnica possui várias definições. Em geral, coincide
com o sentido amplo da palavra arte, isto é, aquilo que dirige com
eficácia uma atividade qualquer.
No que diz respeito ao comportamento humano em relação à natureza,
refere-se à produção de bens. Por esse motivo, afirma-se que a técnica
sempre acompanhou o desenvolvimento da humanidade.
•
Somos levados a considerar a técnica como um conjunto de
conhecimentos que tem por finalidade a solução de problemas, sem que
haja o menor conhecimento dos mecanismos que a regulam. Com o
passar do tempo, porém, julgou-se efetivamente que a sobrevivência e o
bem-estar do ser humano dependiam, fundamentalmente, do
desenvolvimento da técnica. Faltava o saber. Mais especificamente o
saber científico. Impôs-se, então, uma diferença qualitativa – a técnica
aliada à Ciência resultaria na tecnologia.
Como esse cenário se reflete na escola?
Nossa escola se encontra culturalmente defasada, isto é, não tem
acompanhado o velocíssimo desenvolvimento da tecnociência. E, o que é
também grave, não tem acompanhado as manifestações das demais
áreas da cultura – Filosofia, Arte e Teologia.
A escola tem um papel crucial que urge ser definido, pois somente pela
Educação é possível resguardar e priorizar a qualidade de vida, a luta
pela cidadania, a superação das desigualdades sociais, a dignidade e a
felicidade de nosso povo. Há de se pensar numa urgente reestruturação
do caráter da pesquisa em Educação. E mais, a Revolução
Tecnocientífica na Educação não pode se reduzir à introdução de
novidades, principalmente da parafernália de aparelhos nas escolas. É
preciso analisar suas consequências nos processos de democratização
do saber e na contribuição que essa democratização trará para a extinção
da dívida social, assim como refletir sobre todas as contradições que o
uso indevido do conhecimento tecnocientífico acarreta ao processo
ensino-aprendizagem. É imprescindível aos educadores entender que os
paradigmas científicos são outros e que, por isso mesmo, acabam por
fazer com que muitas práticas e discursos sejam questionados.
CONCLUINDO
A prática tem o sentido de técnica e está intimamente relacionada com o
saber. É necessário, portanto, que a escola seja capaz de refletir sobre a
sua prática – técnica, com o objetivo de entender os mecanismos que
embasam e justificam a sua ação, para transformar a realidade que a
cerca.
O RETORNO DO SUJEITO
Vive-se atualmente um novo tipo de racionalidade científica que adota e
considera novos princípios reguladores, entre eles, de extrema
relevância, a discussão sobre a subjetividade. Se antes essa questão
era de domínio quase exclusivo da Filosofia e da Teologia, vemos
atualmente, até com certa estranheza, as diferentes ciências se
envolvendo e se ocupando com ela. Por isso, cumpre considerar que
houve períodos e obras em que se falava, e ainda se fala, em homem ou
em natureza humana. Outros períodos e outras obras preferiram dar
destaque ao indivíduo, à pessoa ou, até mesmo, à pessoa humana.
Vamos entender como ocorreu esse retorno ao sujeito:
É conveniente também observar que a própria Filosofia considerou o
sujeito apenas em uma perspectiva, isto é, enquanto aquele que conhece
– o sujeito cognoscente –, concepção adotada principalmente por
pensadores que viveram no período de Descartes (1596-1650) a
Heidegger (1889-1976).

Depois, a Filosofia perdeu a noção de sujeito. O discurso da morte do
sujeito, que reproduz a expressão nietzscheana da morte de Deus,
contribuiu para isso.

Mas, atualmente, fala-se em retorno do sujeito.
É importante acatar a ideia de retorno do sujeito, mas não se pode negar
que o mundo das ideias carece de atualizações das teorias do sujeito,
pelo menos em um tratamento não dicotômico. Claro está que somente
um aprofundamento na história do desenvolvimento da noção de sujeito
fará com que entendamos esses desdobramentos. Com certeza, as
especificidades e particularidades serão muitas. É essa admissão da
noção de sujeito que permite explicitar pesquisas as quais não são
voltadas para objetos, mas para sujeitos.
Mas o que é ser sujeito?
Assim como o conceito de Educação, também é difícil a tarefa de
responder sobre o que é ser sujeito. Dotados de consciência, os sujeitos
têm o poder de interferir sobre suas próprias vidas – conhecem, agem,
sentem e querem. E isso nos dá uma ideia do que significa pesquisar
sujeitos. Por outro lado, toda atividade pedagógica deve também estar
voltada para sujeitos. O que nos leva a admitir que toda atividade
pedagógica se dá com vistas a uma concepção de ser humano. Questão
complexa, que exige reflexão profunda. Suas respostas dirigirão toda e
qualquer prática pedagógica.
Fonte: Flamingo Images / Shutterstock
Pensar a Educação significa pensar o humano, isto é, teorizar sobre sua
essência. Assim, seria útil distinguir pensar a Educação (pensar a
prática educativa, em todos os seus aspectos) de pensar sobre
Educação (explicitar cada vez mais o fenômeno educativo). É preciso,
pois, olhar para o sujeito com outros olhos. O sujeito é quem sabe, age,
sente e quer. Por isso a necessidade que temos, todos, de nos construir e
nos reconhecer sujeitos. A anulação do sujeito contamina nossas
sociedades, acarreta um mal-estar generalizado no cotidiano de todos,
favorece o aparecimento das assustadoras patologias psicológicas, a
expansão da violência, a banalização da vida e os gritantes indícios no
aumento da discriminação e da desigualdade.
Em especial para aqueles que só pensam em conteúdo, é urgente
compreender a necessidade de mudança. Aquilo que o estudante precisa
saber, pode por ele mesmo ser adquirido. Há inúmeras maneiras de se
chegar à aquisição de um conteúdo.
É por esse viés que a formação de professores precisa assumir a
perspectiva interdisciplinar na condução de suas pesquisas e na maneira
de encarar os alunos como sujeitos, isto é, colocando-os diante da
realidade, teórica e praticamente, e propiciando que construam e se
reconheçam sujeitos. De acordo com Deckeyser (2006), considerar a
questão do sujeito nos dias atuais equivale, fundamentalmente, a
esclarecer seu quadro de emergência e a justificar o lugar de nascimento
de uma interrogação renovada de urgência pela ética.
Cabe, pois, à Filosofia da Educação refletir sobre os processos e
sistemas educativos, sistematizar os métodos didáticos e analisar temas
que dizem respeito à Pedagogia. Ela une o pensar a Educação (a prática
educativa) e o pensar sobre Educação (investigação do fenômeno
educativo). Já a análise crítica do discurso pedagógicocaberia à
epistemologia da Pedagogia.
CONCLUINDO
O sujeito deve ser o centro do processo de pensar e fazer a Educação.
Os alunos, portanto, são os sujeitos no contexto escolar e devem ser
considerados em seu pensar, sentir, agir e querer.
Assista ao vídeo a seguir para conhecer algumas práticas
transformadoras de professores que entenderam o seu aluno como
sujeito do processo de ensinar e aprender.
RESUMINDO
A pesquisa científica deve fazer parte da formação do professor, pois
é dessa forma que ele será capaz de interpretar a sua realidade e, assim,
dar sentido à ação educativa.
A prática tem o sentido de técnica e está intimamente relacionada com o
saber. É necessário, portanto, que a escola seja capaz de refletir sobre a
sua prática – técnica, com o objetivo de entender os mecanismos que
embasam e justificam a sua ação, para transformar a realidade que a
cerca.
O sujeito deve ser o centro do processo de pensar e fazer a Educação.
Os alunos, portanto, são os sujeitos no contexto escolar e devem ser
considerados em seu pensar, sentir, agir e querer.
TECNOCIENTÍFICO
O termo tecnociência, criado por Gilbert Hottois (1946-2019) ao final
dos anos de 1970, faz referência à íntima ligação entre a Ciência e
a tecnologia.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) Pensar a Educação significa pensar o humano.
B) Pensar a Educação significa pensar os seres vivos.
C) Pensar a Educação significa pensar os animais.
D) Pensar a Educação significa pensar em tudo o que existe.
2. DE QUE DECORRE A DEFASAGEM CULTURAL DA
ESCOLA NOS DIAS ATUAIS?
A) Da compreensão do sujeito como fragmentado.
B) Da impossibilidade de se manter atualizado com a rápida evolução da
tecnologia.
C) Da confusa combinação entre teoria e prática.
D) De não se contemplar as diversas áreas da cultura e de restringir a
tecnociência a aparelhos tecnológicos.
GABARITO
1. Assinale a alternativa correta:
A alternativa "A " está correta.
 
A Filosofia da Educação é um princípio que deve nortear a reflexão
pedagógica. Nesse sentido, entender a Educação não deve ser um
exercício de racionalizar a prática, mas perceber que lidar com a
Educação é lidar com o que nos diferencia como seres humanos.
2. De que decorre a defasagem cultural da escola nos dias atuais?
A alternativa "D " está correta.
 
É muito interessante como, quando pensamos em Educação de
qualidade, discutimos atualmente as condições materiais da escola; o que
a Filosofia da Educação demonstra é: a tecnologia não é o problema e
nem a solução, é parte de um processo muito mais complexo. A cultura
deixou de ser valorizada na escola – seja por quem a traz ou por quem é
responsável por explicitá-la e fomentá-la. Nesse ponto, é fundamental o
entendimento da prática do debate, da dinâmica social, sem transformar
suas operações em repetições técnicas.

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