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EXPRESSÕES CONDUTORAS DO RACIOCÍNIO JURÍDICO

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EXPRESSÕES CONDUTORAS DO RACIOCÍNIO JURÍDICO.
lunnachat.blogspot.com/2010/12/expressoes-condutoras-do-raciocinio-num.html
Expressões condutoras do raciocínio num texto formal
Já é sabido que o ser humano necessita agrupar-se em sociedade, razão porque, avoca para concretizar seus objetivos o uso da comunicação. Em maior das vezes se dá por meio da linguagem, escrita ou falada. Ademais, o objetivo da comunicação é o entendimento; pois a história é uma constante busca do entendimento, onde o homem é ser essencialmente político, logo, a comunicação só pode ser um ato político, uma prática social básica. E sem mais delongas: é que trago o presente apanhado de expressões que muito tem me ajudado no labor cotidiano, e as divido com quem queira delas fazerem uso!
 Módulo - I
1. Palavras chaves introdutória do raciocínio: comecemos por, a primeira observação recai sobre, inicialmente, antes de mais, e definitivamente, é preciso lembrar que, a primeira observação importante a  ser feita é que..., prefacialmente cabe ressaltar..., mister se faz assinalar..., de início, deve-se ressaltar que.., o cerne da questão está no..., razão maior assiste ao (a)..., cumpre salientar..., com relação ao tema a que alude a medida...,
2. Palavras chaves concessivas do raciocínio: é certo que, é verdade que, em termos,  no campo material, evidente, impõe-se cautela, a modificação é positiva, seguramente, naturalmente, incontestavelmente, sem dúvida alguma, pode ser que...
3. Palavras chaves conclusiva do raciocínio: logo, consequentemente, concluídas as premissas, transpondo as colocações para o tema principal,  é por isso que, afinal, em suma, pode-se concluir afirmando que...
4. Palavras chaves de insistência do raciocínio: não apenas...mas, mesmo, outras vezes o próprio ..., com muito mais razão, em casos tais, o que se pretende afirmar, tanto mais que, queremos com isso sustentar que..., neste diapasão..., faz-se necessário analisar..., desta feita resta plenamente cabível..., o certo é que, muito embora ..., de sorte são hipótese previstas na lei do que abaixo se dirá...,
5. Palavras chaves na transição do raciocínio: passemos então a, voltemos então a, mais tarde voltaremos a, antes de passar a...é preciso observar que... incisiva, no particular, é a súmula...,
6. Palavras chaves como expressões de reserva: todavia, no entanto, de um lado, se a lei,  de qualquer modo,  entretanto, mas, porém, contudo..., cabe presumir,
7. Palavras chaves, como enumeração do raciocínio: em primeiro (segundo, etc.), lugar, e por último, inicialmente, e em seguida, além do mais, além disso, além de que, em outro dizer, aliás, a de se acrescentar que, por outro lado, enfim, se acrescentarmos por fim..., de toda sorte..., como tratado...,
8. Palavras chaves de negação e/ou oposição do raciocínio: inobstante isso, de outra face, entretanto, no entanto, ao contrário, disso, qual nada, por outro lado, por outro enfoque, diferente disso, de outro lado, de outra parte, contudo, diversamente disso..., inexiste, portanto, suporte fático.., ante a ausência de supedâneo legal..., entrementes conforme se pode verificar...,
9. Palavras chaves, como realce de inclusão e/ou adição do raciocínio: demais, ademais, também, vale lembrar, pois, outrossim, agora, de modo geral, por igual razões, em rápidas pinceladas, inclusive, até, é certo, é porque, em termos morais, é inegável, em outras palavras, sobre mais, anoto, por oportuno, além desse fator... de sorte..., de toda sorte...,
10. Palavras chaves, para exclusão do raciocínio: sequer, exceto, sendo, apenas, injustificável, excluindo, tão somente..., ora, não tem cabimento tal...,
11. Palavras chaves, de afeto e/ou igualdade do raciocínio: ainda bem, obviamente, em verdade, realmente, em realidade, de igual forma, do mesmo modo que, da mesma sorte, de igual forma no, mesmo sentido, semelhantes, bom é, interessante se faz...
12. Palavras chaves, para fecho e/ou conclusão do raciocínio: destarte, em suma, por menor que seja, em remate, por conseguinte, em última análise, concluindo, em derradeiro, por fim, finalmente, por tais razões, do exposto, por tudo isso, em razão disso, aliais, deixa claro, acima de tudo, em síntese, enfim, por isto (isso), assim, consequentemente..., deflui-se (tirar conclusão)..., em suma, há de se perceber perfeitamente..., restando de sobejo comprovado..., pugna finalmente pelo deferimento..., diante do quanto exposto, resta incontroverso..., requerendo mais e finalmente...,
13. Palavras chaves, para retificação e/ou explicação do raciocínio: isto é, por exemplo, a saber, em verdade, aliás, a esse respeito, ou antes, ou melhor, melhor ainda, como se nota, como se viu, como se observa, com efeito, como vimos, daí por que, ao propósito, por isso, a nosso ver, de feito, temos de lembrar que, como vimos de ver, portanto, é obvio pois...
14. Palavras chaves, para enumeração, de distribuição e de continuação do raciocínio: em primeiro plano (lugar, momento), conforme anotações articuladas até esta passagem, a princípio, o princípio não pode ser visto em termos absolutos, e sim amoldando-se à realidade, em seguida, depois, depois de, finalmente, em linha gerais, nesse passo, exemplo clássico refere-se,  no geral, aqui, neste momento, desde logo, em epítome, de resto, em análise última, no caso em tela, por sua vez, a par disso, outrossim, nessa vereda, por seu turno, no caso presente, antes...
OUTROS EXEMPLOS ALUSIVOS A RECURSOS DE COESÃO TEXTUAL.
A coesão de um texto depende muito de relação entre as orações que formam os períodos e os parágrafos. Os períodos compostos precisam ser relacionados por meio de conectivos adequados, se não quisermos torná-los incompreensíveis.
Para cada tipo de relação que se pretende estabelecer entre duas orações, existe uma conjugação que se adapta perfeitamente a ela. Por exemplo, a conjugação MAS só deve ser usada para estabelecer uma relação de oposição entre dois enunciados. Porém, se houver uma relação de adição ou idéia de concessão, a conjunção deverá ser outra: EMBORA. Se não for assim, o enunciado ficará sem nexo. Por exemplo, observemos um caso inadequado da conjunção:
“Embora o Brasil seja um país de grandes recursos naturais, tenho certeza de que resolveremos o problema da fome”. Ora, nota-se que não existe a relação de oposição ou idéia de concessão que justifique a conjunção EMBORA. Como a relação é de causa-efeito, deveria ter sido usada uma conjunção causal, por exemplo:
“Como o Brasil é um país de grandes recursos, tenho certeza de que resolveremos o problema da fome.
Dessa forma, conectivos ou elementos de coesão são todas as palavras ou expressões que servem para estabelecer elos, para criar relações entre segmentos do discurso, tais como: então, portanto, já que, com efeito, porque, ora, mas, assim, daí, aí, dessa forma, isto é, embora e tantas outras. Exemplo:
Israel possui um solo árido e pouco apropriado à agricultura, porém chega a exportar certos produtos agrícolas. Neste caso, observa-se, que faz sentido o uso do, porém, já que entre os dois segmentos ligados existe uma contradição. Seria descabido permutar o, porém, pelo porque, que serve para indicar causa. Sem mais delongas:
Diversas outras para condução do raciocínio na produção de um “texto”: É de verificar-se... -, Não se pode olvidar -, Não há de olvidar-se... -, como há de se verificar -, como se pode notar -, é de relevado... -, é bem verdade que... -, não há que se falar-se -, indubitável é -, não se pode perder de vista... -, convém ressalta... -, posta assim a questão... é de se dizer... -, registra-se ainda... -, bom é dizer... -, cumpre-nos assinalar... -, oportuno se torna dizer... -, mister se faz ressaltar... -, neste sentido deve-se dizer que... -, tenha-se presente que... -, inadequado seria esquecer, também... -, assinale, ainda que... -, é preciso insistir também no fato de que... -, feita essa breve digressão, voltemos... -, outras disposições... -, antes de encerramento desse assunto, cumpre ainda aludir ao disposto no...
Não é mansa e pacíficaa questão, conforme verá... -, é de opinião unívoca... -, cumpre observar preliminarmente, que... -, como me depreende... -, convém notar, outrossim, que... -, verdade seja, esta é... -, em virtude dessas considerações... -, empós as noções preliminarmente em breve trecho podemos... -, cumpre examinarmos, neste passo...  -, consoante noção cediça... -, não quer isso dizer, entretanto, que... -, ao ensejo da conclusão deste item... -, independe observar que... -, é sobremodo importante assinalar... -, a guisa (maneira/modo) de exemplo podemos citar... -, a mais das vezes, convém assinalar... -, no dizer sempre expressivo de... -, em consonância com o acatado... -, a nosso pensar... -, lembra que... -, esmero esforço...
Em sede jurídica, para transcrição de texto de lei  ou julgados dos tribunais, por exemplo: O autor tem direito baseado na lei e também na sumular do ... (STF, TST, STJ ...); O autor pede permissão para transcrever julgado de nossos tribunais que não discrepam, quanto ao tema em questão; A jurisprudência do (Colendo; Egrégio; Augusta Corte; Suprema Corte), sobre o tema se manifestou dessa forma: ...
Módulo - II
FASE PREAMBULAR - INTRODUÇÃO:
Prefacialmente cabe ressaltar...
Inicialmente faz-se necessário analisar...
Mister se faz assinalar...; esclarecer...; dizer...; posicionar...
O cerne da questão está...
O caso em tela refere-se a...
O assunto trazido à baila...
Cumpre salientar...
Com relação ao tema a que alude tal medida...
A título de esclarecimentos, importante definir...
Dispõe a lei (artigo …,) que…
Se de tudo necessário, em face de …
Razão assiste ao (a)...
Culta autoridade judiciária...
INTRODUÇÃO PARA BASE LEGAL:
A priori...
Com este entendimento, os legisladores avençaram o artigo...
Incisiva, no particular, é a súmula...
Neste diapasão, revela-se de suma importância atentar para os dizeres do artigo...
Tal argumento improcede, conforme teor contemplado na cláusula vergastada...
É clara a constituição, em cujo bojo há cláusula na qual...
Nos moldes dos dispositivos legais esculpidos na legislação processual cível...
Arrimando-se nos requisitos da norma jurídica...
Por oportuno vale ressaltar...
REFORÇO, PERSUASÃO, COESÃO:
Sucede que,
Com efeito...
Além disso…
Demais disso…
Logo...
A bem verdade...
Lado outro...
Dessa forma...
Desta feita, resta plenamente cabível...
Destarte...
Neste passo...
Neste raciocínio...
Ademais, faça-se constar...
Sublinhe-se que...
Saliente-se...
Oportuno se torna dizer que...
Concernentemente às razões de...
Ainda que, novel na profissão, busco sempre ser diligente. Por tais razões peço escusas pelo lapso presente!
OPOSIÇÃO:
Entretanto...
Ocorre que...
Inexiste, portanto, suporte fático...
Entrementes, conforme se pode verificar...
Houve uma descabida antinomia interpretativa em relação a...
Ao reverso, houve consentimento...
Antes a ausência de supedâneo legal...
Não proteção legal para a negligência e para a desídia…
CONCLUSÃO:
Postula, pois, que lhe sejam abonados os …
Em síntese...
Em derradeiro...
Por fim...
Restando de sobejo comprovado...
Pugna finalmente pelo deferimento...
Diante do quanto exposto, resta incontroverso...
Em suma, há de ser perceber perfeitamente que...
À vista do exposto, requer seja a presente...
A conclusão, pois, exsurge clara e insofismável...
Requerendo mais e finalmente...
Em razão do exposto, requer a …
Módulo - III
Oportuno ressaltar, o magistério de Regina Toledo Damião e Antonio Henrique, in verbis:
Assim sendo (valor explicativo)
Em primeiro lugar (abertura do critério enumerativo)
Em segundo lugar (sequência enumerativa)
Por seu lado (mudança de enfoque)
Assinalo, ainda (elemento de edição)
Necessário é lembrar (elemento de citação)
Também não seria possível, é evidente (elemento de afirmação)
Todavia (elemento de oposição)
Quiçá - possivelmente, mas não com certeza; talvez, porventura
E, portanto (elemento de conclusão).
Em derradeiro, considerando que o operador do Direito deve empreender bastante esforço semântico ao usar as palavras plurissignificativas. Para tanto, não deve empregar acepções que não pertencem ao jargão jurídico, ou, se o forem, mas tiverem natureza equívoca, devem ser acompanhadas de especificadores que resguardem o sentido pretendido.
“ninguém se apodera da língua e dela faz uso exclusivo”, afirma Ronaldo Caldeiras (1991:12). Logo, se a assertiva é verdadeira, da mesma forma é o fato, daí, a precisão vocabular contribuir para a eficiência do ato comunicativo jurídico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANDRÉ, Hildebrando A. de. Gramática Ilustrada 3ª edição: Editora Moderna, 1984.  
DAMIÃO, Regina Toledo e HENRIQUE, Antonio. Curso de Português Jurídico: Editora Atlas, 2000.
HORCAIO, Ivan. Dicionário Jurídico Referenciado, 2ª Edição, Editora Primeira Impressão, 2007.
Minidicionário da Língua Portuguesa. Editora MELHORAMENTO, 2000.
Minidicionário da Língua Portuguesa. Editora HOUAISS, 2009.
NASCIMENTO, Edmundo Dantés. Linguagem Forense: Editora Saraiva, 10ª edição, 8ª tiragem, 2001.
STUCHI, Victor Hugo Nazário. VADE MECUM PRÁTICA OAB – TRABALHO, 2ª edição, Editora Revista dos Tribunais, 2012.

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