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1
Aula 
01 1A
História
Introdução ao estudo 
da História
 Breve história da História
História é um vocábulo de origem grega que significa 
investigação, pesquisa. Seu surgimento está relacionado 
ao desenvolvimento das ciências e da filosofia na antiga 
Grécia, e seu primeiro grande expoente foi o escritor 
grego Heródoto de Halicarnasso (490 - 425 a. C.), con-
siderado o “pai da História”. Outro famoso precursor da 
história grega foi o ateniense Tucídides (460 - 396 a.C.), 
autor de “História da Guerra do Peloponeso”. 
Enquanto Heródoto, em sua obra “História”, demons-
trou ser pouco crítico com relação às fontes utilizadas e 
cometeu certos exageros 
em suas narrativas a 
fim de atrair o leitor, 
Tucídides desenvolveu 
um método para a inves-
tigação histórica, criticou 
Heródoto e procurou 
demonstrar aos gregos a 
importância e a utilidade 
da História.
Posteriormente, para 
os romanos, a História se 
revestiu de um caráter 
patriótico a fim de exal-
tar as conquistas e o poder de Roma. Dentre os principais 
historiadores da Roma antiga, destacaram-se Políbio 
(205 - 120 a.C.), Tito Lívio (59 a.C. - 17), Tácito (56 - 117) 
e Suetônio (70 - 122). 
No início da era cristã, a História esteve muito ligada 
à teologia e se prestou à evangelização e difusão dos 
princípios do cristianismo. Durante o período medieval 
predominou a hagiografia, histórias e narrativas de 
santos, ou seja, espécie de biografia de personagens 
canonizadas pela Igreja. Essa função religiosa da história 
ocidental na Idade Média foi superada pelo movimento 
renascentista na Idade Moderna. Ou seja, o Renasci-
mento Cultural contribuiu para o desenvolvimento de 
uma historiografia mais crítica que gradativamente foi 
rompendo com as narrativas épicas, crônicas e hagio-
grafias da época medieval e superando a antiga função 
meramente moral e religiosa. Esse processo de “amadu-
recimento” da História, com a utilização mais criteriosa 
das fontes e um enfoque mais documental, teve um 
passo decisivo no século XVIII, com o movimento ilumi-
nista, por meio do qual a História passou a ser entendida 
como o “progresso da humanidade”. O racionalismo e a 
laicização, típicos do Iluminismo, deram aos estudos de 
História um caráter mais científico, reconhecendo seu 
papel filosófico e também social.
No século XIX finalmente a História adquire o status 
de uma ciência. Destaque para Leopold Von Ranke 
(1795 - 1886), da Escola Histórica Alemã, que aperfei-
çoou o método histórico-crítico de análise das fontes. 
Nessa época predominava o Positivismo e Ranke visava 
à objetividade, supervalorizando o documento e priori-
zando os relatos dos feitos de “grandes personagens”.
Para o Positivismo (doutrina concebida por Augusto 
Comte), o historiador deveria buscar a neutralidade 
científica e seu ofício, portanto seria o de mostrar o 
passado como realmente aconteceu.
Ainda no século XIX, de-
vemos destacar a influência 
do Marxismo na historio-
grafia. O pensador alemão 
Karl Marx (1818 - 1883) 
desenvolveu o chamado ma-
terialismo histórico, teoria 
marxista se gundo a qual as 
causas últimas do desenvol-
vimento histórico não são de 
natureza ideal ou espiritual, 
mas materiais, sociais, eco-
nômicas e produtivas. Com 
base no princípio de que não é a consciência a deter minar 
a existência, mas a existência a determinar a consciência. 
 Karl Marx
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 Heródoto e Tucídides
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2 Extensivo Terceirão
Historiografia contemporânea 
e pluralidade
Atualmente os estudos de História comportam vá-
rias tendências, especializações e compartimentos. Há 
uma história das mentalidades, uma história da cultura, 
uma micro-história. Há especialistas em história da mu-
lher, em história do corpo, da criança, das lágrimas, etc. 
Historiadores econômicos. Doutores em processos in-
quisitoriais, hiperespecializações. Uma história dividida 
em muitos lotes. A Clio (musa da História) encontra-se 
despedaçada. Isto por um lado é bom, mas se deve to-
mar cuidado de não fragmentá-la em excesso, pois com 
isso se arrisca perder a visão de totalidade.
A Geografia, a Economia, a Sociologia, a Antropo-
logia, a Numis mática (estudo das moedas antigas), a 
Paleografia (estudo das escritas antigas), a Arqueologia, 
a Me dicina, os modernos métodos de datação (o carbono 
14, por exemplo) mostram cada vez mais que o estudo 
da História é interdisciplinar. A aproximação da História 
com outras ciências humanas e sociais deve-se muito a 
influentes historiadores do século XX, com os franceses 
Marc Bloch e Lucien Febvre, fundadores da Escola dos 
Annales. A expressão “Escola dos Annales” inicialmente 
designou uma revista funda da em 1929, com o intuito 
de favorecer os contatos interdisciplinares no seio das 
ciências sociais, até se tornar uma instituição universitária 
e ainda uma tendência historiográfica, de suas exigências 
metodológicas, de seu objetivo, de suas relações com as 
outras ciências do homem. A partir de sua fundação, a 
Escola dos Annales passou a influenciar marcadamente a 
produção historiográfica e evoluiu para o que chamamos 
de segunda fase ou segunda geração (1950) com outro 
importante historiador francês, Fernand Braudel. 
Na terceira geração, destaques para Jacques Le Goff 
e Pierre Nora. Com eles surge a denominação “Nova 
História”, concepção que considera que toda a atividade 
humana é história e expande, com isso, os temas pesqui-
sados (história da sexualidade, da morte, da juventude, 
do casamento..., enfim, tudo é história.)
Na quarta geração (1989), ampliam-se ainda mais 
os temas abordados pela historiografia, desenvolvendo 
e valorizando a história cultural, com destaque para os 
historiadores Georges Duby e Jacques Revel.
Tempo e História
Uma das mais importantes ferramentas para o estu-
do da História é a cronologia. Ou seja, para um melhor 
desempenho nos estudos dessa ciência é fundamental 
que tenhamos uma boa percepção do tempo histórico e 
a habilidade de localizar cronologicamente os principais 
fatos da maneira mais correta e precisa possível. 
Lembre-se de que, didaticamente, a História é dividi-
da em quatro períodos:
• Idade Antiga
• Idade Média
• Idade Moderna
• Idade Contemporânea
Saber situar-se no tempo é de grande importância 
para o historiador. É preciso não esquecer que o tem po 
é uma convenção humana e que os diversos povos o 
contaram de formas diferentes.
Os gregos antigos estabeleceram o início do calendário 
nos primeiros Jogos Olímpicos (776 a.C. na cronologia 
cristã). Já para os romanos foi o ano da fundação de Roma 
(753 a.C.). Os muçulmanos partem da Hégira (saída de Mao-
mé de Meca para Medina), que ocorreu em 622 da Era Cristã.
Na civilização Ocidental, o nascimento de Cristo é 
to mado como base para o início do calendário, mas isso 
só ocorreu em 525, graças ao abade Dionísio, o Pequeno.
A base do calendário era o elaborado à época de Júlio 
César, daí calendário Juliano, o qual tinha impre cisões. 
Para corrigir os erros, no século XVI, o Papa Gregório 
XIII formou uma equipe de estudiosos para adequar o 
calendário de acordo com o curso da Terra ao redor do 
Sol. A correção ocorreu em 1582, daí o atual calendário 
ser chamado de gregoriano.
Alguns conceitos básicos
Civilização
Na França iluminista, ser civilizado era ser culto, edu-
cado, urbano e bom. Existem conceitos diferentes de civi-
lização. Para Gor don Childe, as características essenciais 
da civilização são: as hierarquias sociais intensas, a espe-
“Infelizmente, Dionísio quase certamente che gou 
a datas erradas. O verdadeiro momento do nasci-
mento de Cristo é desconhecido e um assunto de 
imensa controvérsia até hoje, dadas as informa ções 
vagas e contraditórias disponíveis a respeito do pró-
prio início da vida de Cristo. O Evangelho de Ma-
teus afirma que ele nasceu na época de Herodes, o 
Grande, que morreu em 4 a.C. Isto significa que o 
nascimento deveter ocorrido antes desta data. Ou-
tros Evangelhos e fontes históricas sugerem datas 
entre 6 ou 7 a.C. até 7 a.D., embora a maioria dos 
historiadores se inclinem por 4 ou 5 a.C. Isto sig-
nifica que o ano 1996 ou 1997 foi provavelmente o 
verdadeiro ano 2000 no calendário anno Domini, se 
fizermos a aritmética sem o ano zero.” 
DUNCAN, David Ewing. Calendário: a epopéia da hu manidade 
para determinar um ano verdadeiro e exato. Rio de Janeiro: 
Ediouro, 1999, p. 136.
Aula 01
3História 1A
cialização, as cidades e as grandes populações; o cres-
cimento da matemática e a escrita. Samuel Huntington 
definiu civilização como uma área cultural e seu sistema 
de valores em que todos os seres integrantes comparti-
lham de um conjunto de características comuns. Já Bagby 
definiu civilização como um tipo de cultura encontrada 
em cidades. Para Toynbee, o que caracteriza uma civili-
zação é sua ampla produ ção intelectual.
Cultura
Forma comum e aprendida da vida, que compar-
tilham os membros de uma sociedade, e que consta 
da totalidade dos instrumentos, técnicas, instituições, 
atitudes, crenças, motivações e sistema de valores que 
o grupo conhece.
Conceitos marxistas
Modos de produção – conceito marxista que de signa 
uma articulação dada historicamente entre um determi-
nado nível de desenvolvimento das forças produtivas e 
as relações de produção que Ihes correspondem. Ou seja, 
é o modo como uma sociedade organiza sua produção 
econômica, as relações de trabalho, as estruturas políticas 
e que serve de critério para indicar a sucessão histórica 
dos diferentes modos de produção ao longo do tempo: 
o Comunismo Primitivo, o Modo de Produção Asiático, o 
Escravismo, o Feudalismo, o Capitalismo, o Socialismo e o 
Comunismo.
Luta de classes – A história da humanidade, com 
exceção das comunidades primitivas, tem sido a his tória 
das lutas de classes. Homens livres e escravos, patrícios 
e plebeus, senhores e servos, burgueses e proletários. 
Resumindo: exploradores e explorados, opressores e 
oprimidos.
Ideologia – Para Marx, “ideologia” designa a falsa 
consciência que os indivíduos manifestam acerca da 
realidade que os circunda, em razão das distorções 
provocadas pela posição que ocupam na estrutura de 
classes sociais. 
Testes
Assimilação
01.01.
01.01. (UDESC) – O conhecimento histórico acadêmico ou 
científico é construído, prioritariamente, por meio de práticas 
de investigação e análise. Para a construção do conhecimen-
to histórico, as fontes ou vestígios são, portanto, elementos 
fundamentais. 
Analise os itens abaixo, e coloque (V) para o que for fonte 
histórica e (F) para o que não for fonte histórica.
( ) Jornais e Revistas 
( ) Fotografias 
( ) Documentos oficiais de Estado 
( ) Cartas e documentos pessoais 
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo. 
a) V – V – V – V 
b) V – F – F – F 
c) F – V – V – V 
d) V – V – F – F 
e) F – V – V – F 
01.02. (UCS – RS) – Por muito tempo, os historiadores acredi-
taram que deveriam e poderiam reproduzir os fatos “tal como 
tinham ocorrido”. Dentre as características do conhecimento 
histórico que assim produziam, é correto afirmar que 
a) os historiadores, ao privilegiarem a realidade dos fatos, 
esperavam produzir um conhecimento científico que ana-
lisasse os processos e seus significados, abrindo espaço 
para a subjetividade humana em suas análises. 
b) era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e 
datas, que pretendia uma verdade absoluta, como forma 
de expressar a neutralidade do historiador. 
c) era uma história temática, na medida em que acreditava 
que tudo o que o homem fazia e, até mesmo o que ele 
não fazia, poderia ser considerado fato histórico. 
d) os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram 
amplamente documentados, como as festas populares 
e a cultura das pessoas ordinárias. 
e) o fundamental era compreender o funcionamento eco-
nômico da sociedade, que é o determinante de tudo e 
garante a neutralidade do historiador. 
“O termo ‘ideologia’ é amplamente utilizado, 
sobretudo por influência do pensamento de Marx, 
na filosofia e nas ciências humanas e sociais em ge-
ral, signifi cando o processo de racionalização – um 
autêntico mecanismo de defesa – dos interesses de 
uma classe ou grupo dominante. Tem por objeto 
manter coesa a sociedade apresentando o real como 
homogêneo, a sociedade como indivisa, permitindo 
com isso evitar os conflitos e exercer a dominação.”
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário bási co de 
filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p.136.
4 Extensivo Terceirão
01.03. (UECE) – Para escrever a História é necessário reunir 
fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – 
restos do passado – que ajudam a compreender um contexto 
em determinado período. Sobre as fontes documentais, é 
correto afirmar que 
a) não variam de modo algum; devem ser documentos 
escritos e registrados pela autoridade competente da 
época e do local do qual fazem parte. 
b) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de 
escrita por arqueólogos, etnólogos, paleógrafos e pale-
ontólogos. 
c) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os 
mitos populares, e diferentes tipos de imagens. 
d) são os mapas geográficos e históricos, e as linhas tem-
porais, cronologias específicas dos calendários geomor-
fológicos.
01.04. (UDESC) – Em 1921 o historiador Marc Bloch publicou 
um texto com o título Reflexões de um historiador sobre 
as notícias falsas da guerra. Conforme indica o título, neste 
texto o historiador analisa a presença das falsas notícias em 
diferentes períodos históricos. Além disso, afirma que as 
falsas notícias, ao longo do tempo, preencheram a vida da 
humanidade. O historiador indica que estas só se propagam 
se encontram, na sociedade, um ambiente favorável, pois por 
meio delas os homens acabam por expressar seus preconcei-
tos, medos, receios e várias formas de emoção. Tomando por 
base o que diz o historiador Marc Bloch, é correto afirmar que: 
a) ( ) a existência das notícias falsas deve ser compre-
endida como fenômeno histórico e a proliferação delas 
tem relação com a sociedade dentro da qual estas são 
disseminadas. 
b) ( ) a disseminação das notícias falsas é um fenômeno 
característico apenas da contemporaneidade, e indepen-
de da sociedade na qual circulam. 
c) ( ) a disseminação das notícias falsas é um caso isolado 
e não tem relação alguma com questões históricas ou 
sociais. 
d) ( ) a proliferação de notícias falsas ocorre apenas em 
instâncias pessoais e privadas, não atingindo jamais 
questões políticas ou sociais. 
e) ( ) não existem apontamentos de caráter histórico a res-
peito da existência efetiva de notícias falsas em contexto 
algum.
Aperfeiçoamento
01.05. (UFU – MG) – Objeto de estudo da nova histo-
riografia, a “(...) história da vida cotidiana e privada é 
a história de pequenos prazeres, dos detalhes quase 
invisíveis, dos dramas do banal, do insignificante, das 
coisas deixadas ‘de lado’.”
DEL PRIORI, Mary. História do cotidiano e da vida privada. In: CARDOSO, Ciro 
Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da história: ensaios de teoria e 
metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
Esse fragmento de texto aborda a inovação do conheci-
mento histórico a partir da segunda metade do século XX, 
conhecida como Nova História. Desde então, novos sujeitos 
tornaram-se objetos da pesquisa histórica, observando-se o 
seu protagonismo em diferentes esferas sociais.
Com base nessa informação, é INCORRETO afirmar que com-
puseram o novo grupo de indivíduos estudados 
a) as mulheres atenienses na Grécia clássica. 
b) os imperadores e os generais da Roma antiga. 
c) as comunidades manicomiais e as étnicas. 
d) os afrodescendentes no continente americano. 
01.06. (UEG – GO) –
Salve duque glorioso e sagrado 
Ó Caxias invicto e gentil! 
Salve, flor de estadista e soldado! 
Salve herói militar do Brasil! 
Refrão do Hino a Caxias.In: BITTENCOURT, Circe (Org.). Dicionário de datas da 
História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2007. p. 194. 
A exaltação da figura do Duque de Caxias por setores do 
Exército Brasileiro contrasta com a 
a) indiferença do governo republicano que não concedeu 
ao militar nenhuma homenagem no calendário cívico 
nacional. 
b) desconstrução de seu papel heroico por uma historio-
grafia crítica que valoriza as massas em detrimento dos 
grandes líderes. 
c) denúncia formal de crimes de guerra e de genocídios 
cometidos por Caxias durante a campanha da Guerra 
do Paraguai. 
d) valorização de sua figura na cultura popular que transfor-
mou seu nome em sinônimo de seriedade e patriotismo. 
01.07. (UECE) – História, como área do conhecimento, 
possui, hoje, especificidades que a definem, dentre as quais 
encontra-se a característica de 
a) ater-se apenas a documentos escritos, não aceitando 
como fonte outros tipos de informação tais como infor-
mações originadas na oralidade ou produzidas pela mídia. 
b) não se ater apenas aos fatos realizados por governantes e 
poderosos, tomando os eventos cotidianos e as práticas 
sociais como importantes temas históricos. 
c) entender o tempo histórico e o tempo cronológico como 
iguais, uma vez que ambos são caracterizados por ter 
medidas constantes e exatas de tempo. 
d) reconhecer apenas grandes eventos documentados 
oficialmente como um fato histórico. 
01.08. (UECE) – Os marcos utilizados pela História que 
delimitam o início e o fim de períodos históricos reúnem 
características que determinaram rupturas significativas em 
relação a uma fase precedente. Estabeleça a correspondência 
entre os períodos históricos e os acontecimentos que os ca-
racterizam, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.
Aula 01
5História 1A
Coluna I
1. História Contemporânea
2. História Moderna
3. História Medieval
4. História Antiga
5. Pré-História
Coluna II
( ) Invenção da escrita
( ) Descoberta da América
( ) Revolução Industrial
( ) Fim do Império Romano 
do Ocidente 
( ) Revolução urbana
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 5, 3, 2, 1, 4. 
b) 4, 2, 1, 3, 5. 
c) 2, 4, 3, 1, 5. 
d) 3, 2, 4, 5, 1. 
01.09. (UFU – MG) – Enfim, sabemos que a “história 
nacional” e a “cultura brasileira” não eram entidades 
naturais. E todo o esforço dos homens de letras foi o 
de transformar determinados valores, personagens, 
sentimentos e acontecimentos em tradições que deve-
riam por sua vez ser experimentadas e guardadas como 
entidade natural. Se essas tradições correspondiam ou 
não à verdade dos acontecimentos não importa, nem 
constitui uma questão, na medida em que elas não vi-
savam a descrever uma realidade, mas sim conferir-lhe 
um sentido, bem como produzir a solidariedade social e 
viabilizar um projeto coletivo, de nação e de República. 
DANTAS, Carolina Vianna. Cultura história, República e o lugar dos descendentes de 
africanos na nação. In: ABREU, Martha; SOIHET, Rachel e GONTIJO, Rebeca (orgs.). 
Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 245 (Adaptado).
A transição para a República, no Brasil, também foi marcada 
por “batalhas de memórias” e pela criação e recriação de 
mitos políticos entre os grupos políticos que procuravam 
afirmar seu poder. Esta dimensão simbólica pode ser ainda 
exemplificada 
a) pela forte expansão do positivismo que pode ser exem-
plificada pelo grande número de igrejas positivistas na 
cidade do Rio de Janeiro. 
b) pela reabilitação de personagens importantes do período 
colonial que eram identificados com a causa republicana, 
como Tiradentes. 
c) pelo esvaziamento das forças militares responsáveis pela 
Proclamação, cada vez mais vistas como retrógradas e 
incapazes de promover o republicanismo. 
d) pelo afastamento ideológico em relação aos países do 
continente americano, os quais, com exceção dos Estados 
Unidos, eram vistos como repúblicas frágeis e atravessa-
das por conflitos internos. 
01.10. (UFRGS) – Leia o segmento abaixo.
Nossa história colonial não se confunde com a conti-
nuidade do nosso território colonial.
ALENCASTRO, L.F. O trato dos viventes; formação do Brasil no Atlântico sul. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 9.
Considerando a história brasileira, assinale a alternativa 
correta.
a) A realidade territorial do Brasil foi definida exclusivamente 
em tratados diplomáticos, estabelecidos durante os con-
flitos entre Portugal e Espanha. 
b) A compreensão da história brasileira exige o entendi-
mento das relações sociais e econômicas, mantidas pelos 
colonos com a África e com a Europa. 
c) A história da formação do Brasil é independente da relação 
comercial entre as diversas regiões do território brasileiro. 
d) A ocupação da zona litorânea e a do interior do Brasil 
foram simultâneas. 
e) O território do Brasil colonial é desimportante para o 
estudo da história brasileira. 
Aprofundamento
01.11. (UDESC) – É prática comum nos programas escolares 
a delimitação de datas que marcam o início e, muitas vezes, 
o fim de processos históricos. No caso da História do Brasil, 
o ano de 1500 recebe bastante atenção. 
A respeito do ano de 1500 como início oficial da História do 
Brasil, analise as proposições. 
I. A definição de datas como marcos históricos tem impli-
cações políticas, uma vez que elege certos eventos como 
fundamentais. No caso da História do Brasil, a ênfase no 
ano de 1500 ressalta a importância atribuída à chegada 
dos europeus para a constituição da história brasileira. 
II. Ao definir o ano de 1500 como marco inicial para a 
História do Brasil, corre-se o risco de desconsiderar a 
importância da história, as características e os costumes 
dos vários grupos indígenas que já habitavam o território, 
que seria posteriormente conhecido como Brasil. 
III. A definição do ano de 1500, como marco para o início 
oficial da História do Brasil, foi resultado de uma série de 
demandas populares que reivindicavam a possibilidade 
de opinar a respeito da oficialização da História Nacional. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
d) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
e) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
01.12. (UERN) – Leia os textos.
Tão objetiva é a História para os positivistas que um 
de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de 
fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a ne-
cessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa 
e análise o máximo de documentos possíveis.
(Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html.)
6 Extensivo Terceirão
A nova história não estuda épocas. [...] Aqui reside 
o conceito de “História de Longa Duração”. Segundo 
Braudel, a história situa-se em três escalões: a super-
fície, uma história dos acontecimentos que se insere 
no tempo curto; a meia encosta, uma história conjun-
tural, que segue um ritmo mais lento; e, em profun-
didade, uma história de longa duração, que põe em 
causa os séculos.
(Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html.)
Os textos expõem duas concepções historiográficas: Positivis-
ta e da Nova História, ou Escola dos Annales. Ao analisá-los, 
é possível inferir que 
a) ambos concordam que a história é um verdadeiro 
exercício de erudição, acima de qualquer ciência e dos 
progressos da humanidade. 
b) para os positivistas, a história é uma ciência secundária, 
embora consiga obter a totalidade sobre todos os fatos 
não deixando dúvidas no que se refere à sua veracidade. 
c) os historiadores tradicionais pensam na história como 
essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, 
enquanto a Nova História está mais preocupada com a 
análise das estruturas. 
d) a busca dos fatos, segundo os representantes dos Annales, 
é feita pela observaçãominuciosa dos textos e documen-
tos oficiais, da mesma maneira que o químico, ou outro 
cientista, o faz. 
01.13. (UDESC) – A História, segundo o historiador Marc 
Bloch, pode ser definida como a ciência do homem no 
tempo. Quando estudada em instituições escolares, ela é, 
comumente, dividida em: Idade Antiga, Idade Medieval, 
Idade Moderna e Idade Contemporânea. 
Sobre este modelo de organização do tempo histórico em 
períodos ou idades, analise as proposições.
I. O modelo acima foi instituído na Grécia durante o século 
IV a.C. por Aristóteles que, na época, assumia as funções 
de tutor de Alexandre da Macedônia. 
II. A adoção deste modelo demonstra o forte vínculo exis-
tente entre os programas escolares de história e a tradição 
europeia, na medida em que as idades são organizadas 
a partir de processos ocorridos majoritariamente no 
Continente Europeu. 
III. O modelo citado foi desenvolvido e institucionalizado 
em 1837, pelo Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, 
e refere-se, exclusivamente, aos processos ocorridos a 
partir do Descobrimento do Brasil, em 1500. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
b) Somente a afirmativa III é verdadeira. 
c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
e) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
01.14. (FEMPAR – PR) – O cristianismo trouxe uma concepção 
de devir histórico linear, uniforme, que, estendendo-se da 
Criação até o Juízo Final, foi adaptada em forma secular pelo 
moderno pensamento histórico [...] A articulação em Anti-
guidade – Idade Média – Idade Moderna foi enunciada pelo 
alemão Cristoph Cellarius (1634–1707); de início, correspondia 
à interpretação e valorização pelos humanistas de uma história 
cultural europeia ocidental. Ao final do século XIX [...] afirmou-
-se no mundo ocidental uma divisão baseada em grandes 
marcos ou eventos, que se denomina “periodização clássica”.
In
te
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its
®
A B C D E
Uma referência cronológica
4000 476 1453 1789
era cristã
1
Considere o texto, a linha do tempo e seus conhecimentos 
de História para avaliar as afirmativas.
( ) A Idade Antiga, por ter maior duração, disponibiliza ao 
historiador maior número de fontes históricas escritas 
do que a Idade Moderna, que compreende pouco mais 
de 3 séculos. 
( ) Enquanto o ano 1 marca, na periodização clássica, o 
tempo decorrido depois de Cristo (d.C.), a Civilização 
Islâmica tem o início de seu calendário no ano 622, 
quando ocorreu a hégira, a retirada do profeta Maomé 
de Meca para Medina. 
( ) O ano de 476, data da queda do Império Romano do 
Ocidente, marca um período de instabilidade (com 
triunfo dos germânicos e conflitos entre eles) e de uma 
economia de base rural, com antigos escravos e colo-
nos transformados em servos da gleba, na estrutura 
feudal que foi sendo definida. 
( ) A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos 
ocorreu em 1453, no século XV. A data marca o fim da 
Idade Média, quando estava em marcha a expansão 
das cidades e o capitalismo comercial, ao qual se vin-
cula o movimento das Grandes Navegações, cujo ob-
jetivo inicial era o comércio de especiarias diretamente 
nas fontes. 
( ) No ano de 1789 teve início a Revolução Francesa. A data 
marca o início da Idade Contemporânea, com a redação 
da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 
que consagrava o igualitarismo no plano econômico e a 
defesa da república como forma de governo. 
01.15. (UEL – PR) – Leia o texto a seguir.
Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de 
ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c 
brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tan-
nhäuser. Todos esses momentos se perderão no tem-
po, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.
(Disponível em: <https://pt.wikiquote.org/wiki/Blade_Runner>. Acesso em: 11 jul. 
2017.)
Aula 01
7História 1A
Esta é uma fala do androide Roy que queria eliminar Decard, 
no filme Blade Runner, o Caçador de Androides (1982), diri-
gido por Ridley Scott. No entanto, no combate, Roy o salvou 
da morte. Essa reflexão apresenta a noção de uma existência 
construída por múltiplas experiências as quais, que por serem 
as memórias de Roy, se perderiam para sempre.
Com base nos conhecimentos hoje predominantes sobre os 
fundamentos da história, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) 
às afirmativas a seguir.
( ) A História privilegia, nos seus estudos, as experiências 
coletivas dos grandes grupos humanos, excluindo a 
vida do indivíduo comum.
( ) A historiografia desconsidera a memória oral para re-
gistrar as formas culturais de compreensão do mundo.
( ) Nos museus e cemitérios, descansam os personagens 
históricos cujas ideias não mais afetarão os vivos.
( ) Memória e história são noções diferentes, mas se com-
plementam e interagem quando depoimentos orais 
são registrados em documentos.
( ) Um fato histórico gera uma diversidade de documentos, 
e as interpretações sobre ele ressignificam o seu teor.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a 
sequência correta. 
a) V, F, F, V, F 
d) F, F, F, V, V 
b) V, F, V, F, V 
e) F, V, V, F, V 
c) V, V, F, V, F 
01.16. (FPP – PR) – Leia o trecho da entrevista feita por 
Fernanda da Escóssia, jornalista da BBC Brasil, ao diplomata 
Alberto Costa e Silva sobre seus estudos sobre a História da 
África e considere as afirmações a seguir:
[...] Era como se o negro surgisse no Brasil, como se fosse 
carente de história. Nenhum povo é carente de história. E a 
história da África é uma história extremamente rica e que teve 
grande importância na história do Brasil, da mesma maneira 
que a história europeia. 
De maneira geral, quando se estuda a história do Brasil, o 
negro aparece como mão de obra cativa, com certas exceções 
de grandes figuras, mulatos ou negros que pontuam a nossa 
história. O negro não aparece como o que ele realmente foi, 
um criador, um povoador do Brasil, um introdutor de técnicas 
importantes de produção agrícola e de mineração do ouro. [...] 
[...] Os primeiros fornos de mineração de ferro em Minas Gerais 
eram africanos. Fizemos uma história de escravidão que foi vio-
lentíssima, atroz, das mais violentas das Américas, uma grande 
ignomínia e motivo de remorso. Começamos agora a ter a noção 
do que devemos ao escravo como criador e civilizador do Brasil. 
Quando o ouro é descoberto em Minas Gerais, o gover-
nador de Minas escreve uma carta pedindo que mandas-
sem negros da Costa da Mina, na África, porque “esses 
negros têm muita sorte, descobrem ouro com facilidade”. 
Os negros da Costa da Mina não tinham propriamente 
sorte: eles sabiam, tinham a tradição milenar de explora-
ção de ouro, tanto do ouro de bateia dos rios quanto da 
escavação de minas e corredores subterrâneos. Boa parte 
da ourivesaria brasileira tem raízes africanas [...].
Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151120_
entrevista_historiador_fe_ab?ocid=socialflow_facebook%3FSThisFB>.
I. No trecho apresentado da entrevista é possível destacar a 
necessidade de um aprofundamento da história africana 
para uma melhor compreensão da história brasileira. 
II. Para Alberto Costa e Silva, de um modo geral, a história 
brasileira não tem considerado os africanos como intro-
dutores de técnicas de produção agrícola e de exploração 
de ouro. 
III. O diplomata Alberto Costa e Silva não apresenta nenhum 
exemplo de documento histórico para firmar o ponto de 
vista que defende na entrevista. 
IV. Segundo os estudos de Alberto Costa e Silva, é possível 
vincular as técnicas de extração de ouro em Minas Gerais 
no período colonial às técnicas usadas na exploração 
desse mesmo minério na Costa da Mina africana. 
São CORRETAS apenas as afirmações: 
a) I, II e IV. 
b) I.
c) II e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
01.17. (PUC – SP) – “As fugidias confissões que os inqui-
sidores tentavam arrancar dos acusados proporcionam 
ao pesquisador atual as informaçõesque ele busca – 
claro que com um objetivo totalmente diferente. Mas, 
enquanto lia os processos inquisitoriais, muitas vezes 
tive a impressão de estar postado atrás dos juízes para 
espiar seus passos, esperando, exatamente como eles, 
que os supostos culpados se decidissem a falar das 
suas crenças.”
Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 283-
284. Adaptado. 
O texto aponta semelhanças entre a expectativa do in-
quisidor, que colhia os depoimentos daqueles que eram 
julgados pelo Santo Ofício, e a expectativa do pesquisador, 
que, séculos depois, analisa os processos inquisitoriais. O 
“objetivo totalmente diferente” de cada um deles pode ser 
assim caracterizado: 
a) enquanto o inquisidor desejava salvar a alma do acusado, 
por meio da expiação de seus pecados, o pesquisador 
consegue descobrir, no depoimento, a verdade completa 
e absoluta sobre o período. 
b) enquanto o inquisidor ampliava os limites da fé cristã, ao 
perdoar os erros do acusado, o pesquisador consegue 
identificar a fé superior do membro da Igreja e os pecados 
cometidos pelos réus. 
c) enquanto o inquisidor pretendia obter, do acusado, uma 
confissão ou o reconhecimento de culpa, o pesquisador 
deseja encontrar, no processo, indícios que o ajudem a 
compreender aquela experiência histórica. 
d) enquanto o inquisidor assumia uma atitude de tolerância 
e respeito perante o acusado, o pesquisador penetra 
indevidamente na intimidade dessas duas pessoas. 
8 Extensivo Terceirão
01.18. (CFTMG) – Nem sempre a memória de Vargas 
recebeu tratamento tão nobre. Em primeiro lugar, por-
que se trata de um personagem bastante ambíguo – se 
por um lado contribuiu com inegáveis avanços para o 
desenvolvimento do país, por outro liderou um período 
autoritário e de repressão política em seu primeiro go-
verno (1930-1945). Além disso, no último meio século, 
o Brasil atravessou grandes mudanças políticas e insti-
tucionais. À experiência democrática iniciada em 1946 
sucederam-se, a partir de 1964, vinte anos de ditadura 
militar, até que em 1985 se iniciasse novo processo de 
construção democrática. Para cada um desses momentos 
veio à tona um Vargas diferente.
(FERREIRA, Maria de Moraes. Vargas para todos os gostos. Revista de História. Rio de 
Janeiro, Biblioteca Nacional, ano 3, n. 35, p. 14-19, ago. 2008.)
A memória de Getúlio Vargas ganha interpretações diversas 
porque sua ambiguidade permite que, em momentos histó-
ricos distintos, seja apropriada de maneiras variadas.
Sobre essas duas proposições, é correto afirmar que
a) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. 
b) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. 
c) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
d) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
Desafio
01.19. (UFSC) – O jovem Alexandre conquistou a Índia. 
Sozinho? 
César bateu os gauleses. 
Não levava sequer um cozinheiro? 
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada nau-
fragou. 
Ninguém mais chorou? 
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos. 
Quem venceu além dele? 
Cada página uma vitória. 
Quem cozinhava o banquete? 
A cada dez anos um grande homem. 
Quem pagava os gastos? 
BRECHT, Bertolt. Perguntas de um trabalhador que lê. In:____. Poemas. Tradução de 
Paulo Cesar Souza. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 167.
Em relação a fontes e escrita da história, é CORRETO afirmar 
que: 
01) por muito tempo as pesquisas históricas privilegiaram 
as fontes escritas, mas atualmente entende-se que todo 
tipo de registro dos atos e pensamentos da sociedade 
pode ser usado como fonte para a escrita da história, 
como, por exemplo, utensílios domésticos, vestuário, 
fotografias, monumentos ou mesmo registros orais. 
02) a escrita da história depende da análise de fontes e da 
interpretação de quem a analisa, por isso ela deve ser 
entendida como uma versão. 
04) a forma de dividir a história em quatro grandes épocas – 
antiga, média, moderna e contemporânea –, apesar de 
ser um invento europeu, deve ser empregada para o en-
tendimento do processo histórico dos diferentes povos 
do mundo. 
08) os conceitos de tombamento e patrimônio imaterial fo-
ram instituídos como forma de preservar bens dos mais 
variados, materiais e imateriais, como fotografias, livros, 
imóveis, cidades, receitas culinárias, que sejam consi-
derados importantes para a memória coletiva. 
16) apesar da ampliação da noção de documentos histó-
ricos, os documentos oficiais ainda são tomados pelos 
historiadores como as únicas legítimas fontes para o 
conhecimento histórico. 
32) os estudos históricos da atualidade procuram dar voz 
a diferentes sujeitos, como mulheres, trabalhadores 
rurais, crianças etc.; no entanto, as pesquisas sobre o 
passado ainda têm maior concentração nas ações dos 
reis, generais, comandantes de revoltas e revoluções, 
pois são os atos dos grandes governantes e líderes que 
modificam o rumo dos acontecimentos. 
Gabarito
01.01. a
01.02. b 
01.03. c
01.04. a
01.05. b
01.06. b
01.07. b
01.08. b
01.09. b
01.10. b
01.11. a
01.12. c
01.13. e
01.14. F – V – V – V – F
01.15. d
01.16. a
01.17. c
01.18. c
01.19. 11 (01 + 02 + 08)
9História 1A
1B1A
História
Primeiras civilizações I – 
Mesopotâmia
Aula 02
Os gregos denominaram a região do vale dos rios Tigre 
e Eufrates de Mesopotâmia, ou seja, “terra entre rios”. As 
diversas civilizações que se estabeleceram na Mesopo-
tâmia desenvolveram-se numa área que corresponde, 
aproximadamente, ao atual estado do lraque. O Tigre e o 
Eufrates nascem nas montanhas da Armênia, desaguan-
do separadamente no Golfo Pérsico, formando o canal de 
Chat al-Arab. O clima era extremamente quente e seco 
mas as inundações eram frequentes. O solo, se não fosse 
trabalhado convenientemente, era árido e improdutivo e 
a única riqueza era a argila. Quase não havia minerais e 
nem pedras e as árvores eram poucas. Apesar destas difi-
culdades climáticas e ambientais, foi nessa região que os 
primeiros agrupamentos humanos abandonaram a vida 
nômade (deslocamento em busca de recursos naturais), 
fixando-se geograficamente em um território delimitado 
e com características culturais e econômicas próprias, 
dando origem às primeiras civilizações. O solo pobre 
tornou-se cultivável graças à capacidade do homem de 
modificar a natureza. Foi exatamente a necessidade de, 
por um lado, controlar a força das cheias para evitar a 
destruição e, por outro, a de irrigar o solo árido 
que possibilitou a união de diversas tribos que, 
organizando o trabalho coletivo, deram origem 
às primeiras civilizações. A Suméria é conside-
rada a região mais remotamente habitada da 
Mesopotâmia (cerca de 3.000 a.C.) e, portanto, 
os sumerianos, os responsáveis por lançarem 
as bases da civilização nessa região há mais 
de cinco mil anos. Foram eles os inventores da 
roda, os pioneiros da escrita (estilo cuneiforme) 
e dos primeiros cálculos matemáticos, tão 
necessários para o desenvolvimento de uma 
complexa engenharia de construção de canais 
de irrigação e de barragens para conter a vio-
lência das águas durante as cheias. O regime 
periódico de cheias destes rios possibilitou ao 
homem o desenvolvimento da agricultura, o 
processo de sedentarização e a consequente 
revolução urbana, ocorrida na Baixa Mesopotâ-
mia em fins do século IV e começo do III milênio 
a.C. As principais mudanças provocadas pela revolução 
urbana foram: 
 • sociedade dividida em camadas sociais e dirigida por 
uma elite política, militar e religiosa;
 • imposição de tributos e construção de templos e 
edifícios públicos gigantescos;
 • desenvolvimento do comércio e do artesanato;
 • surgimento da escrita em função das necessidades 
comerciais.
Com o processo de sedentarização do homem e com 
o surgimento da agricultura e das primeiras cidades, 
podemos reconhecer nas estruturas de organização das 
primeiras civilizações do Antigo Oriente (Mesopotâmia 
e Egito), as características que compõem o que Marx 
chamou Modo de ProduçãoAsiático: 
 • a propriedade da terra é do Estado. A posse da terra 
é comunitária; 
 • a base social era formada por comunidades aldeãs, 
com maioria composta de camponeses; 
 • o grupo social dominante identificava-se com o 
Estado, pois exigia e arrecadava tributos;
 • graças aos excedentes acumulados, o Estado podia 
realizar as grandes obras públicas.
Conforme você pode constatar observando o mapa 
acima, foi na região do chamado “Crescente Fértil” que 
ocorreu o surgimento das primeiras sociedades organi-
zadas. Foi nas margens dos grandes rios que o homem 
O Crescente Fértil
M
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e 
So
uz
a
10 Extensivo Terceirão
desenvolveu a agricultura e deu origem às mais antigas 
civilizações que influenciaram a história ocidental: Egíp-
cia, no nordeste da África; Sumeriana, Babilônica e Assíria, 
dentre outras, na antiga Mesopotâmia; Fenícia, a leste do 
Mediterrâneo, e Hebraica, na região da Palestina.
 Economia e sociedade 
A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do 
III milênio a.C., baseava-se na agricultura de irrigação. 
Plantavam-se cereais como a cevada, o trigo, o linho e 
o gergelim (sésamo, de onde se extraía o azeite para 
alimentação e iluminação). Cultivava-se ainda uma 
variedade muito grande de legumes, raízes e árvores 
frutíferas. A criação de carneiros, burros, bois, gansos e 
patos era também bastante utilizada. Os instrumentos 
de trabalho eram rudimentares, em geral feitos de pedra, 
madeira e barro. O bronze foi introduzido na segunda 
metade do terceiro milênio a.C., porém a verdadeira 
revolução ocorreu com a sua utilização, isto já no final 
do segundo milênio antes da Era Cristã. Acredita-se 
que quase todos os meios de produção estavam sob o 
controle do Estado e dos templos. O templo era o centro 
que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo 
com as necessidades, além de proprietário de boa parte 
de todas as terras: é o que se denomina cidade-templo. 
Administradas por uma corporação de sacerdotes, as ter-
ras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues 
aos camponeses para o cultivo. Cada família recebia um 
lote de terra e devia entregar ao templo uma parte da 
colheita como pagamento pelo uso útil da terra. No II 
milênio a.C., há indícios da existência de propriedades 
privadas, pequenas, mas numerosas. No primeiro milê-
nio a.C., os templos passaram a ter novamente um papel 
fundamental na economia. Ao que tudo indica, portan-
to, coexistiu a propriedade privada da terra com a maior 
parcela das propriedades que pertenciam ao Estado.
 Organização política 
Em função da posição geográfica e por ter solos rela-
tivamente férteis, a antiga Mesopotâmia atraiu diversos 
povos e foi intensamente disputada pelas tribos semitas 
nômades e vindas do Deserto da Arábia. Além dos pio-
neiros sumerianos, merecem destaque os assírios e os 
babilônios. Esses povos chegaram a constituir grandes 
impérios exercendo, durante um determinado período, 
sua hegemonia e conquistando territórios ocupados por 
outros povos da região, como acadianos, hititas, cassitas, 
etc. Ou seja, diversos povos procuraram se estabelecer 
às margens dos grandes rios e disputaram o controle 
das terras mais férteis, provocando conflitos militares 
ao longo do terceiro e segundo milênios antes da era 
cristã. Na Mesopotâmia predominou a organização 
política descentralizada com a formação de diversas 
cidades-estados independentes. A primeira cidade 
que conseguiu estabelecer controle sobre a totalidade 
da Suméria foi Kish. Mais tarde, Kish, Ur e Uruk travaram 
renhida luta pela hegemonia na região. Após um período 
de domínio dos elamitas (viviam no sudoeste do atual 
Irã), os sumerianos voltaram a gozar de independência. 
O governante chamado de Patesi ou Lugal represen-
tava as divindades, governando em nome delas. A 
unificação da Mesopotâmia só foi conseguida por volta 
de 2340 a.C., no reinado de Sargão, patesi da cidade de 
Acad. O domínio acadiano chegou ao fim com a invasão 
dos gútios, que exerceram sua influência por meio século. 
Expulsos os gútios, por volta de 2100 a.C., Ur-Nammu, 
de Ur, reunificou a região sob o controle dos sumérios. 
Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates 
e promoveu a compilação das leis do direito sumeriano.
Por volta de 2004 a.C., os elamitas invadiram a 
Mesopotâmia, dominando-a por um longo período. Os 
amoritas, vindos do Deserto da Arábia, estabeleceram-
-se na Babilônia, que, com o tempo, converteu-se em 
um importante centro comercial, devido à sua locali-
zação privilegiada. A antiga Babilônia está situada a 
aproximadamente 75 quilômetros da moderna Bagdá. 
O grande monarca babilônico foi Hamurabi, que gover-
nou de 1792 a.C. a 1750 a.C. Além de ter expandido seus 
domínios, destacou-se como administrador e legislador. 
Foi o monarca responsável pela organização do primeiro 
código de leis escrito de que se tem notícia na história 
da humanidade. O Código de Hamurabi compunha-
-se de 282 artigos escritos em caracteres cuneiformes. 
Nele, havia artigos sobre família, comércio, propriedade, 
herança, escravidão, Direito Penal (Princípio de Talião: 
“olho por olho, dente por dente”) que variava de acordo 
com a categoria social do infrator e da vítima. O Código 
protegia a propriedade privada e os interesses dos 
donos de escravos.
 Entre os sumerianos, os templos desempenhavam um papel vi-
tal. Observe na foto as ruínas do zigurate (templo constituído 
de várias plataformas superpostas, com rampas laterais ascen-
dentes) de Uruk.
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Aula 02
11História 1A
O Império Babilônico foi atacado por vários povos. 
Os cassitas dominaram a região por quatro séculos, até 
serem suplantados pelos assírios. A partir do século VIII a.C. 
ocorreu o grande expansionismo do Império Assírio. Os 
assírios se destacaram por terem constituído o primeiro 
grande exército organizado da História, com recrutamento 
obrigatório e expandido seus domínios territoriais por toda 
a Mesopotâmia, incluindo, também, a Fenícia e a Palestina, 
chegando até o delta do Nilo no Egito e atingindo seu 
apogeu no reinado de Assurbanípal (669 a.C. - 631 a.C.). 
Os assírios fizeram da guerra sua atividade principal. Eram 
despóticos e submetiam os vencidos a horríveis tormentos. 
Fundaram a cidade de Nínive, que se tornou a sede de seu 
poderoso Império. Minado pela crise interna e pelos levan-
tes dos povos conquistados, o Império Assírio desmoronou. 
O rei da Média Ciaxares e o príncipe caldeu Nabopolassar 
(que havia ocupado a Babilônia) uniram-se contra os assí-
rios. A orgulhosa cidade de Nínive caiu no ano de 612 a.C. 
Posteriormente, os caldeus, semitas originários da 
Arábia, impuseram-se na região. O Império Caldeu, com 
capital na Babilônia, construído por Nabopolassar e con-
solidado por Nabucodonosor lI, conquistou praticamente 
todo o Oriente Próximo. O Rei Nabucodonosor II conquis-
tou a Palestina e levou os judeus cativos para a Babilônia 
[587 a.C.]. Nabucodonosor II construiu os famosos Jardins 
Suspensos da Babilônia, considerados pelos gregos uma 
das sete maravilhas do mundo antigo. Também recons-
truiu o Zigurate de Etemenanki (mais de 90 metros de altu-
ra), que dera origem ao episódio bíblico da Torre de BabeI. 
Após a sua morte, o império entrou em decadência, sendo 
conquistado por Ciro, rei dos persas. A partir de 539 a.C., 
 as sociedades da Mesopotâmia converteram-se em 
populações sob o domínio do Império Persa. Mais tarde, 
Alexandre da Macedônia conquistou a região.
 Religiosidade 
De uma forma geral, os povos mesopotâmicos tinham 
uma visão nada otimista da vida além-túmulo. Para os su-
merianos, a alma não passava de uma sombra errante que 
vagava nas trevas. Os mesopotâmicos, diferentemente dos 
egípcios, preocupavam-se pouco com os mortos, pois não 
acreditavam na vida após a morte. Os deuses e deusas 
deveriam ajudar os homens a enfrentarem as vicissitudes 
deste mundo. Cada ser humano tem um deus e uma deusa, 
dos quais espera proteção. Havia uma grande quantidadede deuses e deusas ligados aos astros, às forças cósmicas 
e da natureza. Dos deuses locais, sobressaíam-se Marduk, 
elevado por Hamurabi à categoria de principal divindade da 
Mesopotâmia. Os povos mesopotâmicos acreditavam em 
várias lendas e mitos. O herói mais famoso foi Gilgamesh, 
forte e belo, que “não deixava nenhuma virgem para o seu 
amado”. Interessante é a lenda do Dilúvio, também referida 
na epopeia de Gilgamesh, na qual o deus Enlil se desgostou 
da humanidade e resolveu destruir tudo com uma grande 
inundação. Acontece que o deus Ea achou a punição muito 
rigorosa e avisou o seu mortal predileto, Utnapishtim, que 
construiu um barco e nele colocou a sua família e casais 
de todas as criaturas vivas. O barco resistiu à tempestade 
por seis dias e seis noites. No sétimo dia, quando as águas 
baixaram, Utnapishtim desembarcou e fez saírem seus 
passageiros. 
 Escrita 
Os sumerianos escreviam com estiletes sobre tabletes 
de argila úmida. No início, a escrita suméria era claramente 
pictórica; mais tarde, os símbolos desenhados passaram a 
representar sons. Os sumérios – e, mais tarde, os babilô-
nicos e assírios, que falavam acadiano – fizeram extenso 
uso da escrita cuneiforme. Vale lembrar que a escrita 
desenvolveu-se na Mesopotâmia pela necessidade práti-
ca de se manterem assentamentos e registros comerciais.
La
tin
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oc
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Co
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Ar
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Lu
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Artes 
O zigurate, torre de vários andares, foi a construção 
característica das cidades-estados sumerianas. Desta-
caram-se ainda os palácios, templos e fortificações. Nas 
construções, empregavam-se argila, ladrilhos e tijolos. 
Tanto a escultura quanto a pintura eram fundamental-
Art. 21 – Se alguém abrir um buraco em uma casa 
(invasão para roubar), deverá ser condenado à morte 
em frente ao buraco e ser enterrado. Art. 22 – Se al-
guém estiver cometendo um roubo e for pego, deve-
rá ser condenado à morte. Art. 148 – Se um homem 
tomar uma esposa e ela for atacada por alguma do-
ença; se desejar, então tomar uma segunda esposa, 
ele não deverá expulsar sua esposa, que foi atacada 
por uma doença, mas mantê-la na casa que construí-
ram e sustentá-Ia pelo resto da vida. Art. 195 – Se um 
filho bater em seu pai, suas mãos serão cortadas. Art. 
200 – Se um homem quebrar os dentes de um seme-
lhante, seus dentes deverão ser quebrados.
12 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
02.01. (UNISC – RS) – Em 1988 era promulgada, no país, 
a nossa atual Constituição, rotulada como carta cidadã. 
O histórico das constituições no mundo contemporâneo 
tem marcos como a inglesa de 1688, a francesa do período 
jacobino e a norte-americana da Guerra da Independência. 
No Brasil, o histórico das constituições revela as mudanças 
políticas do Império, da República, do período getulista, do 
regime militar e das redemocratizações. Essa cultura política 
contemporânea não encontra paralelo no passado mais an-
tigo. Na antiguidade, inexistia essa prática constitucional da 
relação entre Estado e sociedade, o que havia eram códigos 
comportamentais, destinados à preservação das cidades 
ou à relação com os deuses. Nesse sentido, a mais antiga lei 
escrita da antiguidade que se tem registro é
a) a Lei das Doze Tábuas, da Roma antiga.
b) o Código de Hamurabi, da Mesopotâmia.
c) o Papiro de Harris, da China antiga.
d) o Código Canônico, dos pais apostólicos.
e) a Lei dos Faraós, do Egito antigo.
02.02. As civilizações antigas localizadas no Oriente Médio 
basicamente se dividem em três: egípcia, mesopotâmica 
e hebraica. Sobre essas civilizações e suas características 
comuns, é correto afirmar que: 
a) suas relações sociais eram baseadas no princípio da 
igualdade de todos os cidadãos perante os deuses. 
b) se desenvolveram na região do crescente-fértil, nas pro-
ximidades de rios. 
c) nelas existia uma teocracia absoluta baseada no comércio 
marítimo. 
d) suas religiões primavam por uma vida após a morte, com 
castigos ou recompensas eternas. 
e) contavam com códigos de leis brandos e desprovidos de 
ética religiosa. 
02.03. (UECE) – O código de Hamurabi é o mais famoso e 
orgânico código de leis existente, cujo significado não é o 
de uma medida legislativa, visto conter dúvidas a respeito 
da aplicação concreta de suas disposições nos veredictos 
judiciais.
No que diz respeito a esse código, é correto afirmar que
a) buscava demonstrar quão bem organizado e bem gover-
nado seria o reino sob o comando do monarca. 
b) precedia os veredictos judiciais, buscando promulgar 
novas disposições. 
c) tornava o rei dependente da tradição inaugurada por 
Ur-Nammu, fundador da terceira dinastia de Ur. 
d) considerava a possibilidade de uma medida legislativa ser 
um instrumento de debilidade da realeza. 
02.04. (UNESP – SP) –
129. Se a esposa de alguém for surpreendida em fla-
grante com outro homem, ambos devem ser 
amarrados e jogados dentro d’água, mas o mari-
do pode perdoar a sua esposa, assim como o rei 
perdoa a seus escravos. [...]
133. Se um homem for tomado como prisioneiro 
de guerra, e houver sustento em sua casa, mas 
mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, 
esta mulher deverá ser judicialmente condenada 
e atirada na água. [...]
135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e 
não houver quem sustente sua esposa, ela deve-
rá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais 
tarde o marido retornar e voltar a casa, então a 
esposa deverá retornar ao marido, assim como 
as crianças devem seguir seu pai. [...]
138. Se um homem quiser se separar de sua esposa 
que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quan-
tia do preço que pagou por ela e o dote que ela 
trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir.
(www.direitoshumanos.usp.br)
mente decorativas. Em relação à escultura, destaque à 
estatuária assíria, gigantesca e original: os relevos do pa-
lácio de Assurbanípal são obras de artistas excepcionais. 
Desenvolvimento científico 
As realizações científicas dos povos mesopotâmicos 
estiveram ligadas à necessidade de fazer cálculos e 
previsões das cheias dos rios Tigre e Eufrates, bem como 
preparar os canais e drenagens. As necessidades do dia 
a dia levaram a um certo desenvolvimento da Matemá-
tica. Em diversos tabletes de argila, foram encontradas 
anotações com cálculos de juros, equações do 2o. grau, 
raízes quadradas e cúbicas e o círculo de 360 graus. Os 
progressos na Medicina foram grandes (catalogação de 
plantas medicinais, por exemplo). A profissão de médico 
era bastante considerada. Os elementos de Astronomia 
elaborados pelos mesopotâmicos serviram de base à 
astronomia dos gregos, dos árabes e deram origem à 
astronomia europeia. Baseando-se em observações 
astronômicas, criaram um aperfeiçoado calendário 
lunar. Os sacerdotes esforçavam-se em predizer o futuro. 
Nascia assim a Astrologia, com o zodíaco sendo usado 
para elaboração dos horóscopos.
Aula 02
13História 1A
Esses quatro preceitos, selecionados do Código de Hamurabi 
(cerca de 1780 a.C.), indicam uma sociedade caracterizada
a) pelo respeito ao poder real e pela solidariedade entre 
os povos. 
b) pela defesa da honra e da família numa perspectiva 
patriarcal. 
c) pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz. 
d) pela liberdade de natureza numa perspectiva iluminista. 
e) pelo antropocentrismo e pela valorização da fertilidade 
feminina. 
Aperfeiçoamento
02.05. (IFRS) – Leia o trecho a seguir.
O que diz o primeiro documento 
escrito da história
 Símbolos abstratos formam o documento escrito mais antigo de 
que se tem conhecimento até hoje
Na Antiguidade, acreditava-se que a escrita vinha dos 
deuses. Os gregos pensavam tê-la recebido de Prome-
teus. Os egípcios, de Tot, o deus do conhecimento. 
Para os sumérios, a deusa Inanna a havia roubado de 
Enki, o deus da sabedoria.
Mas à medida que essa visão perdia crédito, passou-se 
a investigar o que levou civilizações antigas a criar a 
escrita. Motivos religiosos ou artísticos? Ou teria sido 
para enviar mensagens a exércitos distantes?O enigma ficou mais complexo em 1929, após o ar-
queólogo alemão Julius Jordan desenterrar uma vasta 
biblioteca de tábuas de argila com figuras abstratas, 
um tipo de escrita conhecida como “cuneiforme”, 
com 5 mil anos de idade [...].
As tábuas estavam em Uruk, uma cidade [...] das pri-
meiras do mundo - às margens do rio Eufrates, onde 
hoje fica o Iraque. Ali, desenvolveu-se uma escrita 
que nenhum especialista moderno conseguia decifrar.
Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/geral-39842626>. Acesso em: 
04 set. 2017.
De acordo com o trecho, podemos identificar que o texto 
está tratando do modelo de escrita antiga desenvolvido
a) no Egito do período faraônico.
b) na China anterior ao primeiro imperador.
c) em uma das primeiras civilizações da Mesopotâmia.
d) na Anatólia do período bíblico.
e) na Grécia dos tempos homéricos.
02.06. Em 1929, o arqueólogo alemão Julius Jordan 
desenterrou uma vasta biblioteca de tábuas de argila 
com um tipo de escrita conhecida como “cuneiforme”, 
com cinco mil anos de idade, mais antigas que exem-
plares semelhantes encontrados na China, no Egito e 
na América.
As tábuas estavam em Uruk, uma cidade mesopotâmica 
– e uma das primeiras do mundo – às margens do rio 
Eufrates, onde hoje fica o Iraque.
As tábuas não haviam sido usadas para escrever poesia 
ou enviar mensagens a lugares remotos. Foram empre-
gadas para fazer contas – e também para elaborar os 
primeiros contratos.
<https://tinyurl.com/ycuj8mq6> Acesso em: 26.10.2018. Adaptado.
O texto faz referência a um período muito conhecido da 
história da Humanidade, no qual surgiram os primeiros 
registros escritos.
Assinale a alternativa que, corretamente, descreve o contexto 
em que surgiu a escrita na Mesopotâmia. 
a) Os mesopotâmicos criaram a escrita como forma de se 
comunicar com os deuses, entalhando placas de argila 
que eram cuidadosamente depositadas no interior dos 
templos religiosos. 
b) O surgimento da escrita foi vinculado à criação de um 
sistema de educação segundo o qual todas as crianças de-
veriam dominar o conhecimento das letras e dos cálculos. 
c) As cidades da Mesopotâmia eram separadas por longas 
distâncias, percorridas a pé por mensageiros que levavam 
cartas e ofícios trocados entre os governantes. 
d) A evolução da literatura oral gerou a necessidade de 
registrar os textos poéticos declamados pelos grandes 
oradores da Antiguidade clássica. 
e) O desenvolvimento do comércio levou à criação da escrita, 
utilizada, inicialmente, para realizar registros contábeis e 
firmar contratos. 
02.07. (PUCPR) – Sobre a produção cultural e científica da 
Mesopotâmia, é CORRETO afirmar que: 
a) os mesopotâmios foram exímios na elaboração de 
sagas que relatavam as experiências de heróis míticos 
em viagens de exploração marítima e colonização das 
costas da Arábia e da África. Além disso, desenvolveram 
amplamente a medicina, pois adquiriram profundos 
conhecimentos sobre o corpo humano com a prática da 
mumificação, que fazia parte de sua religião. 
b) os mesopotâmios desenvolveram a pintura de forma bas-
tante rica e harmoniosa. Foram, também, os inventores do 
arco redondo ou de berço, muito utilizado na construção 
de pontes e de fortificações militares. Muito engenhosos, 
inventaram o concreto em substituição à pedra bruta, 
bastante rara na região da Mesopotâmia. 
c) os mesopotâmios eram grandes apreciadores de esportes, 
em especial da tauromaquia, na qual executavam jogos e 
apresentações acrobáticas com touros, com participação 
de mulheres. Apreciavam também esportes como o lança-
14 Extensivo Terceirão
mento de dardos e pesos à longa distância. Na arquitetura 
desenvolveram complexos tumulares conhecidos como 
nuragues, de forma cônica, que revelavam sua ampla 
capacidade de cálculo. 
d) os mesopotâmios foram os maiores especialistas da Antigui-
dade na construção de monumentos de pedra esculpida. Os 
entalhadores mesopotâmicos eram reconhecidamente os 
melhores de seu tempo, tanto que foram requisitados para 
trabalhar em complexos palacianos na Pérsia e na Índia. Na 
Literatura, se destacaram nos temas religiosos, reflexo de sua 
profunda devoção e da grande importância da religião para 
a população mesopotâmica, comparável ao Egito. 
e) os mesopotâmios sobressaíram-se nas ciências, na arqui-
tetura e na literatura. Observando o céu, especialmente 
a partir de suas torres ou zigurates, e buscando decifrar 
a vontade dos deuses, os sacerdotes desenvolveram a 
astrologia e a astronomia, conseguindo atingir um amplo 
conhecimento sobre fenômenos celestes, como o mo-
vimento de planetas e estrelas e a previsão de eclipses. 
02.08. (FCMPA – RS) – Por volta do ano 3500 a.C próximo 
às margens dos rios Nilo, Eufrates e Tigre constituíram-se as 
sociedades orientais ou civilizações hidráulicas.
Considere as seguintes afirmativas:
I. Estado despótico responsável pela organização e con-
trole da produção. Imposição de inúmeros tributos que 
recaíam sobre os camponeses das aldeias;
II. Existência de expressiva camada social vinculada às 
atividades comerciais e artesanais, responsáveis pelas 
constantes instabilidades políticas na região;
III. Por volta de 3200 a.C, Menés conquistou o Alto Império 
promovendo a unificação do povo Sumérico;
IV. Na Babilônia, inovou-se na arquitetura com a aplicação 
de sistemas de arcos, abóbadas e cúpulas.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e III são verdadeiras.
b) Apenas II e III são verdadeiras.
c) Apenas I e IV são verdadeiras.
d) Apenas I é verdadeira.
e) Apenas III e IV são verdadeiras.
02.09. (FGV – SP) – A notícia a seguir foi publicada em 
26/02/2015:
O Estado Islâmico destruiu uma coleção de estátuas 
e esculturas inestimáveis no norte do Iraque que re-
montam à antiga era assíria, de acordo com um vídeo 
publicado na Internet.
O vídeo dos militantes islâmicos radicais mostrou ho-
mens atacando os artefatos, alguns deles identificados 
como antiguidades do século 7 a.C., com marretas ou 
furadeiras, dizendo se tratar de símbolos de idolatria.
[...]
Os artigos destruídos parecem ser de um museu de 
antiguidades na cidade de Mosul, no norte iraquiano, 
tomada pelo Estado Islâmico em junho passado, afir-
mou um ex-funcionário do museu à Reuters.
Os militantes derrubaram as estátuas de suas colunas, 
despedaçando-as no chão, e um homem usou uma 
furadeira elétrica em um touro alado.
Fonte: Isabel Coles e Saif Eldin Hamdan. Combatentes do Estado Islâmico destroem 
antiguidades no norte do Iraque. Reuters Brasil. 26/02/2015. Disponível em: http://
br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRKBN0LU1PO20150226. Acesso em 
31/3/2015
Sobre as antigas civilizações que se desenvolveram na região 
do atual Iraque, é correto afirmar:
a) As primeiras sociedades da Mesopotâmia desenvolveram-
-se a partir da expansão islâmica, cujos integrantes com-
bateram intensamente as crenças politeístas. 
b) Em torno do século VII a.C., o Império Assírio, conhecido 
pela utilização de carros de guerra, incluiu em seus do-
mínios a Palestina e o norte do Egito. 
c) As principais atividades econômicas desenvolvidas na 
Mesopotâmia entre os séculos IX e VII a.C. eram a pecuária 
e a comercialização de tecidos e pedras preciosas. 
d) Do ponto de vista político, o Império Assírio estava 
organizado em Cidades-Estado que implementaram a 
participação democrática de seus cidadãos. 
e) O surgimento do monoteísmo judaico na Mesopotâmia 
deixou marcas culturais profundas que contribuíram para 
a difusão da religião muçulmana com o Império Assírio. 
02.10. (UPF – RS) – Na chamada Antiguidade Oriental, 
as sociedades, notadamente a egípcia e a mesopotâmica, 
desenvolveram-se em regiões semiáridas, onde obras hi-
dráulicas grandiosas eram necessárias para o cultivo agrícola. 
Então, nessas sociedades: 
a) Desenvolveu-se o modo de produção escravista intima-
mente ligado ao caráter bélico e expansionista dessas 
sociedades. 
b) ) A forma de trabalho predominante era a servidão co-
letiva,e o indivíduo explorava a terra como membro da 
comunidade e servia ao Estado, proprietário dessa terra. 
c) O principal instrumento de poder das camadas populares 
era constituído pelo Estado, que assegurava o seu domínio 
sobre os outros grupos sociais. 
d) A superação das comunidades coletivas levou ao sur-
gimento da propriedade privada e, como resultado, à 
utilização da mão de obra escrava. 
e) A ampla utilização do trabalho livre garantia a produção 
de excedentes, que era necessária para as trocas comer-
ciais e para o progresso econômico. 
Aprofundamento
02.11. (UCS – RS) – Estudos recentes realizados no Iraque, 
antiga Mesopotâmia, demonstraram que os habitantes da 
região sabiam utilizar técnicas sofisticadas para transformar 
areia em basalto, posteriormente utilizado nas construções das 
populosas cidades que ali floresceram há mais de 4 mil anos.
Analise, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), as 
afirmativas abaixo, relacionadas às principais características 
da civilização mesopotâmica.
Aula 02
15História 1A
( ) Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que sig-
nifica “terra entre rios”, uma referência aos rios Tigre e 
Eufrates que banham uma boa parte da região loca-
lizada no Crescente Fértil. Essa região atraiu, ao longo 
dos séculos, povos nômades que ali se estabeleceram 
e passaram a se dedicar à agricultura.
( ) Cada um dos povos nômades dominou a Mesopotâ-
mia em distintas épocas. Assim, as sucessivas invasões 
não favoreceram a formação de um império duradouro 
e unificado, como no Egito.
( ) Um dos mais poderosos reis mesopotâmicos foi Ha-
murábi. Durante seu governo, a cidade de Babilônia 
tornou-se um dos maiores centros comerciais da an-
tiguidade e foi estabelecido o primeiro código de leis 
escritas da humanidade.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parên-
teses de cima para baixo:
a) V – V – V
b) V – F – V
c) F – V – F
d) F – F – V
e) F – F – F
02.12. (UCS – RS) – O Código de Hamurabi, um bloco 
de pedras com 2,25 metros de altura, encontra-se hoje 
no Museu do Louvre, em Paris. Dos muitos artigos de 
lei nele gravados, cerca de 250 já foram decifrados. 
Com isso, informações sobre a sociedade mesopotâmica 
puderam ser reveladas.
(FIGUEIRA, D. História. São Paulo, SP: Ática, 2003, p. 26.)
Analise, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), as 
afirmativas abaixo sobre a sociedade mesopotâmica e o 
seu código de leis.
( ) A chamada Lei de Talião (talionis, em latim, significa 
“tal” ou “igual”) apareceu pela primeira vez no Código 
de Hamurabi. Ela pregava o princípio do “olho por olho, 
dente por dente”, ou seja, ao infrator aplicava-se um 
castigo proporcional ao dano causado.
( ) O Código de Hamurabi trata dos mais variados assun-
tos relativos à vida cotidiana. Abrange, entre outros 
temas, a regulamentação e o exercício das profissões, 
fixando a remuneração dos trabalhadores e as normas 
a respeito do casamento, da assistência às viúvas, aos 
órfãos, aos pobres etc.
( ) Na maioria das sociedades atuais, a Lei de Talião não é 
mais aplicada. No entanto, há países do Oriente Médio 
em que ainda se paga olho por olho, literalmente. Na 
Arábia Saudita, no Iêmen e em alguns dos Emirados 
Árabes, ladrões têm as mãos cortadas.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parên-
teses, de cima para baixo.
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – F
d) F – F – V
e) F – F – F
02.13. (UFSM – RS) – “( )E a situação sempre mais ou 
menos / Sempre uns com mais e outros com menos / A 
cidade não para, a cidade só cresce / O de cima sobe e o de 
baixo desce / (...)”
Este trecho da música do pernambucano Chico Science 
(1966–1997) e grupo Nação Zumbi nos remete à vida em 
cidades, processo que passou a ser significativo na história, 
a partir do 4º milênio a.C., na Mesopotâmia.
Sobre esse processo, é correto afirmar:
a) Com o surgimento e crescimento das cidades, houve um 
progressivo aumento da especialização do trabalho e da 
igualdade social, enfraquecendo o poder político.
b) A diminuição da produção agrícola assegurou excedentes 
para a manutenção de especialistas, desenvolvendo a 
urbanização em cidades–Estado socialmente desiguais.
c) Apesar da urbanização e das novas tecnologias de irriga-
ção, mantém–se um Estado de caráter exclusivamente 
político e que não intervém na economia, conservando 
a ordem social hierarquizada.
d) A sedentarização do homem, o desenvolvimento de 
cidades, a especialização do trabalho e uma sociedade 
socialmente desigual levaram à constituição de polos de 
poder como o Templo e o Palácio.
e) Mesmo se legitimando através de conquistas militares ou 
como mediadores entre o mundo terreno e o mundo di-
vino, os soberanos separaram a esfera política da religiosa 
no intuito de conservar uma sociedade.
02.14. (FUVEST – SP) – A partir do III milênio a.C. desen-
volveram-se nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, 
como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, Estados teocráticos, forte-
mente organizados e centralizados e com extensa burocracia. 
Uma explicação para seu surgimento é:
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas 
cidades, que só puderam ser contidas pela imposição dos 
governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes 
contingentes humanos, para realizar obras de irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, 
que chegou ao Oriente Próximo através das caravanas 
de seda.
d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamen-
tavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto do 
monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente 
revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos 
vales e levou à centralização do poder.
02.15. (UFCSPA – RS) – A Mesopotâmia atual situa-se no 
Oriente Médio entre os rios Tigre e Eufrates, que ficam no 
atual Iraque, na região conhecida como Crescente Fértil. Seu 
nome vem do grego (meso=meio e potamos=água) e signi-
fica “terra entre rios”. A fertilidade desta região, localizada em 
meio a montanhas e desertos, deve-se à presença dos rios.
16 Extensivo Terceirão
Sobre a civilização mesopotâmia, na Antiguidade Oriental, 
analisar os itens abaixo:
I. A estrutura social baseava-se na existência de uma pe-
quena elite, controladora de uma vasta população que 
estava submetida ao trabalho compulsório, característica 
de um governo despótico, de fundamento teocrático, que 
domina todos os grupos sociais.
II. O Estado era responsável pelas obras hidráulicas necessárias 
para a sobrevivência da população, bem como pela cobrança 
de impostos e pela administração de estoques de alimentos.
III. Na religião da mesopotâmia, o governante era repre-
sentado e compreendido por seus súditos mais como 
uma divindade viva do que como um representante 
dos deuses.
IV. Em termos políticos, a Mesopotâmia caracterizou-se por 
ter, na instituição monárquica, personificada no gover-
nante, o seu principal fator de unidade.
Está(ão) correto(s):
a) Somente o item I
b) Somente os itens I e II
c) Somente os itens I, III e IV
d) Somente os itens II e IV
e) Todos os itens
02.16. - (UFSC) – “Bagdá - O famoso tesouro de Nimrud, 
desaparecido há dois meses em Bagdá, foi encontrado 
em boas condições em um cofre no Banco Central 
do Iraque em Bagdá, submerso em água de esgoto, 
segundo informaram autoridades do exército norte-
-americano. Cerca de 50 itens, do Museu Nacional do 
Iraque, estavam desaparecidos desde os saques que 
seguiram à invasão de Bagdá pelas forças da coalizão 
anglo-americana.
Os tesouros de Nimrud datam de aproximadamente 
900 a.C. e foram descobertos por arqueólogos ira-
quianos nos anos 80, em quatro túmulos reais na ci-
dade de Nimrud, perto de Mosul, no norte do país. 
Os objetos, de ouro e pedras preciosas, foram encon-
trados no cofre do Banco Central, em Bagdá, dentro de 
um outro cofre, submerso pela água da rede de esgoto. 
Os tesouros, um dos achados arqueológicos mais sig-
nificativos do século 20, não eram expostosao públi-
co desde a década de 90. Uma equipe de pesquisado-
res do Museu Britânico chegará na próxima semana a 
Bagdá para estudar como proteger os objetos.”
(O ESTADO DE SÃO PAULO. Versão eletrônica. São Paulo: 07 jun. 2003. Disponível em 
www.estadao.com.br.)
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) em relação às 
sociedades que se desenvolveram naquela região na An-
tiguidade.
01) A região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, 
onde hoje se localizam os territórios do Iraque, do 
Kweite (Kwait) e parte da Síria, era conhecida como 
Mesopotâmia.
02) Na Mesopotâmia viveram diversos povos, entre os 
quais podemos destacar os sumérios, acádios, assírios 
e babilônios.
04) A religião teve notável influência na vida dos povos da 
Mesopotâmia. Entre eles surgiu a crença em uma única 
divindade (monoteísmo).
08) Os babilônios ergueram magníficas construções feitas 
com blocos de pedra, das quais são exemplos as pirâ-
mides de Gisé.
16) Os povos da Mesopotâmia, além da significativa con-
tribuição no campo da Matemática, destacaram-se na 
Astronomia e entre eles surgiu um dos mais famosos 
códigos de leis da Antiguidade, o de Hamurábi.
32) Muitos dos povos da Mesopotâmia possuíram gover-
nos autocráticos. Entre os caldeus surgiu o sistema de-
mocrático de governo.
02.17. (FEMPAR – PR) – Considere o texto e julgue as 
afirmativas.
No Oriente Médio, às margens de rios como o Eufra-
tes, o Tigre e o Jordão, ou nas proximidades do Mar 
Mediterrâneo e no Norte da África, às margens do Rio 
Nilo, formaram-se civilizações que, abandonando o 
sistema tribal e nômade da Pré-História, tornaram-
-se sociedades com Estado, marcadas pelo fim da 
propriedade coletiva, característica da Pré-História, 
e pela diferenciação de classes sociais. Essas civiliza-
ções, com exceção da Fenícia, adotaram o “modo de 
produção asiático” [...]
PETTA, N. Luiza; OJEDA, Eduardo A. Baez. História. São Paulo: Moderna, p. 8. 
( ) A civilização egípcia insere-se no modo de produção 
asiático. Centralizado no faraó, o poder político tinha 
forte dimensão religiosa, constituindo típica teocracia 
em suas primeiras dinastias. 
( ) A necessidade de anotações contábeis levou os fení-
cios a criar o alfabeto, aperfeiçoando as escritas cunei-
forme e hieróglifa. Eles habitavam a região do atual 
Líbano; desenvolveram manufaturas e intenso comér-
cio, o que os afasta do “modo de produção asiático”, de 
base económica agrícola. 
( ) As grandes obras arquitetônicas da civilização egípcia, 
duradouras pelo uso predominante da pedra, prio-
rizam o homem e seu conforto pessoal, nos grandes 
palácios ajardinados de sacerdotes e chefes militares. 
( ) Escravidão e servidão estão presentes no “modo de 
produção asiático” como trabalho compulsório. En-
quanto o escravo, via de regra, era propriedade de seu 
patrão, não podendo determinar-se; o servo era juridi-
camente livre, mas sujeito à prestação de serviços e ao 
pagamento de tributos. 
( ) Na área denominada Crescente Fértil, do Egito à Meso-
potâmia, a existência de numerosos rios piscosos, caça, 
vegetação abundante, frutos nativos, solo naturalmen-
te fértil e clima temperado propiciou condições favorá-
veis ao surgimento das primeiras civilizações. 
Aula 02
17História 1A
02.18. (UFSC) - Considerado o mar-
co inicial da História. Foi a terceira 
forma de comunicação elaborada 
pelo ser humano e provocou gran-
de revolução nos seus costumes. 
Diferentemente da fala e das pin-
turas rupestres, a escrita permitiu 
ao ser humano a comunicação de 
longo alcance geográfico, a fixação 
de leis, de regras e penalidades, que 
viabilizaram a formação de estrutu-
ras sociais e políticas estáveis.
VAIFAS, Ronaldo. História I (Ensino Médio). 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016, p. 30.
Sobre a escrita e a comunicação ao 
longo da História, é correto afirmar 
que: 
01) na região da Mesopotâmia, 
existia uma escrita chamada de 
cuneiforme, que serviu, inclusi-
ve, para o registro do Código de 
Hamurabi, conhecido como o pri-
meiro código de leis escritas. 
02) no Egito antigo, a escrita hieroglí-
fica era privilégio da realeza e só 
podia ser utilizada para fins admi-
nistrativos, sendo absolutamente 
proibida para registros ou prega-
ções religiosas. 
04) o avanço dos conhecimentos 
na Europa, a partir do século XV, 
ganhou grande impulso com a 
contribuição de Johannes Gu-
tenberg, que, ao desenvolver a 
impressão com tipos móveis, re-
novou radicalmente a tipografia e 
o alcance das produções escritas. 
08) os povos ágrafos, como muitas 
sociedades ameríndias e afri-
canas, devem ser considerados 
menos desenvolvidos do ponto 
de vista da comunicação por não 
possuírem escrita. 
16) durante o período medieval, o livre acesso à leitura, através das diversas bi-
bliotecas espalhadas pelos mosteiros cristãos na Europa, garantiu a consoli-
dação do respeito a dogmas e doutrinas da Igreja. 
32) sancionada como língua oficial dos surdos no Brasil no início do século XXI, a 
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), ao contrário dos idiomas essencialmente 
orais e auditivos, tem como característica ser visual e gestual. 
Desafio
02.19. (UFAL) – Desde suas origens os homens perceberam que além de armas 
era necessário desenvolver a agricultura.
Sobre o tema, considere o mapa histórico.
(In: Olavo Leonel Ferreira. Mesopotâmia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 9)
a) O mapa mostra uma região onde emergiram algumas civilizações do mundo 
antigo. Na Mesopotâmia e no Egito surgiram Impérios com base econômica na 
agricultura. Explique a importância do Estado e dos rios no desenvolvimento da 
agricultura, identificando características em comum dessas duas civilizações.
b) Cada vez mais a agricultura se organiza e se especializa para atender às de-
mandas urbanas. Apresente três grandes mudanças da agricultura moderna.
Gabarito
02.01. b
02.02. b
02.03. a
02.04. b
02.05. c
02.06. e
02.07. e
02.08. c
02.09. b
02.10. b
02.11. a
02.12. b
02.13. d
02.14. b
02.15. b
02.16. 19 (01 + 02 + 16)
02.17. V – V – F – V – F
02.18. 37 (01 + 04 + 32)
02.19. a) Nos reinos do Egito e Mesopotâmia, 
as terras pertenciam ao Estado e 
eram cultivadas por famílias de cam-
poneses que defendiam de regime 
de cheias dos rios.
 b) Poderão ser citados aspectos como: 
mecanização, defensivos agrícolas, 
modificação genética, etc.
18 Extensivo Terceirão
1A
História
Aula 03
Primeiras civilizações II – 
Antigo Egito
Localizado no nordeste da África, 
o Egito limita-se ao norte com o 
Mediterrâneo, ao sul com a Núbia, a 
oeste com a Líbia e a leste com o mar 
Vermelho. O país é um extenso oásis 
irrigado pelo rio Nilo, que é ladeado 
pelos desertos da Arábia e da Líbia. O 
rio Nilo nasce no lago Vitória e, depois 
de percorrer 6 500 quilômetros, 
desemboca no Mediterrâneo. Suas 
cheias são provocadas pelas chuvas 
equatoriais e pelo derretimento das 
neves das montanhas da Etiópia. As 
cheias do Nilo iniciam-se em julho e 
vão até novembro. Nesse período, o 
rio transborda e deposita nas mar-
gens o lodo e o limo que possibilitam 
o aproveitamento agrícola da região. 
A importância do Nilo para a civiliza-
ção egípcia foi tão significativa que 
o historiador grego Heródoto, que o 
visitou no século V a.C., afirmou: “O 
Egito é uma dádiva do Nilo”.
“(Graças ao Nilo), não há 
outros homens, seja em todo 
o mundo, que obtenham tan-
tos frutos da terra com tão 
pouco esforço; eles não têm de 
extenuar-se para abrir sulcos 
no solo com o arado nem para 
revolvê-lo com a enxada; nem 
têm qualquer outro trabalho a 
que os demais homens estão 
sujeitos para obter uma colhei-
ta. O rio enche por si mesmo, 
alaga os campos e depois volta 
a baixar. A partir daí, cada ho-
mem semeia seu campo e o dei-
xa entregue aos porcos que, re-
volvendo a terra com o focinho, 
recobrem as sementes. Os ho-
mens esperam despreocupada-
mente a colheita, e então fazem 
com que os porcos pisoteiem as 
espigas e colhem os grãos.”
Heródoto. História. Brasília: UnB, 
1988, p. 93.
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