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Civilização grega I
2A
História
05
Aula 
1
Geografia
A Grécia Antiga, chamada Hélade pelos antigos 
gregos (daí helenos), abrangia o sul da península 
Balcânica (Grécia Continental), as ilhas dos mares Egeu 
e Jônio (Grécia Insular) e o litoral da Ásia Menor (Grécia 
Asiática). A Grécia Continental é montanhosa no 
interior e tem um litoral recheado de golfos e baías. Os 
solos são pobres. A pecuária desempenhou um papel 
relevante na economia. A agricultura era praticada nos 
vales e nas encostas das montanhas. Na Grécia Insular 
destacaram-se as ilhas de Creta, Eubeia, Delos e Les-
bos. As dificuldades econômicas, aliadas a um litoral 
favorável, fizeram com que os gregos se lançassem 
ao comércio marítimo e ocupassem o litoral da Ásia 
Menor.
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A Grécia Antiga
Cronologia
An
ge
la
 G
ise
li
1000 a.C.
500 a.C.
1500 a.C.
1CRISTO
A L E X A N D R E 
PÉRICLES
HOMERO
Invasão dos 
 dórios
Invasão dos 
aqueus
Conquista 
romana
Grécia 
aqueia e 
dórica
Civilização 
cretense
Época 
helenística
Grécia 
clássica
Grécia 
arcaica 
Grécia pré-helênica
O período mais antigo da história grega nos remete 
à Ilha de Creta, local de desenvolvimento da civilização 
cretense ou minoica (derivada do rei Minos), e à cidade 
de Micenas, centro principal da civilização micênica. 
Cronologicamente, esse período que se estende até 
1100 a.C. é denominado de Grécia Pré-Helênica, pois 
indica o processo histórico anterior à chegada dos 
invasores indo-europeus responsáveis pelo crescimento 
populacional e povoamento do território grego. 
Cretenses 
A história da civilização cretense é resgatada a partir das escavações arqueológicas na Ilha de Creta, realizadas no 
início do século pelo pesquisador inglês Arthur Evans. A partir de seus estudos, foi descoberto no palácio de Cnossos, 
o Labirinto – pertencente ao lendário rei Minos.
A lenda de Minos conta que o rei, filho de Zeus, controlou o Mediterrâneo e colonizou vários povos, submetendo-
-os ao seu domínio. Minos era casado com Pasífae, filha do Sol, a qual fora tomada de uma súbita paixão por um touro 
sagrado, saído do mar. Relacionando-se com o animal, Pasífae deu à luz um animal, metade homem, metade touro, 
chamado Minotauro. 
2 Extensivo Terceirão
Com as ordens do rei, Dédalo, um artesão, construiu um la-
birinto para aprisionar o Minotauro. Os atenienses, vassalos de 
Minos, eram obrigados a atender às exigências do rei, enviando 
todo ano sete rapazes e sete moças para alimentar o Minotauro.
Certa vez, Teseu, filho do rei ateniense, convenceu seu pai a 
incluí-lo na remessa anual de vítimas. Ao chegar à Ilha de Creta, 
o jovem conquistou o amor de Ariadne, filha do rei Minos, e 
com sua ajuda conseguiu matar o Touro de Minos. 
Acredita-se que a lenda teria sido utilizada pelos gregos 
para expressar a submissão dos atenienses à supremacia 
cretense sobre o mar Egeu, embora existam objeções a esse 
respeito. Há controvérsias também quanto ao significado do 
termo Minos. Para uns teria sido um rei de Creta; para outros 
teria sido utilizado para designar uma dinastia ou um título 
honorífico. O labirinto representava o próprio palácio de Cnossos, e o touro consistia no símbolo sagrado da civilização 
cretense. Os jovens enviados anualmente ao labirinto expressavam a pesada carga de impostos exigida pelo rei de 
Minos; e a vitória de Teseu sobre o Minotauro significou, nesse contexto, a libertação de Atenas do domínio cretense. 
Além de formarem um grande império marítimo (talassocracia), os 
cretenses se dedicaram à prática da agricultura (trigo, vinho e azeite) 
e da exploração de madeira. No entanto, sua principal atividade eco-
nômica consistiu, realmente, no comércio marítimo, que se estendia 
por todo o mar Egeu, Chipre, Síria e Egito. Os principais produtos de 
exportação cretense eram o azeite de oliveira e, principalmente, os 
vasos de cerâmica, através dos quais podemos reconstituir boa parte 
das cenas da vida cotidiana cretense, conforme podemos observar na 
imagem ao lado:
Devemos destacar que os cre tenses eram ótimos decoradores e 
gostavam de praticar acrobacias sobre touro. Vale destacar o papel 
relevante da mulher na civilização cretense. Ao que parece, em nenhu-
ma outra civilização antiga a mulher gozou de tanto prestígio como 
em Creta, provavelmente uma influência da tradição religiosa, pois 
na religião cretense a principal divindade era a Grande-Mãe, deusa 
protetora da terra e da fertilidade. As mulheres exerciam diversas 
funções na sociedade cretense, desde atividades mais simples como 
a de caçadoras e tecelãs, até mais complexas como sacerdotisas e até 
toureiras.
 Arte cretense de 1 500 a.C. faz referência à lendária história 
do Touro de Minos.
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 O cotidiano na antiga Ilha de Creta pode ser es-
tudado por meio das representações artísticas 
deixadas pela civilização cretense.
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Aqueus e dórios 
Os aqueus que compunham a sociedade micênica 
possuíam forte tradição militarista e acabaram destruin-
do a cidade de Cnossos, em Creta. Contudo, receberam 
dos cretenses diversas heranças culturais. Absorveram 
suas técnicas de navegação e de agricultura, o sistema 
de escrita, além de influências artísticas e religiosas. Por 
essa razão, muitos historiadores se referem generica-
mente a uma civilização creto-micênica.
Para muitos historiadores, os poemas homéricos seriam 
uma representação mais ou menos fiel do mundo micêni-
co. Atualmente acredita-se que a llíada e a Odisseia foram 
poemas escritos no século VIII a.C., portanto num período 
bem posterior à destruição da civilização micênica. Há em 
Homero toda uma série de anacronismos que não entram 
no quadro do mundo micênico e que pertencem, de fato, à 
época seguinte. A “lIíada” narra fatos de um período de 50 
dias na virada do nono para o décimo ano da Guerra em 
que os gregos derrotaram os troianos. Já a “Odisseia” narra 
as aventuras de Ulisses, no seu difícil retorno ao reino de 
Ítaca, onde sua fiel esposa Penélope o esperava.
Em torno de 1870, o pesquisador alemão Heinrich 
Schliemann descobriu no sítio de Hissarlik, na Turquia, 
ruínas em que acreditou serem Troia. A guerra teria 
ocorrido no século XIII e a cidade foi destruída pelo fogo. 
Porém, não há concordância entre os especialistas. Para 
a historiadora Claude Mossé, jamais saberemos se a 
Guerra de Troia realmente ocorreu ou foi uma bela lenda 
criada por um poeta talentoso.
Aula 05
3História 2A
Por volta de 1100 a.C., ocorreu a invasão dos dórios. 
Esse grupo de invasores, de origem indo-europeia, avan-
çou sobre a Grécia Continental e sobre a Península do 
Peloponeso. Os dórios eram superiores militarmente, pois 
já conheciam e utilizavam o ferro como matéria-prima para 
a fabricação de armas. Por essa razão, foram responsáveis 
pela tomada de Micenas e, consequentemente, pela desa-
gregação da civilização creto-micênica. As invasões dóricas 
provocaram também um significativo aumento populacio-
nal e o consequente surgimento da pólis grega. Uma parte 
da população foi escravizada e a outra emigrou para a Ásia 
Menor, onde fundou Mileto, Éfeso, Halicarnasso, etc. Esse 
episódio é conhecido como a Primeira Diáspora Grega.
Nesse período da chegada dos invasores dórios, 
a sociedade grega ainda convivia com a igualdade 
entre os homens, pois não havia propriedade privada. 
Predominava a divisão coletiva da terra entre os genos 
(conjunto de famílias), cujos membros dividiam as 
tarefas do cultivo do solo em um trabalho comunitário 
sem desigualdade social. Ou seja, o fruto do trabalho 
coletivo nas chamadas comunidades gentílicas era 
distribuído de forma igualitária. Porém, com a chegada 
de novos invasores, o aumento do fluxo de imigrantes e 
o crescimento demográfico, a terra foi se tornando es-
cassa. Foi inevitável o choque pela disputa dos terrenos 
mais férteis e gradativamente a posse da terra deixou 
de ser coletiva para se tornarprivilégio de poucos. A 
comunidade gentílica (igualitária) entrou em crise e com 
a desagregação dos genos surgiram consequentemente 
a propriedade privada e a desigualdade social. 
Formação da pólis
O fim das comunidades gentílicas levou à união dos 
proprietários (aristocracia rural) em fratrias. As fratrias 
deram origem às tribos e a união das tribos originou 
os vilarejos, que por sua vez originaram as cidades. Ou 
seja, na Grécia Antiga, a cidade nasceu como resultado 
do agrupamento das tribos e de seus vilarejos, fato que 
deu origem à pólis grega. Inicialmente, o termo pólis 
foi utilizado para denominar a cidade alta (acró pole), o 
ponto mais elevado da cidade, local ideal para garantir a 
segurança. Uma parte central (ágora) era utilizada para 
a realização de assembleias pelos membros da comuni-
dade e como local onde ocorriam as trocas comerciais.
Com o aumento da população e, consequentemen-
te, das atividades agrícolas e mercantis, a parte baixa 
da cidade se expandiu e a palavra pólis passou a indicar 
toda a região submetida à autoridade de um chefe – o 
rei ou basileus. As cidades-estados representavam, 
então, pequenas comunidades isoladas, cuja principal 
característica era a autonomia política, isto é, as cidades 
gregas eram independentes entre si e nunca chegaram 
a constituir um Estado único na Grécia Antiga.
Portanto, na organização política do mundo grego 
predominou a descentralização. A pólis grega possuía 
total soberania, cada uma tinha seu próprio governante 
e seu conjunto de leis independentes. Por isso umas 
desenvolveram a democracia, como Atenas, e outras se 
mantiveram oligárquicas, como Esparta, por exemplo. 
A colonização grega
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4 Extensivo Terceirão
Na economia, predominou a prática da agricultura, com 
destaque para a produção de cereais e produtos típicos do 
Mediterrâneo como o vinho e o azeite. Mas o crescimento 
populacional e o processo de apropriação privada da terra 
impulsionaram os gregos ao mar, à conquista de colônias 
e ao desenvolvimento de um intenso comércio marítimo. 
A geografia grega apresenta um relevo irregular e mon-
tanhoso; portanto, apesar das terras de boa qualidade e 
do clima favorável à produção agrícola, a terra tornou-se 
escassa para uma população em crescimento viver apenas 
da atividade agrícola. Assim ocorreu o processo de colo-
nização e povoamento de diversas ilhas no litoral da Ásia 
Menor, sul da península Itálica e norte da África. 
Muitas cidades-estados gregas tornaram-se gran- 
des metrópoles (Mileto, Corinto, Foceia, Megara) dominan-
do diversas colônias pelo Mediterrâneo (Nápoles, Tarento, 
Siracusa, Bizâncio, etc.). Em geral as colônias (apoikia, em 
grego: lar distante) eram independentes em relação à 
metrópole. Mas também havia o emporium, espécie de 
estabelecimento comercial, subordinado à metrópole. 
Dentre as principais cidades gregas, merecem desta-
que Atenas e Esparta, cujas diferenças de organização 
política – democracia e militarismo – acabaram gerando 
também algumas diferenças sociais. A análise da vida 
cotidiana e dos costumes de espartanos e atenienses 
nos serve de referências para o estudo da cultura grega. 
Militarismo espartano
A antiga cidade-estado de Esparta ocupava uma 
ampla área territorial que abrangia as regiões da Lacônia 
e da Messênia. A vida em Esparta ficou marcada por um 
regime oligárquico e pelo militarismo, política adotada 
pela elite espartana excessivamente preocupada em for-
mar um grande exército. A sociedade era escravista, ou 
seja, fundamentada na exploração do trabalho escravo. 
Dessa forma, a elite não precisava se ocupar das ativida-
des econômicas, podendo se dedicar exclusivamente às 
práticas militares. A sociedade espartana estava dividida 
basicamente em três grupos: chamamos de espartanos 
ou esparciatas os detentores da propriedade privada, a 
elite rural. Havia também comerciantes e artesãs de uma 
camada intermediária, os quais denominamos periecos, 
pois habitavam a periferia da pólis. Na base da pirâmide, 
os hilotas, os escravos públicos. Estes pertenciam ao 
Estado e eram cedidos como mão de obra escrava aos 
espartanos (proprietários) para o cultivo de suas terras. 
O regime oligárquico espartano era comandado por 
dois reis – diarquia. Um dos monarcas tinha função mili-
tar (responsável pelo comando das tropas em uma guer-
ra) e outro possuía função administrativa (permanecia 
na pólis mesmo quando ocorressem as guerras). Para 
controlar a ação dos reis havia a gerúsia (conselho dos 
anciãos), formada por influentes espartanos com mais 
de 60 anos, chamados gerontes. Havia também o conse-
lho dos éforos, cinco conselheiros eleitos anuamente e a 
ápela (assembleia para apreciação e aprovação das leis). 
Para atender ao ideal militarista da sociedade (a for-
mação de um poderoso exército), a educação espartana 
era voltada para a guerra. As crianças do sexo masculino 
permaneciam com seus pais apenas até os sete anos. A par-
tir dessa idade, os meninos eram entregues ao Estado para 
que cuidasse de sua educação, voltada à preparação militar. 
Os principais ensinamentos dos jovens da elite espartana 
(os escravos não tinham acesso à educação militarista) 
estavam voltados à guerra, à força, à bravura e à disciplina. 
O controle do Estado se manifestava desde o nasci-
mento, quando as crianças eram examinadas por fiscais 
– os éforos. As crianças que apresentassem alguma defi-
ciência física que impedisse a sua formação militar eram 
sacrificadas. Por isso, exigia-se da mulher espartana a 
prática de exercícios físicos e a participação em jogos e 
competi ções esportivas para que pudesse gerar filhos 
fortes e saudáveis. Tal fato nos permite concluir que a 
mulher em Esparta gozava de um pouco mais de liberda-
de e participava mais ativamente da sociedade quando 
com parada à mulher ateniense. Sabe-se, inclusive, que à 
mulher espartana era atribuída a tarefa de administrar o 
patrimônio familiar quando da ausência do marido, que 
frequentemente se encontrava em guerras.
05.01. (FURGS – RS) – Na formação da cidade grega, a pólis esteve vinculada ao processo de desintegração dos clãs patriar-
cais, os genos. A constituição da pólis grega, com isto, supôs a desagregação desta estrutura tradicional e a formação de uma 
nova composição social representada pela existência de duas classes sociais antagônicas:
a) a dos proprietários de terras e a dos escravos.
b) a dos comerciantes e a dos escravos.
c) a dos comerciantes e a dos artesãos.
d) a dos navegadores e a dos comerciantes.
e) a dos proprietários de terras e de escravos e a dos eclesiásticos.
Testes
Assimilação
Aula 05
5História 2A
05.02. (PUCRS) – O processo de colonização e emigração 
de populações gregas das cidades-estados para as colônias 
no Mediterrâneo estabeleceu novas relações político-sociais 
e ocasionou grandes transformações econômicas, tais como 
o desenvolvimento da construção naval e o crescimento da 
produção de manufaturas e do comércio marítimo. Em decor-
rência dessas mudanças na sociedade grega, os armadores, 
os comerciantes e os artesãos ganharam importância social.
O processo de colonização e de formação de novas cidades-
-estados gregas ocorreu no período 
a) Clássico. b) Arcaico. 
c) Helenístico. d) Micênico. 
05.03. A cultura grega contribuiu diretamente na inaugura-
ção de várias manifestações artísticas, filosóficas e científicas. 
Também marcou a origem da Mitologia, que buscava a expli-
cação para as principais questões da existência humana, da 
natureza e da sociedade. Sobre a história política da Grécia, na 
Antiguidade Clássica, pode-se dizer que esta se caracterizou:
a) pela alternativa de dinastia hegemônica.
b) por uma federação estável, que era regida de forma 
ditatorial.
c) por uma organização imperial.
d) pela existência de cidades-estados que atuavam, politi-
camente, como unidades autônomas.
e) por uma organização teocrática.
05.04. (FATEC – SP) – “A cidade-estado era um objeto mais 
dignode devoção do que os deuses do Olimpo, feitos à 
imagem de bárbaros humanos. A personalidade humana, 
quando emancipada, sofre se não encontra um objeto 
mais ou menos digno de sua devoção, fora de si mesma.”
(Toynbee, Arnold J. “Helenismo, história de uma civilização’’)
Na Antiguidade, as cidades-estados representavam: 
a) uma forma de garantir territorialmente a participação 
ampla da população na vida política grega. 
b) um recurso de expansão das colônias gregas.
c) uma forma de organização que assegurava a indepen-
dência política das cidades gregas entre si.
d) uma característica da civilização helenística no sistema 
político grego. 
e) uma instituição política helenística no sistema político 
grego.
Aperfeiçoamento
05.05. As cidades-Estado [...] eram muito diferentes 
entre si: nas dimensões territoriais, nas riquezas, em suas 
histórias particulares e nas diferentes soluções obtidas ao 
longo dos séculos para os conflitos de interesses entre 
seus componentes. A maioria delas nunca ultrapassou a 
dimensão de pequenas unidades territoriais, abrigando 
alguns milhares de habitantes – não mais do que 5 mil, 
quase todos envolvidos com o meio rural. Outras, de 
porte médio, chegaram a congregar 20 mil pessoas. Al-
gumas poucas, portos comerciais ou centros de grandes 
impérios, atingiram a dimensão de verdadeiras metró-
poles, com mais de 100 mil habitantes [...].
GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidades-Estado na Antiguidade Clássica. In: PINSKY, 
Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (Orgs.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 
2008. p. 30.
De acordo com o texto, podemos concluir que na Grécia 
antiga, as cidades-Estado:
a) abrigavam os mesmos ideais democráticos, independente 
de seu porte, como foi o caso de Atenas.
b) mantinham um forte equilíbrio de força, uma vez que 
havia uma cidade centralizadora que controlava política 
e economicamente todas as outras.
c) tinham como principal característica serem diferentes 
entre si, no tamanho e nas suas escolhas políticas, como 
foi o caso de Atenas e Esparta.
d) possuíam a cidadania como um bem maior, em que, 
independente do número de sua população, todo grego 
tinha direito de participar dos rumos de sua cidade.
e) exerciam, por consenso, em um determinado momento, 
o domínio político e religioso do Império grego.
05.06. (PUC – RS) – Para responder à questão relacione 
os períodos históricos da civilização grega (coluna A) a suas 
respectivas características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Período Homérico
2. Período Arcaico
3. Período Clássico
4. Período Helenístico
Coluna B
( ) Consolidação das estruturas fundamentais da pólis, a 
mais célebre das instituições gregas. O período é mar-
cado pela expansão territorial e pela intensificação do 
comércio entre as cidades.
( ) Dissolução da comunidade gentilícia conhecida como 
genos, com a formação das cidades-estado. Grande 
parte do conhecimento sobre o período deve-se às in-
formações fornecidas pelos poemas Ilíada e Odisseia.
( ) Difusão da cultura grega no Oriente, a partir das cam-
panhas militares de Alexandre Magno, levando à fu-
são do racionalismo grego com o misticismo oriental. 
Ocorreu, no período, a progressiva ruptura na identifi-
cação do cidadão com sua pólis de origem.
( ) Formação da Confederação de Delos, que consolidava 
a hegemonia comercial e política de Atenas. Verificou-
-se, neste período, o máximo desenvolvimento da fi-
losofia, da poesia, das ciências e das artes.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é
a) 2 – 1 – 4 – 3.
b) 1 – 2 – 3 – 4.
c) 3 – 2 – 4 – 1.
d) 4 – 3 – 1 – 2.
e) 3 – 4 – 2 – 1.
6 Extensivo Terceirão
05.07. (UNESP – SP) – São uma formosura os governan-
tes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó 
Sócrates! [...]
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente 
utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a 
constituição; que, embora difíceis, eram de algum 
modo possíveis, mas não de outra maneira que não 
seja a que dissemos, quando os governantes, um ou 
vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as 
honrarias atuais, por as considerarem impróprias de 
um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro 
lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às 
honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto 
e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão 
e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?
(Platão. A República, 1987.)
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., 
caracteriza 
a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre 
as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. 
b) a organização da pólis e sustenta a existência de um 
governo baseado na justiça e na sabedoria. 
c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tira-
nias em Atenas e defende o princípio da igualdade social. 
d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da 
democracia, consolidada durante o período de Clístenes. 
e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e 
Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização 
espartana. 
05.08. (PUC – SP) – Algumas cidades-estado gregas expan-
diram seus domínios e criaram colônias na região do mar 
Mediterrâneo, por volta dos séculos VIII e VI a.C. 
Essas colônias 
a) comercializavam apenas com suas metrópoles e utiliza-
vam mão de obra livre, originária do norte do continente 
africano. 
b) eliminaram o controle romano da região mediterrânea e 
estabeleceram hegemonia grega na região. 
c) ampliaram a área de terras cultiváveis e eram indepen-
dentes das metrópoles (cidades que as colonizaram). 
d) demonstraram a importância da tradição militar espartana 
e difundiram o ideal democrático ateniense. 
e) reproduziram a ordem social das cidades que as criaram 
e iniciaram o comércio grego com o ocidente e o oriente. 
05.09. A partir do século VIII a.C. as cidades-estados gregas 
conheceram um rápido processo de consolidação de suas 
estruturas internas e, dadas as condições locais, iniciaram o 
estabelecimento de domínios territoriais em várias regiões do 
Mediterrâneo. O fator determinante para o estabelecimento 
dessas áreas coloniais foi:
I. A derrota para os troianos, seguido de um acentuado 
declínio econômico.
II. A busca de recursos minerais e o desenvolvimento de 
novas técnicas náuticas.
III. A escassez de terras cultiváveis e um crescimento popu-
lacional significativo.
Está(ão) correta(s) somente 
a) I. 
b) I e II.
c) II. 
d) II e III.
e) III.
05.10. (UNESP – SP) – Apesar de sua dispersão geográfica 
e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma 
profunda consciência de pertencer a uma só e mesma 
cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, 
considerando-se a ausência de qualquer autoridade 
central política ou religiosa e o livre espírito de inven-
ção de uma determinada comunidade para resolver 
os diversos problemas políticos ou culturais que se 
colocavam para ela.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história 
grega da Antiguidade: 
a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvi-
mento das belas-artes. 
b) a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas 
unidades políticas. 
c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constitui-
ção de governos tirânicos. 
d) a existência de cidades-estados conjugada a padrões 
civilizatórios de unificação. 
e) a igualdade social sustentada pela exploração econômica 
de colônias estrangeiras. 
Aprofundamento
05.11. (FAC. ALBERT EINSTEIN – SP) – Por muito tempo, 
entre os historiadores pensou-se que os gregos forma-
vam um povo superior de guerreiros que, por volta de 
2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a 
população local.
Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, 
considerando que houve um movimento mais comple-
xo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a ‘chegada dos 
gregos significou a introdução de um elemento novo 
que se misturou com seus predecessorespara criar, 
lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e 
por onde puderam’.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado. 
Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu 
a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos 
políticos entre os líderes das principais tribos nativas da 
península balcânica. 
b) de forma gradual, a partir da integração de povos prove-
nientes de outras regiões com habitantes da parte sul da 
península balcânica. 
Aula 05
7História 2A
c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos na-
tivos da península balcânica sobre territórios controlados 
por grupos bárbaros. 
d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes 
originais da península balcânica a conquistadores recém-
-chegados do norte. 
05.12. (MACK – SP) – “Em torno do século VIII, os gre-
gos viveram um processo de dispersão, espalhando-se 
pelo Mediterrâneo, fundando no litoral do Oriente 
Próximo, na Itália, França e Espanha inúmeras colônias; 
Cidades-Estados que mantinham uma série de laços 
principalmente culturais com os lugares de origem 
dos colonizadores.”
O texto diz respeito à fundação de colônias na Grécia Antiga; 
o fator determinante para estas emigrações foi: 
a) O crescimento populacional e a escassez de terras culti-
váveis no território grego; 
b) O expansionismo político, defendido pelo regime demo-
crático das cidades gregas; 
c) A invasão dos persas e a consequente destruição das 
cidades na Grécia continental; 
d) A derrota grega de Troia responsável pelo seu declínio 
econômico; 
e) O desenvolvimento da navegação e a busca de recursos 
minerais.
05.13. (UFPR) – Com relação à Grécia Antiga, assinale as 
afirmações corretas: 
1. As colônias gregas em geral eram politicamente inde-
pendentes das cidades fundadoras.
2. Eólios, dórios, aqueus e jônios foram tribos gregas pri-
mitivas. 
3. Os gregos antigos descendem do povo semita. 
4. A Ilíada e a Odisseia são poemas atribuídos ao poeta 
Homero. 
5. O tema principal da Ilíada é a evolução da Democracia. 
Estão corretas as afirmações:
a) somente 1 e 2 
b) somente 2 e 3
c) 1, 2 e 4 
d) 1, 2 e 3 
e) 2, 4 e 5
05.14. (FUVEST – SP) – Em certos aspectos, os gregos da 
Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetra-
ram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, 
mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-
-lo, permaneceram desunidos na sua organização 
política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, 
encontravam-se colônias gregas não somente em toda 
a extensão da Grécia atual, como também no litoral do 
mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul 
e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no 
litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse 
de uns 2500km de comprimento, encontravam-se cen-
tenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam 
na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua 
soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, 
no mundo antigo, houve uma nação, um território 
nacional único regido por uma lei soberana, que se 
tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
 FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.
Com base no texto, pode-se apontar corretamente 
a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu 
rapidamente ante as investidas militares de povos mais 
unidos e mais bem preparados para a guerra, como os 
egípcios e macedônios. 
b) a necessidade de profunda centralização política, como 
a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que 
um povo pudesse expandir seu território e difundir sua 
produção cultural. 
c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, 
de pensadores políticos, capazes de formular estratégias 
adequadas de estruturação e unificação do poder político. 
d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como 
nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia 
antiga, que vivia sob outras formas de organização social 
e política. 
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotis-
mo e do nacionalismo, como forma de consolidar política 
e economicamente o Estado nacional.
05.15. (UFPR) – “Por muito tempo, entre os historia-
dores pensou-se que os gregos formavam um povo 
superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria 
conquistado a Grécia, submetendo a população local. 
Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, 
considerando que houve um movimento mais comple-
xo. Segundo o pesquisador Moses Finley, ‘a chegada dos 
gregos significou a introdução de um elemento novo 
que se misturou com seus predecessores para criar, 
lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e 
por onde puderam’.”
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. 
Com base no texto é correto afirmar: 
a) As pesquisas recentes indicam que o povo grego se 
formou a partir de um amálgama de culturas que se 
expandiram por diferentes territórios.
b) A cultura grega constituiu-se a partir de um único povo.
c) Com a expressão “nova civilização”, o autor indica o fim do 
primado da pólis em favor do estado teocrático. 
d) Os estudiosos, ainda hoje, acreditam na superioridade dos 
gregos sobre outros povos da Antiguidade. 
e) Os gregos não souberam incorporar, aos seus, elementos 
culturais dos povos conquistados.
8 Extensivo Terceirão
05.16. (PUC – RS) – Para responder à questão, considere as 
afirmativas a seguir, sobre a cidade estado (pólis), base da 
organização sociopolítica da Grécia Antiga. 
I. Esparta, que englobava as regiões da Lacônia e da Messê-
nia, e Atenas, que correspondia a toda a região da Ática, 
eram exceções quanto à grande dimensão territorial, se 
comparadas à maioria das demais cidades-estado.
II. As cidades-estado consolidaram suas estruturas funda-
mentais no chamado período arcaico da história grega 
e conheceram sua máxima expressão política e cultural 
durante o período clássico. 
III. A acrópole, parte alta da zona urbana da pólis, concen-
trava as atividades econômicas essenciais para o sustento 
material da cidade, suplantando a produção agrícola da 
zona rural nesse setor.
IV. As cidades-estado formavam unidades politicamente 
autônomas e economicamente autossuficientes, não 
tendo desenvolvido processos significativos de expansão 
territorial por colonização de novas áreas até o período 
helenístico. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II 
b) II e III 
c) III e IV 
d) I, II e IV 
e) I, III e IV
05.17. (UFPR) – Considere o texto abaixo: 
“O surgimento das moedas liga-se (...) a três transfor-
mações culturais notáveis da Grécia nos idos do século 
VII a.C. (...): o desenvolvimento da pólis (...) e da vida 
política (...), a complexificação crescente das trocas 
comerciais (...) [e] a alfabetização.”
FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir 
dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995, p. 50. 
A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia 
Antiga, assinale a alternativa que relaciona corretamente a 
pólis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas. 
a) A pólis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, 
caracterizando a ocupação da Magna Grécia por Espar-
ta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de 
escravos nas cidades-estado. Nas guerras realizadas no 
Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escra-
vos e vendidos nas colônias gregas, o que intensificou a 
circulação de moedas. 
b) A pólis era um tipo específico de organização social en-
contrada em Atenas e Esparta. No período em questão, 
essas duas cidades-estado rivalizaram-se na expansão 
territorial, gerando a Guerra do Peloponeso. Ao final deste 
conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em 
regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a 
circulação de moedas. 
c) A pólis foi a principal forma de organização social na 
Grécia, constituindo-se em cidades autônomas com go-
vernos e leis próprios. No século VII a.C., com o aumento 
demográfico ea concentração latifundiária, houve a 
expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do mar 
Negro, causando intensa circulação de moedas para o 
comércio marítimo e terrestre. 
d) A pólis surgiu como solução para os conflitos entre 
Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, 
constituindo-se como cidade autônoma fortificada, 
cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu 
a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediter-
râneo, levando à formação de colônias e ao aumento da 
circulação de moedas nas trocas comerciais. 
e) A pólis era um tipo de cidade-estado que se desenvolveu 
em decorrência da expansão comercial grega, ocasionan-
do a fundação de colônias na Magna Grécia. Por conta de 
seu caráter autônomo, algumas cidades-estado uniram-se 
na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediter-
râneo, gerando aumento na atividade comercial grega e 
o uso de moedas. 
05.18. (UFPR) – Leia o excerto a seguir:
“A Grécia se reconhece numa certa forma de vida social, 
num tipo de reflexão que define a seus próprios olhos 
sua originalidade, sua superioridade sobre o mundo 
bárbaro. No lugar do Rei cuja onipotência se exerce 
sem controle, sem limite, no recesso de seu palácio, a 
vida política grega pretende ser o objeto de um debate 
público em plena luz do sol, na ágora, da parte de 
cidadãos definidos como iguais e de quem o Estado é 
a questão comum [...]”. 
(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. 
Rio de Janeiro: DIFEL, 2013.) 
Tendo como base as afirmações expostas por Vernant, 
identifique os traços principais da polis grega, o sistema 
político que ela substituiu e os principais problemas que 
ela apresenta. 
Aula 05
9História 2A
Gabarito
05.01. a
05.02. b
05.03. d
05.04. c
05.05. c
05.06. a
05.07. b
05.08. c
05.09. e
05.10. d
05.11. b
05.12. a
05.13. c
05.14. d
05.15. a
05.16. a
05.17. c
05.18. Durante o período Arcaico da Grécia, 
VIII-VI a.C, predominava um governo 
aristocrático monopolizado pela elite 
agrária que possuía o domínio político 
e econômico. No período Clássico, V-IV 
a.C, foi implantada a democracia e o 
poder foi transferido para os cidadãos. 
A ágora, praça pública, passou a ser o 
cenário do debate político dos cidadãos 
visando criar leis para a pólis. Vale lem-
brar que polis era uma cidade-estado 
que possuía autonomia política, a de-
mocracia era direta e participativa e a 
cidadania era muito restrita, apenas 10% 
da população exercia seus direitos polí-
ticos. Mulheres, escravos e estrangeiros 
estavam excluídos. 
05.19. 28 (04 + 08 + 16)
05.20. 22 (02 + 04 + 16)
Desafio
05.19. (UFSC – SC) – Leia o texto a seguir.
A educação em Esparta
Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente ne-
cessário. O resto da educação visava acostumá-los à 
obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los 
vencer o combate. Do mesmo modo, quando cresciam, 
eles recebiam um treinamento mais severo: raspavam 
a cabeça, andavam descalços, brincavam nus a maior 
parte do tempo. Tais eram seus hábitos.
PLUTARCO. A vida de Licurgo. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga. 4. ed. 
São Paulo: Contexto, 1998. p. 109.
Sobre o papel da educação e da escrita nas sociedades 
antigas, é CORRETO afirmar que:
01) o Egito antigo, extremamente dependente do rio Nilo e 
de seu regime de cheias, fez da agricultura sua principal 
atividade econômica. Esta característica impediu o de-
senvolvimento da escrita naquela sociedade.
02) a escrita cuneiforme, criada pelos assírios na antiga 
Mesopotâmia, tinha por função estabelecer acordos 
comerciais com os etíopes.
04) conforme o trecho acima citado, podemos perceber 
que a educação tem estreita relação com as caracte-
rísticas sociais. O militarismo de Esparta influenciou a 
educação de suas crianças.
08) a educação que uma criança recebia na antiguidade de-
pendia da posição social e do gênero. As mulheres ate-
nienses, por exemplo, recebiam uma educação familiar 
que lhes qualificava para as atividades domésticas e os 
cuidados com os filhos.
16) na China, o confucionismo valorizava uma educação 
pautada no respeito às tradições, ressaltando valores 
como moderação e harmonia.
05.20. (UEM – PR) – Considerando o mito como um dos 
aspectos mais importantes da cultura grega, leia o texto 
abaixo e responda o que for correto.
“Os mitos, para nós, servem como importante fonte 
de conhecimento sobre o pensamento grego e as 
características de sua religião. Além disso, embora 
muitas das histórias dos heróis e suas aventuras sejam 
imaginárias, revelam aos historiadores como os gregos 
se relacionavam com a natureza, suas ocupações, seus 
instrumentos, seus costumes e os lugares que visitavam 
e conheceram. Os mitos servem, também, para que 
possamos entender melhor a nós mesmos. Por quê? 
Por tratarem de sentimentos humanos, como o amor 
e o ódio, a inveja e admiração e, muitas vezes, tradu-
zirem ou procurarem responder a indagações morais 
e existenciais que rondam a mente humana. Por isso, 
ainda hoje, essas histórias mitológicas gregas falam à 
nossa sensibilidade. A maneira de tratar as questões 
e os sentimentos humanos mais profundos continua 
atual, suas narrativas ainda nos emocionam.” 
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 59. 
01) O mito não refletia a realidade concreta dos gregos, 
pois ele existia apenas na literatura filosófica e teológica 
e no imaginário dos grandes escritores da época. 
02) Os mitos gregos também tinham uma função peda-
gógica, pois traziam, em seus temas, os castigos e as 
recompensas para os atos cometidos pelos homens. 
04) A filosofia grega rompe com as explicações míticas, ao 
expor que a existência humana deve ser explicada pela 
lógica e pela razão, e não pelo sentido mágico e divino. 
08) Aristófanes, Eurípides e Sófocles estão entre os princi-
pais escritores dos mitos gregos. 
16) De acordo com o texto, em razão de abordarem os sen-
timentos humanos, ainda em nossos dias a mitologia 
grega mexe com a nossa sensibilidade.
10 Extensivo Terceirão
2A
História
Aula 06
Civilização grega II
Geografia ateniense
A Ática é uma península montanhosa que encerra 
três planícies: as de Maratona, Elêusis e Atenas. A Ática 
achava-se afastada da grande via de comunicação entre 
a Grécia Central e o Peloponeso. Por isso e também pela 
pobreza do solo, ficou livre das invasões. Os povoadores 
da Ática eram de origem ariana: aqueus, jônios e eólios, 
mas os atenienses se consideravam jônios.
Economia
Em Atenas, no Período Clássico, predominou o 
modo de produção escravista. Os escravos trabalhavam 
em todas as atividades. A base econômica da Ática era 
a agricultura mas, durante o período áureo de Atenas, 
o comércio marítimo desempenhou papel relevante. 
Os atenienses exportavam azeite, figo, cerâmica, prata, 
e importavam tecidos, tapetes, perfumes, etc. A moeda 
era a dracma, uma espécie de “dólar” da Antiguidade.
Sociedade ateniense
Com um perfil diferente da sua rival Esparta, a cidade 
de Atenas, localizada na Península da Ática, obteve 
destaque em virtude do regime político democrático 
adotado a partir do final do século VI a.C.
A sociedade ateniense era assim constituída:
 • eupátridas – “bem nascidos” (aristocracia detentora 
da propriedade e do poder político); 
 • geomores (pequenos proprietários rurais) e demiur-
gos (comerciantes e artesãos). Esses dois grupos 
formavam a camada média da sociedade. 
 • metecos e escravos for mavam a base da sociedade 
e não possuíam direitos políticos. Os metecos eram 
os estrangeiros, muitos deles comerciantes que, 
mesmo sendo homens livres, não eram considerados 
cidadãos. Os escravos eram, geralmente, prisioneiros 
de guerra, mas havia também a escravidão por 
dívidas. Diferentemente do hilota espartano que era 
considerado um servo público, o escravo ateniense 
pertencia a um aristocrata, tal como a propriedade 
da terra. Segundo Aristóteles, “o escravo é uma pro-
priedade instrumental animada”.
A sociedade ateniense era 
essencialmente masculina. 
Em Atenas,além de não ter di-
reito à cidadania, a mulher não 
participava ativamente da so-
ciedade. Esperava-se que 
as mulheres prepa-
rassem a comida, 
dirigissem a casa 
e se conservas-
sem à distância. 
Deviam ficar em 
casa e caIadas, 
totalmente subor-
dinadas ao marido. 
As jovens ate-
nienses viviam con-
finadas nos gineceus 
(parte da habitação 
reservada ao sexo femini-
no, onde aprendiam com as 
mães a se tornarem boas 
esposas). As meninas se 
casavam muito cedo (geral-
mente entre 14 e 16 anos), 
com um noivo escolhido 
pelo seu pai.
 AMASIS. Um tear no gi-
neceu. Ca. 550-530 a.C. 1 
óleo em vaso de terracota, 
17,15 cm de altura. Metropo-
litan Museum, Nova Iorque.
M
et
ro
po
lit
an
 M
us
eu
m
, N
ov
a I
or
qu
e
“Venerava-se a fertilidade da esposa, porém o 
ideal era que o número de filhos fosse limitado. 
Ter um filho para manter o nome da família e uma 
filha para realizar uma aliança matrimonial com 
outra família era o sonho da maioria dos casais. 
Segundo os estudiosos, os gregos usavam méto-
dos contraceptivos. Beberagem de ervas, bagas 
de zimbro e toda sorte de poções eram utilizadas 
para impedir a concepção ou interrompê-la. O 
aborto era tolerado e muitas vezes até incentiva-
do. Os gregos de uma forma geral eram bastante 
tolerantes em termos sexuais. Vários vocábulos e 
expressões são de origem grega: homossexualida-
de, lesbianismo, amor grego e pederastia.”
MOCELLlN, Renato. As mulheres na Antiguidade. 
São Paulo: Editora do Brasil, 2000, p. 24, 25 e 26.
Aula 06
11História 2A
Democracia em Atenas
Gradativamente a camada excluída da sociedade 
ateniense foi exigindo seus direitos políticos. Pres-
sionados, os eupátridas foram obrigados a atender a 
algumas das reivindicações populares.
Em torno de 594 a.C., Sólon, re presentante do 
partido popular, impôs algumas reformas econômicas. 
Proibiu a escravidão por dívidas e suprimiu o direito de 
primogenitura (só os filhos mais velhos tinham direito 
à herança), entre outras determinações. Porém, Sólon 
conseguiu descontentar tanto os eupátridas quanto a 
maioria dos cidadãos, iniciando uma fase de ferrenhas 
disputas políticas que acabaram culminando com a 
implantação da tirania.
A tirania – exercício do poder pessoal e autoritário 
– só chegou ao fim em Atenas quando Clís tenes, em 
506 a.C., após um longo período de revoltas sociais, re-
formou a legislação e introduziu o regime de mocrático.
Os princípios básicos da reforma de Clístenes, que 
originou a democracia em Atenas, foram: concessão de 
direitos políticos para todos os cidadãos e partici pação 
direta dos cidadãos no governo. Apesar disso, a maior 
parte da população não possuía o direito à cidadania.
Os metecos (estrangeiros), os escravos e as mu-
lheres não eram considerados cidadãos; logo, estavam 
excluídos do processo de participação política. A 
cidada nia só era concedida aos homens livres, maio-
res de 18 anos, filhos de pais atenienses e nascidos 
em Atenas.
Clístenes instituiu, ainda, o ostracismo, no in-
tuito de evitar atitudes tiranas. Aqueles que fossem 
conside rados inimigos da democracia poderiam ser 
desterrados (exilados) durante dez anos, perdendo 
seus direitos políticos.
A educação em Atenas, diferentemente do que 
acontecia na cidade de Esparta, não era voltada ex-
clusivamente à guerra. Embora os atenienses também 
se preocupassem com a formação militar, os jovens só 
serviam ao exército depois que completassem 18 anos 
de idade. Antes disso, a família ateniense procurava 
garantir aos seus filhos uma formação intelectual for-
mal, fundamentada nos valores cívicos, que lhes desse 
condições de se tornarem cidadãos aptos a exercerem 
seus deveres políticos.
Guerras Médicas
Os choques entre o expansionismo grego e persa 
na Ásia Menor acabaram provocando as Guerras 
Greco-Pérsicas, também chamadas Guerras Médicas 
(os gregos chamavam os persas de medos).
Dario I, imperador persa, desencadeou, em 
492 a.C., a Primeira Guerra Médica. Em 490 a.C., o 
exército persa desembarcou a leste da Península da 
Ática, nas proximidades da planície de Maratona. A 
ofensiva das tropas persas foi, no entanto, contida pelo 
ateniense Milcíades, à frente de 10 000 hoplitas, na 
Batalha de Maratona.
Xerxes, filho de Dario, em 480 a.C. desencadeou a 
Segunda Guerra Médica.
As cidades gregas haviam formado uma simaquia, 
ou seja, uma aliança defensiva. Mesmo assim, a ofensi-
va persa foi avassaladora.
Leônidas e os trezentos espartanos resistiram he-
roicamente até a morte no desfiladeiro das Termópilas. 
Atenas foi incendiada. Contudo os gregos obtiveram, 
comandados por Temístocles, uma vitória na Batalha 
Naval de Salamina.
A ofensiva grega se intensificou na Ásia. Nessas 
incursões destacou-se o ateniense Címon.
O Tratado de Susa ou Paz de Kalias, em 448 a.C., 
marcou o fim das Guerras Médicas: os persas reco-
nheciam a hegemonia dos gregos no mar Egeu e 
prometiam não atacar mais a Grécia ou suas colônias 
na Ásia.
Apogeu de Atenas
Após as Guerras Médicas, Atenas organizou uma liga marítima: a Confederação ou Liga de Delos. Esparta e suas 
aliadas do Peloponeso não entraram na liga.
A Confederação de Delos tinha como principal objetivo a defesa das cidades gregas de um ataque persa. Cada 
cidade contribuía com homens e, principalmente, dinheiro.
Atenas serviu-se da Liga de Delos para se embelezar e se transformar num grande império marítimo e comercial.
A democracia escravista ateniense consolidou-se definitivamente com Péricles.
De origem nobre, as ideias democráticas de Péricles levaram ao partido popular, cuja chefia exerceu de 461 até sua 
morte, em 429 a.C.
Era um democrata, grande orador, amante das letras, das artes e inimigo da violência.
12 Extensivo Terceirão
06.01. (UFRGS) – Esta a exposição de Heródoto de Túrio, 
para que bem os acontecimentos provocados pelos 
homens, com o tempo, sejam apagados, nem as obras 
grandes e admiráveis, trazidas à luz tanto pelos gregos 
quanto pelos bárbaros, se tornem sem fama – e, no 
mais, investigação também da causa pela qual fizeram 
guerra uns contra os outros.
Heródoto, Histórias, 1, 1-5.
A narração de Heródoto (480-420 a.C.), considerado o pai da 
História Ocidental, refere-se 
a) às guerras médicas – e aos persas. 
b) à guerra do Peloponeso – e aos espartanos. 
c) às conquistas de Alexandre, o Grande – e aos egípcios. 
d) às guerras púnicas – e aos cartagineses. 
e) à guerra de Troia – e aos troianos. 
06.02. (UPF – RS) – A palavra democracia tem origem na Grécia 
Antiga, mais especificamente em Atenas, e a partir do século 
XIX ganhou conteúdo diferente. Ao contrário do seu significado 
atual, na pólis grega, a democracia: 
a) era exercida de maneira indireta pelos cidadãos, que 
escolhiam seus representantes políticos por meio de 
eleições periódicas e regulares. 
b) permitia a participação do conjunto da população da 
cidade, reconhecendo o direito político de camponeses 
e artesãos, que se organizavam em assembleias plebeias 
livremente eleitas. 
c) defendia a igualdade de todas as camadas sociais perante 
a lei, garantindo a todos o direito de participar e votar na 
Assembleia dos cidadãos, que se reunia na praça da cidade. 
d) era restritiva em termos de direitos políticos, pois convivia 
com a escravidão, não permitindo a participação dos 
estrangeiros e das mulheres. 
e) não permitia a participação dos militares e guerreiros, 
considerados incapazes para o exercício da livre discussão 
e para a tomada de decisões consensuais. 
06.03. (FUVEST – SP) – “Num processo em que era acu-
sado e a multidão ateniense atuava como juiz, Demós-
tenes [orador político, 384-322 a.C.] jogou na cara do 
adversário [também um orador político] as seguintes 
críticas: ‘Sou melhor que Ésquines e mais bem nascido; 
não gostaria de dar a impressão de insultar a pobreza, 
mas devo dizer que meu quinhão foi, quando criança, 
frequentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a 
necessidade não me obrigasse a trabalhos vergonhosos. 
Tu, Ésquines, foi teu destino,quando criança, varrer 
como um escravo a sala de aula onde teu pai lecionava’. 
Demóstenes ganhou triunfalmente o processo.”
Paul Veyne, História da Vida Privada, I, 1992.
Eis as principais instituições na época de Péricles:
MOCELLIN, Renato. Para compreender a História. São Paulo: Editora do Brasil, 1997, vol. 03, p. 98.
Recrutamento e número Funções
Eclésia
• Todos os cidadãos inscritos nos registros 
dos demos. Quorum de 6 000 para qual-
quer votação respeitante a pessoas.
• Votação e emenda das leis e propostas.
• Política externa (alianças, paz, guerras, colocação dos estrategos).
• Despesas públicas, eleição de magistrados, atribuição ou destitui-
ção da cidadania.
Bulé
• 500 cidadãos de mais de 30 anos (50 de 
cada uma das tribos, tirados à sorte, por 
um ano).
• Administração geral.
• Preparação das sessões da assembleia.
• Fiscalização dos magistrados.
• Recepção das embaixadas.
• Exame (docimásia).
Areópago • Antigos arcontes.• Vitalícios
• Funções religiosas.
• Não desempenhavam papel político importante durante esse 
período.
Estrategos • Dez, eleitos por um ano, mas reelegíveis.
• Comando do exército.
• Negociações das tréguas.
• Influência primordial graças à sua eleição e eventual reeleição; ao 
seu acesso à Bulé; ao seu papel na defesa.
Testes
Assimilação
Aula 06
13História 2A
A fala de Demóstenes expressa a
a) transformação política que fez Atenas retornar ao regime 
aristocrático depois de derrotar Esparta na Guerra do 
Peloponeso.
b) continuidade dos mesmos valores sociais igualitários que 
marcaram Atenas a partir do momento em que se tornou 
uma democracia.
c) valorização da independência econômica e do ócio, 
imperante não só em Atenas, mas em todo o mundo 
grego antigo.
d) decadência moral de Atenas, depois que o poder político 
na cidade passou a ser exercido pelo partido conservador.
e) crítica ao princípio da igualdade entre os cidadãos, mesmo 
quando a democracia era a forma de governo dominante 
em Atenas.
06.04. (PUCCAMP – SP) – Considere o texto abaixo.
“Do ponto de vista territorial, uma pólis se divide em 
duas partes: a acrópole [...] e a ágora [...]. No entanto, 
se perguntássemos a um grego da época clássica o que 
era a pólis, provavelmente esta não seria sua definição: 
para ele a pólis não designava um lugar geográfico, 
mas uma prática política exercida pela comunidade 
de seus cidadãos. [...] Se no caso da pólis o conceito 
de cidade não se referia à dimensão espacial da cidade 
e sim à sua dimensão política, o conceito de cidadão 
não se refere ao morador da cidade, mas ao indivíduo 
que, pode participar da vida política.”
(ROLNIK, Raquel. O que é cidade. In: PETTA, Nicolina L. e OJEDA, A. B. História, uma 
abordagem integrada. São Paulo: Moderna, s\d, p. 17)
O conhecimento histórico e o texto permitem afirmar que na 
Grécia Antiga 
a) a cidadania, direito de participar da vida pública, atingia 
todos os habitantes da maioria das cidades-estado. 
b) o equilíbrio de poderes presente nas cidades-estado 
evitou a ocorrência de conflitos sociais. 
c) a lei era o resultado de discussões entre os representantes 
da cidade-estado e definia o direito dos cidadãos. 
d) a soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era 
fundamental para a existência da cidade-estado. 
e) o direito à cidadania e a organização política possibilita-
ram a criação da democracia em todo o país. 
Aperfeiçoamento
06.05. (FPP – PR) – Com o surgimento das primeiras cidades 
– que remontam 12 mil anos atrás – na convivência social e 
política, começaram a se destacar algumas pessoas, grupos 
ou famílias em cargos de liderança, surgindo as primeiras 
instituições políticas, religiosas e administrativas com a função 
de coordenar os estoques de alimentos, as práticas e cultos 
religiosos e a defesa da cidade. Com o passar dos anos, esta 
organização tornou-se mais complexa e assumiu diferentes 
formas de atuação e modelos políticos. 
Sobre as formas políticas desenvolvidas no Ocidente ao longo 
de sua história, assinale a alternativa correta. 
a) O significado da palavra democracia atualmente é o 
mesmo desde a Grécia antiga. 
b) A democracia ateniense, diferente das democracias mo-
dernas, era excludente, pois, metecos, escravos, mulheres 
e crianças não eram considerados cidadãos. 
c) A República romana se formou com a ascensão de Júlio 
Cesar ao cargo de imperador. 
d) A construção da modernidade envolveu mudanças na 
maneira de pensar as relações de poder e a política. 
As teorias de Bodin e Hobbes defendiam um governo 
democrático e participativo. 
e) Entre os séculos XVII e XVIII, alguns soberanos europeus, 
por ideologia e pelas crescentes pressões da população, 
adotaram como prática de governo, uma postura liberal 
e democrática. 
06.06. (UNICAMP – SP) – Os gregos sentiram paixão pelo 
humano, por suas capacidades, por sua energia cons-
trutiva. Por isso, inventaram a pólis: a comunidade 
cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não 
governa a necessidade da natureza, nem a vontade 
dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua 
capacidade de raciocinar, de discutir, de escolher e de 
destituir dirigentes, de criar problemas e propor solu-
ções. O nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção 
grega, a mais revolucionária, politicamente falando, 
que já se produziu na história humana, é democracia.
(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 
1996, p. 77.)
Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e 
seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga. 
a) Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da 
liberdade dos homens e da tirania dos deuses. 
b) Os gregos inventaram a democracia, que tinha então 
o mesmo funcionamento do sistema político vigente 
atualmente no Brasil. 
c) Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida na 
pólis e estava relacionada à capacidade de invenção da 
política. 
d) A democracia foi uma invenção grega que criou proble-
mas em função do excesso de liberdade dos homens. 
06.07. (FAMERP – SP) – O Ocidente havia conhecido 
somente três modos de acesso ao poder: o nascimen-
to, o mais importante, a riqueza, muito secundário 
até o século XIII salvo na Roma Antiga, o sorteio, de 
alcance limitado entre os cidadãos das cidades gregas 
da Antiguidade.
(Jacques Le Goff. Os intelectuais na Idade Média, 1985. Adaptado.) 
Na democracia ateniense da Antiguidade, havia um modo de 
exercício do poder político, que consistia no sorteio 
a) de cidadãos para o exercício de funções administrativas 
por um curto período de tempo. 
14 Extensivo Terceirão
b) de indivíduos da população da cidade para participarem 
da assembleia dos cidadãos na ágora. 
c) de habitantes mais hábeis militarmente e mais cultos para 
comporem o conselho político da polis. 
d) de homens e mulheres descendentes de gregos para 
governarem a cidade nos tempos de paz. 
e) de estrangeiros aliados da cidade para auxiliarem os cida-
dãos nas decisões concernentes às relações entre as pólis. 
06.08. (UDESC) – “Mas, já que estamos a examinar qual é 
a constituição política perfeita, sendo essa constituição 
a que mais contribui para a felicidade da cidade... os 
cidadãos não devem exercer as artes mecânicas nem 
as profissões mercantis; porque este gênero de vida 
tem qualquer coisa de vil, e é contrário à virtude. É 
preciso mesmo, para que sejam verdadeiros cidadãos, 
que eles não se façam lavradores; porque o descanso 
lhes é necessário para fazer nascer a virtude em sua 
alma, e para executar os deveres civis.
Aristóteles. A política. Livro IV, cap. VIII.
A partir da citação acima e de seus conhecimentos sobre a 
estrutura político-social da Grécia Antiga, assinale a alter-
nativa correta. 
a) A ideia de democracia grega está ligada ao fato de que 
todos aqueles que habitavam uma cidade-estado dispu-
nham dos mesmos direitos e deveres, uma vez que todos 
os trabalhos e profissões eram igualmente valorizados. 
b) A cidadania erauma forma de distinção social porque nem 
todos os habitantes de uma cidade eram considerados 
cidadãos. Estrangeiros e mulheres, por exemplo, não 
dispunham dos direitos de cidadania e não tinham direito 
a voto nas assembleias. 
c) As profissões mercantis eram desencorajadas devido à 
supremacia da Igreja Católica na administração política 
grega, durante o Período Clássico. Neste período, a usura 
e o exercício do lucro eram vivamente condenados por 
ferirem os princípios cristãos. 
d) Todos os homens que habitavam uma cidade eram con-
siderados cidadãos. A cidadania, na Grécia Clássica, era 
qualificada em ordens, sendo que os proprietários de ter-
ras eram cidadãos de primeira ordem e os trabalhadores 
braçais de segunda ordem. Todos, porém, tinham direito 
de voz e voto nas assembleias. 
e) A ideia de cidadania, descrita por Aristóteles, é conside-
rada ainda hoje um ideal, uma vez que é plenamente 
inclusiva e qualifica de forma igualitária todos os trabalhos 
e profissões. 
06.09. (MACK – SP) – A Confederação de Delos, organizada 
no século V a. C., que chegou a registrar cerca de 400 políeis 
gregas, está vinculada 
a) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à necessidade de 
unir forças para enfrentarem um inimigo em comum. 
b) à extinção do sistema de produção escravista grego e ao 
caos econômico que tal fato determinou. 
c) à unificação política das cidades-estados gregas a fim de 
fazerem frente à invasão macedônica. 
d) à defesa por parte grega do controle comercial do Medi-
terrâneo ocidental diante da ascensão persa. 
e) à supremacia de Atenas diante das demais cidades gregas 
após a vitória sobre os macedônios. 
06.10. (UPF – RS) – O historiador romano Tácito escreveu sobre 
o tratamento dado aos cristãos em Roma:
“No tempo de Péricles (461-429 a.C), o compareci-
mento à assembleia soberana era aberto a todo o cida-
dão. A assembleia era um comício ao ar livre que reu-
nia centenas de atenienses do sexo masculino, com 
idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam 
tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da 
assembleia representavam a palavra final na guerra e 
na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas 
obras públicas, no julgamento dos casos mais impor-
tantes, na eleição de administradores, enfim na totali-
dade das atividades governamentais”.
(BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: Das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. São 
Paulo: Moderna, 2013, p. 102)
O texto acima refere-se a Atenas, considerada o berço da 
Democracia no mundo antigo. Sobre aquele regime demo-
crático, está correto afirmar que 
a) apenas os homens livres, proprietários, nascidos em Atenas, 
filhos de pais e mães atenienses, eram considerados cida-
dãos, com direito à participação direta nas decisões tomadas. 
b) baseava-se na participação direta de toda a população nas 
Assembleias Legislativas, que uma vez por ano se reuniam 
em praça pública, chamada de Ágora, e deliberavam sobre 
os mais variados assuntos. 
c) os estrangeiros, bem como os escravos libertos, podiam 
participar livremente das decisões tomadas nas assembleias, 
representando seus próprios interesses. 
d) é um equívoco chamá-lo de democrático, pois negava a 
participação dos representantes eleitos pelos proprietários 
de terras. 
e) como não havia escravos em Atenas, a quase totalidade 
da população tinha participação política daquela Cidade-
-Estado. 
Aprofundamento
06.11. (UNISC – RS) – Leia o texto a seguir:
“Como ocorre na atualidade, também na Antiguida-
de [demos] era um termo ambíguo ou polissêmico, já 
que em certos contextos de uso se referia ao conjunto 
dos cidadãos, e em outros às pessoas comuns, à parte 
mais pobre da população”.
CARDOSO, Ciro Flamarion S. A Cidade-Estado Antiga. 3. ed. São Paulo: Ática: 1990. p. 84.
Apesar das democracias modernas possuírem alguns ele-
mentos que remetem à democracia ateniense, na Antiguida-
de percebe-se algumas características específicas, conforme 
sugere o fragmento acima.
Aula 06
15História 2A
Considere as seguintes afirmativas.
I. Os atenienses participavam diretamente das discussões 
e da tomada de decisões, pelo voto.
II. Os escravos eram considerados bárbaros e as mulheres 
seres inferiores e, portanto, excluídos naturalmente de qual-
quer debate. Porém, os estrangeiros gozavam de direitos 
políticos, desde que participassem dos negócios públicos.
III. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos, pois 
mulheres, escravos e estrangeiros são excluídos da cidadania.
IV. Sendo uma democracia representativa, como as moder-
nas, os atenienses participavam da Eclésia – a principal 
assembleia da democracia na Grécia Antiga.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente a afirmativa II está correta. 
c) Somente a afirmativa III está correta. 
d) Somente a afirmativa IV está correta. 
e) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. 
06.12. (FUVEST – SP) – Em relação à ética e à justiça na vida 
política da Grécia Clássica, é correto afirmar: 
a) Tratava-se de virtudes que se traduziam na observância da 
lei, dos costumes e das convenções instituídas pela pólis. 
b) Foram prerrogativas democráticas que não estavam 
limitadas aos cidadãos e que também foram estendidas 
aos comerciantes e estrangeiros. 
c) Eram princípios fundamentais da política externa, mas 
suspensos temporariamente após a declaração formal de 
guerra. 
d) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder 
assentado em bases religiosas e para estabelecer critérios 
racionais de distribuição. 
e) Adquiriram importância somente no período helenístico, 
quando houve uma significativa incorporação de elemen-
tos da cultura romana. 
06.13. (FGV – SP) – (...) a partir do século V a.C., a guerra 
tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos 
de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, 
ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos 
séculos anteriores tornara possível um adensamento 
dos contatos, um compartilhamento de informações 
e estruturas sociais, uma organização dos territórios 
rurais que propiciava a extensão de redes de poder. 
Foram os pontos centrais dessas redes de poder que 
animaram o conflito nos séculos seguintes.
Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.
Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que 
a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma 
disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâ-
neo, terminando após três grandes enfrentamentos, com 
a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo 
o Mundo Antigo ocidental. 
b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre 
o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o 
Império Romano, que venceu com muitas dificuldades 
porque ainda estava em guerra com outros povos. 
c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram 
na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, 
permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança 
de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a 
presença persa no Mediterrâneo. 
d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Co-
rinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e 
ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando 
os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo. 
e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico 
da Antiguidade, envolveu as principais cidades-Estados 
gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as 
forças militares cartaginesas. 
06.14. (FUVEST – SP) – O aparecimento da pólis constitui, 
na história do pensamento grego, um acontecimento 
decisivo. Certamente, no plano intelectual como no 
domínio das instituições, só no fim alcançará todas as 
suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas 
e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que 
se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um 
começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social 
e as relações entreos homens tomam uma forma nova, 
cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.
Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. 
Adaptado.
De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transfor-
mações provocadas pelo surgimento da pólis foi 
a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda 
estratégia de comunicação era baseada na escrita e no 
uso de imagens. 
b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o 
convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos. 
c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que 
reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina 
do monarca. 
d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa or-
ganização social dificultava a construção de identidades 
culturais. 
e) a constituição de espaços de expressão e discussão, 
que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus 
membros. 
06.15. (UFPR) – Considere o excerto de poema espartano do 
século VII a.C.:
[...] Pois não há homem valente no combate, 
se não suportar a vista da carnificina sangrenta
e não atacar, colocando-se de perto. [...] 
É um bem comum para a cidade e todo o povo, que
um homem aguarde, de pés fincados, na primeira fila, 
encarniçado e todo esquecido da fuga vergonhosa, 
expondo a sua vida e ânimo sofredor, 
e, aproximando-se, inspire confiança 
com suas palavras ao que lhe fica ao lado.
(Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. In: Hélade: Antologia da Cultura Gre-
ga, Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra / Instituto de Estudos 
Clássicos, 4. ed., 1982.)
16 Extensivo Terceirão
Com base nesse excerto, considere as afirmativas abaixo 
sobre os valores ressaltados no poema e sobre características 
da cidade-Estado de Esparta entre os séculos VII e V a.C.:
1. Esparta e Atenas compartilhavam do mesmo ideal mi-
litar expresso no poema, motivo pelo qual juntaram es-
forços na Liga de Delos.
2. O poema expressa os valores esperados dos soldados 
espartanos: a coragem, o espírito de combate e a coo-
peração com o coletivo.
3. Para sustentar o exército, o Estado espartano formou a 
Liga do Peloponeso e distribuiu as terras conquistadas 
entre as cidades-Estado aliadas.
4. Esparta manteve uma elite militar, formada pela educa-
ção rígida de suas crianças, que eram controladas pelo 
Estado e separadas de suas famílias.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
06.16. Péricles, que governou Atenas de 461 a 429 a.C., 
definiu o sistema político de sua cidade da seguinte maneira:
“Vivemos sob uma forma de governo que não se ba-
seia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, 
servimos de modelo a alguns ao invés de imitar ou-
tros. Seu nome, como tudo depende não de poucos, 
mas da maioria, é democracia”. 
Porém, para muitos historiadores modernos, ainda que se 
considere Atenas como local de origem e paradigma da 
democracia, ela não foi uma democracia modelo, pois exis-
tiam grupos sociais que eram excluídos do processo político.
Sobre a sociedade e os sistemas políticos da Grécia antiga, 
é correto afirmar: 
01) Diferentemente da vizinha Atenas, a cidade de Esparta 
adotava uma forma de governo conhecida como oli-
garquia ou diarquia. 
02) Com Péricles, a democracia ateniense foi ampliada; po-
rém seu governo também foi marcado pelo auge do 
escravismo. 
04) Desejando expandir seu sistema político, Atenas sub-
meteu Esparta e Tebas e deu aos habitantes dessas duas 
cidades os mesmos direitos conferidos aos atenienses. 
08) Durante o governo de Péricles, os cidadãos atenienses, 
independentemente da situação econômica de cada 
um, deveriam participar das assembleias e decisões de 
governo. 
16) Ao se dizer que o sistema político ateniense não era 
uma “democracia modelo”, faz-se referência ao fato de 
que apenas uma parte de seus habitantes eram reco-
nhecidos como cidadãos. 
06.17. (UNESP – SP) – Analise a letra da canção “Mulheres 
de Atenas”, de Chico Buarque e Augusto Boal, composta 
em 1976, para responder à questão abaixo.
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas [...]
(Chico Buarque, letra e música, 1989.)
a) Cite duas referências míticas presentes na canção.
Aula 06
17História 2A
Gabarito
06.01. a
06.02. d
06.03. c
06.04. d
06.05. b
06.06. c
06.07. a
06.08. b
06.09. d
06.10. a
06.11. c
06.12. a
06.13. c
06.14. e
06.15. b
06.16. 27 (01 + 02 + 08 + 16)
06.17 a) A palavra “falenas”, na 3.ª estrofe, faz re-
ferência às sereias, figuras lendárias da 
mitologia grega. Na 4.ª estrofe, há uma 
referências aos “presságios” presentes 
na mitologia grega em famosas histó-
rias como a do Oráculo de Delfos.
b) As mulheres atenienses não eram 
consideradas cidadãs e, logo, não 
participavam da democracia (4.ª es-
trofe, 3.ª linha) e eram vistas como 
meras reprodutoras de novos ate-
nienses (4.ª estrofe, 2.ª linha). 
06.18. 11 (01 + 02 + 08)
06.19. 20 (04 + 16)
b) Identifique duas características da condição da mulher na 
Atenas antiga, citando o trecho da canção que as menciona. 
06.18. (UEM – PR) – A civilização grega clássica acumulou 
notável desenvolvimento cultural e influenciou a formação 
cultural e histórica do Ocidente. O século V a.C., conhecido 
como o século de Péricles, marca a introdução de diversas 
contribuições acerca das quais é correto afirmar: 
01) O pensamento grego desse período caracteriza-se por 
nítido antropocentrismo e pelo racionalismo. Lega, as-
sim, contribuições importantes para a filosofia, a mate-
mática, o teatro, a arquitetura e a música. 
02) O humanismo dos gregos antigos valoriza a razão, a 
simplicidade, a harmonia e a ordem. Tal forma de pen-
sar influencia a concepção que empregavam ao dese-
nhar as cidades (pólis) e suas construções. 
04) Em Atenas, naquele período, viceja uma forma pionei-
ra de monoteísmo, dedicada ao culto do deus Cronos, 
que influenciou os israelitas no período do exílio e a 
elaboração da Bíblia. 
08) A filosofia grega não começa propriamente na Grécia 
continental, mas, sobretudo, nas colônias gregas da 
Jônia e da Magna Grécia. Os primeiros filósofos foram 
considerados pré-socráticos quando a divisão da filo-
sofia centrou-se na figura de Sócrates, que é ateniense. 
16) A cidade-estado de Atenas é um paradigma de demo-
cracia. Por um lado, incorpora a participação de homens 
e mulheres adultos. Por outro, combinando a participação 
direta em assembleias públicas com o sufrágio decorrente 
das urnas, lançou as bases para a democracia moderna. 
Desafio
06.19. (UFSC) – Entre os pobres muitos se dirigem a 
terras estranhas, vendidos e cobertos de correntes [...].
Quantos dos que tinham sido vendidos, uns injusta-
mente, outros com justiça, fiz voltar para Atenas, sua 
pátria, fundada pelos deuses [...].
Dei liberdade a outros que, aqui mesmo (emAtenas), 
sofriam servidão indigna e tremiam diante do humor 
dos patrões.
Eis o que realizei, graças à soberania da lei, fazendo 
com que a força e a justiça agissem concordemente.
Sólon, Elegias. Apud HOLANDA, S. Buarque de. História da Civilização. 6. ed. São 
Paulo: Nacional, 1979. p. 58.
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre 
a sociedade e a democracia ateniense, assinale a(s) propo-
sição(ões) CORRETA(S).
01) Na experiência democrática vivida pelos atenienses du-
rante o período helenístico, a escravidão foi eliminada 
através da legislação elaborada por Sólon, sobreviven-
do apenas a servidão voluntária.
02) As leis de Sólon, consideradas avançadas para a épo-
ca da sua promulgação, admitiam a escravização dos 
endividados ou filhos de escravos, pois a perda de di-
reitos individuais não feria os princípios da democracia 
ateniense.
04) Na sociedade ateniense, as três principais classes so-
ciais eram representadas por: cidadãos nobres, homens 
livres nascidos de pai e mãe ateniense; metecos, estran-
geiros autorizados a viver na Ática; e escravos, prisionei-
ros de guerra ou filhos de escravos.
08) Drácon publicou as primeiras leis escritas em Atenas e 
com elas reforçou o direito dos nobres de interpretar as 
leis segundo as próprias conveniências, dando origem à ti-
rania e ao adjetivo “draconiano”, que significa severo, rígido.
16) As manifestações de descontentamento com as leis de 
Drácon fez com que a administração de Atenas fosse 
confiada ao arconte Sólon, que realizou importantes 
reformas: proibiu a escravização de pessoas endivi-
dadas e perdoou as dívidas dos pequenos lavradores, 
devolvendo-lhes as terras perdidas.
18 Extensivo Terceirão
História
2A
Civilização grega III
Aula 07
Vimos que, após a vitória grega sobre os persas nas Guerras Médicas, Atenas liderou a chamada Liga ou Confede-
ração de Delos, reunindo cidades gregas aliadas com o objetivo de fortalecer militarmente a Grécia. As cidades aliadas 
deveriam contribuir enviando recursos financeiros para Atenas. Os atenienses, no entanto, utilizaram esses recursos em 
benefício próprio e consolidaram a cidade de Atenas como um grande império marítimo e comercial. Desta forma Atenas 
exerceu, em meados do século V a.C., a hegemonia sobre o mundo grego, o chamado Imperialismo Ateniense. Esparta 
e suas aliadas do Peloponeso não participaram da Liga de Delos e não aceitaram a hegemonia ateniense sobre o mundo 
grego. Os espartanos formaram a Liga do Peloponeso, contando com aliados das cidades de Tebas, Corinto e Megara, 
imbuídos em derrotar Atenas. 
A rivalidade entre as cidades gregas desencadeou a chamada Guerra do Peloponeso, conflito que se estendeu 
por 27 anos e terminou com a vitória de Esparta sobre Atenas no ano de 404 a.C., dando início à hegemonia de Esparta 
sobre o mundo grego. Atenas foi atingida pela peste, traída por Alcebíades e fracassou ao tentar tomar Siracusa. 
Finalmente foi vencida pelos espartanos que re-
ceberam ajuda financeira dos antigos inimigos 
persas e da esquadra de Corinto. 
O período de hegemonia espartana foi 
efêmero, pois as mesmas cidades que lutaram 
contra Atenas se voltaram também contra a 
hegemonia espartana e, lideradas por Tebas, 
venceram a antiga aliada na Batalha de 
Leuctras (371 a.C.). Em seguida, os tebanos 
são derrotados pelos atenienses, em 362 a.C., 
na batalha de Mantineia, na qual morreu o 
célebre general tebano Epaminondas. 
Todo esse conflito envolvendo as principais 
cidades gregas teve como principal consequên-
cia o enfraquecimento militar do mundo grego. 
Ou seja, após décadas de intensos combates as 
cidades gregas estavam exauridas e o território 
vulnerável, abrindo caminho para as conquistas 
de Filipe II da Macedônia.
Império macedônico
Situada ao norte da Grécia, a Macedônia foi, durante muito tempo, um pequeno reino. Filipe II, ao realizar, no 
século IV a.C., a centralização político-mili tar, lançou os fundamentos do Império Macedônico. Em 338 a.C., Filipe II 
conquistou a Grécia na Batalha de Quero neia. Dois anos mais tarde (336), foi assassinado por um dos seus oficiais. 
Foi sucedido pelo seu filho Alexandre que, com apenas 20 anos de idade, herdou o trono imperial. Após dominar 
com muita energia várias revoltas de cidades gregas, Alexandre lançou-se (334) à conquista do Império Persa. Em 
10 anos de batalhas espetaculares, fundou um dos maiores impérios de todos os tempos: da Macedônia ao oceano 
Índico, do Egito até a Índia. Mas Alexandre morreu repentinamente, na Babilônia (323 a.C.), com apenas 33 anos de 
idade. Após a morte de Alexandre, seu grandioso império se desintegrou devido às ambições de seus generais e 
também em função da falta de solidez desse efêmero império mundial.
 Hoplitas (guerreiros espartanos) em ação no monte Itome, Península do 
Peloponeso
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Aula 07
19História 2A
Processo de helenização 
no Oriente
Alexandre conquistou o mundo, a fim de 
unificá-lo. Levou à Ásia filósofos e enge-
nheiros, que fundaram cidades helênicas 
por onde passaram as tropas vitoriosas. 
As consequências imediatas da política 
de Alexandre foram: a circulação 
das riquezas asiáticas; o desen- 
volvimento das relações 
Europa-Oriente, com am- 
pliação das rotas comerciais 
e fundação de portos e 
cidades; fusão de povos 
(casamentos entre helenos 
e orientais); difusão da 
língua, da arte e do pensa-
mento helênicos (gregos). 
A escultura e a pintura 
tornaram-se mais realis-
tas, a arquitetura adquiriu 
luxo e grandiosidade e 
as ciências sofreram 
um grande impulso. 
Destaques: nas artes, 
as obras Vênus de Milo, Vitória de Samotrácia, Colosso 
de Rodes, etc. Na Filosofia: o estoicismo e o epicurismo; 
na Matemática: Euclides; na Física: Arquimedes; na 
Astronomia: Aristarco. No período helenístico, a cidade 
de Alexandria, no Egito, ficou famosa por seus museus e 
por sua biblioteca de 500 000 obras.
Cultura grega
É indiscutível que os gregos, mais do que qualquer 
outro povo, moldaram a nossa cultura ocidental. O poeta 
inglês Shelley exclamou: “Somos todos gregos. Nossas 
leis, nossa literatura, nossa religião, nossas artes têm 
suas raízes na Grécia”. Deixando de lado os exageros, o 
grande poeta estava certo.
Artes
Período geométrico (900/700 a.C.) 
É chamado de geométrico devido ao estilo das ce-
râmicas que eram decoradas com desenhos abstra tos: 
triângulos, formas em xadrez e círculos concên tricos. 
Templos de madeira ou de tijolos crus; esculturas de 
terracota (terra cozida); aspecto geral pobre.Cor
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Conquistas de Alexandre Magno
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20 Extensivo Terceirão
Período arcaico (700/480 a.C.) 
Os pintores de vasos procu ram contar histórias. Ri-
queza de conhecimentos anatômicos e a surpreendente 
ilusão de existirem três dimensões. 
A forma da escultura e da pintura era determinada 
pela éti ca da nobreza e pelo ideal aris tocrático de be-
leza corporal e espiritual (o belo é bom). Na escultura, a 
influência egípcia. Grandes estátuas ar caicas de jovens 
(kouros) e de donzelas (koré).
Na arquitetura, a constru ção de edifícios inteiramen-
te de pedras. Aumento das di mensões e definem-se as 
duas ordens principais: a dórica e a jônica.
Período clássico (480/323 a.C.) 
A arquitetura grega foi talvez a mais original da 
história. Os gregos empregaram mármores e pedras. O 
apogeu aconteceu no século V a.C., chamado Século de 
Péricles, quando Atenas viu a Acrópole receber belas 
construções, como o Partenon, cujo friso foi esculpido 
por Fídias e tinha estilo dórico. 
A arquitetura grega apresentava três estilos: dóri co, 
jônico e coríntio. 
É fácil diferenciar os três estilos pelo capitel (parte 
superior) das colunas. Observe:
 dórico: simples, 
apenas com uma 
placa de mámore;
 jônico: forma-
do por volutas 
(adornos em 
esperial);
 coríntio: tem 
forma de sino 
invertido envol-
vido por folhas 
de acanto.
Na escultura, embora empre gassem madeira, terra-
cota e

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