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Pesquisa cientIfica_ ficaadica - Kadigia Faccin

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SUMÁRIO
Apresentação
Primeiro Passo
Segundo Passo
Terceiro Passo
Quarto Passo
Quinto Passo
Sexto Passo
Sétimo Passo
Oitavo Passo
Nono Passo
Décimo Passo
Referências
APRESENTAÇÃO
Amigos Leitores!
Quando decidimos escrever este livro com dicas
fundamentais para iniciar uma pesquisa científica,
pensamos em facilitar e tornar o seu ingresso no mundo
das investigações acadêmicas mais fácil e encantador.
Em nossas aulas e orientações de artigos de
Graduação e Pós- Graduação, percebemos a dificuldade
que a maioria dos nossos alunos tinham para definir
problemas de pesquisa, identificar, desenvolver, analisar
e interpretar os dados da sua investigação. Assim,
passamos a discutir em conjunto como poderíamos
elaborar um material que facilitasse o aprendizado e,
principalmente, que afastasse o medo que muitos têm
sobre a pesquisa, trazendo passos e dicas de fácil
entendimento.
Nós, professores, alicerçamo-nos em uma
incomodação para iniciarmos este projeto: os livros de
metodologia são técnicos demais e, ao invés de ajudarem
os iniciantes, acabam por assustá-los! Então,
incomodados com a tecnicidade da literatura da área de
metodologia, em relação a qual muitos dos nossos
acadêmicos não conseguiam compreender o que os
autores queriam dizer sobre o assunto e/ou como deveria
ser realizada uma pesquisa com a utilização da técnica
qualitativa ou quantitativa, ou até mesmo com o fato de
não conseguirem elaborar um simples problema de
pesquisa, começamos a escrever dicas para compartilhar
com nossos alunos em sala de aula.
Chamamos esta proposta de projeto, pois
acreditamos que este é apenas um passo, um pequeno
passo para inseri-los na pesquisa. Como disse Neil
Armstrong ao dar seu primeiro passo na lua, “[…] um
pequeno passo para o homem, um grande salto para a
humanidade”. Pode parecer utópico, mas é assim que nós
nos sentimos ao concretizar este livro. Estamos dando um
primeiro passo para tornar a pesquisa acessível e
praticável por todos!
Se conseguirmos contribuir para uma pessoa
desmistificar suas dúvidas sobre a pesquisa e esta ajudar
outra, e outra e assim por diante, todo o nosso esforço
aqui depositado valeu a pena, já que os 10 passos e as 10
dicas deixadas aqui são consideradas por nós e por outros
colegas nossos como “valiosas”.
O livro está dividido em 10 capítulos. Em cada
capítulo, deixamos um passo essencial a ser seguido e
uma dica fundamental para facilitar a trajetória. Através
de tais instrumentos, buscamos, de forma simples e clara,
transmitir a sua essência. Você perceberá, no decorrer de
sua leitura, que, em todos os capítulos, buscamos utilizar
uma linguagem clara e de fácil entendimento,
desmistificando realmente a pesquisa - o que é o
propósito deste livro. Esperamos sinceramente que nossos
apontamentos explicitados aqui possam ajudá-los.
Cordialmente,
Os Autores.
PRIMEIRO PASSO
 
COMO COMEÇAR, COMO DAR
O PRIMEIRO PASSO?
ESCOLHA UM BOM ASSUNTO !
PRIMEIRA DICA:
Busca onl ine por títu l os de
traba lhos.
1. PRIMEIRO PASSO: ESCOLHER UM ASSUNTO
O primeiro passo é escolher um assunto sobre o
qual irá escrever. Esse assunto prenderá a sua atenção. A
primeira resposta, sem dúvida, e essencial, é muito
simples: escreva sobre algo que você realmente gosta.
Escreva sobre um assunto que você tem interesse ou
afinidade, e não apenas porque é atual, ou porque alguém
orientou você a escrever sobre ele.
Começar uma pesquisa científica, seja um trabalho
de conclusão de curso ou um artigo, é sempre uma tarefa
bastante exaustiva e, às vezes, até um pouco assustadora.
Em relação às horas dedicadas para leitura, ao
tempo despendido para a pesquisa, aos feriados, sábados
e domingos, e a algumas madrugadas em frente ao
computador, perceba que você ficará condicionado,
porque fez escolhas. Então, faça escolhas coerentes de
acordo com as suas afinidades.
É você quem ficará horas na biblioteca ou na
internet em busca de livros e materiais científicos,
realizando prévia leitura de algumas obras sobre o tema
que escolheu. Em virtude dessas razões, é importante
escolher um assunto pelo qual você tenha interesse e do
qual realmente goste, já que está interessado em descobrir
mais sobre os possíveis resultados da temática.
Se o primeiro passo é escolher o assunto, para
descobrir um assunto que prenda a sua atenção, sugere-se
procurar artigos em eventos consolidados como da área
da Administração, os eventos da ANPAD e da ANGRAD,
e outros afins, como ENEGEP, SEMEAD, entre outros.
Use, também, periódicos que estão à disposição online e
fisicamente nas bibliotecas.
Sugere-se que você faça uma busca pelo tema e
elenque os principais títulos dos trabalhos encontrados.
Você pode colocar alguns dos que mais chamarem a sua
atenção em uma planilha do Excel! Nos títulos, estarão
contidos os assuntos que chamam a sua atenção!
Depois disso, recomenda-se que você comece a
leitura do resumo desses trabalhos, com o intuito de
aprofundar o conhecimento sobre a pesquisa do
respectivo trabalho científico, seja artigo, dissertação ou
tese. Assim que você se interessar por um título, já pode
copiar também o resumo desse trabalho para a sua
planilha.
Assim, você poderá ler todos os resumos e
escolher os trabalhos mais atraentes para uma leitura
completa. Após a leitura, você ainda pode anotar as suas
percepções sobre o artigo e a forma de condução da
pesquisa, organizando uma ficha de leitura!
Para quem já escolheu o tema, filtre somente
trabalhos do assunto pretendido. Contudo, para aqueles
que ainda estiverem com dúvida em relação ao tema, o
campo de busca de diversos assuntos será mais vasto e,
consequentemente, as chances de encontrar algo
desafiador e instigante serão mais amplas. É importante
salientar que atualmente esses acervos de trabalhos
científicos estão disponíveis, inclusive os livros, no
formato online ou nos acervos virtuais.
A dica para este tópico é fazer uma busca online em diversos
artigos científicos, seja em congressos, seminários ou periódicos (revistas
científicas), e deixar os livros, dissertações e teses para uma segunda
consulta, pois estes últimos são mais extensos, enquanto que os artigos
são mais sucintos e, por essa característica, facilitam a procura. Existem
bancos de dados de artigos científicos como o Scielo e o Spell que são
gratuitos. Você pode consultar diversos trabalhos nesses ambientes.
Reforçando: você deve pesquisar primeiro os títulos, depois os resumos;
e, após essas tarefas, poderá então aprofundar o estudo nas demais
partes ou capítulos dos trabalhos pesquisados.
Segue uma sugestão para você construir a sua
planilha de leituras:
PRONTO! ESCOLHI O ASSUNTO. E AGORA?
SEGUNDO PASSO
DESENVOLVA O PROBLEMA DE
PESQUISA E CRIE O OBJETIVO
GERAL DO TRABALHO.
 
SEGUNDA DICA:
Rep l i car um obj et ivo gera l já existente.
2. SEGUNDO PASSO: DESCOBRINDO O PROBLEMA
DE PESQUISA E CRIANDO OS OBJETIVOS DO
TRABALHO
Após escolher o assunto, passe para a descoberta
do problema de pesquisa e a formulação dos objetivos do
trabalho, porque, sem eles, sem uma direção, do que
adiantará dezenas e centenas de materiais para pesquisar
se não sabe o que fará com eles. Tenha em mente a
seguinte lógica: (1) desenvolva o problema de pesquisa;
(2) o objetivo geral; e, por último, (3) os objetivos
específicos. O problema de pesquisa é uma pergunta ou
questionamento cuja resposta não pode ser simplesmente
um sim ou um não. Um problema de pesquisa bem
formulado tem a seguinte estrutura:
Figura 1: Estrutura do Problema de Pesquisa
Fonte: Elaborado pelos autores
Após o problema de pesquisa ser definido, deve-
se elaborar o objetivo geral, cuja estrutura ideal é a que
segue abaixo:
Figura 2: Estrutura do Objetivo Geral
Fonte: Elaborado pelos autores
Perceba que a diferença entre problema de
pesquisa e objetivo geral éapenas o início. Enquanto o
problema de pesquisa inicia com um pronome
interrogativo (qual, quais, etc.), o objetivo geral inicia
com um verbo no infinitivo (identificar, analisar, entre
outros). Dessa forma, o objetivo geral é a ação que
responde o questionamento do problema de pesquisa.
Geralmente, o artigo científico começa com um objetivo
geral, não mencionando o problema de pesquisa; já no
trabalho de conclusão de curso e em projetos de pesquisa,
inclusive dissertação e tese, é imprescindível haver os
dois.
Torna-se importante salientar que a estrutura
mencionada anteriormente não trouxe a variável tempo no
final da sentença, porque é mais comum a estrutura listada
nas Figuras 1 e 2. Contudo, há casos em que os autores
mencionam o tempo da pesquisa como, por exemplo:
analisar o nível de comprometimento organizacional dos
funcionários da empresa Alfa no segundo semestre de
2015. Nesse caso, também é considerado correto, mas
menos usual.
a)
b)
Pesquisas bibliométricas, que são análises
quantitativas e qualitativas de artigos científicos,
predominantemente, mencionam a variável tempo, como
por exemplo: apresentar um levantamento das
metodologias e estratégias utilizadas nas publicações da
área temática de Administração da Informação –
Impactos Socioculturais dos Sistemas de Informação do
ENANPAD, no período de 2003 a 2007 (RIBAS et al.,
2008).
Se o problema de pesquisa é a pergunta que
norteia o estudo, sua resposta não pode ser simplesmente
um sim ou não, mas uma resposta para a qual seja
necessária uma pesquisa mais abrangente como a
percepção de diversos fatores segundo uma amostra ou
população. Consequentemente, o objetivo geral é a ação
principal que ajuda a encontrar a resposta do problema de
pesquisa. Por fim, os objetivos específicos são pequenas
ações que operacionalizam o objetivo geral. Desse modo,
os específicos possuem a mesma estrutura que o objetivo
geral, ou seja, iniciam sempre com um verbo no infinitivo.
No caso do objetivo geral, apresentado na Figura
2, que relata a análise do comprometimento
organizacional, seria possível elaborar os seguintes
objetivos específicos:
identificar o perfil predominante dos entrevistados.
identificar o nível do comprometimento organizacional afetivo,
instrumental e normativo.
c)
a)
b)
relacionar o perfil predominante dos entrevistados com o
comprometimento organizacional afetivo, instrumental e
normativo.
Os objetivos específicos são pequenas etapas da
pesquisa para que seja possível realizar a ação principal
que é o objetivo geral. Trata-se, então, de uma espécie de
passo a passo, de caminho que deve ser perseguido para
chegar ao objetivo geral.
Perceba que, encontrada a resposta dos objetivos
específicos, é possível analisar o comprometimento
organizacional da população ou amostra, inclusive de
acordo com o perfil predominante dos entrevistados.
Lembre-se de que os objetivos específicos iniciam
sempre com um verbo no infinitivo para denotar uma
ação.
Veja alguns exemplos de objetivos gerais
elaborados e utilizados em trabalhos científicos na área
de gestão de pessoas. Esses modelos foram retirados de
seminários, congressos e revistas científicas conceituadas
na área:
identificar características de um sistema de remuneração para o
corpo docente de instituições de ensino tendo por base sistemas
de remuneração adotados por organizações de outros setores
(COELHO; ROGLIO, 2010).
identificar a relação dos valores humanos sobre o
comprometimento organizacional de uma amostra de
colaboradores de diversas empresas da cidade de Caixas do Sul
(RIBAS, 2010).
c)
d)
e)
f)
g)
h)
identificar os fatores causadores de prazer e sofrimento na
percepção dos cirurgiões-dentistas, decorrentes de suas
atividades de trabalho nas Unidades de Saúde da Prefeitura de
Betim (MAXIMO; CANÇADO; JEUNON, 2012).
analisar a qualidade de vida no trabalho dos profissionais de
enfermagem nos prontos socorros dos hospitais do estado do
Espírito Santo (SOUZA, 2012).
analisar de que forma as práticas de gestão de pessoas
favorecem o processo de submissão dos gestores (ZAGONEL;
FERRAZ; SOBOLL, 2012).
discutir a condição paradoxal da área de recursos humanos (RH)
a partir de duas perspectivas de racionalidade: instrumental e
substantiva (MUZZIO, 2014).
identificar como a resistência à mudança afeta o nível de estresse
dos trabalhadores (MARQUE; BORGES, 2013).
analisar de que forma as práticas discursivas dos líderes
influenciam a aprendizagem organizacional (ROTHERMEL et al.,
2013).
Perceba que todos os objetivos, mesmo aqueles
oriundos de diversos trabalhos e autores diferentes,
possuem a mesma estrutura da Figura 2 exposta nesta
obra. Ratifica-se que todas as sentenças iniciam com um
verbo no infinitivo denotando ação, mencionam o assunto
e, predominantemente, elencam os objetos de estudo ou a
amostragem que será foco da pesquisa.
A dica para este tópico é encontrar trabalhos que já
desenvolveram a pesquisa que você gostaria de fazer. Não é
errado e nem é plágio replicar os objetivos de um trabalho.
Entretanto, perceba que é uma replicação de um estudo já
existente, ou seja, você estará realizando a mesma ação em
um contexto diferente; não copiando, portanto, o trabalho.
Pode então replicar os objetivos, mas não
reproduzir, sem citação adequada, qualquer produção
textual pertencente ao trabalho que está sendo replicado,
senão será plágio.
No caso dos exemplos já citados, você pode
replicá-los se desejar. Logo, ao invés de aplicar em uma
empresa do ramo industrial, aplique o estudo em um
hospital, ou instituição de ensino, e perceba que o mesmo
objetivo de trabalho pode ser replicado em diferentes
cenários, originando diversos resultados, cada qual com
suas peculiaridades. Você inclusive poderá comparar e
apontar diferenças entre vários setores, regiões ou
cidades, buscando explicar o porquê da existência de
resultados distintos.
Você ainda poderá criar gráficos comparativos,
tabelas ou mapas temporais.
OBJETIVO ESCOLHIDO! E AGORA? QUAL É O
PRÓXIMO PASSO NESSE CAMINHO DA
PESQUISA CIENTÍFICA?
TERCEIRO PASSO
AGORA SERÁ DESENHADO O
CAMINHO DA PESQUISA: O MÉTODO
 
TERCEIRA DICA:
Uti l ize instrumentos de co l eta de
dados va l i dados.
3. AGORA SERÁ DESENHADO O CAMINHO DA
PESQUISA: O MÉTODO
Existem diversas denominações e tipos de
pesquisa, o intuito, aqui, é expor dicas e não aprofundar
os conceitos. Dessa forma, para compreender e desenhar a
pesquisa do estudo, torna-se essencial saber a diferença
entre pesquisa qualitativa e quantitativa. As principais
diferenças entre elas estão na tipologia ou na quantidade
da amostragem envolvida para o estudo, e na maneira
como os dados serão tratados nos resultados.
Na pesquisa qualitativa, o autor trabalha com um
número reduzido de entrevistados ou de objetos
estudados. Já na pesquisa quantitativa esse número é
representativo em relação à totalidade ou população, e os
dados serão tratados estatisticamente; enquanto que, na
qualitativa, são tratados principalmente por meio da
análise de conteúdo.
Para definir qual o procedimento metodológico
mais coerente para a sua pesquisa, deve-se verificar
primeiramente a quantidade de entrevistados ou de
objetos analisados. Lembre-se de que a pesquisa poderá
ser definida como qualitativa ou quantitativa, ou ainda de
triangulação, que pode ser realizada por meio do
cruzamento da pesquisa qualitativa e quantitativa no
estudo. A triangulação refere-se ao recolhimento de dados
recorrendo a diferentes fontes. Distinguindo subtipos de
1.
triangulação, Denzin (1978) propõe que se estude o
fenômeno em tempos (datas – explorando as diferenças
temporais), espaços (locais – tomando a forma de
investigação comparativa) e com indivíduos diferentes. A
triangulação é a mais completa e ideal, porque há a
possibilidade de cruzar os dados quantitativose
corroborá-los com os dados qualitativos, ou vice-versa.
Pode-se sintetizar a pesquisa quantitativa como
aquela em que você utiliza um questionário estruturado e
possui uma amostragem significativa em relação à
totalidade do universo. Já a pesquisa qualitativa é aquela
em que você utiliza um questionário semiestruturado ou
um protocolo de pesquisa, e sua amostragem é reduzida
em relação ao universo.
É importante destacar que a escolha do método se
dá a partir do problema de pesquisa. Problemas de
pesquisa que visam identificar, como acontece e por que
acontece alguma coisa, normalmente, têm orientação
qualitativa. Já problemas de pesquisa vinculados a
questões como quais os fatores ou qual a relação entre,
normalmente, possuem orientações mais quantitativas.
No Quadro 1, são apresentadas as principais
características da abordagem qualitativa e quantitativa:
ABORDAGEM
QUANTITATIVA
ABORDAGEM
QUALITATIVA
Trabalha amostras mais amplas
2.
3.
4.
5.
6.
7.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
havendo um número mínimo de
entrevistados.
A representatividade do universo
torna-se importante.
Aceita amostragem não
probabilística e probabilística.
Os dados são tratados
estatisticamente (frequência,
média, mediana, desvio padrão,
correlação, fatorial, regressão,
etc).
Indicada quando já se tem mais
informações sobre o assunto do
trabalho (modelos, fatores,
características, etc.).
Instrumentos de coleta de dados
estruturados (escala likert, etc.).
Fornece dados mais precisos
numericamente em relação ao
objetivo (frequência, média, etc.).
Trabalha amostras reduzidas, não
havendo um número mínimo de
entrevistados.
Nem sempre é representativa do
universo amostral.
Aceita somente amostragem não
probabilística.
Os dados são analisados em seu
conteúdo simbólico e
interpretados pelo autor (análise
de conteúdo).
Indicada quando se tem poucas
informações sobre o fato a ser
estudado ou quando se quer
aprofundar o assunto.
Instrumento de coleta de dados
semiestruturado (protocolos de
entrevistas, etc.).
Fornece análises mais profundas
sobre motivações, atitudes e
tendências de comportamento.
Quadro 1: Características da Abordagem Qualitativa e Quantitativa
Fonte: Elaborado pelos autores
A metodologia utilizada nos artigos científicos, de
maneira geral, é escrita no máximo em uma folha por meio
de parágrafos sem divisão de subtítulos. Contudo, mesmo
não havendo essa divisão, é possível identificar uma
determinada estrutura distinta entre os parágrafos.
Primeiro os autores expõem a abordagem da pesquisa,
seja ela qualitativa, quantitativa, e/ou qualitativa-
quantitativa e, nessa sequência, também aborda a natureza
da pesquisa, seja ela descritiva, exploratória,
experimental ou survey, entre outras. Também delimitam
se a pesquisa é do tipo estudo de caso ou estudo de caso
múltiplo.
Na sequência dos parágrafos, o autor expõe se a
pesquisa utilizou toda a população. Se isso for
confirmado, o pesquisador estará utilizando o censo.
Também deverá relatar a amostragem utilizada, sendo ela
não probabilística, ou probabilística, explicando os
detalhes da escolha e os cálculos utilizados no caso da
amostragem probabilística. Lembre-se de que a diferença
entre a amostragem ser probabilística ou não
probabilística é que, na primeira, os resultados podem ser
aferidos para toda a população; e, na segunda, apenas
para os entrevistados.
Em um novo parágrafo, o autor expõe a técnica de
coleta de dados, cujo objetivo é explicar ao leitor como
foi desenvolvido o instrumento, como ele é estruturado,
quantas questões possui, qual a escala de mensuração
utilizada, se foi realizado pré-teste e se o instrumento foi
validado. Além disso, em alguns casos, é possível
mencionar se o instrumento utilizado é adaptado de outro
estudo. Utilizar instrumento de coleta de dados já
validado é o caminho mais econômico para o seu tempo,
porque alguém já fez todos os pré-testes e testes
estatísticos necessários para validá-lo. Nesse parágrafo, é
importante deixar evidenciado como e onde foi aplicada a
entrevista ou o questionário, ou seja, o método de
pesquisa.
Se for utilizado o método qualitativo, com um
questionário semiestruturado e gravado, descreva como
este ocorreu e o tempo de duração de cada entrevista. A
entrevista gravada facilita ao entrevistador, pois este
poderá prestar atenção aos detalhes da conversa ao invés
de estar anotando o que está sendo dito pelo entrevistado.
Por fim, na metodologia, utiliza-se um parágrafo
para explicar a técnica de análise de dados. No caso da
pesquisa qualitativa, uma técnica muito utilizada é a
análise de conteúdo. No entanto, na pesquisa quantitativa,
são as técnicas estatísticas descritivas univariadas e
multivariadas.
O tópico de metodologia fica estruturado em
apenas uma folha, dividida em quatro, cinco ou seis
parágrafos, em média, conforme a Figura 3:
Figura 3: Método de Pesquisa
Fonte: Adaptado a partir de Rodrigues et al. (2009)
A Figura 3 demonstra que existe uma estrutura no
desenvolvimento da metodologia que ajudará o leitor a
escrever a sua. Seguindo os passos na sequência proposta,
o autor deve primeiro falar da abordagem, da natureza e
do tipo de pesquisa em um, dois ou três parágrafos. Em
um segundo momento, deve explicar sobre a escolha dos
entrevistados (objeto, população ou amostragem) em um
ou dois parágrafos. Depois, deve esclarecer como
elaborou o instrumento de coleta de dados e como ele é
composto, ou se utilizou algum já existente e validado
pela literatura. E, por último, deve escrever sobre as
técnicas de análises de dados que utilizou no estudo.
A dica para este tópico, e serve também para economizar o
tempo do leitor, é realizar a pesquisa com um instrumento já validado pela
literatura. Um instrumento validado é um questionário que já foi testado
ou utilizado outras vezes.
Vale lembrar que geralmente os artigos científicos não trazem
como anexo esse instrumento, havendo a necessidade de entrar em
contato com o autor da pesquisa para solicitar, ou buscar a fonte de
pesquisa em que o artigo pesquisado encontrou o instrumento caso ele
também tenha citado um instrumento validado. Já nas dissertações e
teses, sempre haverá, no anexo, o instrumento utilizado. Dessa maneira, o
autor pode replicar e adaptá-lo ao seu estudo, lembrando sempre de fazer
a devida citação para não correr o risco de ocasionar plágio.
METODOLOGIA PRONTA E DELINEADA! QUAL
É O PRÓXIMO PASSO?
QUARTO PASSO
CONTINUE ESCREVENDO O REFERENCIAL
TEÓRICO
 
QUARTA DICA:
Real izar um l evantamento de sumários de
TCCs, d issertações e teses, ou el encar
títu l os e subtítu l os ut i l izados em arti gos
c i entífi cos.
4. CONTINUE ESCREVENDO O REFERENCIAL
TEÓRICO
O referencial teórico, também conhecido como
fundamentação teórica, revisão bibliográfica,
embasamento teórico, é a parte do trabalho da pesquisa
em que o autor coloca no papel as ideias, os conceitos, as
características, os modelos validados, inclusive os
resultados de outros estudos, reforçando as teorias dos
autores a respeito do assunto de seu objetivo geral.
Não somente conceitos, mas importante também é
trazer resultados de outros trabalhos, que corroborem com
o presente estudo. O autor pode trazer resultados que são
contrários com os possíveis resultados do presente
estudo, como também apresentar resultados que divergem
com os possíveis resultados futuros, uma vez que, mesmo
positivo ou negativo, resultados são formas de contrapor,
relacionar ou ratificar estudos de outros autores e de
outras realidades investigadas.
O quê ler? Quais fontes de pesquisa buscar? A
primeira sugestão ao autor é conversar com professores e
pesquisadores da área sobre o assunto investigado, pois
eles estarão munidos de informações atualizadas sobre o
assunto; munidos, inclusive, de materiaisque podem
compartilhar.
Não tenha medo de enviar e-mail aos autores de
artigos que você encontrar, solicitando materiais ou
referências. Nem sempre você receberá o retorno, mas
aqueles que responderem as suas solicitações certamente
enviarão materiais e dicas úteis para a sua pesquisa.
Ainda, visitar a biblioteca é fundamental, mas não é
suficiente, pois hoje em dia a tecnologia ganhou força e
legalidade, e o pesquisador pode buscar informações em
diversos bancos de dados, tais como: faculdades, centros
universitários e universidades. Nesses ambientes, você
encontrará trabalhos de conclusão de curso, dissertações,
tese e artigos científicos na modalidade online.
Existem também sites de encontros, seminários e
congressos científicos, e muitos deles disponibilizam o
material ao público. Uma primeira leitura aos livros
sempre é mais fácil, pois a escrita é menos complexa, e
geralmente o autor do livro procura explicar
detalhadamente como chegou ao resultado, o que muitas
vezes não acontece com os artigos científicos. Em
contrapartida, os livros fornecem, geralmente, a visão de
um autor, enquanto que os artigos científicos trazem uma
percepção do autor, baseado em diversos autores, ou seja,
uma discussão sobre determinado tema sob a ótica de
vários pensadores. Esse fato faz com que os trabalhos
científicos se tornem mais valorizados do que os próprios
livros.
Outro fator que deve ser levado em consideração é
o ano da obra que está utilizando. É sugerido que tanto os
livros quantos os artigos científicos utilizados para
escrever o referencial teórico sejam atualizados.
No entanto, se você for escrever um trabalho sobre
um pensador do século XIX, um exemplo Karl Marx, você
deve buscar a obra desse autor, pois é dele que se trata o
assunto do tema pesquisado.
Sugere-se que, na escrita do texto, você evite usar
a expressão (apud). Essa expressão vem do latim e quer
dizer “citado por”, “segundo” ou “conforme”. Uma boa
dica para evitar o uso em demasia do “apud” é olhar na
referência da obra que está lendo e identificar o autor, o
título e o ano da sua publicação e procurar encontrá-la na
internet na modalidade digital ou mesmo na biblioteca e
lê-la; evitando, dessa forma, esse uso.
Mais uma sugestão para uma boa escrita é lembrar
que se deve procurar amarrar as ideias dos parágrafos
entre si e também dos títulos e subtítulos entre os
parágrafos para não cair na expressão: “o assunto caiu de
paraquedas”.
Para uma boa escrita, todo o título ou subtítulo
deve ter relação direta com o objetivo geral e deve ser
iniciado com a escrita de um parágrafo, evitando iniciar
com citações diretas, quadros ou alíneas, porque, mesmo
que o autor queira expor uma figura que sintetize o
esquema do seu referencial teórico, ela ficará muito mais
clara se preceder de um parágrafo introdutório, que
apresenta a própria figura síntese do embasamento
teórico.
Outra dica é construir parágrafos com, no mínimo
dois autores. Quanto mais autores citados no parágrafo,
mais claro fica que aquele que escreve tem poder de
síntese e argumentação. Isso evidencia que o autor do
trabalho realmente fez leituras de materiais científicos e
que conhece o assunto sobre o qual está escrevendo.
Vale lembrar que todos os parágrafos devem ter
citação, direta ou indireta, e só não haverá citação caso o
autor do trabalho esteja fazendo uma relação entre os
autores citados no parágrafo anterior; ou, ainda, quando o
autor estiver amarrando ou discutindo a ideia favorável ou
contrária do assunto; ou então quando estiver ratificando a
convergência ou divergência dos conceitos e resultados
dos autores citados.
Salienta-se que, no referencial teórico, não há
posição, fala ou ideia do autor que está escrevendo o
trabalho, mas apenas dos autores referenciados. É por
essa razão que o texto deve, preferencialmente, ser escrito
em terceira pessoa.
É importante lembrar, principalmente no
referencial teórico, que todo o texto escrito, sem a correta
citação, poderá ser uma cópia de outro trabalho,
denominado plágio. Cabe advertir que o plagiador pode
responder legalmente na justiça por cópia indevida de
material. Caso tenha ainda alguma dúvida se plagiar é
crime, consulte o Artigo 5º, Parágrafos 27 e 28, da
Constituição Federal, e a Lei 9.610/98 do Código Civil.
Se você estiver com dúvidas sobre a existência de
plágio em seu trabalho, por descuido em alguma citação,
por exemplo, você mesmo pode revisar seu trabalho. É
muito comum encontrar na internet, softwares gratuitos do
tipo “caça plágio”.
Ao final do seu referencial teórico, você poderá
criar um tópico chamado “Panorama atual da pesquisa
sobre o tema estudado”. Essa parte pode conter uma
espécie de análise bibliométrica sobre estudos recentes,
enfatizando principais autores utilizados, métodos e
objetos de estudo, temas correlatos, achados e dicas para
estudos futuros.
Para facilitar a criação desse tipo de seção, você
pode utilizar a ideia do quadro no Excel, que já foi citada
anteriormente.
Lembre-se também de que tudo o que foi abordado
no objetivo geral e nos objetivos específicos deve constar
no referencial teórico. Pode-se iniciar o referencial
tratando de um breve histórico da evolução do tema
abordado, apresentar tópicos sobre os principais
conceitos, os modelos que a literatura aborda, as
principais características, fatores e indicadores, inclusive.
A dica para este tópico, justamente quando o autor se questiona:
que tópicos devo abordar sobre o meu assunto, é realizar um
levantamento de sumários de TCCs, dissertações e teses, ou elencar
títulos e subtítulos utilizados em artigos científicos para verificar quais
foram os temas abordados, pois copiar título e subtítulo não é cópia
indevida, até porque os títulos e subtítulos são limitados e muitos acabam
escrevendo da mesma maneira, mas somente o título, não o parágrafo.
REFERENCIAL EM ADAMENTO! QUASE
PRONTO! O QUE DEVO FAZER AGORA?!
QUINTO PASSO
AJUSTE A FORMATAÇÃO BÁSICA DO
ARTIGO CIENTÍFICO
 
QUINTA DICA:
Formate o ed itor de texto para ter i deia
do andamento do art i go c i entífi co.
5. AJUSTE A FORMATAÇÃO BÁSICA DO ARTIGO
CIENTÍFICO
Existem duas maneiras que se complementam para
ajustar a formatação básica do artigo científico. Primeiro,
a regulamentação da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) que sugere determinados critérios.
Atualmente, a ABNT orienta que o papel a ser utilizado
seja no formato A4, que as margens esquerda e superior
sejam de 3 (três) centímetros, e que as margens direita e
inferior sejam de 2 (dois) centímetros.
A fonte deve ser no tamanho 12 (doze), mas, em
citações diretas, devem ser no tamanho 10 (dez) quando
ultrapassarem três linhas. O tipo da fonte é opcional para
Times New Roman ou Arial, sendo mais usado pelos
autores o tipo Times New Roman. As entrelinhas para
todo o texto deve ser de 1,5 linhas de espaçamento, exceto
em citações diretas com mais de 3 (três) linhas de escrita,
que deve ter espaçamento simples (tamanho 1 (uma) linha
simples), e recuo de 4 (quatro) centímetros da margem
esquerda.
O recuo, popularmente conhecido por novo
parágrafo, deve ser de 1,25 centímetros ou de 2,5
centímetros da margem esquerda. O espaço entre o título e
o novo parágrafo ou entre o parágrafo e um novo subtítulo
deve ser de apenas 1 (um) espaçamento de 1,5 (uma linha
e meia) linhas, Veja a Figura 4. Ela exemplifica o
enunciado acima da formatação.
Figura 4: Título 1 e Espaçamento
Fonte: Philereno (2014, p. 34)
Na Figura 5, há um exemplo de Título 2:
Figura 5: Título 2 e Espaçamento
Fonte: Philereno (2014, p. 35)
A outra resposta complementar ao que foi
mencionado é que cada Instituição de Ensino Superior,
congresso, seminário, evento ou periódico em que o
trabalho será submetido, possui muitas vezes regras de
formatação peculiares. No geral, elas seguema orientação
da ABNT, mas existem casos em que isso não ocorre.
Nessas situações, o autor deve seguir as normas do local
em que o trabalho será submetido.
A dica para você autor é formatar o editor de texto conforme as
regras do local em que o trabalho será submetido antes de iniciar a
digitação. Dessa forma, será mais fácil ajustar os detalhes quando
finalizar o artigo, e ainda terá ideia do seu tamanho, que, em média, são
de 8 (oito) a 20 (vinte) páginas. Lembre-se sempre de que muitos
trabalhos científicos, apesar de serem pesquisas valiosas para o
aprimoramento do conhecimento, são reprovados apenas por não
atenderem os requisitos básicos de formatação e normatização da
entidade à qual foi submetido.
AGORA QUE JÁ FORMATEI, E DESENVOLVI BOA
PARTE DO TRABALHO, QUAL SERÁ O PRÓXIMO
PASSO?
SEXTO PASSO
DESENVOLVER A ANÁLISE E
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
 
SEXTA DICA:
Relac i onar os seus resu ltados aos
resu ltados de outros estudos.
6. DESENVOLVER A ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS
Objetivo geral definido, a metodologia delineada,
a fundamentação teórica em andamento e com os dados
coletados você já pode partir para a análise e
interpretação dos resultados. No entanto, mais uma vez, é
importante distinguir o que foi coletado quantitativamente
e qualitativamente, pois, nesse momento, as informações e
a clareza da metodologia utilizada tornam-se importantes
para o autor escolher as técnicas de análise dos dados
mais adequadas.
Se os dados forem quantitativos, serão
interpretados por meio de técnicas estatísticas,
univariadas e multivariadas, como frequência, média,
mediana, desvio padrão, fatorial, correlação, regressão,
entre outras. Lembre-se de que a quantia da amostra
impacta as técnicas estatísticas que poderão ser utilizadas.
Gráficos, figuras, quadros e tabelas são utilizados com
muita frequência em trabalhos de conclusão de curso. Já
nos artigos científicos, há uma tendência a utilizar mais
tabelas devido à economia de páginas, porque, em um
trabalho de conclusão de curso, é possível encontrar de
50 a 100 páginas em média. Entretanto, um artigo
científico é desenvolvido entre oito a 20 páginas.
Já quando se usam dados qualitativos, os
principais dados para conduzir a análise não
correspondem mais aos números. Os dados possuem uma
relação direta com tudo aquilo que possa ser traduzido em
conteúdo. Trata-se, portanto, das respostas que estão por
trás das palavras dos respondentes. Por isso, uma técnica
muito usada é a análise de conteúdo. Trechos da
transcrição das entrevistas e as informações coletadas em
documentos, por exemplo, são dados que servirão para
poder comprovar e confrontar com a análise do autor.
Percebe-se que os dados possuem características
diferenciadas conforme a abordagem do estudo, seja ela
quantitativa ou qualitativa. Por isso, é possível questionar
sobre a melhor abordagem a ser utilizada. Para responder
a essa pergunta, não existe uma resposta certa ou errada,
mas uma mais ou menos coerente com o objetivo proposto
no estudo. Se o autor tem como objetivo identificar os
fatores que impactam o clima organizacional da empresa,
o intuito é descobrir apenas em que nível cada fator
impacta o clima. Desse modo, deve-se fazer uma pesquisa
quantitativa por meio de um questionário estruturado.
Se a intenção é descobrir por qual razão
determinados fatores estão impactando o clima
organizacional, a pesquisa qualitativa é a mais indicada.
Esta se dará por meio da técnica de coleta de dados
qualitativos como, por exemplo, entrevista em
profundidade, observação não participante, ou até mesmo
um grupo focal será a melhor abordagem nesse caso.
Dessa forma, cada abordagem possui a sua
importância de acordo com o objetivo do estudo. Na
técnica quantitativa, procura-se mensurar “o quê” do fato;
e, na técnica qualitativa, busca-se mensurar “o porquê” do
ocorrido. Percebe-se, então, que a pesquisa ideal sempre
será aquela que envolve o cruzamento da abordagem
qualitativa e quantitativa.
Nos resultados é possível cruzar a teoria ou
resultados de outros estudos com os resultados
encontrados na pesquisa, veja o exemplo retirado de
Faccin e Balestrin (2015), no qual os autores comparam
os resultados da sua pesquisa no Brasil com os resultados
de uma pesquisa realizada, no Vale do Silício, nos
Estados Unidos:
Quadro 2: Exemplo de Comparação de Resultados
Fonte: Faccin e Balestrin (2015, p.211)
Uma importante característica que os estudos
qualitativos devem apresentar, segundo Bansal e Corley
(2012), é a criatividade na apresentação de seus dados. O
mais importante na pesquisa qualitativa é mostrar os
dados, pois estes permitem que a conexão entre os dados
brutos e os resultados da análise possibilite visualizar a
emergência da teoria (BIZZI; LANGLEY, 2012). A
apresentação dos dados em pesquisa qualitativa deve
transportar o leitor para o contexto, a fim de providenciar
uma experiência pessoal do fenômeno e também suportar
a emergência da teoria. Nesse sentido, é a combinação de
estratégias para apresentação de resultados que atribui
riqueza conceitual ao produto final de uma pesquisa
qualitativa (BIZZI; LANGLEY, 2012).
Use, mas não abuse de desenhos, figuras,
esquemas conceituais, mapas visuais, entre outros. Esses
recursos auxiliarão você a explicar seus resultados e a
esclarecer a ligação entre as ideias e achados da sua
pesquisa. Entretanto, quando em abundância, tornam-se
cansativos para o leitor. Se tiver muita informação,
sugere-se que elas sejam organizadas em formato de
tabela, pois esta mostra de maneira sucinta os dados.
Outra dica importante é que, se a tabela ou quadro
for muito grande, coloque como apêndice caso tenha sido
elaborada por você. Caso a tabela, o quadro, a figura e
outros não tiverem sido elaborados por você, coloque
como anexo. Os apêndices ou anexos devem estar no final
do trabalho. Em artigo, raramente se coloca tabelas ou
quadros como anexo ou apêndice. Por isso, a importância
de ser sucinto nas informações.
A dica neste tópico é relacionar os resultados com as referências
da literatura, pois, quanto mais o autor fizer a relação entre os dados
interpretados e as referências de outros estudos, mais enriquecedor será
o trabalho.
SEXTO PASSO ALCANÇADO, E RESULTADOS
DESENVOLVIDOS. QUAL O PRÓXIMO PASSO
PARA ELABORAR COM QUALIDADE O MEU
TRABALHO?
SÉTIMO PASSO
FAÇA A INTRODUÇÃO DO ARTIGO
CIENTÍFICO
 
SÉTIMA DICA:
Lembre-se do essenc ia l na introdução:
obj et ivos c laros, conceitos do assunto
com citação ind ireta , obj eto de estudo ou
contexto onde o traba lho será rea l izado,
método e estrutura.
7. FAÇA A INTRODUÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
Existe uma espécie de receita de bolo para
desenvolver a introdução. São ingredientes que você deve
colocar no papel. Como o próprio nome do tópico denota,
a introdução é a parte do trabalho em que se busca
esclarecer ao leitor o assunto que será desenvolvido. Para
escrever mais facilmente a introdução, é preciso verificar,
como numa receita de bolo, se todos os ingredientes estão
na mesa, ou, no caso, estão mencionados ou escritos. Cada
ingrediente pode ter o tamanho de um, dois ou três
parágrafos, não mais que isso, porque de forma
consensual a introdução varia em média entre uma a duas
folhas.
O primeiro ingrediente que você deve colocar na
mesa é um conceito que denomina ou explica o assunto a
ser estudado. Esse conceito deve ser citado de forma
indireta por autores renomados para expor ao leitor uma
explicação sobre o tema segundo uma fonte científica.
Lembrando, então, que pode ser utilizado até três
parágrafos para essa etapa.
O segundo ingrediente que você precisa
acrescentar é a exposição do local da população, da
amostra ou do objeto de estudo. Caso o trabalho seja feito
em uma empresa, pode-se utilizar esse espaço para o
diagnóstico do localpesquisado. Contudo, caso a
pesquisa seja de um segmento específico, deve-se utilizar
esse espaço para falar do respectivo segmento, como, por
exemplo: o comércio, a classe específica de
trabalhadores, entre outros. Cabe salientar que esses
ingredientes não têm a obrigatoriedade da sequência
cronológica aqui exposta, ou seja, esse segundo
ingrediente na prática pode ser o primeiro da introdução,
bem como o primeiro pode ser o segundo ou o terceiro.
Avalie a forma que lhe parecer mais coerente.
O terceiro ingrediente será escrever sobre a
metodologia utilizada para a realização do estudo. Nesse
parágrafo, você deverá dizer se a sua pesquisa é
qualitativa, quantitativa, ou ambas, e se você fez um
estudo de caso, uma pesquisa survey, uma pesquisa
descritiva ou uma exploratória. Seja sucinto e exponha de
forma geral o método utilizado. Em sua maioria, os artigos
científicos descrevem o objeto de estudo, a população ou
a amostragem utilizada nessa etapa do trabalho.
O quarto ingrediente utilizado é a escrita da
justificativa do estudo, momento em que você deve
persuadir o leitor de que o assunto investigado é
importante e merece atenção de uma pesquisa mais
profunda. Aqui, você pode expor resultados de outros
estudos, trazendo resultados recentes e mostrando que o
assunto é atual.
O quinto ingrediente é fácil, porque você já tem
pronto, só precisa acrescentar à mesa: é o problema de
pesquisa e os objetivos do trabalho. Reserve um
parágrafo especial para expor os objetivos. Geralmente,
nos artigos, não é mencionado o problema de pesquisa,
mas obrigatoriamente o objetivo geral, que já foi exposto
no resumo que antecede a introdução na estrutura do artigo
ou de qualquer outro trabalho científico.
Para o sexto e último ingrediente, e de fato
exposto como último parágrafo em diversos artigos,
diferente dos demais que podem ser escritos sem uma
sequência obrigatória, neste último, que relata a estrutura
do artigo, o autor deve escrever em quantas partes o
trabalho está dividido. Veja o exemplo: o presente estudo
está dividido em três etapas. Na primeira, será exposto o
referencial teórico que irá abordar os principais conceitos
sobre qualidade de vida no trabalho. Já na segunda etapa,
será abordada a metodologia do estudo que, no caso, foi
predominantemente quantitativa, de natureza descritiva e
do tipo estudo de caso. O autor deve fazer a escrita desse
parágrafo dessa maneira.
Por fim, lembre-se de utilizar o tempo verbal no
presente. É muito comum encontrar artigos, TCCs e outros
escritos no futuro, o que é um erro crasso.
Lembre-se de que a introdução deve criar um
clima de suspense, deve ser envolvente e promover no
leitor vontade de continuar lendo a pesquisa e de
desvendar os resultados encontrados.
A dica para este tópico é seguir, ou acrescentar, os seis
ingredientes à introdução. Esta certamente será desenvolvida, em um
tópico de uma a duas folhas, com excelente conteúdo.
PRATICAMENTE PRONTO O ARTIGO, ATÉ A
INTRODUÇÃO JÁ FIZ. E AGORA QUAL PASSO
DEVO SEGUIR?
OITAVO PASSO
QUASE TUDO PRONTO. FAÇA AS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
OITAVA DICA:
Nos ú lt imos do is parágrafos, expor as
l imitações e cons i derações de novos
estudos.
8. QUASE TUDO PRONTO. FAÇA AS
CONSIDERAÇÕES FINAIS!
No tópico das considerações finais, o autor faz
relação entre os resultados encontrados e os objetivos do
trabalho, a fim de explicar o quanto seu trabalho atingiu a
meta proposta. É correto também expor referências para
sustentar os objetivos do trabalho e, posteriormente ou
concomitante, amarrá-los aos resultados alcançados.
É importante reforçar a contribuição da sua
pesquisa, demonstrando as implicações teóricas e as
implicações práticas. Veja o exemplo retirado do trabalho
de pesquisa desenvolvido por Coussi et al. (2015, p.xx):
“A partir do estudo do ciclo de vida do projeto de IED, do
ponto de vista teórico, a grande contribuição do estudo
está vinculada à identificação de que a estratégia do tipo
hélice tríplice emergiu da prática. Essa contribuição,
também tem contribuições para a prática, uma vez que se
apresenta um modelo de tríplice hélice territorial que pode
servir de exemplo para países emergentes, a fim de
promover o desenvolvimento econômico a partir de
indústrias de alta tecnologia”.
A dica desse tópico, sugere-se, ao término das considerações
finais, reservar o penúltimo parágrafo para expor as limitações da
pesquisa, mas não do pesquisador, como por exemplo: o estudo teve como
limitação a utilização apenas de técnicas quantitativas; nesse caso,
perceba que a limitação é da pesquisa e não do pesquisador. Este que, por
sua vez, pode, equivocadamente, citar como limitação do estudo a falta de
tempo para realizar a pesquisa, sendo essa uma limitação do pesquisador
e não da pesquisa. Já no último parágrafo, o autor deve expor sugestões
de novos estudos, como, por exemplo: replicar o estudo em outros locais
do mesmo segmento para ratificar os resultados.
ACHO QUE ESTÁ QUASE PRONTO O
TRABALHO, ATÉ CONSIDERAÇÕES FINAIS EU
FIZ. FALTA MAIS ALGUM PASSO? QUAL?
NONO PASSO
TUDO PRONTO!? FALTA O RESUMO!
 
NONA DICA:
No resumo, prec isa constar o obj et ivo
gera l , o assunto, o método e os princ ipa is
resu ltados.
9. TUDO PRONTO!? FALTA O RESUMO!
O resumo é a última etapa do artigo a ser escrita,
porque nele deve constar a síntese do trabalho. Lembre-se
de que todo o trabalho científico pode causar uma boa
primeira impressão pelo título e, posteriormente, pelo
resumo.
Quem está iniciando e seguindo a dica do primeiro
passo desta obra, fará justamente o que foi comentado no
parágrafo anterior, ou seja, ler os títulos e depois os
resumos.
Para estruturar em poucas palavras todo o
desenvolvimento do trabalho, parte dos manuais e
materiais de apoio de instituições de ensino e
regulamentos de periódicos e congressos sugere que o
resumo contenha quatro itens essenciais: 1) o objetivo do
trabalho; 2) o conceito para esclarecer o assunto; 3) a
metodologia utilizada; e 4) os principais resultados.
Você ainda pode incrementar o resumo abordando
autores relevantes sobre o assunto discutido. Também é
possível expor o modelo teórico utilizado. Ou, ainda,
apresentar, na metodologia, a técnica de coleta de dados
adotada, além da população ou amostragem utilizada.
No resumo, utiliza-se a voz ativa e a terceira
pessoa do singular. O resumo é constituído
preferencialmente por um único parágrafo sem recuo, mas
depende essencialmente das regras do local de submissão,
podendo variar o espaçamento entrelinhas e o número de
palavras.
A dica para escrever o resumo é simples, o autor precisa expor o
objetivo geral, o assunto, o método e os principais resultados. E não se
esqueça de apontar as palavras chaves do seu estudo, para facilitar a
identificação da sua pesquisa por outros autores que possam estar
interessados.
TRABALHO PRONTO. EXISTE UM DÉCIMO
PASSO QUE POSSO SEGUIR PARA DEIXAR MEU
TRABALHO MELHOR AINDA?
DÉCIMO PASSO
COMO INCREMENTAR AS MINHAS IDEIAS E
SER MAIS CRIATIVO NO PROCESSO DE
PESQUISA?
 
DÉCIMA DICA:
Faça um grupo de pesqu isa.
Faça ou participe de um grupo de pesquisa sobre o
tema de seu interesse. Para isso, escolha alguns colegas
que pesquisam os mesmos temas que você, por exemplo,
“Gestão do Conhecimento”.
Vocês podem combinar de se encontrarem a cada
quinze dias, para discutir o andamento do seu trabalho.
Faça apresentações do andamento da sua pesquisa
para os participantes do grupo, assim você vai perdendo o
medo e ganhando segurança sobre a construção do seu
trabalho. Convide professores da sua instituição para
assistir sua apresentação!
Discuta o problema, os objetivos, os métodos e as
principais dúvidas. Lembre-se de que pesquisas
desenvolvidas em grupos possuem mais solidez e
confiabilidade!DÉCIMO PASSO SUGERIDO. AGORA É HORA DE
REVER TODOS OS PASSOS E FINALIZAR MEU
TRABALHO!
REFERÊNCIAS
 
BANSAL; Pratima; CORLEY, Kevin.Publishing in amj-
part 7: What’s different about qualitative research?
Academy of management journal, v. 55, n. 3, p. 509-513,
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Disponível em:
<http://cascavel.ufsm.br/tede//tde_busca/arquivo.php?
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ZAGONEL, Arlete Galperin; FERRAZ, Deise Luiza da
Silva; SOBOLL, Lis Andréa Pereira. Seleção,
treinamento e avaliação: as práticas de gestão de
pessoas e o processo de submissão de gestores. XXXVI
Encontro da Anpad. Enanpad 2012, CD ROOM. Rio de
Janeiro/RJ.
Autores do livro
Me. Fábio Teodoro Tolfo Ribas
Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),
Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade do
Contestado (UNC) e Bacharel em Administração de Empresas pela Unicruz.
Atualmente Delegado do Conselho Regional de Administração (CRA-RS) na
Gestão 2013-2016. Professor em cursos de Graduação e Pós-Graduação,
Professor convidado de MBA em Gestão de Pessoas pela FEMA e UCPel,
Palestrante e Consultor de Empresas. Autor de artigos e capítulos de livros na
área de Metodologia e Gestão de Pessoas.
Dr. Deivis Cassiano Philereno
Bacharel em Administração, Especialista em Gestão Estratégica em
Contabilidade; Mestre em Economia e Doutor em Desenvolvimento Regional.
Professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação, Palestrante, Consultor
de empresas e Empresário. Autor de artigos Nacionais e Internacionais e autor
de livros e subcapítulos de livros.
Drª. Kadigia Faccin
Professora Colaboradora (Pós-Doutorado) do Programa de Pós-Graduação
em Administração (PPGA) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos-
UNISINOS. Doutora em Administração pela Universidade do vale do Rio dos
Sinos - UNISINOS e em Sciences de l’information et de la communication
pela Université de Poitiers/França (co-tutela de tese). Possui graduação em
Ciências Econômicas (2007) e mestrado acadêmico em Administração pela
Universidade de Caxias do Sul (2010). Participante do grupo de pesquisa
GeRedes (Grupo de Estudos em Redes Interorganizacionais -
UNISINOS/CNPq) Autora de artigo nacionais e internacionais nas área de
inovação, gestão do conhecimento, relações interorganizacionais e método de
pesquisa.
Todos os direitos reservados aos autores.
Vedada a reprodução parcial ou total sem citação da fonte.
 
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1920-21; A Crise de 1929; A Recessão de 1937-38;
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Camarões; A Crise Bancária Israelense; A Crise
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Cordeiro Sousa (UFMT), Luciana Monduzzi
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(FADISP), Ricardo de Azevedo Watzel (UFMT),
Roberta Favalessa Donini (UNIRONDON), Vivian
Gerstler Zalcman (PUC/SP), Vladia Maria de Moura
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fluência de uma conversação específica envolvendo
situações do dia-a-dia com as quais o viajante se
depara em diferentes locais e ocasiões.cAlém disto,
informa tudo o que o viajante precisa saber em
relação a normas aduaneiras.
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	SUMÁRIO
	APRESENTAÇÃO
	PRIMEIRO PASSO
	SEGUNDO PASSO
	TERCEIRO PASSO
	QUARTO PASSO
	QUINTO PASSO
	SEXTO PASSO
	SÉTIMO PASSO
	OITAVO PASSO
	NONO PASSO
	DÉCIMO PASSO
	REFERÊNCIAS
	Créditos

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