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SUMÁRIO Apresentação Primeiro Passo Segundo Passo Terceiro Passo Quarto Passo Quinto Passo Sexto Passo Sétimo Passo Oitavo Passo Nono Passo Décimo Passo Referências APRESENTAÇÃO Amigos Leitores! Quando decidimos escrever este livro com dicas fundamentais para iniciar uma pesquisa científica, pensamos em facilitar e tornar o seu ingresso no mundo das investigações acadêmicas mais fácil e encantador. Em nossas aulas e orientações de artigos de Graduação e Pós- Graduação, percebemos a dificuldade que a maioria dos nossos alunos tinham para definir problemas de pesquisa, identificar, desenvolver, analisar e interpretar os dados da sua investigação. Assim, passamos a discutir em conjunto como poderíamos elaborar um material que facilitasse o aprendizado e, principalmente, que afastasse o medo que muitos têm sobre a pesquisa, trazendo passos e dicas de fácil entendimento. Nós, professores, alicerçamo-nos em uma incomodação para iniciarmos este projeto: os livros de metodologia são técnicos demais e, ao invés de ajudarem os iniciantes, acabam por assustá-los! Então, incomodados com a tecnicidade da literatura da área de metodologia, em relação a qual muitos dos nossos acadêmicos não conseguiam compreender o que os autores queriam dizer sobre o assunto e/ou como deveria ser realizada uma pesquisa com a utilização da técnica qualitativa ou quantitativa, ou até mesmo com o fato de não conseguirem elaborar um simples problema de pesquisa, começamos a escrever dicas para compartilhar com nossos alunos em sala de aula. Chamamos esta proposta de projeto, pois acreditamos que este é apenas um passo, um pequeno passo para inseri-los na pesquisa. Como disse Neil Armstrong ao dar seu primeiro passo na lua, “[…] um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”. Pode parecer utópico, mas é assim que nós nos sentimos ao concretizar este livro. Estamos dando um primeiro passo para tornar a pesquisa acessível e praticável por todos! Se conseguirmos contribuir para uma pessoa desmistificar suas dúvidas sobre a pesquisa e esta ajudar outra, e outra e assim por diante, todo o nosso esforço aqui depositado valeu a pena, já que os 10 passos e as 10 dicas deixadas aqui são consideradas por nós e por outros colegas nossos como “valiosas”. O livro está dividido em 10 capítulos. Em cada capítulo, deixamos um passo essencial a ser seguido e uma dica fundamental para facilitar a trajetória. Através de tais instrumentos, buscamos, de forma simples e clara, transmitir a sua essência. Você perceberá, no decorrer de sua leitura, que, em todos os capítulos, buscamos utilizar uma linguagem clara e de fácil entendimento, desmistificando realmente a pesquisa - o que é o propósito deste livro. Esperamos sinceramente que nossos apontamentos explicitados aqui possam ajudá-los. Cordialmente, Os Autores. PRIMEIRO PASSO COMO COMEÇAR, COMO DAR O PRIMEIRO PASSO? ESCOLHA UM BOM ASSUNTO ! PRIMEIRA DICA: Busca onl ine por títu l os de traba lhos. 1. PRIMEIRO PASSO: ESCOLHER UM ASSUNTO O primeiro passo é escolher um assunto sobre o qual irá escrever. Esse assunto prenderá a sua atenção. A primeira resposta, sem dúvida, e essencial, é muito simples: escreva sobre algo que você realmente gosta. Escreva sobre um assunto que você tem interesse ou afinidade, e não apenas porque é atual, ou porque alguém orientou você a escrever sobre ele. Começar uma pesquisa científica, seja um trabalho de conclusão de curso ou um artigo, é sempre uma tarefa bastante exaustiva e, às vezes, até um pouco assustadora. Em relação às horas dedicadas para leitura, ao tempo despendido para a pesquisa, aos feriados, sábados e domingos, e a algumas madrugadas em frente ao computador, perceba que você ficará condicionado, porque fez escolhas. Então, faça escolhas coerentes de acordo com as suas afinidades. É você quem ficará horas na biblioteca ou na internet em busca de livros e materiais científicos, realizando prévia leitura de algumas obras sobre o tema que escolheu. Em virtude dessas razões, é importante escolher um assunto pelo qual você tenha interesse e do qual realmente goste, já que está interessado em descobrir mais sobre os possíveis resultados da temática. Se o primeiro passo é escolher o assunto, para descobrir um assunto que prenda a sua atenção, sugere-se procurar artigos em eventos consolidados como da área da Administração, os eventos da ANPAD e da ANGRAD, e outros afins, como ENEGEP, SEMEAD, entre outros. Use, também, periódicos que estão à disposição online e fisicamente nas bibliotecas. Sugere-se que você faça uma busca pelo tema e elenque os principais títulos dos trabalhos encontrados. Você pode colocar alguns dos que mais chamarem a sua atenção em uma planilha do Excel! Nos títulos, estarão contidos os assuntos que chamam a sua atenção! Depois disso, recomenda-se que você comece a leitura do resumo desses trabalhos, com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre a pesquisa do respectivo trabalho científico, seja artigo, dissertação ou tese. Assim que você se interessar por um título, já pode copiar também o resumo desse trabalho para a sua planilha. Assim, você poderá ler todos os resumos e escolher os trabalhos mais atraentes para uma leitura completa. Após a leitura, você ainda pode anotar as suas percepções sobre o artigo e a forma de condução da pesquisa, organizando uma ficha de leitura! Para quem já escolheu o tema, filtre somente trabalhos do assunto pretendido. Contudo, para aqueles que ainda estiverem com dúvida em relação ao tema, o campo de busca de diversos assuntos será mais vasto e, consequentemente, as chances de encontrar algo desafiador e instigante serão mais amplas. É importante salientar que atualmente esses acervos de trabalhos científicos estão disponíveis, inclusive os livros, no formato online ou nos acervos virtuais. A dica para este tópico é fazer uma busca online em diversos artigos científicos, seja em congressos, seminários ou periódicos (revistas científicas), e deixar os livros, dissertações e teses para uma segunda consulta, pois estes últimos são mais extensos, enquanto que os artigos são mais sucintos e, por essa característica, facilitam a procura. Existem bancos de dados de artigos científicos como o Scielo e o Spell que são gratuitos. Você pode consultar diversos trabalhos nesses ambientes. Reforçando: você deve pesquisar primeiro os títulos, depois os resumos; e, após essas tarefas, poderá então aprofundar o estudo nas demais partes ou capítulos dos trabalhos pesquisados. Segue uma sugestão para você construir a sua planilha de leituras: PRONTO! ESCOLHI O ASSUNTO. E AGORA? SEGUNDO PASSO DESENVOLVA O PROBLEMA DE PESQUISA E CRIE O OBJETIVO GERAL DO TRABALHO. SEGUNDA DICA: Rep l i car um obj et ivo gera l já existente. 2. SEGUNDO PASSO: DESCOBRINDO O PROBLEMA DE PESQUISA E CRIANDO OS OBJETIVOS DO TRABALHO Após escolher o assunto, passe para a descoberta do problema de pesquisa e a formulação dos objetivos do trabalho, porque, sem eles, sem uma direção, do que adiantará dezenas e centenas de materiais para pesquisar se não sabe o que fará com eles. Tenha em mente a seguinte lógica: (1) desenvolva o problema de pesquisa; (2) o objetivo geral; e, por último, (3) os objetivos específicos. O problema de pesquisa é uma pergunta ou questionamento cuja resposta não pode ser simplesmente um sim ou um não. Um problema de pesquisa bem formulado tem a seguinte estrutura: Figura 1: Estrutura do Problema de Pesquisa Fonte: Elaborado pelos autores Após o problema de pesquisa ser definido, deve- se elaborar o objetivo geral, cuja estrutura ideal é a que segue abaixo: Figura 2: Estrutura do Objetivo Geral Fonte: Elaborado pelos autores Perceba que a diferença entre problema de pesquisa e objetivo geral éapenas o início. Enquanto o problema de pesquisa inicia com um pronome interrogativo (qual, quais, etc.), o objetivo geral inicia com um verbo no infinitivo (identificar, analisar, entre outros). Dessa forma, o objetivo geral é a ação que responde o questionamento do problema de pesquisa. Geralmente, o artigo científico começa com um objetivo geral, não mencionando o problema de pesquisa; já no trabalho de conclusão de curso e em projetos de pesquisa, inclusive dissertação e tese, é imprescindível haver os dois. Torna-se importante salientar que a estrutura mencionada anteriormente não trouxe a variável tempo no final da sentença, porque é mais comum a estrutura listada nas Figuras 1 e 2. Contudo, há casos em que os autores mencionam o tempo da pesquisa como, por exemplo: analisar o nível de comprometimento organizacional dos funcionários da empresa Alfa no segundo semestre de 2015. Nesse caso, também é considerado correto, mas menos usual. a) b) Pesquisas bibliométricas, que são análises quantitativas e qualitativas de artigos científicos, predominantemente, mencionam a variável tempo, como por exemplo: apresentar um levantamento das metodologias e estratégias utilizadas nas publicações da área temática de Administração da Informação – Impactos Socioculturais dos Sistemas de Informação do ENANPAD, no período de 2003 a 2007 (RIBAS et al., 2008). Se o problema de pesquisa é a pergunta que norteia o estudo, sua resposta não pode ser simplesmente um sim ou não, mas uma resposta para a qual seja necessária uma pesquisa mais abrangente como a percepção de diversos fatores segundo uma amostra ou população. Consequentemente, o objetivo geral é a ação principal que ajuda a encontrar a resposta do problema de pesquisa. Por fim, os objetivos específicos são pequenas ações que operacionalizam o objetivo geral. Desse modo, os específicos possuem a mesma estrutura que o objetivo geral, ou seja, iniciam sempre com um verbo no infinitivo. No caso do objetivo geral, apresentado na Figura 2, que relata a análise do comprometimento organizacional, seria possível elaborar os seguintes objetivos específicos: identificar o perfil predominante dos entrevistados. identificar o nível do comprometimento organizacional afetivo, instrumental e normativo. c) a) b) relacionar o perfil predominante dos entrevistados com o comprometimento organizacional afetivo, instrumental e normativo. Os objetivos específicos são pequenas etapas da pesquisa para que seja possível realizar a ação principal que é o objetivo geral. Trata-se, então, de uma espécie de passo a passo, de caminho que deve ser perseguido para chegar ao objetivo geral. Perceba que, encontrada a resposta dos objetivos específicos, é possível analisar o comprometimento organizacional da população ou amostra, inclusive de acordo com o perfil predominante dos entrevistados. Lembre-se de que os objetivos específicos iniciam sempre com um verbo no infinitivo para denotar uma ação. Veja alguns exemplos de objetivos gerais elaborados e utilizados em trabalhos científicos na área de gestão de pessoas. Esses modelos foram retirados de seminários, congressos e revistas científicas conceituadas na área: identificar características de um sistema de remuneração para o corpo docente de instituições de ensino tendo por base sistemas de remuneração adotados por organizações de outros setores (COELHO; ROGLIO, 2010). identificar a relação dos valores humanos sobre o comprometimento organizacional de uma amostra de colaboradores de diversas empresas da cidade de Caixas do Sul (RIBAS, 2010). c) d) e) f) g) h) identificar os fatores causadores de prazer e sofrimento na percepção dos cirurgiões-dentistas, decorrentes de suas atividades de trabalho nas Unidades de Saúde da Prefeitura de Betim (MAXIMO; CANÇADO; JEUNON, 2012). analisar a qualidade de vida no trabalho dos profissionais de enfermagem nos prontos socorros dos hospitais do estado do Espírito Santo (SOUZA, 2012). analisar de que forma as práticas de gestão de pessoas favorecem o processo de submissão dos gestores (ZAGONEL; FERRAZ; SOBOLL, 2012). discutir a condição paradoxal da área de recursos humanos (RH) a partir de duas perspectivas de racionalidade: instrumental e substantiva (MUZZIO, 2014). identificar como a resistência à mudança afeta o nível de estresse dos trabalhadores (MARQUE; BORGES, 2013). analisar de que forma as práticas discursivas dos líderes influenciam a aprendizagem organizacional (ROTHERMEL et al., 2013). Perceba que todos os objetivos, mesmo aqueles oriundos de diversos trabalhos e autores diferentes, possuem a mesma estrutura da Figura 2 exposta nesta obra. Ratifica-se que todas as sentenças iniciam com um verbo no infinitivo denotando ação, mencionam o assunto e, predominantemente, elencam os objetos de estudo ou a amostragem que será foco da pesquisa. A dica para este tópico é encontrar trabalhos que já desenvolveram a pesquisa que você gostaria de fazer. Não é errado e nem é plágio replicar os objetivos de um trabalho. Entretanto, perceba que é uma replicação de um estudo já existente, ou seja, você estará realizando a mesma ação em um contexto diferente; não copiando, portanto, o trabalho. Pode então replicar os objetivos, mas não reproduzir, sem citação adequada, qualquer produção textual pertencente ao trabalho que está sendo replicado, senão será plágio. No caso dos exemplos já citados, você pode replicá-los se desejar. Logo, ao invés de aplicar em uma empresa do ramo industrial, aplique o estudo em um hospital, ou instituição de ensino, e perceba que o mesmo objetivo de trabalho pode ser replicado em diferentes cenários, originando diversos resultados, cada qual com suas peculiaridades. Você inclusive poderá comparar e apontar diferenças entre vários setores, regiões ou cidades, buscando explicar o porquê da existência de resultados distintos. Você ainda poderá criar gráficos comparativos, tabelas ou mapas temporais. OBJETIVO ESCOLHIDO! E AGORA? QUAL É O PRÓXIMO PASSO NESSE CAMINHO DA PESQUISA CIENTÍFICA? TERCEIRO PASSO AGORA SERÁ DESENHADO O CAMINHO DA PESQUISA: O MÉTODO TERCEIRA DICA: Uti l ize instrumentos de co l eta de dados va l i dados. 3. AGORA SERÁ DESENHADO O CAMINHO DA PESQUISA: O MÉTODO Existem diversas denominações e tipos de pesquisa, o intuito, aqui, é expor dicas e não aprofundar os conceitos. Dessa forma, para compreender e desenhar a pesquisa do estudo, torna-se essencial saber a diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa. As principais diferenças entre elas estão na tipologia ou na quantidade da amostragem envolvida para o estudo, e na maneira como os dados serão tratados nos resultados. Na pesquisa qualitativa, o autor trabalha com um número reduzido de entrevistados ou de objetos estudados. Já na pesquisa quantitativa esse número é representativo em relação à totalidade ou população, e os dados serão tratados estatisticamente; enquanto que, na qualitativa, são tratados principalmente por meio da análise de conteúdo. Para definir qual o procedimento metodológico mais coerente para a sua pesquisa, deve-se verificar primeiramente a quantidade de entrevistados ou de objetos analisados. Lembre-se de que a pesquisa poderá ser definida como qualitativa ou quantitativa, ou ainda de triangulação, que pode ser realizada por meio do cruzamento da pesquisa qualitativa e quantitativa no estudo. A triangulação refere-se ao recolhimento de dados recorrendo a diferentes fontes. Distinguindo subtipos de 1. triangulação, Denzin (1978) propõe que se estude o fenômeno em tempos (datas – explorando as diferenças temporais), espaços (locais – tomando a forma de investigação comparativa) e com indivíduos diferentes. A triangulação é a mais completa e ideal, porque há a possibilidade de cruzar os dados quantitativose corroborá-los com os dados qualitativos, ou vice-versa. Pode-se sintetizar a pesquisa quantitativa como aquela em que você utiliza um questionário estruturado e possui uma amostragem significativa em relação à totalidade do universo. Já a pesquisa qualitativa é aquela em que você utiliza um questionário semiestruturado ou um protocolo de pesquisa, e sua amostragem é reduzida em relação ao universo. É importante destacar que a escolha do método se dá a partir do problema de pesquisa. Problemas de pesquisa que visam identificar, como acontece e por que acontece alguma coisa, normalmente, têm orientação qualitativa. Já problemas de pesquisa vinculados a questões como quais os fatores ou qual a relação entre, normalmente, possuem orientações mais quantitativas. No Quadro 1, são apresentadas as principais características da abordagem qualitativa e quantitativa: ABORDAGEM QUANTITATIVA ABORDAGEM QUALITATIVA Trabalha amostras mais amplas 2. 3. 4. 5. 6. 7. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. havendo um número mínimo de entrevistados. A representatividade do universo torna-se importante. Aceita amostragem não probabilística e probabilística. Os dados são tratados estatisticamente (frequência, média, mediana, desvio padrão, correlação, fatorial, regressão, etc). Indicada quando já se tem mais informações sobre o assunto do trabalho (modelos, fatores, características, etc.). Instrumentos de coleta de dados estruturados (escala likert, etc.). Fornece dados mais precisos numericamente em relação ao objetivo (frequência, média, etc.). Trabalha amostras reduzidas, não havendo um número mínimo de entrevistados. Nem sempre é representativa do universo amostral. Aceita somente amostragem não probabilística. Os dados são analisados em seu conteúdo simbólico e interpretados pelo autor (análise de conteúdo). Indicada quando se tem poucas informações sobre o fato a ser estudado ou quando se quer aprofundar o assunto. Instrumento de coleta de dados semiestruturado (protocolos de entrevistas, etc.). Fornece análises mais profundas sobre motivações, atitudes e tendências de comportamento. Quadro 1: Características da Abordagem Qualitativa e Quantitativa Fonte: Elaborado pelos autores A metodologia utilizada nos artigos científicos, de maneira geral, é escrita no máximo em uma folha por meio de parágrafos sem divisão de subtítulos. Contudo, mesmo não havendo essa divisão, é possível identificar uma determinada estrutura distinta entre os parágrafos. Primeiro os autores expõem a abordagem da pesquisa, seja ela qualitativa, quantitativa, e/ou qualitativa- quantitativa e, nessa sequência, também aborda a natureza da pesquisa, seja ela descritiva, exploratória, experimental ou survey, entre outras. Também delimitam se a pesquisa é do tipo estudo de caso ou estudo de caso múltiplo. Na sequência dos parágrafos, o autor expõe se a pesquisa utilizou toda a população. Se isso for confirmado, o pesquisador estará utilizando o censo. Também deverá relatar a amostragem utilizada, sendo ela não probabilística, ou probabilística, explicando os detalhes da escolha e os cálculos utilizados no caso da amostragem probabilística. Lembre-se de que a diferença entre a amostragem ser probabilística ou não probabilística é que, na primeira, os resultados podem ser aferidos para toda a população; e, na segunda, apenas para os entrevistados. Em um novo parágrafo, o autor expõe a técnica de coleta de dados, cujo objetivo é explicar ao leitor como foi desenvolvido o instrumento, como ele é estruturado, quantas questões possui, qual a escala de mensuração utilizada, se foi realizado pré-teste e se o instrumento foi validado. Além disso, em alguns casos, é possível mencionar se o instrumento utilizado é adaptado de outro estudo. Utilizar instrumento de coleta de dados já validado é o caminho mais econômico para o seu tempo, porque alguém já fez todos os pré-testes e testes estatísticos necessários para validá-lo. Nesse parágrafo, é importante deixar evidenciado como e onde foi aplicada a entrevista ou o questionário, ou seja, o método de pesquisa. Se for utilizado o método qualitativo, com um questionário semiestruturado e gravado, descreva como este ocorreu e o tempo de duração de cada entrevista. A entrevista gravada facilita ao entrevistador, pois este poderá prestar atenção aos detalhes da conversa ao invés de estar anotando o que está sendo dito pelo entrevistado. Por fim, na metodologia, utiliza-se um parágrafo para explicar a técnica de análise de dados. No caso da pesquisa qualitativa, uma técnica muito utilizada é a análise de conteúdo. No entanto, na pesquisa quantitativa, são as técnicas estatísticas descritivas univariadas e multivariadas. O tópico de metodologia fica estruturado em apenas uma folha, dividida em quatro, cinco ou seis parágrafos, em média, conforme a Figura 3: Figura 3: Método de Pesquisa Fonte: Adaptado a partir de Rodrigues et al. (2009) A Figura 3 demonstra que existe uma estrutura no desenvolvimento da metodologia que ajudará o leitor a escrever a sua. Seguindo os passos na sequência proposta, o autor deve primeiro falar da abordagem, da natureza e do tipo de pesquisa em um, dois ou três parágrafos. Em um segundo momento, deve explicar sobre a escolha dos entrevistados (objeto, população ou amostragem) em um ou dois parágrafos. Depois, deve esclarecer como elaborou o instrumento de coleta de dados e como ele é composto, ou se utilizou algum já existente e validado pela literatura. E, por último, deve escrever sobre as técnicas de análises de dados que utilizou no estudo. A dica para este tópico, e serve também para economizar o tempo do leitor, é realizar a pesquisa com um instrumento já validado pela literatura. Um instrumento validado é um questionário que já foi testado ou utilizado outras vezes. Vale lembrar que geralmente os artigos científicos não trazem como anexo esse instrumento, havendo a necessidade de entrar em contato com o autor da pesquisa para solicitar, ou buscar a fonte de pesquisa em que o artigo pesquisado encontrou o instrumento caso ele também tenha citado um instrumento validado. Já nas dissertações e teses, sempre haverá, no anexo, o instrumento utilizado. Dessa maneira, o autor pode replicar e adaptá-lo ao seu estudo, lembrando sempre de fazer a devida citação para não correr o risco de ocasionar plágio. METODOLOGIA PRONTA E DELINEADA! QUAL É O PRÓXIMO PASSO? QUARTO PASSO CONTINUE ESCREVENDO O REFERENCIAL TEÓRICO QUARTA DICA: Real izar um l evantamento de sumários de TCCs, d issertações e teses, ou el encar títu l os e subtítu l os ut i l izados em arti gos c i entífi cos. 4. CONTINUE ESCREVENDO O REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico, também conhecido como fundamentação teórica, revisão bibliográfica, embasamento teórico, é a parte do trabalho da pesquisa em que o autor coloca no papel as ideias, os conceitos, as características, os modelos validados, inclusive os resultados de outros estudos, reforçando as teorias dos autores a respeito do assunto de seu objetivo geral. Não somente conceitos, mas importante também é trazer resultados de outros trabalhos, que corroborem com o presente estudo. O autor pode trazer resultados que são contrários com os possíveis resultados do presente estudo, como também apresentar resultados que divergem com os possíveis resultados futuros, uma vez que, mesmo positivo ou negativo, resultados são formas de contrapor, relacionar ou ratificar estudos de outros autores e de outras realidades investigadas. O quê ler? Quais fontes de pesquisa buscar? A primeira sugestão ao autor é conversar com professores e pesquisadores da área sobre o assunto investigado, pois eles estarão munidos de informações atualizadas sobre o assunto; munidos, inclusive, de materiaisque podem compartilhar. Não tenha medo de enviar e-mail aos autores de artigos que você encontrar, solicitando materiais ou referências. Nem sempre você receberá o retorno, mas aqueles que responderem as suas solicitações certamente enviarão materiais e dicas úteis para a sua pesquisa. Ainda, visitar a biblioteca é fundamental, mas não é suficiente, pois hoje em dia a tecnologia ganhou força e legalidade, e o pesquisador pode buscar informações em diversos bancos de dados, tais como: faculdades, centros universitários e universidades. Nesses ambientes, você encontrará trabalhos de conclusão de curso, dissertações, tese e artigos científicos na modalidade online. Existem também sites de encontros, seminários e congressos científicos, e muitos deles disponibilizam o material ao público. Uma primeira leitura aos livros sempre é mais fácil, pois a escrita é menos complexa, e geralmente o autor do livro procura explicar detalhadamente como chegou ao resultado, o que muitas vezes não acontece com os artigos científicos. Em contrapartida, os livros fornecem, geralmente, a visão de um autor, enquanto que os artigos científicos trazem uma percepção do autor, baseado em diversos autores, ou seja, uma discussão sobre determinado tema sob a ótica de vários pensadores. Esse fato faz com que os trabalhos científicos se tornem mais valorizados do que os próprios livros. Outro fator que deve ser levado em consideração é o ano da obra que está utilizando. É sugerido que tanto os livros quantos os artigos científicos utilizados para escrever o referencial teórico sejam atualizados. No entanto, se você for escrever um trabalho sobre um pensador do século XIX, um exemplo Karl Marx, você deve buscar a obra desse autor, pois é dele que se trata o assunto do tema pesquisado. Sugere-se que, na escrita do texto, você evite usar a expressão (apud). Essa expressão vem do latim e quer dizer “citado por”, “segundo” ou “conforme”. Uma boa dica para evitar o uso em demasia do “apud” é olhar na referência da obra que está lendo e identificar o autor, o título e o ano da sua publicação e procurar encontrá-la na internet na modalidade digital ou mesmo na biblioteca e lê-la; evitando, dessa forma, esse uso. Mais uma sugestão para uma boa escrita é lembrar que se deve procurar amarrar as ideias dos parágrafos entre si e também dos títulos e subtítulos entre os parágrafos para não cair na expressão: “o assunto caiu de paraquedas”. Para uma boa escrita, todo o título ou subtítulo deve ter relação direta com o objetivo geral e deve ser iniciado com a escrita de um parágrafo, evitando iniciar com citações diretas, quadros ou alíneas, porque, mesmo que o autor queira expor uma figura que sintetize o esquema do seu referencial teórico, ela ficará muito mais clara se preceder de um parágrafo introdutório, que apresenta a própria figura síntese do embasamento teórico. Outra dica é construir parágrafos com, no mínimo dois autores. Quanto mais autores citados no parágrafo, mais claro fica que aquele que escreve tem poder de síntese e argumentação. Isso evidencia que o autor do trabalho realmente fez leituras de materiais científicos e que conhece o assunto sobre o qual está escrevendo. Vale lembrar que todos os parágrafos devem ter citação, direta ou indireta, e só não haverá citação caso o autor do trabalho esteja fazendo uma relação entre os autores citados no parágrafo anterior; ou, ainda, quando o autor estiver amarrando ou discutindo a ideia favorável ou contrária do assunto; ou então quando estiver ratificando a convergência ou divergência dos conceitos e resultados dos autores citados. Salienta-se que, no referencial teórico, não há posição, fala ou ideia do autor que está escrevendo o trabalho, mas apenas dos autores referenciados. É por essa razão que o texto deve, preferencialmente, ser escrito em terceira pessoa. É importante lembrar, principalmente no referencial teórico, que todo o texto escrito, sem a correta citação, poderá ser uma cópia de outro trabalho, denominado plágio. Cabe advertir que o plagiador pode responder legalmente na justiça por cópia indevida de material. Caso tenha ainda alguma dúvida se plagiar é crime, consulte o Artigo 5º, Parágrafos 27 e 28, da Constituição Federal, e a Lei 9.610/98 do Código Civil. Se você estiver com dúvidas sobre a existência de plágio em seu trabalho, por descuido em alguma citação, por exemplo, você mesmo pode revisar seu trabalho. É muito comum encontrar na internet, softwares gratuitos do tipo “caça plágio”. Ao final do seu referencial teórico, você poderá criar um tópico chamado “Panorama atual da pesquisa sobre o tema estudado”. Essa parte pode conter uma espécie de análise bibliométrica sobre estudos recentes, enfatizando principais autores utilizados, métodos e objetos de estudo, temas correlatos, achados e dicas para estudos futuros. Para facilitar a criação desse tipo de seção, você pode utilizar a ideia do quadro no Excel, que já foi citada anteriormente. Lembre-se também de que tudo o que foi abordado no objetivo geral e nos objetivos específicos deve constar no referencial teórico. Pode-se iniciar o referencial tratando de um breve histórico da evolução do tema abordado, apresentar tópicos sobre os principais conceitos, os modelos que a literatura aborda, as principais características, fatores e indicadores, inclusive. A dica para este tópico, justamente quando o autor se questiona: que tópicos devo abordar sobre o meu assunto, é realizar um levantamento de sumários de TCCs, dissertações e teses, ou elencar títulos e subtítulos utilizados em artigos científicos para verificar quais foram os temas abordados, pois copiar título e subtítulo não é cópia indevida, até porque os títulos e subtítulos são limitados e muitos acabam escrevendo da mesma maneira, mas somente o título, não o parágrafo. REFERENCIAL EM ADAMENTO! QUASE PRONTO! O QUE DEVO FAZER AGORA?! QUINTO PASSO AJUSTE A FORMATAÇÃO BÁSICA DO ARTIGO CIENTÍFICO QUINTA DICA: Formate o ed itor de texto para ter i deia do andamento do art i go c i entífi co. 5. AJUSTE A FORMATAÇÃO BÁSICA DO ARTIGO CIENTÍFICO Existem duas maneiras que se complementam para ajustar a formatação básica do artigo científico. Primeiro, a regulamentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que sugere determinados critérios. Atualmente, a ABNT orienta que o papel a ser utilizado seja no formato A4, que as margens esquerda e superior sejam de 3 (três) centímetros, e que as margens direita e inferior sejam de 2 (dois) centímetros. A fonte deve ser no tamanho 12 (doze), mas, em citações diretas, devem ser no tamanho 10 (dez) quando ultrapassarem três linhas. O tipo da fonte é opcional para Times New Roman ou Arial, sendo mais usado pelos autores o tipo Times New Roman. As entrelinhas para todo o texto deve ser de 1,5 linhas de espaçamento, exceto em citações diretas com mais de 3 (três) linhas de escrita, que deve ter espaçamento simples (tamanho 1 (uma) linha simples), e recuo de 4 (quatro) centímetros da margem esquerda. O recuo, popularmente conhecido por novo parágrafo, deve ser de 1,25 centímetros ou de 2,5 centímetros da margem esquerda. O espaço entre o título e o novo parágrafo ou entre o parágrafo e um novo subtítulo deve ser de apenas 1 (um) espaçamento de 1,5 (uma linha e meia) linhas, Veja a Figura 4. Ela exemplifica o enunciado acima da formatação. Figura 4: Título 1 e Espaçamento Fonte: Philereno (2014, p. 34) Na Figura 5, há um exemplo de Título 2: Figura 5: Título 2 e Espaçamento Fonte: Philereno (2014, p. 35) A outra resposta complementar ao que foi mencionado é que cada Instituição de Ensino Superior, congresso, seminário, evento ou periódico em que o trabalho será submetido, possui muitas vezes regras de formatação peculiares. No geral, elas seguema orientação da ABNT, mas existem casos em que isso não ocorre. Nessas situações, o autor deve seguir as normas do local em que o trabalho será submetido. A dica para você autor é formatar o editor de texto conforme as regras do local em que o trabalho será submetido antes de iniciar a digitação. Dessa forma, será mais fácil ajustar os detalhes quando finalizar o artigo, e ainda terá ideia do seu tamanho, que, em média, são de 8 (oito) a 20 (vinte) páginas. Lembre-se sempre de que muitos trabalhos científicos, apesar de serem pesquisas valiosas para o aprimoramento do conhecimento, são reprovados apenas por não atenderem os requisitos básicos de formatação e normatização da entidade à qual foi submetido. AGORA QUE JÁ FORMATEI, E DESENVOLVI BOA PARTE DO TRABALHO, QUAL SERÁ O PRÓXIMO PASSO? SEXTO PASSO DESENVOLVER A ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SEXTA DICA: Relac i onar os seus resu ltados aos resu ltados de outros estudos. 6. DESENVOLVER A ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Objetivo geral definido, a metodologia delineada, a fundamentação teórica em andamento e com os dados coletados você já pode partir para a análise e interpretação dos resultados. No entanto, mais uma vez, é importante distinguir o que foi coletado quantitativamente e qualitativamente, pois, nesse momento, as informações e a clareza da metodologia utilizada tornam-se importantes para o autor escolher as técnicas de análise dos dados mais adequadas. Se os dados forem quantitativos, serão interpretados por meio de técnicas estatísticas, univariadas e multivariadas, como frequência, média, mediana, desvio padrão, fatorial, correlação, regressão, entre outras. Lembre-se de que a quantia da amostra impacta as técnicas estatísticas que poderão ser utilizadas. Gráficos, figuras, quadros e tabelas são utilizados com muita frequência em trabalhos de conclusão de curso. Já nos artigos científicos, há uma tendência a utilizar mais tabelas devido à economia de páginas, porque, em um trabalho de conclusão de curso, é possível encontrar de 50 a 100 páginas em média. Entretanto, um artigo científico é desenvolvido entre oito a 20 páginas. Já quando se usam dados qualitativos, os principais dados para conduzir a análise não correspondem mais aos números. Os dados possuem uma relação direta com tudo aquilo que possa ser traduzido em conteúdo. Trata-se, portanto, das respostas que estão por trás das palavras dos respondentes. Por isso, uma técnica muito usada é a análise de conteúdo. Trechos da transcrição das entrevistas e as informações coletadas em documentos, por exemplo, são dados que servirão para poder comprovar e confrontar com a análise do autor. Percebe-se que os dados possuem características diferenciadas conforme a abordagem do estudo, seja ela quantitativa ou qualitativa. Por isso, é possível questionar sobre a melhor abordagem a ser utilizada. Para responder a essa pergunta, não existe uma resposta certa ou errada, mas uma mais ou menos coerente com o objetivo proposto no estudo. Se o autor tem como objetivo identificar os fatores que impactam o clima organizacional da empresa, o intuito é descobrir apenas em que nível cada fator impacta o clima. Desse modo, deve-se fazer uma pesquisa quantitativa por meio de um questionário estruturado. Se a intenção é descobrir por qual razão determinados fatores estão impactando o clima organizacional, a pesquisa qualitativa é a mais indicada. Esta se dará por meio da técnica de coleta de dados qualitativos como, por exemplo, entrevista em profundidade, observação não participante, ou até mesmo um grupo focal será a melhor abordagem nesse caso. Dessa forma, cada abordagem possui a sua importância de acordo com o objetivo do estudo. Na técnica quantitativa, procura-se mensurar “o quê” do fato; e, na técnica qualitativa, busca-se mensurar “o porquê” do ocorrido. Percebe-se, então, que a pesquisa ideal sempre será aquela que envolve o cruzamento da abordagem qualitativa e quantitativa. Nos resultados é possível cruzar a teoria ou resultados de outros estudos com os resultados encontrados na pesquisa, veja o exemplo retirado de Faccin e Balestrin (2015), no qual os autores comparam os resultados da sua pesquisa no Brasil com os resultados de uma pesquisa realizada, no Vale do Silício, nos Estados Unidos: Quadro 2: Exemplo de Comparação de Resultados Fonte: Faccin e Balestrin (2015, p.211) Uma importante característica que os estudos qualitativos devem apresentar, segundo Bansal e Corley (2012), é a criatividade na apresentação de seus dados. O mais importante na pesquisa qualitativa é mostrar os dados, pois estes permitem que a conexão entre os dados brutos e os resultados da análise possibilite visualizar a emergência da teoria (BIZZI; LANGLEY, 2012). A apresentação dos dados em pesquisa qualitativa deve transportar o leitor para o contexto, a fim de providenciar uma experiência pessoal do fenômeno e também suportar a emergência da teoria. Nesse sentido, é a combinação de estratégias para apresentação de resultados que atribui riqueza conceitual ao produto final de uma pesquisa qualitativa (BIZZI; LANGLEY, 2012). Use, mas não abuse de desenhos, figuras, esquemas conceituais, mapas visuais, entre outros. Esses recursos auxiliarão você a explicar seus resultados e a esclarecer a ligação entre as ideias e achados da sua pesquisa. Entretanto, quando em abundância, tornam-se cansativos para o leitor. Se tiver muita informação, sugere-se que elas sejam organizadas em formato de tabela, pois esta mostra de maneira sucinta os dados. Outra dica importante é que, se a tabela ou quadro for muito grande, coloque como apêndice caso tenha sido elaborada por você. Caso a tabela, o quadro, a figura e outros não tiverem sido elaborados por você, coloque como anexo. Os apêndices ou anexos devem estar no final do trabalho. Em artigo, raramente se coloca tabelas ou quadros como anexo ou apêndice. Por isso, a importância de ser sucinto nas informações. A dica neste tópico é relacionar os resultados com as referências da literatura, pois, quanto mais o autor fizer a relação entre os dados interpretados e as referências de outros estudos, mais enriquecedor será o trabalho. SEXTO PASSO ALCANÇADO, E RESULTADOS DESENVOLVIDOS. QUAL O PRÓXIMO PASSO PARA ELABORAR COM QUALIDADE O MEU TRABALHO? SÉTIMO PASSO FAÇA A INTRODUÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO SÉTIMA DICA: Lembre-se do essenc ia l na introdução: obj et ivos c laros, conceitos do assunto com citação ind ireta , obj eto de estudo ou contexto onde o traba lho será rea l izado, método e estrutura. 7. FAÇA A INTRODUÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO Existe uma espécie de receita de bolo para desenvolver a introdução. São ingredientes que você deve colocar no papel. Como o próprio nome do tópico denota, a introdução é a parte do trabalho em que se busca esclarecer ao leitor o assunto que será desenvolvido. Para escrever mais facilmente a introdução, é preciso verificar, como numa receita de bolo, se todos os ingredientes estão na mesa, ou, no caso, estão mencionados ou escritos. Cada ingrediente pode ter o tamanho de um, dois ou três parágrafos, não mais que isso, porque de forma consensual a introdução varia em média entre uma a duas folhas. O primeiro ingrediente que você deve colocar na mesa é um conceito que denomina ou explica o assunto a ser estudado. Esse conceito deve ser citado de forma indireta por autores renomados para expor ao leitor uma explicação sobre o tema segundo uma fonte científica. Lembrando, então, que pode ser utilizado até três parágrafos para essa etapa. O segundo ingrediente que você precisa acrescentar é a exposição do local da população, da amostra ou do objeto de estudo. Caso o trabalho seja feito em uma empresa, pode-se utilizar esse espaço para o diagnóstico do localpesquisado. Contudo, caso a pesquisa seja de um segmento específico, deve-se utilizar esse espaço para falar do respectivo segmento, como, por exemplo: o comércio, a classe específica de trabalhadores, entre outros. Cabe salientar que esses ingredientes não têm a obrigatoriedade da sequência cronológica aqui exposta, ou seja, esse segundo ingrediente na prática pode ser o primeiro da introdução, bem como o primeiro pode ser o segundo ou o terceiro. Avalie a forma que lhe parecer mais coerente. O terceiro ingrediente será escrever sobre a metodologia utilizada para a realização do estudo. Nesse parágrafo, você deverá dizer se a sua pesquisa é qualitativa, quantitativa, ou ambas, e se você fez um estudo de caso, uma pesquisa survey, uma pesquisa descritiva ou uma exploratória. Seja sucinto e exponha de forma geral o método utilizado. Em sua maioria, os artigos científicos descrevem o objeto de estudo, a população ou a amostragem utilizada nessa etapa do trabalho. O quarto ingrediente utilizado é a escrita da justificativa do estudo, momento em que você deve persuadir o leitor de que o assunto investigado é importante e merece atenção de uma pesquisa mais profunda. Aqui, você pode expor resultados de outros estudos, trazendo resultados recentes e mostrando que o assunto é atual. O quinto ingrediente é fácil, porque você já tem pronto, só precisa acrescentar à mesa: é o problema de pesquisa e os objetivos do trabalho. Reserve um parágrafo especial para expor os objetivos. Geralmente, nos artigos, não é mencionado o problema de pesquisa, mas obrigatoriamente o objetivo geral, que já foi exposto no resumo que antecede a introdução na estrutura do artigo ou de qualquer outro trabalho científico. Para o sexto e último ingrediente, e de fato exposto como último parágrafo em diversos artigos, diferente dos demais que podem ser escritos sem uma sequência obrigatória, neste último, que relata a estrutura do artigo, o autor deve escrever em quantas partes o trabalho está dividido. Veja o exemplo: o presente estudo está dividido em três etapas. Na primeira, será exposto o referencial teórico que irá abordar os principais conceitos sobre qualidade de vida no trabalho. Já na segunda etapa, será abordada a metodologia do estudo que, no caso, foi predominantemente quantitativa, de natureza descritiva e do tipo estudo de caso. O autor deve fazer a escrita desse parágrafo dessa maneira. Por fim, lembre-se de utilizar o tempo verbal no presente. É muito comum encontrar artigos, TCCs e outros escritos no futuro, o que é um erro crasso. Lembre-se de que a introdução deve criar um clima de suspense, deve ser envolvente e promover no leitor vontade de continuar lendo a pesquisa e de desvendar os resultados encontrados. A dica para este tópico é seguir, ou acrescentar, os seis ingredientes à introdução. Esta certamente será desenvolvida, em um tópico de uma a duas folhas, com excelente conteúdo. PRATICAMENTE PRONTO O ARTIGO, ATÉ A INTRODUÇÃO JÁ FIZ. E AGORA QUAL PASSO DEVO SEGUIR? OITAVO PASSO QUASE TUDO PRONTO. FAÇA AS CONSIDERAÇÕES FINAIS OITAVA DICA: Nos ú lt imos do is parágrafos, expor as l imitações e cons i derações de novos estudos. 8. QUASE TUDO PRONTO. FAÇA AS CONSIDERAÇÕES FINAIS! No tópico das considerações finais, o autor faz relação entre os resultados encontrados e os objetivos do trabalho, a fim de explicar o quanto seu trabalho atingiu a meta proposta. É correto também expor referências para sustentar os objetivos do trabalho e, posteriormente ou concomitante, amarrá-los aos resultados alcançados. É importante reforçar a contribuição da sua pesquisa, demonstrando as implicações teóricas e as implicações práticas. Veja o exemplo retirado do trabalho de pesquisa desenvolvido por Coussi et al. (2015, p.xx): “A partir do estudo do ciclo de vida do projeto de IED, do ponto de vista teórico, a grande contribuição do estudo está vinculada à identificação de que a estratégia do tipo hélice tríplice emergiu da prática. Essa contribuição, também tem contribuições para a prática, uma vez que se apresenta um modelo de tríplice hélice territorial que pode servir de exemplo para países emergentes, a fim de promover o desenvolvimento econômico a partir de indústrias de alta tecnologia”. A dica desse tópico, sugere-se, ao término das considerações finais, reservar o penúltimo parágrafo para expor as limitações da pesquisa, mas não do pesquisador, como por exemplo: o estudo teve como limitação a utilização apenas de técnicas quantitativas; nesse caso, perceba que a limitação é da pesquisa e não do pesquisador. Este que, por sua vez, pode, equivocadamente, citar como limitação do estudo a falta de tempo para realizar a pesquisa, sendo essa uma limitação do pesquisador e não da pesquisa. Já no último parágrafo, o autor deve expor sugestões de novos estudos, como, por exemplo: replicar o estudo em outros locais do mesmo segmento para ratificar os resultados. ACHO QUE ESTÁ QUASE PRONTO O TRABALHO, ATÉ CONSIDERAÇÕES FINAIS EU FIZ. FALTA MAIS ALGUM PASSO? QUAL? NONO PASSO TUDO PRONTO!? FALTA O RESUMO! NONA DICA: No resumo, prec isa constar o obj et ivo gera l , o assunto, o método e os princ ipa is resu ltados. 9. TUDO PRONTO!? FALTA O RESUMO! O resumo é a última etapa do artigo a ser escrita, porque nele deve constar a síntese do trabalho. Lembre-se de que todo o trabalho científico pode causar uma boa primeira impressão pelo título e, posteriormente, pelo resumo. Quem está iniciando e seguindo a dica do primeiro passo desta obra, fará justamente o que foi comentado no parágrafo anterior, ou seja, ler os títulos e depois os resumos. Para estruturar em poucas palavras todo o desenvolvimento do trabalho, parte dos manuais e materiais de apoio de instituições de ensino e regulamentos de periódicos e congressos sugere que o resumo contenha quatro itens essenciais: 1) o objetivo do trabalho; 2) o conceito para esclarecer o assunto; 3) a metodologia utilizada; e 4) os principais resultados. Você ainda pode incrementar o resumo abordando autores relevantes sobre o assunto discutido. Também é possível expor o modelo teórico utilizado. Ou, ainda, apresentar, na metodologia, a técnica de coleta de dados adotada, além da população ou amostragem utilizada. No resumo, utiliza-se a voz ativa e a terceira pessoa do singular. O resumo é constituído preferencialmente por um único parágrafo sem recuo, mas depende essencialmente das regras do local de submissão, podendo variar o espaçamento entrelinhas e o número de palavras. A dica para escrever o resumo é simples, o autor precisa expor o objetivo geral, o assunto, o método e os principais resultados. E não se esqueça de apontar as palavras chaves do seu estudo, para facilitar a identificação da sua pesquisa por outros autores que possam estar interessados. TRABALHO PRONTO. EXISTE UM DÉCIMO PASSO QUE POSSO SEGUIR PARA DEIXAR MEU TRABALHO MELHOR AINDA? DÉCIMO PASSO COMO INCREMENTAR AS MINHAS IDEIAS E SER MAIS CRIATIVO NO PROCESSO DE PESQUISA? DÉCIMA DICA: Faça um grupo de pesqu isa. Faça ou participe de um grupo de pesquisa sobre o tema de seu interesse. Para isso, escolha alguns colegas que pesquisam os mesmos temas que você, por exemplo, “Gestão do Conhecimento”. Vocês podem combinar de se encontrarem a cada quinze dias, para discutir o andamento do seu trabalho. Faça apresentações do andamento da sua pesquisa para os participantes do grupo, assim você vai perdendo o medo e ganhando segurança sobre a construção do seu trabalho. Convide professores da sua instituição para assistir sua apresentação! Discuta o problema, os objetivos, os métodos e as principais dúvidas. Lembre-se de que pesquisas desenvolvidas em grupos possuem mais solidez e confiabilidade!DÉCIMO PASSO SUGERIDO. AGORA É HORA DE REVER TODOS OS PASSOS E FINALIZAR MEU TRABALHO! REFERÊNCIAS BANSAL; Pratima; CORLEY, Kevin.Publishing in amj- part 7: What’s different about qualitative research? Academy of management journal, v. 55, n. 3, p. 509-513, 2012. BIZZI, Lorenzo; LANGLEY, Ann. Studying processes in and around networks. 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Fábio Teodoro Tolfo Ribas Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Universidade do Contestado (UNC) e Bacharel em Administração de Empresas pela Unicruz. Atualmente Delegado do Conselho Regional de Administração (CRA-RS) na Gestão 2013-2016. Professor em cursos de Graduação e Pós-Graduação, Professor convidado de MBA em Gestão de Pessoas pela FEMA e UCPel, Palestrante e Consultor de Empresas. Autor de artigos e capítulos de livros na área de Metodologia e Gestão de Pessoas. Dr. Deivis Cassiano Philereno Bacharel em Administração, Especialista em Gestão Estratégica em Contabilidade; Mestre em Economia e Doutor em Desenvolvimento Regional. Professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação, Palestrante, Consultor de empresas e Empresário. Autor de artigos Nacionais e Internacionais e autor de livros e subcapítulos de livros. Drª. Kadigia Faccin Professora Colaboradora (Pós-Doutorado) do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS. Doutora em Administração pela Universidade do vale do Rio dos Sinos - UNISINOS e em Sciences de l’information et de la communication pela Université de Poitiers/França (co-tutela de tese). Possui graduação em Ciências Econômicas (2007) e mestrado acadêmico em Administração pela Universidade de Caxias do Sul (2010). Participante do grupo de pesquisa GeRedes (Grupo de Estudos em Redes Interorganizacionais - UNISINOS/CNPq) Autora de artigo nacionais e internacionais nas área de inovação, gestão do conhecimento, relações interorganizacionais e método de pesquisa. Todos os direitos reservados aos autores. Vedada a reprodução parcial ou total sem citação da fonte. Arquivo ePub produzido pela Revolução eBook Jiu-Jitsu Brasileiro Roza, Antonio Francisco Cordeiro 9788582452479 47 páginas Compre agora e leia Livro feito após uma pesquisa de anos relatando a veracidade de fatos fundamentada em artigos confiáveis. O e-book conta a história do Jiu Jitsu e também os principais personagens que fizeram acontecer e crescer o esporte aqui no Brasil. É surpreendente e empolgante pois muitos destes personagens não são conhecidos pelos praticantes do nosso esporte. Antes mesmo de desenvolver o Jiu Jitsu aqui no Brasil, existia sim a pratica de arte marcial. Estas artes marciais tiveram outras nomenclaturas e eram similares ao nosso JIu Jitsu, saiba onde ocorreram algumas das praticas e os períodos correspondentes. O e-book desmistifica muitas referencias erronias existentes em academias, sites, revistas entre outros. Compre agora e leia Acabou Juridiquês! Ferreira, Raigilson Kid 9788582452981 226 páginas Compre agora e leia Trata-se de um dicionário informal, para aprender Direito Tributário se divertindo. Este livro vai lhe ajudar a entender com brevidade conceitos do mundo jurídico, normalmente cheios de expressões particulares, inusitadas, e até mesmo de outros idiomas. Para quem é adolescente, dona de casa, trabalhador de qualquer área, empresário, empreendedor, ou simplesmente alguém que é curioso, encontrar uma palavra e dizer ah! Entendi!. Este livro surgiu a partir da necessidade de tornar o vocabulário jurídico mais acessível às pessoas comuns, que ao menos uma vez na vida se depararam com uma intimação, uma notificação, um auto de infração ou até mesmo um processo. Não se pretende encerrar definitivamente qualquer dúvida, mas apresentar noções básicas de uma forma clara e rápida, como deve ser todo bom dicionário informal, e melhor, sem estresses, porque de estresses os processos estão cheios. Compre agora e leia Uma Breve História Das Crises Econômicas Alves, Waldon Volpiceli 9781942159780 135 páginas Compre agora e leia Um resumo de algumas da maiores crises econômicas da história: A Crise de 1294; A Crise das Tulipas; A Crise da South Sea Company; A Crise do Crédito de 1772; O Pânico de 1797; O Pânico de 1819; A Crise de 1837; O Pânico de 1857; A Crise de 1873; O Pânico de 1890; A Longa Depressão de 1873-1896; O Encilhamento: Brasil; A Crise Bancária Australiana de 1893; O Pânico de 1893; O Pânico de 1896; O Pânico de 1907; A Crise de 1920-21; A Crise de 1929; A Recessão de 1937-38; A Crise do Petróleo de 1973; A Crise Econômica de Camarões; A Crise Bancária Israelense; A Crise Econômica do Japão; O Colapso Econômico da União Soviética; A Crise Bancária Sueca; A Crise Bancária Finlandesa; A Crise do México; A Crise da Ásia; A Crise da Rússia; A Crise da Argentina; A Crise da Internet; A Crise Financeira Internacional; A Crise da Dívida Soberana Europeia. 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Com esse intuito, o livro apresenta 11 capítulos escritos (isoladamente ou em co-autoria) por Alessandra Marconatto (UFMT), Alexandre Vicentine Xavier (UFMT), Carlos Eduardo Silva e Souza (UFMT), Daniela Paes Moreira Samaniego (UNIC), Giselda Maria Fernandes Novas Hironaka (USP/FADISP), Ingrid Machado Urbaneto (UNIVAG), Larissa Lauda Burmann (UNIVAG), Leonardo Cordeiro Sousa (UFMT), Luciana Monduzzi Figueiredo (UFMT), Maísa de Souza Lopes (FADISP), Ricardo de Azevedo Watzel (UFMT), Roberta Favalessa Donini (UNIRONDON), Vivian Gerstler Zalcman (PUC/SP), Vladia Maria de Moura Soares Sanches (UNIC), Vladimir Segalla Afanasieff (FADISP) e Saul Duarte Tibaldi (UFMT). Compre agora e leia Quebra-Galho. Manual De Inglês Do Viajante Independente Neto, J. 9788582450918 100 páginas Compre agora e leia Manual de inglês para viajantes, que tem como objetivo dinamizar a comunicação e fazer com que o usuário atenda às suas necessidades básicas durante sua aventura pelo exterior. 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