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bx_07_CURSO_ER21_EXT_LIN_CIEH_GEO_4A

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1
Geologia V – Pedologia – 
estudo dos solos
Aula 
13
Geografia
4A
Os solos constituem a parte mais superficial da crosta terrestre. São formados por rochas degradadas (produto 
final do intemperismo/meteorização) e por material orgânico. Despertam grande interesse à Geografia, por serem o 
suporte da vida vegetal e da viabilidade agrícola, e por abrigarem ¼ da biodiversidade do planeta. 
 Cartazes da FAO 
(Organização das Nações 
Unidas para Alimentação 
e Agricultura) sobre o 
Dia Internacional do 
Solo – 5 de dezembro.
Fonte: www.spcs.pt. Acesso: 20/03/2016
O estudo dos solos é realizado pela pedologia. Outro ramo, a edafologia, preocupa-se com o solo arável ou agrí-
cola (estrato mais “produtivo” e indicado para os vegetais). 
 Componentes dos solos 
Os solos representam um segmento abiótico de suporte à vida, sendo essencialmente formados por minerais, 
acrescidos de material orgânico, água e ar. Na constituição de um solo, de modo geral, são encontrados 46% de 
minerais, 4% de material orgânico, 25% de ar e 25% de água (sendo as quantidades de água e ar bastante variáveis). 
As partículas minerais são originadas a partir do intemperismo das rochas e pelos processos de deposição de se-
dimentos. Ocorrem em variados tamanhos de grãos, como argilas, siltes, areias, cascalhos e matacões (pedregulhos). 
As argilas, partes minerais de menor tamanho (menor granulometria), são as mais importantes, sendo onde as 
raízes realizam a retirada de importantes nutrientes como o cálcio e o potássio.
2 Extensivo Terceirão
Os espaços entre os grãos dos solos estabelecem po-
ros, a porosidade, que influi nas quantidades de água e ar.
GRANULOMERIA
(CLASSIFICAÇÃO DE ATTERBERG)
Material Diâmetro
Matacão (pedregulho)......................................................... > 200,0 mm
Cascalho grosseiro........................................................ 200,0 a 20,0 mm
Cascalho fino........................................................................ 20,0 a 2,0 mm
Areia grossa............................................................................. 2,0 a 0,2 mm
Areia fina................................................................................ 0,2 a 0,02 mm
Silte...................................................................................... 0,02 a 0,002 mm
Argila........................................................................................... < 0,002 mm
Fonte: GUERRA, Antônio T. e GUERRA, Antônio J.T. Novo dicionário 
geológico-geomorfológico, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
O material orgânico, ou parte biológica, é represen-
tado pelo acúmulo de dejetos animais e vegetais (folhas, 
galhos, frutos, excrementos, animais mortos) e pelo hú-
mus. O húmus (ou humo) é a parte orgânica dos solos 
pronta para ser absorvida pelas plantas e oriunda dos 
processos de decomposição realizado por micróbios 
e das fezes das minhocas. No húmus são encontrados 
cerca de 70% de carbono, 6% de nitrogênio e quantida-
des menores de fósforo e enxofre, por exemplo.
Adubação Verde
Plantar leguminosas, muitas vezes em associa-
ção com outras culturas agrícolas, é um modo de 
incrementar a fertilidade do solo. As leguminosas 
favorecem a existência de bactérias, suas raízes 
incrementam a aeração e, com a posterior decom-
posição, aumentam a concentração de nitrogênio – 
fundamental às plantas. São exemplo de legumino-
sas empregadas na adubação verde: a ervilhaca, o 
feijão-de-porco e o milheto. 
As quantidades de ar e de água nos solos oscilam 
bastante de acordo com a irrigação, declividade do 
terreno, porosidade, temperatura e cobertura vegetal, 
sendo algumas condições relevantes: depois das chuvas 
há maior umidade e menor aeração; terrenos argilosos 
(com baixa porosidade) e planos guardam água com 
mais facilidade; terrenos arenosos, pedregosos (com alta 
porosidade) e acidentados são mais aerados; as raízes 
das coberturas vegetais mais densas colaboram para a 
preservação da umidade e aeração dos solos. 
A aeração do solo determina a ação dos microrga-
nismos dos solos. Assim, nos solos com boa oferta de ar, 
o trabalho de transformação dos restos orgânicos em 
húmus é beneficiado. 
A água é aproveitada pelos vegetais e outros seres 
vivos dos solos, como as minhocas, e também age no 
intemperismo, ocorrendo nas áreas com grande oferta 
hídrica, se existirem generosas quantidades de alumínio 
ou hidrogênio, reações químicas que tornam os solos 
ácidos – a acidificação. Outro processo desencadeado 
pela água nos solos é a lixiviação, que consiste na 
“lavagem” dos solos com a retirada de nutrientes das 
camadas mais superfíciais (pela erosão lamelar/horizon-
tal ou infiltração/percolagem para estratos profundos). 
Com a lixiviação podem ocorrer reações químicas e con-
centrações de minerais que formam camadas duras nos 
solos – camadas ferruginosas/lateritas – a laterização. A 
formação de lateritas (popular canga) prejudica o uso 
agropecuário dos solos, mas favorece a formação de 
jazidas de alumínio – por exemplo.
Al
ex
an
dr
e 
D
et
ze
l
 Restos orgânicos no chão de uma floresta que serão convertidos 
em húmus (Muir Woods – Califórnia – EUA).
 Características dos 
solos – morfologia 
Os solos são corpos tridimensionais (com largura, 
comprimento e profundidade) que dispõem da plena 
interligação entre atmosfera, hidrosfera, litosfera e 
biosfera, sendo importantes as características de cor, 
estrutura, profundidade e fertilidade. 
Coloração
A cor de um solo é ditada pelos componentes mi-
nerais e orgânicos. Destacam-se quatro cores: a preta 
(escura) dos solos ricos em materiais orgânicos/húmus; 
a vermelha (ou roxa) nos solos com elevados teores 
de óxidos de ferro, relacionados à decomposição de 
rochas vulcânicas como o basalto; a amarela nos solos 
de origem granítica ou de gnaisse; e a cinza (ou cinza-
-azulados) nos solos encharcados das margens fluviais. 
Aula 13
3Geografia 4A
Estrutura 
A estrutura ou base de um solo é observada no 
contexto da textura e consistência. 
A textura relaciona-se com a granulometria, sendo 
considerados arenosos os solos com predomínio de 
areias grossas, cascalhos e pedregulhos; barrentos, os 
com domínio de areias finas; e argilosos ou pesados, os 
formados por argilas. 
Quanto à consistência, essa é orientada pelas 
aglomerações formadas entre as partes minerais e orgâ-
nicas – os torrões. A consistência varia de acordo com a 
umidade, porosidade e oferta de matéria orgânica que 
estabelecem ligas, deixando o solo mais aglomerado ou 
solto (maleável). 
Profundidade
A profundidade de um solo é aferida por aspectos 
de coloração, estrutura, alcance das raízes das plantas 
e o nível do lençol freático (água subterrânea), sendo 
identificados estratos denominados horizontes de solo. 
PROFUNDIDADE DOS SOLOS
Solo Profundidade
Raso ............................ menor ou igual a 50 cm
Pouco profundo ...... maior que 50 cm e menor que 100 cm
Profundo ................... maior que 100 cm e menor que 200 cm
Muito profundo ....... maior que 200 cm
Fonte: Manual técnico de pedologia – IBGE. http://biblioteca.ibge.
gov.br/visualizacao/livros/,liv24989.pdf. Acesso: 20.03.2016
Latossolos e litossolos
Os solos profundos constituem os latossolos, 
comumente maduros, férteis e encontrados em áreas 
planas com climas úmidos (temperados e tropicais). 
Os solos rasos, denominados litossolos, em geral 
são jovens, pouco férteis e encontrados em áreas aci-
dentadas e de clima seco.
Horizontes de solo
A observação vertical de um solo expõe um perfil de 
horizontes (camadas ou estratos) com cores, estruturas e 
usos/funções diferenciados, por convenção denomina-
dos O, A, B, C e R. 
O – Horizonte orgânico (rico em restos 
orgânicos)
A – Horizonte mineral rico em húmus 
(solo agrícola ou arável)
B – Horizonte argiloso (subsolo)
C – Horizonte com rochas em 
decomposição (regolito)
R – Horizonte com rocha consolidada 
(rochaoriginal – mãe ou matriz).
Horizontes do solo (perfil)
D
iv
o 
Pa
di
lh
a.
 2
01
0.
 D
ig
ita
l.
 • Horizonte O: é a parte superior de um solo, constitu-
ída pelos materiais orgânicos depositados, pouco 
ou não decompostos (denominada serapilheira). 
Tem coloração escura, é bem aerado, iluminado e 
suscetível a grandes variações de umidade. Esse 
horizonte aparece em alguns trabalhos subdividido 
entre O (superior) e H (inferior). 
 • Horizonte A: é o solo propriamente constituído 
(ou solum) de minerais decompostos e material 
orgânico. Camada rica em húmus e ocupada por raízes, 
minhocas, formigas e micróbios. É a fração dos solos 
com condições de fixação dos vegetais, condições 
edáficas, por isso denominada de solo arável ou 
agrícola. Esse horizonte aparece em alguns trabalhos 
subdividido entre A1 (superior e com grande riqueza 
orgânica) e A2 (inferior e predominantemente mineral). 
 • Horizonte B: é uma camada de areias finas e argilas, 
onde o material orgânico está reduzido a traços ou 
mesmo é inexistente. O material constituinte pode ser 
denominado barro e corresponde ao subsolo atingi-
do apenas pelas raízes mais profundas. É também um 
horizonte de rochas locais (eluvial), em alguns traba-
lhos tendo a parte superior chamada horizonte E. 
 • Horizonte C: é formado pelas rochas de maior profun-
didade que estão em decomposição, apresentando 
matacões, ou seja, porções ainda não inconsolidadas 
de rochas. Esse horizonte não apresenta materiais 
orgânicos e é também denominado regolito. 
 • Horizonte R: camada profunda, correspondente à 
crosta terrestre. É a rocha mãe ou matriz sem traços 
de decomposição, ou seja, consolidada. Em alguns 
trabalhos é apontado como horizonte D. 
4 Extensivo Terceirão
Fertilidade 
A fertilidade corresponde à capacidade 
química (ou de nutrientes) de um solo para 
suprir as necessidades das plantas. Quando 
quimicamente rico, um solo é fértil e, portanto, 
com boas condições edáficas. 
A fertilidade é ofertada pelos minerais e pela 
composição orgânica de um solo, e dinamizada 
pelo clima (umidade, temperatura e luminosida-
de) e feições do relevo. 
São treze os elementos/nutrientes essen-
ciais retirados dos solos pelas plantas. Esses 
elementos estão organizados em dois grupos: 
os macronutrientes, necessários em grandes 
quantidades, representados por cálcio, fósforo, 
enxofre, potássio, magnésio e nitrogênio; e 
os micronutrientes, necessários em menores 
quantidades, representados por boro, cálcio, 
cloro, cobre, ferro, manganês e zinco. 
Lei do Mínimo de Liebig
Organizado pelo químico alemão Justos Von Liebig 
(1803-1873), esse princípio reconhece que o desenvol-
vimento das plantas é controlado pelo nutriente que 
existe em menor quantidade num solo. 
Formação dos solos (Pedogênese) 
O processo de formação de um solo, a pedogênese, está diretamente relacionado às rochas e ao clima, tendo partici-
pação do relevo, da ação biológica e do tempo. 
Os aspectos climáticos são primordiais na formação e, também, manutenção dos solos. As condições térmicas, 
pluviométricas (umidade) e a luminosidade interferem nos processos de intemperismo, seja químico-biológico ou físico, 
e nas características da atividade biológica (fixação, evolução e permanência de animais e vegetais).
As rochas determinam a parte mineral, mais abundante e primordial dos solos. Quando o solo é formado pelas 
rochas locais, é denominado eluvial. Quando é formado por material sedimentado trazido de outras localidades pelos 
agentes erosivos, é denominado aluvial. 
O relevo é importante na formação dos solos porque interfere no escoamento das águas e nos processos de 
erosão e deposição. Os locais acidentados, como as encostas das montanhas, possuem escoamento rápido das águas 
e grande erosão, resultando em solos rasos, jovens e instáveis. Já os ambientes planos têm maior infiltração da água e 
deposição de sedimentos, com solos profundos e maduros. Também pelas características de altitude e disposição, os 
relevos montanhosos podem produzir sombreamentos e apresentar acentuadas declividades e ar rarefeito – interferindo 
no intemperismo, erosão e fixação de ação biológica. 
Etapas de formação do solo
Rocha recém-exposta Solo jovem 
(Litossolo)
Solo raso Solo maduro
Rocha
Rocha
A A A1
C
C
B
A2
Tempo
Rocha Rocha
D
iv
o 
Pa
di
lh
a.
 2
01
0.
 D
ig
ita
l.
Ja
ck
 A
rt
. 2
01
7.
 D
ig
ita
l.
Fonte: LEPSCH, Igo F. 
Solos formação e 
 conservação, São 
Paulo: Melhoramentos, 
1993 – pág. 16.
Aula 13
5Geografia 4A
O tempo é o intervalo cronológico no qual ocorre a 
formação de um solo. São necessários entre 100 e 2.500 
anos para os processos naturais cumprirem a formação 
de um solo, ocorrendo a evolução da rocha matriz até o 
solo maduro. 
Dos cinco fatores/condicionantes da pedogênese 
(rochas, clima, relevo, ação biológica e tempo), são 
considerados fatores ativos o clima, o relevo e a ação 
biológica, por apresentarem mudanças e ações diretas 
no intemperismo; as rochas e o tempo (cronologia) não 
possuem iniciativas de intemperismo, sendo considera-
dos fatores passivos. 
Classificação dos solos 
A organização dos solos por tipos e qualidades 
é bastante antiga, tendo iniciado com a Revolução 
Agrícola ou Neolítica, há cerca de 10 mil anos, quando 
as populações humanas se tornaram majoritariamente 
sedentárias. Nessa época, eram reconhecidas e valoriza-
das as características dos solos, como cor e estrutura, e 
as indicações de aproveitamento agropecuário. 
Foi somente no final do século XIX que a classificação 
dos solos ganhou princípios científicos, a partir dos tra-
balhos do geólogo russo Vasilii Vasirlevich Dokou-
tchaiev (1846-1903) – considerado o pai da pedologia. 
Dokoutchaiev foi o pioneiro no reconhecimento dos 
condicionantes da formação e dos horizontes do solo. 
Atualmente existem 
diversas classificações, 
tendo destaque a dos EUA, 
a da FAO (Organização das 
Nações Unidas para Ali-
mentação e Agricultura) e 
a brasileira, desenvolvida 
pela EMBRAPA (Empresa 
Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária). Essas clas-
sificações são complexas, 
organizando os solos 
em ordens, subordens, 
grupos, famílias e séries. 
Porém, de forma genérica (e de interesse nas questões 
de vestibulares e do ENEM), vale ressaltar o sugerido pela 
classificação estadunidense, na qual são destacados três 
grupos pedológicos: zonal, intrazonal e azonal. 
Os solos zonais (bem desenvolvidos pela classifica-
ção brasileira) estão relacionados a grandes domínios 
climáticos e/ou à existência de atividade biológica 
significativa. Ocorrem em áreas planas e bem drenadas. 
São antigos (maduros), profundos e bem desenvolvidos. 
São exemplos de solos zonais: os latossolos, o podzol, o 
tchernozion e o solo de tundra.
 Dokoutchaiev – precursor 
da ciência dos solos
©
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 C
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Os solos intrazonais possuem grande influência 
do relevo, da rocha de origem ou da localização. São 
solos bem desenvolvidos, mas que podem apresentar 
infertilidade, salinidade ou excesso de umidade. São 
exemplos de solos intrazonais: os salinos (dos mangues) 
e os hidromórficos (das várzeas).
Os solos azonais (mal desenvolvidos pela classifi-
cação brasileira) são mal desenvolvidos em função da 
idade, da rocha de origem ou do relevo. São solos rasos 
e de fertilidade variada. São exemplos de solos azonais: 
os litossolos e os aluviais. 
Tipos importantes de solo
Há um grupo de solos que é bastante conhecido 
principalmente pela fertilidade e/ou aproveitamento 
econômico. Alguns tiveram importância histórica, caso 
do solo de massapé no Brasil, relacionado ao ciclo cana-
vieiro, ou ainda, constituem característica marcante de 
um país, sendo o caso do solo de tchernozion, que faz da 
Ucrânia o celeiro agrícola da Europa. 
São solos de destaque no Brasil:
 • Aluvião: solos presentes nas planícies e várzeas 
fluviais, como as dos rios Amazonas, Araguaia e São 
Francisco. São bastante aproveitados em lavouras de 
policultura para subsistência.Com destaque para os 
vazanteiros do vale do rio São Francisco, que apro-
veitam os períodos de vazante do rio para cultivar 
alimentos. São formados a partir dos sedimentos 
depositados pelas cheias dos rios, sendo azonais, em 
geral rasos ou pouco profundos e aluviais. 
 • Massapé (ou massapê): é o solo muito fértil que 
caracteriza a Zona da Mata Nordestina. Teve grande 
aproveitamento nos ciclos da cana-de-açúcar e do cacau. 
O massapé é derivado da decomposição de calcário e 
gnaisse. Corresponde a um solo zonal, profundo e eluvial. 
 • Salmourão: é o solo com maior uso agrícola no 
Brasil, tendo destaque nas culturas de arroz, laranja, 
trigo e soja. Ocorre principalmente nas regiões 
Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Foi formado pela de-
composição de gnaisse e granito. Não possui fertili-
dade natural elevada e é ácido, sendo recorrente a 
introdução da cal (técnica da calagem) para correção 
da acidez e favorecimento das culturas agrícolas. É 
um solo zonal, profundo e eluvial. 
 • Terra preta do índio (TPI): são manchas de solos 
muitos férteis, ricos em húmus, encontrados na flo-
resta amazônica, empregados em roças tropicais de 
subsistência por índios e outros habitantes da região. 
Estudos da EMBRAPA apontam que esses solos ocu-
pam aproximadamente 1% da floresta (65 mil km2), 
6 Extensivo Terceirão
tendo origem relacionada a atividades antrópicas há 
mais 4 mil anos. São solos azonais, variando entre 
rasos e pouco profundos e aluviais. 
Solos das florestas tropicais
Os solos das florestas tropicais, como a Amazônica 
e a Atlântica no Brasil, são em geral de baixa fertilida-
de e vulneráveis ao processo de lixiviação e erosão. 
Mas, como podem florestas tão ricas subsistirem 
em solos pobres? 
Toda riqueza da floresta Amazônica não está no 
solo e sim na própria floresta. “Essa floresta que ao 
longo desses milhões de anos está aí exuberante se 
mantém porque existe uma rede muito eficiente de 
manutenção desses nutrientes no sistema, que é a 
formação no solo de pequena camada de decom-
posição, de no máximo 5 cm de folhas, galhos e 
animais mortos, que rapidamente são convertidos 
em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.”
Paulo Cezar Teixeira (pesquisador e doutor na área de solos e plantas). 
Fonte: http://bioreporter.blogspot.com.br/2009/05/especial-uma-
-floresta-tao-rica-em-um.html. Acesso: 21.03.2016 (com adaptações).
 • Terra roxa (ou massapé vermelho): solo encontrado 
nas porções ocidentais de São Paulo e Paraná e no 
sul do Mato Grosso do Sul. Teve destaque nas plan-
tações do ciclo do café. É muito fértil e oriundo da 
decomposição de rochas vulcânicas do tipo basalto. 
É um solo zonal, profundo e eluvial. 
São solos de destaque em 
outras partes do globo: 
 • Loesse (ou Loess): solo abundante nas planícies do 
nordeste chinês e importante no cultivo de vários 
alimentos, com destaque para o arroz (rizicultura). 
Com grande fertilidade, teve formação relacionada 
a depósitos sedimentares eólicos e fluviais (do rio 
Amarelo ou Hoang-Ho). Embora seja comumente 
relacionado à China, existem solos do tipo Loesse na 
Europa (na França e Holanda), nos EUA (nas planícies 
do rio Mississipi) e na Argentina (na região patagôni-
ca). É um solo intrazonal, profundo e aluvial. 
 • Podzol: é o solo encontrado nas florestas frias 
(temperadas e de coníferas) do hemisfério Norte 
(Canadá, norte europeu e Rússia central). É muito 
fértil, empregado em plantações e pastagens. É um 
solo zonal, profundo e eluvial. 
 • Tchernozion: também denominado de terra negra, é 
um solo fértil presente com destaque na Ucrânia (com 
grandes amostras também na Rússia e Ásia central). É 
amplamente usado em plantações de cerais, como a 
aveia e o trigo. É zonal, profundo e eluvial. 
 • Tundra: é o solo das periferias do círculo polar ártico, 
ocorrendo nas latitudes de até aproximadamente 
75° Norte. Só apresenta condições para o desenvolvi-
mento de vegetais no verão, quando ocorre o degelo 
e surgem as formações da tundra (musgos, liquens 
e gramíneas). Parte do horizonte de solo A e os ho-
rizontes B e C ficam permanentemente congelados, 
constituindo o permafrost. É um solo zonal, raso ou 
pouco profundo e eluvial. 
Agressões aos solos
A degradação ou perda de solos atingiu níveis 
alarmantes. Segundo as Nações Unidas (ONU), são 
empregados no mundo 1,6 bilhão de hectares (Hec-
tare = 10.000 m2) na produção de 95% dos alimentos 
consumidos no mundo, sendo que todos os anos são 
perdidos 12 milhões de hectares.
A destruição dos solos é acarretada principalmen-
te pelos desmatamentos e práticas inadequadas da 
agropecuária. Também participam do flagelo dos solos 
as contaminações por esgotos e acondicionamentos 
inadequados de lixo. 
No âmbito da ONU, as preocupações com a degra-
dação dos solos influenciaram na declaração do ano de 
2015 como o Ano Internacional dos Solos, e o dia 05 de 
dezembro como o Dia Internacional dos Solos, visando ao 
favorecimento de estudos e eventos para a conservação 
e conscientização a respeito da importância dos solos. A 
ONU concentra suas preocupações em três aspectos: 
desertificação, fome e perda de biodiversidade.
Fonte: www.spcs.pt. Acesso: 20.03.2016
 Divulgação das ações da ONU em 2015
A perda de solos representa o desperdício de um 
importante recurso natural vital à humanidade, de 
difícil, onerosa e demorada recuperação (muitas vezes 
impossível). Quando destruídos pela erosão, o conse-
quente assoreamento de rios e lagos constitui outra face 
maléfica da degradação pedológica. 
O colapso dos solos, além dos já preocupantes quadros 
de desertificação, fome e perda de biodiversidade, favorece 
migrações, conflitos agrários, aumento dos preços das 
commodities agropecuárias e do preço das terras férteis.
FA
O
Aula 13
7Geografia 4A
Testes
Assimilação
13.01. Considere o perfil do solo abaixo.
D
iv
o 
Pa
di
lh
a.
 2
01
0.
 D
ig
ita
l. O
A
B
C
R
O horizonte “A” apresenta
a) predomínio de fragmentos rocho-
sos (húmus). 
b) maior fertilidade (é o solo agrícola).
c) somente argilas.
d) rochas em primeiro estágio de 
decomposição.
e) rochas inalteradas.
13.02. (SANTA CASA – SP) – Examine 
o recorte.
(Igo F. Lepsch. Formação e 
conservação dos solos, 2002.)
O perfil de solo apresentado corresponde a uma área de
a) savana. b) coníferas. c) pradaria.
d) desertos. e) tundra.
13.03. Assinale a alternativa que apresenta um solo fértil encontrado no Brasil.
a) Tchernozion (terra negra). b) Tundra. c) Loess. 
d) Massapé. e) Gnaisse.
13.04. Tipo brasileiro de solo encontrado no litoral nordestino. Provém da de-
composição de gnaisses e calcários. Foi importantíssimo para a ciclo canavieiro. 
O trecho anterior trata da/do
a) salmourão. b) loess. c) terra roxa.
d) massapé. e) tchernozion. 
Aperfeiçoamento
13.05. (MACK – SP) – Os solos formados pela decomposição de basalto de grande 
fertilidade que ocorrem principalmente no estado de São Pauto, são chamados de:
a) Salmourão. b) Latossolos. c) Terra roxa.
d) Lateríticos. e) Podzólicos.
13.06. (UNICAMP – SP) – Solo é a camada superior da superfície terrestre, onde se 
fixam as plantas, que dependem de seu suporte físico, água e nutrientes. Um perfil de 
solo é representado na figura abaixo. Sobre o perfil apresentado é correto afirmar que:
a) O horizonte (ou camada) O correspon-
de ao acúmulo de material orgânico 
que é gradualmente decomposto e 
incorporado aos horizontes inferiores, 
acumulando-se nos horizontes B e C.
b) O horizonte A apresenta muitos mi-
nerais não alterados da rocha que deu 
origem ao solo, sendo normalmente o 
horizonte menos fértil do perfil.
c) O horizonte C corresponde à transição 
entre solo e rocha, apresentando, nor-
malmente, em seu interior, fragmentos 
de rocha não alterados.
d) O horizonte B apresenta baixo desen-
volvimento do solo, sendo um dos 
primeiros horizontes a se formar e o 
horizonte com a menor fertilidade em 
relação aos outros horizontes.
13.07. (UNESC – RO) – O solo compreende a camada superficialda Terra, resultante 
da ação do intemperismo (físico, químico) e da ação da matéria orgânica sobre as 
rochas. É constituído de material sólido (minerais e matéria orgânica), água e ar, 
sendo responsável por sustentar a vegetação. 
Sobre o solo e seus horizontes, analise as afirmativas. 
I. A formação do solo se dá a partir da desintegração e decomposição da rocha-
-mãe, ou seja, da rocha matriz intemperizada. 
II. Os horizontes do solo são formados pela atuação conjunta de processos físicos, 
químicos e biológicos, distinguindo-se por meio de propriedades como cor, 
textura e teor de argila. 
Horizonte A
Horizonte ou 
Camada O
Horizonte B
Horizonte C
Rocha não 
alterada
MODELO DE PERFIL DO SOLO
8 Extensivo Terceirão
III. O horizonte denominado “A” corresponde à porção pre-
dominantemente orgânica, onde se encontra o húmus 
oriundo da decomposição da matéria orgânica. 
IV. São vários os fatores que atuam na composição do solo, 
como a rocha, o clima, o relevo, os organismos e o tempo, 
proporcionando uma inter-relação que é responsável pela 
gênese dos diversos tipos de solo. 
Está correto o que se afirma em 
a) I e IV, apenas. b) I, II e IV, apenas. 
c) II, III e IV, apenas. d) II e III, apenas. 
13.08. (UFPR) – A erosão das partículas superficiais do solo 
pela água ou pelo vento é um fenômeno natural, embora 
seja influenciado pelas atividades humanas. Sobre o tema, 
considere as seguintes afirmativas:
1. Algumas atividades tradicionais no manejo da terra co-
locam em risco as áreas agricultáveis nos aspectos rela-
tivos à perda de nutrientes e de matéria orgânica dos 
solos.
2. A erosão dos solos altera a sua textura, estrutura e queda 
nas taxas de infiltração e retenção de água.
3. O processo erosivo diminui a produtividade da terra, o 
que leva a uma ampliação do uso de fertilizantes quí-
micos.
4. A erosão natural, acelerada por processos de natureza 
humana, pode transformar completamente as paisa-
gens.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
13.09. (MACK – SP) – O solo não é apenas um substra-
to para o desenvolvimento da biosfera. O solo é um 
dos determinantes das características da biosfera e é 
modificado por elas, através dos processos interativos 
que mantém com os seres vivos. O solo é onde estes 
estão ancorados e o elo de transferência do alimento 
e da água para as plantas, fechando o ciclo por onde 
flui a energia. Os solos se desenvolvem a partir de uma 
matriz rochosa que, por ação do clima, dos seres vivos 
e da força da gravidade, se diversifica em muitos tipos. 
Estes se formam por processos lentos e são agrupados 
pelos especialistas conforme uma série de atributos 
genéticos. Essa lentidão é tal que 2,5 cm de solo pode 
levar de cem a 2 mil anos para se formar.
CONTI, José B. e FURLAN, Sueli A. Geografia do Brasil, 2000, p. 123.
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos 
sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Uma das preocupações ambientais importantes na 
atualidade é a velocidade com que perdemos solo pela 
sua utilização predatória. Estima-se que, por erosão, os 
mesmos 2,5 cm de solo citados acima são destruídos em 
menos de dez anos.
b) Solos eluviais são aqueles provenientes da desagregação 
e decomposição das rochas existentes no próprio local de 
formação; já os solos aluviais são formados em virtude do 
acúmulo de material transportado pela ação do vento e 
da água.
c) A EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
coordena o SiBCS  – Sistema Brasileiro de Classificação 
de Solos.
d) O húmus é o produto da decomposição orgânica respon-
sável pela fertilidade do solo. Uma camada humífera de 
30 cm pode levar até cinquenta anos para se desenvolver. 
e) Próprios de climas quentes e úmidos, os podzóis são solos 
de baixa fertilidade, devido à escassez de húmus, óxidos 
de ferro e matéria orgânica em sua composição.
13.10. (UFRGS) – Assinale a alternativa correta sobre uso e 
ocupação do solo.
a) A cobertura vegetal, através das copas e da serapilheira, 
amplia o escoamento superficial no solo e diminui o 
processo erosivo.
b) A impermeabilização do terreno urbano por edificações 
e pavimentações aumenta o processo de recarga do 
lençol freático.
c) A cobertura vegetal diminui a infiltração e a erosão do 
solo.
d) As intervenções antrópicas em drenagens urbanas podem 
alterar seu equilíbrio dinâmico.
e) A falta de retificação de trechos de rios e a inserção de 
áreas úmidas intensificam as enchentes.
Aprofundamento
13.11. (UNIOESTE – PR) – 
Os solos são cruciais para a vida na Terra.
(BRADY, N. C.; WEIL, R. R. Elementos da natureza 
e propriedades dos solos, 2013). 
Podemos não nos dar conta disso no dia a dia, mas quase 
todo o nosso alimento, roupas, móveis e inúmeros outros 
itens do cotidiano têm origem direta ou indireta dos solos. 
Mesmo diante dessa importância, este bem fundamental 
para a nossa vida tem sido alvo de processos de degradação. 
Neste contexto, assinale a alternativa INCORRETA sobre os 
solos, seu manejo, conservação.
a) Dentre as muitas funções do solo, podemos citar: meio 
para o crescimento de plantas, sistema para suprir e 
purificar a água, meio para obras de engenharia, habitat 
para os organismos do solo, modificador da atmosfera, 
sistema de reciclagem de nutrientes e dejetos orgânicos.
b) A formação dos solos sofre influência de fatores como os 
intemperismos físico e químico. O processo intempérico 
fragmenta rochas e minerais, o que altera as características 
físicas e químicas de origem. Agentes geológicos (água e oxi-
gênio) e biológicos (microrganismos) reforçam este processo.
c) Os sistemas conservacionistas de manejo do solo incluem 
presença de cobertura verde, cobertura morta, adubação 
Aula 13
9Geografia 4A
verde, rotação de culturas, faixas de retenção, dentre outras ações, além do seu 
terraceamento e de revolvimento mínimo.
d) A erosão do solo (causada principalmente pela água e pelo vento) tem como 
consequência o seu transporte e de demais nutrientes para áreas mais baixas. 
O material transportado normalmente atinge os corpos hídricos, fertilizando-os. 
Por conseguinte, as produtividades pesqueira e de culturas aquáticas aumentam.
e) O mapeamento dos tipos de solos na paisagem é importante para seu manejo e 
conservação. Neste sentido, é fundamental mapeá-los em diferentes escalas carto-
gráficas para auxiliar nas diferentes ações de planejamento e gestão desse recurso.
13.12. (UEL – PR) – Observe a ilustração, o esquema e a tabela a seguir.
PERDAS DE SOLO VERSUS USOS
Mineralização da 
matéria orgânica
Pisoteio
compactação do solo
Cultivo intensivo 
superpastoreio
Menor produção 
de biomassa
Eliminação da 
cobertura vegetal
Degradação da 
estrutura do solo
Menor infiltração
Maior escoamento 
superficial
Maior erosão
Menor proteção
Menor aporte de 
matéria orgânica
ATIVIDADES HUMANAS E IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DAS TERRAS
EFEITOS DE DISTINTAS COBERTURAS E SISTEMAS DE 
USO DA TERRA NA EROSÃO EM CAMPINAS-SP
Uso da terra Erosão Runolf
Floresta 0,001 1,1
Pastagem 1,0 1,6
Café 1,4 1,6
Algodão 36,0 8,2
(GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S.; BOTELHO, R. G. M. Erosão e conservação 
dos solos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999)
Com base na ilustração, no esquema e na tabela, considere as afirmativas a seguir.
I. A degradação das terras por erosão em áreas agrícolas não pode ser justificada 
pela eliminação da capa superficial do solo, pois ela não intensifica o escoa-
mento superficial (runoff).
II. A eliminação da capa superficial do solo é o maior causador da erosão em terras 
com vocação agrícola, por isso a erosão deve ser controlada desde seu início. 
III. As consequências da erosão não 
se limitam à quantidade de solo 
perdida; refletem-se também na 
degradação física e na perda dafertilidade do solo. 
IV. A degradação progressiva do solo, 
assim como do ambiente como um 
todo, tem sido gerada, principal-
mente, pelas atividades ligadas à 
produção de alimentos e de outros 
bens de consumo.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são 
corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são 
corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são 
corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são 
corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV 
são corretas.
13.13. (UEM – PR) – Ao longo da his-
tória, os solos influenciaram na sobre-
vivência da humanidade. Identifique 
o que for correto sobre suas origens, 
características, distribuições espaciais 
e seus usos.
01) Os fatores naturais que influen-
ciam a formação dos solos são a 
rocha matriz, o clima, o relevo, os 
organismos e o tempo de exposi-
ção à ação da natureza. 
02) Os basaltos e os diabásios, que 
são rochas magmáticas, são 
transformados em solos de ele-
vada fertilidade natural quando 
submetidos ao intemperismo 
químico.
04) A porosidade é uma propriedade 
comum em determinados tipos 
de rochas, mas, após o intempe-
rismo, não são preservadas, ou 
seja, quando da transformação 
das rochas em solos.
08) O húmus é o produto final da de-
composição de restos vegetais e 
animais por micro-organismos. 
Ele forma a matéria orgânica 
que está presente em algumas 
camadas de solo próximas da 
superfície.
16) A adoção de construção de terra-
ços em terrenos com finalidades 
agrícolas auxilia na prevenção da 
degradação dos solos.
10 Extensivo Terceirão
13.14. (UNICHRISTUS – CE) – 
INFLUÊNCIA DO RELEVO NAS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS
Google imagens <http://slideplayer.com.br/slide/8407364/)>
Analisar a formação do solo é levar em consideração o local de formação, pois a área 
analisada mostra vários fenômenos que explicam a condição, o desenvolvimento 
e a maturação desse importante elemento natural. 
A partir da ideia do texto e da imagem, pode-se concluir que 
a) os Neossolos são solos jovens com pequeno desenvolvimento pedogenético 
e caracterizados por pequena profundidade (rasos). 
b) os Gleissolos são solos minerais, halomórficos, desenvolvidos de sedimentos 
recentes não consolidados e de constituição argilosa. 
c) os Argissolos Vermelho-Amarelos apresentam a mistura de óxidos de ferro com 
outros minerais e são de alta fertilidade natural. 
d) todos os solos apresentados são maduros, profundos e de alta fertilidade natural. 
São resultados de uma área propicia à geração de potencialidades. 
e) os solos indicados na figura que estão próximos ao rio são carentes de água em 
função da predominância de rochas sedimentares – arenitos.
13.15. (UPF – RS) – As rochas existentes na superfície da Terra estão sujeitas 
ao intemperismo, que é o conjunto das modificações de natureza física 
(desagregação) e química (decomposição) que elas sofrem e que dependem 
de vários fatores, como clima, relevo, fauna, flora, tipo de rocha e tempo 
de exposição. Os produtos friáveis e móveis formados pelo intemperismo 
e que não são imediatamente removidos pela água, vento ou gelo evoluem, 
sofrendo uma reorganização estrutural, e dão origem ao que se chama de 
solo, num processo conhecido por pedogênese. 
Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-
Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Os-Solos-2620.html>. Acesso em 22 mar. 2019.
Com base nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa correta. 
a) Dependendo dos fatores que afetam o intemperismo, os solos terão caracterís-
ticas e propriedades físicas e químicas diferenciadas, podendo ser, por exemplo, 
vermelhos, amarelos ou cinza-esbranquiçados. 
b) Em geral, os solos estão dispostos 
em camadas, chamadas de ho-
rizontes do solo. Essas camadas, 
situadas acima ou abaixo da rocha 
matriz, são identificadas pelas letras 
O, A, E e I. 
c) Os solos mais claros são os mais 
valorizados para a agricultura, pois 
apresentam grande quantidade de 
matéria orgânica, areia e silte. 
d) O latossolo é o tipo de solo que 
caracteriza o Rio Grande do Sul, 
sendo pouco intemperizado, mas 
muito fértil e raso. 
e) A existência de apenas três tipos 
de solo no Brasil (latossolos, argis-
solos e neossolos) se deve à baixa 
diversidade de pedoambientes e 
de fatores de formação dos solos. 
Instrução: Observe as imagens 1 e 2 
para responder à questão 13.16.
Imagem 1
Imagem 2
LEPSCH, Igo F. 19 lições de Pedologia. 
São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 456p. 
Aula 13
11Geografia 4A
13.16. (IFPE) – As duas imagens relacionam-se aos processos 
de erosão e degradação do solo. Identifique a alternativa que 
aborda corretamente as informações acerca desses fenômenos. 
a) O ravinamento expresso nas imagens é típico de áreas 
de climas tropicais, com altos índices pluviométricos e 
solos do tipo permafrost, que, por sua constituição mais 
arenosa, tornam-se mais vulneráveis à erosão pluvial. 
b) As imagens representam diferentes etapas do processo 
de voçorocamento, que consiste na formação de grandes 
sulcos de erosão pluvial em solos expostos, que são mais 
suscetíveis às frequentes enxurradas em áreas de climas 
mais úmidos. 
c) O ravinamento é um processo natural, que independe das 
atividades humanas, pois é decorrente da ação mecânica 
da chuva no solo, através da qual a energia das gotas de 
chuva provoca a sua desagregação. 
d) As imagens referem-se à formação de voçorocas, fenô-
menos incomuns no território brasileiro em função do 
predomínio de solos de origem geológica cristalina e, 
portanto, mais resistentes à erosão hídrica. 
e) A erosão apresentada na imagem 2 denomina-se ravina, 
típica de climas tropicais semiáridos e decorrente da 
intensa erosão pluvial a partir do contato da água com o 
solo, uma vez que os solos dessas regiões têm baixíssima 
capacidade de infiltração.
13.17. (UNIFEB – SP) – Analise atentamente a imagem e o 
texto abaixo:
OS SOLOS FÉRTEIS NO BRASIL E NO MUNDO
Fonte: GE GEOGRAFIA 2016 ed. 8. São Paulo: Abril, 
2015. EAN 789-3614-099811. (adaptado)
O solo é uma camada delgada de material não consolidado 
que cobre a superfície da crosta terrestre. O solo é constitu-
ído, em diversas proporções, por matéria mineral e matéria 
orgânica, que interatuam entre si formando conjuntos de 
partículas designadas por agregados, entre os quais existem 
espaços vazios (poros) que são preenchidos por água e ar. 
Algumas regiões do globo se destacam por apresentarem 
solos férteis, intensamente utilizados pela agricultura.
Assinale a alternativa que melhor caracteriza o tipo de solo pre-
dominante, identificado pelos algarismos 2 e 3 na figura acima:
a) solo de Tchernozion, quimicamente fértil e com elevada 
matéria orgânica.
b) solo Loess, formado pela deposição de sedimentos car-
regados pelo vento.
c) solo Massapê, argiloso e de elevada fertilidade química 
natural.
d) Plintossolos, solos constituídos por material mineral, 
apresentando horizonte plíntico ou litoplíntico ou con-
crecionário.
e) Latossolos vermelhos, originados a partir da decomposi-
ção do basalto, rico em ferro.
13.18. (FEMPAR – PR) – O solo, a camada superficial da 
crosta terrestre, é um complexo composto por mate-
riais minerais e orgânicos, formado inicialmente pela 
desintegração das rochas por ação do intemperismo 
(físico, químico e biológico), que dá origem aos com-
ponentes minerais. Posteriormente, a decomposição 
e a incorporação de elementos orgânicos vegetais e 
animais, chamados de húmus, dão fertilidade aos solos. 
No território brasileiro existem diversas categorias de 
solos, formados a partir da ação conjugada de fatores 
naturais, como tipo de rocha matriz, temperatura, 
topografia, águas correntes e vegetação. 
(Adaptado de: COELHO, Marcos de Amorim. Geografia 
Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, p.120)
Com base no texto, no mapa e em conhecimentos sobre 
os solos e suas relações com a agricultura no Brasil, julgue 
as afirmativas. 
a) No Brasil predominam solos zonais (latossolose solos 
podzólicos), que têm no clima o principal elemento 
responsável por sua formação. São solos maduros (bem-
-formados), que geralmente apresentam os horizontes A, 
B e C bem caracterizados. 
b) Os latossolos tropicais brasileiros são pouco profundos, 
mas ricos em minerais, sustentando assim importantes 
cultivos – como de soja e milho, no Centro-Oeste, de 
cana-de-açúcar, no Sudeste, de algodão, nas áreas mais 
úmidas da região Nordeste. 
12 Extensivo Terceirão
c) Os cambissolos predominam no 
interior do semiárido nordestino 
e em trechos montanhosos das 
regiões Sul e Sudeste. Seu pequeno 
desenvolvimento e baixa fertilidade 
natural deve-se, fundamentalmen-
te, à inclinação do relevo e ao pre-
domínio do intemperismo químico, 
processo que acelera a perda de 
nutrientes por lixiviação. 
d) Os solos lateríticos e aluviais, típicos 
da Amazônia brasileira, são escuros 
e ricos em húmus, permitindo um 
bom aproveitamento agrícola em 
áreas como a várzea do rio Ama-
zonas. Esses solos, no entanto, vêm 
sendo degradados por práticas in-
corretas, como o desmatamento de-
sordenado e as queimadas regionais. 
e) Nos planaltos e chapadas da bacia 
do Paraná encontra-se a terra-
-roxa  – solo vulcânico, castanho-
-avermelhado e de elevada ferti-
lidade natural, originado da de-
composição de basalto. Esse solo, 
associado ao clima quente e ao 
relevo planáltico regional, abriga 
hoje uma policultura, na qual se 
destacam, dentre outras planta-
ções, as de café, arroz, trigo e fumo.
Desafio
13.19. (UNICAMP – SP) – A figura 
abaixo apresenta a ocorrência de der-
rames basálticos na porção centro-sul 
do Brasil.
ÁREA DE OCORRÊNCIA DOS 
DERRAMES BASÁLTICOS NO BRASIL
Sobre essa ocorrência, é correto afirmar:
a) Trata-se de uma manifestação eruptiva do Mesozoico, associada com o riftia-
mento que formou o oceano Atlântico, sendo uma das maiores manifestações 
vulcânicas da história geológica da Terra. As alterações dessas rochas formam 
solos muito férteis, chamados de Nitossolos.
b) Trata-se de uma manifestação eruptiva do Quaternário, relacionada a uma série 
de hotspots associados à bacia do Paraná. As alterações dessas rochas formam 
solos muito ácidos, que acabam por dificultar as atividades agrícolas.
c) Corresponde a um evento vulcânico que foi ativo durante milhões de anos, 
associado à deriva continental da América do Sul, em direção leste. As alterações 
dessas rochas formam solos extremamente férteis, classificados atualmente 
como “terras roxas”.
d) Foi uma atividade vulcânica entre as maiores da história da Terra, que ocorreu du-
rante o Paleógeno (antigo Terciário Inferior), quando se iniciou a separação América 
do Sul-África. Os solos desenvolvidos sobre essas rochas são extremamente férteis.
13.20. (UFBA) – “A superfície da Terra é o rígido suporte de apoio à so-
brevivência dos homens e dos demais seres vivos. A parte superior da 
crosta terrestre ou litosfera que determina a superfície da Terra é um dos 
componentes do estrato geográfico, ao lado das massas líquidas, da baixa 
atmosfera e da biota. A rigidez que a superfície da Terra apresenta é apenas 
aparente. Na realidade, a estrutura sólida, sustentáculo das ações humanas, 
tem uma dinâmica que faz com que ela se modifique permanentemente. 
Tal dinâmica não é facilmente perceptível pelo homem em face da baixa 
velocidade de movimentação. O dinamismo da superfície da Terra é fruto da 
atuação antagônica de suas forças ou de suas fontes energéticas – as forças 
endógenas ou internas e as forças exógenas ou externas. Do jogo dessas 
duas forças opostas resulta toda a dinâmica da crosta terrestre ou litosfera.”
(ROSS. In: ROSS (org), p. 17)
As informações contidas no texto e os conhecimentos sobre a origem, as formas 
e os recursos do relevo terrestre, em particular do Brasil, permitem afirmar:
01) A orogênese e a epirogênese constituem forças endógenas ativas, responsá-
veis pela formação do relevo terrestre, sendo produtos da deriva continental 
e do choque entre as placas tectônicas.
02) Os processos exógenos de esculturação do relevo dependem das caracte-
rísticas climáticas reinantes e, assim sendo, nos climas áridos e semiáridos, 
prevalece a meteorização química, enquanto, nas áreas tropicais quentes e 
úmidas, os mecanismos físicos decorrentes da variação térmica desempe-
nham papel importante no processo erosivo.
04) As cadeias orogênicas são áreas de grande complexidade rochosa e estrutu-
ral, correspondem aos terrenos mais elevados e mais instáveis da superfície 
terrestre e encontram-se, preferencialmente, nas bordas dos continentes, nos 
limites com os oceanos Pacífico e Índico e com o mar Mediterrâneo.
08) As bacias sedimentares antigas são aquelas onde ocorrem jazidas de mine-
rais metálicos (ferro, ouro, chumbo, cobre), e não-metálicos (gesso, granito, 
mármore), enquanto os escudos cristalinos e os dobramentos modernos são 
propícios à ocorrência de jazidas de combustíveis fósseis, como o petróleo e 
o carvão mineral.
16) O escudo das Guianas, localizado no extremo norte do país, é caracterizado, 
principalmente, por rochas de formação recente e, ainda, por rochas intrusivas 
vulcânicas e por trechos de coberturas sedimentares do período holocênico.
32) O território brasileiro, apesar de constituído por estruturas e formações litoló-
gicas antigas, apresenta, na sua configuração atual, formas de relevo elabora-
das por processos erosivos passados e recentes.
64) As chapadas são formas de relevo de feições arredondadas – topos convexos 
e encostas abruptas – esculpidas em rochas cristalinas, que caracterizam a 
paisagem do Planalto Central Brasileiro.
Aula 13
13Geografia 4A
13.01. b
13.02. d
13.03. d
13.04. d
13.05. c
13.06. c
13.07. b
No solos, o horizonte "O" é 
predominantemente orgâ-
nico (vide pág. 03).
13.08. e
13.09. e
13.10. d
13.11. d
13.12. e
13.13. 27 (01 + 02 + 08 + 16)
13.14. a
13.15. a
13.16. b
13.17. e
13.18. V, F, F, F, V
13.19. a
13.20. 37 (01 + 04 + 32)
Gabarito
14 Extensivo Terceirão
Estrutura da atmosfera 
terrestre
600 km
+ 1 000°C
80 km
90°C
50 km
+ 2°C
15 km
60°C
+ 80°C
+ 15°C
Exosfera
Ionosfera
Mesosfera
Estratosfera
Tropopausa
Troposfera
Balão
Meteorológico
Satélite
Estrela
Cadente
Nível médio do mar
Camada de Ozônio
Generalidades
A atmosfera, camada gasosa que envolve a Terra, é 
sem dúvida uma das responsáveis pela vida no planeta.
Espessura
Apesar de cerca de 97% dos gases que constituem a 
atmosfera estarem situados até 30 km aproximadamen-
te, os limites superiores podem chegar até 1 000 km.
Composição
A composição média, em porcentagem, da at-
mosfera corresponde a 78% de nitrogênio, 21% de 
oxigênio e 1% de outros gases.
Entre os gases que se encontram em menor per-
centual, destacam-se: hélio, argônio, criptônio, neônio, 
xenônio, radônio, gás carbônico e hidrogênio.
Além desses elementos, encontramos cinzas vulcâ-
nicas, poeira, sais, micro-organismos e vapor-d’água.
A composição não é homogênea em todas as 
camadas, além de depender das condições da própria 
superfície local. Por exemplo: a concentração de dióxido 
de carbono é maior nos grandes centros urbanos do que 
sobre os oceanos; até 22 km a porcentagem de oxigênio 
é constante, diminuindo gradativamente até 80 km.
Nitrogênio
78%
Outros gases
1%
Oxigênio
21%
Composição da atmosfera
Camadas
De acordo com as características físico-químicas, a 
atmosfera pode ser subdividida em troposfera, estratos-
fera, mesosfera, ionosfera e exosfera.
Troposfera
É a primeira camada atmosférica a partir da su-
perfície terrestre. A troposfera, também denominada 
de baixa atmosfera ou atmosfera inferior, apresenta 
espessura média de 12 000 metros, variando de 16 000 
metros sobre a região equatorial a 8 000 metros sobre as 
regiões polares.
Aula 14
Geografia
4A
Atmosfera I – atmosfera terrestre
Aula 14
15Geografia 4A
Nessa camada, estão contidos quase 80% dos ga-
ses da atmosfera, além de ocorrerem aí a maioria dos 
fenômenos meteorológicos, como chuvas, ventos,nuvens e formação de neves.
Apesar de a prática não ser muito adotada na atuali-
dade, alguns autores subdividem a troposfera em zona 
das perturbações ou turbulências e zona calma.
Na zona das perturbações, que vai até 8 000 metros, 
encontramos quase a totalidade dos fenômenos meteo-
rológicos, tais como: chuvas, ventos, nuvens e umidade 
atmosférica.
Na zona calma, que se situa acima dos 8 000 metros, 
o fenômeno de maior importância é a Corrente do Jato 
(Jet Stream).
À Corrente do Jato ou Jet Stream correspondem ven-
tos constantes que sopram acima dos 8 000 metros, com 
velocidades superiores a 90 km/h no sentido oeste-leste.
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
20–20 0–40–60
Estratosfera
Tropopausa
TroposferaGradiente 6,4°C/1000 m
A
lt
it
ud
e 
(k
m
)
Temperatura (°C)
Curva do gradiente vertical de temperatura, num 
dia de verão, em área de média latitude – 45°N
Tropopausa
É uma zona de transição entre a troposfera e a estra-
tosfera onde a temperatura se mantém estável.
Estratosfera
Corresponde à 2a. camada da atmosfera, situando-se 
entre 21 000 metros e 50 000 metros. Nesta camada, 
encontra-se o ozônio, com densidade maior na faixa 
dos 28 km, o qual atua como um filtro, enfraquecendo 
a intensidade da radiação ultravioleta, impedindo 
sua penetração em grande intensidade na superfície 
terrestre.
Em função da absorção dos raios ultravioleta pelo 
ozônio, a temperatura na estratosfera aumenta com a 
altitude, ocorrendo um gradiente térmico negativo.
Mesosfera
Localizada acima da estratosfera, entre 50 000 e 
80 000 metros, apresenta pressão atmosférica muito 
baixa e constitui a camada mais fria da atmosfera.
Ionosfera
Desenvolve-se entre os 80 000 metros e 600 000 
metros de altitude. Nesta camada, tem início a filtragem 
seletiva da radiação solar, pois é na ionosfera que ocor-
rem as radiações gama e raios X.
Na ionosfera, ocorre a reflexão das ondas de rádio. 
Apresenta um gradiente térmico médio negativo, isto 
é, um aumento de temperatura com o acréscimo de 
altitude. O fenômeno das “estrelas cadentes” ocorre 
principalmente nessa região.
Exosfera
Acima da ionosfera, a partir dos 500 000 metros até 
os limites do espaço interplanetário. Caracteriza-se pela 
presença de gases extremamente rarefeitos e tempera-
turas muito elevadas.
Alta atmosfera
A estratosfera, a mesosfera, a ionosfera e a exos-
fera podem ser denominadas de alta atmosfera ou 
atmosfera superior.
Na alta atmosfera, a ionosfera e a exosfera cons-
tituem a “termosfera”, faixa com elevadíssimas tem-
peraturas, que podem variar de 500 a 2.000 °C. As 
auroras polares (boreais e austrais) ocorrem na termo-
fera e é ali que orbitam as Estações Espacial Interna-
cional, o ônibus espacial e muitos satélites artificiais.
Funções
A atmosfera apresenta várias funções, entre as quais 
se destacam as de filtro, conservação e proteção.
Filtro
Cerca de dois terços dos raios solares são barrados 
pela atmosfera, impedindo, dessa maneira, que raios 
em excesso ou nocivos à vida cheguem à superfície 
terrestre.
16 Extensivo Terceirão
Conservação
É a propriedade que a atmosfera tem de conservar 
o calor, que foi absorvido durante o dia, impedindo 
durante a noite seu escape em demasia.
 A queima de pneus, plásticos e outros produtos é um forte 
poluidor.
P. 
Im
ag
en
s/
Ha
m
ilt
on
 B
et
te
s J
r.
Efeito estufa
É a capacidade de a atmosfera manter as tempe-
raturas estáveis, permitindo a vida no planeta. Sem 
o efeito estufa, as amplitudes térmicas diárias na 
Terra seriam enormes, impedindo o desenvolvimento 
de qualquer tipo de vida que se conhece. Portanto, 
o efeito estufa é um fenômeno vital para o planeta. 
Geralmente, o efeito estufa é confundido com aqueci-
mento global.
Proteção
Constantemente a atmosfera é atingida por frag-
mentos de astros que se desintegram ao se chocarem 
com ela. Dessa maneira, a atmosfera impede a chegada 
desses fragmentos à superfície terrestre.
Além dessas funções, podem ser citadas as de refle-
xão e de difusão.
Aquecimento global
É o fenômeno de aumento contínuo e a longo prazo que se verifica na temperatura atmosférica mundial. 
Suas causas ainda não foram cientificamente comprovadas totalmente, mas são fortes os indícios de que a 
poluição causada pelas atividades humanas colabora com esse fenômeno.
Efeito Estufa
Aula 14
17Geografia 4A
Fatores de aquecimento da atmosfera
Temperatura
Os raios solares, ao atingirem a atmosfera terrestre, aquecem de maneira mínima os gases atmosféricos ao ultrapassá-
-los em direção à superfície terrestre. Por essa razão, o aquecimento da atmosfera pelos raios solares é realizado de 
maneira indireta, pois decorre, na maior quantidade, da refração desses raios na superfície terrestre.
A atmosfera tem elasticidade, ou seja, aumenta e diminui de volume e peso devido às diferenças de temperatura, 
dando origem às diferenças de pressão.
Tal aquecimento varia de acordo com os seguintes fatores:
Latitude
Quanto maior a latitude, menor será o aquecimento, uma vez que os raios solares aquecem mais as regiões de 
baixas latitudes.
Altitude
Nas maiores altitudes, o aquecimento torna-se menor, devido à distância do foco principal de irradiação calorífica 
que é a superfície terrestre.
Continentalidade e maritimidade
Considerando que as massas líquidas se aquecem mais lentamente do que as continentais e que também se resfriam 
mais lentamente do que estas, deduz-se que as temperaturas sobre os oceanos ou nas suas proximidades (litoral) são 
mais estáveis (maritimidade) do que no interior dos continentes (continentalidade).
Outros fatores
Os ventos, as chuvas, a vegetação, as correntes marítimas e as atividades humanas também influenciam na tem-
peratura atmosférica.
Nem tudo é igual. Devido à 
curvatura da Terra, a luz solar atinge 
a superfície em ângulos cada vez 
mais oblíquos à medida que se vai 
mais para o norte. A relação entre 
os ângulos assinalados é x > y > z. 
Como fica implícito com isto, a 
energia recebida no ponto A é 
maior que a recebida nos pontos B 
ou C. Por essa razão, a temperatura 
em geral decresce quanto mais 
distante se vai para o norte ou para 
o sul a partir do Equador.
Meio-dia a pino. Nesta data, um observador na 
latitude de 23˚27’ Norte veria o Sol diretamente sobre 
sua cabeça precisamente ao meio-dia. Isto se deve 
por ser a inclinação do eixo da Terra de 23˚27’ em 
relação a uma linha perpendicular ao plano da órbita 
da Terra, chamada de eclítica. Assim, nesta data, uma 
linha perpendicular à superfície da Terra na latitude 
de 23˚27’ Norte cairia diretamente sobre a eclítica.
A luz solar chega à Terra. Depois de uma jornada de 11 minutos, 
a energia do Sol chega à Terra na forma de luz solar. Já que o Sol é 
muito maior que a Terra, os raios chegam praticamente paralelos 
entre si. (Se o Sol fosse menor ou se a Terra estivesse muito mais 
próxima, os raios pareceriam ter saído de uma fonte de luz central 
quando aqui chegassem).
23˚27’ horizonte
11:00 12:00 13:00
TERRA
x
y
z
A
B
C
Incidência dos raios solares na Terra
18 Extensivo Terceirão
Conceitos
• Gradiente vertical de temperatura: é a diminuição 
da temperatura atmosférica na razão de 0,65°C a 
cada 100 metros de altura. Quando ocorre a redu-
ção da temperatura com o aumento da altitude, o 
gradiente é positivo; quando se verifica aumento de 
temperatura com a altitude, o gradiente é negativo.
• Albedo: corresponde à capacidade que os diferentes 
componentes da superfície terrestre têm de refletir 
parte da radiação solar e não absorvê-la.
• Insolação: quantidade de energia solar que atinge 
a superfície terrestre, determinando o aquecimento 
dela.
Teoricamente, o momento mais quente do dia cor-
responde às 14 horas e o mais frio, a 40 minutos antes 
do nascer do sol.
• Inversão térmica: condição em que a camada de 
ar frio se sobrepõe a uma camada de ar quente, 
impedindo o movimento ascendente do ar at-
mosférico. Em locais industrializados, a inversão 
térmica leva à retenção dospoluentes nas camadas 
mais baixas, podendo ocasionar problemas de 
saúde. Esse fenômeno tende a ocorrer, com maior 
frequência, durante os meses de menores índices 
pluviométricos, quando a quantidade de partículas 
sólidas que ficam em suspensão é maior. Por exem-
plo, na Região Metropolitana de São Paulo, ocorre 
mais durante o inverno, devido ao menor índice de 
precipitação.
• Ilhas de calor: fenômeno verificado nos grandes 
aglomerados urbanos, onde as médias térmicas 
diferem das áreas rurais circunvizinhas. Os edifícios, 
o calçamento de pátios de estacionamento e o 
asfalto das ruas absorvem mais o calor solar do que 
as áreas verdes, que predominam nas áreas rurais. 
As atividades urbanas, como transporte, comércio 
e indústria, provocam aumento de dióxido de car-
bono na atmosfera pela queima de combustíveis, 
a falta de circulação atmosférica nos miolos das 
quadras devido à barreira que os edifícios causam, 
a elevação das médias térmicas, nos centros urba-
nos, durante os meses de verão. Durante os meses 
de inverno, devido à falta de insolação, causada 
principalmente pela sombra dos grandes edifícios, 
a média térmica nos grandes centros urbanos será 
inferior àquelas verificadas nas áreas rurais.
• Média térmica: é a média aritmética de temperatu-
ras verificadas durante um período de tempo (dia, 
mês, ano, etc.).
• Amplitude térmica: é a diferença de temperatura 
máxima e mínima verificada durante um determina-
do espaço de tempo (dia, mês ou ano).
Ampl. térmica = Temp. máx. – Temp. mín.
• Linha isotérmica: é a linha que une os pontos de 
mesma temperatura média.
• Equador térmico: é a linha que une pontos de maior 
temperatura média ao redor do globo, passando 
entre 5° e 10° de latitude norte, o que confirma o 
fato de o hemisfério Norte apresentar temperaturas 
médias superiores às do hemisfério Sul.
• Maritimidade: influência das massas líquidas no 
aquecimento da atmosfera. A maritimidade ameniza 
as amplitudes térmicas.
• Continentalidade: influência dos continentes no 
aquecimento atmosférico. A continentalidade acen-
tua as amplitudes térmicas.
Testes
Assimilação
14.01. Sobre as camadas da atmosfera terrestre, leia o trecho 
a seguir.
Concentra as maiores quantidades de gases indispen-
sáveis para os seres vivos: 78% de nitrogênio, 21% de 
oxigênio e 1% de gás carbônico. Nela, ocorrem os fe-
nômenos meteorológicos, como chuvas e ventos. E é 
por ela que transitam aviões, helicópteros, balões etc.
Fonte: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-
sao-as-camadas-da-atmosfera>. Acesso: 16.12.2018.
As informações do trecho acima estão relacionadas a:
a) Estratosfera; b) Hidrosfera;
c) Ionosfera, d) Litosfera;
e) Troposfera.
14.02. O ____________________ corresponde ao gás 
mais abundante na atmosfera da Terra.
Preenche corretamente a lacuna.
a) metano
c) argônio 
e) oxigênio 
b) nitrogênio 
d) hidrogênio 
Aula 14
19Geografia 4A
14.03. A diferença entre a maior e a menor temperatura 
registrada num período corresponde
a) a média térmica b) ao gradiente térmico
c) a isoieta d) a amplitude térmica 
e) ao índice pluviométrico 
14.04. (UNIFEI – SP) – A maior parte dos fenômenos meteo-
rológicos, como chuvas, ventos e deslocamentos de massas 
de ar, ocorre na:
a) estratosfera.
c) mesosfera.
e) exosfera.
b) troposfera.
d) termosfera.
Aperfeiçoamento
14.05. (IFMT) – 
SELEÇÃO EM QUITO: ESTREIA DE TITE 
TERÁ ALTITUDE E RIVAL EM CRISE
Quase toda a delegação da seleção brasileira desem-
barcou na noite deste domingo em Quito, onde a 
equipe enfrentará o Equador na quinta-feira, às 18h 
de Brasília, pelas Eliminatórias da Copa de 2018. O 
jogo contra os vice-líderes da competição marcará 
a estreia de Tite no comando da seleção brasileira. 
O treinador abriu mão dos treinos no Brasil para se 
adaptar à altitude equatoriana e pretende se aprovei-
tar de um momento delicado da equipe adversária.
Disponível em: <https://www.itaberaba.net/selecao-em-quito-estreia-
de-tite-tera-altitude-e-rival-em-crise/>. Acesso em: 03/01/2018
Sempre que a Seleção Brasileira joga em cidades como Quito 
e La Paz, dizemos que ela joga contra dois adversários, um 
deles é a altitude. Isso ocorre, principalmente, porque a at-
mosfera dessas cidades, quando comparada à das cidades 
brasileiras, apresenta:
a) menor pressão e menor concentração de oxigênio.
b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio.
c) maior pressão e maior concentração de poluentes.
d) menor pressão e maior temperatura.
e) maior pressão e menor temperatura.
14.06. (UNESP – SP) – A distribuição da radiação solar pela 
superfície terrestre é o principal desencadeador de fenôme-
nos atmosféricos. Nas regiões de maior latitude, a incidência 
de raios solares é 
a) difusa, o que promove baixas temperaturas médias. 
b) dispersa, o que promove áreas de baixa pressão. 
c) concentrada, o que promove altas temperaturas médias. 
d) variável, o que promove estações do ano bem definidas. 
e) perpendicular, o que promove áreas de clima seco. 
14.07. (ACAFE – SC) – Sobre a troposfera, a alternativa 
FALSA é:
a) Os principais fenômenos meteorológicos, que atingem 
diretamente os seres humanos, ocorrem na troposfera.
b) Problemas de poluição concentram-se na troposfera, 
como a chuva ácida.
c) A presença de moléculas eletrizadas (íons), que se con-
centram na troposfera pela ação de radiações solares, são 
responsáveis pela inversão térmica.
d) Possui forma achatada, sendo mais espessa no Equador 
e mais estreita nos polos, como consequência do movi-
mento de rotação.
e) O nitrogênio, gás abundante da troposfera, é valioso para 
a vida vegetal.
14.08. (UFCE) – A atmosfera é composta de diversas ca-
madas, variáveis em função do afastamento da superfície 
terrestre. Com relação a algumas de suas características, 
assinale a alternativa correta.
a) A atmosfera é formada por quatro camadas denominadas 
litosfera, troposfera, hidrosfera e mesosfera.
b) Na atmosfera, a temperatura sofre diminuição com o au-
mento da altitude, a exemplo do que ocorre em algumas 
serras altas.
c) A pressão atmosférica sempre será maior quanto maiores 
forem a altitude e a temperatura.
d) Nas camadas atmosféricas mais baixas, o ar é mais rarefei-
to, condicionado pela baixa pressão atmosférica.
e) A circulação do ar na alta atmosfera é responsável pela 
estacionalidade e pela distribuição das chuvas nos con-
tinentes.
14.09. (UFRGS) – Assinale a afirmação correta sobre a at-
mosfera terrestre. 
a) A atmosfera é mais densa em altas altitudes, e os ga-
ses mais abundantes são nitrogênio, vapor-d’água e 
oxigênio. 
b) A camada da atmosfera chamada estratosfera suporta 
a biosfera e é a principal região da atividade do tempo 
atmosférico. 
c) Aproximadamente 90% do total da massa da atmos-
fera está na troposfera, onde a altitude da camada 
superior limite (tropopausa) varia conforme a estação 
e a latitude. 
d) As temperaturas, na troposfera, aumentam em altitude, 
pois o ozônio absorve a radiação ultravioleta e reirradia 
em ondas longas. 
e) A pressão do ar aumenta com a altitude, ao contrário da 
temperatura do ar, pois ela é produzida por movimento, 
tamanho e número de moléculas do ar.
20 Extensivo Terceirão
14.10. Com referência às ideias expostas e seus conheci-
mentos sobre a atmosfera terrestre julgue os itens a seguir. 
“A acumulação de gás em torno de nosso planeta é 
como um oceano. Aqui nas profundezas onde se en-
contra a maior parte da vida na Terra é onde o ar é 
mais denso e úmido. Aqui, a vida tem maior grau de 
proteção da radiação cósmica, detritos e partículas 
do Sol. Tendo ficado imersos neste oceano por quase 
toda a nossa vida, estamos vagamente cientes de que o 
ar acima de nossas cabeças possui profundidade e su-
perfície. E certamente estamos desatentos de que toda 
esta atmosfera, que se avulta sobre nós, tem um peso.”
DEMILLO, Rob. Como funciona o clima. São Paulo: Quark Books, 1998
I. A camada da atmosfera mais próxima ao chão, mais densa 
e com vida abundante é a troposfera.II. A camada de ozônio da estratosfera é responsável pela 
retenção da irradiação solar do planeta, fenômeno gera-
dor do efeito estufa. 
III. A pressão da atmosfera é inversamente proporcional ao 
aumento da altitude. 
IV. A “profundidade” da atmosfera registrada na linha equa-
torial é a mesma das regiões polares. 
V. O ar atmosférico compreende uma mistura de gases, 
sendo os mais importantes o Nitrogênio (78%) e o Oxi-
gênio (21%). 
Estão corretos os itens: 
a) I, II e III 
b) II, III e IV 
c) I, III e V 
d) I, II, III e IV 
e) II, III, IV e V
Aprofundamento
14.11. (UP – PR) – A atmosfera é um oceano gasoso 
que envolve o planeta, composto de oxigênio (21%), 
hidrogênio (78%) e inúmeros outros elementos, tudo 
constituindo uma massa fluida em permanente mo-
vimento. Ela é mantida em volta da Terra pela força 
gravitacional e, embora sua altitude esteja estimada 
em 1000 km, 80% de sua massa acumulam-se nos 
primeiros 5 km.
(CONTI, José B.; FURLAN, Sueli A. Geoecologia: o clima, os solos e 
a biota. In: ROSS, Jurandyr (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: 
Editora da Universidade de São Paulo, 1995. p. 91.)
A respeito do assunto, assinale a alternativa correta.
a) O envoltório gasoso funciona como uma imensa lente 
convergente, determinante para a passagem direta da 
energia solar e o consequente aquecimento da superfície 
da Terra.
b) A inclinação do eixo terrestre sobre o plano da eclíptica, 
juntamente com o movimento de translação em torno 
do Sol, permite explicar o ciclo anual dos fenômenos do 
clima nos diversos pontos do planeta.
c) A maior concentração de oxigênio na atmosfera nos dias 
atuais é uma decorrência direta da existência de extensas 
florestas tropicais e temperadas.
d) Anomalias do comportamento atmosférico, a exemplo 
das inversões térmicas de fundo de vale, a formação de 
furacões em pleno oceano, assim como os extremos de 
pluviosidade são variações do tempo atmosférico causa-
das pela ação antrópica.
e) A força da gravidade é responsável pelo “peso” da coluna 
de ar sobre a superfície terrestre; consequentemente, 
a pressão atmosférica será tanto maior quanto maior a 
altitude.
14.12. (IFBA) – A figura em destaque representa, de forma 
ilustrativa, as camadas que integram a atmosfera terrestre: 
troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera. Essas ca-
madas foram definidas a partir da variação da temperatura 
e propriedades físicas, em relação à altitude. A partir dos 
conhecimentos geográficos sobre a dinâmica e estrutura 
atmosférica, analise as questões que seguem:
CAMADAS DA ATMOSFERA 
140
100
120
80
60
40
20
–150 –100 –50 0 50 100 150
TEMPERATURA °C
TERMOSFERA
MESOSFERA
TROPOSFERA
ESTRATOSFERA
A
LT
IT
U
D
E 
– 
KM
AYOADE, J. O. Introdução a Climatologia para os Trópicos. 
5a. Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
I. O início e a evolução da vida no planeta Terra teve um 
papel fundamental na modificação da atmosfera primitiva 
até a sua composição atual, constituída de forma predo-
minante pelos gases do hidrogênio e o hélio.
II. Em todas as camadas da atmosfera, a variação térmica é 
inversamente proporcional à elevação da altitude. Ou seja, 
quanto maior for a distância em relação ao nível médio 
do mar, menor será a temperatura atmosférica.
III. As noites estreladas são mais frias no inverno pela ausên-
cia do vapor de água condensado nas nuvens do céu, 
agindo como absorvente do efeito estufa e garantindo 
o aumento térmico na parte baixa da atmosfera.
Aula 14
21Geografia 4A
IV. Quando a quantidade de água superficial no estado 
sólido aumenta por diminuição da insolação, tende-se a 
definição de um clima mais seco. Ao contrário, elevando-
-se a temperatura atmosférica na superfície terrestre, 
define-se um clima mais úmido.
V. O dióxido de carbono, o metano e os cloro-fluor-car-
bonetos são considerados “gases-estufa”, sendo que os 
cloro-fluor-carbonetos, em especial, também possuem 
a capacidade de destruir a camada do ozônio localizada 
na mesosfera que filtra a radiação ultravioleta.
Estão corretas as alternativas
a) I e II
d) I, II e V
b) II e V
e) III, IV e V
c) III e IV
14.13. (UDESC) – A atmosfera possui três camadas: a 
ionosfera, a estratosfera e a troposfera. Sobre a atmosfera, 
pode-se afirmar:
I. O ozônio encontra-se na estratosfera.
II. A troposfera é uma camada muito importante, pois é com 
ela que os habitantes da Terra estão permanentemente 
em contato; é nela que se formam os ventos, as nuvens 
e a chuva.
III. O oxigênio existe em menor quantidade nos lugares mais al-
tos. Pode-se, então, dizer que a atmosfera não é homogênea.
IV. O ar, ao contrário da terra e da água, não transforma a 
energia solar em calor. Por isso os raios solares atravessam 
a atmosfera sem aquecê-la e incidem sobre a superfície 
da Terra. Aí o calor é produzido e se irradia pela atmosfera. 
Por isso os lugares mais baixos são mais quentes que 
aqueles que ficam em altitudes mais elevadas.
V. Na troposfera os gases que predominam são nitrogênio, 
gás carbônico, oxigênio e gás natural.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
14.14. (UFRR) – Considerando a distribuição da tempera-
tura ao longo da superfície terrestre, qual alternativa está 
ERRADA?
a) As cidades localizadas nas zonas de baixas latitudes 
apresentam, de forma geral, amplitude térmica menor.
b) A zona intertropical representa uma área com predomínio 
de temperaturas amenas devido a sua menor exposição 
à radiação.
c) Cidades localizadas no centro de grandes áreas continen-
tais, apresentam maior amplitude térmica se comparado 
a cidades de mesma latitude, em áreas litorâneas.
d) Localidades próximas podem apresentar diferenças 
importantes na temperatura se estiverem em altitudes 
diferentes.
e) As zonas de altas latitudes representam as áreas mais 
frias do Planeta.
14.15. (UFMG) – 
UTILIZAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE 
EM DIFERENTES PORÇÕES DO GLOBO (EM %)
Total de radiação solar 
incidente
100% 100% 100%
% usada na evaporação 5% 60% 88%
% usada no aquecimento do ar 95% 40% 12%
deserto floresta na 
estação 
de plena 
atividade
oceano
Fonte: RUMMEY, G. R.. (1970). “The Geosystem: dynamic integration 
of land, sea and air”. WMC Brown, Dubuque, p. 35. (adaptado)
Todas as alternativas podem ser comprovadas pela análise 
da figura, EXCETO: 
a) A influência evidente da natureza diversificada da su-
perfície terrestre na disponibilidade de energia térmica.
b) A variação inversa do comportamento da evaporação e 
das temperaturas do ar.
c) As posições extremadas dos valores quando comparados 
desertos e oceanos.
d) O papel pouco significativo das florestas no consumo de 
energia térmica no processo de evaporação.
e) O desequilíbrio entre a energia absorvida para a evapo-
ração e para o aquecimento do ar no deserto.
14.16. (UEM – PR) – Sobre a atmosfera e a interferência 
humana nos fenômenos climáticos, assinale o que for correto.
01) O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental 
para a vida na Terra. Ele consiste na retenção do ca-
lor irradiado pela superfície terrestre por certos gases 
e vapor de água na atmosfera, evitando que a maior 
parte desse calor se perca no espaço exterior. Sem esse 
fenômeno, seria impossível a vida na Terra como é co-
nhecida hoje.
02) O ozônio é um gás inofensivo à sobrevivência humana 
na Terra. Sua maior concentração se encontra na tro-
posfera, formando uma barreira que impede a passa-
gem da radiação infravermelha produzida pelo Sol. A 
pequena porção dessa radiação que consegue passar 
a camada de ozônio é a principal causa do câncer de 
pele, que atinge muitas pessoas em todo o mundo.
04) Os compostos de enxofre, sobretudo o dióxido de en-
xofre (SO2), estão entre os gases poluentes mais co-
muns e mais prejudiciais à saúde. A combustãodo car-
vão e do petróleo é a principal fonte de liberação desse 
gás. Sua presença na atmosfera e o ácido sulfúrico que 
ele produz resultam no fenômeno da chuva ácida.
22 Extensivo Terceirão
08) As ilhas de calor são fenômenos relacionados ao aumento de calor nas ilhas 
localizadas na região tropical da Terra. A principal causa da formação desse 
fenômeno está relacionada ao desmatamento desenfreado naquelas ilhas. 
Com o aumento da temperatura, a ilha de calor passa a atuar como zona de 
alta pressão, atraindo ventos muito fortes, principal causa de tornados em 
ilhas como Cuba e Malvinas.
16) A temperatura da atmosfera varia de modo complexo em função da altitude. 
Os limites ou bordas formadas na passagem de uma região da atmosfera 
para outra são denominados pelo sufixo pausa. A existência desses limites 
se dá devido aos extremos de temperatura que ocorrem em cada uma das 
regiões. Assim, na troposfera, a temperatura normalmente diminui com o 
aumento da altitude e na estratosfera, camada acima da tropopausa, a tem-
peratura aumenta com a altitude.
14.17. (UFSC) – A figura abaixo mostra o balanço global médio de energia para 
todo o sistema Terra-Atmosfera. Parte da energia solar interceptada pelo nosso 
Planeta é absorvida, sendo uma parte refletida de volta para o espaço.
BALANÇO GLOBAL DE ENERGIA DO SISTEMA TERRA-ATMOSFERA (IRIBARNE e CHOU, 1980)
100
31% Albedo Planetário (Refletividade)
(ESPAÇO)
(SOLO)
(ATMOSFERA)
(ONDAS CURTAS) (ONDAS LONGAS)
(PROCESSOS
NÃO-RADIANTES)
refletida
pelo solo
refletida
pelas nuvens
radiação
atmosférica
calor
latente
calor
sensível
Espalhamento
Espalhamento
absorção
absorçãoabsorçãoabsorção
absorçãoabsorção
emissão
emissão
4 4 23
21
2124
3
6
107
113
23
23
6
6
63
160
97
VIANELLO, R. L. e ALVES, A. R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV, 1991. P. 196. 
Considerando-se a quantidade de energia solar incidente no sistema como sendo 
de 100 unidades, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
01) Do total de 100 unidades de energia emitida pelo Sol que chegam ao topo 
da atmosfera, 67 unidades são absorvidas pelo solo.
02) A atmosfera é aquecida principalmente pela emissão do calor terrestre e por 
sua absorção feita pelos gases do efeito estufa.
04) Parte da radiação solar antes de chegar à superfície terrestre é interceptada 
pela camada de ozônio e outros gases e partículas sólidas e também pelas 
nuvens, as quais absorvem 23 unidades da energia emitida pelo Sol.
08) As nuvens são importantes refletoras de calor, podendo ser responsáveis por 
até 26 unidades do albedo planetário.
16) A camada de ozônio, situada na estratosfera, é responsável pela absorção da 
radiação infravermelha que pode causar o câncer de pele.
32) Os dados apresentados na figura mostram que o balanço global do Sistema 
Terra-Atmosfera é positivo, ou seja, a quantidade de energia absorvida é su-
perior à de energia refletida.
14.18. (UFPel – RS) – A temperatu-
ra atmosférica é um dos principais 
elementos do clima. Corresponde ao 
estado térmico do ar atmosférico, ou 
seja, ao estado de “frio” ou de “calor” da 
atmosfera, como exemplifica a figura 
a seguir.
°C
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
–10
–20
–30
–40
–50
–60
–70
–80
–90
°F
212
A mais elevada
temperatura do ar
registrada até hoje
(57,8°C, em Trípoli, 
na Líbia)
A mais baixa
temperatura registrada 
até hoje(–89,2°C, na 
Estação Vostok, 
na Antártida)
Deserto quente
Costas equatoriais
Verão, Nova Iorque
Inverno, Nova Iorque
Inverno, Moscou
Inverno, siberiano
Verão, Londres
Inverno, Londres
Ponto de congelamento
194
176
158
140
122
104
86
68
50
32
14
–4
–22
–40
–76
–94
–112
–130
–148
Coelho, 2001.
Sobre a temperatura atmosférica, é 
correto afirmar que: 
a) como o calor é irradiado a partir 
da superfície da Terra para cima e 
a atmosfera se aquece por radia-
ção, quanto maior a altitude mais 
rarefeito se torna o ar, ocorrendo 
maior radiação o que faz com que 
a temperatura seja levemente 
aumentada.
b) a distribuição das massas líquidas 
(oceanos) e das sólidas (continen-
tes) não chega a ser importante 
para a variação da temperatura, 
tendo em vista que o comporta-
mento térmico das rochas (meio 
sólido) é muito semelhante ao da 
água (meio líquido).
c) a variação da temperatura com a la-
titude deve-se fundamentalmente 
à forma esférica da Terra. A partir 
do Equador a insolação diminui 
em direção aos polos ocorrendo 
diminuição da temperatura com o 
aumento da latitude.
Aula 14
23Geografia 4A
d) observamos que, em face da chamada continentalidade 
térmica quanto mais distante uma área continental estiver 
do oceano (ou de sua influência) menores serão as suas 
oscilações de temperatura ou as isotermas.
e) não sofre nenhuma influência do relevo, pois a configu-
ração orogenética de planícies ou montanhas não irá 
interferir na passagem das massas de ar.
Desafio
14.19. (UFBA) – Os conhecimentos sobre o progresso 
técnico-científico nas ciências atmosférica e espacial e sobre 
a atmosfera como subsistema terrestre e suas características 
possibilitam afirmar:
01) O início da Revolução Industrial marca a preocupação 
do Estado com o controle do uso de combustíveis or-
gânicos, financiando estudos de geógrafos e de físicos 
dos países industriais, na busca de soluções viáveis para 
a preservação ambiental.
02) As chuvas ácidas resultam da emissão de poluentes ori-
ginados pela queima de combustíveis fósseis, ocorrem, 
com mais intensidade, nos países industrializados do 
hemisfério Norte e causam impactos ambientais tanto 
em nível local quanto regional.
04) Os satélites, os radares e os computadores de alta ge-
ração têm contribuído para o desenvolvimento dos es-
tudos sobre meteorologia, permitindo melhor conhe-
cimento da dinâmica atmosférica e das inter-relações 
oceano/atmosfera e, consequentemente, maior preci-
são na análise de previsão do tempo.
08) A participação recente do Brasil nas experiências cien-
tíficas espaciais  – apesar de aparentemente simples, 
embora de alto custo –, abre novas possibilidades para 
projetos de pesquisa e de desenvolvimento em áreas, 
tais como biologia, biotecnologia, medicina e farmaco-
logia, entre outras.
16) A troposfera, camada mais baixa da atmosfera, concen-
tra cerca de 75% de sua massa gasosa, a totalidade do 
vapor d’água e de aerossóis e estabelece as condições 
de tempo, tendo, portanto, importância direta para as 
atividades do homem.
14.01. e
14.02. b
14.03. d
14.04. b
14.05. a
14.06. a
14.07. c
14.08. b
14.09. c
14.10. c
14.11. b
14.12. c
14.13. a
14.14. b
14.15. d
14.16. 21 (01 + 04 + 16)
14.17. 34 (02 + 32)
14.18. c
14.19. 62 (02 + 04+ 08 + 16 + 32)
14.20. a
Gabarito
32) A estratosfera se caracteriza pela concentração de 
grande parte do ozônio total atmosférico, cuja função 
é proteger a superfície da Terra da radiação ultravioleta 
gerada pelo Sol.
64) A temperatura do ar depende das trocas de energia 
entre o Sol e a Terra, aumentando com a altitude na 
troposfera e diminuindo na estratosfera.
14.20. (UPE – PE) – Determinado grupo de pesquisadores 
foi incumbido de realizar um estudo climático de uma dada 
área. Após as medições térmicas realizadas em um certo dia 
de inverno, elaboraram um esboço da paisagem, localizando 
os pontos onde foram feitas tais medições, conforme se pode 
observar na figura a seguir:
Fonte: Banco Elaboradora da UPE
Tomando por base as informações contidas no esboço de 
paisagem, é correto afirmar que 
a) no dia de inverno citado, ocorreu uma situação atmosféri-
ca denominada pelos climatologistas de inversão térmica. 
b) a presença do estuário caudaloso determinou a redução 
da pressão atmosférica no vale fluvial. 
c) no momento em que foram feitas as medições térmicas, 
uma massa de ar quente se espalhou pelo fundo do vale, 
estacionando sobre a área do estuário.
d) a pressão atmosférica, em face do quadro térmico local, 
aumentou desde o fundo do vale em direção aos picos 
das elevações topográficas.
e) no dia de inverno considerado, ocorreu,

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