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1 Geologia V – Pedologia – estudo dos solos Aula 13 Geografia 4A Os solos constituem a parte mais superficial da crosta terrestre. São formados por rochas degradadas (produto final do intemperismo/meteorização) e por material orgânico. Despertam grande interesse à Geografia, por serem o suporte da vida vegetal e da viabilidade agrícola, e por abrigarem ¼ da biodiversidade do planeta. Cartazes da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) sobre o Dia Internacional do Solo – 5 de dezembro. Fonte: www.spcs.pt. Acesso: 20/03/2016 O estudo dos solos é realizado pela pedologia. Outro ramo, a edafologia, preocupa-se com o solo arável ou agrí- cola (estrato mais “produtivo” e indicado para os vegetais). Componentes dos solos Os solos representam um segmento abiótico de suporte à vida, sendo essencialmente formados por minerais, acrescidos de material orgânico, água e ar. Na constituição de um solo, de modo geral, são encontrados 46% de minerais, 4% de material orgânico, 25% de ar e 25% de água (sendo as quantidades de água e ar bastante variáveis). As partículas minerais são originadas a partir do intemperismo das rochas e pelos processos de deposição de se- dimentos. Ocorrem em variados tamanhos de grãos, como argilas, siltes, areias, cascalhos e matacões (pedregulhos). As argilas, partes minerais de menor tamanho (menor granulometria), são as mais importantes, sendo onde as raízes realizam a retirada de importantes nutrientes como o cálcio e o potássio. 2 Extensivo Terceirão Os espaços entre os grãos dos solos estabelecem po- ros, a porosidade, que influi nas quantidades de água e ar. GRANULOMERIA (CLASSIFICAÇÃO DE ATTERBERG) Material Diâmetro Matacão (pedregulho)......................................................... > 200,0 mm Cascalho grosseiro........................................................ 200,0 a 20,0 mm Cascalho fino........................................................................ 20,0 a 2,0 mm Areia grossa............................................................................. 2,0 a 0,2 mm Areia fina................................................................................ 0,2 a 0,02 mm Silte...................................................................................... 0,02 a 0,002 mm Argila........................................................................................... < 0,002 mm Fonte: GUERRA, Antônio T. e GUERRA, Antônio J.T. Novo dicionário geológico-geomorfológico, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. O material orgânico, ou parte biológica, é represen- tado pelo acúmulo de dejetos animais e vegetais (folhas, galhos, frutos, excrementos, animais mortos) e pelo hú- mus. O húmus (ou humo) é a parte orgânica dos solos pronta para ser absorvida pelas plantas e oriunda dos processos de decomposição realizado por micróbios e das fezes das minhocas. No húmus são encontrados cerca de 70% de carbono, 6% de nitrogênio e quantida- des menores de fósforo e enxofre, por exemplo. Adubação Verde Plantar leguminosas, muitas vezes em associa- ção com outras culturas agrícolas, é um modo de incrementar a fertilidade do solo. As leguminosas favorecem a existência de bactérias, suas raízes incrementam a aeração e, com a posterior decom- posição, aumentam a concentração de nitrogênio – fundamental às plantas. São exemplo de legumino- sas empregadas na adubação verde: a ervilhaca, o feijão-de-porco e o milheto. As quantidades de ar e de água nos solos oscilam bastante de acordo com a irrigação, declividade do terreno, porosidade, temperatura e cobertura vegetal, sendo algumas condições relevantes: depois das chuvas há maior umidade e menor aeração; terrenos argilosos (com baixa porosidade) e planos guardam água com mais facilidade; terrenos arenosos, pedregosos (com alta porosidade) e acidentados são mais aerados; as raízes das coberturas vegetais mais densas colaboram para a preservação da umidade e aeração dos solos. A aeração do solo determina a ação dos microrga- nismos dos solos. Assim, nos solos com boa oferta de ar, o trabalho de transformação dos restos orgânicos em húmus é beneficiado. A água é aproveitada pelos vegetais e outros seres vivos dos solos, como as minhocas, e também age no intemperismo, ocorrendo nas áreas com grande oferta hídrica, se existirem generosas quantidades de alumínio ou hidrogênio, reações químicas que tornam os solos ácidos – a acidificação. Outro processo desencadeado pela água nos solos é a lixiviação, que consiste na “lavagem” dos solos com a retirada de nutrientes das camadas mais superfíciais (pela erosão lamelar/horizon- tal ou infiltração/percolagem para estratos profundos). Com a lixiviação podem ocorrer reações químicas e con- centrações de minerais que formam camadas duras nos solos – camadas ferruginosas/lateritas – a laterização. A formação de lateritas (popular canga) prejudica o uso agropecuário dos solos, mas favorece a formação de jazidas de alumínio – por exemplo. Al ex an dr e D et ze l Restos orgânicos no chão de uma floresta que serão convertidos em húmus (Muir Woods – Califórnia – EUA). Características dos solos – morfologia Os solos são corpos tridimensionais (com largura, comprimento e profundidade) que dispõem da plena interligação entre atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera, sendo importantes as características de cor, estrutura, profundidade e fertilidade. Coloração A cor de um solo é ditada pelos componentes mi- nerais e orgânicos. Destacam-se quatro cores: a preta (escura) dos solos ricos em materiais orgânicos/húmus; a vermelha (ou roxa) nos solos com elevados teores de óxidos de ferro, relacionados à decomposição de rochas vulcânicas como o basalto; a amarela nos solos de origem granítica ou de gnaisse; e a cinza (ou cinza- -azulados) nos solos encharcados das margens fluviais. Aula 13 3Geografia 4A Estrutura A estrutura ou base de um solo é observada no contexto da textura e consistência. A textura relaciona-se com a granulometria, sendo considerados arenosos os solos com predomínio de areias grossas, cascalhos e pedregulhos; barrentos, os com domínio de areias finas; e argilosos ou pesados, os formados por argilas. Quanto à consistência, essa é orientada pelas aglomerações formadas entre as partes minerais e orgâ- nicas – os torrões. A consistência varia de acordo com a umidade, porosidade e oferta de matéria orgânica que estabelecem ligas, deixando o solo mais aglomerado ou solto (maleável). Profundidade A profundidade de um solo é aferida por aspectos de coloração, estrutura, alcance das raízes das plantas e o nível do lençol freático (água subterrânea), sendo identificados estratos denominados horizontes de solo. PROFUNDIDADE DOS SOLOS Solo Profundidade Raso ............................ menor ou igual a 50 cm Pouco profundo ...... maior que 50 cm e menor que 100 cm Profundo ................... maior que 100 cm e menor que 200 cm Muito profundo ....... maior que 200 cm Fonte: Manual técnico de pedologia – IBGE. http://biblioteca.ibge. gov.br/visualizacao/livros/,liv24989.pdf. Acesso: 20.03.2016 Latossolos e litossolos Os solos profundos constituem os latossolos, comumente maduros, férteis e encontrados em áreas planas com climas úmidos (temperados e tropicais). Os solos rasos, denominados litossolos, em geral são jovens, pouco férteis e encontrados em áreas aci- dentadas e de clima seco. Horizontes de solo A observação vertical de um solo expõe um perfil de horizontes (camadas ou estratos) com cores, estruturas e usos/funções diferenciados, por convenção denomina- dos O, A, B, C e R. O – Horizonte orgânico (rico em restos orgânicos) A – Horizonte mineral rico em húmus (solo agrícola ou arável) B – Horizonte argiloso (subsolo) C – Horizonte com rochas em decomposição (regolito) R – Horizonte com rocha consolidada (rochaoriginal – mãe ou matriz). Horizontes do solo (perfil) D iv o Pa di lh a. 2 01 0. D ig ita l. • Horizonte O: é a parte superior de um solo, constitu- ída pelos materiais orgânicos depositados, pouco ou não decompostos (denominada serapilheira). Tem coloração escura, é bem aerado, iluminado e suscetível a grandes variações de umidade. Esse horizonte aparece em alguns trabalhos subdividido entre O (superior) e H (inferior). • Horizonte A: é o solo propriamente constituído (ou solum) de minerais decompostos e material orgânico. Camada rica em húmus e ocupada por raízes, minhocas, formigas e micróbios. É a fração dos solos com condições de fixação dos vegetais, condições edáficas, por isso denominada de solo arável ou agrícola. Esse horizonte aparece em alguns trabalhos subdividido entre A1 (superior e com grande riqueza orgânica) e A2 (inferior e predominantemente mineral). • Horizonte B: é uma camada de areias finas e argilas, onde o material orgânico está reduzido a traços ou mesmo é inexistente. O material constituinte pode ser denominado barro e corresponde ao subsolo atingi- do apenas pelas raízes mais profundas. É também um horizonte de rochas locais (eluvial), em alguns traba- lhos tendo a parte superior chamada horizonte E. • Horizonte C: é formado pelas rochas de maior profun- didade que estão em decomposição, apresentando matacões, ou seja, porções ainda não inconsolidadas de rochas. Esse horizonte não apresenta materiais orgânicos e é também denominado regolito. • Horizonte R: camada profunda, correspondente à crosta terrestre. É a rocha mãe ou matriz sem traços de decomposição, ou seja, consolidada. Em alguns trabalhos é apontado como horizonte D. 4 Extensivo Terceirão Fertilidade A fertilidade corresponde à capacidade química (ou de nutrientes) de um solo para suprir as necessidades das plantas. Quando quimicamente rico, um solo é fértil e, portanto, com boas condições edáficas. A fertilidade é ofertada pelos minerais e pela composição orgânica de um solo, e dinamizada pelo clima (umidade, temperatura e luminosida- de) e feições do relevo. São treze os elementos/nutrientes essen- ciais retirados dos solos pelas plantas. Esses elementos estão organizados em dois grupos: os macronutrientes, necessários em grandes quantidades, representados por cálcio, fósforo, enxofre, potássio, magnésio e nitrogênio; e os micronutrientes, necessários em menores quantidades, representados por boro, cálcio, cloro, cobre, ferro, manganês e zinco. Lei do Mínimo de Liebig Organizado pelo químico alemão Justos Von Liebig (1803-1873), esse princípio reconhece que o desenvol- vimento das plantas é controlado pelo nutriente que existe em menor quantidade num solo. Formação dos solos (Pedogênese) O processo de formação de um solo, a pedogênese, está diretamente relacionado às rochas e ao clima, tendo partici- pação do relevo, da ação biológica e do tempo. Os aspectos climáticos são primordiais na formação e, também, manutenção dos solos. As condições térmicas, pluviométricas (umidade) e a luminosidade interferem nos processos de intemperismo, seja químico-biológico ou físico, e nas características da atividade biológica (fixação, evolução e permanência de animais e vegetais). As rochas determinam a parte mineral, mais abundante e primordial dos solos. Quando o solo é formado pelas rochas locais, é denominado eluvial. Quando é formado por material sedimentado trazido de outras localidades pelos agentes erosivos, é denominado aluvial. O relevo é importante na formação dos solos porque interfere no escoamento das águas e nos processos de erosão e deposição. Os locais acidentados, como as encostas das montanhas, possuem escoamento rápido das águas e grande erosão, resultando em solos rasos, jovens e instáveis. Já os ambientes planos têm maior infiltração da água e deposição de sedimentos, com solos profundos e maduros. Também pelas características de altitude e disposição, os relevos montanhosos podem produzir sombreamentos e apresentar acentuadas declividades e ar rarefeito – interferindo no intemperismo, erosão e fixação de ação biológica. Etapas de formação do solo Rocha recém-exposta Solo jovem (Litossolo) Solo raso Solo maduro Rocha Rocha A A A1 C C B A2 Tempo Rocha Rocha D iv o Pa di lh a. 2 01 0. D ig ita l. Ja ck A rt . 2 01 7. D ig ita l. Fonte: LEPSCH, Igo F. Solos formação e conservação, São Paulo: Melhoramentos, 1993 – pág. 16. Aula 13 5Geografia 4A O tempo é o intervalo cronológico no qual ocorre a formação de um solo. São necessários entre 100 e 2.500 anos para os processos naturais cumprirem a formação de um solo, ocorrendo a evolução da rocha matriz até o solo maduro. Dos cinco fatores/condicionantes da pedogênese (rochas, clima, relevo, ação biológica e tempo), são considerados fatores ativos o clima, o relevo e a ação biológica, por apresentarem mudanças e ações diretas no intemperismo; as rochas e o tempo (cronologia) não possuem iniciativas de intemperismo, sendo considera- dos fatores passivos. Classificação dos solos A organização dos solos por tipos e qualidades é bastante antiga, tendo iniciado com a Revolução Agrícola ou Neolítica, há cerca de 10 mil anos, quando as populações humanas se tornaram majoritariamente sedentárias. Nessa época, eram reconhecidas e valoriza- das as características dos solos, como cor e estrutura, e as indicações de aproveitamento agropecuário. Foi somente no final do século XIX que a classificação dos solos ganhou princípios científicos, a partir dos tra- balhos do geólogo russo Vasilii Vasirlevich Dokou- tchaiev (1846-1903) – considerado o pai da pedologia. Dokoutchaiev foi o pioneiro no reconhecimento dos condicionantes da formação e dos horizontes do solo. Atualmente existem diversas classificações, tendo destaque a dos EUA, a da FAO (Organização das Nações Unidas para Ali- mentação e Agricultura) e a brasileira, desenvolvida pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Essas clas- sificações são complexas, organizando os solos em ordens, subordens, grupos, famílias e séries. Porém, de forma genérica (e de interesse nas questões de vestibulares e do ENEM), vale ressaltar o sugerido pela classificação estadunidense, na qual são destacados três grupos pedológicos: zonal, intrazonal e azonal. Os solos zonais (bem desenvolvidos pela classifica- ção brasileira) estão relacionados a grandes domínios climáticos e/ou à existência de atividade biológica significativa. Ocorrem em áreas planas e bem drenadas. São antigos (maduros), profundos e bem desenvolvidos. São exemplos de solos zonais: os latossolos, o podzol, o tchernozion e o solo de tundra. Dokoutchaiev – precursor da ciência dos solos © W ik im ed ia C om m on s Os solos intrazonais possuem grande influência do relevo, da rocha de origem ou da localização. São solos bem desenvolvidos, mas que podem apresentar infertilidade, salinidade ou excesso de umidade. São exemplos de solos intrazonais: os salinos (dos mangues) e os hidromórficos (das várzeas). Os solos azonais (mal desenvolvidos pela classifi- cação brasileira) são mal desenvolvidos em função da idade, da rocha de origem ou do relevo. São solos rasos e de fertilidade variada. São exemplos de solos azonais: os litossolos e os aluviais. Tipos importantes de solo Há um grupo de solos que é bastante conhecido principalmente pela fertilidade e/ou aproveitamento econômico. Alguns tiveram importância histórica, caso do solo de massapé no Brasil, relacionado ao ciclo cana- vieiro, ou ainda, constituem característica marcante de um país, sendo o caso do solo de tchernozion, que faz da Ucrânia o celeiro agrícola da Europa. São solos de destaque no Brasil: • Aluvião: solos presentes nas planícies e várzeas fluviais, como as dos rios Amazonas, Araguaia e São Francisco. São bastante aproveitados em lavouras de policultura para subsistência.Com destaque para os vazanteiros do vale do rio São Francisco, que apro- veitam os períodos de vazante do rio para cultivar alimentos. São formados a partir dos sedimentos depositados pelas cheias dos rios, sendo azonais, em geral rasos ou pouco profundos e aluviais. • Massapé (ou massapê): é o solo muito fértil que caracteriza a Zona da Mata Nordestina. Teve grande aproveitamento nos ciclos da cana-de-açúcar e do cacau. O massapé é derivado da decomposição de calcário e gnaisse. Corresponde a um solo zonal, profundo e eluvial. • Salmourão: é o solo com maior uso agrícola no Brasil, tendo destaque nas culturas de arroz, laranja, trigo e soja. Ocorre principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Foi formado pela de- composição de gnaisse e granito. Não possui fertili- dade natural elevada e é ácido, sendo recorrente a introdução da cal (técnica da calagem) para correção da acidez e favorecimento das culturas agrícolas. É um solo zonal, profundo e eluvial. • Terra preta do índio (TPI): são manchas de solos muitos férteis, ricos em húmus, encontrados na flo- resta amazônica, empregados em roças tropicais de subsistência por índios e outros habitantes da região. Estudos da EMBRAPA apontam que esses solos ocu- pam aproximadamente 1% da floresta (65 mil km2), 6 Extensivo Terceirão tendo origem relacionada a atividades antrópicas há mais 4 mil anos. São solos azonais, variando entre rasos e pouco profundos e aluviais. Solos das florestas tropicais Os solos das florestas tropicais, como a Amazônica e a Atlântica no Brasil, são em geral de baixa fertilida- de e vulneráveis ao processo de lixiviação e erosão. Mas, como podem florestas tão ricas subsistirem em solos pobres? Toda riqueza da floresta Amazônica não está no solo e sim na própria floresta. “Essa floresta que ao longo desses milhões de anos está aí exuberante se mantém porque existe uma rede muito eficiente de manutenção desses nutrientes no sistema, que é a formação no solo de pequena camada de decom- posição, de no máximo 5 cm de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.” Paulo Cezar Teixeira (pesquisador e doutor na área de solos e plantas). Fonte: http://bioreporter.blogspot.com.br/2009/05/especial-uma- -floresta-tao-rica-em-um.html. Acesso: 21.03.2016 (com adaptações). • Terra roxa (ou massapé vermelho): solo encontrado nas porções ocidentais de São Paulo e Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. Teve destaque nas plan- tações do ciclo do café. É muito fértil e oriundo da decomposição de rochas vulcânicas do tipo basalto. É um solo zonal, profundo e eluvial. São solos de destaque em outras partes do globo: • Loesse (ou Loess): solo abundante nas planícies do nordeste chinês e importante no cultivo de vários alimentos, com destaque para o arroz (rizicultura). Com grande fertilidade, teve formação relacionada a depósitos sedimentares eólicos e fluviais (do rio Amarelo ou Hoang-Ho). Embora seja comumente relacionado à China, existem solos do tipo Loesse na Europa (na França e Holanda), nos EUA (nas planícies do rio Mississipi) e na Argentina (na região patagôni- ca). É um solo intrazonal, profundo e aluvial. • Podzol: é o solo encontrado nas florestas frias (temperadas e de coníferas) do hemisfério Norte (Canadá, norte europeu e Rússia central). É muito fértil, empregado em plantações e pastagens. É um solo zonal, profundo e eluvial. • Tchernozion: também denominado de terra negra, é um solo fértil presente com destaque na Ucrânia (com grandes amostras também na Rússia e Ásia central). É amplamente usado em plantações de cerais, como a aveia e o trigo. É zonal, profundo e eluvial. • Tundra: é o solo das periferias do círculo polar ártico, ocorrendo nas latitudes de até aproximadamente 75° Norte. Só apresenta condições para o desenvolvi- mento de vegetais no verão, quando ocorre o degelo e surgem as formações da tundra (musgos, liquens e gramíneas). Parte do horizonte de solo A e os ho- rizontes B e C ficam permanentemente congelados, constituindo o permafrost. É um solo zonal, raso ou pouco profundo e eluvial. Agressões aos solos A degradação ou perda de solos atingiu níveis alarmantes. Segundo as Nações Unidas (ONU), são empregados no mundo 1,6 bilhão de hectares (Hec- tare = 10.000 m2) na produção de 95% dos alimentos consumidos no mundo, sendo que todos os anos são perdidos 12 milhões de hectares. A destruição dos solos é acarretada principalmen- te pelos desmatamentos e práticas inadequadas da agropecuária. Também participam do flagelo dos solos as contaminações por esgotos e acondicionamentos inadequados de lixo. No âmbito da ONU, as preocupações com a degra- dação dos solos influenciaram na declaração do ano de 2015 como o Ano Internacional dos Solos, e o dia 05 de dezembro como o Dia Internacional dos Solos, visando ao favorecimento de estudos e eventos para a conservação e conscientização a respeito da importância dos solos. A ONU concentra suas preocupações em três aspectos: desertificação, fome e perda de biodiversidade. Fonte: www.spcs.pt. Acesso: 20.03.2016 Divulgação das ações da ONU em 2015 A perda de solos representa o desperdício de um importante recurso natural vital à humanidade, de difícil, onerosa e demorada recuperação (muitas vezes impossível). Quando destruídos pela erosão, o conse- quente assoreamento de rios e lagos constitui outra face maléfica da degradação pedológica. O colapso dos solos, além dos já preocupantes quadros de desertificação, fome e perda de biodiversidade, favorece migrações, conflitos agrários, aumento dos preços das commodities agropecuárias e do preço das terras férteis. FA O Aula 13 7Geografia 4A Testes Assimilação 13.01. Considere o perfil do solo abaixo. D iv o Pa di lh a. 2 01 0. D ig ita l. O A B C R O horizonte “A” apresenta a) predomínio de fragmentos rocho- sos (húmus). b) maior fertilidade (é o solo agrícola). c) somente argilas. d) rochas em primeiro estágio de decomposição. e) rochas inalteradas. 13.02. (SANTA CASA – SP) – Examine o recorte. (Igo F. Lepsch. Formação e conservação dos solos, 2002.) O perfil de solo apresentado corresponde a uma área de a) savana. b) coníferas. c) pradaria. d) desertos. e) tundra. 13.03. Assinale a alternativa que apresenta um solo fértil encontrado no Brasil. a) Tchernozion (terra negra). b) Tundra. c) Loess. d) Massapé. e) Gnaisse. 13.04. Tipo brasileiro de solo encontrado no litoral nordestino. Provém da de- composição de gnaisses e calcários. Foi importantíssimo para a ciclo canavieiro. O trecho anterior trata da/do a) salmourão. b) loess. c) terra roxa. d) massapé. e) tchernozion. Aperfeiçoamento 13.05. (MACK – SP) – Os solos formados pela decomposição de basalto de grande fertilidade que ocorrem principalmente no estado de São Pauto, são chamados de: a) Salmourão. b) Latossolos. c) Terra roxa. d) Lateríticos. e) Podzólicos. 13.06. (UNICAMP – SP) – Solo é a camada superior da superfície terrestre, onde se fixam as plantas, que dependem de seu suporte físico, água e nutrientes. Um perfil de solo é representado na figura abaixo. Sobre o perfil apresentado é correto afirmar que: a) O horizonte (ou camada) O correspon- de ao acúmulo de material orgânico que é gradualmente decomposto e incorporado aos horizontes inferiores, acumulando-se nos horizontes B e C. b) O horizonte A apresenta muitos mi- nerais não alterados da rocha que deu origem ao solo, sendo normalmente o horizonte menos fértil do perfil. c) O horizonte C corresponde à transição entre solo e rocha, apresentando, nor- malmente, em seu interior, fragmentos de rocha não alterados. d) O horizonte B apresenta baixo desen- volvimento do solo, sendo um dos primeiros horizontes a se formar e o horizonte com a menor fertilidade em relação aos outros horizontes. 13.07. (UNESC – RO) – O solo compreende a camada superficialda Terra, resultante da ação do intemperismo (físico, químico) e da ação da matéria orgânica sobre as rochas. É constituído de material sólido (minerais e matéria orgânica), água e ar, sendo responsável por sustentar a vegetação. Sobre o solo e seus horizontes, analise as afirmativas. I. A formação do solo se dá a partir da desintegração e decomposição da rocha- -mãe, ou seja, da rocha matriz intemperizada. II. Os horizontes do solo são formados pela atuação conjunta de processos físicos, químicos e biológicos, distinguindo-se por meio de propriedades como cor, textura e teor de argila. Horizonte A Horizonte ou Camada O Horizonte B Horizonte C Rocha não alterada MODELO DE PERFIL DO SOLO 8 Extensivo Terceirão III. O horizonte denominado “A” corresponde à porção pre- dominantemente orgânica, onde se encontra o húmus oriundo da decomposição da matéria orgânica. IV. São vários os fatores que atuam na composição do solo, como a rocha, o clima, o relevo, os organismos e o tempo, proporcionando uma inter-relação que é responsável pela gênese dos diversos tipos de solo. Está correto o que se afirma em a) I e IV, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) II e III, apenas. 13.08. (UFPR) – A erosão das partículas superficiais do solo pela água ou pelo vento é um fenômeno natural, embora seja influenciado pelas atividades humanas. Sobre o tema, considere as seguintes afirmativas: 1. Algumas atividades tradicionais no manejo da terra co- locam em risco as áreas agricultáveis nos aspectos rela- tivos à perda de nutrientes e de matéria orgânica dos solos. 2. A erosão dos solos altera a sua textura, estrutura e queda nas taxas de infiltração e retenção de água. 3. O processo erosivo diminui a produtividade da terra, o que leva a uma ampliação do uso de fertilizantes quí- micos. 4. A erosão natural, acelerada por processos de natureza humana, pode transformar completamente as paisa- gens. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 13.09. (MACK – SP) – O solo não é apenas um substra- to para o desenvolvimento da biosfera. O solo é um dos determinantes das características da biosfera e é modificado por elas, através dos processos interativos que mantém com os seres vivos. O solo é onde estes estão ancorados e o elo de transferência do alimento e da água para as plantas, fechando o ciclo por onde flui a energia. Os solos se desenvolvem a partir de uma matriz rochosa que, por ação do clima, dos seres vivos e da força da gravidade, se diversifica em muitos tipos. Estes se formam por processos lentos e são agrupados pelos especialistas conforme uma série de atributos genéticos. Essa lentidão é tal que 2,5 cm de solo pode levar de cem a 2 mil anos para se formar. CONTI, José B. e FURLAN, Sueli A. Geografia do Brasil, 2000, p. 123. Com base nas informações acima e em seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA. a) Uma das preocupações ambientais importantes na atualidade é a velocidade com que perdemos solo pela sua utilização predatória. Estima-se que, por erosão, os mesmos 2,5 cm de solo citados acima são destruídos em menos de dez anos. b) Solos eluviais são aqueles provenientes da desagregação e decomposição das rochas existentes no próprio local de formação; já os solos aluviais são formados em virtude do acúmulo de material transportado pela ação do vento e da água. c) A EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária coordena o SiBCS – Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. d) O húmus é o produto da decomposição orgânica respon- sável pela fertilidade do solo. Uma camada humífera de 30 cm pode levar até cinquenta anos para se desenvolver. e) Próprios de climas quentes e úmidos, os podzóis são solos de baixa fertilidade, devido à escassez de húmus, óxidos de ferro e matéria orgânica em sua composição. 13.10. (UFRGS) – Assinale a alternativa correta sobre uso e ocupação do solo. a) A cobertura vegetal, através das copas e da serapilheira, amplia o escoamento superficial no solo e diminui o processo erosivo. b) A impermeabilização do terreno urbano por edificações e pavimentações aumenta o processo de recarga do lençol freático. c) A cobertura vegetal diminui a infiltração e a erosão do solo. d) As intervenções antrópicas em drenagens urbanas podem alterar seu equilíbrio dinâmico. e) A falta de retificação de trechos de rios e a inserção de áreas úmidas intensificam as enchentes. Aprofundamento 13.11. (UNIOESTE – PR) – Os solos são cruciais para a vida na Terra. (BRADY, N. C.; WEIL, R. R. Elementos da natureza e propriedades dos solos, 2013). Podemos não nos dar conta disso no dia a dia, mas quase todo o nosso alimento, roupas, móveis e inúmeros outros itens do cotidiano têm origem direta ou indireta dos solos. Mesmo diante dessa importância, este bem fundamental para a nossa vida tem sido alvo de processos de degradação. Neste contexto, assinale a alternativa INCORRETA sobre os solos, seu manejo, conservação. a) Dentre as muitas funções do solo, podemos citar: meio para o crescimento de plantas, sistema para suprir e purificar a água, meio para obras de engenharia, habitat para os organismos do solo, modificador da atmosfera, sistema de reciclagem de nutrientes e dejetos orgânicos. b) A formação dos solos sofre influência de fatores como os intemperismos físico e químico. O processo intempérico fragmenta rochas e minerais, o que altera as características físicas e químicas de origem. Agentes geológicos (água e oxi- gênio) e biológicos (microrganismos) reforçam este processo. c) Os sistemas conservacionistas de manejo do solo incluem presença de cobertura verde, cobertura morta, adubação Aula 13 9Geografia 4A verde, rotação de culturas, faixas de retenção, dentre outras ações, além do seu terraceamento e de revolvimento mínimo. d) A erosão do solo (causada principalmente pela água e pelo vento) tem como consequência o seu transporte e de demais nutrientes para áreas mais baixas. O material transportado normalmente atinge os corpos hídricos, fertilizando-os. Por conseguinte, as produtividades pesqueira e de culturas aquáticas aumentam. e) O mapeamento dos tipos de solos na paisagem é importante para seu manejo e conservação. Neste sentido, é fundamental mapeá-los em diferentes escalas carto- gráficas para auxiliar nas diferentes ações de planejamento e gestão desse recurso. 13.12. (UEL – PR) – Observe a ilustração, o esquema e a tabela a seguir. PERDAS DE SOLO VERSUS USOS Mineralização da matéria orgânica Pisoteio compactação do solo Cultivo intensivo superpastoreio Menor produção de biomassa Eliminação da cobertura vegetal Degradação da estrutura do solo Menor infiltração Maior escoamento superficial Maior erosão Menor proteção Menor aporte de matéria orgânica ATIVIDADES HUMANAS E IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DAS TERRAS EFEITOS DE DISTINTAS COBERTURAS E SISTEMAS DE USO DA TERRA NA EROSÃO EM CAMPINAS-SP Uso da terra Erosão Runolf Floresta 0,001 1,1 Pastagem 1,0 1,6 Café 1,4 1,6 Algodão 36,0 8,2 (GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S.; BOTELHO, R. G. M. Erosão e conservação dos solos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999) Com base na ilustração, no esquema e na tabela, considere as afirmativas a seguir. I. A degradação das terras por erosão em áreas agrícolas não pode ser justificada pela eliminação da capa superficial do solo, pois ela não intensifica o escoa- mento superficial (runoff). II. A eliminação da capa superficial do solo é o maior causador da erosão em terras com vocação agrícola, por isso a erosão deve ser controlada desde seu início. III. As consequências da erosão não se limitam à quantidade de solo perdida; refletem-se também na degradação física e na perda dafertilidade do solo. IV. A degradação progressiva do solo, assim como do ambiente como um todo, tem sido gerada, principal- mente, pelas atividades ligadas à produção de alimentos e de outros bens de consumo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 13.13. (UEM – PR) – Ao longo da his- tória, os solos influenciaram na sobre- vivência da humanidade. Identifique o que for correto sobre suas origens, características, distribuições espaciais e seus usos. 01) Os fatores naturais que influen- ciam a formação dos solos são a rocha matriz, o clima, o relevo, os organismos e o tempo de exposi- ção à ação da natureza. 02) Os basaltos e os diabásios, que são rochas magmáticas, são transformados em solos de ele- vada fertilidade natural quando submetidos ao intemperismo químico. 04) A porosidade é uma propriedade comum em determinados tipos de rochas, mas, após o intempe- rismo, não são preservadas, ou seja, quando da transformação das rochas em solos. 08) O húmus é o produto final da de- composição de restos vegetais e animais por micro-organismos. Ele forma a matéria orgânica que está presente em algumas camadas de solo próximas da superfície. 16) A adoção de construção de terra- ços em terrenos com finalidades agrícolas auxilia na prevenção da degradação dos solos. 10 Extensivo Terceirão 13.14. (UNICHRISTUS – CE) – INFLUÊNCIA DO RELEVO NAS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS Google imagens <http://slideplayer.com.br/slide/8407364/)> Analisar a formação do solo é levar em consideração o local de formação, pois a área analisada mostra vários fenômenos que explicam a condição, o desenvolvimento e a maturação desse importante elemento natural. A partir da ideia do texto e da imagem, pode-se concluir que a) os Neossolos são solos jovens com pequeno desenvolvimento pedogenético e caracterizados por pequena profundidade (rasos). b) os Gleissolos são solos minerais, halomórficos, desenvolvidos de sedimentos recentes não consolidados e de constituição argilosa. c) os Argissolos Vermelho-Amarelos apresentam a mistura de óxidos de ferro com outros minerais e são de alta fertilidade natural. d) todos os solos apresentados são maduros, profundos e de alta fertilidade natural. São resultados de uma área propicia à geração de potencialidades. e) os solos indicados na figura que estão próximos ao rio são carentes de água em função da predominância de rochas sedimentares – arenitos. 13.15. (UPF – RS) – As rochas existentes na superfície da Terra estão sujeitas ao intemperismo, que é o conjunto das modificações de natureza física (desagregação) e química (decomposição) que elas sofrem e que dependem de vários fatores, como clima, relevo, fauna, flora, tipo de rocha e tempo de exposição. Os produtos friáveis e móveis formados pelo intemperismo e que não são imediatamente removidos pela água, vento ou gelo evoluem, sofrendo uma reorganização estrutural, e dão origem ao que se chama de solo, num processo conhecido por pedogênese. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de- Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Os-Solos-2620.html>. Acesso em 22 mar. 2019. Com base nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa correta. a) Dependendo dos fatores que afetam o intemperismo, os solos terão caracterís- ticas e propriedades físicas e químicas diferenciadas, podendo ser, por exemplo, vermelhos, amarelos ou cinza-esbranquiçados. b) Em geral, os solos estão dispostos em camadas, chamadas de ho- rizontes do solo. Essas camadas, situadas acima ou abaixo da rocha matriz, são identificadas pelas letras O, A, E e I. c) Os solos mais claros são os mais valorizados para a agricultura, pois apresentam grande quantidade de matéria orgânica, areia e silte. d) O latossolo é o tipo de solo que caracteriza o Rio Grande do Sul, sendo pouco intemperizado, mas muito fértil e raso. e) A existência de apenas três tipos de solo no Brasil (latossolos, argis- solos e neossolos) se deve à baixa diversidade de pedoambientes e de fatores de formação dos solos. Instrução: Observe as imagens 1 e 2 para responder à questão 13.16. Imagem 1 Imagem 2 LEPSCH, Igo F. 19 lições de Pedologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 456p. Aula 13 11Geografia 4A 13.16. (IFPE) – As duas imagens relacionam-se aos processos de erosão e degradação do solo. Identifique a alternativa que aborda corretamente as informações acerca desses fenômenos. a) O ravinamento expresso nas imagens é típico de áreas de climas tropicais, com altos índices pluviométricos e solos do tipo permafrost, que, por sua constituição mais arenosa, tornam-se mais vulneráveis à erosão pluvial. b) As imagens representam diferentes etapas do processo de voçorocamento, que consiste na formação de grandes sulcos de erosão pluvial em solos expostos, que são mais suscetíveis às frequentes enxurradas em áreas de climas mais úmidos. c) O ravinamento é um processo natural, que independe das atividades humanas, pois é decorrente da ação mecânica da chuva no solo, através da qual a energia das gotas de chuva provoca a sua desagregação. d) As imagens referem-se à formação de voçorocas, fenô- menos incomuns no território brasileiro em função do predomínio de solos de origem geológica cristalina e, portanto, mais resistentes à erosão hídrica. e) A erosão apresentada na imagem 2 denomina-se ravina, típica de climas tropicais semiáridos e decorrente da intensa erosão pluvial a partir do contato da água com o solo, uma vez que os solos dessas regiões têm baixíssima capacidade de infiltração. 13.17. (UNIFEB – SP) – Analise atentamente a imagem e o texto abaixo: OS SOLOS FÉRTEIS NO BRASIL E NO MUNDO Fonte: GE GEOGRAFIA 2016 ed. 8. São Paulo: Abril, 2015. EAN 789-3614-099811. (adaptado) O solo é uma camada delgada de material não consolidado que cobre a superfície da crosta terrestre. O solo é constitu- ído, em diversas proporções, por matéria mineral e matéria orgânica, que interatuam entre si formando conjuntos de partículas designadas por agregados, entre os quais existem espaços vazios (poros) que são preenchidos por água e ar. Algumas regiões do globo se destacam por apresentarem solos férteis, intensamente utilizados pela agricultura. Assinale a alternativa que melhor caracteriza o tipo de solo pre- dominante, identificado pelos algarismos 2 e 3 na figura acima: a) solo de Tchernozion, quimicamente fértil e com elevada matéria orgânica. b) solo Loess, formado pela deposição de sedimentos car- regados pelo vento. c) solo Massapê, argiloso e de elevada fertilidade química natural. d) Plintossolos, solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte plíntico ou litoplíntico ou con- crecionário. e) Latossolos vermelhos, originados a partir da decomposi- ção do basalto, rico em ferro. 13.18. (FEMPAR – PR) – O solo, a camada superficial da crosta terrestre, é um complexo composto por mate- riais minerais e orgânicos, formado inicialmente pela desintegração das rochas por ação do intemperismo (físico, químico e biológico), que dá origem aos com- ponentes minerais. Posteriormente, a decomposição e a incorporação de elementos orgânicos vegetais e animais, chamados de húmus, dão fertilidade aos solos. No território brasileiro existem diversas categorias de solos, formados a partir da ação conjugada de fatores naturais, como tipo de rocha matriz, temperatura, topografia, águas correntes e vegetação. (Adaptado de: COELHO, Marcos de Amorim. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, p.120) Com base no texto, no mapa e em conhecimentos sobre os solos e suas relações com a agricultura no Brasil, julgue as afirmativas. a) No Brasil predominam solos zonais (latossolose solos podzólicos), que têm no clima o principal elemento responsável por sua formação. São solos maduros (bem- -formados), que geralmente apresentam os horizontes A, B e C bem caracterizados. b) Os latossolos tropicais brasileiros são pouco profundos, mas ricos em minerais, sustentando assim importantes cultivos – como de soja e milho, no Centro-Oeste, de cana-de-açúcar, no Sudeste, de algodão, nas áreas mais úmidas da região Nordeste. 12 Extensivo Terceirão c) Os cambissolos predominam no interior do semiárido nordestino e em trechos montanhosos das regiões Sul e Sudeste. Seu pequeno desenvolvimento e baixa fertilidade natural deve-se, fundamentalmen- te, à inclinação do relevo e ao pre- domínio do intemperismo químico, processo que acelera a perda de nutrientes por lixiviação. d) Os solos lateríticos e aluviais, típicos da Amazônia brasileira, são escuros e ricos em húmus, permitindo um bom aproveitamento agrícola em áreas como a várzea do rio Ama- zonas. Esses solos, no entanto, vêm sendo degradados por práticas in- corretas, como o desmatamento de- sordenado e as queimadas regionais. e) Nos planaltos e chapadas da bacia do Paraná encontra-se a terra- -roxa – solo vulcânico, castanho- -avermelhado e de elevada ferti- lidade natural, originado da de- composição de basalto. Esse solo, associado ao clima quente e ao relevo planáltico regional, abriga hoje uma policultura, na qual se destacam, dentre outras planta- ções, as de café, arroz, trigo e fumo. Desafio 13.19. (UNICAMP – SP) – A figura abaixo apresenta a ocorrência de der- rames basálticos na porção centro-sul do Brasil. ÁREA DE OCORRÊNCIA DOS DERRAMES BASÁLTICOS NO BRASIL Sobre essa ocorrência, é correto afirmar: a) Trata-se de uma manifestação eruptiva do Mesozoico, associada com o riftia- mento que formou o oceano Atlântico, sendo uma das maiores manifestações vulcânicas da história geológica da Terra. As alterações dessas rochas formam solos muito férteis, chamados de Nitossolos. b) Trata-se de uma manifestação eruptiva do Quaternário, relacionada a uma série de hotspots associados à bacia do Paraná. As alterações dessas rochas formam solos muito ácidos, que acabam por dificultar as atividades agrícolas. c) Corresponde a um evento vulcânico que foi ativo durante milhões de anos, associado à deriva continental da América do Sul, em direção leste. As alterações dessas rochas formam solos extremamente férteis, classificados atualmente como “terras roxas”. d) Foi uma atividade vulcânica entre as maiores da história da Terra, que ocorreu du- rante o Paleógeno (antigo Terciário Inferior), quando se iniciou a separação América do Sul-África. Os solos desenvolvidos sobre essas rochas são extremamente férteis. 13.20. (UFBA) – “A superfície da Terra é o rígido suporte de apoio à so- brevivência dos homens e dos demais seres vivos. A parte superior da crosta terrestre ou litosfera que determina a superfície da Terra é um dos componentes do estrato geográfico, ao lado das massas líquidas, da baixa atmosfera e da biota. A rigidez que a superfície da Terra apresenta é apenas aparente. Na realidade, a estrutura sólida, sustentáculo das ações humanas, tem uma dinâmica que faz com que ela se modifique permanentemente. Tal dinâmica não é facilmente perceptível pelo homem em face da baixa velocidade de movimentação. O dinamismo da superfície da Terra é fruto da atuação antagônica de suas forças ou de suas fontes energéticas – as forças endógenas ou internas e as forças exógenas ou externas. Do jogo dessas duas forças opostas resulta toda a dinâmica da crosta terrestre ou litosfera.” (ROSS. In: ROSS (org), p. 17) As informações contidas no texto e os conhecimentos sobre a origem, as formas e os recursos do relevo terrestre, em particular do Brasil, permitem afirmar: 01) A orogênese e a epirogênese constituem forças endógenas ativas, responsá- veis pela formação do relevo terrestre, sendo produtos da deriva continental e do choque entre as placas tectônicas. 02) Os processos exógenos de esculturação do relevo dependem das caracte- rísticas climáticas reinantes e, assim sendo, nos climas áridos e semiáridos, prevalece a meteorização química, enquanto, nas áreas tropicais quentes e úmidas, os mecanismos físicos decorrentes da variação térmica desempe- nham papel importante no processo erosivo. 04) As cadeias orogênicas são áreas de grande complexidade rochosa e estrutu- ral, correspondem aos terrenos mais elevados e mais instáveis da superfície terrestre e encontram-se, preferencialmente, nas bordas dos continentes, nos limites com os oceanos Pacífico e Índico e com o mar Mediterrâneo. 08) As bacias sedimentares antigas são aquelas onde ocorrem jazidas de mine- rais metálicos (ferro, ouro, chumbo, cobre), e não-metálicos (gesso, granito, mármore), enquanto os escudos cristalinos e os dobramentos modernos são propícios à ocorrência de jazidas de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. 16) O escudo das Guianas, localizado no extremo norte do país, é caracterizado, principalmente, por rochas de formação recente e, ainda, por rochas intrusivas vulcânicas e por trechos de coberturas sedimentares do período holocênico. 32) O território brasileiro, apesar de constituído por estruturas e formações litoló- gicas antigas, apresenta, na sua configuração atual, formas de relevo elabora- das por processos erosivos passados e recentes. 64) As chapadas são formas de relevo de feições arredondadas – topos convexos e encostas abruptas – esculpidas em rochas cristalinas, que caracterizam a paisagem do Planalto Central Brasileiro. Aula 13 13Geografia 4A 13.01. b 13.02. d 13.03. d 13.04. d 13.05. c 13.06. c 13.07. b No solos, o horizonte "O" é predominantemente orgâ- nico (vide pág. 03). 13.08. e 13.09. e 13.10. d 13.11. d 13.12. e 13.13. 27 (01 + 02 + 08 + 16) 13.14. a 13.15. a 13.16. b 13.17. e 13.18. V, F, F, F, V 13.19. a 13.20. 37 (01 + 04 + 32) Gabarito 14 Extensivo Terceirão Estrutura da atmosfera terrestre 600 km + 1 000°C 80 km 90°C 50 km + 2°C 15 km 60°C + 80°C + 15°C Exosfera Ionosfera Mesosfera Estratosfera Tropopausa Troposfera Balão Meteorológico Satélite Estrela Cadente Nível médio do mar Camada de Ozônio Generalidades A atmosfera, camada gasosa que envolve a Terra, é sem dúvida uma das responsáveis pela vida no planeta. Espessura Apesar de cerca de 97% dos gases que constituem a atmosfera estarem situados até 30 km aproximadamen- te, os limites superiores podem chegar até 1 000 km. Composição A composição média, em porcentagem, da at- mosfera corresponde a 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases. Entre os gases que se encontram em menor per- centual, destacam-se: hélio, argônio, criptônio, neônio, xenônio, radônio, gás carbônico e hidrogênio. Além desses elementos, encontramos cinzas vulcâ- nicas, poeira, sais, micro-organismos e vapor-d’água. A composição não é homogênea em todas as camadas, além de depender das condições da própria superfície local. Por exemplo: a concentração de dióxido de carbono é maior nos grandes centros urbanos do que sobre os oceanos; até 22 km a porcentagem de oxigênio é constante, diminuindo gradativamente até 80 km. Nitrogênio 78% Outros gases 1% Oxigênio 21% Composição da atmosfera Camadas De acordo com as características físico-químicas, a atmosfera pode ser subdividida em troposfera, estratos- fera, mesosfera, ionosfera e exosfera. Troposfera É a primeira camada atmosférica a partir da su- perfície terrestre. A troposfera, também denominada de baixa atmosfera ou atmosfera inferior, apresenta espessura média de 12 000 metros, variando de 16 000 metros sobre a região equatorial a 8 000 metros sobre as regiões polares. Aula 14 Geografia 4A Atmosfera I – atmosfera terrestre Aula 14 15Geografia 4A Nessa camada, estão contidos quase 80% dos ga- ses da atmosfera, além de ocorrerem aí a maioria dos fenômenos meteorológicos, como chuvas, ventos,nuvens e formação de neves. Apesar de a prática não ser muito adotada na atuali- dade, alguns autores subdividem a troposfera em zona das perturbações ou turbulências e zona calma. Na zona das perturbações, que vai até 8 000 metros, encontramos quase a totalidade dos fenômenos meteo- rológicos, tais como: chuvas, ventos, nuvens e umidade atmosférica. Na zona calma, que se situa acima dos 8 000 metros, o fenômeno de maior importância é a Corrente do Jato (Jet Stream). À Corrente do Jato ou Jet Stream correspondem ven- tos constantes que sopram acima dos 8 000 metros, com velocidades superiores a 90 km/h no sentido oeste-leste. 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 20–20 0–40–60 Estratosfera Tropopausa TroposferaGradiente 6,4°C/1000 m A lt it ud e (k m ) Temperatura (°C) Curva do gradiente vertical de temperatura, num dia de verão, em área de média latitude – 45°N Tropopausa É uma zona de transição entre a troposfera e a estra- tosfera onde a temperatura se mantém estável. Estratosfera Corresponde à 2a. camada da atmosfera, situando-se entre 21 000 metros e 50 000 metros. Nesta camada, encontra-se o ozônio, com densidade maior na faixa dos 28 km, o qual atua como um filtro, enfraquecendo a intensidade da radiação ultravioleta, impedindo sua penetração em grande intensidade na superfície terrestre. Em função da absorção dos raios ultravioleta pelo ozônio, a temperatura na estratosfera aumenta com a altitude, ocorrendo um gradiente térmico negativo. Mesosfera Localizada acima da estratosfera, entre 50 000 e 80 000 metros, apresenta pressão atmosférica muito baixa e constitui a camada mais fria da atmosfera. Ionosfera Desenvolve-se entre os 80 000 metros e 600 000 metros de altitude. Nesta camada, tem início a filtragem seletiva da radiação solar, pois é na ionosfera que ocor- rem as radiações gama e raios X. Na ionosfera, ocorre a reflexão das ondas de rádio. Apresenta um gradiente térmico médio negativo, isto é, um aumento de temperatura com o acréscimo de altitude. O fenômeno das “estrelas cadentes” ocorre principalmente nessa região. Exosfera Acima da ionosfera, a partir dos 500 000 metros até os limites do espaço interplanetário. Caracteriza-se pela presença de gases extremamente rarefeitos e tempera- turas muito elevadas. Alta atmosfera A estratosfera, a mesosfera, a ionosfera e a exos- fera podem ser denominadas de alta atmosfera ou atmosfera superior. Na alta atmosfera, a ionosfera e a exosfera cons- tituem a “termosfera”, faixa com elevadíssimas tem- peraturas, que podem variar de 500 a 2.000 °C. As auroras polares (boreais e austrais) ocorrem na termo- fera e é ali que orbitam as Estações Espacial Interna- cional, o ônibus espacial e muitos satélites artificiais. Funções A atmosfera apresenta várias funções, entre as quais se destacam as de filtro, conservação e proteção. Filtro Cerca de dois terços dos raios solares são barrados pela atmosfera, impedindo, dessa maneira, que raios em excesso ou nocivos à vida cheguem à superfície terrestre. 16 Extensivo Terceirão Conservação É a propriedade que a atmosfera tem de conservar o calor, que foi absorvido durante o dia, impedindo durante a noite seu escape em demasia. A queima de pneus, plásticos e outros produtos é um forte poluidor. P. Im ag en s/ Ha m ilt on B et te s J r. Efeito estufa É a capacidade de a atmosfera manter as tempe- raturas estáveis, permitindo a vida no planeta. Sem o efeito estufa, as amplitudes térmicas diárias na Terra seriam enormes, impedindo o desenvolvimento de qualquer tipo de vida que se conhece. Portanto, o efeito estufa é um fenômeno vital para o planeta. Geralmente, o efeito estufa é confundido com aqueci- mento global. Proteção Constantemente a atmosfera é atingida por frag- mentos de astros que se desintegram ao se chocarem com ela. Dessa maneira, a atmosfera impede a chegada desses fragmentos à superfície terrestre. Além dessas funções, podem ser citadas as de refle- xão e de difusão. Aquecimento global É o fenômeno de aumento contínuo e a longo prazo que se verifica na temperatura atmosférica mundial. Suas causas ainda não foram cientificamente comprovadas totalmente, mas são fortes os indícios de que a poluição causada pelas atividades humanas colabora com esse fenômeno. Efeito Estufa Aula 14 17Geografia 4A Fatores de aquecimento da atmosfera Temperatura Os raios solares, ao atingirem a atmosfera terrestre, aquecem de maneira mínima os gases atmosféricos ao ultrapassá- -los em direção à superfície terrestre. Por essa razão, o aquecimento da atmosfera pelos raios solares é realizado de maneira indireta, pois decorre, na maior quantidade, da refração desses raios na superfície terrestre. A atmosfera tem elasticidade, ou seja, aumenta e diminui de volume e peso devido às diferenças de temperatura, dando origem às diferenças de pressão. Tal aquecimento varia de acordo com os seguintes fatores: Latitude Quanto maior a latitude, menor será o aquecimento, uma vez que os raios solares aquecem mais as regiões de baixas latitudes. Altitude Nas maiores altitudes, o aquecimento torna-se menor, devido à distância do foco principal de irradiação calorífica que é a superfície terrestre. Continentalidade e maritimidade Considerando que as massas líquidas se aquecem mais lentamente do que as continentais e que também se resfriam mais lentamente do que estas, deduz-se que as temperaturas sobre os oceanos ou nas suas proximidades (litoral) são mais estáveis (maritimidade) do que no interior dos continentes (continentalidade). Outros fatores Os ventos, as chuvas, a vegetação, as correntes marítimas e as atividades humanas também influenciam na tem- peratura atmosférica. Nem tudo é igual. Devido à curvatura da Terra, a luz solar atinge a superfície em ângulos cada vez mais oblíquos à medida que se vai mais para o norte. A relação entre os ângulos assinalados é x > y > z. Como fica implícito com isto, a energia recebida no ponto A é maior que a recebida nos pontos B ou C. Por essa razão, a temperatura em geral decresce quanto mais distante se vai para o norte ou para o sul a partir do Equador. Meio-dia a pino. Nesta data, um observador na latitude de 23˚27’ Norte veria o Sol diretamente sobre sua cabeça precisamente ao meio-dia. Isto se deve por ser a inclinação do eixo da Terra de 23˚27’ em relação a uma linha perpendicular ao plano da órbita da Terra, chamada de eclítica. Assim, nesta data, uma linha perpendicular à superfície da Terra na latitude de 23˚27’ Norte cairia diretamente sobre a eclítica. A luz solar chega à Terra. Depois de uma jornada de 11 minutos, a energia do Sol chega à Terra na forma de luz solar. Já que o Sol é muito maior que a Terra, os raios chegam praticamente paralelos entre si. (Se o Sol fosse menor ou se a Terra estivesse muito mais próxima, os raios pareceriam ter saído de uma fonte de luz central quando aqui chegassem). 23˚27’ horizonte 11:00 12:00 13:00 TERRA x y z A B C Incidência dos raios solares na Terra 18 Extensivo Terceirão Conceitos • Gradiente vertical de temperatura: é a diminuição da temperatura atmosférica na razão de 0,65°C a cada 100 metros de altura. Quando ocorre a redu- ção da temperatura com o aumento da altitude, o gradiente é positivo; quando se verifica aumento de temperatura com a altitude, o gradiente é negativo. • Albedo: corresponde à capacidade que os diferentes componentes da superfície terrestre têm de refletir parte da radiação solar e não absorvê-la. • Insolação: quantidade de energia solar que atinge a superfície terrestre, determinando o aquecimento dela. Teoricamente, o momento mais quente do dia cor- responde às 14 horas e o mais frio, a 40 minutos antes do nascer do sol. • Inversão térmica: condição em que a camada de ar frio se sobrepõe a uma camada de ar quente, impedindo o movimento ascendente do ar at- mosférico. Em locais industrializados, a inversão térmica leva à retenção dospoluentes nas camadas mais baixas, podendo ocasionar problemas de saúde. Esse fenômeno tende a ocorrer, com maior frequência, durante os meses de menores índices pluviométricos, quando a quantidade de partículas sólidas que ficam em suspensão é maior. Por exem- plo, na Região Metropolitana de São Paulo, ocorre mais durante o inverno, devido ao menor índice de precipitação. • Ilhas de calor: fenômeno verificado nos grandes aglomerados urbanos, onde as médias térmicas diferem das áreas rurais circunvizinhas. Os edifícios, o calçamento de pátios de estacionamento e o asfalto das ruas absorvem mais o calor solar do que as áreas verdes, que predominam nas áreas rurais. As atividades urbanas, como transporte, comércio e indústria, provocam aumento de dióxido de car- bono na atmosfera pela queima de combustíveis, a falta de circulação atmosférica nos miolos das quadras devido à barreira que os edifícios causam, a elevação das médias térmicas, nos centros urba- nos, durante os meses de verão. Durante os meses de inverno, devido à falta de insolação, causada principalmente pela sombra dos grandes edifícios, a média térmica nos grandes centros urbanos será inferior àquelas verificadas nas áreas rurais. • Média térmica: é a média aritmética de temperatu- ras verificadas durante um período de tempo (dia, mês, ano, etc.). • Amplitude térmica: é a diferença de temperatura máxima e mínima verificada durante um determina- do espaço de tempo (dia, mês ou ano). Ampl. térmica = Temp. máx. – Temp. mín. • Linha isotérmica: é a linha que une os pontos de mesma temperatura média. • Equador térmico: é a linha que une pontos de maior temperatura média ao redor do globo, passando entre 5° e 10° de latitude norte, o que confirma o fato de o hemisfério Norte apresentar temperaturas médias superiores às do hemisfério Sul. • Maritimidade: influência das massas líquidas no aquecimento da atmosfera. A maritimidade ameniza as amplitudes térmicas. • Continentalidade: influência dos continentes no aquecimento atmosférico. A continentalidade acen- tua as amplitudes térmicas. Testes Assimilação 14.01. Sobre as camadas da atmosfera terrestre, leia o trecho a seguir. Concentra as maiores quantidades de gases indispen- sáveis para os seres vivos: 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de gás carbônico. Nela, ocorrem os fe- nômenos meteorológicos, como chuvas e ventos. E é por ela que transitam aviões, helicópteros, balões etc. Fonte: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais- sao-as-camadas-da-atmosfera>. Acesso: 16.12.2018. As informações do trecho acima estão relacionadas a: a) Estratosfera; b) Hidrosfera; c) Ionosfera, d) Litosfera; e) Troposfera. 14.02. O ____________________ corresponde ao gás mais abundante na atmosfera da Terra. Preenche corretamente a lacuna. a) metano c) argônio e) oxigênio b) nitrogênio d) hidrogênio Aula 14 19Geografia 4A 14.03. A diferença entre a maior e a menor temperatura registrada num período corresponde a) a média térmica b) ao gradiente térmico c) a isoieta d) a amplitude térmica e) ao índice pluviométrico 14.04. (UNIFEI – SP) – A maior parte dos fenômenos meteo- rológicos, como chuvas, ventos e deslocamentos de massas de ar, ocorre na: a) estratosfera. c) mesosfera. e) exosfera. b) troposfera. d) termosfera. Aperfeiçoamento 14.05. (IFMT) – SELEÇÃO EM QUITO: ESTREIA DE TITE TERÁ ALTITUDE E RIVAL EM CRISE Quase toda a delegação da seleção brasileira desem- barcou na noite deste domingo em Quito, onde a equipe enfrentará o Equador na quinta-feira, às 18h de Brasília, pelas Eliminatórias da Copa de 2018. O jogo contra os vice-líderes da competição marcará a estreia de Tite no comando da seleção brasileira. O treinador abriu mão dos treinos no Brasil para se adaptar à altitude equatoriana e pretende se aprovei- tar de um momento delicado da equipe adversária. Disponível em: <https://www.itaberaba.net/selecao-em-quito-estreia- de-tite-tera-altitude-e-rival-em-crise/>. Acesso em: 03/01/2018 Sempre que a Seleção Brasileira joga em cidades como Quito e La Paz, dizemos que ela joga contra dois adversários, um deles é a altitude. Isso ocorre, principalmente, porque a at- mosfera dessas cidades, quando comparada à das cidades brasileiras, apresenta: a) menor pressão e menor concentração de oxigênio. b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio. c) maior pressão e maior concentração de poluentes. d) menor pressão e maior temperatura. e) maior pressão e menor temperatura. 14.06. (UNESP – SP) – A distribuição da radiação solar pela superfície terrestre é o principal desencadeador de fenôme- nos atmosféricos. Nas regiões de maior latitude, a incidência de raios solares é a) difusa, o que promove baixas temperaturas médias. b) dispersa, o que promove áreas de baixa pressão. c) concentrada, o que promove altas temperaturas médias. d) variável, o que promove estações do ano bem definidas. e) perpendicular, o que promove áreas de clima seco. 14.07. (ACAFE – SC) – Sobre a troposfera, a alternativa FALSA é: a) Os principais fenômenos meteorológicos, que atingem diretamente os seres humanos, ocorrem na troposfera. b) Problemas de poluição concentram-se na troposfera, como a chuva ácida. c) A presença de moléculas eletrizadas (íons), que se con- centram na troposfera pela ação de radiações solares, são responsáveis pela inversão térmica. d) Possui forma achatada, sendo mais espessa no Equador e mais estreita nos polos, como consequência do movi- mento de rotação. e) O nitrogênio, gás abundante da troposfera, é valioso para a vida vegetal. 14.08. (UFCE) – A atmosfera é composta de diversas ca- madas, variáveis em função do afastamento da superfície terrestre. Com relação a algumas de suas características, assinale a alternativa correta. a) A atmosfera é formada por quatro camadas denominadas litosfera, troposfera, hidrosfera e mesosfera. b) Na atmosfera, a temperatura sofre diminuição com o au- mento da altitude, a exemplo do que ocorre em algumas serras altas. c) A pressão atmosférica sempre será maior quanto maiores forem a altitude e a temperatura. d) Nas camadas atmosféricas mais baixas, o ar é mais rarefei- to, condicionado pela baixa pressão atmosférica. e) A circulação do ar na alta atmosfera é responsável pela estacionalidade e pela distribuição das chuvas nos con- tinentes. 14.09. (UFRGS) – Assinale a afirmação correta sobre a at- mosfera terrestre. a) A atmosfera é mais densa em altas altitudes, e os ga- ses mais abundantes são nitrogênio, vapor-d’água e oxigênio. b) A camada da atmosfera chamada estratosfera suporta a biosfera e é a principal região da atividade do tempo atmosférico. c) Aproximadamente 90% do total da massa da atmos- fera está na troposfera, onde a altitude da camada superior limite (tropopausa) varia conforme a estação e a latitude. d) As temperaturas, na troposfera, aumentam em altitude, pois o ozônio absorve a radiação ultravioleta e reirradia em ondas longas. e) A pressão do ar aumenta com a altitude, ao contrário da temperatura do ar, pois ela é produzida por movimento, tamanho e número de moléculas do ar. 20 Extensivo Terceirão 14.10. Com referência às ideias expostas e seus conheci- mentos sobre a atmosfera terrestre julgue os itens a seguir. “A acumulação de gás em torno de nosso planeta é como um oceano. Aqui nas profundezas onde se en- contra a maior parte da vida na Terra é onde o ar é mais denso e úmido. Aqui, a vida tem maior grau de proteção da radiação cósmica, detritos e partículas do Sol. Tendo ficado imersos neste oceano por quase toda a nossa vida, estamos vagamente cientes de que o ar acima de nossas cabeças possui profundidade e su- perfície. E certamente estamos desatentos de que toda esta atmosfera, que se avulta sobre nós, tem um peso.” DEMILLO, Rob. Como funciona o clima. São Paulo: Quark Books, 1998 I. A camada da atmosfera mais próxima ao chão, mais densa e com vida abundante é a troposfera.II. A camada de ozônio da estratosfera é responsável pela retenção da irradiação solar do planeta, fenômeno gera- dor do efeito estufa. III. A pressão da atmosfera é inversamente proporcional ao aumento da altitude. IV. A “profundidade” da atmosfera registrada na linha equa- torial é a mesma das regiões polares. V. O ar atmosférico compreende uma mistura de gases, sendo os mais importantes o Nitrogênio (78%) e o Oxi- gênio (21%). Estão corretos os itens: a) I, II e III b) II, III e IV c) I, III e V d) I, II, III e IV e) II, III, IV e V Aprofundamento 14.11. (UP – PR) – A atmosfera é um oceano gasoso que envolve o planeta, composto de oxigênio (21%), hidrogênio (78%) e inúmeros outros elementos, tudo constituindo uma massa fluida em permanente mo- vimento. Ela é mantida em volta da Terra pela força gravitacional e, embora sua altitude esteja estimada em 1000 km, 80% de sua massa acumulam-se nos primeiros 5 km. (CONTI, José B.; FURLAN, Sueli A. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: ROSS, Jurandyr (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1995. p. 91.) A respeito do assunto, assinale a alternativa correta. a) O envoltório gasoso funciona como uma imensa lente convergente, determinante para a passagem direta da energia solar e o consequente aquecimento da superfície da Terra. b) A inclinação do eixo terrestre sobre o plano da eclíptica, juntamente com o movimento de translação em torno do Sol, permite explicar o ciclo anual dos fenômenos do clima nos diversos pontos do planeta. c) A maior concentração de oxigênio na atmosfera nos dias atuais é uma decorrência direta da existência de extensas florestas tropicais e temperadas. d) Anomalias do comportamento atmosférico, a exemplo das inversões térmicas de fundo de vale, a formação de furacões em pleno oceano, assim como os extremos de pluviosidade são variações do tempo atmosférico causa- das pela ação antrópica. e) A força da gravidade é responsável pelo “peso” da coluna de ar sobre a superfície terrestre; consequentemente, a pressão atmosférica será tanto maior quanto maior a altitude. 14.12. (IFBA) – A figura em destaque representa, de forma ilustrativa, as camadas que integram a atmosfera terrestre: troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera. Essas ca- madas foram definidas a partir da variação da temperatura e propriedades físicas, em relação à altitude. A partir dos conhecimentos geográficos sobre a dinâmica e estrutura atmosférica, analise as questões que seguem: CAMADAS DA ATMOSFERA 140 100 120 80 60 40 20 –150 –100 –50 0 50 100 150 TEMPERATURA °C TERMOSFERA MESOSFERA TROPOSFERA ESTRATOSFERA A LT IT U D E – KM AYOADE, J. O. Introdução a Climatologia para os Trópicos. 5a. Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. I. O início e a evolução da vida no planeta Terra teve um papel fundamental na modificação da atmosfera primitiva até a sua composição atual, constituída de forma predo- minante pelos gases do hidrogênio e o hélio. II. Em todas as camadas da atmosfera, a variação térmica é inversamente proporcional à elevação da altitude. Ou seja, quanto maior for a distância em relação ao nível médio do mar, menor será a temperatura atmosférica. III. As noites estreladas são mais frias no inverno pela ausên- cia do vapor de água condensado nas nuvens do céu, agindo como absorvente do efeito estufa e garantindo o aumento térmico na parte baixa da atmosfera. Aula 14 21Geografia 4A IV. Quando a quantidade de água superficial no estado sólido aumenta por diminuição da insolação, tende-se a definição de um clima mais seco. Ao contrário, elevando- -se a temperatura atmosférica na superfície terrestre, define-se um clima mais úmido. V. O dióxido de carbono, o metano e os cloro-fluor-car- bonetos são considerados “gases-estufa”, sendo que os cloro-fluor-carbonetos, em especial, também possuem a capacidade de destruir a camada do ozônio localizada na mesosfera que filtra a radiação ultravioleta. Estão corretas as alternativas a) I e II d) I, II e V b) II e V e) III, IV e V c) III e IV 14.13. (UDESC) – A atmosfera possui três camadas: a ionosfera, a estratosfera e a troposfera. Sobre a atmosfera, pode-se afirmar: I. O ozônio encontra-se na estratosfera. II. A troposfera é uma camada muito importante, pois é com ela que os habitantes da Terra estão permanentemente em contato; é nela que se formam os ventos, as nuvens e a chuva. III. O oxigênio existe em menor quantidade nos lugares mais al- tos. Pode-se, então, dizer que a atmosfera não é homogênea. IV. O ar, ao contrário da terra e da água, não transforma a energia solar em calor. Por isso os raios solares atravessam a atmosfera sem aquecê-la e incidem sobre a superfície da Terra. Aí o calor é produzido e se irradia pela atmosfera. Por isso os lugares mais baixos são mais quentes que aqueles que ficam em altitudes mais elevadas. V. Na troposfera os gases que predominam são nitrogênio, gás carbônico, oxigênio e gás natural. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 14.14. (UFRR) – Considerando a distribuição da tempera- tura ao longo da superfície terrestre, qual alternativa está ERRADA? a) As cidades localizadas nas zonas de baixas latitudes apresentam, de forma geral, amplitude térmica menor. b) A zona intertropical representa uma área com predomínio de temperaturas amenas devido a sua menor exposição à radiação. c) Cidades localizadas no centro de grandes áreas continen- tais, apresentam maior amplitude térmica se comparado a cidades de mesma latitude, em áreas litorâneas. d) Localidades próximas podem apresentar diferenças importantes na temperatura se estiverem em altitudes diferentes. e) As zonas de altas latitudes representam as áreas mais frias do Planeta. 14.15. (UFMG) – UTILIZAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR INCIDENTE EM DIFERENTES PORÇÕES DO GLOBO (EM %) Total de radiação solar incidente 100% 100% 100% % usada na evaporação 5% 60% 88% % usada no aquecimento do ar 95% 40% 12% deserto floresta na estação de plena atividade oceano Fonte: RUMMEY, G. R.. (1970). “The Geosystem: dynamic integration of land, sea and air”. WMC Brown, Dubuque, p. 35. (adaptado) Todas as alternativas podem ser comprovadas pela análise da figura, EXCETO: a) A influência evidente da natureza diversificada da su- perfície terrestre na disponibilidade de energia térmica. b) A variação inversa do comportamento da evaporação e das temperaturas do ar. c) As posições extremadas dos valores quando comparados desertos e oceanos. d) O papel pouco significativo das florestas no consumo de energia térmica no processo de evaporação. e) O desequilíbrio entre a energia absorvida para a evapo- ração e para o aquecimento do ar no deserto. 14.16. (UEM – PR) – Sobre a atmosfera e a interferência humana nos fenômenos climáticos, assinale o que for correto. 01) O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a vida na Terra. Ele consiste na retenção do ca- lor irradiado pela superfície terrestre por certos gases e vapor de água na atmosfera, evitando que a maior parte desse calor se perca no espaço exterior. Sem esse fenômeno, seria impossível a vida na Terra como é co- nhecida hoje. 02) O ozônio é um gás inofensivo à sobrevivência humana na Terra. Sua maior concentração se encontra na tro- posfera, formando uma barreira que impede a passa- gem da radiação infravermelha produzida pelo Sol. A pequena porção dessa radiação que consegue passar a camada de ozônio é a principal causa do câncer de pele, que atinge muitas pessoas em todo o mundo. 04) Os compostos de enxofre, sobretudo o dióxido de en- xofre (SO2), estão entre os gases poluentes mais co- muns e mais prejudiciais à saúde. A combustãodo car- vão e do petróleo é a principal fonte de liberação desse gás. Sua presença na atmosfera e o ácido sulfúrico que ele produz resultam no fenômeno da chuva ácida. 22 Extensivo Terceirão 08) As ilhas de calor são fenômenos relacionados ao aumento de calor nas ilhas localizadas na região tropical da Terra. A principal causa da formação desse fenômeno está relacionada ao desmatamento desenfreado naquelas ilhas. Com o aumento da temperatura, a ilha de calor passa a atuar como zona de alta pressão, atraindo ventos muito fortes, principal causa de tornados em ilhas como Cuba e Malvinas. 16) A temperatura da atmosfera varia de modo complexo em função da altitude. Os limites ou bordas formadas na passagem de uma região da atmosfera para outra são denominados pelo sufixo pausa. A existência desses limites se dá devido aos extremos de temperatura que ocorrem em cada uma das regiões. Assim, na troposfera, a temperatura normalmente diminui com o aumento da altitude e na estratosfera, camada acima da tropopausa, a tem- peratura aumenta com a altitude. 14.17. (UFSC) – A figura abaixo mostra o balanço global médio de energia para todo o sistema Terra-Atmosfera. Parte da energia solar interceptada pelo nosso Planeta é absorvida, sendo uma parte refletida de volta para o espaço. BALANÇO GLOBAL DE ENERGIA DO SISTEMA TERRA-ATMOSFERA (IRIBARNE e CHOU, 1980) 100 31% Albedo Planetário (Refletividade) (ESPAÇO) (SOLO) (ATMOSFERA) (ONDAS CURTAS) (ONDAS LONGAS) (PROCESSOS NÃO-RADIANTES) refletida pelo solo refletida pelas nuvens radiação atmosférica calor latente calor sensível Espalhamento Espalhamento absorção absorçãoabsorçãoabsorção absorçãoabsorção emissão emissão 4 4 23 21 2124 3 6 107 113 23 23 6 6 63 160 97 VIANELLO, R. L. e ALVES, A. R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV, 1991. P. 196. Considerando-se a quantidade de energia solar incidente no sistema como sendo de 100 unidades, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01) Do total de 100 unidades de energia emitida pelo Sol que chegam ao topo da atmosfera, 67 unidades são absorvidas pelo solo. 02) A atmosfera é aquecida principalmente pela emissão do calor terrestre e por sua absorção feita pelos gases do efeito estufa. 04) Parte da radiação solar antes de chegar à superfície terrestre é interceptada pela camada de ozônio e outros gases e partículas sólidas e também pelas nuvens, as quais absorvem 23 unidades da energia emitida pelo Sol. 08) As nuvens são importantes refletoras de calor, podendo ser responsáveis por até 26 unidades do albedo planetário. 16) A camada de ozônio, situada na estratosfera, é responsável pela absorção da radiação infravermelha que pode causar o câncer de pele. 32) Os dados apresentados na figura mostram que o balanço global do Sistema Terra-Atmosfera é positivo, ou seja, a quantidade de energia absorvida é su- perior à de energia refletida. 14.18. (UFPel – RS) – A temperatu- ra atmosférica é um dos principais elementos do clima. Corresponde ao estado térmico do ar atmosférico, ou seja, ao estado de “frio” ou de “calor” da atmosfera, como exemplifica a figura a seguir. °C 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 –10 –20 –30 –40 –50 –60 –70 –80 –90 °F 212 A mais elevada temperatura do ar registrada até hoje (57,8°C, em Trípoli, na Líbia) A mais baixa temperatura registrada até hoje(–89,2°C, na Estação Vostok, na Antártida) Deserto quente Costas equatoriais Verão, Nova Iorque Inverno, Nova Iorque Inverno, Moscou Inverno, siberiano Verão, Londres Inverno, Londres Ponto de congelamento 194 176 158 140 122 104 86 68 50 32 14 –4 –22 –40 –76 –94 –112 –130 –148 Coelho, 2001. Sobre a temperatura atmosférica, é correto afirmar que: a) como o calor é irradiado a partir da superfície da Terra para cima e a atmosfera se aquece por radia- ção, quanto maior a altitude mais rarefeito se torna o ar, ocorrendo maior radiação o que faz com que a temperatura seja levemente aumentada. b) a distribuição das massas líquidas (oceanos) e das sólidas (continen- tes) não chega a ser importante para a variação da temperatura, tendo em vista que o comporta- mento térmico das rochas (meio sólido) é muito semelhante ao da água (meio líquido). c) a variação da temperatura com a la- titude deve-se fundamentalmente à forma esférica da Terra. A partir do Equador a insolação diminui em direção aos polos ocorrendo diminuição da temperatura com o aumento da latitude. Aula 14 23Geografia 4A d) observamos que, em face da chamada continentalidade térmica quanto mais distante uma área continental estiver do oceano (ou de sua influência) menores serão as suas oscilações de temperatura ou as isotermas. e) não sofre nenhuma influência do relevo, pois a configu- ração orogenética de planícies ou montanhas não irá interferir na passagem das massas de ar. Desafio 14.19. (UFBA) – Os conhecimentos sobre o progresso técnico-científico nas ciências atmosférica e espacial e sobre a atmosfera como subsistema terrestre e suas características possibilitam afirmar: 01) O início da Revolução Industrial marca a preocupação do Estado com o controle do uso de combustíveis or- gânicos, financiando estudos de geógrafos e de físicos dos países industriais, na busca de soluções viáveis para a preservação ambiental. 02) As chuvas ácidas resultam da emissão de poluentes ori- ginados pela queima de combustíveis fósseis, ocorrem, com mais intensidade, nos países industrializados do hemisfério Norte e causam impactos ambientais tanto em nível local quanto regional. 04) Os satélites, os radares e os computadores de alta ge- ração têm contribuído para o desenvolvimento dos es- tudos sobre meteorologia, permitindo melhor conhe- cimento da dinâmica atmosférica e das inter-relações oceano/atmosfera e, consequentemente, maior preci- são na análise de previsão do tempo. 08) A participação recente do Brasil nas experiências cien- tíficas espaciais – apesar de aparentemente simples, embora de alto custo –, abre novas possibilidades para projetos de pesquisa e de desenvolvimento em áreas, tais como biologia, biotecnologia, medicina e farmaco- logia, entre outras. 16) A troposfera, camada mais baixa da atmosfera, concen- tra cerca de 75% de sua massa gasosa, a totalidade do vapor d’água e de aerossóis e estabelece as condições de tempo, tendo, portanto, importância direta para as atividades do homem. 14.01. e 14.02. b 14.03. d 14.04. b 14.05. a 14.06. a 14.07. c 14.08. b 14.09. c 14.10. c 14.11. b 14.12. c 14.13. a 14.14. b 14.15. d 14.16. 21 (01 + 04 + 16) 14.17. 34 (02 + 32) 14.18. c 14.19. 62 (02 + 04+ 08 + 16 + 32) 14.20. a Gabarito 32) A estratosfera se caracteriza pela concentração de grande parte do ozônio total atmosférico, cuja função é proteger a superfície da Terra da radiação ultravioleta gerada pelo Sol. 64) A temperatura do ar depende das trocas de energia entre o Sol e a Terra, aumentando com a altitude na troposfera e diminuindo na estratosfera. 14.20. (UPE – PE) – Determinado grupo de pesquisadores foi incumbido de realizar um estudo climático de uma dada área. Após as medições térmicas realizadas em um certo dia de inverno, elaboraram um esboço da paisagem, localizando os pontos onde foram feitas tais medições, conforme se pode observar na figura a seguir: Fonte: Banco Elaboradora da UPE Tomando por base as informações contidas no esboço de paisagem, é correto afirmar que a) no dia de inverno citado, ocorreu uma situação atmosféri- ca denominada pelos climatologistas de inversão térmica. b) a presença do estuário caudaloso determinou a redução da pressão atmosférica no vale fluvial. c) no momento em que foram feitas as medições térmicas, uma massa de ar quente se espalhou pelo fundo do vale, estacionando sobre a área do estuário. d) a pressão atmosférica, em face do quadro térmico local, aumentou desde o fundo do vale em direção aos picos das elevações topográficas. e) no dia de inverno considerado, ocorreu,
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