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Fisiologia da Gestação

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Medicina FTC – 2021.1 Catarina Viterbo 
1 
 
Prof. Licemary Lessa – Emergências Obstétricas - 17/02/2021 
Aparelho Genital 
Útero sem a gravidez: 
• Tamanho de uma mão fechada 
• Peso 70-100g 
Útero gravídico 
• Sem contar o bebê e a placenta → tamanho 
de uma melancia. 
• Peso =~1kg → Alterações desde a dinâmica 
do equilíbrio até a compartimentalização 
desses útero junto com outro órgãos 
Colo uterino 
• Tecido cilíndrico/glandular → Produz 
secreção 
o Estrógeno → Hipertrofia → Maior 
produção de secreção e muco 
(barreira para que corpos estranhos 
não atinjam o feto) 
o Orientar a gestante: A produção 
pode ser tão intensa que ela pode 
achar que é um corrimento. Porém, se 
não tiver odor, prurido e grumos é 
fisiológico por aumento da 
produção. 
• Tecido pavimentoso. 
Reação de Arias-Stella: Processo que ocorre o 
aumento do número de glândulas. 
Colposcopia 
• Colo “estranho” → Glândulas aumentadas e 
cistos de Naboth. 
• Geram dúvida se é algo patógeno, mas na 
maioria dos casos faz parte das alterações 
fisiológicas da gestação. 
Vagina: diminui a viscosidade 
Ovário 
• Ciclo menstrual: folículo dominante de onde 
sai o oócito que será fecundado. Ocorre a 
nidação → divisão celular → formação do 
trofoblasto. 
• O folículo dominante, sob estímulos de HCG, 
produzido pelo trofoblasto, se transformará 
em corpo lúteo. 
• Corpo lúteo → Prodz progesterona e 
estrógeno. Importantes para a manutenção 
da gravidez. 
• 11º a 12º semana → Placenta assume seu 
papel integralmente o corpo lúteo ivolui e 
some. 
Mamas 
• Puberdade: formação do lóbulos sob 
estímulo do estrógeno. 
o Estágios de Tanner: Aréola cresce → 
Mama aumenta (processo 
hiperplásico) 
• Estágio final → Gestação: 
o Estrógeno e progesterona 
promovem uma hipertrofia das mamas 
para amamentação. 
o Prolactina: estimula os lóbulos para 
a produção de leite, que passará 
pelos ductos lactíferos. 
o Ocitocina: ejeção do leite. 
Sinais da Gestação 
Rede de Haller: sinal do aumento da circulação, 
para que cheguem mais hormônios na mama. 
Sinal de Hunter: escurecimento de uma aréola 
secundária com limites imprecisos como se fossem 
sulcos. 
• O estrogênio estimula os melanócitos a 
aumentar a pigmentação. 
Glândulas de Montgomery: sofrem hipertrofia e 
produzem secreções sebáceas para evitar a 
desidratação. 
Prevenção de mastite fissuras 
Orientar o paciente sobre o aumento da mama, que 
pode sair leite e que não deve ficar apertando. Além 
de tomar um pouco de sol no início da manhã para 
aumentar o processo de queratinizarão da aréola. 
Pele 
Melasma: aumento de pigmentação na região malar. 
Costuma desaparecer de 6 meses a 1 ano do pós-
parto, no puerpério remoto. 
Medicina FTC – 2021.1 Catarina Viterbo 
2 
 
NÃO há indicação de passar cremes no pré-natal 
porque não existem estudos e tem que considerar 
risco benefício. 
Recomendações: Uso de protetor solar, evitar 
exposições ao sol e hidratação. 
Estrias: depende de cada pele. Pode-se prescrever 
hidratação, mas não irá evitar necessariamente. 
Linha nigra: a linha alba fica mais escura. 
Eritema palmar: aumento da circulação. 
Outras: acne, foliculite, prurido. 
Aparelho Circulatório 
Devido as modificações causada pela liberação de 
progesterona e estrógeno pela placenta, ativam um 
comando para que o bulbo aumente a circulação. 
Ocorre aumento de FC para que mais nutrientes 
cheguem ao feto. 
Os principais nutrientes são a glicose e o oxigênio 
que vão gerar energia no ciclo de Krebs. 
• Aumento do metabolismo basal 
• Aumento do volume sanguíneo: maior 
produção de células sanguíneas e retenção 
de água pelos rins. O volume pode sair de 5 
para 7,5L na gestação. 
• Aumento da FC: em 10 a 15 bpm 
• Aumento do DC: em cerca de 40%, porque 
aumento a FC e o volume sanguíneo. 
• Diminuição da resistência vascular e PA: 
principalmente no início da gestação, 
porque o volume sanguíneo ainda não 
aumento muito. Por isso, que as gestantes têm 
prioridade na fila, porque depois de muito 
tempo em pé podem ter hipotensão e 
lipotimia. 
Gravidez → Estado de alto fluxo e baixa resistência. 
O maior local de shunt, de baixa resistência e fuga 
de sangue (sem patologia) é a placenta, pois seus 
vasos possuem elevada complacência. 
O diafragma é elevado e há um leve desvio do 
coração para a esquerda → Modifica o eixo 
cardíaco e terá um cálculo diferente na leitura do 
ECG. 
As fibras musculares, inclusive do coração, ficam mais 
sensíveis, por isso a gestante tem maior chance de 
ter arritmias. Caso já tenha uma condição 
preexistente essa chance aumenta ainda mais e deve 
ser encaminhada para um serviço de alto risco. 
Progesterona: relaxamento das fibras musculares 
lisas. 
Aparelho respiratório 
Nariz: ↑ da circulação → ↑ fluxo nos pequenos vasos 
do nariz → Aquece o ar deixando + rarefeito, o que 
facilita sua entrada. 
Maior umidificação do nariz até a traqueia: ↑ das 
secreções. É bom para que o ar entre mais facilmente, 
porém se for intubar terá uma VA difícil. 
Aumento do volume corrente: o bulbo aumenta a FR 
e sua capacidade de troca. 
Curva de saturação da hemoglobina: captação 
mais rápida de o2 no pulmão e liberação + rápida 
no tecido placentário. O inverso (placenta → 
pulmões) também é verdade para o CO. Esse 
processo parece ter influencia do pH, pelo aumento 
do fluxo sanguíneo e FR, tendo alcalose respiratória. 
• Pco2 numa não gestante não varia de 35 a 
40, na gestante é de 30. 
O rim compensa a alcolose resp com uma acidose 
metabólica, gerando um certo equilíbrio. Porém esse 
houver um processo infecioso que piore essa acidose, 
a capacidade de tamponamento estará diminuída o 
que favorece uma queda rápida de pH e da PaO2. 
Capacidade pulmonar total (CPT): Não se altera 
ou é reduzida em 5% das gestações. Como houve 
aumento do VC é esperado um aumento da 
capacidade pulmonar, mas o volume residual (VR) é 
diminuído na gestante, equilibrando a CPT. 
Há maior troca na gestante, porque p VC é maior. 
A progesterona é a principal responsável por 
aumentar a taxa respiratória VC. 
Elevação do diafragma: alargamento da caixa 
torácica para as laterais, pois o diafragma não terá 
tanta mobilidade verticalmente, o que provoca 
alterações nas pressões, se maior a aérea menor a 
pressão. 
Consumo de o2 aumenta: 20% na gestação e 40% 
no trabalho de parto. 
No 3º trimestre: 
• ↑ da quantidade de sangue → ↑ DC 
→ PA tende a se reequilibrar. 
Pacientes que são previamente hipertensas 
nos primeiros trimestre tem a PA controlada, 
muitas vezes sem medicamentos, porém na 
segunda metade tende a voltar a subir e será 
necessário reintroduzir os medicamentos. 
Medicina FTC – 2021.1 Catarina Viterbo 
3 
 
 
Aparelho hematológico 
O volume sanguíneo aumenta em 40 a 45%. 
Redução da Hb e HT pelo aumento do volume 
sanguíneo: aumente aa produção de cels. vermelhas 
em 20%, mas não acompanha proporcionalmente o 
volume, então há uma hemodiluição que gera 
anemia fisiológica da gestante (Hb em torno de 11) 
Aumento de leucócitos, mas diminuição na função: 
a resposta celular aumenta, mas diminuição é 
necessária para que o SI NÃO ataque o feto (corpo 
estranho). 
Valores 
• Não gestante: 4000 – 10000 
• Gestante: 16000 
o Não pode ter aumento nas novas 
formas. 
o > 5% dos bastões → Infecção 
Medicações, como corticoides, pode provocar 
aumento da liberação de leucócitos e dobrar o valor 
de 16000 para 32000, na iminência do uso, depois 
de alguns dia volta ao valor normal para gestante. 
Supressão das células TH1Regulação positiva para TH2: pode aumentar 
tendencia para alergia. Contudo, pode ser relativa, 
pois1/3 das gestantes não muda e 1/3 melhora. 
Redução da imunidade humoral: há redução, por 
exemplo do IgA, favorecendo infecções respiratórias 
e ITUs. 
Redução das plaquetas por hemodiluição: 
principalmente no 3º trimestre (plquetopenia da 
gestação). 
• Atenção: Plquetopenia + outras disfunções 
(HAS) 
o Sugestivo de síndrome HELLP ou 
o Com pródomo viral → Sugestivo de 
Dengue. 
Aparelho Urinário 
Aumenta TGF: devido ao aumento do volume e 
circulação do sangue, células, nutrientes e hormônios. 
O néfron tenta filtrar o máximo possível (volume muito 
grande), podendo levar a perda de nutrientes 
importantes. 
• Proteinúria: ideal que não tenha, mas pode 
ter perda de até 150mg/dl. Proteinúria a 
partir de + (300mg/dl), ++, +++ é patológica. 
pode ser uma Síndrome nefrótica, pré-
eclâmpsia, lesão renal, infecções. 
• Glicosúria: o ideal é que não tenha mas 
pode ter. A partir de ++ e +++ já se pode 
pensar em DM e hiperglicemia. 
• Outros → Sais, Na+, K+. Há um aumento d 
aldosterona para evitar essas perdas, 
especialmente Na+ e água. 
A capacidade reabsortiva dos túbulos renais de 
sódio, cloreto e água aumenta em até 50%. 
Aumenta a taxa de exceção da água e eletrólitos 
na urina. 
Níveis de CREATININA diminuem: sofre diluição. 
Valores 
• Não gestante: 1,2 
• Gestante 0,8-0,9 
o 1,1 → Investigar! Desidratação? 
Patologia renal? 
o >1,2 → Sinal de gravidade! 
Cálcio: maior quantidade na circulação para 
ajudar o bebê na formação óssea. 
• Se houver dificuldade de ingesta é 
recomendada suplementação, até porque a 
baixa ingesta pode evoluir para uma pré-
eclâmpsia. 
Hidronefrose leva apenas de um lado: o aumento 
do tamanho do útero comprime várias estruturas. 
Pode pender para um lado e comprimir um ureter, 
levando a dilatação/hidronefrose leve. 
Aumento da frequência urinária: chega um 
momento que o útero cresce muito e comprime a 
bexiga que não conseguir eliminar toda a urina, 
aumentando o resíduo miccional. 
Aumenta o risco para ITU: a progesterona faz com 
que a passagem da urina pelo ureter seja lentificada. 
Além disso a redução do IgA, aumento do resíduo 
miccional, proteinúria e glicosuria fornecem o 
ambiente perfeito para as bactérias. 
• Paciente sem queixas diagnosticada pela 
urocultura com um bacteriúria assintomática. 
Orientar → aumentar a ingesta de líquidos e não 
prender a urina. 
Aumento da pressão intrabdominal: é preciso ter 
cuidado com o trauma materno, numa PCR, o útero 
pressiona a veia cava e dificulta o retorno venoso, é 
preciso deslocar o útero para maior sucesso da RCP. 
Aparelho gastrointestinal 
Medicina FTC – 2021.1 Catarina Viterbo 
4 
 
Boca: queixa de gengivite, aumenta o risco de 
sangramento gengival, de doenças periodontais que 
levam a descompensação do DM e vice-versa. 
• Tem que encaminhar para o dentista. 
Esôfago: musculatura lisa será mais lenta, o esfíncter 
inferior diminuiu o tônus e o aumento da pressão 
intraabdominal empurra o conteúdo gástrico 
gerando refluxo. A paciente relata asia, enjoo, 
principalmente no 3º trimestre, por questões 
mecânicas. 
• No 1º trimestre essas queixas são pelo hCH. 
Intestino: lentificação do trânsito, podendo gerar 
obstipação. 
Hemorroidas: devido a constipação e aumento da 
pressão venosa e abdominal. 
Vesícula biliar: contratilidade reduzida, retém mais 
bile aumentando a chance de colelitíase. 
Alterações endócrinas 
Corpo lúteo 
• Produz progesterona e estrógeno para 
sustentar a gestação, enquanto a placenta 
está em formação. 
• Estimulado pelo hCG produzido pelo 
trofoblasto, entre a 9º e a 16ª semana. 
• O hCG pode mimetizar o TSH e chegar ao 
centro do vômito e excitá-lo, causando a 
êmeses desse período. 
o Podendo chegar a uma hiperêmese 
gravídica. Levando a perda de 
peso e distúrbios eletrolíticos. 
• hCG → Evita a involução do corpo lúteo. 
o Depois vai ficar em um platô e o 
corpo lúteo involui e a placenta 
assume. 
Estrógeno: função proliferativa nos órgãos 
produtores. 
Progesterona: essencial para gravidez. 
Placenta: principal órgão endócrino na gestação, 
exerce funções de pulmão, coração e endócrina. 
Hipófise anterior: aumento de 50% do tamanho na 
gestação. 
• Preparando prolactina para a 
amamentação. 
• Aumento da ocitocina pela neurohipófise → 
participa do parto e amamentação. 
• O aumento de tamanho NÃO acompanhar o 
sistema vascular. Caso haja choque ou 
vasocontrição por medicações pode gerar 
pequenas áreas de infato causando a 
Síndrome de Sheehan ou Pan-
hipopituitarismo e a paciente fica 
praticamente menopausada. 
Aumento dos hormônios tireoidianos: porém 
com a hemodiliuição eles estão reduzidos 
relativamente. 
• 1º trimestre → hCG pode estar influenciando 
os valores, pois ele mimetiza o hormônio 
tireoidiano e a hipófise tende a diminuir a 
produção. 
Valores: 
• 1º trimestre: 0,1 a 2,5 
• 2º trimestre: 0,2 a 3 
• 3º trimestre: 0,3 a 3 
Aumenta liberação do PTH → redução de cálcio e 
magnésio. 
Aumento dos níveis de calcitonina 
GH, ACTH e cortisol aumentam: são necessários 
para hiperplasia e hipertrofia das células 
Aumento da aldosterona 
Comparação dos hormônios da mãe x bebê 
Pâncreas: cada um vai produzir insulina de acordo 
com o nível de glicose ofertado. 
 
Gestações de feto único x Gemelares 
TSH → Varia dependendo da idade gestacional e 
número de fetos. 
 
Medicina FTC – 2021.1 Catarina Viterbo 
5 
 
Aparelho Osteo-Muscular 
• Lordose progressiva 
• Alargamento da base 
• Mudança no centro de gravidade 
• Marcha anserina 
Relaxina: hormônio produzido no início da gestação 
provoca relaxamento das seguintes articulações: 
• Sacroilíaca 
• Sacrococcígea 
• Púbica 
Articulações → Retém mais líquido. 
• > Dificuldade de abrir e fechar a mão 
• Dor 
• Lesão por esforço repetitivo 
Alterações neurológicas 
Redução da memória (poucos estudos), pode ser 
resultado da disfunção do sono. 
Pressão intraocular é reduzida 
Disfunção do sono: por não encontrar uma posição 
confortável para dormir, noctúria. 
Aspectos emocionais 
Mudanças drásticas corporais 
Preocupações diversas: com o parto, o bebê, vida 
financeira, rotina 
Oscilações hormonais intensas

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