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13A4 - ÉTICA PROFISSIONAL_Mara_Rubia_de_Morais_Jesus_Conteudo 3

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22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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MÓDULO 2 - A REGULAMENTAÇÃO DA PSICOLOGIA NO BRASIL
Objetivo
Apresentar as condições sociais, históricas e políticas da autonomização da Psicologia em
meados dos séculos XIX e XX no Brasil, na interface com outras ciências, como a Medicina.
Apresentar as condições sociais, históricas e políticas da regulamentação da Psicologia na
década de 1960 no Brasil.
Contextualizar o surgimento do Conselho Federal de Psicologia, dos Regionais e sua atuação
como Comissão de Fiscalização e Comissão de Ética.
 
INTRODUÇÃO
A Psicologia foi regulamentada como profissão no Brasil no ano de 1962, decorrente da Lei nº
4119, de 27 de agosto de 1962. Em dezembro do mesmo ano, aprovou-se o parecer nº
403/62, do relator Conselheiro Valnir Chagas, que, pela primeira vez, fixava oficialmente um
currículo mínimo de Psicologia, objetivando estabelecer os direitos do exercício profissional.
Somente em 1971 é que se criou o Conselho Federal de Psicologia, órgão encarregado de
zelar pela organização do exercício profissional e que congregava todos os psicólogos
brasileiros.
A Psicologia conquistou seu espaço autônomo como área de conhecimento e campo de
práticas em consequência da produção de ideias e práticas psicológicas no interior de outras
áreas do saber. Foi chamada a contribuir para a solução de problemas relacionados à área da
Saúde, à Educação e ao mundo do trabalho e das organizações.
Pereira & Pereira Neto (2003, p 20) definem esse período como o de profissionalização da
Psicologia, de 1890 a 1975. "Abrange desde a gênese da institucionalização da prática
psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais." Os
autores assinalam como marcos desse momento: a Reforma de Benjamin Constant no campo
educacional (1890), a inauguração dos laboratório de psicologia junto ao campo educacional
e médico (1906), e a criação do código de ética (1975).
Pessotti (1998), por sua vez, elaborou outro critério baseado na presença ou não de
instituições com vínculos com a área psicológica. Elegeu três grandes marcos; foram eles:
1833, quando se criou as Faculdades de Medicina no Rio de Janeiro e na Bahia; 1934,
quando se constituiu um curso de Psicologia na Universidade de São Paulo; e 1962, quando
a Psicologia foi regulamentada.
Optou-se, nesse texto base, em assumir as diretrizes de Antunes (2004, 2006), que são
ligadas ao referencial histórico, e, na medida do possível, iluminar os marcos apontados por
esses outros autores de renome para os estudos historiográficos da Psicologia brasileira.
Antunes( 2006) indica que, no Brasil, a profissionalização e autonomização da Psicologia
inicia-se com a parceira da psicologia com outros saberes ainda no século XIX, que
apresentava um contexto sócio-histórico e político singular, no qual se tinha uma formação
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social dependente e atrasada, mas, ao mesmo tempo, uma busca pela modernidade, pelo
caminho da industrialização. Diante desse cenário, o Brasil adotou o modelo republicano,
conciliado com a ideologia liberal e uma economia de base agrário-comercial e exportadora.
Também acontecia uma crescente urbanização e a definição da região Sudeste como polo
sócio cultural do país. Essa configuração sócio política influenciou o meio acadêmico
intelectual, com a crença na liberdade e a supremacia do individuo diante a sociedade.
Bernardes (2007) afirma que a psicologia construiu-se nas relações que mantinha com esse
cenário, no qual os modelos de produção e consumo exigiam a padronização da igualdade,
resultado do auge da produção industrial, que requeria alto padrão de produtividade. Diante
desse quadro, a Psicologia, em sua nascente, foi marcada pelas estratégias de controle de
variedade e produtividade, transformando-se em um saber de forte viés adaptativo.
Essa busca por padronização e adaptabilidade se deu em três grandes interfaces do saber
psicológico pré científico. Foram elas: a Psicologia e as Instituições Médicas; a Psicologia e
as Instituições Educacionais; a Psicologia e a organização do trabalho.
 A Psicologia e as Instituições Médicas
 Desde o século XIX, a Psicologia, enquanto conjunto de ideias articuladas, esteve
intimamente relacionada com a prática médica e psiquiátrica, em instituições asilares e no
âmbito da Medicina Legal. No caso, as Faculdades de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro
e os hospícios foram as principais fontes de produção de ideias psicológicas.
Desde 1890, já existiam teses publicadas por médicos com teor psicológico, tais como as
obras de José Tapajós, Psicofisiologia da percepção e das representações (1890), Das
emoções de Veríssimo Dias de Castro (1890), A Memória e a personalidade de Seabra em
1894, a famosa tese de Henrique Roxo, Duração dos atos psíquicos elementares (1990),
entre outras. 
A prática médica legal, por sua vez, possuía uma atuação higienicista, ao buscar erradicar ou
minimizar as doenças infecto-contagiosas muito presentes nas cidades em desenvolvimento.
Segundo Costa (1983), essas atuações dispersaram-se nas cidades, por meio de políticas
públicas de saneamento básico e atingiu a educação moral e física das famílias, que
passaram a se responsabilizar também pelos cuidados com a higiene pública e privada.
Antunes (2004) aponta que os pressupostos higienicistas articulavam-se com os princípios da
eugenia e da limpeza étnica, intimamente ligados com a cultura racista brasileira vigente,
conforme podemos vislumbrar:
 
Os ideais higienicistas geralmente se articulavam aos princípios da eugenia,
intimamente ligados ao pensamento racista brasileiro. Baseavam-se numa concepção
que afirmava a existência de uma hierarquia racial (sendo a raça ariana considerada
superior e a raça negra a mais inferior de todas), do que decorria a teoria da
degenerescência, que considerava a propensão à degenerescência física e mental das
ditas raças inferiores. Por essa via, a reinvindicação de adoção de medidas
higienicistas, cuja finalidade não era senão o embranquecimento da raça brasileira.
(ANTUNES,2004, p. 119).
 
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 Segundo Antunes (2006), as teorias da degenerescência e da eugenia extrapolavam os
muros dos asilos e hospícios, propondo ações de disciplinarização da sociedade e dos seus
corpos familiares. No Brasil, a junção dessas correntes originou uma experiência cruel de
exclusão do louco e a preocupação com práticas profiláticas diante da loucura. Nesse projeto
preventivo, o Estado devia se preocupar com a pobreza, a marginalidade, o crime, pois todos
esses quadros possuíam uma familiaridade muito grande com a loucura, porque levavam os
sujeitos à desordem, a não adaptação aos padrões requeridos. Podia-se afirmar que havia,
ao mesmo tempo, uma visão moralizante e racionalizante da loucura.
Antunes (2006) ainda aponta a preocupação com a ordem urbana e com a bandeira do
progresso ligada ao ideário positivista, relacionado a práticas de exclusão daqueles que não
se adaptassem às normas estabelecidas, os denominados desordeiros. Cabia à ciência
médica e psicológica contribuírem na identificação desses sujeitos e no seu tratamento em
locais específicos, como os asilos e manicômios.
Nos hospícios, também havia a produção de conhecimento psicológico a partir das práticas
nos laboratórios criados na época. Um dos mais relevantes foi, segundo Antunes (2004), o da
Colônia de Psicopatas do Engenho de Dentro, criado em 1923, dirigido pelo psicólogo
polonês Waclaw Radecki. Tornou-se nove anos depois, o Instituto de Psicologia, subordinado
ao Ministério da Educação e da Saúde Pública. Produziu um rol de pesquisas temáticas em
psicologiasobre seleção e orientação profissional, fadiga em trabalhadores menores de
idade, seleção de aviadores, psicometria, entre outras.
Outro laboratório importante foi fundado junto à Liga Brasileira de Higiene Mental, em 1923,
no Rio de Janeiro, dirigida por Alfred Fessard, Plínio Olinto e Lemes Lopes. Realizaram vários
simpósios e seminários de Psicologia, com o intuito de divulgar as pesquisas realizadas.
Predominava o ideal eugênico, profilático e a preocupação com a educação dos indivíduos
mal adaptados. (ANTUNES, 2004)
Segundo Antunes (2006, p 51), em 1932, a " Liga propôs ao Ministério da Educação e da
Saúde Pública, a presença obrigatória de gabinetes de Psicologia, junto às Clínicas
Psiquiátricas" . Além disso, promovia, todo ano, as Jornadas Brasileiras de Psicologia, para
difundir conhecimento. 
Um dos projetos que mais destoaram da tendência eugênica, foi o movimento antipsiquiátrico
de Recife, com Ulysses Pernambucano e seu modelo humanista e existencial de atendimento
dos doentes mentais. Também propiciou contribuições para a Educação e investia na
formação dos funcionários: os monitores de saúde mental e auxiliares psicólogos.
Antunes (2006) afirma, que:
 
A evolução do pensamento psicológico no interior da Medicina até o século XIX
preparou o terreno para que o conhecimento e a prática da Psicologia se
desenvolvessem a tal ponto que fizeram delinear-se com maior clareza seus
contornos, tendo assim contribuído para a penetração da Psicologia Científica e sua
definição como campo autônomo de conhecimento e ação, o que veio a se concretizar
nas décadas iniciais do século XX.(ANTUNES, 2006, p 61)
 
A Psicologia em Instituições Educacionais
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 Com o desenvolvimento urbano-industrial, no século XX, o pensamento republicano aliado
ao positivismo e à ideologia liberal, mostrava uma preocupação com uma educação
humanista e cientificista. Surge no Brasil, então, uma corrente educacional que reivindicava a
ampliação do número de escolas e o combate ao analfabetismo, a partir do ideário
escolanovista.
Essa proposta de renovação e ampliação educacional chegou ao nosso país em 1882, pelas
mãos de Rui Barbosa e alcançou o século XX com outras reformas importantes. Um exemplo
foi a proposta de Benjamin Constant, em 1890, que propunha maior liberdade, laicidade e
gratuidade do ensino. O escolanovismo implementou uma tendência cientificista, introduzindo
disciplinas científicas, como a Psicologia e a Lógica, no lugar da Filosofia de cunho
humanista.
Segundo Vidal (2003), o movimento da Escola Nova propôs uma renovação do ensino, na
Europa, na América e no Brasil, na primeira metade do século XX. O escolanovismo
desenvolveu-se no Brasil sob importantes impactos de transformações econômicas, políticas
e sociais, porém, com eles surgiram graves conflitos nos aspectos políticos e sociais,
resultando uma mudança significativa no ponto de vista intelectual brasileiro. 
O escolanovismo acreditava que a educação era o instrumento eficaz para a reconstrução de
uma sociedade cidadã e legitimamente democrática, considerando as diversidades e a
individualidade do sujeito, preparados psicossocialmente para refletir e mudar a sociedade
em que viviam.
Esse movimento agregou nomes importantes ao cenário educacional e psicológico, como
Antônio Carneiro Leão, Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Manoel Bonfim, entre outros. Esse
último educador merece destaque pelo seu enfrentamento dos problemas sociais e o seu
entendimento de que a educação deveria ser instrumento contra a opressão, que a maioria
do povo sofria. Afirmava, por exemplo, que o analfabetismo era uma vergonha nacional.
A Psicologia, enquanto saber foi essencial no projeto educacional do país, no inicio do século
XX, pois serviu como pilar de sustentação científica para a consolidação do escolanovismo,
ao cuidar dos sujeitos e das suas diferenças individuais (Psicologia Diferencial), ao estudar o
processo de desenvolvimento vital, ao observar os processos de ensino-aprendizagem e ao
criar testes de inteligência e de seleção profissional.
Ainda nesse cenário, apesar de nomes emancipadores como Bonfim, existia no campo
educacional aliado ao suporte da Psicologia, a preocupação com a formação de um país
robusto, baseado no lema de um povo forte mental e fisicamente, o que mantinha vivos os
ideais eugênicos em busca da higienização das raças.
Nessa interface entre a Educação e a Psicologia, há de se destacar a criação do Instituto de
Psicologia de Ulysses Pernambucano em Recife, em 1925, com produções significativas nas
áreas de testes psicológicos de nível mental, aptidão, de cunho pedagógico, padronização de
testes coletivos, entre outros, com o intuito de formar pesquisadores na área da Psicologia.
(ANTUNES, 2006)
Também é indicada a importância das Escolas Normais para o estabelecimento da Psicologia
Científica no Brasil, seja compondo os currículos ou construindo laboratórios de psicologia,
por volta de 1912. Destaque para a Escola Normal de São Paulo, que foi responsável pela
"divulgação das teorias psicológicas em voga na Europa e nos Estados Unidos e, por
decorrência, das técnicas delas derivadas, em especial, a psicometria". (ANTUNES, 2006, p.
78)
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Em 1925, Lourenço Filho revitalizou o laboratório de Psicologia Experimental, junto a Escola
Normal de São Paulo, que se tornou anos depois Gabinete de Psicologia e Antropologia
Pedagógica, com o italiano Ugo Pizzoli, com produções vinculadas à medida de funções
psicológicas, com destaque para estudos perceptivos.
Antunes (2006) nos revela a importância das Escolas Normais para a autonomização da
Psicologia, pois encontrou:
 
o mais fértil terreno para seu desenvolvimento, não somente por serem estas campos
potenciais de aplicação de conhecimentos e técnicas derivadas da ciência psicológica,
mas também por permitirem a produção de pesquisas. (...) além de, no caso, ter sido
uma das mais importantes bases para que a Psicologia se tornasse mais tarde
disciplina universitária. (ANTUNES, 2006, p 81)
 
 
 
A Psicologia e a organização do trabalho
 Com a promessa do desenvolvimento urbano-industrial desde o século XIX, o Brasil assistiu
a emergência de diferentes camadas sociais, uma diversificação das atividades produtivas e
novos conflitos sociais oriundos da complexificação econômica do país.
Segundo Antunes (2006, p 87), encontra-se na década de 20, em pleno século XX, as
primeiras experiências da aplicação de Psicologia ao mundo do trabalho, confirmando-a como
um "conjunto de conhecimento e práticas capazes de dar respostas e subsidiar ações que
interviessem nos problemas sociais".
A Psicologia inseria-se nesse cenário, buscando promover ações que maximizassem a
produção industrial. Participava de um conhecimento racionalizável e cientificista, como
ocorreu com o panorama educacional. Eram práticas com finalidade de controle social nas
indústrias, onde grupos de operários começavam a se organizar contra condições subumanas
de trabalho, mantidas pelos modelos tayloristas e fordistas de produção.
Em 1929, criou-se o Instituto de Organização Científica do Trabalho, que possuía diferentes
funções, como seleção e educação profissional, organização psicológica do modo de
produção, entre outros. Porém, não conseguiu se manter devido a crises econômicas.
Em 1930, sob a tutela de Aldo Mario de Azevedo, criou-se o Instituto Paulista de Eficiência,
que facilitou a Organização Racional do Trabalho (IDORT), que se desdobrou em instituições
de claro cunho psicológico, como a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes.
Também foram experiências igualmente importantes, as pesquisas realizadas a partir dos
processos de seleção de aviadores para a Aviação Militar, sob tutelado Laboratório de
Psicologia da Colônia de Psicopatas do Engenho de Dentro.
Segundo Antunes (2006, p 91), nesse contexto, a Psicologia serviu como função de
sustentáculo cientifico dos novos métodos administrativos, onde imperava a lógica racional e
científica de atuação, seja pelos testes implementados ou por processos de seleção
profissional objetivos. Nessa lógica, o individuo era compreendido como uma peça material
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do processo produtivo, inclusive pela própria Psicologia, que o nominava como parte dos
Recursos Humanos.
A Regulamentação da Psicologia e do Conselho Federal 
A Psicologia foi regulamentada como profissão, no Brasil, no ano de 1962, decorrente da Lei 
nº 4119, de 27 de agosto de 1962. Porém, somente em 1972, é que se criou o Conselho
Federal de Psicologia, órgão encarregado de zelar pela organização do exercício profissional
e que congregava todos os psicólogos brasileiros.
Segundo Soares (2010, p.20), em 1946, foi aprovado um decreto-lei que "ampliava o regime
didático da Filosofia, referindo-se à possibilidade de ter diploma de licenciado" em Psicologia,
quem por exemplo, fosse aprovado nos três primeiros anos do curso de Filosofia, bem em
cursos de Biologia, Fisiologia, Antropologia, Estatística e em cursos de especialização de
Psicologia.
Em 1962, o Presidente da República João Goulart, promulgou a 27 de agosto, a Lei nº 4.119
dispondo sobre os Cursos de Formação de Psicólogos, com importantes inovações, tais
como permitir, aos portadores de diplomas ou certificados de especialista em Psicologia,
Psicologia Educacional, Psicologia Clínica e Psicologia Aplicada ao Trabalho, o exercício do
ofício de psicólogo, como também permitir aos que já venham exercendo, na data da
publicação da Lei, ou tenham exercido por mais de cinco anos, atividades profissionais de
Psicologia Aplicada, o registro de Psicólogo. (SOARES,2010)
Romaro (2006, p 28) afirma que, a partir do Decreto 53464, em 1964, regulamenta-se
definitivamente a Lei 4119 e se estruturam os cursos de psicologia, junto às Faculdades de
Filosofia, em cursos de bacharelado, licenciatura e psicologia. A lei estabelece como
"funções privativas do psicólogo brasileiro o diagnóstico psicológico, a orientação e seleção
pessoal, a orientação psicopedagógica, a solução de problemas de ajustamento, a
colaboração em assuntos psicológicos ligados a outras ciências".
Esse marco foi essencial para a profissionalização da Psicologia, pois como Pereira & Pereira
Neto (2003) elucidam:
 
Para que uma atividade seja reconhecida como tal, é necessário que reúna algumas
características. Por um lado, a profissão deve ter um conhecimento delimitado,
complexo e institucionalizado. Por outro, ela tem que organizar seus interesses em
associações profissionais que padronizem a conduta dos pares, realizando uma auto-
regulação. O controle interno da profissão é feito através da fiscalização das condutas
profissionais com dispositivos formais, entre os quais se destacam os códigos de ética.
(PEREIRA&PEREIRA NETO, 2003, p 20)
 
Bock (2001), ao discutir a regulamentação da Psicologia em 1962, através da Lei nº 4119 e o
Catálogo Brasileiro de Ocupações do mesmo ano, ressalta o caráter disciplinador e
moralizante das práticas psicológicas, como podemos vislumbrar:
A psicologia e a profissão lá estão limitadas a aspectos intervencionistas orientados
para o ajustamento e a adaptação do individuo. Fala-se, então, de desenvolvimento e
de condições para sua facilitação, como se o desenvolvimento tivesse percurso
determinado. (....) A finalidade do trabalho é ajustamento, adaptação, auto realização,
desenvolvimento, convivência e desempenho, sempre supondo um estado de
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normalidade. O trabalho do psicólogo está muito relacionado a esses objetivos, seja
ele em escolas, empresas ou clínicas. ( BOCK, 2001, p. 26).
 
Apenas em 1971 cria-se o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, com o
intuito de regulamentar, orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão, sendo
elaborando o primeiro Código de Ética apenas em 1975, pela resolução CFP 008/75, por uma
Comissão de Ética. 
Segundo Soares (2010, p. 28), o primeiro Conselho Federal enfrentou uma tarefa árdua, pois
precisou se empenhar em elaborar leis sobre "as quais viessem a assentar, sólidas e
definitivas, a tradição e a unidade da classe, recentemente reconhecida, ao lado de uma
consciência de corpo, sob a égide de uma só Autarquia".
Nesse processo constitutivo, o Conselho Federal de Psicologia no Brasil se definia como uma
autarquia federal, ou seja, como instituição com autonomia de gestão didático-científica,
administrativa e financeira. Porém, devido ao contexto político e histórico de teor ditatorial,
nas décadas de 1960 e de 1970, o Conselho permaneceu como extensão dos poderes e
decisões do Estado, sem independência jurídica ou social. Somente a partir da
redemocratização do país, em meados dos anos de 1980, o Conselho assumiu sua vocação
autárquica, mostrando-se com maior autonomia em suas agendas políticas e profissionais.
Pode-se comprovar esse fato, pelas informações que constam atualmente no site do
Conselho Federal:
 
O Conselho Federal de Psicologia – CFP é uma autarquia de direito público, com
autonomia administrativa e financeira, cujos objetivos, além de regulamentar, orientar e
fiscalizar o exercício profissional, como previsto na Lei 5766/1971, regulamentada pelo
Decreto 79.822, de 17 de junho de 1977, deve promover espaços de discussão sobre
os grandes temas da Psicologia que levem à qualificação dos serviços profissionais
prestados pela categoria à sociedade. (CFP, disponível <
http://site.cfp.org.br/cfp/conheca-o-cfp/>, acesso 2013)
 
 
 
Em 1976, elegeu-se o segundo Conselho Federal, focado em fortalecer a imagem profissional
do psicólogo brasileiro, assim como também oficializar o exercício de fiscalização em relação
ao exercício profissional, sob uma Comissão de Fiscalização, fixada pela Resolução nº 3, de
27 de fevereiro de 1977.
Desde então, o Conselho Federal de Psicologia passou por diferentes momentos dentro do
contexto sociopolítico brasileiro. Entretanto, foi com a democratização e com a Constituição
Cidadã, em 1988, que esse órgão passou a seguir uma vocação mais crítico-social, criando
inúmeras Comissões pertinentes e comprometidas com a realidade brasileira. Atualmente,
encontramos as seguintes comissões permanentes:
§ Comissão de Direitos Humanos, criada pela Resolução CFP nº 11/1998 tem como atribuições: incentivar
a reflexão sobre os direitos humanos inerentes à formação, à prática profissional e à pesquisa em
Psicologia; intervir em todas as situações em que existam violações dos direitos humanos que produzam
http://site.cfp.org.br/cfp/conheca-o-cfp/
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sofrimento mental; participar de todas as iniciativas que preservem os direitos humanos na sociedade
brasileira; apoiar o movimento internacional dos direitos humanos; e lutar contra todas as formas de exclusão
que violem os direitos humanos e provoquem qualquer tipo de sofrimento mental.
§ Comissão de Análise sobre Título Especialistas, criada pela Resolução CFP nº 014/200, revogada pela
Resolução CFP nº 013/2007: criada para fins de concessão de credenciamento de cursos de especialista e
análise de recursos sobre títulos de especialistas. Essa comissão também tem a responsabilidade de
subsidiar o plenário do CFP para as diversas demandas relacionadas ao tema “Especialidades em
Psicologia”.
§ Comissão Nacional de Credenciamento de sites, criada pela Resolução CFP nº 003/2000, revogada pelaResolução CFP nº 012/2005: além de realizar avaliação dos sites que oferecem serviços de
Psicologia, apresenta sugestões para o aprimoramento dos procedimentos e critérios envolvidos nesta tarefa
e subsidia o Sistema Conselhos de Psicologia a respeito da matéria.
§ Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, criada pela Resolução CFP nº 025/2001, revogada pela
Resolução CFP nº 002/2003: integrada por psicólogos convidados de reconhecido saber em testes
psicológicos, tem como objetivo analisar e emitir parecer sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP,
com base nos parâmetros definidos nesta Resolução, bem como apresentar sugestões para o aprimoramento
dos procedimentos e critérios envolvidos nessa tarefa, subsidiando as decisões do Plenário a respeito da
matéria.
(CFP, disponível < http://site.cfp.org.br/cfp/conheca-o-cfp/>, acesso 2013)
 
Atualmente, no século XXI, segundo Pereira & Pereira Neto (2003), enfrentamos um período
de profissionalização mais madura, porém a Psicologia sofre com as alterações e crises sócio
econômicas, causando uma maior proliferação de faculdades de psicologia, a queda na
qualidade da formação e, ao mesmo tempo, uma degradação do valor do trabalho do
psicólogo no mercado de trabalho. Há novos espaços de atuação profissional que surgem
devido, inclusive, a uma crise mercadológica e epistêmica no cenário clínico. Surgem novos
dilemas éticos situados nos fenômenos intersubjetivos da contemporaneidade, desafiando a
categoria profissional a se rever continua e criticamente. Esse é o processo de
profissionalização aberto e ainda por ser feito, na prática cotidiana de uma profissão
relativamente nova em nosso país.
BIBLIOGRAFIAS BASICAS:
ANTUNES, M. A psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua constituição. São
Paulo: Ed Unimarco EDUC, 2005.
ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.
SOARES, Antonio Rodrigues. A Psicologia no Brasil. Psicol. cienc. prof. [online]. 2010,
vol.30, n.spe, pp. 8-41
 
Bibliografias Complementares
ANTUNES, M. A Psicologia no Brasil no século XX: Desenvolvimento Científico e
Profissional. In MASSIMI & GUEDES (orgs). História da Psicologia no Brasil: novos
estudos. São Paulo: Ed EDUC, 2004.
BERNARDES, L. História da Psicologia no Brasil. São Paulo: Ed Casa do Psicólogo, 2007.
http://site.cfp.org.br/cfp/conheca-o-cfp/
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BOCK, A. História da organização do psicólogo e a concepção do fenômeno psicológico. In:
JACO-VILELA,CEREZZO, RODRIGUES (org). Clio-Psyque hoje: fazeres e dizeres psi na
história do Brasil. RJ: Relume- Dumará. 2001, p 25-33.
COSTA, J. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Ed Graal, 1987.
PEREIRA e PEREIRA NETO. O Psicólogo no Brasil: notas sobre seu processo de
profissionalização. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v 8 , n.2, PP 19-27, 2003.
PESSOTTI, I. Notas para uma história da psicologia brasileira. In CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA. Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo: Ed Edicon, 1988.
SAVIANI, Dermeval. O legado educacional do “longo século XX” brasileiro. In: SAVIANI,
Dermeval ( et. al.). O legado educacional do século XX no Brasil. Campinas, SP: Autores
Associados, 2004.
VIDAL, Diana Gonçalves. Escola Nova e processo educativo. In: LOPES, Eliane Marta,
FIGUEIREDO, Luciano e GREIVAS, Cynthia (orgs.). 500 anos de educação no Brasil. Belo
Horizonte: Autêntica, 3ª. Ed., 2003.
 
Uma Reflexão Inquietante: Diante a apresentação histórica e contextual desse módulo
sobre a autonomização da Psicologia no Brasil e seu viés adaptativo e eugênico, de
que modo na atualidade, os psicólogos brasileiros podem e devem rever sua história e
transformar sua atuação com parâmetros mais éticos e comprometidos com a
sociedade?
Sugestão hipermidiática:
Visite o site da Memória da Psicologia junto ao Conselho Federal de Psicologia, escolha um
vídeo disponível e o relacione com o conteúdo do módulo, cabe a sugestão do vídeo Memória
do Projeto de Ulysses Pernambucano, disponível http://www.youtube.com/watch?
feature=player_embedded&v=dzsYlRp93uU, acesso nov/2013..
Projeto Memória da Psicologia Brasileira, disponível em
<http://site.cfp.org.br/multimidia/projeto-memorias-da-psicologia-brasileira/videos/>,
acesso nov/2013.
 
 Atividades Teórico-Práticas: 
I) Leia o texto de Soares (2010) e grife trechos que dizem respeito às funções do Conselho
Federal de Psicologia.
TEXTO BASE: SOARES, Antonio Rodrigues. A Psicologia no Brasil. Psicol. cienc. prof. [online]. 2010, vol.30,
Caderno Especial, pp. 8-41.
II) Crie uma linha do tempo a partir das informações disponíveis no texto base do Módulo,
identificando: eventos sociais, históricos e profissionais importantes na fase de implementação da
Psicologia como ciência no século XX, a criação do Conselho Federal de Psicologia e a constituição
dos Códigos de Ética.
 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=dzsYlRp93uU
http://site.cfp.org.br/multimidia/projeto-memorias-da-psicologia-brasileira/videos/
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Exercício comentado:
Sobre as idéias psicológicas brasileiras dos séculos XIX e XX, na fase de autonomização da
Psicologia Científica, Antunes ( 2006) afirma que possuíam:
I) a finalidade de conscientizar critico e socialmente o individuo diante o modelo de
desenvolvimento urbano-industrial.
II) a finalidade de adaptar o sujeito aos padrões de alta produtividade da época.
III) a finalidade de moralizar os sujeitos, nos padrões morais e éticos da elite brasileira,
excluindo os desordeiros, que não seguiam esses padrões.
IV) a finalidade de localizar o homem certo para o lugar certo no padrão organizacional e no
mundo do trabalho.
São corretas as afirmativas:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) III e IV
d) I, III e IV
e) III e IV
 
Comentários do exercício: o aluno deve ler o texto base do módulo e as citações realizadas a
partir de Antunes (2006), para compreender o viés hegemônico adaptativo e higienicista dos
saberes psicológicos no contexto brasileiro (séc XIX e XX) que possuía essa demanda:
manter o sujeito disciplinado e em alto padrão de produtividade. A partir dessa concepção,
percebe-se que o item I está incorreto, pois não se objetivava conscientizar criticamente a
população através das práticas psicológicas, mas mantê-la moralizada e disciplinada, como
está explícitos nos itens II , III e IV. Portanto, alternativa B é a correta.
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 1:
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Valendo-se dos altos índices de mortalidade infantil e das precárias condições de
saúde dos adultos, a higiene conseguiu impor à família, a partir do século XIX, uma
educação física, moral, intelectual e sexual, inspirada em preceitos sanitários. A
respeito do movimento higienista, segundo Antunes ( 2004), é incorreto dizer que:
A)
foi um movimento eugênico, onde se valorizava o embranquecimento da
população.
B)
foi um movimento libertário, que promulgava a constituição de um homem livre e
forte.
C)
foi um movimento violento de exclusão social, onde o anormal era identificado e
excluído em manicomios. 
D)
participava da idéia de limpeza étnica, onde o pobre, negro, sem cultura era
excluído da elite. 
E)
foi um movimento conservador do ideal estético e moral da elite brasileira. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 2:
 
Leia o texto:
No Brasil, o início das atividades psicológicas aplicadas deu-se posteriormente aos
países desenvolvidos. Surgiram em período de mudanças econômicas, sociais e
políticas, desencadeadas pela revoluçãode 1930, a qual inicia o processo de
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industrialização, absorvendo certas ideias em voga nos países desenvolvidos, e que
tinham na organização racional do trabalho uma de suas principais bandeiras. A
psicologia no Brasil, na década de 1930, ocupa-se em selecionar e a recrutar os
trabalhadores para diferentes cargos, no serviço público, nas indústrias e no comércio.
Nesse contexto, entendia-se que a avaliação objetiva das aptidões e das habilidades,
como um critério racional de alocação dos sujeitos no trabalho, promoveria, ao lado do
aperfeiçoamento técnico, uma adaptação mais harmoniosa e produtiva aos cargos e
funções.
MANCEBO, D., 2008 (adaptado).
Qual é a relação entre a demanda econômica do período e o início das práticas psicológicas
no Brasil?
A)
 
 A atividade econômica fomentou o desenvolvimento da psicologia de forma que fosse
possível identificar os indivíduos proativos adequados ao exercício dos cargos.
 
B)
 
A contribuição da psicanálise para o recrutamento e para a seleção foi significativa, por
ser capaz de identificar características dos sujeitos compatíveis com as demandas
organizacionais.
C)
 
 A psicologia começou a se constituir no Brasil, nesse período, como campo de
atuação, a partir do surgimento de centros de estudo e de aplicação, voltados para a
seleção de pessoal.
 
D)
 
 O aspecto econômico demandou do psicólogo uma posição critica quanto ao uso,
pelo capitalismo, dos seus instrumentos de avaliação psicológica.
E)
 
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 O início da profissão do psicólogo no Brasil ocorreu em 1962; portanto, tais práticas
devem ser consideradas como atividade de administração de empresa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 3:
Antunes (2006) indica que, no Brasil, a profissionalização e autonomização da Psicologia
inicia-se com a parceira da psicologia com outros saberes ainda no século XIX, que
apresentava um contexto sócio-histórico e político singular, no qual se tinha uma formação
social dependente e atrasada, mas, ao mesmo tempo, uma busca pela modernidade, pelo
caminho da industrialização. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE ELENQUE AS PRINCIPAIS
AREAS QUE FIZERAM ESSA INTERFACE NA PROFISSIONALIZAÇAO DA PSICOLOGIA:
A)
Medicina, Educação e organizacional.
B)
Educacão, Direito e Administração.
C)
Medicina e Educação.
D)
Organizacional e Teologia. 
E)
Teologia, medicina e educação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
E) 
A) 
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Exercício 4:
Com relação a regulamentação da PSicologia no Brasil, pode-se afirmar que:
 
 
Afirmativa I) A psicologia construiu-se nas relações que mantinha com o cenário liberal e de
base agrária, no qual os modelos de produção e consumo exigiam a padronização da
igualdade, resultado do auge da produção industrial, que requeria alto padrão de
produtividade.
 
POR CAUSA DISSO,
 
Afirmativa II) A Psicologia, em sua nascente, foi marcada pelas estratégias de controle de
variedade e produtividade, transformando-se em um saber de forte viés adaptativo.
 
Qual afirmativa destaca a relação entre essas duas afirmativas:
A)
 
 A afirmativa I está correta e justifica corretamente a afirmativa II.
B)
 
 A afirmativa I está incorreta e não justifica corretamente a afirmativa II.
C)
 
As duas alternativas estão incorretas e não guardam relação entre si
D)
 
A alternativa I está incorreta, a II está correta.
E)
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A alternativa I está correta e a II está incorreta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
B) 
E) 
D) 
B) 
A) 
Exercício 5:
A prática médica legal possuía uma atuação higienicista em pleno século XX no Brasil, o que
influenciou o modo como a PSicologia também atuava nessa interface. A partir disso, analise
as afirmativas a seguir e depois indique a alternativa que melhor assinale as corretas.
I) Essas práticas higienicistas dispersaram-se nas cidades, por meio de políticas públicas de
saneamento básico e atingiu a educação moral e física das famílias, que passaram a se
responsabilizar também pelos cuidados com a higiene pública e privada.
II) os pressupostos higienicistas articulavam-se com os princípios da eugenia e da limpeza
étnica, intimamente ligados com a cultura racista brasileira vigente.
III) as teorias da degenerescência e da eugenia nao extrapolavam os muros dos asilos e
hospícios, propondo ações de disciplinarização da sociedade e dos seus corpos familiares.
 
A partir disso, pode-se afirmar que as alternativas corretas são:
A)
I e II
B)
I e III
C)
II e III
D)
Apenas II 
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E)
Apenas III
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
B) 
C) 
A) 
Exercício 6:
( PROVA CFP 2010 PSICOLOGIA EDUCACIONAL) No Brasil, o reconhecimento da
Psicologia como área de conhecimento e prática profissional ocorreu em 1962.
No entanto, marcos históricos anunciam, no país, a presença da ciência
psicológia em interface à Educação entre o fim do século XIX e o início do século
XX. Vários aspectos desse cenário auxiliam a compreensão da história da
psicologia escolar no país. Analise as alternativas a seguir. 
 
I. As teses de conclusão de curso nas primeiras faculdades do século XX e as
disciplinas ligadas à ciência psicológica presentes nos cursos de formação de
professores são referências ao início da Psicologia no Brasil. 
II. A criação da primeira escala métrica de inteligência na França por Binet e sua
introdução no Brasil por Piaget, na última década do século XIX, constitui
o principal evento na história da psicologia no país. 
III. Entre 1930 e 1960, consolida-se o paradigma científico da Psicologia apoiado
na experimentação e no modelo das ciências da natureza à época. 
IV. A partir de 1980, coadunando-se aos movimentos de reorganização social e
política da sociedade brasileira, crescem os questionamentos e reformulações de
teorias, métodos e atuações nas produções e práticas da Psicologia, refletindo-se
 nas bases ideológicas da sua relação com a Educação. 
 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em: 
 
A)
I, III e IV
B)
I, II e III
C)
II, III e IV
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D)
III e IV
E)
I e IV
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
B) 
A) 
Exercício 7:
( PROVA CFP 2010- ESPECIALIDADE PSICOLOGIA ESCOLAR modificada)
Considerando a contextualização histórica da Psicologia Escolar, a partir da década
de 60, com a ampliação do sistema educacional em suas diversas modalidades e
consequentes solicitações por serviços de atendimento aos alunos, a Psicologia
passou a constituir-se como uma prática profissional mais sistematicamente
presente nas escolas. Marque a alternativa incorreta. 
 
 
 
A)
Participava de um projeto maior brasileiro na esperança de construir um país forte
e desenvolvido.
B)
Participava de um projeto de tonalidade cientificista e positivista, em que
laboratorios de Psicologia Experimental faziam parte das instituições educacionais.
C)
Participava de um projeto transformador do cenário educacional, com um viés
libertário, multiculturalista e democrático.
D)
PArticipava de um movimento de mudançasno plano educacional, em que o
cientificismo e os testes psicológicos faziam parte.
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E)
Participava de um projeto higienicista, em que o ideal do branco e europeu, culto
e civilizado era tido como meta a ser alcançada. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) 
D) 
E) 
C) 
Exercício 8:
No Brasil, e estudo dos fenômenos psicológicos deu-se desde os tempos coloniais,
aparecendo em diferentes áreas do saber através de algumas obras escritas. Em
relação às contribuições históricas da Psicologia, analise as afirmativas abaixo e
após assinale a correta.(0.8)
I. As primeiras contribuições para o estudo da Psicologia no Brasil são
oferecidas por médicos, em seus trabalhos de conclusão de curso e, a partir
de 1900 começam a surgir os laboratórios de psicologia em hospitais e
clínicas psiquiátricas.
II. As Escolas Normais tiveram seu lugar na história da psicologia brasileira, pois
através delas eram oriundas obras científicas. A Escola Normal de São Paulo,
criado o Laboratório de Psicologia Educacional.
III. A lei de diretrizes e Bases da educação nacional, lei nº 4.024, de 20 de
dezembro de 1961, estabelece disposições normativas, regulamentando, no
título a estrutura do ensino Superior e das Universidades.
IV. Em dezembro de 1971, a Lei nº 5.766, cria os Conselhos Federal e Regionais
de Psicologia, a qual consolidada dá aos psicólogos uma identidade
profissional.
V. O Conselho Federal de Psicologia oficializa em 1975 o primeiro Código de
Ética Profissional, reformulado em 1979.
Estão corretas:
 
 
A)
A) ( ) afirmativas I, II, IV e V
B)
B) ( ) afirmativas I, III e IV
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C)
C) ( ) somente afirmativa IV
D)
D) ( ) somente as II e V
 
E)
E) ( ) todas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) 
B) 
C) 
D) 
E) 
Exercício 9:
( PROVA ENADE 2012) O processo de consolidação da Psicologia como ciência
 autônoma no Brasil já estava em pleno desenvolvimento na segunda metade do
século XX. Com a aprovação da Lei nº. 4.119, de 27 de agosto de 1962, foi
reconhecida e regulamentada como profissão e área de conhecimento, o que
possibilitou a criação de cursos acadêmicos regulares.
ANTUNES, M.A.M. A psicologia no Brasil no século XX. In: MASSIMI, M.; GUEDES,
M. C.(orgs). História da psicologia no Brasil: novos estudos.São Paulo:
Educ/Cortez, 2004 (adaptado).
O período que antecede o marco histórico mencionado no texto caracterizou-se
por
I. intensa produção na área de Psicologia, ampliada e diversificada em suas
abordagens e seus campos de atuação.
II. farta produção de ideias nas áreas da Medicina e da Educação, desencadeada
pela busca de conhecimentos desenvolvidos em outros países.
III. práticas psicológicas desenvolvidas por médicos, sobretudo por psiquiatras,
assim como por graduados em Filosofia e Pedagogia, que se especializavam em
cursos de extensão e de 
pós-graduação na área de Psicologia.
É correto o que se afirma em
A)
I, apenas.
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B)
III, apenas
C)
I e II, apenas.
D)
II e III, apenas.
E)
I, II e III. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) 
B) 
C) 
D) 
E)

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