Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
T° ambiente : vasoconstricção, piloereção, dim. FR T° ambiente : vasodilatação e aum. FR Palpação externa: Avaliação subjetiva Dorso da mão Fatores prejudicam o correto julgamento da T° Termômetros clínicos: Digitais Auriculares Cutâneos Cuidados para uma aferição adequada da T°retal: Contenção do animal Termômetro: verificar pilhas e bateria Lubrificação, Introdução e Posicionamento Deve-se introduzir 1/3 do termômetro, com movimentos giratórios no esfíncter anal, deslocando-o lateralmente, mantendo contato com a mucosa retal; caso contrário, o termômetro ficará contido dentro da massa fecal, o que elevará a temperatura, devido à intensa atividade bacteriana. A temperatura interna pode ser aferida em várias regiões do corpo. Se o animal apresentar um tumor ou uma inflamação no reto (proctite), por exemplo: a vulva ou o prepúcio é outra opção. no entanto, em ambos os locais, os valores serão inferiores àqueles obtidos no reto. Causas de erro na aferição: Defecação e/ou enema recente Termômetro colocado dentro massa fecal Introdução pouco profunda do termômetro dentro do reto Pouco contato do bulbo com a parede do reto Mão do examinador x bulbo Termômetro deixado no reto por tempo insuficiente Funcionamento inadequado do termômetro Processos inflamatórios/neoplasias locais Penetração de ar no reto FISIOPATOLOGIA DA TERMORREGULAÇÃO: A manutenção da temperatura corporal normal depende do centro termorregulador (termostato), localizado no hipotálamo, o qual é sensível tanto às variações da temperatura corporal interna como da superfície cutânea. Nas vísceras e na pele, existem receptores térmicos que informam ao centro termorregulador hipotalâmico as respectivas variações existentes. Atua tanto na produção como na perda de calor: TÉCNICAS DE AFERIÇÃO DA TEMPERATURA: Pouco invasivo Baixo risco de dano à saúde do animal Rápida obtenção do resultado Baixíssimo custo financeiro A principal fonte de calor é derivada de processos metabólicos oxidativos, por meio de reações nas quais o oxigênio – utilizando como substrato os carboidratos, lipídios e os aminoácidos – determina a queima destes, com consequente produção de calor. Quando o animal está em repouso, os principais órgãos geradores de calor são o fígado e o coração; no entanto, durante o exercício, os músculos esqueléticos constituem o maior local de calor, contribuindo com cerca de 80% do calor total produzido. O QUE É TERMOMETRIA: É o estudo da variação térmica é de fundamental importância para se avaliar o estado geral do paciente e nunca deve ser desprezado pelo veterinário, pois apresenta algumas características desejáveis: HOMEOTERMAS PECILOTÉRMICOS: Os mamíferos e aves são classificadas como homeotermas, são capazes de, em condições de perfeita saúde, manter a temperatura corporal dentro de certos limites, independentemente da variação da temperatura ambiente. Já nos répteis, anfíbios e peixes, os mecanismos de ajuste da temperatura são rudimentares e, tendo em vista que sua temperatura interna apresenta grande variação, pois esta à mercê da variação ambiental. São classificados como pecilotérmicos. TEMPERATURA CORPORAL: A temperatura corporal dos animais é determinada pelo balanço entre o ganho de calor e sua respectiva perda, pelo equilíbrio entre dois mecanismos distintos chamados de termogênese (mecanismo químico que aumenta a produção de calor) e termólise (mecanismo físico que incrementa a perda de calor). TERMOMETRIATERMOMETRIATERMOMETRIA Andriely de Almeia @dicas.deumavet Variação nictemeral (circadiana): A variação entre as temperaturas matinais e vespertinas pode ser entre 0,5 e 1,5°C. Ingestão de alimentos: Aumento do metabolismo basal dos indivíduos e dos movimentos mastigatórios, aumenta 1 a 9 ºC décimos. Ingestão de água fria: Se ingerida em grandes quantidades, promove redução que varia de 0,25 até 1°C. Idade: Quanto mais jovem o animal, mais elevada é a sua temperatura interna, porque o centro termorregulador não está completamente desenvolvido e pelo elevado metabolismo. Sexo: Fêmeas no cio e em gestação apresentam temperatura mais elevada. Gestação: No terço final da gestação, pode ocorrer diminuição de até 0,5°C nas 24 a 48 h antecedentes ao parto, posteriormente, discreta elevação da temperatura durante a parição. Estado nutricional: Animais desnutridos tendem a apresentar temperatura discretamente menor, em virtude da diminuição do metabolismo basal. Tosquia: A irritação, aumenta a temperatura em até 2°C. Temperatura ambiental: Mudanças bruscas e acentuadas da temperatura externa são acompanhadas por alterações na temperatura interna dos animais. Esforços físicos: Elevam a temperatura de maneira significativa, em até 2,5°C. O exercício prolongado conduz a hipertermia grave e prejuízos no desempenho físico. Normotermia: Ocorre quando os valores da temperatura corporal do animal encontram-se dentro dos limites estabelecidos para espécie. Hipertermia: Consiste, basicamente, na elevação da temperatura corporal, sem que haja, no entanto, alteração no termostato hipotalâmico. Ocorre maior produção de calor, sem que haja aumento correspondente em sua perda. Origem não inflamatória. Os animais desidratados são mais propensos à hipertermia, pois a perda dos fluidos teciduais por transpiração ou sudorese estará reduzida. A hipertermia pode ser: de retenção de calor: ocorre quando a irradiação e a condução de calor estão reduzidas com relação à sua produção; costuma ser verificada em ambientes quentes e sem ventilação FATORES FISIOLÓGICOS TEMPERATURA CORPORAL: NOMENCLATURA TERMOMÉTRICA: de esforço: é causada por trabalho muscular exaustivo, que promove aumento acentuado de calor, sem que haja, naquele momento, perda correspondente. mista: é observada quando as hipertermias de retenção e de esforço ocorrem ao mesmo tempo. Se a termogênese (produção de calor) aumenta e a termólise (perda de calor) permanece normal, haverá hipertermia por produção de calor; Se a termogênese permanece constante ou inalterada e a termólise é insuficiente, haverá hipertermia por retenção de calor. Principais causas de hipertermia: Temperatura ambiente e umidade do ar elevadas Exercício Convulsões Desidratação Pelos ou lã em excesso Obesidade Confinamento Transporte sem ventilação adequada Irradiação: resulta na transferência direta de calor por ondas eletromagnéticas (raios térmicos) para o meio ambiente mais frio. Evaporação: consiste na transformação da água do estado líquido para o estado gasoso por superfície cutânea, vias respiratórias superiores e mucosas. Nos equinos e bovinos: sudorese. Os ovinos e os cães: ofego. Condução: a perda de calor ocorre por contato direto com o ambiente, tais como pisos, paredes e equipamentos. Convecção: é o processo de perda de calor para o ar ou a água junto à superfície cutânea. O corpo utiliza-se de vários mecanismos para dissipar o excesso de calor produzido e armazenado. A perda de calor ocorre principalmente no nível dos pulmões e da pele. Existem quatro mecanismos: HIPOTERMIA: É o decréscimo da temperatura interna abaixo dos níveis de referência, que ocorre por perda excessiva de calor ou por produção insuficiente, bem como pela introdução excessiva de toxinas, as quais paralisam a regulação térmica central. Andriely de Almeia @dicas.deumavet Anamnese Avaliação: postura, comportamento, estado nutricional, condição física, frequências respiratória e cardíaca, características dos linfonodos coloração de mucosas, temperatura retal, Respondendo a duas perguntas básicas iniciais: Como está a saúde geral do animal (leve, moderada ou gravemente alterada)?O provável local da doença é a pele, o tecido subcutâneo, o sistema linfático, o sistema cardíaco, o sistema respiratório, o sistema digestório, o sistema geniturinário, o sistema locomotor ou o sistema nervoso central? Finalizado o exame físico geral, deve-se fazer um breve resumo das conclusões relativas às informações obtidas durante: FEBRE: A febre (ou pirexia) é a elevação da temperatura corporal acima de um ponto crítico, e ocorre em decorrência do aparecimento de algumas doenças. Na maioria das doenças, a febre é benéfica, visto que a temperatura corporal elevada estimula a formação de anticorpos e outras reações de defesa e impede, a multiplicação excessiva de alguns microrganismos. rápida depleção do glicogênio hepático e aumento da utilização da proteína endógena, como energia, acentuando a perda de peso. a sudorese agrava a perda de líquidos e de eletrólitos, resultando em desidratação e desequilíbrio eletrolítico graves. quando a temperatura corporal ultrapassa 42,5°C, a função celular fica seriamente prejudicada e há perda de consciência. o pirógeno endógeno estimula a liberação do ácido araquidônico com subsequente síntese de prostaglandina, alterando o ponto de equilíbrio do centro termorregulador; o efeito do ácido acetilsalicílico e flunixino, que são fármacos bloqueadores da ciclo-oxigenase, é exercido diretamente sobre o hipotálamo, inibindo a liberação de prostaglandina e/ou de seus precursores; Febre séptica: é produzida por substâncias pirogênicas de origem microbiana. O processo infeccioso pode ser localizado ou generalizado. Febre asséptica: não está relacionada com a ocorrência de infecções e é causada por agentes físicos (queimaduras), mecânicos (traumas) ou químicos (vacinação, alergia, anafilaxia de origem medicamentosa). Febre neurogênica: ocorre, como resultado de convulsões e contrações musculares (epilepsia, compressão do hipotálamo por neoplasias). O traumatismo da medula espinal, especialmente no nível de região cervical, produz febre de origem irregular, pelo fato de provavelmente afetar as vias sensitivas e efetoras do hipotálamo. Contudo, os seus efeitos são mais nocivos que benéficos, o aumento da velocidade de todos os processos metabólicos (em até 50%) causa: PATOGÊNESE DA FEBRE: O pirógeno exógeno causa febre por liberação de citocinas ou de pirógenos endógenos (interleucinas-1 e 6) que são armazenados e liberados pelos leucócitos, macrófagos, monócitos e células de Kupffer, da medula óssea, pulmão, fígado e baço, os quais alteram o ponto fixo do centro termorregulador no hipotálamo. Duas hipóteses são indicadas para o envolvimento da prostaglandina E2: 1. 2. A febre pode originar-se de várias causas: Mucosas: congestão (vasodilatação). Secas, sem brilho, em uma tentativa de reter água. Pele: seca e sem brilho. Focinho: seco. POR QUE A FEBRE É CONSIDERADA UMA SÍNDROME? Apresenta, além da elevação da temperatura, as seguintes alterações: Andriely de Almeia @dicas.deumavet Sistema circulatório: taquicardia; aumento de 10 a 15 batimentos cardíacos/min, para cada grau elevado. É possível ouvir sopros cardíacos funcionais em virtude da rápida passagem do sangue pelas válvulas. Sistema respiratório: taquipneia; é a resposta do organismo com duplo objetivo: (1) perda de calor pela respiração e (2) oferta de maior volume de oxigênio às células e aos tecidos, agora mais necessitados, em virtude das combustões orgânicas e eliminação de CO2 , pelo aumento do metabolismo. Na maioria das espécies, quando a temperatura retal chega a 41°C, a dispneia é acentuada, acompanhada de convulsões e, posteriormente, coma. A morte pode ser observada em animais com temperatura variando entre 41,5 e 42,5°C Sistema digestório: defecação reduzida, desde que a causa da febre não tenha origem digestiva; polidipsia compensatória Sistema urinário: oligúria Sistema nervoso: animal deprimido. Ascensão ou de aparecimento: Corresponde ao período de invasão do agente mórbido. Quando o ponto fixo do centro termorregulador aumenta e alcança um nível acima do normal, todos os mecanismos para a elevação da temperatura corporal são ativados, incluindo a conservação de calor e o aumento de sua produção. O corpo se ajusta como se aquela fosse a sua verdadeira temperatura. Com isso, ocorre vasoconstrição periférica e o animal demonstra frio e tremores. Acme (“fastígio”): quando a temperatura alcança seu limite máximo, determinando, até certo ponto, a estabilização térmica; os tremores desaparecem. Defervescência: quando ocorre o declínio da temperatura. É possível observar decréscimo por lise (queda lenta e progressiva da temperatura/pode demorar alguns dias) ou por crise (a temperatura retorna ao normal em poucas horas). O episódio da febre pode ser dividido em três fases: 1. 2. 3. Remitente: a temperatura permanece elevada durante grande parte do dia (geralmente maior que 1°C), caindo em intervalos de tempo curtos e irregulares, sem voltar aos valores normais Intermitente: os períodos de pirexia perduram por um ou vários dias, sendo intercalados por períodos normotérmicos ou hipotérmicos Atípica: apresenta curso irregular, às vezes com grandes oscilações de temperatura em um mesmo dia. Completo Atenção especial aos órgãos que indicam a localização da doença Minucioso Sintomas inespecíficos (apatia, hiporexia) Episódio febril prolongado Duração e periodicidade da febre Remitente ou intermitente Quando começou Hora do dia em que aparece Houve contato com animais doentes Vacinas ou outros medicamentos Avaliação dos linfonodos INTENSIDADE DO PROCESSO FEBRIL: Em todos os casos, o retorno da temperatura deve ser acompanhado pela normalização do pulso ou da frequência cardíaca, visto que se trata de um excelente parâmetro para avaliar a evolução do processo febril. Se a queda da temperatura for acompanhada pela diminuição do pulso e da frequência respiratória, esse tipo de declínio tem significado favorável, pois conduz à melhora do estado geral do animal. Caso ocorra diminuição da temperatura para os limites normais, mas o pulso e a frequência respiratória permaneçam elevados, isso indica colapso circulatório, com prognóstico reservado. No entanto, nos casos em que a temperatura cai e o pulso sobe (colapso álgido), o prognóstico é desfavorável (ruim) e é prenúncio de morte. EXAME FÍSICO DO PACIENTE FEBRIL: ANAMNESE DO PACIENTE FEBRIL: Simples ou típica: acompanha os três estágios previamente descritos, com a temperatura permanecendo elevada, mas variando em pequenos limites (até 1°C). A temperatura permanece alta por vários dias, podendo cair em virtude da recuperação ou da morte do animal TIPOS DEFEBRE: Andriely de Almeia @dicas.deumavet
Compartilhar