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Direito Empresarial

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03/02/2014
	Bezerra Filho, Manoel Justino
	Coelho, Fábio Ulhoa
	Tomazete, Marlon
	Lei 11.101/05 = é o espelho do direito empresarial. Do art. 1 ao 46 ela tem disposições gerais, tanto para recuperação quanto para falência, principalmente a partir do art. 6. Do art. 47 ao 72 já temos a recuperação judicial ordinária e a especial (micro empresas e empresas de pequeno porte). O especial é facultativo e mais barato, ou seja as ME e EPP podem optar por ela, mas a dívida trabalhista não entra no especial. No art. 73 e 74 fala-se em convolação (transformar), que é quando a recuperação não dá certo, ela é transformada em falência pelo juiz, dentro do mesmo processo. No art. 75 até o 160, já temos a falência. {A primeira avaliação será até o art. 72!).
Depois, do 161 ao 167, é a recuperação extrajudicial = já foi testada no Brasil em outros momentos, mas não deu certo. Agora em 2005 ela voltou. Até agora não tem sido muito funcional, pois ela traz homologações obrigatórias. O plano na extrajudicial é feito antes. Do 168 a 188 é a parte penal. Já o 189 fala da aplicação do CPC. Entrando com a recuperação e este não atende ao requisitos da lei, há o prazo para emendar (antigamente convolada direto em falência). Hoje não é assim. 
Ver texto do Malheiros = das pessoas sujeitas e não sujeitas a lei 11.101/05. {Empresário = sujeito de direitos, aquele que irá pedir a falência ou recuperação (ou seja, sociedade simples não pode) // Empresa = visa a preservação da empresa, e não do empresário. A empresa aqui é no sentido de ATIVIDADE. / Estabelecimento = dentro da recuperação ocorrerá a venda de certos estabelecimentos, não há a venda da empresa e sim de estabelecimentos, que é um complexo de bens organizado para exercício da empresa. 1.142 do CC}
No conceito do art. 75, a falência visa a preservar a utilização dos ativos, inclusive os intangíveis. Falência também preserva a empresa. 
06/02/2014
	Os sujeitos da recuperação judicial, da recuperação extrajudicial e da falência
	O regime do direito anterior – Dec – Lei 7661/45 = era uma legislação que tinha um perfil pró-credor. Então não interessava função social, e sim para liquidar. A lei nova, já possui uma natureza recuperacional, é uma legislação não pró-credor nem pró-devedor, e sim o equilibrio. A nossa lei nova não é pró-credor como a antiga lei, mas também não é só devedor, pois senão os credores ficariam chupando dedo, eles quebram também. O art. 47 da nova lei, diz que a recuperação visa a superar a crise, a fim de manter a fonte produtora, o emprego dos trabalhadores e os interesses dos credores, mas não é mais como em 1945 quando o credor estava em primeiro lugar. (www.iamg.org.br // boletim). Se eu preservo o mercado, eu vou preservar as empresas, mas se eu preservo a empresa, talvez eu esteja prejudicando o mercado por manter uma empresa frágil e deficiária. 
	Esta lei somente se aplica ao empresário, individual ou uma sociedade empresária. A lei está errada, deveria ser qualquer atividade econômica. Um médico não pode, uma cooperativa não pode. A falência estão é específico para o direito comercial, somente para quem for considerado empresário e comerciante. Associações e fundações não partilham do lucro. Toda a sociedade tem finalidade lucrativa. Sociedade simples e cooperativa NAO ENTRAM AQUI na recuperação judicial. Alguns entidades, como seguradoras, tem legislações próprias. 
	O empresário – art. 966 CC
	art. 1 da lei 11101/05 
	Empresário individual = é aquele que exerce atividade em nome próprio, a firma individual a partir do 1156 do CC. O patrimônio de sua empresa se confunde com o seu, tirando o bem de família. Para fins tributários, ela é pessoa jurídica. Por ser muito caro, a recuperação judicial não é pedida pelo empresário individual. Não entram os profissionais liberais.
	sociedades empresárias = está fora a sociedade simples e a cooperativa. Nas empresárias, temos a nome coletivo (1039); comandita simples (1045); LTDA (1052); S/A (1089 e lei 6404/76) e comandita por ações (1091 e lei 6404/76). Preciso estar registrado na junta COMERCIAL há mais de 2 anos para pedir recuperação judicial. (cuidado então com as nome coletivo e comandita simples, que podem estar na registro civil, por serem civis e não comerciais...) Ou seja, apareceu CARTORIO, não dá, tem que ser JUNTA. Cuidado com a LTDA também, pois o tipo de atividade pode não ser empresaria...pode ser intelectual, então não caberia recuperação judicial. Mas na falência dá, pois a falência é para o empresário do art. 966, o registro de empresário não é constitutivo, é declaratório, para ser então um empresário regular. Então a falta de registro na junta não impede sua falência. A recuperação então o empresário tem que estar regular! Ele precisa estar registrado. Agora, se ele exerce uma atividade, uma padaria, se estiver sozinho será considerado individual. Se estiver com outro, sociedade comum, pois estava irregular. Pode-se pedir a falência deles. Nao é necessário o registro para o decreto de falência. (art. 973) = para ser empresário não preciso estar na junta. 
SA e comandita por ações = são todas empresárias. 982 CC, parágrafo único; art. 2 §1 da lei 6405/76 = SEMPRE SAO EMPRESARIAS. Se tenho uma clínica médica S/A, poderá ocorrer a recuperação judicial, mesmo sendo atividade intelectual? SIM, pois ela é S/A. O tipo atrai, independentemente do objeto, se é S/A, já era o resto. A S/A sempre é empresária. Agora, clinica médica LTDA = não pode! Pois é atividade intelectual e sendo limitada, não é empresária, fica no direito civil. Ou seja: mudando o tipo de sociedade, muda a resposta. 
Sociedade simples no CC tem 3 funções: I - normas gerais, art. 997 a 1038, ela funciona como disposições gerais; II - tipo societário art. 997 (deverá responder com seu patrimônio particular ilimitadamente, bobagem fazer isso) ; III – gênero de atividade, art. 983 CC (a sociedade simples é do direito civil, serve como gênero de atividade. A sociedade empresária deverá ser constituída em um dos tipos do 1039 até o 1901 – um dos cinco tipos de sociedade. Agora, a simples poderá se constituir segundo um destes tipos. Se não escolherem, serão regulados pelas normas gerais somente. Ou seja, quem exerce atividade não empresária pode optar por qualquer sociedade. Seu registro é que irá depender: se for S/A ou SCA, o registro será na junta comercial. Os demais, no cartório)
Se minha atividade é empresária, posso escolher qualquer das 5, e o registro SERA NA JUNTA. Agora, se minha atividade é intelectual, posso escolher as 3 primeiras e meu registro será no CARTORIO. Se escolho as duas últimas, meu registro será na JUNTA mesmo sendo intelectual.
	Atividade intelectual – art. 966 §único. 
	Atividade rural – art. 971 e 984. = tem a opção de escolha quiser ser regulado pelo direito empresarial ou direito civil. Se estiver na junta, é empresarial. O registro então na junta o equipara a empresário. Não seria um constitutivo, pois empresário não precisa de registro, é pela atividade que se verifica. Assim ele se EQUIPARA ao empresário. Assim poderá ser registrado na junta se quiser optar pelo direito empresarial, tendo o beneficio das recuperações judiciais e extra, mas a desvantagem da falência.
10/02/2014
Excluídos da incidência da lei 11.101/05
	a) Exclusão Geral = vimos o art. 1, que fala que se aplica ao empresário (966 do CC). Em razão do art. 1 da lei, temos que saber que não é empresário. Tem que verificar quem não é empresário. Sociedade simples, cooperativa, atividade rural = pois não são empresários. 
O 966 do CC, parágrafo único, fala da atividade intelectual = está fora da 11.101/05. Temos também o 982, parágrafo único (cooperativa) = também está fora, por não ser empresária. Temos também o artigo 971 e 984 (atividade rural) = também estão fora. {atividade intelectual, cooperativa e rural}
Quando falamos em sociedade simples, como gênero, engloba todas as demais. A sociedade simples terá sempre como objeto uma atividade não empresária, como uma clínica médica. 
Falamos também que algumassociedades, como a C por ações e as S/A, o tipo atrai! Então, eu terei a incidência da lei, mesmo em atividades intelectuais, por exemplo. 
Como a LTDA é a mais utilizada, terei LTDA no cartório ou na junta. As S/A e as comanditas elas tem que estar na Junta, portanto não há perigo, elas terão incidência. 
Falência é somente para atividades empresariais. 
	b) Exclusão Específica = mesmo sendo empresários, a lei retira. Art. 2 da lei 11.101/05. 
		b.1) Total = art. 2, I = quando falamos total, não se aplica nenhuma das recuperações, nem a falência. Inclusive, o próprio caput já dá uma direção. Não se aplica a EP (capital todo do Estado) e SEM. Exclusão TOTAL = CEF, Correios. A EP está fora da lei, não interessa a sua atividade. Apesar da personalidade jurídica ser de direito privado, no art. 173 da CF. Estas entidades tem um misto de direito privado com direito público, seja no uso da 8.666/93 para licitar, seja realizando concurso público, mesmo tendo seus funcionários em CLT em alguns casos. A SEM, em seu art. 235 a 242 (revogado), na lei 6494/76. Ela é criada com autorização legislativa, mas ela não é criada por assembleia ou escritura pública. Mas a SEM, que é S/A, depois de criada, é levada a registro na Junta. O controle das SEM é do governo. Mas o capital privado quer lucro, e o governo tem outros interesses com a SEM (caso da Petrobras). Portanto, quando você é acionista de uma SEM, você esta sujeito a desvalorização por ingerências do governo. 
Dizia-se que a SEM, antes de 2001, existia um artigo que dizia que a SEM não está sujeita a falência. Em 2001, quando foi revogado, ficou-se de 2001 a 2005 sem a exclusão específica. Houve discussão na doutrina acerca da exclusão ou não da SEM da falência. Só que a justiça e a doutrina em peso nunca aceitaram isso. Depois de 2005 volta uma exclusão específica, com a lei 11.101/05. 
		b.2) Parcial = O legislador veio primeiro dizendo “nao se aplica esta lei”. Todavia, no art. 197 da mesma lei, há as disposições transitórios. Portanto, enquanto não forem criadas leis específicas, a 11.101 atuará subsidiariamente nas atividades presentes no art. 2, II, se referindo também aos planos de saúde. Ex: a lei 6.024 se refere às instituições financeiras, aplicando-se a bancos, cooperativas de crédito, etc, sendo alvo de intervenção do BACEN.
Então, temos algumas atividades que não podem pedir recuperação judicial, TODAS DO ART. 2, II, incluindo o plano de saúde. Mas o plano de saúde está sujeito à intervenção da ANS. É a própria ANS que tenta a recuperação. Nas seguradoras, cabe à SUSEP. Atividades de Previdência também está sujeitas. Se a ANS entende que não há como realizar a cessão das carteiras, a ANS pode pedir a falência. Não pode um particular pleitear tal falência, pois é por lei específica. 
Portanto, cada uma das entidades do art. 2, II possuem leis específicas, atuando a 11.101/05 de forma subsidiária, de acordo com o art. 197 da 11.101/05. 
Tem um ponto no art. 2, II = cooperativa de crédito. Tem uma divergência entre a doutrina. Malheiros entende que a cooperativa de crédito está sujeito a falência, pois ela se equipara a instituição financeira (SICOB, bancos de cooperativas de crédito). Estes bancos, como são cooperativa, e equiparados a instituição financeiras, caberia a lei 6.024 e a própria intervenção do BACEN. O que influência nos bancos, influenciaria também nas cooperativas de crédito. Todavia, no CC, no art. 1093 até o art. 1096, além da lei 5764/71 há normatização acerca das cooperativas. No CC, diz que a legislação especial é que predomina. Há então um regime próprio de cooperativas na lei 5764/74. Mas como elas são de crédito, aplica-se também a lei 6024/74. Nesta lei há uma autorização para que o liquidante peça a falência, em caso de crime ou no caso dos ativos não terem como pagar os passivos. Sendo cooperativa de crédito, ela não se enquadra como empresário, por conta do art. 982, parágrafo único do CC, ela não é empresária! Mas, Malheiros diz que ela se equipara às instituições financeiras, podendo ter uma falência então, pedida pelo liquidante e autorizada pelo BACEN. Até hoje, não há nenhum caso prático disso. Mas, pegando pela exclusão geral, nenhuma delas realmente faz jus à falência, nenhum cooperativa faria jus, pois o CC retira seu caráter de empresária. Mas, se você entender que o CC é lei geral, no caso das cooperativas de crédito há uma lei específica, que autoriza o uso da falência, pois a cooperativa de crédito teria uma lei específica. 
Quando uma cooperativa está em dificuldades, há uma incorporação das dificuldades por outras cooperativas. As cooperativas de crédito tem o FGD, o fundo garantidor de depósito. Já os bancos tem o FGC, que até 250 mil você consegue retirar do banco. Caso um banco do sistema entre em dificuldade, o FGC entra para salvar. É um seguro mútuo. Com o FGD, é muito parecido com o FGC. Evita a intervenção do BACEN o uso do FGD pelas cooperativas bem como a incorporação das demais cooperativas. 
		OBS: Companhias aéreas = art. 198 e 199. Lei 11.101/05. Não há exclusão. Quem não podia pedir concordata na legislação anterior, não poderiam pedir recuperação judicial. Ex: as companhias aéreas. As companhias áreas eram excluídas da concordata. Mas houve uma ressalva! Portanto, atualmente, todas as companhias áreas podem pedir recuperação judicial, extra e estão sujeitas à falência.
13/02/2014
		A lei de recuperação de empresas e falências: principios e prioridades
	Disposições preliminares da lei 11.101/05 (art. 1 ao 4)
	a) destinatários da nova lei (art. 1 ao 2)
	b) regra geral de competência (art. 3)
	c) intervenção do MP.
A lei 11.101/05 atende mais aos interesses do devedor, deveria proporcionar um equilibrio. Deveria ter um dualismo pendular. No art. 47 = ler. O legislador elegeu como prioridade manter a fonte produtora, a empresa. O objetivo da lei antiga era favorecer ao credor. Esta lei, como segunda prioridade é manter o emprego dos trabalhadores. Uma das críticas a nossa lei é a ingerência social excessiva. Em terceiro lugar, aqui no art. 47, vem o interesse dos credores. Será que esta é uma ordem a ser observada? O ideal seria buscar um equilíbrio, pois os credores precisam receber para também manter a sua empresa e seus empregos, pois senão eles é que daqui a pouco estarão se utilizando da recuperação. Por isto que ela, antes de mais nada, é negociação. Na prática, quem conduz o processo são os credores. Pois o credor poderá negar na assembleia a proposta dos devedores. A doutrina considera uma ordem de prioridades a forma como está no art. 47, mas se deve buscar SEMPRE o equilibrio.
A concordata era imposta! Por isso que os credores não gostavam....mas a ordem da lei atual, se respeitada inexoravelmente, ela retira o caráter negocial da lei, o dualismo pendular. 
Princípio da preservação da empresa, princípio da função social da empresa, O art. 47 traz um perfil mais institucional da empresa.
{O espirito da lei é proteger a função social da empresa = LER NO SGA}
Art. 3 = O principal estabelecimento = pode ter uma empresa aqui em BH, uma filial em Contagem, no Vale do Aço. Não quer dizer que o principal estabelecimento seja aquele em que esteja no contrato social. Pode ser, claro. Mas não necessariamente o que eu vejo no papel. O principal é onde estão concentrados as principais direções da empresa e seus principais bens. O principal estabelecimento tem que ser visto caso a caso. Estabelecimento = 1142 do CC. A competência é relativa ou absoluta? Ver os acórdãos SGA. A competência é ABSOLUTA em razão da matéria, ela não prorroga, o juiz pode de ofício declinar a competência.
O MP não tem que dar palpite mais. É o art. 4, que está vetado. Não há vista mais ao MP.
17/02/2014
	2 – Disposições Comuns à recuperação judicial e à falência
		2,1 – Obrigações não-exigíveis
		2,2 – Da suspensão da prescrição e das ações
Art. 5 = foi reproduzido com pequenas mudanças. Tudo o que falar aqui se refere a falências e a recuperação judicial. Não podem ser habilitadas na falência nem na rec. Judicial,não podem ser exigíveis. I – obrigações a título gratuito (vamos supor que o devedor empresário faça um grande evento para fazer uma doação a uma creche, 200 mil reais. Na semana seguinte, tem a falência decretada. Não pode a creche tentar haver o valor, habilitando-se, tanto na falência quanto na recuperação. Caso contrário seria fácil fraudar. Assim, todas as obrigações a título GRATUITO não podem ser exigidas na falência ou rec. Judicial. O empresário tem que ter uma contraprestação, caso contrário será uma obrigação não-exigível. II – as despesas que os credores tiverem para tomar parte na falência ou re. Judicial. Esta despesa não poderá ser cobrada do devedor na falência ou rec. Judicial. Cada credor arca com as suas despesas. Se o credor perde o prazo da habilitação, a lei diz que ele deverá se habilitar em juízo, tendo custas processuais sobre o valor do crédito. Exceção = salvo se houver litígio com a massa falida. Ex: o administrador, no momento da habilitação pelo credor, impugna o valor solicitado pelo credor. Os custos DESTE procedimento em específico, poderão ser recebidos (incluindo honorários advocatícios) por meio da habilitação. O advogado é que deverá se habilitar, não é o credor que deverá se habilitar para receber os honorários, estes decorrem da regra de sucumbência do CPC. (RESPE 1197177 – RJ/13). A lei anterior falava que não podia cobrar do devedor a prestação alimentícia. Todavia, não há esta previsão na nova lei. Para o empresário individual, não há o problema, pois a responsabilidade é DELE. 
Art. 81 = os sócios também serão considerados falidos. No caso de uma sociedade em nome coletivo, o patrimônio dos sócios TODOS também será arrecadado. O filho poderia se habilitar em falência ou rec. Judicial em empresários que tenham responsabilidade ILIMITADA, pois tudo seria uma coisa só!
Art. 6 = será aplicado a partir da decretação da falência que está em seu art. 99. Suspende-se (não é interrupção) o curso da prescrição e de todas as ações execuções em face do devedor. Ocorre também o deferimento do processamento da Recuperação Judicial, em seu. Art. 52. O juiz não está CONCEDENDO a recuperação, mas sim deferindo o PROCESSAMENTO. {o juiz DEFERE a INICIAL!!}. Art. 157. A prescrição que ficou suspensa recomeça quando começa a falência. Já a recuperação judicial tem outra regra. As ações suspensas são aquelas que já tem o valor acertado. Aqueles que ainda precisam ser acertadas o valor, serão acertadas na Vara de origem e depois levadas à Vara Empresarial.
A regra geral das ações no §6 é que suspendem todas as ações, mas existem as exceções. 
Os credores particulares dos sócios solidários também sofrem as ações do art. 6. O sócio solidário é sócio de comandita simples, por ações ou nome coletivo. (1039, 1045 e 1090 CC). Portanto, se o devedor principal pede a recuepração judicial, o credor poderá executar os avalistas do crédito. Porém, se os avalistas são 'SOCIOS do devedor principal, de acordo com a lei, a ação autônoma contra os avalistas seria suspensa também, de acordo com a lei. Porém, o STJ já disse que não é assim, não suspende a ação autônoma, pois com os avalistas não incide esta regra, o aval é independente e autônoma. Art. 49 §1. Assim, o credor poderá optar por “entrar na fila” da rec, judicial e cobrar do devedor principal, ou então cobrar dos avalistas do devedor em ação autônoma, mesmo estes avalistas sendo sócios do devedor principal. 
Ainda no art. 6, §1 = somente ações com valor acertado vao pra Vara Empresarial. O que ainda precisa ser definido, continuará na Vara de origem. O credor poderá pedir a “reserva”. 
§2 = será falado na impugnação, mais adiante.
§3 = é a “reserva”. 
§4 = Na falência, durante o curso do processo. Na rec. Judicial, 180 dias. Se tenho uma mandado para retirar uma máquina, deverei esperar 180 dias, pois a ação está suspensa pela rec. Judicial. RESPE 113001 – DF. O STJ já legitimou a prorrogação do prazo.
§6 e §7!! = Ação Fiscal não é suspensa. 
§8 = prevenção do juízo!
20/02/2014
Continuação art. 6, §7.....
	Suspensão indireta das execuções fiscais – RESPE 1.666.600 – RJ
		– Verificação e habilitação de créditos
	 - Impugnação de créditos
No art. 6 há um prazo de suspensão de 180 dias na recuperação, o STJ já tem mitigado a expressão “improrrogável”. Hoje já tem prorrogado... Na falência, fica suspenso no curso do processo, depois do encerramento da falência termina a falência. O STJ já entende que são os próprios credores que estão demorando na assembleia, o devedor não poderia sair prejudicado. 
Outro ponto do art. 6 são as obrigações trabalhistas, que deverão ser resolvidas na J do Trabalho. Se tiver o valor, ele pega a certidão e pode se utilizar da lei. Também os valores ilíquidos, que deverão ser acertados no juíz competente, e depois fazer a habilitação. A lei, todavia, autoriza a reserva, para resguardar os bens. 
§7, Execução Fiscal = não entram, não estão sujeitos à recuperação judicial. O fato do devedor entrar em recuperação, o fisco não participa, ele continua executando da mesma forma. O STJ tem trabalhado com a “suspensão indireta” das execuções fiscais = as execuções fiscais não se suspenderão, ou seja, a concessão da RJ não tem influência na execução fiscal, todavia, são vedados atos judiciais que inviabilizem a RJ. Por isso a execução fiscal PODE ser suspensa, caso haja tentativa de penhora de um bem essencial à RJ, pois irá afetar a preservação da empresa. Assim, seria como não se tivesse bens à penhora, a execução fiscal ficaria suspensa. 
	2.3) art, 7 ao 20 = quando o juiz defere o processamento da RJ ou decreta a falência, são duas decisões, que vem no art. 52 e 99. 
Art. 7§1 = as habilitações são incidências processuais. O prazo para habilitar é de 15 dias. O art. fala de habilitações e divergências = aqui diz que há 15 dias de prazo par apresentar ao adm. judicial habilitações e divergências. Na RJ quando o devedor pede a recuperação (art. 48 c/c 51) a petição inicial tem que trazer a relação de credores. Tendo a relação de credores, o credor presente lá só teria que ratificar sua posição, trazendo seus documentos.Agora, pode ser que os valores estejam divergentes, devendo ser alegadas perante o administrador judicial = . O legislador criou uma fase de desjudicialização. As habilitações e divergências são feitas diretamente com o administrador. Quem respeita o prazo não tem custas judiciais, pois o procedimento é administrativo, não há processo. Agora, se há a perda do prazo, deverei habilitar em juízo, arcando agora com custas judiciais. {quando decreta a falência, o devedor precisa mostrar ao juiz a relação de credores. Agora, na RJ, um dos requisitos da petição é apresentar a relação de credores!} A impugnação é procedimento judicial....já a divergência é procedimento administrativo. No mais, são sinônimos. 
§2 = é a primeira lista. Feita após os 45d após o prazo de 15d. Esta relação ainda não é o quadro geral de credores. O administrador não tem competência para verificar créditos trabalhistas. Ler. Art. 6, §2. O adm não tem competência para modificar valor de crédito trabalhista. Ele não verifica crédito trabalhista, somente recebe habilitação. 
Art. 8 = a impugnação aqui é para o juiz. Veja que aqui já existem novos legitimados. A impugnação aqui é processo, devendo ser em autos separados. Se nínguem impugnar, em 10 dias, a relação de credores feita pelo administrador, transforma-se no quadro geral de credores. SE alguém impugnar, o juiz decide para depois homologar o quadro.
Estudar bem o art. 17 = agravo de instrumento. Poderá conceder, o juiz, os efeitos suspensivos ou a tutela antecipada.
Art.s 9, 10 e 19. = Ler também! O 9 diz o que deve constar na habilitação. No art. 9 inciso II, marcar a palavra “origem”. Se for título de crédito, eu não preciso provar a origem, mas para efeitos de reabilitação, mesmo que eu seja um terceiro, o endossatário, eu PRECISO indicar a origem, para provar que não é fraude. Se fosse em execução, eu não precisaria....mas na RJ e na falência, é necessário!!O princípioda abstrçaão dos titulos de credito fica mitigado. O 10 cai em prova!!! = são as consequencias quando se perde o prazo de 15 dias. Ele ainda pode habilitar, mas será habilitado como retardatário. Elas serão realizadas perante o juiz, no rito da impugnação. Eles não participam da assembleia, não votam, com exceção dos trabalhistas. §3 = não tem direitos ao que já foi feito, o rateio, devendo esperar o outro rateio, e deve pagar ainda custas para habilitar (cada Estado tem uma tabela de custas). NO §6, o atraso ainda é maior, pois chegou agora DEPOIS que o juiz homologou o quadro, é pior que o §5= tem que entrar com ação ordinária para retificar o quadro, uma inclusão de crédito. Caso tenham descoberto fraude, utiliza-se do 19 = poderá pedir a exclusão, retificação do crédito, por meio de procedimento ordinária. É como se fosse uma ação rescisória do quadro de credores, com fundamento em dolo, em um ato fraudulento.
Assim = habilitação = 15 d no administrador. Passou 15 d, é retardatário. Se for após 15 d antes de homologar segue o rito da impugnação. Se for após o quadro, segue o rito ordinário. Se for muito tempo depois do quadro, por conta de fraude, usa-se o art. 19, em processo em apenso. 
24/02/2014
3) Da administração da recuperação judicial e da falência (art. 21 ao 46) = legitimidade X poder. Temos muitas partes interessadas na recuperação da empresa. E estas partes possuem legitimidade e poder. O problema é o choque entre poder e legitimidade, os órgãos se confrontam. O juiz possui legitimidade, sempre as últimas decisões ficam com ele. Além do juiz, o devedor também possui legitimidade, pois é ele quem requer a RJ, tem a sua falência decretada etc. A partir do momento em que se considera empresário, ele se torna parte legítima, podendo também recorrer de decisões e acompanhar todo o processo. (Art. 103). Na falência, o empresário fica afastado, mas não morto. Seus bens não poderão ser mais administrados, mas poderão ser defendidos, caso esteja sendo feito uma alienação por valor irrisório etc. Além disso, os credores também tem legitimidade, a partir do quadro geral de credores (QGC). A partir do momento em que eles se habilitam, eles passam a ter legitimidade para atuar. Art. 56§4 = questão da aprovação do plano de recuperação. Se o plano for rejeitado pelos credores, o juiz decretará a falência. Todavia, a própria lei criou um dispositivo para que o juiz aprove o plano. Veremos isso adiante no art. 58, parágrafo primeiro, é o chamado “craw down”. 
O juiz nomeia o administrador oficial. E este administrador entra sempre em choque com os credores, cabendo ao juiz a decisão final.
	3.1) partes interessadas – stakeholders
	3.2) da unidade da disciplina na RJ e na Falência
Antes existia o síndico na falência e o comissário na concordata. 
	3.3) responsáveis pela administração = os órgãos abaixo existem tanto na RJ como na falência. Nesta, a atuação dos credores é mais restrita. Já o administrador judicial é o mais importante.
		a – o juiz = o processo é tutelado pelo Estado, portanto o juiz é o maior administrador de todos.
		b – o administrador judicial = art. 21. Não é obrigado a ser formado nos cursos deste artigo. Assim, ele pode ser tanto PF como PJ. Varig e Parmalat tiveram uma PJ como administradora. {Quando é PJ, está deverá indicar um funcionário para entrar em contato com o juiz.}O adm é nomeado pelo juiz e totalmente destituído por ele. No art. 22, parágrafo primeiro, e no art. 24, temos a remuneração. Será de até 5% do valor devido aos credores, pois quem paga a remuneração é um devedor. Se o adm. ganha muito, é menos dinheiro para os credores. O administrador poderá pedir ao juiz que contrate auxiliares. Ex: o administrador é economista e não entende nada de processo = assim poderá contratar um advogado. Estes auxiliares, é o juiz quem aprova a sua conratação. Agora, a contratação dos auxiliares ultrpassam os 5%?? A doutrina majoritária diz que SIM, ou seja, o administrador + os auxiliares devem respeitar o limite de 5% da dívida. O administrador pode ser substituído, renunciar ou também destituído. A destituição é uma PENA, penalidade. Assim, ele não fará jus à remuneração, pois terá cometido uma infração. Art. 24, §3. Se for substituido, fará jus à remuneração até o dia de seu trabalho, proporcional, pelo trabalho realizado. Agora, se ele renuncia, sem nenhum motivo, ele não fará jus à remuneração. Agora, se houver a renúncia de forma motivida, ele fará jus à remuneração proporcional. Tanto na destituição imotivada como na renúncia, ele terá que devolver também as verbas recebidas.
		c – o comitê de credores
		d – assembleia geral de credores
		e – o gestor judicial = somente em RJ. Não se confunde gestor com administrador.
DIREITO EMPRESARIAL IV – PROFESSOR: JEAN CARLOS FERNANDES
AULA 08: 27/02/2014
	O comitê de credores → O comitê tem o poder de fiscalização, sendo um órgão dos credores, no qual os encargos são custeados pelos próprios credores (os credores é que vão definir se compensa ter o comitê ou não, uma vez que são eles que serão onerados em relação à manutenção do comitê). 
	Não necessariamente têm-se credores no comitê, podendo ser composto por representantes da classe de credores. 
	O comitê é facultativo, diferentemente do administrador judicial que é uma figura obrigatória.
	A responsabilidade do comitê também é subjetiva.
Art. 32. O administrador judicial e os membros do Comitê responderão pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua discordância em ata para eximir-se da responsabilidade.
	Na falência a presença do comitê é mais difícil, mas é possível a presença do comitê da falência. 
	Artigos 26, 27 e 28:
Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:
I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes;
II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;
III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes.
§ 1o A falta de indicação de representante por quaisquer das classes não prejudicará a constituição do Comitê, que poderá funcionar com número inferior ao previsto no caput deste artigo.
§ 2o O juiz determinará, mediante requerimento subscrito por credores que representem a maioria dos créditos de uma classe, independentemente da realização de assembléia:
I – a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva classe ainda não representada no Comitê; ou 
II – a substituição do representante ou dos suplentes da respectiva classe.
§ 3o Caberá aos próprios membros do Comitê indicar, entre eles, quem irá presidi-lo. → Quando os credores não indicam o presidente, o juiz poderá fazê-lo desde que seja uma classe ainda não representada.
OBS: Na prática o comitê existe apenas em processos de recuperação judicial de grande porte.
OBS: O comitê acaba reduzindo custos de transação, pois, através deste órgão, os credores têm uma economia em comparação aos casos nos quais não se tem o comitê. 
Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta Lei: 
I – na recuperação judicial e na falência: 
a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei;
c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores;
d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados;
e) requerer ao juiz a convocação da assembléia-geral de credores;
f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei;
II – na recuperação judicial:
a) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 30 (trinta) dias, relatório de sua situação;
b) fiscalizar a execução do plano de recuperaçãojudicial;
c) submeter à autorização do juiz, quando ocorrer o afastamento do devedor nas hipóteses previstas nesta Lei, a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e outras garantias, bem como atos de endividamento necessários à continuação da atividade empresarial durante o período que antecede a aprovação do plano de recuperação judicial.
§ 1o As decisões do Comitê, tomadas por maioria, serão consignadas em livro de atas, rubricado pelo juízo, que ficará à disposição do administrador judicial, dos credores e do devedor.
§ 2o Caso não seja possível a obtenção de maioria em deliberação do Comitê, o impasse será resolvido pelo administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, pelo juiz.
Art. 28. Não havendo Comitê de Credores, caberá ao administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições.
Art. 29. Os membros do Comitê não terão sua remuneração custeada pelo devedor ou pela massa falida, mas as despesas realizadas para a realização de ato previsto nesta Lei, se devidamente comprovadas e com a autorização do juiz, serão ressarcidas atendendo às disponibilidades de caixa.
Art. 30. Não poderá integrar o Comitê (impedimento) ou exercer as funções de administrador judicial quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do cargo de administrador judicial ou de membro do Comitê em falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada.
§ 1o Ficará também impedido de integrar o Comitê ou exercer a função de administrador judicial quem tiver relação de parentesco ou afinidade até o 3o (terceiro) grau com o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente.
§ 2o O devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá requerer ao juiz a substituição do administrador judicial ou dos membros do Comitê nomeados em desobediência aos preceitos desta Lei.
§ 3o O juiz decidirá, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o requerimento do § 2o deste artigo.
	Assembléia geral de credores → Artigo 35 ao artigo 46. É um órgão facultativo, mas pode se tornar um órgão obrigatório quando os credores impugnarem o plano da RJ.
Art. 35. A assembléia-geral de credores terá por atribuições deliberar sobre: (competência da assembléia) 
I – na recuperação judicial:
a) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor;
b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;
c) (VETADO)
d) o pedido de desistência do devedor, nos termos do § 4o do art. 52 desta Lei; (O devedor não poderá desistir do pedido de RJ após o deferimento, salvo se obtiver aprovação da assembleia)
e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor;
f) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores;
II – na falência:
a) (VETADO)
b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição;
c) a adoção de outras modalidades de realização do ativo, na forma do art. 145 desta Lei;
d) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores.
Art. 36. A assembléia-geral de credores será convocada pelo juiz por edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, o qual conterá:
I – local, data e hora da assembléia em 1a (primeira) e em 2a (segunda) convocação, não podendo esta ser realizada menos de 5 (cinco) dias depois da 1a (primeira);
II – a ordem do dia;
III – local onde os credores poderão, se for o caso, obter cópia do plano de recuperação judicial a ser submetido à deliberação da assembléia.
§ 1o Cópia do aviso de convocação da assembléia deverá ser afixada de forma ostensiva na sede e filiais do devedor.
§ 2o Além dos casos expressamente previstos nesta Lei, credores que representem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do valor total dos créditos de uma determinada classe poderão requerer ao juiz a convocação de assembléia-geral.
§ 3o As despesas com a convocação e a realização da assembléia-geral correm por conta do devedor ou da massa falida, salvo se convocada em virtude de requerimento do Comitê de Credores ou na hipótese do § 2o deste artigo.
Art. 37. A assembléia será presidida pelo administrador judicial, que designará 1 (um) secretário dentre os credores presentes.
§ 1o Nas deliberações sobre o afastamento do administrador judicial ou em outras em que haja incompatibilidade deste, a assembléia será presidida pelo credor presente que seja titular do maior crédito.
§ 2o A assembléia instalar-se-á, em 1a (primeira) convocação, com a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe, computados pelo valor, e, em 2a (segunda) convocação, com qualquer número.
§ 3o Para participar da assembléia, cada credor deverá assinar a lista de presença, que será encerrada no momento da instalação.
§ 4o O credor poderá ser representado na assembléia-geral por mandatário ou representante legal, desde que entregue ao administrador judicial, até 24 (vinte e quatro) horas antes da data prevista no aviso de convocação, documento hábil que comprove seus poderes ou a indicação das folhas dos autos do processo em que se encontre o documento.
§ 5o Os sindicatos de trabalhadores poderão representar seus associados titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho que não comparecerem, pessoalmente ou por procurador, à assembléia.
§ 6o Para exercer a prerrogativa prevista no § 5o deste artigo, o sindicato deverá:
I – apresentar ao administrador judicial, até 10 (dez) dias antes da assembléia, a relação dos associados que pretende representar, e o trabalhador que conste da relação de mais de um sindicato deverá esclarecer, até 24 (vinte e quatro) horas antes da assembléia, qual sindicato o representa, sob pena de não ser representado em assembléia por nenhum deles; e
II – (VETADO)
§ 7o Do ocorrido na assembléia, lavrar-se-á ata que conterá o nome dos presentes e as assinaturas do presidente, do devedor e de 2 (dois) membros de cada uma das classes votantes, e que será entregue ao juiz, juntamente com a lista de presença, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 38. O voto do credor será proporcional ao valor de seu crédito, ressalvado, nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, o disposto no § 2o do art. 45 desta Lei. (salvo no caso de créditos trabalhistas) 
Parágrafo único. Na recuperação judicial, para fins exclusivos de votação em assembléia-geral, o crédito em moeda estrangeira será convertido para moeda nacional pelo câmbio da véspera da data de realização da assembléia.
Art. 39. Terão direito a voto na assembléia-geral as pessoas arroladas no quadro-geral de credores ou, na sua falta, na relação de credores apresentada pelo administrador judicial na forma do art. 7o, § 2o, desta Lei, ou, ainda, na falta desta, na relação apresentada pelo próprio devedor nos termos dos arts. 51, incisos III e IV do caput, 99, inciso III do caput, ou 105, inciso II do caput, desta Lei, acrescidas, em qualquer caso, das que estejam habilitadas na data da realização da assembléia ou que tenham créditos admitidos ou alterados por decisão judicial, inclusive as que tenham obtido reserva de importâncias, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 10 desta Lei.
§ 1o Não terão direito a voto e não serão considerados para fins de verificação do quorum de instalação e de deliberação os titulares de créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei.
§ 2o As deliberações da assembléia-geral não serão invalidadas em razão de posterior decisão judicial acerca da existência, quantificação ou classificação de créditos.
§ 3o No caso de posterior invalidação de deliberação da assembléia, ficam resguardados os direitos de terceiros de boa-fé, respondendo os credores que aprovarem a deliberação pelos prejuízos comprovados causados por doloou culpa.
Art. 40. Não será deferido provimento liminar, de caráter cautelar ou antecipatório dos efeitos da tutela, para a suspensão ou adiamento da assembléia-geral de credores em razão de pendência de discussão acerca da existência, da quantificação ou da classificação de créditos.
Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:
I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; (credores trabalhistas não votam pelo valor do crédito, mas, tão somente, por cabeça) 
II – titulares de créditos com garantia real;
III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados.
§ 1o Os titulares de créditos derivados da legislação do trabalho votam com a classe prevista no inciso I do caput deste artigo com o total de seu crédito, independentemente do valor. 
§ 2o Os titulares de créditos com garantia real votam com a classe prevista no inciso II do caput deste artigo até o limite do valor do bem gravado e com a classe prevista no inciso III (credores quirografários) do caput deste artigo pelo restante do valor de seu crédito. (quando se divide a assembléia em classes, nem sempre se tem todas as classes, as vezes pode não se ter, por exemplo, a classe de titulares de direito real) 
Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia-geral (o quórum geral é a maioria dos créditos presentes independente de classe), exceto nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial (exceções: (1) quórum qualificado do art. 45 para aprovação do plano, sendo exigido que todas as classes de credores aprovem o plano de RJ, ou seja, exigi-se unanimidade de classes + quorum simples de crédito dentro da classe + quorum por cabeça dentro de cada classe; (2) ativo na falência art. 46 – 2/3 dos créditos presentes; (3) comitê no art. 26 – por deliberação de qualquer das classes) nos termos da alínea a do inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do Comitê de Credores ou forma alternativa de realização do ativo nos termos do art. 145 desta Lei.
Art. 43. Os sócios do devedor, bem como as sociedades coligadas, controladoras, controladas ou as que tenham sócio ou acionista com participação superior a 10% (dez por cento) do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sócios detenham participação superior a 10% (dez por cento) do capital social, poderão participar da assembléia-geral de credores, sem ter direito a voto e não serão considerados para fins de verificação do quorum de instalação e de deliberação.
Parágrafo único. O disposto neste artigo também se aplica ao cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, colateral até o 2o (segundo) grau, ascendente ou descendente do devedor, de administrador, do sócio controlador, de membro dos conselhos consultivo, fiscal ou semelhantes da sociedade devedora e à sociedade em que quaisquer dessas pessoas exerçam essas funções.
Art. 44. Na escolha dos representantes de cada classe no Comitê de Credores, somente os respectivos membros poderão votar.
Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta.
§ 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes.
§ 2o Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito. (créditos trabalhistas – voto por cabeça)
§ 3o O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quorum de deliberação se o plano de recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito.
Art. 46. A aprovação de forma alternativa de realização do ativo na falência, prevista no art. 145 desta Lei, dependerá do voto favorável de credores que representem 2/3 (dois terços) dos créditos presentes à assembléia.
	O gestor judicial (a figura do Gestor Judicial aparece SOMENTE NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL, não se confundindo Gestor Judicial com Administrador Judicial) → Art. 35, I, “e” e 65. O gestor cuida dos negócios, uma vez que não se confia mais nos administradores da empresa em RJ. O gestor substitui os administradores do devedor, sendo escolhidos pelos credores. O gestor acaba sendo uma exigência dos próprios credores.
Art. 35. A assembléia-geral de credores terá por atribuições deliberar sobre:
I – na recuperação judicial:
(...)
e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor;
Art. 65. Quando do afastamento do devedor, nas hipóteses previstas no art. 64 desta Lei, o juiz convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o nome do gestor judicial que assumirá a administração (o juiz nomeia através da assembléia) das atividades do devedor, aplicando-se-lhe, no que couber, todas as normas sobre deveres, impedimentos e remuneração do administrador judicial.
§ 1o O administrador judicial exercerá as funções de gestor enquanto a assembléia-geral não deliberar sobre a escolha deste.
§ 2o Na hipótese de o gestor indicado pela assembléia-geral de credores recusar ou estar impedido de aceitar o encargo para gerir os negócios do devedor, o juiz convocará, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, contado da recusa ou da declaração do impedimento nos autos, nova assembléia-geral, aplicado o disposto no § 1o deste artigo.
	Da Recuperação Judicial (Art. 47 ao Art. 72) 
		Espécies → A RJ se divide em duas espécies:
	RJ Ordinária 
	RJ Simplificada (Especial) que se aplica a ME e EPP – Art. 70 a 72.
		Objetivos (Art. 47)
	Requisitos para o ajuizamento do pedido
	Sujeito passivo (Art. 1º) = apenas o devedor empresário. 
	Não sujeitos à RJ (Art. 2º) 
	Créditos excluídos da RJ
06/03/2014
A recuperação só pode ser requerida pelo próprio devedor. O credor não poderá fazer isso. O próprio devedor é que poderá. 
	4.6) Créditos Excluídos = a recuperação judicial possui alguns credores (art. 49, §3 e §4 e art. 6,§7. Bem como os arts. 57 e 58). A lei teve vários apelidos, como “Lei de Recuperação da Varig” ou “Lei de Recuperação para os Bancos”. Teve um caráter mais favorável às empresas aéreas e bancos. Tem que credores que não entram na fila da RJ. A maioria deles devem se habilitar e receber os créditos de acordo com o plano aprovado. O fisco por exemplo “fura a fila”. Todavia, os grandes privilegiados estão no art. 49, §3, que é a “trava bancária”, ou cessão fiduciária (lei 4728/65, art. 66 - B) e no §4 a “ACC”. Toda propriedade fiduciária precisa de registro. Portanto um imóvel deverá ter registro no cartório etc. Já o Banco empresta dinheiro por meio do registro da CCB (cédula de crédito bancária). Com esta técnica, o banco sai fora da RJ. Ex: o empresário X precisa de 1.000.000 de reais emprestado. Ele vai ao BB pegar o dinheiro, um empréstimo (não é financiamento, pois este tem que ter finalidade especifica). O BB então pede ao empresário que assine uma CCB. O empresário assina e fica com a CCB. Nesta, o banco irá pedir uma garantia, pois o CCB comporta garantia real ou pessoal. O banco então pede uma cessão fiduciária ( o empresário pode, por exemplo, endossar duplicatas que tem a receber. Se o empresário não paga, o BB fica com as duplicatas). Quando o empresário pede uma RJ, ele não poderá arrolar como credor sujeito à recuperação o BB, pois este está na exclusão do §3, pois ele tem uma garantia fiduciária. O BB irá pegar as garantias e realizar a “trava bancária”. Por isto que a lei é muito favorável aos Bancos, pois se houver garantia fiduciária, ela não se sujeita à RJ. O STJ foi provocado sobre este assunto, pois a “trava” iria contra o princípio da preservação da empresa. Porém,os créditos realmente estão fora do RJ (uma vez que se o entendimento fosse diverso, as taxas de empréstimos seriam muito maiores, pois a garantia seria pequena).
E o ACC? = art. 86 II. Um empresário que realiza exportações, tem contrato de câmbio e ativo possui recebíveis. Vou ao BB e quero um empréstimo, dando como garantia o contrato de câmbio. Neste caso, o banco entrega uma ACC (adiantamento de contrato de câmbio). Se o empresário pede a RJ, o banco simplesmente irá receber do devedor no estrangeiro (que iria pagar ao empresário em RJ) o valor. Se for uma empresa de exportação X importação e pede um RJ, sabemos que ela terá muitos ACC's. Uma empresa desta, seus outros credores já sabem que o dinheiro que está em caixa é quase todo de Bancos. O STJ tem entendimento que os Bancos poderão até mesmo pedir a “restituição do ACC”. Ex: ao invés de “caçar” o devedor da empresa em RJ no exterior, o banco poderá pedir a restituição do ACC de uma empresa em RJ. É mais fácil para o Banco pegar o dinheiro que adiantou do que “caçar” o devedor da empresa em RJ no exterior. 
Um banco que empresta dinheiro para uma industria por “leasing”, arrendamento mercantil. Se a industria entra em RJ, o banco credor não está sujeito à RJ, somente devendo esperar o prazo de 180 dias de suspensão. Passado este prazo, o banco poderá buscar a máquina. Neste ínterim de 180 dias, poderá haver uma negociação com o banco, pois se a industria perde a maquina, o objetivo da empresa irá acabar. O arrendamento é tranquilo pois o bem NÀO É da industria, mas sim de quem arrenda, o banco. 
4.7) Do pedido de RJ = está no art. 51, além do art. 48, que tem os requisitos. No caput do 48 temos o tempo (2 anos) como requisito. Assim, o empresário deve estar regular, se não tiver registro não poderá então. Mas e o produtor rural? Se ele QUISER, ele poderá ser regulado pelo D. Empresarial. Mas se for uma sociedade simples em funcionamento há 5 anos. Havendo o registro HOJE, tem que esperar + 2 anos para realizar o pedido de RJ? Ou poderia se contar o período de 5 anos? Não há resposta.....mas o STJ tem decisões favoráveis à atividade rural. A lei pressupõe que deverá haver + 2 anos....mas o STJ não tem entendido assim. O TJ-SP já admitiu para grupos econômicos (uma das empresas pediu recuperação sem ter 2 anos, mas pode contar o prazo com as demais empresas do grupo, aproveitando do prazo que elas tinham). Assim, se já foi possível estender esse prazo no caso de grupo econômico, poderia se pensar também para o produtor rural. Jean entende que é possível, desde que o produtor estivesse regular em sua empresa simples antes do registro na junta comercial.
I - O falido, somente quando tiver suas obrigações extintas, é que poderá pedir RJ. Antes disso não poderá. II - Não poderá ter obtido RJ no prazo de 5 anos; III – A CF manda dar tratamento diferenciado às ME e EPP. Porém, a lei diz que neste caso deve esperar 8 ANOS!!! Assim, para as grandes é 5 anos e pequenas 8 anos, TOSCO....; IV – viola o princípio de que a pena não pode sair da pessoa do condenado. Se quem pede a RJ, possui um sócio que em outra empresa, devido a outro sócio, foi condenado. Esta pena está penalizando também a PJ que nada tinha a ver com o assunto. 
Além disso, a RJ poderá ser requeria pelo cônjuge, herdeiro, inventariante = (hipóteses para empresário INDIVIDUAL, que morreu. Na lei antiga, fechava tudo. Hoje, a continuidade poderá ser pelos seus herdeiros. Abrindo inventário, o inventariante continua com a empresa, e ele poderá pedir RJ caso seja necessária.)
O art. 51 (respeita também o art. 282 CPC) = se não tiver manda emendar a inicial, aplicando o art. 284 CPC.
I – são causas concretas da sua crise;
II – aqui é para contador
III – listar todos os credores
IV – listar os empregados
V – aqui que se refere à regularidade da Junta (o prazo de 2 anos de registro será verificado aqui)
VI – todos os bens relacionados
VII – extratos atualizados;
VIII – certidões de cartório de protestos;
4.8) Do deferimento e processamento da RJ = art. 52 = esta decisão está no SGA, o caso da VARIG. 
	a – Providências = decisão interlocutória, que defere o processamento da RJ. Quando o juiz defere o processamento: (art. 52)
I – nomeia o administrador;
II – dispensa a apresentação de certidões (exceto para contratação com poder público ou recebimento de benefício fiscais)
III – a suspensão de 180 dias (ver. art. 199, §1). Não se aplica este prazo às cia. aéreas. 
IV – o devedor deverá apresentar contas administrativas;
V – intimação do MP e demais entes. (não poderá ir ao MP antes, somente agora). 
	b – Deferimento do Processamento: desistência do pedido.
No §4 do art. 52, temos a desistência da RJ. O empresário não poderá desistir, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia-geral de credores. Assim, se o juiz ainda não despachou, pode ocorrer sem problemas. Agora, depois do deferimento do juiz, somente os credores poderão autorizar a desistência. (semelhante ao 267 do CPC). A doutrina ainda diz que caso o juiz tenha despachado, mas não tiver havido a publicação, poderá ocorrer a desistência unilateral do empresário, sem autorização dos credores. 
13/03/3014
4.9) Dos meios de recuperação judicial – art. 50. 
4.10) Do plano de recuperação judicial – art. 53. Prazo de 60 dias, a contar da decisão do art. 52 (do processamento da RJ. O plano é uma peça técnica, um profissional da área de finanças é que deverá ser o “mestre” deste plano. 
	a) prazo para apresentação
	b) conteúdo
	c) pagamento de credores trabalhistas – art. 54 = não poderá prever superior a 1 ano para pagamentos de créditos derivados de trabalho ou acidente de trabalho. O parágrafo único ainda diz que tem 30d para os créditos vencidos 3 meses antes do pedido. Somente o que ultrapassa os 3 meses é que entra no prazo de 1 ano. O trabalhador que está na Justiça do Trabalho irá habilitar seu crédito e deverá receber no prazo máximo de 1 ano de acordo com o plano do RJ. No parágrafo único não há verbas de acidente do trabalho, somente em caso de natureza estritamente salarial. 
4.11) Objeção ao plano – art. 55 ao 69. Já foi apresentado a PI, o juiz já deferiu o processamento, o autor já fez o plano de recuperação. Depois de apresentado o plano, o que ocorre? O credor pode manifestar sua objeção ao plano em 30 dias da apresentação do plano. 
	a) prazo
	b) providências judiciais – a objeção que o credor faz não precisa ser fundamentada. O juiz não julga a objeção, é somente para que o juiz determina a instauração da assembleia geral de credores. É um mero impulso para que o juiz determine a instauração da AGC. Se não houver objeção, art. 58, o juiz concede a RJ. Então, ou o juiz instala a assembleia, se houver objeção, ou ele concede a RJ, caso não haja objeção. 
	c) atuação da AGC (aprovação – modificação – rejeição) – Art. 35 e 45. Pode haver modificação dos credores, mas deverá haver concordância do devedor, pois foi este que fez o plano. Se o plano for rejeitado, o juiz decreta a falência. Art. 56 §4. A audiência, depois de começar, pode ser adiada, por prazo indeterminado. Porém, ela tem que começar em 150 dias.
	d) do cramdown – art. 58 §1 = é a imposição. O plano foi rejeitado, mas mesmo sendo rejeitado, o juiz pode conceder a RJ com base em plano que não obteve a aprovação, desde obtido de forma cumulativa: = ver os incisos. 
4.12) Efeitos da concessão da RJ.
17/03/2014
E) Certidão de regularidade fiscal (art. 57 e 68) = os juízes tem concedido a RJ com base no princípio da continuidade da empresa. O incoerente é não conceder a RJ sem o parcelamento, pois o credor nem faz parte dos créditos exigíveis na RJ. Portanto, mesmo sem o parcelamento, os juízes tem concedido a RJ, com base no princípio da continuidade da empresa.
		Efeitos da concessão da RJ = ainda é decisão interlocutória (tal qual a do art. 52, que é o deferimento do processamento.) Aqui, então, o devedor terá a RJ concedida, no art. 58. A concessão, por decisão interlocutória é a do art. 58. Já os efeitos estão no art. 59. Assim, constitui-se uma novação,e ainda um título executivo judicial. Esta novação é uma novação recuperacional = art. 61, §1 e §2. (novação com cláusula resolutiva tácita); art. 62. Discuti-se o seguinte: não seria novação propriamente dita, pois ela extingue a antiga obrigação? Mas, e se o devedor parar de pagar, ele se livra das obrigações? Claro que não. Por isso que é que é uma espécie de novação...O devedor então fica de RJ durante 2 anos. Se nestes 2 anos o devedor descumpre alguma das cláusulas do plano, ocorre a convolação da RJ em falência. A novação com cláusula resolutiva tácita então é a que ocorre dentro do prazo de 2 anos. No art. 62 ocorre novação mesmo, pois foge do prazo de 2 anos. Passando de 2 anos, encerra-se o processo de RJ. Se já encerrou, extingui-se o processo, não pode haver então convolação (vai convolar o que?) Se um credor, depois de 4 anos o devedor não pagou, ou o credor faz um cumprimento de sentença, ou então entra com pedido de falência. Aqui há novação mesmo. No art. 63, trabalha-se com o encerramento da RJ. = assim, passados os 2 anos e cumpridas as obrigações, ocorre a sentença que encerra o RJ. Temos aqui uma terminativa do feito. Será respeitado o art. 24, com seus limites. No art. 60, parágrafo único, e no art. 133 do CTN temos a sucessão tributária. Durante a RJ, o plano de recuperação aprovado pode ter a venda de filiais ou unidades produtivas do devedor. E quando há venda de estabelecimento (trespasse), o adquirente responde pelo passivo contabilizado, há sucessão. Agora, se vender estabelecimento em RJ, o legislador afasta a sucessão, ou seja, quem adquirir não sucede o devedor em qualquer obrigação, inclusive tributário. Por isso que vem o 133 do CTN para alterar, dizendo que não há sucessão em venda de estabelecimento, quando realizadas em RJ. O fisco não irá cobrar de quem comprou. O fisco tirou a sucessão, mas através do art. 57, tem que haver a prova de regularidade fiscal mesmo assim, a certidão negativa. Ora, mas se para conseguir a RJ eu preciso da certidão negativa, não há o que suceder. Entende-se que a sucessão também seria utilizada para créditos trabalhistas. 
5) Do plano de RJ para ME e EPP – (art. 70 a 72)
		Aspectos Gerais = a lei definidora é a LC123/06. Elas não estão obrigadas ao plano especial, é uma faculdade. Podem seguir o rito ordinário, se preferirem, mas ela é mais cara. 
	Conceitos Legais de ME e EPP = faturamento entre 360.000 e 3.600.000. 
	Sistemática do Plano. = O plano é mais simplificado, pois nada mais é do que um prazo de pagamento de 36 meses (art. 71). Só tem uma classe de credores, os quirográfarios (nda de trabalhistas ou qualquer um outro). Se quiser mais credores, devo ir para o ordinário. O plano então na verdade é uma moratória com carência de 6 meses, para pagamento em 36 meses com juros de 12%. O lado ruim é que este plano é o previsto no art. 71, não tem livre formatação igual ao do ordinário, o plano é previsto em lei, é mais rígido. 
24/03/2014
	Da convolação da rec. Judicial em falência – art. 73 e 74.
	a) hipóteses: art. 73
	b) efeitos: art. 74
	Da recuperação extrajudicial (art. 161 a 167)
7.1) Aspectos Gerais
7.2) Conceito
7.3) Requisitos
Convolar, sabemos que é transformar. Já vimos algumas hipóteses de convolação. Não há hipóteses na lei de convolar a extrajudicial em falência. Já a judicial é possível. (art. 73). É possível os credores deliberarem sobre a decretação de falência. O II é o prazo de 60d, a lei diz que é improrrogável (não existe jurisprudência que autoriza esta prorrogação ainda....). O III é a decisão da assembleia que delibera sobre o plano, aprova, modifica ou extingue, com autorização do devedor. Rejeitado, decreta-se a falência (lembrar que aqui cabe o cramdown. O juiz ainda poderá, se entender por abuso de direito no exercício do voto nas assembleias, conceder a RJ com base no princípio da preservação da empresa. Isto é temerário pois estar-se-ia tirando dos credores este poder e passando inteiramente para o juiz.)
O princípio da boa-fé objetiva nos contratos empresariais acaba um pouco mitigado pelo pacta suunt servanda. A intervenção estatal não pode ser tão invasiva. Por isso que se critica estas decisões judiciais sem o amparo das decisões das assembleias. Nos contratos empresariais deve prevalecer a força das deliberições, trabalha-se com externalidades negativas também. IV – descumprimentos no prazo de 2 anos. Descumprido após os 2 anos, o prazo de RJ já foi superado, tem-se que entrar com pedido de falência agora, não há como convolar. Obrigações descumpridas após os 2 anos = cabe ao devedor pedir o desarquivamento e fazer exercer o cumprimento de sentença, ou então abre um novo processo, o de falência, com base no art. 94, inciso III, “g” Ele não repete o inciso IV, pois neste aqui o descumprimento se dá nos 2 anos iniciais. No p. Único, é a outra modalidade. {No inciso I, a assembleia é genérica, pode ter sido convocada para deliberar sobre o não cumprimento do devedor do plano de RJ. Já no III, a assembléia criada foi no exclusivo sentido de aprovar/rejeitar/modificar o plano. Esta é a diferença entre o III e o I do art. 73}.
O que é importante é a diferença entre o art. 73 e o art. 94, que é o período de 2 anos. (art. 62). Só exite novação após 2 anos, antes disso é novação com cláusula resolutiva.
Além disso, temos o art. 72, p/ único, que fala da ME e EPP = no plano especial, se mais de 50% dos quirogra'farios não aceitarem, o juiz decreta a falência, decretando a improcedencia do pedido. Não há que se falar em assembleia. 
Nem todos os credores estão sujeitos à RJ. Se for um destes, nada impede que ele faça um pedido autônomo de falência. Assim, mesmo o devedor tendo uma RJ concedida, concomitantemente outros pedidos de falência podem ser ajuizados por credores que não estão sujeitos ao RJ. Se estiver sujeito ao plano deve pedir a convolação. Poderá haver, apesar de remoto, a falência do devedor, mesmo este estando cumprindo a RJ corretamente, pois o pedido pode ser feito por credores não sujeitos à RJ. Mas é de extrema raridade...
Em relação aos efeitos (art. 74) É uma presunção de validade. Estes atos podem ser objetos de uma ação revocatória, tendo em vista alguma fraude verificada. No art. 61, p/2, decretada a falência os credores restituem os direitos pelos créditos, eles voltam ao estado originário. Eventuais atos de venda ou garantia, fornecidos DENTRO da RJ, não voltam ao estado anterior, pois foram feitos DURANTE o pedido de RJ. O art. 67 fala disto = eventualmente sendo obrigação contraida durante a RJ, inclusive despesas com fornecedores, não se encaixa no art. 74. Estes credores terão que se submeter à falência, são extraconcursais. Os novos credores, então, que contratam DURANTE a RJ, estes, para incentivar a contratação com um devedor (imagine quem gostaria de contratar com um devedor em RJ...), para ter maiores garantias, o devedor em caso de falir, o credor é extraconcursal, ele recebe ANTES de todos na falência. Os credores antigos, que mesmo assim resolveram continuar a fornecer para o devedor, mesmo em RJ, terão privilégio geral em caso de decretação de falência. Art. 67. Se o devedor falir, todos os créditos novos, de novos credores que venderam durante a RJ, são extraconcursais. Sendo antigos, sujeitos ao plano então, continuam mesmo assim a vender para o devedor, terei privilégio geral. Terei que separar o credito, o que era antes é quirografario, é o que é crédito novo tem privilégios, ficando logo abaixo do fisco. 
Os extraconcursais são do art. 84. É antes de TUDO, até trabalhistas e fisco. O credor que continua vendendo, é privilégio geral, ficando abaixo somente do fisco e alguns outros.. Os extraconcursais são aqueles credores TOTALMENTE novos, que não tinham relação com o devedor antes. Aqueles que tinham relação e continuaram a ter na RJ terão privilégio geral destes créditos novos, jamais dos antigos, que deverão seguir a ordem da falência.
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
	Foi uma inovação à lei de 1945. Não havia nada lá de extrajudicial, somente concordatase falências. A RJ é preventiva, não pode um devedor um falência pedir uma RJ. Posso ter uma falência em RJ, mas jamais o contrário. Nào existe a RJ suspensiva, tal qual havia a concordata suspensiva. Existe uma tese que diz que pode ocorrer, mas não há previsão legal, somente doutrinária. 
	Na recuperação extrajudicial, o plano é prévio! Na RJ, eu tenho um prazo para submeter o plano após o pedido da RJ. A diferença então, é que o plano é combinado e assinado já pelos credores de forma prévia, a petição inicial já irá com o plano, sendo que na RJ eu peço a RJ, há o deferimento do processamento e o plano só vem depois. A REX, o plano é prévio, a homologação do juiz é facultativa ou necessária. A REX visa também recuperar a empresa, pois a finalidade imediata da recuperação, a finalidade direta é a recuperação da empresa, não podendo fugir então das hipóteses do art. 47. Agora, a finalidade mediata, ou indireta, é satisfazer os credores, acertar a forma de negociação com os credores. O art. 167 diz que na REX, qualquer acordo feito entre credores e devedores serão realizados, os acordos privados. Mas a REX deve recuperar a empresa, em primeiro lugar, seu objetivo deve ser este. Agora, acordos privados strictu sensu, devem atender aos credores em primeiro lugar. Portanto, a REX não é recuperação de crédito, mas sim da empresa!!! Deve respeitar as definições do art. 47. Portanto, eventuais acordos feitos que prejudiquem a empresa, pelo fato de estarem buscando somente os créditos, podem não ser considerados. 
27/03/2014
7-) Continuação da REX 161a 167
	7.1-) Aspectos Gerais
	7.2-) Conceito
	7.3-) Requisitos art. 161 = mesmos requisitos da ordinária. 
	7.4-) Conteúdo do Plano
O devedor não poderá requerer a REX se tiver recuperação judicial pendente. Agora se eu tenho REX posso pedir a recuperação judicial, desde que não esteja homologada a REX. Além disso, se já teve uma recuperação judicial ou REX nos últimos 2 anos, também não poderá. 
	7.5-) Credores expressamente excluídos = 161, §1.
	7.6-) Homologação do Plano {facultativa x necessária} = a necessária é: se tenho anuência de mais de 3/5, se o acordo for homologado em juízo, ele será imposto aos demais que não assinaram. Dá-se um contraditório aos que não concordam previamente com o plano, mas, se o juiz homologa, mesmo aqueles que não concordaram serão forçados a concordar. A inconstitucionalidade desta norma é afastada pois dá-se a oportunidade do contraditório aos discordantes iniciais. A facultativa está no art. 162. Já a necessária está no art. 163, posso não ter assinatura de todos, portanto aqueles que não assinaram, mesmo se eu tiver MAIS de 3/5, como a homologação ocorre a imposição. É uma novação por imposição judicial. No 163 temos um caso de jurisdição contenciosa.
		a) Procedimento = 164
Quem discorda, deverá fazer impugnação. O §3 diz o que os credores podem alegar na contestação: falta de mais de 3/5; a prática de qualquer ato fraudulento; descumprimento de exigência legal.
A decisão do juiz não é meramente homologatória, pois a lei diz que o juiz só homologa se entender que não há a prática de atos fraudulentos, por isso é que decisão tem um teor de mérito.
		b) efeitos = art. 161, §§4 e 6. Somente produz efeitos após a homologação. Art. 165. Produz efeitos a partir do momento em que cada credor assinou. Mas a lei separa a questão da homologação, pois para os que não assinaram é somente após a homologação. 
		c) recursos = art. 164, §7
A REX é mais barata, mais simples do que as outras. 
Se o problema é trabalhista, é necessário ir para a ordinária! Não cabe na REX, muito menos os créditos tributários, quem na ordinária cabe.
Na REX também não há a suspensão de 180 dias. Somente se suspende em relação aos signatários do plano. Os credores que aderiram ao plano teriam carência de interesse de agir pois aderiram ao plano. Aqueles que não aderiram não se sujeitam ao plano, mas se for impositivo o plano, eles também não terão interesse de agir em suas ações de cobrança. 
Se tenho 20 credores, posso ter 20 planos REX. Como também posso ter um plano REX para 15 credores e os outros 5 eu lido de outra forma. Ou então, com os 15 credores concordando com o plano, posso tentar impor judicialmente o plano aos outros 5, o que iria gerar um contraditório a estes 5, podendo ser custoso para o empresário.
Na REX há ampla liberdade na negociação, o que difere do plano especial das EPP e ME, pois aqui é rígido. Portanto, sendo um cenário somente com quirografários, é melhor uma REX do que o plano simplificado, pois há maior liberdade. 
Art. 173 do CTN diz que não haverá sucessão tributária, inclusive trabalhista na ordinária. Agora, se você esta diante de uma REX, se tiver uma proposta de venda de um imóvel onerado pelo fisco, haverá sucessão tributária aqui. Prof. Jean defende que com a homologação judicial da REX deveria ser dado todos os efeitos da não sucessão à REX, pois com a homologação torna-se titulo executivo judicial. Cria-se um descrédito então em razão da sucessão. Como foi analisada pelo judiciário, pressupõe-se que está sem vícios etc....portanto porque não dar a não sucessão à REX? O CTN não permite interpretação extensiva. CONCLUINDO = na ordinária, as dívidas não acompanham o bem vendido. Já na REX, elas acompanham, devendo o comprador responder pelas dívidas do bem, há sucessão. Art. 166 da LF.
Art. 131 LF. O devedor na judicial faz o plano, mas a recuperação não deu certo é convolada em falência. Todavia, o que ele fez lá permanece como está. Mas o 131 não se refere ao REX homologado. Então, o risco é fazer uma REX e, não tendo como pagar, não dando certo, e decreta a falência, devendo voltar TUDO que eu fiz, tudo que eu vendi. O 131 só se refere à judicial, e não à REX. O acordo com o credor, se concluido, não voltará ao estado inicial na REX, pois houve uma novação. Agora, em caso de venda para terceiros, na REX, esta venda será desfeita em caso de pedido de falência, pois foi uma mera venda, não houve acordo em novação.
Não previsão de convolação de REX em falência pelo magistrado. 
31/03/2014
8.-) da Falência (75 a 160)
8.1-)Definição (art. 75, 108, 139)
	Visa a preservar e otimizar os recursos das empresas. Esta preservação permite valorizar os ativos da empresa. O empresário irá falir, mas não significa que a empresa (atividade) tenha o mesmo destino, pois esta pode seguir nas mãos de outros entes. Portanto, a falência visa a preservar a empresa. Quer-se afastar o devedor, este passa a não ter mais gestão de nada, quem manda agora é o administrador judicial. No art. 64, na RJ é o contrário, durante a RJ o devedor é mantido no comando, entrando o gestor judicial se o devedor não comandar corretamente. Agora, na falência, ao buscar preservar a empresa, afasta o devedor da atividade, aqui não tenho o devedor exercendo a atividade junto com o administrador. 
	A falência tem que ser o mais eficiente possível, buscar o maior valor para os bens para satisfazer os credores. Ao lado disso, deve-se permitir permanecer com a atividade do empresa. A falência é causa de dissolução, é o início da liquidação, e não propriamente uma extinção de uma sociedade. Portanto, a sociedade se dissolve, liquida e extingue. 
	A proteção abrange a marca, a patente, ou seja, os intangíveis. Quanto mais rápido, por exemplo, você passa o ponto, mais dinheiro você irá arrecadar, pois este é um importante intangível que com o passar do tempo perde valor. Todavia, a marca na falência é muito difícil de salvar... 
	Assim que o adm, assina o termo de compromisso, ele arrecada os bens e documentos, fazendo a avaliação logo após destes bens (108). No 139, diz que assim que arrecada poderá realizar então a venda. Antes deveria se aguardar um prazo, o que acarretava no perecimento dos bens. Agora, a lei autoriza que as vendas sejam feitas de modo célere. No 140, mostra-se a ordem de preferência de venda: a) a alienação dos estabelecimentos, de um única pessoa, em bloco; b) a alienação de filiais isoladas, se não der para vender em bloco, como na letra “a”;c) aqui já não se vende os estabelecimentos, mas sim uma venda em bloco dos bens do estabelecimento; d) por último, a venda singular.
	Já o 141, II, diz que o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus. Portanto, a sucessão aqui está afastada!! c/c art. 133 CTN. Atualmente então não há sucessão, nem trabalhista. 
8.2-) Sujeição à falência (art. 1 e 2)
	Quem se sujeita são empresários, sociedades empresárias. As exclusões estão no parágrafo 2. O que diferencia, (105) é que a falência pode ser requerida pelo próprio devedor e credor. Na RJ o credor não pode pedir. Na falência, o devedor e o credor podem pedir a falência. Em alguns casos, é melhor pedir a autofalência do que a RJ. 
8.3-)Insolvência e falência, configuração do estado falimentar.
	A insolvência é a insolvência patrimonial, do CPC, o ativo inferior ao passivo. Aqui, não estamos preocupados com a insolvência patriminial. A insolvencia da lei de falência é uma insolvência jurídica, presumida, confessada. É diferente da análise do CPC, quando tem mais contas que patrimônio. Posso ter, por exemplo, falência de uma empresa por uma dívida de 50 mil sendo que seu rendimento é de 4 milhões p/mes. 
	A insolvencia ainda é prévia, portanto eu só posso ter falência se tiver insolvência. Assim, deve-se analisar de inicio se o devedor é insolvente. Isto se verifica na fase pré-falimentar. Portanto, falência e insolvência não se misturam. A insolvência portanto é prévia à falência. O art. 81 relata um absurdo, pois aqueles que são sócios com responsabilidade ilimitada, os sócios também irão falir, indo contra o estado falimentar (que exige a insolvência prévia, ou seja, eles irão falir sem insolvência prévia) bem como o art. 1, que diz aqueles que estão sujeitos à falência. Portanto, estes sócios estão sujeitos aos efeitos da falência...Para deixar o art. correto, dever-se-ia retirar o termo “acarreta a falência destes”, permanecendo somente os efeitos da falência para os sócios. Assim, um sócio pode ter patrimônio absurdo mas será falido, pois terá os efeitos da falência.
	A configuração do estado falência depende de alguns pressupostos: 
	A – subjetivo = o empresário do art. 1. A lei aplica-se ao empresário. Portanto, o pressuposto subjetivo é a presença de um empresário. (por isso que a falência de sócio do art. 81 é estranha...)
	B – objetivo = a) insolvência jurídica/presumida/confessada do devedor (lembrar que não é a insolvência patrimonial). A insolvência é confessada pelo devedor quando ele pede a autofalência. A insolvência jurídica, como gênero, vem no art. 94, I, II e III. Se não tiver os pressupostos do art. 94, não poderá ser decretada falência. O inciso I é a impontualidade, ou seja, o devedor não é pontual com suas obrigações (tem que ter protesto) em valor superior a 40 sal mínimos. O protesto é necessário! No inciso II, temos a execução frustrada. O sujeito é executada na cara civil, o oficial não acha bens a penhorar, o credor então pega uma certidão de não encontra de bens a penhorar e pede então a falência com base no inciso II. A difenrença então é que no II não há valor mínimo! Tambémm, no inciso II, eu preciso de uma execução civil frustrada. Estas são as diferenças entre o II e o I. No II eu o devedor não deve ter bens a penhora em execução civil + não há valor mínimo para pedido da falência. Portanto o devedor pode pedir falência com valor de 1000. Já no inciso III, são os atos de falência. São situações em que o empresário pratica atos que presumem seu estado de insolvência (são as letras “a” até “g”). Estas situações dependem de prova, ou seja, quem alega tem que provar que o empresário está falindo com estas ações tomadas. b)decisão do art. 99 = só posso ter o estado falimentar depois da decretação judicial. Tenho então que ter: emprésário + insolvência + a decretação da falência. A falência é decisão interlocutória (não é sentença), portanto peca o art. 99 por relatar sentença...pois no art. 100 prevê que há possibilidade de agravo. 
	O agravo interposto, na grande maioria das vezes, terá efeito suspensivo, para segurar a falência do devedor. 
	A partir da decisão do art. 99, passado o prazo de recurso, começa o estado falimentar. A decisão declara a insolvência e constitui a falência. 
	Assim, a insolvência jurídica é uma das situações do I, II e III. Se não se encaixar, eu não posso ter falência, não tenho insolvência prévia. 
03/04/2014
8.4-) Aspectos Processuais do Direito Falimentar
a-) Princípios : celeridade // economia processual (art. 75, parágrafo único)
b-) Universalidade e Indivisibilidade do Juízo Falimentar: “Vis attractiva”
Exceções: causas trabalhistas, causas fiscais (art. 187 CTN; súmula 44 do extinto TFR; Art. 108 §3 LRF; Art. 133 §3 CTN) causas propostas pelo falido, exceto revocatória (ver art. 8 lei 9099/95)
c-) intimação do administrador judicial, sob pena de nulidade (Art. 76, parágrafo único)
d-) distribuição = prevenção (art. 6, §8), preferência (art. 79), dependência .
e-) aplicação subsidiária do CPC (art. 189)
f-) fases, ações e seus incidentes.
	Vimos aula passada o art. 75, que diz o que é a falência. Diz que atenderá aos aspectos da celeridade e economia processual. Sabemos que todo processo de falência é célere, ou pelo menos deveria ser....
	O juiz falimentar é universal e indivisível. Ele atrai todas as ações envolvendo os falidos, com exceções. Tal qual o inventário, que também é universal. Art. 6, caput (traz a universalidade, com a suspensão). Além disso, é indivisível, no art. 76. Por universalidade, o juiz irá atrair todas as demandas envolvendo o falido, por isso a “vis attractiva”. É indivisível pois o único competente para dirimir as lide é o juiz é o juiz da falência. Na RJ não é assim, pois existem credores que discutem sua demanda em outro juízo. Contudo, existem exceções:
	I – causas trabalhistas ( justiça do trabalho, art. 6. O crédito tem que vir PRONTO da justiça do trabalho, assim qualquer impugnação será feita na JT);
	II – causas fiscais (na RJ elas não entram, art. 6 §7. O fisco está sujeito na falência, ele deverá receber na ordem. Ele somente não precisa de HABILITAÇÃO, ele não precisa do processo de habilitação do art. 7. Basta juntar aos autos a certidão de dívida ativa que será incluído no quadro de credores na falência. O fisco pode continuar com sua execução fiscal, o juízo falimentar não é competente para discutir as causas fiscais, é uma exceção ao princípio da indivisibilidade. O 187 do CTN fala que o fisco irá receber na falência de acordo com a ordem de classificação dos créditos. O fisco não precisa fazer a habilitação, devendo receber de acordo com o art. 83 LF. A súmula 44 do TFR = se o fisco tivesse execução fiscal com penhora, aquele bem não ficaria sujeito à falência, teria o fisco uma preferência. (súmula extinta). O art. 108, §3, LRF = se o fisco continua com a execução, o produto da venda será ARRECADADO, devendo ser entregue à massa, não importa se a ação é posterior ou anterior ao pedido de falência. O que for arrecadado deve ser enviado à massa falida, pois o fisco não é o primeiro a receber. Art. 133, §3 do CTN = o produto de alienação em falência (o fisco vendeu os bens) dos bens permanecerá em conta de depósito disponível ao juiz de falência, e ficará a disposição durante 1 ano, o juiz só pode usar este dinheiro para pagar os créditos extraconcursais (art. 84) e os que preferem ao tributário (art. 83, que são os dois primeiros, pois o fisco está em terceiro lugar). Ou seja, do que adianta o fisco seguir com a execução, uma vez que a súmula 44 está extinta? Com a entrada em vigor da LFR, houve alteração do CTN e a consequente extinção da súmula 44. Este prazo de 1 ano, depois de 1 ano preciso devolver o valor ao fisco? Não, posso destinar ao pagamento dos credores, mesmo não havendo ainda, devendo aguardar o quadro de credores. A melhor saída para o fisco, então, é somente entrar na fila com a certidão de dívida ativa, não necessitando de passar pelo procedimento de aprovação que os demais credores tem que passar. Esta é a melhor saída.

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