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Disciplina: Fisioterapia na Saúde do Idoso Profª.: Franciely Gomes Fisiologia do Envelhecimento do Sistema Ósseo O tecido ósseo é uma forma rígida de tecido conjuntivo, formado por osteócitos, osteoblastos e osteoclastos. Os osteócitos encontram-se embebidos numa matriz protéica de fibras colágenas impregnadas de sais minerais, especialmente fosfato de cálcio. As fibras colágenas dão elasticidade e os minerais resistência Na infância, dois terços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. Na velhice, são os minerais que predominam O pico de massa óssea é alcançado entre 30 e 40 anos de idade, sendo maior nos homens do que nas mulheres. Após o pico essa , as mulheres perdem aproximadamente 1% de massa óssea por ano e podem perder até 6% por ano durante os primeiros 5 anos após a menopausa. Os homens apenas começam a perder massa óssea, cerca de 0,3% por ano, por volta dos 50 anos Nas mulheres, após a menopausa, essa perda aumenta de 6 a 10 (dez) vezes. Com o envelhecimento, há um aumento da reabsorção óssea, diminuindo a espessura do osso compacto, enquanto no osso esponjoso há um aumento no tamanho das trabéculas por perda de lâminas ósseas O envelhecimento modifica a atividade celular na medula óssea, ocasionando reabastecimento inadequado de osteoclastos e osteoblastos e também desequilíbrio no processo de reabsorção e formação óssea, resultando em perda óssea. A osteoclastogênese excessiva e a osteoblastogênese inadequada são responsáveis pela desarmonia entre formação e reabsorção óssea observada na menopausa e no envelhecimento Explique as alterações que acontecem no tecido ósseo no idoso. Fisiologia do Envelhecimento Sistema Muscular e Articular No músculo, há perda de massa muscular com diminuição do peso, da área de secção transversal e do número de células. Muitas células atrofiam e morrem; outras são substituídas por tecido adiposo e conjuntivo, ocorrendo um aumento do tecido adiposo e do colágeno intersticial na musculatura do idoso. Shephard (2003) assegura que o declínio da massa muscular com o envelhecimento leva a uma perda progressiva da força e da resistência aeróbia no idoso. O pico de força muscular é atingido por volta da 2ª e 3ª décadas de vida, com declínio lento e imperceptível até aproximadamente os 50 anos. Porém, após esse tempo, ocorre diminuição de 12 a 15% por década, com perdas ainda maiores acontecendo depois dos 65 anos. A força muscular dos idosos é comprometida pelo enrijecimento dos seus tendões, pois prejudica a desaceleração da massa corpórea, interferindo assim na prevenção de quedas. Desta maneira, torções e luxações são causadas por perdas na elasticidade nos tendões e ligamentos A redução na massa muscular decorre provavelmente de uma perda preferencial das fibras musculares do tipo II (contrações rápida). Rossi e Sader (2002) destacam que, de uma média de 60% em adultos sedentários, essa fibra tipo II após os 80 anos de idade vai para uma média inferior aos 30%. Declínio muscular relacionado à idade designa-se sarcopenia, termo que denota o complexo processo do envelhecimento muscular associado à diminuição da massa, da força, e da velocidade de contração. A etiologia da sarcopenia é multifatorial, envolvendo alteração no metabolismo do músculo, alterações endócrinas e fatores nutricionais e genéticos. O grau de sarcopenia não é o mesmo para diferentes músculos e varia entre os indivíduos. É importante destacar que o declínio muscular é maior nos membros inferiores, o que compromete o equilíbrio, a marcha e a ortostase As placas motoras, que no jovem mostram uma série de pregas regulares, no idoso apresentam aumento do número de pregas e a fenda sináptica fica mais ampla, com menor área de contato entre axônio e placa motora Ao mesmo tempo, há diminuição da quantidade acetilcolina liberada nas sinapses Assim como os músculos, as articulações também sofrem modificações com o envelhecimento. Há redução do conteúdo de água de tendões e ligamentos juntamente com alterações no sistema colágeno e elástico, ocasionando o enrijecimento dessas estruturas No tendão, há aumento do comprimento e diminuição da área de secção transversal, o que induz uma redução da resistência tendinosa com o aumento da idade Nas suturas do crânio, os ossos são unidos por tecido fibroso que, com o envelhecimento, vai sendo substituído por osso, processo que tem início aos 30 anos, ocasionando diminuição da resistência dessa articulação a fraturas No idoso, o núcleo pulposo perde água e proteoglicanos e suas fibras colágenas tornam-se espessas e em maior número. No anel fibroso, ocorre o contrário, há perda de células, depósito de cálcio e as fibras colágenas espessas tornam-se mais delgadas. Todas essas alterações fazem a espessura do disco intervertebral diminuir, acentuando-se as curvas da coluna, contribuindo para a cifose torácica, muito comum entre os idosos e mais freqüentes nas regiões cervical e lombar Nas articulações sinoviais, são observadas alterações importantes com o envelhecimento. A cartilagem torna-se mais delgada, surgem rachaduras e fendas na sua superfície, uma vez que, com o envelhecimento, diminui o número de condrócitos, água e proteoglicanos, enquanto as fibras colágenas aumentam em número e espessura. Cite as alterações que acontecem no: Sistema muscular: Sistema articular:
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