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ZABALA - pru00E1tica educativa

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Prévia do material em texto

Assessoria Acadêmica Sorocaba 
https://assessoriaacademicasorocaba.blogspot.com.br 
 
A PRÁTICA EDUCATIVA: COMO ENSINAR 
ANTONI ZABALA 
 
 Esta obra traz as principais considerações de Zabala 
sobre a prática educativa. 
 
 Mesmo não querendo dar a última palavra sobre o 
tema, o autor propõem alguns observar critérios que 
contribuem para articular a prática docente com o 
momento e situação social em que ela se dá. Ressalta 
o uso da reflexão pedagógica e de referenciais que 
permitam interrogá-la. 
 
 
 Um dos objetivos de qualquer bom profissional 
consiste em ser cada vez mais competente em seu 
ofício. Geralmente se consegue esta melhora 
profissional mediante o conhecimento e a 
experiência: o conhecimento das variáveis que 
intervêm na prática e a experiência para dominá-las. 
Mas como podemos saber se estas experiências, 
modelos, exemplos e propostas são adequados? Quais 
são os critérios para avaliá-los? 
 
 O autor enfoca, na obra, que “ensinar é difícil”, uma 
situação complexa que exige do profissional a 
capacidade de diagnosticar o contexto de trabalho, 
tomar decisões, avaliar sua atuação e reconduzir suas 
ações sempre que necessário (1998, p.10). 
 
 Para estabelecer um modelo de percepção da 
realidade da aula, atentar para elementos 
estritamente vinculados entre si: planejamento, 
aplicação e avaliação. 
 
 
- Por trás da decisão de um camponês sobre o tipo de adubos 
que utilizará, de um engenheiro sobre o material que 
empregará ou de um médico sobre o tratamento que 
receitará, não existe apenas uma confirmação na prática, nem 
se trata exclusivamente do resultado da experiência; todos 
estes profissionais dispõem, ou podem dispor, de 
argumentos que fundamentem suas decisões para 
além da prática. 
 
- Existem determinados conhecimentos mais ou menos 
confiáveis, mais ou menos comparáveis empiricamente, mais 
ou menos aceitos pela comunidade profissional, que lhes 
permitem atuar com certa segurança. 
 
 Na sala de aula acontecem muitas coisas ao mesmo 
tempo, rapidamente e de forma imprevista, o que faz 
com que se considere difícil, quando não impossível, 
a tentativa de encontrar referências ou modelos para 
racionalizar a prática educativa. 
 
Variáveis que configuram a prática 
educativa 
 
 Entender a intervenção pedagógica exige situar – se num 
modelo em que a aula se configura como um micro-
sistema definido por determinados espaços, uma 
organização social, certas relações interativas, uma forma 
de distribuir o tempo, um determinado uso dos recursos 
didáticos, etc., onde os processos educativos se explicam 
como elementos estreitamente integrados neste sistema. 
 A intervenção pedagógica tem um antes e um depois 
que constituem as peças substanciais em toda prática 
educacional. 
 
 O planejamento e a avaliação dos processos 
educacionais são uma parte inseparável da atuação docente, 
já que o que acontece nas aulas demanda uma intervenção 
pedagógica, que nunca pode ser entendida sem uma análise 
que leve em conta as intenções, as previsões, as expectativas 
e a avaliação dos resultados. 
 Buscar a competência em seu ofício é característica 
de qualquer bom profissional. Zabala elabora um 
modelo que seria capaz de trazer subsídios para a análise da 
prática profissional. Como opção, utiliza-se do modelo de 
interpretação que se contrapõe àquele em que o professor é 
um aplicador de fórmulas herdadas da tradição, 
fundamentando-se no pensamento prático e na capacidade 
reflexiva do docente. Recomenda-se, assim, uma constante 
avaliação do trabalho por parte do profissional. 
 A finalidade da escola é promover a formação integral 
dos alunos, segundo Zabala, que critica as ênfases 
atribuídas ao aspecto cognitivo. 
 
 Para ele, é na instituição escolar, através das relações 
construídas a partir das experiências vividas, que se 
estabelecem os vínculos e as condições que definem as 
concepções pessoais sobre si e os demais. A partir dessa 
posição ideológica acerca da finalidade da educação 
escolarizada, é conclamada a necessidade de uma 
reflexão profunda e permanente da condição de 
cidadania dos alunos, e da sociedade em que 
vivem. 
 
 
 Ao refletir sobre a função social do ensino comenta; por trás 
de qualquer prática educativa sempre há uma resposta a porque 
ensinar e como se aprende (1998, p.33). 
 
 A aprendizagem depende de características singulares de 
cada aluno, as suas experiências, histórias de vida, 
capacidades, motivações; é um processo singular e pessoal, 
por isso o autor ressalta a importância de considerar a 
diversidade na sala de aula como eixo estruturador 
do trabalho pedagógico. 
 Sobre os conteúdos da aprendizagem, seus 
significados são ampliados para além da 
questão do que ensinar, encontrando sentido 
na indagação sobre por que ensinar. Deste 
modo, acabam por envolver os objetivos 
educacionais, definindo suas ações no 
âmbito concreto do ambiente de aula. 
 
 Os conteúdos assumem o papel de envolver todas as 
dimensões do sujeito, caracterizando as seguintes 
tipologias de aprendizagem: 
 
 1 - factual e conceitual - engloba fatos, conceitos, 
princípios - (o que se deve aprender?); 
 
 2 - procedimental - diz respeito a técnicas e métodos (o 
que se deve fazer?); 
 
 3 - atitudinal - abrange valores, atitudes, normas- (como 
se deve ser?). 
 Explica a existência de dois referenciais básicos para 
análise da prática educativa: 
 
 o modelo tradicional, tem por função social a seletividade e o 
ensino e propedêutico em concordância com objetivos que dão 
prioridade a capacidades cognitivas, a concepção da 
aprendizagem que fundamenta um fim acumulativo e critérios 
uniformizadores. 
 
 o outro modelo tem função social compreensiva e formação 
integral; os objetivos e conteúdos visam desenvolver a 
capacidade de todos fundamentada pela concepção construtivista 
atendendo a diversidade dos alunos e respeitando seu processo 
de aquisição do conhecimento pela autonomia. (1998, 
p.49,50). 
 
 Sobre a concepção de aprendizagem, o autor afirma que não 
é possível ensinarmos sem nos determos nas referências de 
como os alunos aprendem, chamando a atenção para as 
particularidades dos processos de aprendizagem de cada 
aluno (diversidade). 
 
 O construtivismo é, então, eleito como concepção 
metodológica em virtude da validação empírica de uma 
série de princípios psicopedagógicos: os esquemas de 
conhecimento; o nível de desenvolvimento e dos 
conhecimentos prévios, e a aprendizagem significativa. 
 
 No momento, em busca de uma prática mais aprimorada, a 
concepção construtivista é o modelo de ensino que melhor 
atende aos aspectos da diversidade e formação integral dos 
alunos e do professor. 
 
 A atividade do aluno o torna protagonista do seu 
conhecimento, e junto com o professor, estabelece caminhos 
para uma ação que se constrói numa relação de diálogo e 
observação do conhecimento já adquirido e daquele 
que precisa ser assimilado. 
As sequências didáticas e as de 
conteúdo 
 
- Zabala explicita que a ordenação articulada das atividades 
seria o elemento diferenciador das metodologias, e que o 
primeiro aspecto característico de um método seria o tipo de 
ordem em que se propõem as atividades. 
 
- Ressalta que o parcelamento da prática educativa tem certo 
grau de artificialidade, explicável pela dificuldade em 
encontrar um sistema interpretativo adequado, que deveria 
permitir o estudo conjunto de todas as variáveis incidentes 
nos processos educativos. 
 
Assim... 
 
... seqüências didáticas são “conjuntos de 
atividades ordenadas, estruturadas e articuladas 
para a realização de certos objetivos 
educacionais, que têm um princípio e um fim 
conhecidos tanto pelos professores como pelos 
alunos” (pág.18) 
 A maneira de configurar as seqüências de atividadesé um dos 
traços mais claros que determinam as características 
diferenciais da prática educativa. Se realizamos uma análise 
destas seqüências buscando os elementos que as compõem, 
nos daremos conta de que são um conjunto de 
atividades ordenadas, estruturadas e articuladas 
para a realização de certos objetivos educacionais, 
que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos 
professores como pelos alunos. 
 
- A sequência considera a importância das intenções 
educacionais na definição dos conteúdos de aprendizagem e 
o papel das atividades que são propostas. 
 
- Alguns critérios para análise das sequências reportam que os 
conteúdos de aprendizagem agem explicitando as intenções 
educativas, podendo abranger as dimensões: conceituais; 
procedimentais; conceituais e procedimentais; ou 
conceituais, procedimentais e atitudinais. 
 As sequências de atividades de 
ensino/aprendizagem, ou seqüências didáticas, 
são uma maneira de encadear e articular as 
diferentes atividades ao longo de uma unidade 
didática. 
 
 O papel dos professores e dos alunos e das 
relações que se produzem na aula entre 
professor e alunos ou alunos e alunos, afeta o 
grau de comunicação e os vínculos afetivos que 
se estabelecem e que dão lugar a um 
determinado clima de convivência. 
 
 A forma de estruturar os diferentes alunos e a 
dinâmica grupal que se estabelece configuram 
uma determinada organização social da aula em 
que os meninos convivem, trabalham e se 
relacionam segundo modelos nos quais o grande 
grupo ou os grupos fixos e variáveis permitem e 
contribuem de uma forma determinada para o 
trabalho coletivo e pessoal e sua formação. 
 
Para o autor, certos questionamentos parecem relevantes: 
- Na sequência há atividades que nos permitam determinar 
os conhecimentos prévios?; 
 
- Atividades cujos conteúdos sejam propostos de forma 
significativa e funcional?; 
 
- Atividades em que possamos inferir sua adequação ao 
nível de desenvolvimento de cada aluno?; 
 
- Atividades que representem um desafio alcançável?; 
Provoquem um conflito cognitivo e promovam a atividade 
mental?; 
 
- Sejam motivadoras em relação à aprendizagem dos novos 
conteúdos?; 
 
 
- Estimulem a auto-estima e o auto-conceito?; 
 
- Ajudem o aluno a adquirir habilidades relacionadas com o 
aprender a aprender, sendo cada vez mais autônomo em suas 
aprendizagens? 
 
 Não é possível ensinar nada sem partir de uma ideia de como as 
aprendizagens se produzem. 
 Não se presta atenção às contribuições das teorias sobre como se 
aprende, mas em troca se utiliza uma determina concepção. 
 Quando se explica de certa maneira, quando se exige um estudo 
concreto, quando se propõe uma série de conteúdos, quando se pedem 
determinados exercícios, quando se ordenam as atividades de certa 
maneira, etc., por trás destas decisões se esconde uma idéia sobre como 
se produzem as aprendizagens. 
 Por trás de qualquer prática educativa sempre há uma 
resposta a “por que ensinamos” e “como se aprende”. 
 
- Zabala examina, dentro da concepção 
construtivista, a natureza dos diferentes 
conteúdos, o papel dos professores e dos 
alunos, bem como a relação entre eles no 
processo, colocando que o professor necessita 
diversificar as estratégias, propor desafios, 
comparar, dirigir e estar atento à diversidade 
dos alunos, o que significa estabelecer uma 
interação direta com eles. 
 A concepção construtivista, partindo da natureza social e 
socializadora da educação escolar e do acordo construtivista que 
desde algumas décadas se observa nos âmbitos da psicologia do 
desenvolvimento e da aprendizagem, reúne uma série de 
princípios que permitem compreender a complexidade dos 
processos de ensino/ aprendizagem e que se articulam em torno 
da atividade intelectual implicada na construção de 
conhecimentos. 
 
Função do professor na relação interativa 
com o aluno: 
O professor possui uma série de funções nessas relações interativas: 
- o planejamento e a plasticidade na aplicação desse plano, o que 
permite uma adaptação às necessidades dos alunos; 
- levar em conta as contribuições dos alunos no início e 
durante as atividades; auxiliá-los a encontrar sentido no que 
fazem, comunicando objetivos, levando-os a enxergar os 
processos e o que se espera deles; 
- estabelecer metas alcançáveis; oferecer ajuda adequada no 
processo de construção do aluno; 
 
 
- promover o estabelecimento de relações com o novo 
conteúdo apresentado, e exigir dos alunos análise, 
síntese e avaliação do trabalho; 
 
- estabelecer um ambiente e relações que facilitem a auto 
estima e o auto-conceito; promover canais de 
comunicação entre professor/aluno, aluno/aluno; 
- potencializar a autonomia, possibilitando a 
metacognição; 
 
- avaliar o aluno conforme sua capacidade e esforço. 
 
 
 
 
 
 
As relações interativas em sala de aula: 
o papel dos professores e dos 
alunos 
- O autor expõe o valor das relações que se estabelecem entre 
os professores, os alunos e os conteúdos no processo ensino e 
aprendizagem. Comenta que essas se sobrepõem às 
seqüências didáticas, visto que o professor e os alunos 
possuem certo grau de participação nesse processo, diferente 
do ensino tradicional, caracterizado pela 
transmissão/recepção e reprodução de conhecimentos. 
- O autor aborda a influência dos tipos dos conteúdos de aprendizagem 
(Coll), classificados em conceituais, procedimentais e atitudinais na 
estruturação das interações educativas na aula. 
 
- Nos conceituais, trabalham-se fatos, conceitos e princípios; 
 
- Nos procedimentais, o professor necessita perceber e 
criar condições adequadas às necessidades específicas de cada aluno; 
 
- Nos atitudinais, é preciso articular ações formativas, não bastando 
propor debates e reflexões sobre comportamento cooperativo, tolerância, 
justiça, respeito mútuo etc.; é preciso viver o clima de solidariedade, 
tolerância... 
 
 - Trabalhar conteúdos atitudinais é muito difícil, envolvendo 
em primeiro lugar a contradição entre o que é trabalhado na 
escola e o sistema social, ou o que é veiculado pela mídia. 
 
...Sobre as relações interativas em sala 
de aula: 
 A influência da concepção construtivista na estruturação das interações 
educativas na aula para facilitar a aprendizagem indicam a necessidade de 
se: 
 
○ Planejar a atuação docente de forma flexível para permitir a adaptação às 
necessidades dos alunos; 
○ Contar com as contribuições e conhecimentos dos alunos; 
○ Ajudá-los a encontrar sentido no que estão fazendo; 
○ Estabelecer metas ao alcance dos alunos; 
○ Oferecer ajudas adequadas; 
○ Promover a atividade mental auto-estruturante; 
○ Estabelecer ambientes que promovam a auto-estima e o auto-conceito; 
○ Promover canais de comunicação; 
○ Potencializar a autonomia; 
○ Avaliar os alunos conforme suas necessidades e seus esforços; 
○ Incentivar a auto-avaliação; 
A organização social da classe 
 
 Antoni Zabala procurou analisar as diferentes formas de 
organização social dos alunos vivenciadas na escola e sua 
relação com o processo de aprendizagem. Observou duas 
características pelas quais esses grupos são tradicionalmente 
organizados: a heterogeneidade e a homogeneidade, 
procurando discutir as vantagens e as desvantagens de cada 
opção e os tipos de conteúdos que elas desenvolvem 
prioritariamente. 
 Percebeu que todo tipo de organização grupal dos alunos, 
assim como todas as atividades a serem 
programadas/desenvolvidas pela escola e a própria forma de 
gestão que esta emprega, devem levar em consideração 
os tipos de aprendizagens que estão 
proporcionando a seus alunos e os objetivos 
expressos pela própria escola. 
 
 Desse modo, alertou para o fato de que inconscientemente a 
instituição escolar, ao não refletir sobre esses aspectos, pode 
acabar por desenvolver uma aprendizagem inversa àquilo queapregoa. 
 
 
 Na concepção construtivista, o papel ativo e 
protagonista do aluno não se contrapõem à 
necessidade de um papel igualmente ativo por parte 
do educador. É ele quem dispõe as condições para que a 
construção que o aluno faz seja mais ampla ou mais restrita, 
se oriente num sentido ou noutro, através da observação dos 
alunos, da ajuda que lhes proporciona para que utilizem seus 
conhecimentos prévios, da apresentação que faz dos 
conteúdos, mostrando seus elementos essenciais, 
relacionando – os com o que os alunos sabem e vivem. 
 
 Diversas formas de agrupamento de alunos: 
 - grupos / classe fixos (convencional; conjunto estável que 
favorece relações interpessoais); 
 - grupos / classe móveis ou flexíveis (variam conforme a 
atividade, área ou matéria); 
 - Distribuição do espaço / tempo: 
 Salas com conjuntos de carteiras enfileiradas, alinhadas à frente 
do quadro-negro – disposição criada em função do 
protagonismo do professor; questão começa a ser 
problematizada quando se focaliza o aluno como protagonista. 
 -estruturação horária em períodos rígidos (escola transmissora) 
X estruturação temporal flexível. 
 
A organização dos conteúdos 
 São analisadas as relações e a forma de vincular os diferentes 
conteúdos de aprendizagem. 
 Ao longo da história, os conhecimentos foram alocados em 
disciplinas, em uma lógica da organização curricular. 
Contudo, nos últimos anos é cada vez mais comum encontrarmos 
propostas que rompem com a organização por unidades centradas 
exclusivamente em disciplinas; o autor denominou tais métodos 
de globalizadores. 
 Ele defende a organização dos conteúdos nesses métodos, pois os 
conteúdos de aprendizagem só podem ser considerados 
relevantes na medida em que desenvolvam nos alunos a 
capacidade para compreender uma realidade que se manifesta 
globalmente. 
 
 
 
Basicamente 
 ... Existem 2 proposições acerca das forma de 
organizar os conteúdos: 
 
 - baseada em disciplinas ou matérias; 
 
 - baseada em métodos globalizados (centram-se no 
aluno e suas necessidades educacionais.) 
 
• Podemos encontrar propostas que rompem com a 
organização centrada por disciplinas (propostas metodológicas 
globalizadoras). 
 
• Nos métodos globalizados as disciplinas nunca são a finalidade 
do ensino, elas têm a função de proporcionar os meios ou 
instrumentos para realização dos objetivos educacionais; 
 
• Nos métodos globalizados a organização se realiza a partir da 
perspectivas de como os alunos aprendem; nascem quando o 
aluno se transforma em protagonista do ensino. ○ Ex;- centros 
de interesse, projetos, investigações do meio, projetos de 
trabalho (todos partem de uma situação real). 
 
 
 Podemos estabelecer três graus de relações disciplinares: 
 
1-) a multidisciplinaridade – conteúdos apresentados por 
matérias independentes uma das outra; 
 
2-) a interdisciplinaridade – interação entre dias ou mais 
disciplinas, integrando os conceitos idéias, metodologia; 
 
3-) a transdiciplinaridade – integração global, dentro de 
um sistema totalizador, facilitando a unidade interpretativa. 
 Os PCNs, nos seus documentos do Ensino Fundamental, 
dão um papel de destaque para os temas transversais. Daí a 
importância da compreensão do significado da 
transversalidade. 
 
 Por outro lado, as DCNs do Ensino Médio referenciam 
como princípio básico para este nível a interdisciplinaridade. 
Portanto, o conhecimento sobre as novas formas de 
organização é necessário para a compreensão e reflexão 
destes documentos, e para o encaminhamento de novas 
propostas de ensino. 
 
 No tocante aos métodos globalizadores, o autor 
descreve as possibilidades dos centros de interesse de 
Decroly (interagir com o meio), os métodos de 
projetos de Kilpatrick (preparação para a vida 
solidária), o estudo do meio (espírito científico), e os 
projetos de trabalhos globais (cidadãos capazes de 
aprender a aprender). 
 
 
 
Materiais curriculares e outros recursos 
- São aqueles que proporcionam ao educador referências e critérios 
para tomar decisões, no planejamento e na intervenção no ensino e na 
avaliação; podem ser tipificados conforme; 
 
1-) o âmbito de intervenção (planejamento da aula, grupo, classe, 
individual); 
 
2-) a intencionalidade da função (orientar, exemplificar, ilustrar); 
 
3-) os conteúdos e as maneiras de organizá-los (integradoras, 
globalizadoras, conteúdos procedimentos, conceituais); 
 
4-) o suporte (quadro negro, papel, cadernos, fichas, livro didático) 
 
 
- Materiais curriculares são os instrumentos que proporcionam 
referências e critérios para tomar decisões: no planejamento, 
na intervenção direta no processo de ensino/aprendizagem e 
em sua avaliação. 
 
- São meios que ajudam os professores a responder aos 
problemas concretos que as iferentes fases dos processos de 
planejamento, execução e avaliação lhes apresentam. 
 
 Na relação entre os materiais curriculares e a dimensão dos 
conteúdos, temos: 
 
 para os conteúdos conceituais ou factuais, quadro negro, 
audiovisuais e livros didáticos; 
 
 para os conteúdos procedimentais, textos, dados estatísticos, 
revistas, jornais; 
 
 para os conteúdos atitudinais, vídeos e textos que estimulem o 
debate. 
 
 Todos os materiais curriculares utilizados por professores e alunos 
são veiculadores de mensagens e atuam como transmissores de 
determinadas visões da sociedade, da história e da cultura, devendo ser 
analisados a sua dependência ideológica e o modelo de aula a que 
induzem. 
Conteúdos factuais 
 
 Por conteúdos factuais se entende o conhecimento de fatos, 
acontecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e 
singulares: a idade de uma pessoa, a conquista de um território, a 
localização ou a altura de uma montanha, os nomes, os códigos, 
os axiomas, um fato determinado num determinado momento, 
etc. 
 
 O ensino está repleto de conteúdos factuais: toda a 
toponímia na área de geografia; as datas e os nomes de 
acontecimentos na de história; os nomes de autores e 
correntes na de literatura, música e artes plásticas; os códigos 
e os símbolos nas áreas de língua, matemática, física e 
química; as classificações na de biologia; o vocabulário nas 
línguas estrangeiras... 
 Consideramos que o aluno ou a aluna aprendeu um 
conteúdo factual quando é capaz de reproduzi-lo. Na 
maioria destes conteúdos, a reprodução se produz de forma 
literal. Dizemos que alguém aprendeu quando é capaz de 
recordar e expressar, de maneira exata, o original, quando 
se dá a data com precisão. 
 Este caráter reprodutivo comporta exercícios de repetição 
verbal. Repetir nomes, as datas e as obras tantas vezes 
quanto for necessário. 
 
 Embora esta aprendizagem repetitiva seja fácil, posto que 
não se requer muito planejamento nem intervenção 
externa, para fazer estes exercícios de caráter notavelmente 
rotineiro é imprescindível uma atitude ou predisposição 
favorável. 
 Na concepção construtivista, o papel ativo e protagonista 
do aluno não se contrapõem à necessidade de um papel 
igualmente ativo por parte do educador. É ele quem dispõe 
as condições para que a construção que o aluno faz seja mais 
ampla ou mais restrita, se oriente num sentido ou noutro, 
através da observação dos alunos, da ajuda que lhes 
proporciona para que utilizem seus conhecimentos prévios, 
da apresentação que faz dos conteúdos, mostrando seus 
elementos essenciais, relacionando – os com o que os 
alunos sabem e vivem. 
 
Conteúdos conceituais 
 
 
 Abrangem conceitos e princípios; o aluno deve interpretar, 
compreender, expor um fenômeno, situando fatos, objetos 
ou situações concretas no conceito que os inclui. 
 A aprendizagem dos conteúdos procedimentais 
 
 Um conteúdo procedimental – que inclui entre outras 
coisas as regras, as técnicas, os métodos, as destrezas ou 
habilidades,as estratégias, os procedimentos – é um 
conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, 
dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos 
procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular, classificar, 
traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar, etc. 
 A realização das ações que formam os procedimentos é uma 
condição sine qua non para a aprendizagem. Se examinamos a 
definição, vemos que os conteúdos procedimentais são um 
conjunto de ações ordenadas e com um fim. Como se 
aprende a realizar ações? Fazendo-as. Aprende-se a falar 
falando. Atualmente, ainda é normal encontrar textos 
escolares que partem da base de que memorizando os 
diferentes passos de, por exemplo, uma pesquisa científica, 
seremos capazes de realizar pesquisas, ou que pelo simples 
fato de conhecer as regras sintáticas saberemos escrever ou 
falar. 
 
A aprendizagem dos conteúdos 
atitudinais 
 
- O termo conteúdos atitudinais engloba uma série de 
conteúdos que podemos agrupar em valores, atitudes e 
normas. Entendemos por valores os princípios ou as idéias 
éticas que permitem às pessoas emitir um juízo sobre as 
condutas e seu sentido. 
 
- As atitudes são tendências ou predisposições relativamente 
estáveis das pessoas para atuar de certa maneira. São a forma 
como cada pessoa realiza sua conduta de acordo com valores 
determinados. 
 
 
 As normas são padrões ou regras de comportamento que 
devemos seguir em determinadas situações que obrigam a 
todos os membros de grupo social. Consideramos que se 
adquiriu um valor quando este foi interiorizado e foram 
elaborados critérios para tomar posição frente àquilo que 
deve se considerar positivo ou negativo. 
A avaliação 
 Realiza-se uma severa crítica à forma como habitualmente é 
compreendida a avaliação. 
 A pergunta inicial “por que temos que avaliar?”, necessária 
para que se entenda qual deve ser o objeto e o sujeito da 
avaliação, demora um pouco a ser respondida. 
 A proposta elimina a idéia da avaliação apenas do aluno como 
sujeito que aprende e propõe também uma avaliação de como o 
professor ensina. Elabora a idéia de que devemos realizar uma 
avaliação que seja inicial, reguladora (prefere esse termo 
ao invés de formativa, por entender que explica melhor as 
características de adaptação e 
 adequação, ou seja, é capaz de acompanhar o progresso do 
ensino), final e integradora. 
 No seu estudo sobre a avaliação, Zabala explica que a função social 
da avaliação é ser um instrumento essencial para direcionar o 
processo da aprendizagem, tendo o cuidado de avaliar de 
diferentes formas verificando a capacidade de cada aluno, a 
avaliação, portanto ajuda o aluno a interpretar o seu próprio 
conhecimento. 
 
 Diferente da avaliação sancionadora, onde a função social é 
seletiva, em que cabe aos alunos obter bons resultados a partir de 
uma rígida disciplina que o condicione a memorizar o maior 
número de conhecimentos possíveis; nessa perspectiva, não é o 
ensino que deve se adaptar ao aluno, mas o aluno que precisa se 
adaptar aos conteúdos. (1998, p.199) 
- Em o que avaliar propõe a avaliação de fatos, conceitos, 
procedimentos e atitudes, chegando a justificar a prova 
escrita para fatos e conceitos, seja-a do tipo mais rápido ou 
exaustivo. 
 
- Uma nota importante diz respeito à observação de que os 
conceitos podem ser mais bem avaliados quando a 
expressão verbal é possível, e não apenas a escrita, 
da mesma forma que vê nas pessoas a necessidade de uma 
expressão de gestos, citando o exemplo do uso das mãos 
que os indivíduos fazem para explicar melhor esses 
conceitos. 
 
- Por último, o autor deixa dúvidas sobre se as notas ou 
classificações deveriam ser totalmente públicas, da forma 
como é atualmente, pois entende que isto esbarra em uma 
dimensão ética, ou seja, além da dimensão pública existe uma 
privada e íntima que precisa ser respeitada. Duvida o autor dos 
efeitos estimulantes desta divulgação da forma como é feita. 
 
 
 
- Esclarece que os procedimentos só podem ser avaliados 
enquanto um saber fazer, propondo uma avaliação sistemática 
em situações naturais ou artificialmente criadas. 
 
 - Afirma que os conteúdos atitudinais implicam na 
observação das atitudes em diferentes situações e levanta a 
possibilidade das pessoas não darem o devido valor às 
atitudes enquanto um conteúdo, pelo fato das mesmas não 
poderem ser quantificadas. 
 
- Utiliza a metáfora do médico que não possui instrumentos 
para medir dor, enjôo ou estresse e, nem por isso deixa de 
diagnosticar e medicar 
Sintetizando o pensamento do autor 
sobre a avaliação... 
 Não deve se limitar somente a avaliação do aluno, mas também o 
grupo / classe, inclusive o professor ou a equipe docente (o 
processo de ensino é a própria forma de avaliação.) 
 
• A avaliação inicial (diagnóstica); 
 
• A avaliação reguladora (como cada aluno aprende) modificação e 
melhora contínua do aluno; 
 
• A avaliação integradora (todo percurso do aluno) informe global do 
processo; 
 
- Avaliamos para o aperfeiçoamento da prática educativa; 
 
• Compartilhar objetivos – condições para avaliação formativa. 
 
 
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Importante: Este material que estou disponibilizando foi 
utilizado por Rosângela Quequetto no curso preparatório para 
concurso para professor na cidade de Sorocaba em 2015, do 
qual participei. 
Maria Beatriz

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