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UMA PESQUISA PRELIMINAR DE Eduardo G. Gonçalves, 2 Élder AS Paiva, 3 e Marcus A. Nadruz Coelho 4 PETIOLAR COLLENCHYMA NA ARACEAE 1 UMA BSTRACT Este artigo apresenta um levantamento sistemático preliminar de 115 espécies de 56 gêneros (aproximadamente 51% dos gêneros) de Araceae em que o padrão de colênquima peciolar (ou sua ausência) é descrito e classificado. Esta característica parece muito conservadora dentro dos gêneros, aparentemente não mudando qualitativamente com as condições de desenvolvimento ou ambientais. As seções transversais no ponto médio entre a base do pecíolo e o ápice foram estudadas principalmente, mas as seções apicais e basais também foram observadas nos gêneros onde o colênquima está ausente no ponto médio do pecíolo. Três padrões são definidos: (1) colênquima ausente no ponto médio entre a base do pecíolo e o ápice; (2) um anel de colênquima periférico contínuo ou interrompido (padrão filodendróide); (3) fitas arredondadas de colênquima dispostas concentricamente e associadas a feixes vasculares periféricos (padrão colocassióide). Nenhum gênero com flores bissexuais analisadas até agora apresenta colênquima nos pontos médios do pecíolo, embora isso geralmente ocorra no ápice e na base. Os gêneros monóicos podem exibir todos os três padrões, mas o padrão 1 parece restrito à tribo Zamioculcadeae e ao gênero Anubias. A presença de um pecíolo totalmente colenquimatoso parece aparecer apenas em gêneros mais derivados nas Araceae: pode ser uma característica apomórfica dentro da família. Palavras-chave: Araceae, colênquima, pecíolo, pulvino, esclerênquima. As características anatômicas são, em muitos casos, razoavelmente importantes para a definição taxonômica de alguns grupos e são consideradas tão valiosas quanto as morfológicas (Stace, 1980). Em táxons nos quais as características morfológicas grosseiras não são informativas, estudos de anatomia vegetal comparativa são muito úteis. A anatomia das Araceae foi estudada principalmente por French (1997). Seus estudos foram importantes para ajudar a definir a classificação supra-genérica da família (Mayo et al., 1997). Apesar da ampla gama desses estudos (entre táxons e entre órgãos e tecidos), pouca atenção tem sido direcionada às folhas e pecíolos. Embora restrito em sua ocorrência nas monocotiledôneas (Fahn, 1990), o colênquima é encontrado em vários gêneros de Araceae. É comum no crescimento de órgãos aéreos como tecido de sustentação, sendo caracterizada pela presença de células de paredes espessas com paredes primárias não lignificadas. O colênquima também se destaca por sua plasticidade, ou seja, esse tecido retém a capacidade de se deformar, embora sua função esteja relacionada ao suporte mecânico. Provavelmente, o primeiro a observar padrões de tecido de suporte em pecíolos de Araceae foi Engler (1920), e publicou a maior parte do conhecimento atual sobre este tópico. Engler considerou os padrões de colênquima taxonomicamente sem sentido porque não eram congruentes com sua classificação. Mais tarde Solereder e Meyer (1928) descreveram a anatomia do pecíolo em várias espécies, observando um anel fundido de colênquima em Asterostigma, Dieffenbachia, Homalomena, Philodendron, Schismatoglottis, e Spathantheum. Eles também observaram que Peltandra, Typhonodorum, muitos gêneros das tribos Caladieae e Colocasiae, e a maioria das Areae do Velho Mundo, tinham bainhas colenquimatosas associadas aos feixes vasculares. Em uma breve comunicação sobre a determinação dos padrões de colênquima em Araceae, Gonçalves e Paiva (1995) descreveram dois padrões básicos de distribuição desse tecido nos pecíolos. Eles foram chamados de '' colocasioide '' e '' filodendroid '', com base nas subfamílias inglesas nas quais cada padrão foi observado pela primeira vez. O primeiro se caracterizava pela presença de fios arredondados de colênquima dispostos concentricamente e o segundo por um anel de colênquima envolvendo todo o pecíolo, podendo ser contínuo ou interrompido. 1 Agradecemos àqueles que contribuíram enviando plantas vivas ou sementes para serem pesquisadas. Também somos gratos a Richard Keating pelas sugestões importantes e a Simon Mayo pela revisão de uma versão anterior do manuscrito. Parte deste trabalho foi realizado na Universidade de Brasília, DF, Brasil. No decorrer deste trabalho, o EGG foi financiado pelas bolsas CAPES e FAPESP (99 / 02921-7). 2 Universidade Católica de Brasília, Curso de Ciências Biológicas, Prédio São Gaspar Bertoni, sala M-206, QS 7, Lote 1, EPTC, CEP 72030-170, Taguatinga, DF, Brasil. 3 Depto. de Botânica, Universidade Federal de Minas Gerais. Caixa Postal 486 — CEP 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil. 4 Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão 915, CEP 22460-030, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. UMA NN. M ISSOURI B OT. G ARD. 91: 473–484. 2004. 474 Anais do Jardim Botânico de Missouri Dada a importância potencial de tal característica para estudos filogenéticos em aróides, apresentamos aqui um levantamento preliminar dos padrões peciolares de colênquima em Araceae. os pecíolos das Araceae não mudam qualitativamente com a idade das plantas. Até onde nossa análise mostrou, todas as espécies do mesmo gênero apresentaram o mesmo padrão, o que sugeriu que a variação no padrão de colênquima entre os táxons poderia ser taxonomicamente útil. Observou-se também que não houve mudança significativa em relação às condições de cultivo. Os padrões de colênquima observados em todos os táxons pesquisados são mostrados na Tabela 1. Três padrões foram identificados (ver Fig. 1): (1) colênquima ausente, pelo menos do ponto médio do pecíolo (Fig. 2A) apresentando esclerênquima como o principal suporte lenço de papel; (2) um anel periférico de colênquima (padrão filodendróide) (fig. 2C), que pode ser contínuo ou interrompido; (3) fitas arredondadas de colênquima dispostas concentricamente (padrão de colocassioide) (Fig. 2D). Todos os táxons estudados podem ser referidos a um desses padrões, como segue: Plantas de 56 gêneros foram pesquisadas, cobrindo aproximadamente 51% dos gêneros atualmente aceitos para a família (109). Este número de gêneros na família foi calculado usando o número previamente aceito de 106 (Mayo et al., 1997) menos Lazarum ( Hay, 1997) menos Sauromatum ( Hetterscheid & Boyce, 2000) (ambos fundidos com Tifônio) mais os cinco gêneros de '' lemnoides '' (French et al., 1995; Les & Crawford, 1999). Foram analisadas 115 espécies (Tabela 1), todas de material fresco. Quando possível, mais de uma espécie para cada gênero foi amostrada a fim de observar a variação infragenérica dos padrões de colênquima. Foram utilizadas plantas silvestres ou aróides de origem cultivada (os vouchers estão depositados no herbário da Universidade de Brasília). Uma vez que muitos gêneros não brasileiros foram amostrados de material cultivado (geralmente de origem desconhecida), também garantimos todos eles. Todas as plantas foram identificadas e examinadas quanto ao padrão de tecidos de suporte nos pecíolos. Para determinar o padrão de colênquima, folhas de folhagem totalmente expandidas foram coletadas. Seções transversais no ponto médio entre a base do pecíolo e o ápice foram estudadas, exceto em Pistia stratiotes, em que a base da folha séssil foi usada. O material não coletado próximo ao laboratório (por exemplo, de populações selvagens) foi preservado em solução de glicerina a 50% para mantê-lo hidratado e preservar o colênquima. Em alguns gêneros com flores bissexuais, as seções também foram feitas na base e / ou ápice do pecíolo, particularmente quando um pulvino estava presente. As seções transversais foram feitas à mão de cada pecíolo. Os cortes obtidos foram submetidos a vácuo para retirada de bolhas de ar do tecido. As secções foram então coradas com Astra Blue e contra-manchas de Fuchsin ou submetidas atestes histoquímicos para pectinas (Vermelho de Rutênio) e lig- túrio com as nove espécies observadas não apresentando colênquima no ponto médio entre a base do pecíolo e o ápice. Os feixes vasculares são acompanhados por esclerênquima e algumas espécies (por exemplo, A. acutum e A. longifolium) têm os feixes vasculares mais externos unidos por uma bainha contínua de esclerênquima. cies), Rhaphidophora ( 1), Epipremnum ( 1), Scindapsus ( 1), Spathiphyllum ( 5), Estenospermação ( 2), Monstera ( 2), e Rhodospatha ( 2). Todos os gêneros pesquisados careciam de colênquima no ponto médio entre a base do pecíolo e o ápice. M ATERIAIS E M ÉTODOS POTHOIDEAE DE SUBFAMÍLIA O gênero representativo considerado foi A- SUBFAMILY MONSTEROIDEAE Os táxons estudados aqui incluem Heteropsis ( 1 spec- SUBFAMILY LASIOIDEAE Os gêneros pesquisados foram Cyrtosperma ( 1 espécie), Dracôncio ( 2), Dracontioides ( 1), Lasia ( 1), Pycnospatha ( 1), e Urospatha ( 1). Nenhum dos gêneros possui colênquima no ponto médio entre a base do pecíolo e o ápice. nins (floroglucina ácida) (Johansen, 1940). As seções foram então montadas em preparações semipermanentes com glicerina aquosa. Os padrões do colênquima foram registrados por fotomicrografia de luz e desenhados em um acessório de desenho modelo Olympus BH2. Uma lista completa com todo o material pesquisado é apresentada na Tabela 1. Anubias, e Ambrosina, onde o colênquima está ausente nas regiões médias do pecíolo, todos os gêneros desta subfamília apresentam colênquima verdadeiro como o principal tecido de suporte dos pecíolos. O colênquima pode ser isolado da epiderme por algumas camadas de parênquima (por exemplo, Aglaonema crispum e Dief-Para nossas observações preliminares, notou-se que o padrão de distribuição do colênquima em SUBFAMILY AROIDEAE Com a exceção de Zamioculcas, Gonatopus, R ESULTS Volume 91, Número 3 2004 Gonçalves et al. Colênquima petiolar em Araceae 475 T a b e l a 1 . G ê n e r o s e e s p é c i e s d e A r a c e a e e s t u d a d o s p a r a o p a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p e c í o l o . S u b f a m í l i a s e t r i b o s s ã o o r d e n a d a s c o n f o r m e a p a r e c e m e m M a y o e t a l . ( 1 9 9 7 ) . P a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e e o á p i c e d o p e c í o l o T a x a P O T H O I D E A E D E S U B F A M Í L I A T r i b o A n t h u r i e a e A n t ú r i o A . a c u t u m N E B r . A . l o n g i f o l i u m ( H o f f m a n s . ) G . D o n A . m o u r a i E n g l . A . o b t u s u m ( E n g l . ) G r a y u m A . p l o w m a n i i c r o a t a A . r u b r i n e r v i u m G . D o n A . s c a n d e n s ( A u b l . ) E n g l . A . s i n u a t u m B e n t h . e x S c h o t t A . s o l i t a r i u m S c h o t t S U B F A M I L Y M O N S T E R O I D E A E T r i b o S p a t h i p h y l l e a e S p a t h i p h y l l u m S . c a n n i f o l i u m ( D r y a n d . ) S c h o t t S . fl o r i b u n d u m N E B r . 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C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , G o n ç a l v e s 7 4 7 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 3 4 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 4 1 7 ( U B 0 B r a s i l . C u l t i v a d o n a U n i v e r s i d a d e d e B r a s í l i a , G o n ç a l v e s 7 5 3 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 6 0 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 5 9 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 3 3 ( U B ) B r a s i l . A m a p á : G o n ç a l v e s 5 0 5 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e . G o n ç a l v e s 7 5 5 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e 476 Anais do Jardim Botânico de Missouri T a b e l a 1 . C o n t i n u a ç ã o . P a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e e o á p i c e d o p e c í o l o T a x a F o n t e E s t e n o s p e r m a ç ã o S . a n g u s t i f o l i u m H e m s l . S . m u l t i o v u l a t u m ( E n g l . ) N E B r . S U B F A M I L Y L A S I O I D E A E C y r t o s p e r m a C . m e r k u s i i S c h o t t D r a c o n t i o i d e s D . d e s c i s c e n s ( S c h o t t ) E n g l . D r a c ô n c i o ' ' D . b o g n e r i ' ' GH Z h u , i n e d . D . m a r g a r e t a e B o g n e r L a s i a L . s p i n o s a ( L . ) T h w a i t e s P y c n o s p a t h a P . a r i e t i n a T h o r e l e G a g n e p . U r o s p a t h a U . s a g i t t i f o l i a ( R u d g e ) S c h o t t S U B F A M I L Y A R O I D E A E T r i b o Z a m i o c u l c a d e a e G o n a t o p u s G . b o i v i n i i ( D e c n e . ) E n g l . Z a m i o c u l c a s Z . z a m i i f o l i a ( L o d d . ) E n g l . P a n a m á . P a n a m á : S u c r e 4 7 3 3 ( R B ) B r a s i l . A m a p á : G o n ç a l v e s 5 4 8 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 6 2 0 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 4 0 9 ( U B ) B r a s i l . T o c a n t i n s : G o n ç a l v e s 2 7 9 ( U B ) B r a s i l . T o c a n t i n s : G o n ç a l v e s 9 7 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 6 1 9 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , o b t i d o j u n t o a J o h n B a n t a ( E U A ) , G o n ç a l v e s 7 5 4 ( U B ) B r a s i l . T o c a n t i n s : G o n ç a l v e s 9 9 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , e n v i a d o p o r J o s e f B o g n e r a V i c t o r S o u - k o u p e e n c a m i n h a d o p a r a o B r a s i l , G o n ç a l v e s 7 6 1 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , e n v i a d o p o r P a u l R e s s l a r ( E U A ) , G o n ç a l - v e s 7 5 8 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e T r i b o D i e f f e n b a c h i e a e D i e f f e n b a c h i a D . e l e g a n s J o n k e r e A M E J o n k e r D . p a l u d i c o l a N E B r . D . s e g u i n e ( J a c q . ) S c h o t t T r i b o S p a t h i c a r p e a e A s t e r o s t i g m a A . c r y p t o s t y l u m B o g n e r A . l o m b a r d i i E G G o n ç . A . r i e d e l i a n u m S c h o t t B r a s i l . A m a p á : G o n ç a l v e s 5 0 3 ( U B ) B r a s i l . A m a p á : G o n ç a l v e s 4 7 6 ( U B ) B r a s i l . R o n d ô n i a : G o n ç a l v e s 1 1 2 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 7 1 ( U B ) B r a s i l . M i n a s G e r a i s : L o m b a r d i 6 5 8 ( B H C B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 4 1 8 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e Volume 91, Número 3 2004 Gonçalves et al. Colênquima petiolar em Araceae 477 T a b e l a 1 . C o n t i n u a ç ã o . P a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e e o á p i c e d o p e c í o l o T a x a F o n t e G e a r u m G . b r a s i l i e n s e N E B r . G o r g o n i d i u m G . v e r m i c i d u m ( S p e g . ) B o g n e r & N i c o l s o n M a n g o n i a M . t w e e d i e a n a S c h o t t S p a t h a n t h e u m S . i n t e r m e d i u m B o g n e r S p a t h i c a r p a S . g a r d n e r i S c h o t t S . h a s t i f o l i a G a n c h o . S . l a n c e o l a t a E n g l . S y n a n d r o s p a d i x S . v e r m i t o x i c u s ( G r i s e b . ) E n g l . T a c c a r u m T . c r a s s i s p a t h u m E G G o n ç . T . w e d d e l l i a n u m B r o n g n . e x S c h o t t T r i b o P h i l o d e n d r e a e P h i l o d e n d r o n P . c a m p o s p o r t o a n u m G M B a r r o s o P . b i p i n n a t i fi d u m S c h o t t e x E n d l . P . c i p o e n s e S a k u r a g u i e M a y o P . l i n n a e i K u n t h P . fl u m i n e u m E G G o n ç . P . f r a g r a n t i s s i m u m ( H o o k . ) G . D o n P . i n s i g n e S c h o t t P . p e d a t u m ( H o o k . ) K u n t h P . h e d e r a e u m ( J a c q . ) S c h o t t P . s q u a m i f e r u m P o e p p . P . u l i g i n o s u m m a i o n e s e T r i b o H o m a l o m e n e a e H o m a l o m e n a H . w a l l i s i i R e g e l H . w e n d l a n d i i S c h o t t B r a s i l . T o c a n t i n s : G o n ç a l v e s 1 0 9 ( U B ) A r g e n t i n a . T u c u m á n : H e n n i p m a n 4 0 4 7 ( L ) B r a s i l . R i o G r a n d e d o S u l : G o n ç a l v e s 6 1 1 ( U B ) P e r u . C u z c o : M u n n 1 4 8 ( E U ) B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 7 2 ( U B ) B r a s i l . S a n t a C a t a r i n a : G o n ç a l v e s 4 5 7 ( U B ) B r a s i l . R i o G r a n d e d o S u l : 6 1 2 ( U B ) B o l í v i a . S u c r e : Z e c h e r s n ( M ) B r a s i l . G o i á s : G o n ç a l v e s 1 0 4 ( U B ) B r a s i l . M a t o G r o s s o d o S u l : G o n ç a l v e s 1 9 8 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e B r a s i l . G o i á s : G o n ç a l v e s 4 3 ( U B ) B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 6 6 ( U B ) B r a s i l . M i n a s G e r a i s : G o n ç a l v e s 3 3 9 ( U B ) B r a s i l . R i o d e J a n e i r o : G o n ç a l v e s 2 7 8 ( U B ) B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 5 0 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 3 9 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 3 8 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 4 0 2 ( U B ) B r a s i l . E s p ı ́r i t o S a n t o : G o n ç a l v e s 5 8 3 ( U B ) B r a s i l . A m a p á : G o n ç a l v e s 5 0 4 ( U B ) B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 6 0 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o id e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , G o n ç a l v e s 7 5 6 ( U B ) B r a s i l . R o n d ô n i a : G o n ç a l v e s 2 1 2 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e 478 Anais do Jardim Botânico de Missouri T a b e l a 1 . C o n t i n u a ç ã o . P a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e e o á p i c e d o p e c í o l o T a x a F o n t e T r i b o A n u b i a d e a e A n u b i a s A . a f z e l i i S c h o t t A . h a s t i f o l i a E n g l . T r i b e S c h i s m a t o g l o t t i d e a e S c h i s m a t o g l o t t i s S . a c u t a n g u l a E n g l . S . n e o g u i n e e n s i s ( A n d r é ) N E B r . B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 6 2 1 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 6 1 8 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e c o l ê n q u i m a a u s e n t e B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 6 1 7 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 7 6 2 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e T r i b e C r y p t o c o r y n e a e C r i p t o c o r y n e C . c o r d a t a G r i f f . T r i b o Z o m i c a r p e a e Z o m i c a r p a Z . r i e d e l i a n a S c h o t t T r i b o C a l a d i e a e C a l a d i u m C . b i c o l o r ( A i t o n ) V e n t . C . h u m b o l d t i i S c h o t t S c a p h i s p a t h a S . g r a c i l i s B r o n g n . e x S c h o t t S y n g o n i u m S . a n g u s t a t u m S c h o t t S . a u r i t u m S c h o t t S . v e l l o z i a n u m S c h o t t X a n t h o s o m a X . a r i s t e g u i e t a e ( G S B u n t i n g ) M a d i s o n X . h e l l e b o r i f o l i u m ( J a c q . ) S c h o t t X . m a x i m i l i a n i i S c h o t t X . p e n t a p h y l l u m ( V e l l . ) E n g l . X . p l o w m a n i i B o g n e r X . r i e d e l i a n u m S c h o t t X . s a g i t t i f o l i u m ( L . ) S c h o t t X . s t r i a t i p e s ( K u n t h ) M a d i s o n X . a c u t u m E G G o n ç . B r a s i l . C u l t i v a d o e m B r a s í l i a , G o n ç a l v e s 7 5 7 ( U B ) c o l o c a s i o i d e B r a s i l . M a r a n h ã o : G o n ç a l v e s 1 5 7 ( U B ) c o l o c a s i o i d e B r a s i l . G o i á s : G o n ç a l v e s 8 1 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 4 5 ( U B ) B r a s i l . M a r a n h ã o : G o n ç a l v e s 1 4 7 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m S ã o P a u l o : G o n ç a l v e s 7 4 3 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 7 6 4 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 3 6 ( U B ) B r a s i l . M a t o G r o s s o d o S u l : G o n ç a l v e s 2 0 2 ( U B ) B r a s i l . G o i á s : G o n ç a l v e s 9 1 ( U B ) B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 3 5 ( U B ) B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 3 0 ( U B ) B r a s i l . T o c a n t i n s : G o n ç a l v e s 1 4 3 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , G o n ç a l v e s 7 6 3 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m R o n d ô n i a , G o n ç a l v e s 2 3 8 ( U B ) B r a s i l . D i s t r i t o F e d e r a l : G o n ç a l v e s 6 7 ( U B ) B r a s i l . A m a p á : G o n ç a l v e s 5 5 6 ( U B ) c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e Volume 91, Número 3 2004 Gonçalves et al. Colênquima petiolar em Araceae 479 T a b e l a 1 . C o n t i n u a ç ã o . P a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e e o á p i c e d o p e c í o l o T a x a F o n t e T r i b o N e p h t h y t i d e a e A n c h o m a n a s A . d i f f o r m i s ( B l u m e ) E n g l . N e p h t h y t i s N . p o i s s o n i i ( E n g l . ) N E B r . B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , e n v i a d o p o r R o b e r t M c C l u r e ( A u s t r á l i a ) , G o n ç a l v e s 7 3 8 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , e n v i a d o p o r J o s e f B o g n e r a V i c t o r S o u - k o u p ( E U A ) e p a r a o B r a s i l , G o n ç a l v e s 7 3 7 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e T r i b o A g l a o n e m a t e a e A g l a o n e m a A . c o m m u t a t u m S c h o t t A . c o s t a t u m N E B r . A . c r i s p u m ( A r r e m e s s a d o r e M a n d a ) N i c o l s o n A . m o d e s t u m E n g l . T r i b o C u l c a s i e a e C e r c e s t i s C . m i r a b i l i s ( N E B r . ) B o g n e r T r i b o M o n t r i c h a r d i e a e M o n t r i c h a r d i a M . l i n i f e r a ( A r r u d a ) S c h o t t T r i b o Z a n t e d e s c h i e a e Z a n t e d e s c h i a Z . a l b o - m a c u l a t a ( H o o k . ) B a i l l . Z . a e t h i o p i c a ( L . ) S p r e n g . Z . r e h m a n n i i E n g l . T r i b o T h o m s o n i e a e A m o r f ó f a l o A . b u l b i f e r ( R o x b . ) B l u m e A . k o n j a c C . K o c h A . p a e o n i i f o l i u s ( D e n n s t . ) N i c o l s o n P s e u d o d r a c ô n c i o P . l a c o u r i i ( L i n d e n e A n d r é ) N E B r . B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 7 3 5 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 6 5 ( UB ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , G o n ç a l v e s 7 6 6 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 7 6 7 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e * f i l o d e n d r o i d e * f i l o d e n d r o i d e * f i l o d e n d r o i d e * B r a s i l . C u l t i v a d o n a c o l e ç ã o d e B u r l e - M a r x n o R i o d e J a n e i r o , G o n ç a l v e s 6 1 6 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e B r a s i l . B a h i a : G o n ç a l v e s 1 4 0 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e B r a s i l . C u l t i v a d o e m S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 6 9 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 7 0 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m B r a s í l i a , e n v i a d o p o r R o b e r t M c C l u r e ( A u s t r á l i a ) , G o n ç a l v e s 7 7 1 ( U B ) f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e f i l o d e n d r o i d e B r a s i l . C u l t i v a d o e m S ã o P a u l o , e n v i a d o p o r W i l b e r t H e t t e r s c h e i d ( H o l a n d a ) , c o l e ç ã o v i v a H A M 1 3 6 , G o n ç a l v e s 7 4 2 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m S ã o P a u l o , e n v i a d o p o r K r z y s z t o f K o z m i n s k i ( E U A ) , G o n ç a l v e s 7 7 2 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , G o n ç a l v e s 1 2 2 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o e m B r a s í l i a , e n v i a d o p o r W i l b e r t H e t t e r s c h e i d ( H o l a n d a ) , c o l e ç ã o v i v a H A R 7 4 , G o n ç a l v e s 1 2 8 ( U B ) c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e 480 Anais do Jardim Botânico de Missouri T a b e l a 1 . C o n t i n u a ç ã o . P a d r ã o d e c o l ê n q u i m a n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e e o á p i c e d o p e c í o l o T a x a F o n t e T r i b o P e l t a n d r e a e P e l t a n d r a P . v i r g i n i c a ( L . ) K u n t h T y p h o n o d o r u m T . l i n d l e y a n u m S c h o t t T r i b o A m b r o s i n e a e A m b r o s i n a A . b a s s i i E U . T r i b e A r e a e A r u m A . i t a l i c u m M o i n h o . D r a c u n c u l u s D . v u l g a r i s S c h o t t H e l i c o d i c e r o s H . m u s c i v o r u s ( L . f . ) E n g l . T y p h o n i u m T . g i g a n t e u m E n g l . T . r o x b u r g h i i S c h o t t T . b l u m e i N i c o l s o n & S i v a d . T . v e n o s u m ( D r y a n d e x A i t o n ) H e t t . & P C B o y c e T r i b o A r i s a e m a t e a e A r i s a e m a A . d r a c o n t i u m ( L . ) S c h o t t P i n é l i a P . t r i p a r t i t i a ( B l u m e ) S c h o t t T r i b o C o l o c a s i e a e A l o c a s i a A . c u c u l l a t a ( L o u r . ) S c h o t t A . m a c r o r r h i z o s ( L . ) S c h o t t C o l o c a s i a C . e s c u l e n t a S c h o t t C . g i g a n t e a G a n c h o . f . T r i b o P i s t i e a e P i s t i a P i s t i a s t r a t i o t e s E U . * A q u i i n c l u í d o n o p a d r ã o f i l o d e n d r ó i d e c o m a l g u m a s r e s e r v a s . V e j a o t e x t o p a r a m a i s i n f o r m a ç õ e s . E U A M i c h i g a n : C a s e & C a s e s n ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o , G o n ç a l v e s 7 6 8 ( U B 0 c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e I t á l i a . S a r d e n h a : F . C e n i 4 6 1 ( U B ) c o l ê n q u i m a a u s e n t e B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , G o n ç a l v e s 7 7 3 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , e n v i a d o p o r R o b e r t M c C l u r e ( A u s t r á l i a ) , G o n ç a l v e s 7 7 4 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , e n v i a d o p o r R o b e r t M c C l u r e ( A u s t r á l i a ) , G o n ç a l v e s 7 7 5 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , e n v i a d o p o r R o b e r t M c C l u r e ( A u s t r á l i a ) , G o n ç a l v e s 7 8 1 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o C e a r á , G o n ç a l v e s 7 7 9 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , G o n ç a l v e s 7 7 7 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , e n v i a d o p o r R o b e r t M c C l u r e ( A u s t r á l i a ) , G o n ç a l v e s 7 8 0 ( U B ) c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , e n v i a d o p o r V i c t o r S o u k o u p ( E U A ) , G o n ç a l v e s 7 7 8 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , e n v i a d o p o r J a m e s W a d d i c k ( E U A ) , G o n ç a l v e s 7 7 6 ( U B ) c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e B r a s i l . C u l t i v a d o n a B r a s í l i a , G o n ç a l v e s 7 5 0 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n a U n i v e r s i d a d e d e B r a s í l i a , G o n ç a l v e s 7 5 1 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o A m a p á , G o n ç a l v e s 4 9 4 ( U B ) B r a s i l . C u l t i v a d o n o J a r d i m B o t â n i c o d e B e l o H o r i z o n t e , G o n ç a l v e s 7 5 2 ( U B ) c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e c o l o c a s i o i d e B r a s i l . M a t o G r o s s o d o S u l : G o n ç a l v e s 7 4 9 ( U B ) c o l o c a s i o i d e Volume 91, Número 3 2004 Gonçalves et al. Colênquima petiolar em Araceae 481 F i g u r a 1 . C o r t e s t r a n s v e r s a i s d i a g r a m á t i c o s d o s p e c í o l o s m o s t r a n d o o s p r i n c i p a i s p a d r õ e s d e c o l ê n q u i m a e n c o n t r a d o s n a s A r a c e a e . - U M A . C o l ê n q u i m a a u s e n t e n o p o n t o m é d i o e n t r e a b a s e d o p e c í o l o e o á p i c e . — B . P a d r ã o f i l o d e n d r o i d e . — C . P a d r ã o c o l o c a s i o i d e . 482 Anais do Jardim Botânico de Missouri Volume 91, Número 3 2004 Gonçalves et al. Colênquima petiolar em Araceae 483 fenbachia paludicola),ou pode estar em contato direto com as células epidérmicas (por exemplo, Mangonia tweeediana, Homalomena wendlandii, e Asterostigma riedelianum). A espessura do colênquima (assim como o número de camadas de células sobre ele) é uma característica variável entre os gêneros e também entre as espécies do mesmo gênero. No Dieffenbachia paludicola, a espessura do anel do colênquima varia de 4 a 10 camadas de células e parecia ser mais espessa nas folhas maiores. Nos gêneros Dieffenbachia ( 3 espécies), Philodendron ( 11), Homalomena ( 2), Aglaonema ( 4), e Zantedeschia ( 3), e todos os gêneros pesquisados das tribos Spathicarpeae (8 gêneros, 13 espécies), Nephthytideae (2, 2) e Montrichardieae (1, 1), bem como no gênero Schismatoglottis ( 2), o colênquima forma um anel cortical (padrão filodendróide), que pode ser contínuo (como em Mangonia tweedieana, Taccarum weddellianum, e Asterostigma cryptostylum) ou segmentado por intrusões de parênquima. Essas intrusões podem ser estreitas (1 a 4 camadas de células), como ocorre em Dieffenbachia elegans e alguns Philodendron espécies (por exemplo, P. uliginosum e P. pedatum) ou mais amplo, conforme observado em Aglaonema modestum ( até 8 camadas de células). O gênero asiático Aglaonema merece menção especial. Em três das quatro espécies amostradas de Aglaonema (A. commutatum, A. modestum, e A. costatum) o anel cortical do colênquima é tão amplamente interrompido que os segmentos podem ser classificados como fios. No entanto, como não estão associados a feixes vasculares, preferimos atribuir a esse gênero um padrão filodendróide. Em qualquer caso, Aglaonema crispum tem um padrão filodendróide "típico", mostrando um anel cortical segmentado de colênquima. Observou-se que a posição das intrusões do parênquima geralmente coincide com a ocorrência de estômatos na epiderme em todas as espécies em que ocorrem. Tal aspecto necessita de maiores investigações para verificar o quão permeável à difusão do ar é o colênquima. Em gêneros com fitas arredondadas de colênquima (padrão de colocasioide) como em todos os Areae pesquisados (2 gêneros, 7 espécies), Peltandreae (2, 2), Caladieae (4, 14), Colocasieae (2, 4), Arisaemateae (2, 2), Cryptocoryneae (1, 1) e Zomicarpeae (1, 1), cada fita de colênquima está associada a tecidos vasculares. Essa forte associação (31 táxons seccionados) pode sugerir que os feixes vasculares participam da ontogênese de sua fita de colênquima associada. Naqueles gêneros da subfamília Aroideae em que o colênquima está ausente nas regiões médias do pecíolo, duas condições diferentes foram observadas. No Zamioculcas, Gonatopus, e Anubias, há esclerênquima associado aos feixes vasculares, como em todos os gêneros pesquisados com flores bissexuais (por exemplo, Antúrio, Monstera, etc.). No Ambrosina nenhum tecido de suporte, colênquima ou outro, pôde ser observado nos pecíolos. D ISCUSSION Com base nos padrões de colênquima, nossos estudos não sustentam a distinção das subfamílias Colocasioideae, Aroideae e Philodendroideae, conforme formuladas por Engler e Krause (1920) e posteriormente por Grayum (1990), bem como Bogner e Nicolson (1991). Essa conclusão foi alcançada anteriormente por Mayo et al. (1997) utilizando análise cladística de caracteres morfológicos e anatômicos, bem como por French et al. (1995) usando análise de fragmentos de restrição de DNA de cloroplasto. A subfamília Aroideae (em seu sentido amplo) pode aqui ser circunscrita como incluindo plantas com pecíolo totalmente colenquimatoso, em um padrão filodendróide ou colocassióide. As exceções são a pequena tribo Zamioculcadeae (ambas Gonatopus e Zamioculcas), Anubias (Anubiadeae), e Ambrosina ( Ambrosineae), em que a ausência de colênquima é aqui declarada como secundária. A distribuição dos padrões de colocasioide e filodendroid dentro do Aroideae parece apoiar os dois principais clados propostos por French et al. (1995). Todos os gêneros aqui pertencentes ao clado de French com Philodendroideae minus de Grayum Peltandra aliança mais Zamioculcadeae mais Stylochaeton têm um padrão filodendróide de colênquima peciolar. As únicas exceções são a tribo africana Zamioculcadeae e o gênero africano Anubias. Os gêneros pesquisados do clado francês com Grayum's Aroideae plus Peltandra alliance plus Colocasioideae têm um padrão colocasioide de colênquima peciolar. As exceções são Ambrosina, em que o colênquima parece estar ausente, e Schismatoglottis, em que o colênquima é claramente filosófico ← Figura 2. Cortes transversais dos pecíolos. Epipremnum pinnatum: -UMA. Ponto médio, entre a base do pecíolo e ápice. —B. Região pulvinar. Philodendron cipoense: —C. Ponto médio, entre a base do pecíolo e o ápice. Syngonium angustatum: —D. Ponto médio, entre a base do pecíolo e o ápice. (Barras de escala 5 100 m m; ep 5 epiderme, fb 5 fibras, vb 5 feixe vascular, co 5 colênquima.) 484 Anais do Jardim Botânico de Missouri arborescente. Curiosamente, a tribo Schismatoglottideae (cinco gêneros, apenas Schismatoglottis aqui pesquisado) compreende o clado mais basal dentro da enorme Aroideae mais Peltandra alliance plus Colocasieae clade publicado por French et al. (1995), junto com o clade Criptocoryne mais Lagenandra. Em contraste, os gêneros africanos Gonatopus e Zamioculcas ( tribo Zamioculcadeae) não possui colênquima nos pecíolos, e o esclerênquima compreende o principal tecido de sustentação (embora o colênquima possa ocorrer no ápice e na base dos pecíolos ou no pulvino mediano de Gonatopus). Ambos os gêneros do Velho Mundo Gonatopus e Zamioculcas foram colocados anteriormente na subfamília Pothoideae (Engler, 1905), mas foram posteriormente excluídos e adicionados a Lasioideae por Bogner e Nicolson (1991). Mayo e col. (1997) moveram ambos os gêneros para a enorme subfamília Aroideae, acomodando-os na tribo Zamioculcadeae. Além disso, ambos os gêneros possivelmente se ramificaram no início da história evolutiva de Aroideae (Mayo et al., 1997). Uma hipótese alternativa diz respeito ao seu habitat. Ambos os gêneros ocorrem no sudeste da África e estão sujeitos a chuvas fortemente sazonais. Uma perda secundária do colênquima para aumentar a resistência à seca é uma possível explicação para sua ausência. Pensa-se que o esclerênquima bem desenvolvido reduz o efeito prejudicial da murcha nas folhas das plantas xerófitas (Esau, 1977). Outro gênero africano em que o colênquima é restrito ao pulvino apical é Anubias. Nós pesquisamos duas espécies ( A. afzelii e A. hastifolia), e ambos têm esclerênquima como principal tecido de sustentação. Desde a Anubias não é considerado um táxon basal dentro do clado filodendroide (ver French et al., 1995), consideramos que os pecíolos totalmente colenquimatosos foram perdidos secundariamente. Ausência de colênquima em Ambrosina também pode ser explicada como uma perda secundária. O gênero monotípico Ambrosina compreende plantas diminutas (Mayo et al., 1997), e seu tamanho muito reduzido pode tornar a presença de tecidos de suporte nos pecíolos menos adaptativamente significativa. Além disso, a maior parte do comprimento do pecíolo permanece sob o solo. Em alguns gêneros com flores bissexuais (e também em Zamioculcas, Gonatopus, e Anubias) algum colênquima pode ocorrer na base e no ápice dos pecíolos (Fig. 2B). Isso ocorre principalmente quando um pulvino está presente (French, 1997). Essa porção colenquimatosa nos ápices e bases pode ser encontrada mesmo quando não há pulvino morfologicamente distinto. Essas áreas permitem alguma plasticidade às folhas totalmente desenvolvidas. É possível que o pecíolo totalmente colenquimatoso dos gêneros monóicos tenha surgido em conseqüência de um aumento do desenvolvimento do pulvino. Ressalta-se que na zona de transição entre o limbo foliar do pecíolo, o esclerênquima está sempre ausente(ou drasticamente reduzido), estando o colênquima presente ou não. Em alguns gêneros (por exemplo, Zamioculcas, Epipremnum) também existe um pulvino basal que pode ser morfologicamente distinto ou não. Nesse caso, a estrutura anatômica da base é semelhante à do pulvino apical. Os gêneros monóicos foram considerados filogeneticamente mais derivados do que os gêneros com flores bissexuais (French et al., 1995; Mayo et al., 1997). Uma vez que a presença de um pecíolo totalmente colenquimatoso parece coincidentemente aparecer apenas em mais gêneros derivados de Araceae, sua ocorrência provavelmente representa uma característica apomórfica nesta família. Literatura citada Bogner, J. & DH Nicolson. 1991. 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