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Preparo do Solo para Plantio de Eucalipto

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Módulo 2 – Preparo para o Plantio
59
Módulo 2: 
Preparo para o 
Plantio
No primeiro módulo do curso, você pôde compreender o que são as 
florestas plantadas, a escolha da área e o planejamento adequado para 
a espécie ou objetivo de plantio, bem como saber como funciona o 
processo de aquisição, transporte e armazenamento de mudas. 
No módulo 2 você terá informações importante para entender o plantio 
em relação ao solo. Vamos lá? Bons estudos! 
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
60
Acompanhe os assuntos de cada aula:
Aula 1 - Preparo da Área para Plantio
• Limpeza da área
• Coleta de amostras e análise do solo
• Importância da amostragem de solo
Aula 2 - Correção do Solo
• Correção da acidez
• Correção da Acidez Superficial
• Correção da Acidez Subsuperficial
Aula 3 - Adubação
• Adubação de plantio 
• Nutrientes importantes
• Acompanhamento da nutrição
• Importância da adubação no regime de Talhadia
• Cuidados com as inovações na adubação do 
eucalipto
Aula 4 - Plantio e Replantio
• Controle de formigas e cupins 
• Formas de plantio 
• Época do plantio 
• Preparo do solo 
• Plantio propriamente dito 
• Irrigação pós-plantio
• Mortalidade de plantas no campo
• Acompanhamento do replantio
Pronto(a) para começar a primeira aula?
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
61
Aula 1: 
Preparo da área para 
plantio
O sistema de preparo do terreno varia em função da espécie a ser plantada, 
da condição de solo, do clima local e da vegetação natural na área de plantio 
do eucalipto.
O preparo de área deverá considerar como prioridade a conservação do 
solo por meio do revolvimento mínimo e da descompactação, quando 
for o caso. Tudo isso para diminuir a degradação ou “queima” da matéria 
orgânica, aumentar a taxa de entrada de água no solo e promover um 
bom desenvolvimento das raízes do eucalipto. Por isso, evite, sempre que 
possível, o revolvimento dos solos nas entrelinhas de plantio privilegiando o 
preparo apenas na linha.
Limpeza da área
A limpeza de área para implantação de florestas plantadas comerciais pode 
ser manual, mecanizada ou química.
Limpeza manual
Nas propriedades de tamanho médio, este tipo de limpeza é realizado 
quando o terreno é muito inclinado, impossibilitando o uso de máquinas; 
para tal, usa-se machado, foice ou motosserra.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
62
• Quando a vegetação eliminada permitir, esta deve 
ser aproveitada como lenha, carvão, postes e 
moirões.
• A supressão de vegetação nativa requer 
autorização dos órgãos ambientais competentes, 
de acordo com a legislação ambiental.
• Não devem ser realizadas queimadas para 
limpeza das áreas, devido aos impactos negativos 
sobre o meio ambiente, como degradação da 
matéria orgânica, diminuição da cobertura 
ou proteção do solo por resíduos e perda de 
fertilidade potencial da terra.
Limpeza mecanizada
Em seu grau mais agressivo, pode ser realizada com correntão ou lâmina 
frontal, acoplados em tratores esteira, sendo, geralmente, feita em áreas muito 
grandes e quando a retirada da vegetação natural for legalmente permitida.
• Quando o método de limpeza da área exigir 
retirada da vegetação natural para plantio de 
eucalipto, dificilmente o produtor será financiado 
pelo Programa ABC.
• Preferencialmente, o Programa ABC atenderá aos 
produtores que utilizem áreas da propriedade onde 
já tenham sido desenvolvidas outras atividades; 
áreas em que para a sua limpeza não sejam 
necessárias máquinas e equipamentos de grande 
porte e sim equipamentos menos robustos, que 
limpem apenas a vegetação que nasceu ou que 
rebrotou depois do último uso da área.
Cuidado 
Ambiental
Cuidado 
Ambiental
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
63
Limpeza química
É utilizada em áreas cobertas com vegetação de baixo porte que não 
precise ser derrubada nem cortada, mas apenas roçada ou morta com o 
uso de herbicidas.
A limpeza química, como parte de um manejo 
integrado de plantas daninhas, deverá ser a forma de 
limpeza mais comum na área de cobertura do Plano e 
do Programa ABC.
Coleta de amostras e análise do solo
Para se estabelecer um povoamento florestal rentável, é muito importante 
que se faça a análise do solo. Para isso, a primeira coisa a se fazer é a 
coleta adequada das amostras do solo do local onde será feito o plantio.
O resultado da análise da amostra, realizada em laboratório, e a indicação 
das necessidades da cultura vão auxiliar o produtor a definir, juntamente 
com o técnico, de forma racional, as quantidades de nutrientes necessárias 
para o desenvolvimento equilibrado das plantas e assim obter a máxima 
produtividade. É essa análise, também, que indica se a acidez do solo está 
ou não dentro da exigência da cultura.
Mão na terra
O pessoal do Senar que está me ajudando com as 
Florestas Plantadas, comentou que é importante 
saber que “a adubação começa com a análise 
de solo [...], continua com a correção da acidez e 
termina quando se aplica o adubo na terra, na folha 
ou na semente”.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
64
Importância da amostragem de solo
A amostragem do solo é indispensável e deve considerar as exigências 
estabelecidas pela ciência do solo. A amostra tem de ser encaminhada para 
um laboratório certificado. Diminuir custo com a análise de solo tirando 
menos amostras e analisando em laboratórios de baixa credibilidade é 
correr um risco grande.
A indicação de fórmulas e de quantidades de adubo 
com base em referências genéricas é equivocada e 
pode comprometer a produção do povoamento.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
65
Aula 2: 
Correção 
do solo
Correção da acidez
Dependendo da situação de acidez do solo, essa é corrigida com aplicação 
de calcário dolomítico ou calcítico. Corretamente feita, a aplicação do 
calcário neutraliza o alumínio do solo, podendo, também, fornecer cálcio e 
magnésio como nutrientes.
Para que se obtenha uma boa correção de acidez do solo, é de fundamental 
importância uma boa amostragem da terra.
Correção da acidez superficial
Devem ser seguidas rigorosamente as indicações da análise de solo. 
Somente assim, pode-se evitar aplicação de quantidades inadequadas de 
calcário.
A forma de incorporar o calcário no solo vai depender das condições 
locais, como o tipo de solo e o nível de compactação. Quando o solo não 
tem problemas de compactação e o preparo é convencional, utiliza-se uma 
grade pesada para que a incorporação seja bem feita, atingindo os 20 cm 
de profundidade.
A calagem em excesso é tão prejudicial quanto a acidez elevada. Ela 
é, inclusive, mais difícil de ser corrigida e pode causar a diminuição de 
nutrientes importantes como fósforo, zinco, ferro, cobre e manganês, a 
mineralização da matéria orgânica etc. A época ideal de aplicação do 
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
66
calcário no solo para o cultivo de espécies florestais geralmente é com 
antecedência mínima de 30 dias da subsolagem e da abertura das covas 
de plantio.
Correção da acidez subsuperficial
A correção da acidez subsuperficial deve ser feita até 60 cm de 
profundidade. O gesso permite o aprofundamento das raízes e o aumento 
do volume do sistema radicular, criando condições para as plantas 
superarem os veranicos.
Para corrigir a acidez e a deficiência de cálcio e 
magnésio em superfície, a calagem é suficiente.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
67
Aula 3: 
Adubação 
Adubação de plantio 
Há recomendações genéricas de adubação que podem facilitar a vida do 
produtor, entretanto, é interessante consultar um técnico experiente 
para realizar recomendações específicas para cada caso, de acordo 
com a análise de solo.
Nutrientes importantes
Corrigida a acidez, o eucalipto necessita que o solo disponha de nutrientes. Os 
mais importantes são o nitrogênio, o fósforo e o potássio, seguidos de boro 
e zinco, além de cálcio e magnésio, que devem ser aplicados na calagem.
Cálcio
Plantas deficientes em cálcio desenvolvem mal 
suas raízes, tendo, assim, uma baixa capacidade 
de absorção de nutrientes. A redução do sistema 
radicular nascamadas inferiores no perfil do solo 
torna a cultura mais sensível aos veranicos, tão 
comuns em algumas regiões do Brasil.
Mesmo que o cálcio seja importante para o 
eucalipto, é preciso ter cuidado ao aplicá-lo. 
Colocar grandes quantidades de Ca em solos 
deficientes em K, ou aplicar Ca em solo deficiente 
em Mg, pode causar desequilíbrio nutricional na 
planta, reduzindo seu crescimento.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
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Magnésio
O magnésio tem destacado papel na fotossíntese 
do eucalipto, na ativação de enzimas e na absorção 
do fósforo pelas raízes.
Nitrogênio
O nitrogênio é importantíssimo para o crescimento 
dos vegetais. É o nutriente com maior acumulação 
no eucalipto. Em um ciclo de sete anos, cerca de 
300 a 450 quilos são acumulados por hectare, 
quando cada eucalipto produz de 30 a 50 m3/ha/
ano.
Apesar da sua importância, a resposta à adubação 
nitrogenada não tem sido tão evidente quanto 
aquelas obtidas com a adubação com fósforo e 
potássio.
Fósforo
O adubo fosfatado não deve ser aplicado em toda 
a área, e sim localizado em um ponto onde a raiz 
possa prontamente fazer uso dele. O fósforo não 
se move no solo e, portanto, se ficar na superfície, 
não vai adiantar muita coisa para as raízes do 
eucalipto. Atualmente, recomenda-se combinar a 
aplicação de adubo no sulco feito com o subsolador 
e uma adubação localizada próximo à muda. É 
importante que uma parte do fósforo seja solúvel.
A deficiência de fósforo é a que mais prejudica o 
crescimento de eucalipto no Brasil. A demanda desse 
nutriente para o crescimento e desenvolvimento do 
eucalipto varia de 20 a 28 kg/ha; todavia, deve ser 
posto à disposição do eucalipto uma quantidade 
maior.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
69
Potássio
O potássio é essencial para o eucalipto, mas está 
disponível em pequenas quantidades nos solos 
tropicais. Sua deficiência ocasiona vários problemas 
ao eucalipto. Ela pode reduzir o crescimento e a 
produção de madeira, desregular o mecanismo de 
controle de perda de água das plantas, diminuir a 
resistência às doenças e dificultar a recuperação 
ao ataque das mesmas. Pode, ainda, diminuir o 
crescimento do sistema radicular, prejudicando a 
absorção de água e nutrientes pelo eucalipto.
Boro
O boro é um dos micronutrientes que, nos solos 
do Cerrado, frequentemente, mostra-se abaixo 
do nível exigido. Ele limita o desenvolvimento 
das plantas na fase jovem e é importante no 
crescimento radicular.
• Ao contrário do que ocorre nos solos argilosos, 
aplicações de boro em solos arenosos pode ter 
grande perda por causa da lavagem promovida 
pela água da chuva que penetra no solo.
• Nos períodos de seca, é difícil a absorção de 
boro pelas plantas, havendo necessidade de 
aplicação via foliar.
• Quando a calagem é excessiva, a disponibilidade 
de boro para as plantas reduz.
• A resposta do eucalipto ao boro pode variar 
com a espécie de eucalipto e com o clone.
Cobre
A deficiência de cobre causa danos físicos ao 
eucalipto, pois alonga os galhos das árvores e 
os tornam frágeis. Por isso, eles se quebram 
facilmente, deformando a copa. Em campo, a 
ocorrência e a severidade dos sintomas variam, 
principalmente, pelo tipo de solo, época do ano e 
material genético plantado.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
70
Zinco
O zinco é importante para o bom desenvolvimento 
do eucalipto porque funciona como ativador de 
algumas reações bioquímicas da planta.
Cuidado com a interação entre K e Mg:
Adubação excessiva com potássio pode causar 
deficiência de magnésio, principalmente se o solo já for 
pobre neste elemento.
Excesso de potássio pode carregar o magnésio para 
camadas mais profundas do perfil.
Concentrações elevadas de magnésio podem induzir à 
deficiência de potássio.
Lá na fazenda Rio Novo
Fiquei sabendo que é preciso corrigir fósforo no 
plantio das mudas lá na Fazenda. 
Dá uma vontade danada de pegar os produtos e 
colocar na terra, mas isso não funciona!
O pessoal do Senar me orientou da importância do 
nutriente, não adianta por fósforo de qualquer jeito. 
Colocar fósforo um tempo depois do plantio, por 
exemplo, não adianta muita coisa. O ideal é colocar 
no momento do plantio.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
71
Em época de seca intensa e prolongada há a necessidade 
de adubação via foliar.
Não é incomum os sintomas de deficiência de cobre 
desaparecerem com o avanço da idade das plantas. O 
produtor deve buscar o apoio de um técnico para saber 
a efetiva necessidade de correção.
Nos solos do Cerrado, a aplicação de boro e de 
cobre tem causado deficiência de zinco. Por isso, é 
recomendável a pulverização de zinco quando é feita 
a pulverização do eucalipto com boro e cobre.
Para auxiliar o produtor durante as etapas de 
amostragem, recomendação de calagem e fertilização 
deve-se procurar um profissional competente, que 
poderá fazer as análises dos resultados.
Acompanhamento da nutrição
Uma das formas de reconhecimento do estado nutricional do povoamento 
tem sido a observação visual, com base em manuais que apresentam 
fotograficamente os sintomas de deficiências nutricionais no eucalipto. 
Certamente, essa não é uma prática recomendável, pois poderá ter uma 
interpretação equivocada, tendo em vista que podem levar o produtor e 
mesmo o técnico a uma confusão.
É importante alertar, portanto, que a única ferramenta segura é o 
acompanhamento realizado por meio da análise das folhas, que deve 
atender às seguintes recomendações:
• Coletar amostras em árvores dominantes de folhas recém-maduras 
do meio da copa, durante o verão;
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
72
Importância da adubação no regime de 
talhadia
Os produtores que escolherem trabalhar em regime de talhadia ou talhadia 
com remanescente, para a produção de uso 
múltiplo, devem atentar para a necessidade 
de adubação das cepas. No caso de não 
utilizarem tal indicação, correrão risco de 
diminuição da produtividade futura. Veja a 
tabela a seguir:
• As folhas devem estar completamente formadas e apresentar os 
seguintes aspectos: lisa, brilhante, cor verde escura na parte superior e 
verde pálida na inferior, além de forma lanceolada;
• Cada amostra deve ser composta de, no mínimo, três árvores dominantes. 
Normalmente, é recomendada a coleta de 10 a 20 amostras compostas 
por área.
6
5
4
3
2
1
Selecionar galhos do meio da copa e deles coletar as 
folhas 3, 4, 5, 6 indicadas na figura. Quando a folha 3 
não estiver totalmente formada, deve-se colher apenas 
as folhas 4, 5 e 6.
talhadia com remanescente
Também conhecida como 
talhadia composta
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
73
Região/Bioma Nutriente Perda (%) Idade (anos) Tipo de solo
Cerrado - SP K 34 5,2 Neossolo quartzarênico
Cerrado - SP K 54 5 Argissolo vermelho
Cerrado - MG K 55 7 Latossolo vermelho
Fonte original: Barros; Comerford, 2002. Quadro extraído em parte de Barros; Neves; Novais (2014).
O produtor deve analisar o balanço nutricional para 
verificar a necessidade de adubação e a quantidade 
de nutrientes que devem ser ofertados ao eucalipto. 
Assim, evitará perdas na produtividade dos brotos 
em condução no regime de talhadia ou talhadia com 
remanescente. Para isso, precisará recorrer à ajuda de 
um profissional.
Neossolo quartzarênico
são solos originados de depósitos arenosos, que 
apresentam textura de areia ou areia com barro ao longo 
de pelo menos 2 m de profundidade; mais conhecidos 
como areia quartzosa.
Argissolo vermelho
são solos de cores vermelhas acentuadas devido a teores 
mais altos de ferro, que apresentam fertilidade natural 
muito variável por conta dos diversos materiais que lhe 
deram origem. Geralmente, têm mais argila nas camadas 
mais profundas que na superfície.
Latossolo vermelho
são solos de cores vermelhas acentuadas devido a teores 
mais altos de ferro, que ocorrem em extensas áreas nas 
regiões Centro-Oeste do País, na maioria das vezes em 
áreas planas ou suavemente onduladas. São profundos e 
porosos ou muito porosos, e, por isso, permitem um bom 
desenvolvimentodas raízes. Apresentam, em condições 
naturais, baixos níveis de fósforo.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
74
Cuidados com as inovações na adubação 
do eucalipto
Os macronutrientes Ca, Mg, N e K são os nutrientes que mais sofrem 
perdas na época chuvosa devido à lixiviação. Por isso, a aplicação deles 
deve ser parcelada. As empresas vendedoras de adubos de liberação 
lenta apresentam como vantagens 
de seus produtos a eliminação desta 
prática, diminuindo o custo com a mão 
de obra, minimizando a compactação 
do solo e eliminando as injúrias às 
raízes e danos físicos à cultura.
adubos de liberação lenta
As empresas também informam 
que a dosagem recomendada de 
fertilizantes de liberação lenta a ser 
feita no período das águas é cerca 
de 10% menor que a convencional, 
enquanto o investimento fica 
somente 8% maior em relação a 
uma adubação convencional com a 
mesma quantidade de nutrientes.
Como são inovações que estão sendo postas à prova no 
mercado, o produtor deverá ter cautela. Além de evitar 
a generalização do uso, é preciso se limitar a testes 
comparativos com o sistema tradicional.
Outra inovação são os fertilizantes contendo aminoácidos em sua 
composição. Segundo os vendedores, eles rendem mais e não necessitam 
de investimentos em novos equipamentos para sua aplicação. Eles utilizam 
os mesmos equipamentos já empregados na cultura do eucalipto.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
75
Aula 4: 
Plantio e Replantio
Lá na fazenda Rio Novo
Lá na fazenda Rio Novo sabemos que para a realização 
do plantio, vários fatores são importantes. Para as 
florestas plantadas o Marcos, técnico do Senar, nos 
deu as seguintes dicas:
a. a área deve estar livre de formigas e cupins;
b. a área precisa ter recebido todas as práticas 
conservacionistas necessárias;
c. realizar o plantio em curvas de nível ou “cortando 
o sentido das águas” em áreas declivosas;
d. o momento do plantio tem que ter sido muito 
bem definido;
e. a análise de solo e a sua correção de acidez 
devem ser uma etapa vencida.
Fiquem atentos a essas dicas, pois são muito 
importantes!
Controle de formigas e cupins 
A base para um bom plantio de eucalipto é o controle de formigas e 
de cupins, especialmente o combate 
antecipado das formigas antes do 
plantio e o posterior monitoramento. 
adubos de liberação lenta
Mais detalhes sobre esses insetos, 
inclusive como fazer o controle deles, 
o produtor encontrará no módulo da 
cartilha referente à proteção florestal.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
76
Formas de plantio 
O plantio pode ser feito de forma manual, semimecanizado e mecanizado.
Plantio manual 
Característicos de: 
pequenas áreas; agricultores 
familiares; terrenos muito 
declivosos; replantio de áreas 
independentemente do tamanho 
das mesmas.
Plantio semimecanizado 
É feito com plantadeiras manuais, com 
sistema de aplicação de gel acoplado 
e apoio de carretas ou caminhões para 
transporte das mudas, embaladas em 
número suficiente para a distribuição 
em uma linha de plantio.
Plantio mecanizado 
Geralmente, utilizado em 
empreendimentos de médio a 
grande porte.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
77
No plantio, deve-se atentar para a profundidade da 
cova ou sulco. As mudas devem ser plantadas no 
mesmo nível da superfície do solo, evitando que fiquem 
tombadas ou afogadas. O afogamento do coleto é fatal, 
principalmente sob temperaturas muito elevadas e na 
ocorrência de veranicos.
Época do plantio
A orientação é para que seja feito no período chuvoso. E essa orientação 
funciona bem para plantios pequenos e em locais onde há poucos veranicos. 
Mesmo assim, o produtor, ou o gerente, deverá ficar atento à necessidade 
de irrigação das mudas no momento do plantio.
irrigação das mudas
Quando for viável irrigar, deve-se fazer o plantio 
pouco antes do período chuvoso para que, 
no início das chuvas, as mudas, já enraizadas, 
aproveitem as águas em pleno crescimento.
Preparo do solo
Atualmente, a maioria dos plantadores de eucalipto adota a prática do 
cultivo reduzido, ou cultivo mínimo, no qual é feita a subsolagem na linha 
de plantio a diferentes profundidades, de acordo com a ocorrência ou não 
de camadas compactadas ou adensadas. 
No Cerrado, apenas um número pequeno de produtores ainda usa 
aração e gradagem como preparo do solo. A evolução do método de 
plantio se deu com o tempo como mostra o gráfico abaixo.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
78
84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08
ANOS
m
an
ej
o 
do
s
re
sí
du
os
pr
ep
ar
o 
de
so
lo
queima
total
queima
parcial
manutenção dos resíduos sobre o solo
uso intensivo de herbicidas
bedding
subsolador
manutenção dos resíduos para o
preparo do solo
grade
leve
grade
pesada
sistemas
conjugados
Atualmente, há subsoladores que, além de subsolar, fazem a fosfatagem 
em linha contínua, aplicam NPK de forma intermitente, marcam o lugar 
onde a muda deve ser plantada e ainda realizam uma pequena gradeada 
para preparar melhor a faixa de plantio.
Entre preparo convencional (intensivo) e reduzido, para 
o Programa ABC, o reduzido é prioritário.
Deve-se realizar, de preferência, o cultivo mínimo, 
fazendo o preparo do solo somente na linha de plantio 
e mantendo a cobertura do terreno com resíduos ou 
plantas de cobertura na entrelinha.
Em áreas de declive acentuado, sempre realizar 
o plantio em curvas de nível, a fim de diminuir o 
escoamento superficial de água e os impactos 
negativos da erosão hídrica do solo.
Cuidado 
Ambiental
Cuidado 
Ambiental
Evolução do preparo do solo: sistema intensivo para cultivo mínimo
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
79
A subsolagem, geralmente, 
garante uma profundidade sem 
compactação até 80 cm e uma 
faixa superficial de solo revolvido 
na faixa de 60 a 80 cm. Atualmente, 
a subsolagem pode ser feita com 
equipamentos que combinam o 
ato de subsolar e a adubação.
Sulcador com adubador.
Cultivo mínimo e fertilidade do solo
Considerando-se que a adoção do cultivo mínimo propicia matéria orgânica 
residual sobre o solo e que o ciclo do eucalipto é longo, mesmo que o processo 
de decomposição dos resíduos seja lento, o eucalipto termina utilizando, de 
forma eficiente, os nutrientes que o resíduo libera gradativamente.
Cultivo mínimo e biologia do solo
O cultivo mínimo aumenta a porosidade do solo, melhorando a infiltração da 
água e o arejamento da terra. Ao permitir uma melhor cobertura, protege o 
solo de altas temperaturas e de variações da mesma. Na somatória, cria-se um 
ambiente adequado para o desenvolvimento de microrganismos benéficos ao 
plantio.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
80
Cultivo mínimo e relação custo x benefício
O cultivo mínimo no primeiro ciclo sempre foi bem aceito. O maior problema era 
sua aceitação nas áreas de reforma florestal.
Quantidades de resíduos entre 10 e 120 t/ha, dependendo da região, idade, 
espaçamento e sistema de colheita utilizado, permaneciam por longos períodos 
sobre o solo, dificultando as operações silviculturais. O que os produtores faziam? 
Queimavam a camada de resíduos. Isso levava a um aumento da erosão e a 
altos investimentos na construção de terraços e manutenção de estradas. Esses 
altos investimentos superavam os custos que as empresas tinham para resolver 
as dificuldades operacionais ocasionadas com o cultivo mínimo em áreas de 
reforma. Isso fez com que essa excelente prática fosse adotada pelas empresas.
Atualmente, a questão principal do cultivo 
mínimo em áreas de reforma já não diz mais 
respeito à sua dificuldade de operacionalização, 
mas, sim, à mudança do sistema de colheita 
para árvores inteiras e a demanda dos resíduos 
para produção de energia nas indústrias.
Cuidado 
Ambiental
Cuidado 
Ambiental
Plantio 
propriamente dito
O plantio do eucalipto é quase uma 
parte da operação do cultivo mínimo, 
uma vez que os equipamentos 
subsolam, deixando o sulco prontoe a fosfatagem feita -- alguns deles 
já deixam NPK aplicado de forma 
intermitente e locais do plantio das 
mudas marcados.
Plantio de eucalipto em 
Três Lagoas, MS.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
81
Na hora do plantio, além de toda uma programação de equipes e 
equipamentos, deve-se ter a certeza de que a muda foi bem produzida, 
seja pelo produtor seja pelo viveirista.
Se a área de plantio for muito grande, as mudas, ao serem preparadas para 
encaminhamento ao local de plantio, já devem ter recebido uma solução 
com cupinicida e mono-amônio-fosfato MAP (0,5 a 1%).
O plantio semimecanizado deve 
ser hoje a forma mais utilizada 
de plantio, uma vez que permite 
rapidez na operação, chegando a 
atingir por dia entre 10 a 15 ha. 
No plantio semimecanizado, a 
plantadeira deverá estar ligada 
a um tanque-pipa que levará a 
água e o gel. 
cupinicida
Ressalta-se que o cupinicida pode, também, 
ser aplicado junto com o gel de plantio. Isso 
vai depender da empresa ou da capacidade 
de operacionalização do produtor.
Esquerda: plantadeira com aplicador de gel costal. 
Direita: plantadeiras acopladas a um tanque-pipa com gel.
Com o uso do gel, pode-se reduzir em cerca de 
10% o custo de replantio, considerando-se os 
gastos com as mudas que morreriam caso ele não 
houvesse sido aplicado. O gel também diminui o 
gasto com mão de obra.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
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Onde se utiliza a irrigação, o gel pode contribuir com 
um ganho ambiental, pois ele aumenta o intervalo 
entre irrigações, diminuindo, assim, o gasto de água.
Cuidado 
Ambiental
Cuidado 
Ambiental
A aplicação do gel usando máquinas costais pode 
levar a problemas na coluna dos aplicadores. O 
aplicador, também, pode ter irritação nos olhos se não 
usar óculos de proteção.
Irrigação pós-plantio
É importante que, além da irrigação do plantio, se mantenha a oferta de 
água aos eucaliptos até o estabelecimento das mudas ou “pegamento”. 
Há empresas que fazem as irrigações depois da muda plantada, usando o 
gel em menor concentração: 250 a 500 g para cada 1.000 litros de água. 
Isso pode proteger as plantas da queima do coleto. 
As empresas realizam suas irrigações pós-plantio de três formas: 
1. alternam o uso de gel nas irrigações até o “pegamento” das mudas;
2. fazem todas as irrigações com gel;
3. fazem todas as irrigações sem aplicação de gel.
A definição tem sido feita caso a caso.
Quanto ao número necessário de irrigações, depende do local de plantio, 
podendo variar de uma a três. A irrigação deve seguir até quando se tiver 
certeza do “pegamento” da muda. Importante lembrar que o uso do gel 
ajuda a poupar água por diminuir o número de irrigações necessárias até 
o “pegamento” da muda.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
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Irrigação mecanizada em Três Lagoas, MS.
Replantio 
O replantio é uma operação que, apesar de ter sua importância 
subestimada, é fundamental, principalmente quando o plantio é feito com 
mudas trazidas de outras regiões e/ou plantadas em locais onde ocorrem 
muitos veranicos. É indicado que esta operação seja realizada, no máximo, 
até 21 dias após o plantio, com tempo chuvoso e com mudas tratadas 
com a calda de cupinicida mais monofosfato de amônio (MAP), como já 
indicado no tópico de plantio.
Mortalidade de plantas no campo
Uma das causas de mortalidade no campo é a estocagem de mudas 
à sombra, na propriedade, antes do plantio. Isso não é recomendável, 
também, porque pode quebrar o efeito da rustificação.
As outras causas, normalmente, são veranicos, formigas e plantio mal feito.
veranicos
A falta de água.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
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Acompanhamento do replantio
A avaliação de sobrevivência das plantas precisa ser feita até 15 dias 
após o plantio do talhão, uma vez que o replantio deve ser feito até 21 dias 
depois do plantio. Quando o percentual de falhas do talhão for superior a 
2% ou ocorrerem mortes em reboleiras, deve-se efetuar o replantio. Outra 
avaliação de sobrevivência é necessária sete dias após.
Observações de plantas no campo realizada em um plantio no município 
de Catalão, em Goiás, replantado depois de 21 dias, mostraram que o 
replantio pode influenciar negativamente na circunferência a altura do 
peito (CAP) das plantas. Veja na tabela abaixo a diferença de crescimento:
 Material 
genético
CAP médio (cm)
Diferença de 
crescimento N/RNormal (N) Replantio (R)
Clone 80 29,8 12,2 2,4 vezes maior
Clone 46 29,8 7,3 4,1 vezes maior
Clone 35 25,9 18,2 1,4 vez maior
Clone 35 24,1 14 1,7 vez maior
E. cloeziana 27,4 16,8 1,6 vez maior
E. urophylla 26,2 17,4 1,5 vez maior
Média - - 2,1 vezes maior
Fonte: Trindade et al. (2007).
Para encerrar, que tal relembrar alguns pontos importantes sobre 
as Floretas Plantadas no Brasil e o preparo para o plantio que 
vimos até agora? No ambiente virtual de aprendizagem, você 
poderá assistir ao vídeo. Confira!
E com isso fechamos o assunto preparo para o plantio. No próximo módulo, 
falaremos sobre Pragas e Doenças. Vá até o AVA para realizar a atividade de 
aprendizagem obrigatória e liberar o acesso ao penúltimo módulo do curso!
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
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Atividade de 
aprendizagem
As atividades aqui na apostila servem apenas para você ler 
e respondê-las com mais tranquilidade.
Entretanto, você deverá acessar o AVA e responder lá as 
questões. Você terá duas tentativas para responder cada 
questão e só desbloqueará o próximo módulo depois que:
1. acertar as questões; ou
2. usar todas as suas tentativas.
Questão 1
O preparo da área para plantio de eucalipto deverá considerar como 
prioridade a conservação do solo por meio do revolvimento mínimo e da 
descompactação do mesmo. Considerando essa priorização, é correto 
afirmar:
a) O revolvimento mínimo diminui a degradação ou “queima” de 
matéria orgânica.
b) O revolvimento mínimo diminui a taxa de entrada de água no solo.
c) O revolvimento mínimo reduz o desenvolvimento das raízes do 
eucalipto.
Chegou o momento de verificar sua compreensão dos conceitos 
apresentados até aqui.
Módulo 2 – Preparo para o Plantio
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d) O revolvimento mínimo aumenta o custo de implantação da área.
Questão 2
A deficiência de fósforo é a que mais prejudica o crescimento de eucalipto 
no Brasil. Você, como consultor, foi contratado por um silvicultor que deseja 
implantar 100 hectares de eucalipto em sua propriedade, localizada em 
área de Cerrado de Minas Gerais. Em relação à adubação fosfatada, qual 
recomendação deve ser dada ao silvicultor?
a) O adubo fosfatado deve ser aplicado em toda a área de plantio.
b) O fósforo deve ser fornecido à planta 90 dias após o plantio, na 
adubação de cobertura.
c) O fósforo deve ser aplicado no sulco feito com o subsolador e uma 
adubação localizada próxima à muda.
d) O adubo fosfatado deve ser aplicado em superfície.
Questão 3
Um silvicultor plantou 100 hectares de eucalipto em sua propriedade, 
localizada em área de Cerrado de Minas Gerais. Para decidir se seria viável 
fazer o replantio na área, o silvicultor entrou em contato com o consultor 
que elaborou o projeto para tomarem a decisão em conjunto. A respeito 
do replantio, é correto afirmar:
a) O replantio deve ser realizado 90 dias após o plantio, junto com a 
adubação de cobertura.
b) Deve-se optar por um replantio a pleno Sol e com mudas tratadas 
com a calda de cupinicida mais monofosfato de amônio (MAP).
c) As mudas para o replantio devem ser estocadas à sombra entre o 
plantio e o momento do replantio.
d) Quando o percentual de falhas do talhão for superior a 2% ou 
ocorrerem mortes em reboleiras, deve-se efetuar o replantio.

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