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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR (A): REJANE APARECIDA MENEGHINI KOBORI OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE. ALUNO (A): SÂMELLA RIBEIRO COSTA OLIVEIRA DATA: 16/04/2019 1.0 INTRODUÇÃO A busca de uma boa governança permanece um desafio constante para todos os governos e cidadãos. Nossa Constituição Federal, no capítulo sobre o meio ambiente, coloca com clareza que esta é uma missão de toda sociedade. Ao afirmar que se impõe ao poder público e à coletividade o dever de preservar e defender o meio ambiente para as presentes e futuras gerações (Brasil, 1988). Meio ambiente é o espaço no qual se desenvolvem as atividades humanas e a vida dos animais e vegetais. É um sistema formado por elementos com os quais o homem interage, adaptando-se, transformando-os, e utilizando-os para satisfazer suas necessidades. A análise tem por objetivo principal relatar os problemas sócios ambientais relacionados à falta de saneamento básico, construções em áreas irregulares e de risco. Os impactos ambientais tomando por base a observação do cenário geopolítico e sociocultural da localidade onde vive. A presente pesquisa consiste numa tentativa de compreender de que forma o desenvolvimento social e econômico da cidade-satélite Vicente Pires, localizada no Distrito Federal, está vinculado as mudanças ambientais que este local vem sofrendo nos últimos anos. Condomínios residenciais e comerciais, obras relacionadas aos projetos visando a melhoria e extensão da nossa cidade. 2.0 MEIO AMBIENTE: UM ESTUDO DE CASO Para o desenvolvimento deste trabalho teve-se como meta a análise dos impactos ambientais. Através de pesquisas na web e utilizando-se de vários artigos, documentos, bem como através de observações de campo, podemos facilmente identificar e delimitar todas as modificações na área urbana. A reflexão sobre o tema proposto foi dada através do documentário “Lixo Extraordinário”. Vicente Pires é uma cidade-satélite localizada no Distrito Federal à 18 quilômetros do plano piloto. A região já foi habitada por índios e fazendeiros e guarda histórias de famílias. Tudo começou com um processo de expansão da área de produção rural. Essas famílias, tinham um prazo estipulado para residir nas terras, extraíam da natureza o que podiam, produziam produtos hortifrutigranjeiros, leite de cabra e bovino, milho, feijão e vinho. A riqueza dessa região se dava não só pela fertilidade do solo, mas também pela abundância de água, escorridas pelos córregos. Vicente Pires passou a fazer parte do sonho de moradia de muitos Brasileiros que buscavam nesse cantinho do Distrito Federal uma nova oportunidade de vida e desenvolvimento para seus filhos. Com o passar do tempo, o local passou a ser moradia de muitas famílias, transformando-se em uma região urbana. Assim, em 2009 nasceu Vicente Pires. Uma realidade completamente diferente da vista atualmente. As chácaras começaram a receber identificações e com o passar dos anos, “grileiros” entraram em ação no local e surgiram lotes ainda menores e cada área se transformou em condomínio, ou seja, foi um processo chamado de invasão. O Setor Habitacional Vicente Pires, uma área urbana e os impactos ambientais são resultantes a esse processo. As consequências dessa transformação estão relacionados à falta de políticas públicas na área habitacional, e a ação de atores que percebendo este quadro, aproveitaram-se para comercializar lotes e terras com a promessa de regularização. Os impactos ambientais tornaram-se particularmente críticos porque é um local altamente suscetível à degradação, tendo em vista a presença de nascentes de grande importância para o ecossistema regional. Com o processo de urbanização em um estado de irreversibilidade, pode-se citar algumas atitudes que foram tomadas por parte do governo para que fosse realizada a regularização do Setor. A área não possui drenagem pluvial, também não possui esgotamento sanitário. A população utiliza sistema individual de esgotamento sanitário, caracterizado como fossa séptica, seguidas por sumidouros. A Companhia Energética de Brasília fornece energia elétrica para as residências e comércios. Com a relação aos resíduos sólidos, são realizados pelo serviço de limpeza pública do Distrito Federal. Apesar desta coleta, ainda descarta rejeitos domésticos a céu aberto em terrenos baldios, incluindo entulho de construções. 3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Está análise mostra falhas ocorridas no processo de ocupação da área, principalmente no que se refere a infraestrutura básica como esgoto e águas pluviais, também ocorreu a falta de atenção com a área de preservação permanente que foi degradada, tendo sua vegetação retirada para criação de lotes. Deve ser enfatizado a algumas ações que visem a recuperação e implantação de redes de esgotos e rede de drenagem pluvial, no caso da primeira, devido as exigências legais o que torna a execução dessa medida de grande importância no processo de regularização da área. Já no caso das redes de drenagem e esgotos, são medidas importantes pois estão relacionadas diretamente com a qualidade de vida dos moradores, sendo que a existência dessa infraestrutura impedem inclusive a proliferação de doenças. Entretanto, podemos relacionar nossa realidade com o pensamento e ideologia de Karl Marx; o crescente capitalismo nos mostra que nossas florestas de bens naturais são vistos como nada que meios para explorar e abastecer as indústrias que estão sempre em crescimento, não esquecendo também da rivalidade entre as indústrias que a qualquer custo procuram a maior rentabilidade e produtividade em relação à sua concorrente buscando assim mais recursos naturais. É muito importante, mostrar à sociedade enquanto consumidor a relação existente entre consumo e sustentabilidade ambiental, mostrar que quanto mais comprarmos sem necessidade ou somente por impulso estamos contribuindo de maneira direta para a degradação do meio ambiente pois produzimos lixos e resíduos, mostrar o poder que nossas escolhas têm na hora das aquisições. Consideramos que, para a consolidação de uma sociedade mais justa e ambientalmente sustentável, é urgente que a Universidade forme não apenas o professor, mas o educador ambiental que, como líder, sinta-se capaz de proporcionar um processo educativo que busque a transformação da realidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 28 abr. 1999. TRISTÃO, M. A educação ambiental na formação de professores: redes de saberes. São Paulo: Annablume; Vitória: Facitec, 2004. BRAGA, B; ESPANHOL, I; CONEJO, J.G. L; BARROS, M.T.L; SPENCER, M;PORTO, M; NUCCI, N ;JULIANO, N ; EIGER, S. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall. 305 p. 2002 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Consultoria Jurídica. Legislação Ambiental Básica/ Ministério do Meio Ambiente. Consultoria Jurídica. Brasília: Ministério do Meio Ambiente CARVALHO JÚNIOR, W. M. Os impactos decorrentes da ocupação urbana: O caso da Colônia Agrícola Vicente Pires Brasília/DF. 203 p. Universidade de Brasília –UNB, Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Gestão Ambiental e Territorial, 2007. Departamento de Geografia. ALBUQUERQUE, Mariana Zerbone Alves. A lógica da reprodução do espaço de Águas Claras na reprodução do Capital.2009. 143f. Tese para obtenção do Título de doutorado em geografia Humana. Departamento de Geografia Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. COREPLAN.Coletania de informações sócio econômicas. Região Administrativa XX - Águas Claras. 2006. Brasília Distrito Federal. GONÇALVES, Paula Renata. Cidades Satélites de Brasília, Registro Histórico. 2002. Brasília. TAGUATINGA, Administração Regional. Plano Direto Local Taguatinga águas Claras. 1997. Taguatinga Distrito Federal.
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