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Série Administração Estratégica 3ª EDIÇÃO revista, atualizada e ampliada O que há de novo nesta edição? Recursos de aprendizagem que contribuem para a melhor compreensão da obra. Atividades incluídas no término de cada capítulo, com respostas no final do livro. 9 7 8 8 5 7 8 3 8 7 9 2 1 ISBN 978-85-7838-792-1 ADMINISTRACAO E PLANEJAMENTO ESTRATEGICO - CAPA.pdf 1 28/7/2011 08:48:38 ADMINISTRACAO E PLANEJAMENTO ESTRATEGICO - VERSO.pdf 1 28/7/2011 08:51:49 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. O selo DIALÓGICA da Editora Ibpex faz referência às publicações que privilegiam uma linguagem na qual o autor dialoga com o leitor por meio de recursos textuais e visuais, o que torna o conteúdo muito mais dinâmico. São livros que criam um ambiente de interação com o leitor – seu universo cultural, social e de elaboração de conhecimentos –, possibilitando um real processo de interlocução para que a comunicação se efetive. Série Administração Estratégica Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. A d m i n i s t r a ç ã o e p l a n e j a m e n t o e s t r a t é g ico P a u l o S e r t e k R o b e r t o A r i G u i n d a n i T o m a s S p a r a n o M a r t i n s 3 ª e d i ç ã o r e v i s t a , a t u a l i z a d a e a m p l i a d a Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Conselho editorial Dr. Ivo José Both (presidente) Drª. Elena Godoy Dr. Nelson Luís Dias Dr. Ulf Gregor Baranow Editor-chefe ˘ Lindsay Azambuja Editor-assistente ˘ Ariadne Nunes Wenger Editor de arte ˘ Raphael Bernadelli Análise de informação ˘ Sílvia Kasprzak Revisão de texto ˘ Gabriel Plácido Teixeira da Silva Capa ˘ Denis Kaio Tanaami Projeto gráfico ˘ Raphael Bernadelli Iconografia ˘ Danielle Scholtz Informamos que é de inteira responsabilidade dos autores a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Esta obra é utilizada como material didático nos cursos oferecidos pelo Grupo Uninter. Foi feito o depósito legal. 1ª edição, 2007 (45.350 exemplares). 2ª edição, 2009 (12.279 exemplares). 3ª edição rev., atual. e ampl., 2011. Av. Vicente Machado, 317 14º andar – Centro, Curitiba – Paraná – Brasil CEP 80420-010 Fone: (41) 2103-7306 www.editoraibpex.com.br editora@editoraibpex.com.br Índices para catálogo sistemático: 1. Planejamento estratégico: Administração de empresas 658.4012 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Sertek, Paulo Administração e planejamento estratégico / Paulo Sertek, Roberto Ari Guindani, Tomas Sparano Martins. – Curitiba: Ibpex, 2012. – (Série Administração Estratégica). ISBN 978-85-7838-962-8 1. Desenvolvimento organizacional 2. Planejamento estratégico I. Guindani, Roberto Ari. II. Martin, Tomas Sparano III. Título. IV. Série. 12-06279 CDD-658.4012 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. S u m á r i o Agradecimentos ˘ 7 Apresentação ˘ 9 Como aproveitar ao máximo este livro ˘ 11 1 Overview (visão geral) ˘ 15 2 Perspectivas em administração estratégica ˘ 39 2.1 Globalização e mudanças ˘ 44 2.2 Adequação administrativa e nova configuração do trabalho ˘ 50 2.3 Tendências empresariais e estratégias possíveis ˘ 51 2.4 A empresa e a relação de valores (capital/trabalho) ˘ 56 3 Análise organizacional ˘ 73 3.1 Análise do comportamento organizacional ˘ 76 3.2 Componentes da estrutura organizacional ˘ 80 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 4 Estratégia organizacional ˘ 101 4.1 Uma breve retrospectiva no estudo das estratégias empresariais ˘ 105 4.2 Conceitos preliminares ˘ 112 4.3 Elaborando a estratégia ˘ 123 5 Planejamento e estratégias empresariais ˘ 141 5.1 Análise de cenários ˘ 145 5.2 Modelos de análise de negócios ˘ 146 5.3 Formulação de estratégias empresariais ˘ 159 5.4 Estratégias empresariais ˘ 177 6 Implementação estratégica ˘ 193 6.1 A relação entre o formal e o informal na estrutura das organizações ˘ 197 6.2 Avaliação e controle estratégico ˘ 208 7 Tendências empresariais ˘ 227 Para concluir... ˘ 241 Referências ˘ 245 Respostas ˘ 255 Sobre os autores ˘ 271 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Agradecemos ao professor Carlos Ubiratan da Costa Schier; às nossas famílias, que suportaram nossas ausências; e à equipe da Editora Ibpex, pelo apoio que nos deu neste trabalho e pelo incentivo à construção do saber. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. A p r e s e n t a ç ã o Nesta terceira edição, mais uma vez nos encontramos em um laborioso processo de reformulações para atualizar o texto e adequá-lo às novas exigências de conhecimento a que se pro- põe este livro, o que significou uma gama de ampliações de conceitos e de práticas específicas, tornando o conteúdo mais abrangente e rico. Assim, com uma linguagem simples e exem- plos práticos (aplicáveis no dia a dia de quem deseja se apro- fundar nessa temática), buscamos traçar uma linha objetiva de raciocínio em relação aos tópicos abordados e os dividimos em sete núcleos principais ou capítulos.Inicialmente, no primeiro capítulo, apresentamos uma “visão geral” a respeito dos meandros da administração estratégica. No segundo capítulo, versarmos sobre perspectivas em admi- nistração estratégica, com foco na globalização e nas mudan- ças organizacionais. Além disso, no terceiro capítulo, tratamos das tendências empresariais e da análise estratégica organiza- cional, ressaltando alguns tópicos de análise organizacional – o estudo e a distinção das estratégias, o planejamento e a Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. administração estratégica –, finalizando o capítulo com o en- foque das diretrizes estratégicas. No quarto capítulo, focaliza- mos o planejamento e as estratégias empresariais, dando ênfase à análise de cenários, aos modelos de análise de negócios e às técnicas para formulação das estratégias empresariais. Damos prosseguimento, na sequência, com a abordagem da análise e das ferramentas para implementação, avaliação e controle es- tratégico, no quinto e no sexto capítulos. Finalmente, no sé- timo capítulo, procuramos, na perspectiva da visão geral, focar em um aspecto de orientação, de direcionamento profissional, com base numa análise das tendências empresariais. Alicerçamos essa tarefa em princípios metodológicos e, com o suporte que a experiência nos configura, esperamos que esse estudo possa contribuir para que você aprofunde seus conheci- mentos, e que este livro lhe possibilite novas formas de visua- lizar o mundo dos negócios no que tange ao planejamento e às estratégias empresariais. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. C o m o a p r o v e i t a r a o m á x i m o e s t e l iv r o Este livro traz alguns recursos que visam enriquecer o seu aprendizado, facilitar a compreensão dos conteúdos e tornar a leitura mais dinâmica. São ferramentas projetadas de acordo com a natureza dos temas que vamos examinar. Veja a seguir como esses recursos se encontram distribuídos no decorrer desta obra. Conteúdos do capítulo Logo na abertura do capítulo, você fica conhecendo os conteúdos que serão nele abordados. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: Aqui você é informado a res- peito das competências que irá desenvolver e dos conhecimen- tos que irá adquirir com o es- tudo do capítulo. Estudos de caso Esta seção traz ao seu conhecimento situações que vão aproximar os conteúdos estudados de sua prática profissional. Síntese Você dispõe, ao final do capítulo, de uma síntese que traz os principais conceitos nele abordados. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Questões para reflexão Nesta seção a proposta é levá- -lo a refletir criticamente sobre alguns assuntos e a trocar ideias e experiências com seus pares. Questões para revisão Com estas atividades você tem a possibilidade de rever os principais conceitos analisados. Ao final do livro o autor disponibiliza as respos- tas às questões, a fim de que você possa verificar como está sua aprendizagem. Para saber mais Você pode consultar as obras indicadas nesta seção para aprofundar sua aprendizagem. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. O v e r v i e w ( v is ã o g e r a l ) capítulo 1 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 17 Conteúdos do capítulo: • Evolução do mercado empresarial; • Rapidez das mudanças; • Diversificação dos produtos/serviços; • O conceito de estratégia para o uso da ferramenta do BSC; • Planejamento pessoal. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: • compreender a evolução do mercado empresarial; • identificar formas e alternativas diferenciadas para se manter no mercado; • compreender os efeitos do marketing realizado pelas empresas; • entender a importância do planejamento pessoal. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 18 A evolução pela qual as empresas estão passando possibilita aos consumidores o acesso a uma ampla gama de produtos que são oferecidos no mercado. As circunstâncias geradoras dessa situação são as constantes mudanças tecnológicas, as novas descobertas científicas, as transformações e reconfigurações dos mercados, o aumento da concorrência, a presença de di- ferentes segmentações de mercado, a diminuição do tempo do ciclo de vida útil dos produtos, os acréscimos nos custos de distribuição e de produção e as constantes modernizações em ativos tangíveis e intangíveis (principalmente nestes últimos). Dessa forma, as empresas e as pessoas são cada vez mais pressio- nadas, exigidas, no sentido de procurar formas e alternativas diferenciadas para que possam se manter no mercado. Essa mudança contínua que as empresas estão oferecendo a seus clientes reflete, portanto, na grande diversidade de pro- dutos que estão sendo lançados no mercado. Nesse cenário, a grande vantagem para as empresasé que os consumidores de hoje querem e estão dispostos a comprar produtos diferentes, muitas vezes independentemente do preço. Isso nos permite afirmar que as empresas com maior capacidade de inovação são as mais competitivas, pois buscam incessante- mente a diferenciação de seus produtos e serviços. Nesse mesmo mercado e nas mesmas circunstâncias, a veloci- dade e a facilidade de acesso à informação fazem, no entanto, com que os diferenciais competitivos das empresas ou orga- nizações, incluindo-se aqui aqueles mais inovadores e cria- tivos, sejam usados como modelo e reproduzidos, copiados. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 19 Esse processo de imitação é feito em períodos relativos a dias, senão horas, sendo, logo após, oferecidos novos produtos aos clientes pelos concorrentes por um valor inferior ou qualidade superior. Podemos ilustrar como exemplo desse tipo de proce- dimento as águas gaseificadas colocadas rapidamente no mer- cado pelas concorrentes Pepsi (H2OH!) e Coca-Cola (Aquarius). Esse processo veloz e constante dificulta a diferenciação dos produtos, pois as empresas atualmente estão preparadas para se adaptarem às inovações tecnológicas do mercado competi- tivo, sendo que a essa dinâmica dá-se o nome de comoditização. Podemos verificar tal situação observando a quantidade similar de marcas e tipos de produtos expostos nas lojas e nos super- mercados − basta analisarmos alguns produtos como: xampu, sabonete, sabão em pó, macarrão, arroz e eletrodomésticos, en- tre tantos outros. Mas, por que isso acontece? É o resultado de processos padro- nizados e em série. Um exemplo disso se dá quando visitamos uma rede de eletrodomésticos e analisamos as “linhas brancas” de fogões − de longe, não conseguimos diferenciar uma marca da outra. Os produtos são tão parecidos que primeiro analisa- mos os preços e depois examinamos a marca. Essas variáveis passam a ser as que os consumidores mais usam na escolha de um produto: preço e marca. Diante desse fato, o gerente de marketing de uma empresa de linhas brancas percebeu que seus produtos precisavam se di- ferenciar dos comuns. Foi dessa observação que surgiram os produtos cinza ou prateados (linha inox), os quais, tirando pro- veito da diferenciação que apresentavam, tiveram seus preços Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 20 elevados e foram destinados a uma classe social de maior poder aquisitivo. Às empresas que não estiverem dispostas a aderir ao jogo de custos e preços, sobra como alternativa investir na marca e competir com base nela. Agora você deve estar se perguntando: “Se eu não conseguir diferenciar meu produto pela marca ou pelo preço, qual a alter- nativa para que meu produto seja visto?”. A resposta é simples: pelo efeito do marketing realizado pelas empresas. Podemos citar uma empresa que possui um produto que não pode ser rotulado, não possui valor agregado e não é diferenciado, como é o caso das commodities. Assim, a empresa que queira se diferenciar no mercado (fixar sua marca) pre- cisa trabalhar com algumas ferramentas que despertarão a ne- cessidade dos clientes: ferramentas, estratégias, planejamentos, marketing, finanças e pessoas. Um exemplo que ilustra bem essas questões relativas à diferen- ciação e ao efeito do marketing são os aparelhos celulares: de tempos em tempos, as empresas oferecem um modelo atuali- zado e inovador, com diversas funções. Esse procedimento está atrelado à imagem que essas empresas nos transmitem em suas campanhas publicitárias, nas quais a mensagem é que, se não trocarmos nossos aparelhos, nos tornaremos velhos, atrasados e, principalmente, pobres. Dessa maneira, a imagem criada em relação a quem não tem um telefone celular novo é a de uma pessoa sem poder aquisitivo. Isso é facilmente justificado por se tratar de um instrumento de status. Essa imagem, a qual nos Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 21 foi repassada por meio de campanhas, faz com que, periodica- mente, troquemos nossos telefones celulares. Além disso, as funções agregadas aos aparelhos celulares são inúmeras. As mais revolucionárias, dos últimos tempos, foram a inclusão da câmera digital e do computador a alguns telefones celulares. As empresas venderam muitos produtos por essa consolidação. Nesse contexto, uma pergunta torna-se óbvia: Será que o mer- cado está evoluindo tão rapidamente como estamos afirmando? Acreditamos que sim. Para elucidarmos essa afirmação, vamos apresentar a relação, no Quadro 1.1, de alguns produtos e ser- viços que surgiram/desapareceram nos últimos anos, para po- dermos contextualizar e avaliar melhor as atuais característi- cas do mercado no quesito evolução. Quadro 1.1 – Evolução de alguns produtos e serviços Produtos/Serviços (configuração atual) Produtos/Serviços (configuração antiga) Carteira de trabalho em formato de cartão Carteira de trabalho de papel (caderneta) Hipermercados Mercearias, açougues, verdureiro, leiteiro, vaqueiro Salão de beleza Cabeleireiro/barbeiro Atelier de costura Costureira/alfaiate E-mail Carta Chapinha/prancha para alisar os cabelos Escova e secador de cabelo Serviços web (design/ e-commerce) Lojas especializadas (continua) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 22 Produtos/Serviços (configuração atual) Produtos/Serviços (configuração antiga) Internet (MSN®/Orkut/ YouTube/Skype) Telegramas; cartão postal; cartas enviadas por correio Telefones celulares Telefone com disco Águas aromatizadas Água mineral com ou sem gás Barras de cereais; produtos diet e light Biscoito integral Comidas congeladas Comidas caseiras Leitor de código de barras Máquina registradora Computador/palm top Máquina de datilografia TV em alta definição (HDTV) TV sem controle remoto Multifuncional (fotocopiadora, fax e impressora) Papel-carbono iPod/mp“x” Walkman/toca-discos (radiola) Relógio digital Relógio de dar corda Pen drive Disquete 5 (1/4), 3(1/2) CD Discos de vinil (LP); fitas cassetes Câmeras digitais Máquina fotográfica com filme DVD Fitas de vídeos (VHS) Aparelho de DVD Videocassete Reality show Programas de auditório Jogos de computador Video game – Atari/CCE; cartuchos de video games GPS em automóveis Carros com carburadores Ensino a distância (e-learning) Curso de datilografia Kinder® Ovo Balas Soft (Quadro 1.1 – continuação) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra isé c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 23 Produtos/Serviços (configuração atual) Produtos/Serviços (configuração antiga) Cartão com créditos para telefone celular Ficha de telefone (orelhão) Tênis: Nike, Puma, Adidas, Reebok Tênis: Kichute, Conga, Bamba, Le Cheval, M2000, Chinesinho. Cartão-transporte Vale-transporte (ficha) Plano de saúde Médico familiar Metrô, ônibus Trem Cafeteira Coador de pano Pisos que não precisam ser encerados Enceradeira Os exemplos listados nos fazem perceber a evolução que o mer- cado empresarial vem sofrendo; portanto, é importante estar- mos atentos, não existe “bola de cristal” que faça com que adi- vinhemos o que estará por vir. No entanto, existem formas de se visualizar o futuro, quais sejam: televisão, jornais, internet, comentários de especialistas, tendências de consumo, investi- mentos dos setores públicos e/ou privados. Considerando todos esses aspectos, antes de pensarmos em in- gressar na área de gestão empresarial, é necessário refletirmos sobre algumas questões pessoais. Uma delas é respondermos à questão exposta logo a seguir, na qual se inserem questões re- lativas a espaço-tempo e a espaço geográfico. Você já pensou onde estará daqui a 10 anos? (Quadro 1.1 – conclusão) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 24 Mas qual a razão de esse questionamento espaço-temporal ser significativo? O fato é que, para entrarmos no mundo dos ne- gócios, é necessário disposição para mudanças. Precisamos es- tar dispostos a mudar nossos conceitos e, até mesmo, de cidade/ estado/país. Essa reflexão é importante para iniciarmos o pro- cesso de planejamento. O ideal é fazermos um planejamento de nossas vidas para um período de dez anos, separando-o em planejamentos de curto, médio e longo prazos. Quadro 1.2 – Planejamento por período Tipos de planejamento Período Planejamento a curto prazo Um ano Planejamento a médio prazo De um a três anos Planejamento a longo prazo Mais de três anos Além disso, o ideal é abordarmos, em nosso planejamento pessoal, itens referentes a família, carreira acadêmica e pro- fissional, como demonstrado a seguir no Quadro 1.3. Quadro 1.3 – Planejamento por área de abrangência Tipo de planejamento Área Planejamento familiar Encontrar o grande amor da sua vida, casar e ter filhos, entre outros aspectos. Planejamento acadêmico Terminar a faculdade, fazer uma pós- -graduação, fazer um curso de inglês e/ou espanhol, entre outros. Planejamento profissional Mudar de emprego, mudar de cidade e/ou país, trabalhar na empresa “Y”, ser um grande executivo, e demais perspectivas. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 25 Ao colocarmos nossas perspectivas em um planejamento, ten- do como intuito nos tornarmos gestores empresariais, já co- meçamos a tomar atitudes de mudanças e a enxergar o futuro. Mesmo assim, percebendo todas essas mudanças e aprendendo a enxergar o futuro, nós ainda temos uma desculpa para não entrarmos no mundo dos negócios: “Eu não tenho dinheiro para investir”. Num primeiro momento, essa desculpa é aceita se o negócio realmente corre risco de investimentos. Mas, na maioria das vezes, é uma resposta pronta, ou seja, dizemos isso porque, na verdade, não sabemos no que investir. Sobre isso realizamos, durante três anos, no Estado do Paraná, uma dinâmica com os alunos de graduação de diversos perío- dos e cursos, colocando o seguinte questionamento: “Imagine que você tem 1 milhão de reais”. Em seguida, perguntávamos: O que você faria com 1 milhão de reais? Nesse estudo, os alunos tinham apenas dois minutos para responder. Podemos imaginar que as respostas foram as mais diversas possíveis. Certo? Errado! No início, começamos a coletar in- formações e agrupá-las de forma que pudéssemos visualizar em um gráfico as informações. Para nossa surpresa (e acredi- tamos que para a sua também), os investimentos se concentra- ram em quatro setores, correspondendo a 95% das respostas: 1. Área financeira (poupança, aplicações, bolsas de valores e moedas). Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 26 2. Imóveis (comprar e alugar). 3. Lazer (viagens e passeios). 4. Negócio próprio (empreendedorismo). Essas respostas foram comuns em quase todas as pesquisas. Sabem por quê? Alguns dos motivos são os seguintes: • Nenhum dos participantes já havia possuído uma quantia como essa para pensar no que fazer. • Investir na área financeira (poupança/renda fixa) e em imó- veis é a opção que mais dá segurança. • Fazer uma viagem é a realização de um sonho pessoal e a busca pelo relaxamento (tranquilidade) momentâneo que sempre desejamos. • Um negócio próprio é mais arriscado, pois o negócio pode não dar certo e o investidor pode perder o dinheiro. Mas, confessemos: sempre pensamos em nos livrar da pressão do chefe. Fazendo a ligação com a última opção, concluímos que em ape- nas dois minutos é impossível saber o que fazer com tanto di- nheiro (às vezes, nem tanto assim). Na verdade, tal fato com- prova que não sabemos o que fazer quando nos dão dinheiro. Além do mais, realizamos investimentos seguros, com medo de perdermos o que nos foi dado. Dito isso, devemos destacar que, para sermos gestores empresa- riais, precisamos estar preparados para assumir riscos. E o risco envolve qualquer negócio. No livro Ah, se eu soubesse*, de Edler * A obra estrutura-se por meio de res- postas de empresários americanos para a pergunta: “O que você sabe hoje que gostaria de ter sabido 25 anos atrás?”. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 27 (2001), um empresário diz a respeito dos negócios: “Esteja pre- parado para enfrentar problemas todos os dias”, ou seja, geren- ciar uma empresa é estar durante o dia todo sob estresse. Esse gerenciamento permanente faz com que estejamos a todo instante sendo preparados para as atualizações e moderniza- ções do mercado. Como o mercado é amplo e altamente compe- titivo, o ideal é selecionarmos as melhores situações e os cami- nhos a serem seguidos. Nesse cenário, se quisermos fazer tudo o que nos é oferecido, acabaremos não fazendo nada. Por isso, a análise é sobre o que realmente desejamos para as nossas vidas e para os nossos negócios. Após esse breve parêntese com considerações de ordem pessoal/ profissional, daremos continuidade à abordagem sobre o ge- renciamento empresarial. No entanto, para que possamos se- guir em frente nesse estudo, há ainda algo extremamente im- portante a ser exposto, algo que nos oferece a tranquilidade necessária para desenvolvermosnossas atividades cotidianas: o gerenciamento financeiro pessoal. Antes de nos aprofundarmos no assunto, é interessante anali- sarmos os dados apresentados na próxima figura. Figura 1.1 – Diferenças de classes Classe E 34% Classes C/D 53% Classes A/B 13% + R$ 4.591 De R$ 768 a R$ 4.591 Até R$ 768 Renda médiaPopulação 0 100 Fonte: Adaptado de IBGE, 2008. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 28 Percebemos na figura anterior que a grande concentração está no meio da pirâmide, nas classes C e D, as quais rece- bem entre R$ 768,00 e R$ 4.591,00. Isso mostra que a renda das pessoas não é muito elevada. Revela, ainda, que a maioria das pessoas está numa faixa intermediária. Esse último fator é determinante para a necessidade de um controle financeiro pessoal constante a fim de que, dessa maneira, sejam evitadas complicações financeiras. Destacamos que a abordagem dessa questão tem gerado polê- mica, mas é indiscutível que um bom gerenciamento financeiro pessoal permite uma tranquilidade para o profissional atuar no mercado de trabalho. Imaginemos uma situação na qual al- guém esteja com as contas vencidas: o gerente do banco ligando todos os dias para que o cliente cubra o saldo bancário negativo; o nome do cliente em órgãos de proteção ao crédito, entre ou- tras consequências. Essas são circunstâncias que nos deixam cada vez mais nervosos e, assim, não conseguimos nos concen- trar nas atividades do dia a dia, o que redunda numa queda de produtividade, tornando o nosso rendimento no trabalho cada vez menor. A tabela a seguir nos permite considerar a importância de um planejamento pessoal, que consiste na relação entre receita (o que eu ganho de salário) × despesas (onde eu gasto meu salá- rio) = saldo (resultado mensal). Na Tabela 1.1, a seguir, apre- sentamos uma planilha-modelo que poderá ser usada para rea- lizar esse levantamento financeiro. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 29 T ab el a 1. 1 – P la ne ja m en to p es so al C on tr ol e fin an ce ir o pe ss oa l N om e da p es so a M ês 1 (R $) M ês 2 (R $) M ês 3 (R $) M ês 4 (R $) M ês 5 (R $) M ês 6 (R $) ... M ês 1 2 (R $) T ot al (R $) P er c. Sa ld o no b an co ... 50 0, 00 0, 9% Fo nt e de r en da 1 – S al ár io 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 ... 4. 00 0, 00 48 .0 00 ,0 0 91 ,1 % Fo nt e de r en da 2 – P en sã o ... – 0, 0% Fo nt e de r en da 3 – A lu gu éi s 40 0, 00 40 0, 00 ... 1. 20 0, 00 2, 3% R es ti tu iç ão d o Im po st o de R en da ... – 0, 0% C ré di to d o fin an ci am en to ... 3. 00 0, 00 5, 7% R ec ei ta s 4. 40 0, 00 4. 40 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 ... 4. 00 0, 00 52 .7 00 ,0 0 10 0 % A li m en ta çã o – Su pe rm er ca do 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% C ab el ei re ir o – Sa lã o de b el ez a 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 ... 50 ,0 0 60 0, 00 1, 2% F ar m ác ia 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 ... 50 ,0 0 60 0, 00 1, 2% P la no d e sa úd e 40 ,0 0 40 ,0 0 40 ,0 0 40 ,0 0 40 ,0 0 40 ,0 0 ... 40 ,0 0 48 0, 00 0, 9% F ac ul da de 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 ... 30 0, 00 3. 60 0, 00 7, 0% C ur so s 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 30 0, 00 ... 30 0, 00 3. 60 0, 00 7, 0% E sc ol a 20 0, 00 20 0, 00 20 0, 00 20 0, 00 20 0, 00 20 0, 00 ... 20 0, 00 2. 40 0, 00 4, 7% Sa lá ri o da e m pr eg ad a do m és ti ca 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 ... 40 0, 00 4. 80 0, 00 9, 3% (c on tin ua ) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 30 Im óv el – G er al F in an ci am en to d a ca sa p ró pr ia 50 0, 00 50 0, 00 50 0, 00 50 0, 00 50 0, 00 50 0, 00 ... 50 0, 00 6. 00 ,0 0 11 ,7 % A lu gu el 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 40 0, 00 ... 40 0, 00 4. 80 0, 00 9, 3% C on do m ín io 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% L uz 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% IP T U 30 ,0 0 30 ,0 0 30 ,0 0 30 ,0 0 30 ,0 0 30 ,0 0 ... 30 ,0 0 36 0, 00 0, 7% T el ef on e – G er al ... F ix o 80 ,0 0 80 ,0 0 80 ,0 0 80 ,0 0 80 ,0 0 80 ,0 0 ... 80 ,0 0 96 0, 00 1, 9% C el ul ar es 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% P ro ve do r de in te rn et 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 ... 50 ,0 0 60 0, 00 1, 2% A ut om óv el – G er al Se gu ro o br ig at ór io 10 0, 00 ... 10 0, 00 0, 2% L ic en ci am en to 50 ,0 0 ... 50 ,0 0 0, 1% F in an ci am en to d o ca rr o 35 0, 00 35 0, 00 35 0, 00 35 0, 00 35 0, 00 35 0, 00 ... 35 0, 00 4. 20 0, 00 8, 2% Se gu ro d o au to m óv el 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 ... 15 0, 00 1. 80 0, 00 3, 5% C om bu st ív el 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% C on ta s d iv er sa s L an ch es 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% P iz za s 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% B an co s – G er al T ar ifa s ba nc ár ia s 20 ,0 0 20 ,0 0 20 ,0 0 20 ,0 0 20 ,0 0 20 ,0 0 ... 20 ,0 0 24 0, 00 0, 5% (T ab el a 1. 1 – co nt in ua çã o) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 31 Ju ro s ba nc ár io s 70 ,0 0 70 ,0 0 70 ,0 0 70 ,0 0 70 ,0 0 70 ,0 0 ... 70 ,0 0 84 0, 00 1, 6% C ar tã o de c ré di to 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% C he qu es e m it id os 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% V al or d as p re st aç õe s do s em pr és ti m os 28 3, 68 28 3, 68 28 3, 68 28 3, 68 28 3, 68 28 3, 68 ... 28 3, 68 3. 40 4, 15 6, 6% Im po st os Im po st o do s al ár io d a em pr eg ad a do m és ti ca 75 ,0 0 75 ,0 0 75 ,0 0 75 ,0 0 75 ,0 0 75 ,0 0 ... 75 ,0 0 90 0, 00 1,7% Im po st o de R en da 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 ... 35 0, 00 0, 7% D es pe sa s 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 ... 4. 24 8, 68 51 .4 84 ,1 5 10 0 % In ve st im en to s T ít ul o de c ap it al iz aç ão 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 10 0, 00 ... 10 0, 00 1. 20 0, 00 2, 3% P re vi dê nc ia p ri va da 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 50 ,0 0 ... 50 ,0 0 60 0, 00 1, 2% In ve st im en to 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 ... 15 0, 00 1. 80 0, 00 3, 5% Sa ld o an te ri or 50 0, 00 4. 00 1, 32 3. 95 2, 64 3. 90 3, 96 3. 45 5, 28 3. 00 6, 61 ... 31 4, 53 50 0, 00 R ec ei ta s 7. 90 0, 00 4. 40 0, 00 4. 40 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 4. 00 0, 00 ... 4. 00 0, 00 52 .7 00 ,0 0 D es pe sa s 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 4. 24 8, 68 ... 4. 24 8, 68 51 .4 84 ,1 5 In ve st im en to s 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 15 0, 00 ... 15 0, 00 1. 80 0, 00 Sa ld o po st er io r 4. 00 1, 32 3. 95 2, 64 3. 90 3, 96 3. 45 5, 28 3. 00 6, 61 2. 55 7, 93 ... (8 4, 15 ) (T ab el a 1. 1 – co nc lu sã o) Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 32 O ideal é que, ao final do mês e do ano, possamos ter um saldo positivo em nossas contas. Isso nos deixa mais tranquilos, per- mite que possamos fazer planejamentos e que possamos tam- bém realizar sonhos. O estresse da pressão do dia a dia da conta negativa acaba indo embora e as pessoas passam a se concen- trar mais em atividades relacionadas ao que lhes interessa. O domínio do controle financeiro pessoal muitas vezes per- mite que os profissionais que estão no comando da empresa vejam os auxiliares “com outros olhos”. Eles passam a observá- -los e às vezes chegam a presenteá-los com promoções dentro da empresa, pois o pensamento a esse respeito é: “se você con- segue controlar o seu dinheiro, com certeza saberá controlar o dinheiro da empresa também!”. Irritação Qual a influência das finanças pessoais na carreira das pessoas? Desconcentração Preocupação Estresse Mau humor Fonte: Adaptado de Guindani; Martins; Cruz, 2009. Nesse cenário, é preciso reiterar que tanto organizações sem fins lucrativos – como o governo, as agências do estado, as ONGs etc. − quanto as que têm como finalidade o lucro ne- cessitam de modelos competitivos para a sua gestão, por meio de modelos que guiem seu processo de tomada de decisão. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 33 Organizações sem fins lucrativos são aquelas que não visam ao lucro para seus acionistas, mas que proporcionam valor para as pessoas e/ou grupos que servem. Assim, necessitam de mode- los de gestão para controlar seus custos operacionais e encon- trar a melhor forma de utilização de seus recursos (materiais, financeiros e humanos) para, dessa forma, gerar valor. Por exemplo: organizações de cunho assistencial competem para obter doações. Suponhamos que alguém deve decidir para qual organização fará uma doação. O indivíduo doará a im- portância para aquela organização que destina 90% de seus recursos para fins assistenciais, levando-se em conta a quita- ção de suas obrigações operacionais, às pessoas que necessitam dessa contribuição ou para aquela que consegue destinar ape- nas 50%? Se uma organização dessas for conhecida pelos altos custos operacionais e altos salários de seus dirigentes, não há dúvidas de que ela conseguirá um volume pequeno de doações. Mas, obviamente, para fazer essa análise é necessário termos conhecimento sobre alguns aspectos relacionados à gestão em- presarial (assunto que apresentaremos nos próximos capítulos), bem como aos conceitos e às técnicas, para que possamos nos habilitar nessa área e para que os conhecimentos adquiridos sirvam de subsídios para o sucesso dos nossos negócios. Estudo de caso Caso Fanta Analise o caso a seguir e aplique os conceitos apresentados no Capítulo 1 – Tema: Diversificação de produtos. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 34 Atualmente, as empresas estão modernizando seus ativos tan- gíveis e intangíveis. Isso significa mais um marco no processo evolutivo das organizações e traz como benefício aos consumi- dores o acesso à ampla variedade de produtos disponíveis no mercado. Assim, a grande diversidade de produtos que você pode encontrar no mercado reflete essa mudança contínua nos produtos que são oferecidos aos clientes. A grande vantagem para as organizações está justamente no fato de que os consu- midores querem e estão dispostos a adquirir produtos diferen- tes, muitas vezes independentemente do preço. Exemplo disso são os aparelhos celulares, conforme comenta- mos no início desta obra (Capítulo 1). Outro exemplo que po- demos citar é o da Fanta, refrigerante da Coca-Cola Company. A Fanta Laranja chegou ao Brasil em 1964, e a Fanta Uva, em 1971. No início de 2002, a Fanta chegou a ser lançada em mais seis sabores: Fanta Citrus, Fanta Maçã, Fanta Morango, Fanta Laranja Discovery, Fanta Laranja Mix (sabor laranja e tange- rina) e Fanta Mundo Tailândia (sabor laranja e manga). Infelizmente, os três primeiros sabores não conseguiram per- manecer no mercado. Somados aos últimos dois sabores, foram lançados os sabores Fanta Laranja Light e Fanta Uva Light. Essas situações (a dos celulares e a da Fanta) são uma mostra da diversificação de produtos oferecidos ao público consumidor. No mundo, atualmente, existem mais de 95 sabores de Fanta em mais de 170 países. Os exemplos ilustrados são para per- cebermos a evolução que o mercado empresarial está sofrendo. Nesse contexto, o importante é estarmos atentos às tendências e às inovações que esses mercados possibilitam, pois elas são inúmeras. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 35 Diante do exposto, focando nosso aprendizado no estudo de caso da Fanta, você deve buscar (pesquisar) conhecimentos que respondam às seguintes questões: a. Quais sabores de Fanta foram encontrados através de sua pesquisa na internet? b. Por que os outros sabores não são oferecidos no Brasil? Síntese As empresas estão constantemente em evolução, impulsiona- das por fatores tecnológicos e mercadológicos. Essa mudança contínua gera uma diversificação de produtos e serviços. Dessa forma, os gestores empresariais precisam constantemente identificar formas e alternativas para se manterem no mercado cada vez mais competitivo. Por isso, é necessáriaa compreen- são, por parte da empresa, dos efeitos do marketing nos negó- cios. As pessoas que desejarem trabalhar no mundo dos ne- gócios precisam estar dispostas a mudar e, principalmente, a entender a importância do planejamento pessoal. Questões para revisão 1. Qual é o tempo estimado para o planejamento empresarial moderno? a. Curto prazo (até 1 ano)/médio prazo (de 1 a 3 anos)/ longo prazo (acima de 3 anos). b. Curto prazo (até 3 anos)/médio prazo (de 3 a 10 anos)/ longo prazo (acima de 10 anos). Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 36 c. Curto prazo (até 1 ano)/médio prazo (de 1 a 10 anos)/ longo prazo (acima de 10 anos). d. Curto prazo (até 5 anos)/médio prazo (de 5 a 15 anos)/ longo prazo (acima de 15 anos). e. Curto prazo (até 4 anos)/médio prazo (de 4 a 12 anos)/ longo prazo (acima de 12 anos). 2. O domínio do controle financeiro pessoal permite: a. programar os empréstimos que a empresa liberará aos funcionários bem qualificados e organizados. b. a diminuição do estresse do dia a dia para a execução das tarefas. c. o aumento de problemas gerados pela evidência dos nú- meros financeiros. d. a interdependência na relação interpessoal nas organi- zações. e. que nada seja afetado no dia a dia das empresas, pois com ou sem controle financeiro as pessoas não sofrem alteração de comportamento. 3. Por que a atividade empreendedora traz um retorno maior que uma simples aplicação em poupança? a. Porque a poupança é um investimento arriscado. b. Porque o retorno é proporcional ao risco. c. Porque o retorno é maior em qualquer empreendimento. d. Porque os bancos estão com problemas de capital de giro. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 37 e. Porque a poupança é administrada pelo governo. 4. Qual a importância da diversificação dos produtos e servi- ços? 5. Em que sentido o domínio do controle financeiro pessoal ajuda os funcionários de uma organização? Questões para reflexão 1. Como visualizar e desenvolver novos produtos/serviços para o mercado futuro? 2. Como equilibrar as questões financeiras? Para saber mais As indicações a seguir são importantes para profissionais, pes- quisadores e estudantes que desejam saber mais sobre a visão geral de negócios. HISTÓRIA DO CELULAR. Disponível em: <http://www. baixaki.com.br/info/2140-historia-a-evolucao-do-celular.htm>. Acesso em: 6 dez. 2010. LAUFER, F. Longe dos olhos do dono, mas controlada de perto. Gazeta do Povo. 28 jan. 2009. Disponível em: <http:// portal.rpc.com.br/gazetadopovo/posgraduacao/conteudo. phtml?tl=1&id=851514&tit=Longe-dos-olhos-do-dono-mas- controlada-de-perto>. Acesso em: 6 dez. 2010. PÉREZ LÓPEZ, J. A. Introducción a la dirección de empresas. Madrid: Rialp, 1994. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. P e r s p e c t i v a s e m a d m i n i s t r a ç ã o e s t r a t é g ic a capítulo 2 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 41 Conteúdos do capítulo: • Globalização e mudanças; • Impacto das mudanças; • Adequação administrativa e nova configuração do trabalho; • Tendências empresariais e estratégias possíveis; • A empresa e a relação de valores (capital/trabalho). Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: • compreender o fenômeno da globalização e das mudanças; • identificar as influências das mudanças do mercado na vida das empresas; • conscientizar-se da necessária adaptação pela aprendizagem; • conhecer as estratégias atuais de adaptação ao mercado; • desenvolver uma cultura ética dentro das organizações; • saber definir missão e valores organizacionais; • identificar as competências necessárias para o gestor; • saber alinhar estratégia, valores e pessoas aos resultados da empresa. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 42 Neste capítulo, fornecemos os elementos necessários para a com- preensão do fenômeno da globalização, e como esta afeta dire- tamente a vida das nossas empresas pela evolução contínua das tecnologias incorporadas aos produtos e aos serviços. Sabemos que os mercados não são estáticos e que suas fronteiras são mu- táveis. Muitos desses mercados, que hoje são promissores, não existiam há 20 anos, como o mercado das músicas digitalizadas, dos aparelhos para exames de diagnóstico do câncer, das câme- ras fotográficas digitais etc. Com isso, podemos verificar que as empresas, e com elas todos os profissionais, necessitam do aper- feiçoamento continuado para não estagnarem ou serem levados pela correnteza dos acontecimentos para o passado, por causa da defasagem de conhecimentos. Destacamos, especialmente nas próximas páginas, aspectos da nova configuração das atividades profissionais, cada vez mais em rede e interativas e sempre condicionadas pelo valor do co- nhecimento agregado às funções exercidas. Pretendemos que você reflita sobre a importância de desenvolver pessoas, uma vez que, por enquanto, os resultados empresariais são obtidos através delas. Desenvolvemos também o conceito de missão empresarial como contribuição a todos os envolvidos e afetados com as ati- vidades da empresa. Pretendemos que você se conscientize da necessidade de desenvolver os valores dentro da organização, de modo a ter a sua bússola orientadora para a tomada de deci- são na gestão estratégica. Damos ao desenvolvimento das competências gerenciais o des- taque-chave, mas vale a pena a análise de cada um dos campos para a definição do crescimento pessoal. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eioou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 43 Antes de traçarmos um rumo, um caminho para trilhar, é ne- cessário que façamos algumas reflexões; isso é imprescindível em todos os âmbitos da vida. Assim, ao destacarmos aspectos relativos às perspectivas em administração estratégica nesse início do século XXI, é importante nos mantermos atentos a esse pressuposto. Aliás, “compreender principalmente a ação dos valores em uma organização é, sobretudo, estar consciente de sua influência e poder de provocar mudanças” (Blattmann; Borges; Bernardes, 2002). Mudança: é esse, pois, o foco que iremos privilegiar neste estudo sobre as características de es- trutura e de administração de uma empresa. No entanto, para cumprirmos tal propósito, é imprescindível nessa análise (do já existente) e nessa busca (do novo) fazermos um diagnóstico, o mais abrangente possível, do entorno das empresas, das influências e das confluências do universo orga- nizacional com o meio e com o homem, se desejarmos ter uma visão mais próxima possível da realidade. Olhar a empresa como algo isolado, como uma estrutura fechada em si mesma, já não demonstra ser uma prática considerada adequada, pois “os valores, junto com as normas, as crenças compartilhadas e os símbolos constituem os elementos da cultura de uma socie- dade ou de uma organização” (Blattmann; Borges; Bernardes, 2002). Ou seja, sociedade e organização estão em uma situação de coexistência, de mútua dependência. Cabe aqui, portanto, um questionamento: O que está em pro- cesso de mudança? As organizações? Os valores? A sociedade como um todo? Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 44 2.1 Globalização e mudanças Estamos inseridos em um mundo em que os processos e os procedimentos repercutem muito além das fronteiras da cidade, do estado e do país. O método de produção que se desenvolve na Ásia, por exemplo, reflete nos demais continentes, seja em relação à economia, seja em relação às condições sociais dos trabalhadores, ou, ainda, às políticas de produção de muitos governos. Um exemplo disso se verifica com os produtos chi- neses, que chegam ao nosso mercado com valores bem mais competitivos, além de serem criados em condições tecnológi- cas cada vez melhores. Tal fato alterou a estratégia de muitas empresas brasileiras − muitas corporações estão sendo incita- das a implantarem filiais na China, visando à diminuição de custos de produção e ao ganho em competitividade. Precisa-se, no contexto da produção contemporânea, de um contingente menor de pessoas trabalhando na extração de ma- téria-prima e nos processos de transformação básica. A pro- dução dos artigos industrializados se torna cada vez mais so- fisticada em virtude dos novos processos tecnológicos que alcançam maior produtividade e qualidade, com custos bem in- feriores àqueles empregados anteriormente. Os tipos de trabalho da atualidade estão se redesenhando com maior carência de conhecimento e de tecnologia sofisticada. Por exemplo: a necessidade de um funcionário da produção in- dustrial possuir conhecimento de métodos de trabalho como just in time, kanban (método de controle empregado em sistemas 2.1 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 45 de produção na indústria japonesa; significa, literalmente, “re- gistro ou placa visível”), PDCA* ; ou, no caso de quem traba- lha em escritórios, a necessidade de dominar a aplicação das planilhas de cálculo de informática, além de outros exemplos. Hoje, existem duas alternativas muito claras: ou o profissional se prepara para essa nova situação ou se marginaliza no mer- cado de trabalho. Este, por sua vez, valoriza cada vez mais o que é propriamente humano: a inteligência criadora, a inova- ção e a capacidade de conduzir mudanças. Essas competências revelam uma maior demanda de líderes em todos os níveis. Impacto das mudanças Mudanças exigem criatividade e respostas estratégicas. Nesse sentido, um dos fatores mais relevantes é a inovação tecnoló- gica, que tem se constituído como diferencial altamente estra- tégico para inúmeras empresas. As novas tecnologias sendo introduzidas nos produtos, nos processos e nos sistemas de informação influenciam a competi- ção das empresas no mercado globalizado. Como atingem me- lhores patamares de qualidade, funcionalidade e satisfação dos consumidores, os fabricantes de um mesmo setor industrial, ou até de setores alternativos, devem se atualizar perante essas mudanças. O cuidado e a responsabilidade pelo meio ambiente, espe- cialmente no que se refere à gestão dos resíduos sólidos, ao * O ciclo PDCA ou ciclo de Deming será apresentado na p. 78, conforme Figura 3.2. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 46 consumo de energia, ao emprego de energias limpas, instigam a transformações de produtos e de serviços visando à contri- buição para o futuro comum da sociedade, com o pensamento voltado para as próximas gerações. A adaptação a essas mudanças exige criatividade e inovação por parte das empresas e, portanto, dos seus membros, que devem aprender coisas novas e se atualizar continuamente. Toda em- presa é solicitada com muita frequência a rever o seu plano de negócios e a verificar o seu posicionamento no mercado. Por en- quanto, apenas aquelas que estiverem oferecendo uma proposta de valor coerente para os consumidores é que sobreviverão a uma competição tão forte. Nesse sentido, um dos fatores rele- vantes é a inovação tecnológica, que tem se constituído como diferencial altamente estratégico para inúmeras empresas. Não obstante a tecnologia possa ser decisiva, não costuma ser a única forma de inovação, pois a tecnologia principal é a que atende à necessidade do cliente por meio de um melhor posi- cionamento da proposta de valor oferecida ao consumidor. É o caso da Ikea, fabricante europeia de móveis, cujo sucesso está em um design moderno e totalmente desmontável, o qual faci- lita o transporte, diminui os custos e baixa significativamente o preço dos seus produtos, aproveitando o potencial de clientes interessados em montar seus móveis a seu gosto, além da maior oferta de cores e de tamanhos. Aliás, é notório que a competitividade da empresa seja proporcio- nal à sua capacidade de inovar e criar novas condições operacio- nais e/ou novos produtos que atendam à demanda do mercado. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al.47 Aliam-se, nesse quesito, a habilidade, a predisposição e a rapidez no processo de mudanças, a fim de constituírem uma condição al- tamente competitiva para determinada empresa ou organização. Há, inerentemente a essa realidade, a necessidade de criarmos valor agregado, o que significa adicionar ao produto ou ao ser- viço um “a mais” de desempenho ou de características que o diferencie de outros. Valor agregado não pode ser uma palavra mágica; deve ser algo objetivo, visível, concreto. Assim, o que observamos como características marcantes nesse processo de atualização das condições administrativas são, principalmente, procedimentos relacionados com o ato de: • delegar, para agilizar os processos e resolver as pressões que envolvem o ambiente. • liderar, para estimular a capacidade de iniciativa de todos os colaboradores a lidar, com sucesso, com o ambiente alta- mente volátil das empresas e do mercado. • agregar, valor aos produtos e aos serviços, por meio da valorização dos conhecimentos, dos talentos humanos. Não devemos nos esquecer de que as mudanças em uma es- trutura administrativa ou de produção, normalmente, causam discordâncias e objeções*. É a tendência do ser humano de se fixar no já conhecido, de se manter seguro no que domina. No entanto, o fato é que as mudanças são necessárias e imprescin- díveis em função de vários aspectos, que podemos englobar dentro das situações oriundas da: * Sobre esse assunto, sugerimos a leitura do livro Empreendedorismo, de autoria de Paulo Sertek (2011), que se encontra na lista de referências desta obra. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 48 • coação externa, que põe em risco a continuidade da empresa. • demanda do ambiente externo, que, ao apresentar novas necessidades, quer de produtos, quer de procedimentos, provoca novas oportunidades (novos mercados, novos pro- dutos, novos domínios de conhecimento). • competitividade, que exige maior rapidez de respostas por parte das empresas, as quais, para atenderem a tal requi- sito, tendem a inovar a estrutura organizacional, fato que tem levado a uma horizontalidade hierárquica. O fato é que, em um mercado globalizado, as empresas deverão estar atentas a estratégias que contemplem a diferenciação (de produto, de serviço, de valor agregado à marca) ou a liderança de custos e/ou o foco de mercado, o que implica um alto índice de competitividade. Chan Kim e Renée Mauborgne, dois pesquisadores do INSEAD, uma das escolas mais renomadas do mundo situada em Paris, ini- ciaram estudos sobre a sobrevivência das empresas e chegaram à conclusão de que o desenvolvimento com segurança ao longo do tempo está, sobretudo, na capacidade destas organizações de re- alizarem movimentos adequados de posicionamento no mercado através de uma proposição de valor que renovava ou abria novos mercados, e diferenciavam a sua ação da dos seus competidores de tal maneira que tornavam irrelevante a concorrência, já que se colocavam na busca do “não consumidor”. A metáfora empregada por Kim e Mauborgne foi a do oceano vermelho, correspondendo àquela situação de competição entre Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 49 empresas em um mesmo setor industrial que utilizam meios semelhantes de competição, tanto na estratégia como na oferta de valor para os clientes, podendo-se reduzir a empresas que têm apenas uma ótica: a de oferecer mais para os clientes por um menor preço ou pelo mesmo preço, acarretando, com isso, uma batalha infindável por preços mais atraentes e ofertas cada vez mais desnecessárias de acessórios e de utilidades que talvez o cliente nunca desejasse ter. A estratégia de batalha “oceano vermelho” significa a luta fron- tal. Como resultado, o sangue se espalha no oceano tornando-o vermelho em virtude da luta pelo espaço de mercado. Nesse sis- tema, entende-se que o mercado tenha limites fixos e que abo- canharmos uma parte maior do mercado faz com que todos os concorrentes fiquem com uma parte menor. A lógica do oceano azul, metáfora também utilizada por Kim e Mauborgne (2003), é a de criação de novos mercados. Como? Primeiro, tendo presente que os mercados e os setores indus- triais não são estáticos, uma vez que a experiência mostra uma quantidade enorme de setores que apareceram devido às mu- danças no mercado, como todos os negócios ligados ao uso da internet, softwares, biotecnologia etc. Em segundo lugar, te- mos de ter em conta que muitos mercados deixaram de existir pela obsolescência de produtos e de serviços. Lembrem-se das máquinas de escrever, dos aparelhos com válvulas, dos video- cassetes, das técnicas de cirurgia invasivas para operações de menisco, entre tantos outros produtos que se foram para as calendas! Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 50 Adequação administrativa e nova configuração do trabalho O século XXI caracteriza-se pela transição de valores. Nesse cenário, o conhecido chavão “são as pessoas que fazem a di- ferença” reforça a ideia de que todas as empresas conseguem resultados por meio de pessoas, no que se refere às organiza- ções, mesmo as empresas de pequeno e médio portes, sendo esta uma realidade que exige cada vez mais atenção por parte dos administradores. Esse parâmetro, por sua vez, remete à valorização dos processos de aprendizagem, pois eles se tor- nam, dessa forma, o sustentáculo viabilizador das mudanças. Assim, temos uma conjuntura que tende para o pluralismo das organizações (com respeito às opções e crenças do cliente); para uma crença na necessidade da constante transformação e assimilação de novas estruturas, demandas e concepções (visão de mundo), incluindo a reestruturação do próprio ambiente de trabalho, que deve atender de modo satisfatório ao bem-estar dos funcionários e dos clientes. Todos esses aspectos, não es- queçamos, precisam ser levados em conta na elaboração das estratégias, para que a organização opere com maior competi- tividade e se torne líder em seu segmento. Mas, por que tanta ênfase nas mudanças e nas adequações, en- fim, na busca por novas estratégias? Observando o cenário de estresse dos mercados nacional e in- ternacional, torna-se visível um fator que desafia as mentes responsáveis pela operacionalização econômica e financeira na sociedade globalizada: levar adiante a modernização sem, com 2.2 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 51 isso, conduzir à miséria povos e nações. Parece assustador, e é. A valorização focada apenas nos valores econômicos, presen- tes na concorrência internacional, tem ocasionado uma tensãoconstante (melhor seria dizer desespero) em comunidades e em- presas regionais. Tendências empresariais e estratégias possíveis Torna-se óbvio, na conjuntura imposta pelo mercado do ter- ceiro milênio, que as organizações devem, necessariamente, apresentar maior capacidade de resposta às solicitações do meio em função de uma condição de maior competitividade. Vamos fazer uma retrospectiva a título de exemplo. Pensemos no que ocorreu no Brasil, nos meados do século passado, quando não havia produtos suficientes para atender ao mercado interno, o que forçou as empresas a importá-los. Naquela época, as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo formavam um grupo imenso, cuja grande tendência (e que deu certo na época) foi a diversificação de produtos, com o objetivo de atender às necessi- dades desse mercado. Assim, produzia-se manteiga, mas não havia latas para acondicioná-la; abria-se, então, uma empresa para fabricar latas. Isso funcionou porque não tínhamos quase nada sendo produzido internamente no país. No entanto, com o passar do tempo, as estratégias de excessiva diversificação se tornaram problemáticas. Como é possível ser bom e competi- tivo produzindo manteiga e fabricando latas? A solução para esse problema foi a seguinte: focalizar os negócios, deixando aquilo que não era a competência essencial da empresa para ou- tros, procurando empenhar-se apenas em algumas coisas. 2.3 Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 52 Entendemos que, em um ambiente estável, no qual ocorrem poucas mudanças, há menor reflexo na estratégia e na confi- guração da empresa que no caso oposto. Verificamos que, à medida que surgem novos problemas ou que os competidores tomam espaço no mercado, há maior necessidade de inovação e de mudanças de posicionamento empresarial. Assim, quando uma instância superior supre o que uma ins- tância inferior deveria ou poderia fazer, ou, ainda, quando se instituem medidas excessivamente protecionistas de mercado, em vez de beneficiar o mercado, a instância superior acaba por prejudicá-lo. Isso ocorre em virtude do acomodamento das em- presas e das pessoas ao status quo. Em ambientes em que não há mudanças, ou estas são poupadas, a estrutura organizacional se torna extremamente burocrática e verticalizada. Nesse contexto, verificamos que a excessiva proteção do mer- cado para as empresas nacionais gerou a diminuição gradativa de sua competitividade, pois, em certa medida, a competição e a concorrência internacionais fazem com que as empresas bus- quem melhores técnicas e tecnologias para se desenvolverem, chegando à melhor qualidade de produtos e de serviços (esses são aspectos positivos da globalização). No Brasil, a abertura de mercado só ocorreu, de forma ampla, no governo Collor, no início da década de 1990. O que ficou evidente nesse novo cenário pós-abertura de mer- cado é que, mais do que nunca, os empreendedores precisam repensar suas atividades, procurando alternativas e novas es- tratégias. Uma delas é buscar liderança em pequenos nichos mercadológicos nos quais possa se diferenciar da concorrência. Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 53 É oportuno nos atualizarmos em relação a áreas que se desta- cam, em termos de atuação, pelas demandas do seu mercado consumidor. Hoje, por exemplo, as áreas de turismo, telecomu- nicações, informática, manipulação de medicamentos e tecno- logia de produção agrícola e animal demonstram ser as mais promissoras. Também são de suma importância, para os mer- cados globalizados, os trabalhos condizentes à distribuição e à logística. Um fato interessante de ser citado dentro do universo das novas alternativas e estratégias de empreendedorismo – para exem- plificar inovações (mudanças) envolvendo, entre outros fatores, o aproveitamento de nicho de mercado, da tecnologia e da infor- mática – foi o lançamento, no ano de 2007, de uma “loja diferen- ciada” de uma rede de supermercados, no Shopping Iguatemi, em São Paulo: trata-se de um verdadeiro supermercado high-tech, tal a expressividade de recursos tecnológicos presen- tes na variedade de produtos e na integração dos serviços. Aliás, como diz o Grupo Pão de Açúcar (2007), “a certeza de que o consumidor está num ambiente de compras total- mente inovador acontece no primeiro contato que ele tem com a loja”. E esse conceito está presente nos quiosques multimí- dia da IBM; nas etiquetas eletrônicas de preços (as quais eli- minam o papel utilizado na atividade varejista); nas etique- tas inteligentes (RFDI – Identificação por Radiofrequência) nos vinhos; no novo sistema de checkouts com dois monitores (cuja tecnologia touch screen agiliza o atendimento em até 30%); na leitura dos códigos de barra com os produtos em movi- mento (leitores bióticos de última geração); nos carrinhos in- teligentes confeccionados em plástico reciclado; nos serviços; Ne nh um a p ar te de sta pu bli ca çã o p od er á s er re pr od uz ida po r q ua lqu er m eio ou fo rm a s em a pr év ia au tor iza çã o d a E dit or a I bp ex . A vi ola çã o d os di re ito s a uto ra is é c rim e e sta be lec ido na Le i n º 9 .61 0/1 99 8 e pu nid o p elo ar t. 1 84 do C ód igo P en al. 54 exclusivos para os “clientes mais” (ofertas exclusivas para os clientes cadastrados via quiosque multimídia ou celular, entre outros) na localização eletrônica dos produtos; na telefonia IP; nas balanças interativas; enfim, em um verdadeiro universo tec- nológico em interação com o consumidor. O Grupo Pão de Açúcar (2007) informa que para tanto, foram feitas parcerias com grandes empresas de tecno- logia – Microsoft®, IBM, Unisys, Bematech/Gemco, Megamídia, Toledo, Intermeq RR Etiquetas, Cisco, Itautec, Software Express, Vertigo, VirtualGate e CA. – que ajudaram a viabilizar essa proposta de integração da modernidade com a simplicidade, e que será vista pela primeira vez no Pão de Açúcar Iguatemi. Responsabilidade e ética em relação às inovações O surgimento de novas tecnologias tem gerado novos proble- mas éticos. O uso de uma tecnologia “sem alma”, que não re- solve problemas de ordem social, tais como o desemprego, a concentração de renda e a violência, acaba alimentando esses mesmos problemas. Para que isso não ocorra, a técnica deve es- tar a serviço do homem. Por isso, o emprego de técnicas sofis- ticadas não se justifica sem antes fazermos um estudo dos seus impactos socioambientais. Uma técnica sofisticada não pode ga- nhar um salvo-conduto e ser introduzida na sociedade apenas por razões de eficiência e eficácia, tendo em vista que é cada vez mais necessária a visão de responsabilidade pelas consequên- cias do seu emprego na vida da sociedade. Como exemplo, po- demos citar o uso inadequado de defensivos agrícolas. Certo princípio ético regulador da atividade tecnológica prescreve que nem tudo o que é possível de ser desenvolvido tecnologicamente pode ser feito sem maiores considerações. Há valores limitantes da tecnologia, como os princípios de justiça social e o respeito à dignidade humana. Um exemplo simples nos ajuda a entender: numa construção civil ou mecânica, reza o princípio de que nenhuma solução técnica, por mais arro-
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