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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL CONTEUDO 04 - 2021


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· Apresentação
· Módulo 1
· Módulo 2
· Módulo 3
· Conclusão
Definição
As bases de poder e sua relação com a autoridade nas organizações. Teorias e tipos de liderança. Práticas da liderança transformadora.
Propósito
Aprender sobre a liderança e o contexto em que ela ocorre permitirá ao gestor identificar estratégias de intervenção para o alinhamento dos objetivos pessoais aos organizacionais.
Objetivos
MÓDULO 1
Relacionar as bases do poder corporativo com a autoridade dele decorrente
MÓDULO 2
Explicar os principais pressupostos teóricos dos tipos de liderança
MÓDULO 3
Identificar as práticas da liderança transformadora
Introdução
Neste módulo, analisaremos diversos aspectos sobre a liderança – sobretudo, a capacidade de desenvolver tal competência. Você sabe o que significa ser líder e o que torna uma pessoa capaz de influenciar outras?
Líderes influenciam o comportamento dos outros de forma:
NEGATIVA
POSITIVA
Apresentaremos várias situações nas quais a liderança é exercida a partir do conceito de poder.
Poder e autoridade
Organizações são sistemas sociais formalmente organizados que buscam alcançar objetivos para colher resultados.
Alcançar estes resultados, no entanto, não é algo tão simples quanto parece.
Para entendermos melhor o motivo, precisamos detalhar o conceito de organização.
Sistemas sociais
Toda organização é um sistema social, já que ela é formada por uma reunião de pessoas que compõem a sua força de trabalho.
Este grupo se relaciona e interage para realizar as atividades inerentes ao cargo que ocupam.
Formalmente organizado
Leia o exemplo abaixo:
João chega para trabalhar na hora que decide, desenvolve as atividades da sua maneira, não precisa responder a determinado gestor e não tem nenhuma meta ou objetivo para alcançar.
Tal exemplo ilustra um modelo de organização do trabalho que definitivamente não é adequado.
É imprescindível organizar o funcionamento da estrutura interna de um negócio ou de uma instituição para que os resultados possam ser atingidos.
Alcançar objetivos e colher resultados
Todos nós trabalhamos diariamente para alcançar os objetivos propostos.
Quando estes objetivos são atingidos, todos os envolvidos ganham: Pessoas, Clientes, Sociedade e Acionistas.
Passe o mouse sobre as imagens para ver as informações.
Pessoas: Recebem sua contrapartida salarial pelo trabalho realizado.
Clientes: Ganham o produto ou o serviço desejado dentro do padrão de qualidade prometido.
Sociedade: Beneficia-se pelo pagamento de impostos que serão transformados em serviços para atender às suas necessidades.
Acionistas: Recebem o retorno do capital investido.
Tornar isso uma realidade não é uma tarefa fácil. Afinal, há muitas pessoas, variáveis, processos e interesses que, se não estiverem alinhados, impedem a realização dos objetivos pretendidos.
Quando uma organização não define uma estrutura adequada, a informalidade se sobrepõe à formalidade e os problemas começam a aparecer. Quem nela trabalha, possui naturalmente um modelo mental próprio construído desde a sua infância. Tal modelo depende dos seguintes fatores:
A relação entre a organização e seus grupos externos (governo, clientes e sociedade) também é permeada por conflitos. Vemos todos os dias na mídia problemas dessa natureza em relação à poluição, ao desrespeito ao consumidor, à sonegação de impostos etc.
Até pela sua natureza, a organização é um palco de lutas entre interesses divergentes. Tais interesses são geradores de conflitos que precisam ser resolvidos pelo uso do poder.
Passe o mouse sobre as imagens para ver as informações.
O poder é uma forma de controle social, estabelece a ordem e enfatiza o predomínio da vontade de uns sobre os outros.
Ele é considerado mais efetivo quando consegue evitar ou minimizar o conflito.
Por isso, é muito importante estudarmos as bases do poder nas organizações; entendendo-as, poderemos gerenciar melhor essa coalizão de interesses distintos com os quais, enquanto gestores, precisamos lidar diariamente.
Robbins e Judge (2014) elencaram os tipos mais conhecidos e discutidos pela literatura especializada no assunto:
Clique nos itens abaixo para ver as informações.
COERÇÃO
LEGITIMIDADE
RECOMPENSA
COMPETÊNCIA
CARISMA
Mas será que as pessoas sabem o que é poder e como ele se manifesta nas organizações?
Fomos à rua ouvir a opinião da população e a explicação da professora Sabrina Petrola sobre os tipos de poder.
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Tipos de sociedade e autoridade
Max Weber categoriza as sociedades e as relaciona com suas respectivas autoridades, criando uma tipologia que nos permite entender ainda melhor a relação entre poder e autoridade.
Segundo Weber, as sociedades se dividem em: Sociedade Tradicional, Sociedade Burocrática e Sociedade Carismática.
Sociedade 
Tradicional
O sistema e sua regulação baseiam-se no conservadorismo.
A autoridade tradicional é o poder legitimado pela tradição, pelos costumes e pelos hábitos de um povo. Ela deriva da crença nas tradições do passado.
A sociedade típica desta autoridade é a medieval, na qual o servo obedece ao senhor feudal.
Sociedade 
Burocrática
Nas sociedades burocráticas, o tipo de autoridade que prevalece é o racional-legal. As ordens e as normas são justificadas em lei.
Os procedimentos são formais e concretos, estando todos normatizados. Além disso, prevalece a obediência dentro de uma rigorosa e sistemática disciplina de comando e controle pautada na superioridade técnica.
As organizações públicas são um bom exemplo da burocracia.
Fundamentalmente, a administração burocrática significa o exercício de poder baseado no saber. Este é o traço que a torna especificamente racional.
Sociedade 
Carismática
Prevalece o modelo de autoridade pautado no carisma. A obediência deve-se à influência ideológica e à devoção efetiva, que se manifestam por meio da identificação com valores, ideias e propósitos comuns. Surge então a figura do herói, aquele que respeitamos e adoramos a qualquer preço.
Gandhi é um excelente exemplo de autoridade carismática.
SAIBA MAIS
Para conhecer um exemplo de sociedade tradicional, sugerimos que você assista ao filme Cruzada. Direção: Ridley Scott. EUA, Reino Unido, Espanha: Twentieth Century Fox Film Corporation, Scott Free Productions, 2005. 144 minutos.
Foto: Cartaz do filme Cruzada.
Novos modelos de organização do trabalho
As conquistas das organizações são um efeito da ação de grandes líderes, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor.
A ação humana é imprescindível para o alcance dos resultados.
Ambientes nos quais o poder coercitivo é visto como o único meio exequível para alcançá-los estão ficando para trás. O mundo no qual vamos viver, nas próximas décadas, aponta uma direção completamente oposta.
A tendência é que haja uma maior distribuição do poder entre as pessoas que fazem parte dos processos de tomada de decisão.
À medida que existe uma maior autonomia para definir os objetivos a serem alcançados e a forma de realizar as atividades cotidianas, a coletividade passa a estar presente em todos os níveis hierárquicos.
Atualmente, um dos modelos em maior consonância com tal filosofia é aquele baseado na holocracia.
Na Holocracia, temos:
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Atenção!
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1. “João não entende o motivo pelo qual Pedro, seu colega de trabalho, ainda que não seja o gestor da equipe, exerce poder sobre os demais membros. Fato é que Pedro tem uma imagem altamente favorável entre os colegas, o que faz com que os outros admirem suas ideias e opiniões. O poder exercido por Pedro pode ser chamado, corretamente, de:
a) Poder de competência.
b) Poder legítimo.
c) Poder carismático.
d) Poder de recompensa.
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2. Uma executiva do mercado financeiro exerce o cargo de vice-presidente em uma corretora de valores mobiliários. Suas decisões se refletem nas atividades
de todas as pessoas que estão sob sua liderança. De acordo com o caso narrado, o poder exercido por ela baseia-se na(o):
a) Dependência que ela possui com os acionistas.
b) Posição que a executiva ocupa na organização.
c) Experiência vivida em outras organizações.
d) Carisma demonstrado pela executiva.
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E, com isso, você:
Relacionou as bases do poder corporativo com a autoridade dele decorrente.
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Introdução
Os processos de liderança se estabelecem nas mais diversas relações pessoais que construímos no:
Os espaços sociais, afinal, são os campos nos quais é exercida a influência de uma pessoa sobre a outra.
É difícil dizer o que torna uma pessoa capaz de exercer uma liderança; reconhecê-la, contudo, é bem mais fácil. Com certeza, você já ouviu falar da história destas pessoas e de seus grandes feitos:
Clique nas setas laterais para ver as informações. 
Joana D’arc
1412 a 1431
Esta mulher ousada e destemida liderou o exército francês na Guerra dos 100 anos.
Zumbi dos Palmares
1655 a 1695
Grande símbolo da luta contra a escravidão no Brasil, ele liderou milhares de pessoas e as organizou no Quilombo dos Palmares.
Martin Luther King
1929 a 1968
Lutando por direitos iguais, King combateu a desigualdade racial nos Estados Unidos nos anos 1960.
Barack Obama
1961 até os dias de hoje
Advogado e político norte-americano, Obama se tornou o 44º presidente dos Estados Unidos. Com dois mandatos (de 2009 a 2017), ele é o primeiro afro-americano a ocupar o cargo.
O que tais figuras históricas poderiam ter em comum que lhes permitia influenciar grandes multidões em torno de uma causa?
Seriam características físicas, habilidades de relacionamento ou a energia que emanavam?
Para responder a estas questões, abordaremos a seguir as teorias sobre a liderança.
Teorias e tipos de liderança
1º - Teoria dos traços de liderança
Na introdução deste módulo, destacamos quatro grandes líderes de diferentes momentos da história mundial.
Eles eram homens e mulheres que, à sua maneira, mudaram o curso dos acontecimentos nos locais onde viviam graças à influência que exerciam em outras pessoas.
Esta teoria defende que as pessoas já nascem com certos atributos que lhes conferem a capacidade de liderar. Segundo Vergara (2005), os traços estão divididos em:
1. Físicos
Análise de aparência, estatura, energia e força física.
2. Sociais
Envolvem as habilidades interpessoais e administrativas, além da cooperação.
3. Relacionados com as tarefas
Englobam a persistência, a persuasão, o grau de iniciativa e o impulso de realização.
4. Intelectuais
Tanto o QI (quociente de inteligência) quanto o grau de adaptabilidade, autoconfiança e entusiasmo têm potencial para determinar a capacidade de liderar.
No fim dos anos 1960, seus teóricos chegaram à conclusão de que certos traços eram mais comuns em grandes líderes, embora ressaltassem que o fato de possuí-los não determinava que tais pessoas seriam líderes um dia.
EXEMPLO
Alguém pode demonstrar motivação, energia, autoconfiança, desejo de liderar e ambição (alguns dos traços mais comuns nos líderes), mesmo sem exercer uma liderança sobre outras pessoas.
Estes traços indicam a capacidade de liderar, mas não a determinam.
2º - Teoria dos estilos de liderança
Uma das teorias mais conhecidas afirma que existem três estilos de liderança:
1. AUTOCRÁTICA
2. DEMOCRÁTICA
3. LIBERAL
Você já parou para pensar em qual estilo de liderança você se encaixa?
Passe o mouse nas imagens para ver as informações.
· 1. Autocrática
Influencia pessoas pelo poder coercitivo que exerce, pela imposição e pela força.
Adolf Hitler - O político alemão foi líder do Partido Nazista desde 1921.
· 2. Democrática
Centrado nas pessoas, busca a participação da equipe na tomada de decisões. Trata-se de um líder agregador.
Luiza Helena Trajano - Empresária brasileira que comanda a rede de lojas de varejo Magazine Luiza e outras empresas integradas a sua holding.
· 3. Liberal (laissez-faire)
Líder que dá plena autonomia aos liderados, o que pode ser confundido com permissividade.
Sergey Brin e Larry Page - Após terem se conhecido na Universidade de Stanford, apresentaram ao mundo, em 1998, o site de busca mais famoso do mundo: o Google.
Após analisar os estilos de liderança, qual você acha que seria o ideal?
Escolha uma das opções abaixo. 
  
  
A idealização do estilo democrático levou algumas organizações a confinarem diretores, gerentes e supervisores em salas de treinamento para que eles pudessem, de alguma forma, mudar seu estilo de liderança.
ATENÇÃO
Embora a teoria dos estilos de liderança não se sustente por ter bases frágeis, ela não foi descartada por completo, já que ressalta a existência de variações de possibilidade de ação em situações diferentes.
3º - Teoria situacional
Com base nos estudos de Hersey e Blanchard (apud BATEMAN; SNELL, 2012), a teoria situacional concentra sua atenção nos liderados, afirmando que o sucesso de um líder se baseia na escolha de um estilo adequado para a condução de cada equipe.
São os liderados que aceitam ou rejeitam um líder; portanto, o estilo de liderança deve adaptar-se para atender às necessidades de cada equipe, assim como à sua habilidade e à disposição para realização das tarefas.
As equipes são diferentes em seus níveis de habilidade e disposição. Quanto mais autônomas para realizar as tarefas e mais motivadas elas estiverem, menos o líder precisará interferir. Por outro lado, quanto menor for a capacidade para realizá-las, bem como a motivação delas, maior será a necessidade de orientação e acompanhamento dele.
Arraste a seta pela imagem para ver as informações.
Chegamos então à conclusão de que o grau de maturidade da equipe e a situação encontrada definem o estilo de liderança a ser adotado.
Críticos desta teoria, porém, afirmam que ela tem um apelo intuitivo e que suas bases não são sólidas para sustentar resultados em longo prazo.
Apesar de nenhuma teoria ter sustentação por si só para explicar a liderança, a união das descobertas de cada uma delas possibilitou termos um conhecimento sobre alguns aspectos da liderança.
A professora Sabrina Petrola irá comentar sobre a teoria e os tipos de liderança, concentrando-se em suas principais contribuições.
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Tendências
As relações entre as pessoas e a organização mudaram.
Neste novo cenário, no qual a transparência das informações, a busca de propósitos que encantem e o respeito às diferenças são valorizados, o papel exercido pelas lideranças é decisivo para o engajamento de seus colaboradores. 
Hoje em dia, as pessoas não planejam passar a vida toda trabalhando em um emprego de que não gostam e fazendo atividades que detestam para um dia – quem sabe? – se aposentarem, podendo finalmente curtir a vida e serem felizes.
As gerações mais novas, que já representam metade da força de trabalho no mundo, acreditam que o momento de ser feliz é agora.
Elas encaram a vida pessoal e profissional sob a mesma ótica: a busca pelo prazer e pela satisfação deve ser feita (e alcançada) nos dois âmbitos.
Seria uma utopia, contudo, afirmar a existência de uma nova teoria sobre a liderança capaz de revolucionar tudo aquilo que já se sabe sobre o assunto: não temos verdades absolutas.
O fato é que não há fórmula mágica nem receitas especiais para isso.
DICA
Olhe com atenção as pessoas que estão ao seu redor e tenha interesse verdadeiro em torná-las mais realizadas. Dessa forma, você promove um impacto positivo na sua equipe e contribui para um ambiente de trabalho mais atrativo – feito que somente grandes líderes são capazes de alcançar.
Um dos grandes líderes da atualidade citado neste módulo é o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama. A seguir, o professor Luís Vabo Jr. resume algumas lições de sua palestra ocorrida no Brasil em 2019:
Foto: Barack Obama.
Use seus desafios como um motor
para você crescer.
Você pode ser o que você quiser!
Traga para a mesa pessoas com diferentes perspectivas, experiências e disciplinas.
Desafie constantemente suas premissas.
Você deve sempre tirar seu ego da frente, independentemente das oportunidades que tiver.
É preciso que tenhamos a mentalidade de servir!
O líder deve ser medido pela sua capacidade de servir e empoderar os outros e de fazer as pessoas acreditarem que elas são capazes de conquistar seus sonhos.
Você é tão bom quanto o time que você construiu.
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Atenção!
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1. Leia o caso hipotético a seguir:
João não promove a participação efetiva da equipe nos projetos, toma sozinho todas as decisões necessárias e costuma oprimir seus subordinados, enxergando neles concorrentes em vez de colaboradores. Ele dificilmente valoriza as competências, os conhecimentos e os resultados dos subordinados, além de defender um ambiente de trabalho no qual os profissionais são cobrados excessivamente.
Com base no caso descrito, o tipo de liderança exercido por João é:
a) Democrática.
b) Situacional.
c) Autocrática.
d) Liberal.
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2. A liderança é um processo social no qual se estabelecem relações de influência entre as pessoas, um tema extraordinário que remete às questões mais subjetivas dos seres humanos. Não é por acaso, portanto, que a literatura sobre o tema seja tão vasta, uma vez que ela se tornou umas das principais competências requeridas nos novos tempos. O que não se pode discordar, no entanto, é que o líder:
I. Tem assumido novos perfis, deixando de ser controlador e passando a ser facilitador;
II. Precisa cultivar a disciplina e obediência às ordens na sua equipe;
III. Deve levar em consideração o nível de maturidade da equipe para decidir como deve agir.
a) I apenas
b) I e II
c) I e III
d) I, II e III
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E, com isso, você:
Explicou os principais pressupostos teóricos dos tipos de liderança.
Retornar para o início do módulo 2.
Introdução
“O mais importante ingrediente na fórmula do sucesso é saber como lidar com as pessoas.”
Theodore Roosevelt
Clique na seta a seguir para ouvir o caso de Nathalia, uma funcionária antiga da empresa XYZ Comunicações.
O que você acredita que levou Nathalia Freitas a se tornar uma líder de sucesso?
Neste módulo, vamos apresentar algumas práticas da liderança transformadora.
O desafio da liderança e o papel do líder como agente de mudanças na dinâmica organizacional
Liderança, dom ou virtude?
Passe o mouse sobre as imagens para ver as informações.
Observe que algumas pessoas nascem com alguns dons e habilidades especiais que podem ser observados por todos.
Foto: Steve Jobs.
A liderança, no entanto, não é nata como os dons: ela pode, assim como qualquer outra virtude, ser desenvolvida. Afinal, é possível estudá-la, aprendê-la e colocá-la em prática no dia a dia, transformando-a em uma competência. Este é o desafio de qualquer gestor.
Apresentaremos a seguir as definições de alguns autores sobre liderança:
Foto: Mário Sergio Cortella e Eugenio Mussak.
1 - Cortella e Mussak
Cortella e Mussak (2009) a entendem como uma competência construída a partir de um horizonte positivo como intenção.
Trata-se, portanto, de uma atitude capaz de inspirar alguém, “recreando ou divertindo o espírito”.
“O líder comprometido é aquele que traz a alegria para o mundo do trabalho sem que essa alegria se transforme em descompromisso, em frouxidão daquilo que precisa ser feito”.
Fonte: (CORTELLA E MUSSAK, 2009).
Para ambos, inspirar é um verbo comum no exercício da liderança.
O que isso significa?
Que os líderes precisam ser uma fonte de energia, vida, direcionamento e orientação para seus liderados. Afinal, um trabalho sério não precisa ser triste, sem alegria, ou muito menos representar uma falta de compromisso.
Da mesma forma, em relação aos líderes, os autores também defendem:
- A posição de estabelecer limites, definindo comportamentos e objetivos aceitáveis que devem ser observados por todos.
- Tais limites devem ser negociados e compartilhados para que as pessoas não os interpretem como uma ordem ou uma imposição.
2 - Bennis
“O líder sabe o que quer, comunica essas intenções, posiciona-se corretamente e transfere poder à sua equipe de trabalho.”
Fonte: (BENNIS apud CARVALHAL; FERREIRA, 2001).
A definição deste autor contém pontos essenciais que fortalecem a prática da liderança:
Clique nas opções abaixo. 
Você não gostaria de ter um líder que transmitisse a confiança de que as decisões tomadas levam a organização para um lugar seguro? Provavelmente, você deve ter dito sim.
Diversos livros apresentam as características desejáveis em um líder.
Quando as analisamos em um primeiro momento, percebemos que são muitas: dificilmente, alguém seria capaz de demonstrar tal perfil em todas as situações às quais fosse exposto.
Passe o mouse sobre as imagens para ver as informações.
Essa constatação pode nos levar a uma triste conclusão: é impossível ser um líder!
Mas isso não é verdade: NINGUÉM consegue representar um papel de super-herói o tempo inteiro.
A competência da liderança deve ser aprimorada a todo momento, constituindo um aprendizado diário. Afinal, líderes não nascem prontos. Ao contrário: eles estão em um constante processo de aperfeiçoamento.
Além disso, ainda que você não reúna todas as características listadas na maior parte da bibliografia que discute o assunto, pode muito bem reconhecer e aplicar, no dia a dia, práticas fundamentais para legitimá-lo como um excelente líder.
ATENÇÃO
Cargo não é liderança! Você não precisa promover uma pessoa para que ela exerça influência sobre as demais.
Práticas da liderança transformadora
Kouzes e Posner (2018) realizaram uma pesquisa cujo objetivo, a princípio, era avaliar o perfil de liderança das empresas que possuíam uma excelente performance.
As respostas encontradas foram agrupadas e categorizadas em cinco práticas que formam a liderança transformadora:
1. Desafiar permanentemente o processo;
2. Inspirar uma visão e compartilhá-la;
3. Permitir que os outros possam agir;
4. Mostrar o caminho sendo um exemplo;
5. Encorajar a vontade.
1. Desafiar permanentemente o processo
É preciso compreender que o mundo está em constante processo de mudança, mantendo-se atualizado para identificar novas oportunidades no mercado.
É importante abrir-se para um processo de aprendizado contínuo, levantando espaços para a dúvida e questionando tanto os processos existentes quanto a relação da organização com os seguintes grupos de interesse:
Clientes
Empregados
Sociedade
A ideia é liberar a mente para o conflito construtivo, a diversidade de ideias e o debate entre perspectivas diferentes.
Isso abre espaço na organização para a inovação e muda a lógica da execução das atividades.
Trata-se, enfim, de um processo disruptivo.
Aprenda com as experiências dos outros e os próprios erros, estimulando a conexão com conhecimentos já existentes dentro ou fora da organização.
DICA
A experiência não tem relação apenas com a idade, e sim com a intensidade: é tudo aquilo que aprendemos e praticamos, além de indicar como melhoramos nossos processos.
Você sabia que a inovação é favorecida nas empresas que estimulam a descoberta?
Por isso, exponha-se ao risco calculado! É assim que a economia gira, a inovação acontece e o emprego é gerado.
SAIBA MAIS
Para conhecer um exemplo de liderança transformadora, sugerimos que assista ao filme A teoria de tudo. Direção: James Marsh. Reino Unido: Universal Pictures, 2014. 123 minutos.
Foto: Cartaz do filme A teoria de tudo.
2. Inspirar uma visão compartilhada
“As pessoas acreditam no líder antes de acreditar na ideia.”
John Maxwell
Você já deve ter usado estas duas expressões
em seu dia a dia, mas já pensou no significado delas?
Visão
A palavra visão significa o estado futuro mental desejado: algo que se pretende alcançar no futuro.
Compartilhar
O verbo compartilhar indica partilhar com alguém.
Ao defendermos que líderes devem inspirar uma visão, estamos dizendo que eles precisam:
Círculo dourado de Simon Sinek
Apontar direções
Partilhar essa visão com seu time
Contagiar a todos
Descrever um futuro para que todos possam seguir na mesma direção.
EXEMPLO
A campanha da rede de lojas Reserva sobre a gratidão é muito interessante. Rony Meisler inspirou em seu time tal postura, compartilhando-a não apenas internamente, mas também com toda a sociedade. Isso indica liderança, consciência visionária e influência social.
Foto: Vitrine Reserva.
3. Permitir que os outros possam agir
Atualmente, já é indiscutível o papel de uma liderança educadora que fomenta a aprendizagem da sua equipe e a torna capaz de enfrentar as mudanças.
É preciso estimular verdadeiramente a participação das pessoas em programas de treinamento, desenvolvimento e educação, pois são os líderes que promovem o espírito de um eterno aprendiz em colaboradores.
EXEMPLO
A empresária Luiza Helena Trajano, que comanda a Magazine Luiza, reuniu em um auditório 120 vendedores. Cada um deles foi escolhido para liderar, por quatro meses, a seção de brinquedos de suas lojas. Durante sua palestra, ela convocou a plateia a se manifestar, lançando uma pergunta: “O que devemos fazer para que a Magazine Luiza venda mais brinquedos neste ano?”. Respostas chegaram de todos os cantos do auditório. Ela pediu que cada sugestão fosse anotada, discutindo todas elas. Em seguida, passou a falar de coisas como valores, ética, atitude no trabalho, família, legado espiritual, felicidade, liderança e sucesso. “Este é o primeiro ensaio de liderança de cada um de vocês”, afirmou. “E só há uma forma de ter sucesso: tragam toda a equipe para o seu lado, sejam empreendedores, peçam ajuda, ajudem, acreditem em vocês. Nós acreditamos. É por isso que vocês estão aqui hoje.”
Foto: Luiza Helena Trajano. Fonte: (FASHION NETWORK, 2015).
Fonte: (VASSALTO, 2010).
Pergunte-se:
Estou aprendendo de forma rápida, acompanhando as mudanças do mercado e cuidando do aprendizado daqueles que trabalham comigo?
4. Mostrar o caminho sendo um exemplo
Leia o diálogo a seguir:
A que conclusão você chegou?
Determinados comportamentos são socializados pelos membros que compõem uma equipe. Eles são aprendidos por meio da observação.
Por isso, é tão importante praticar o que se diz. A maneira como você age pode ser um modelo para outras pessoas – entre elas, seus liderados.
Um ditado diz: “Palavras convencem, mas exemplos arrastam”.
Modelar o caminho dos outros pelo nosso exemplo é ter um discurso coerente e alinhado com nossas ações.
Não se trata de apenas informar os valores que direcionam o comportamento de uma equipe ou empresa, mas também de agir de acordo com eles.
Honestidade
É um dos principais valores reconhecidos pelos membros de uma equipe.
Posicionar-se como exemplo, incentivando as melhores práticas de trabalho, fará, sem dúvida, a diferença em seu comportamento como líder.
Como você pode ser um exemplo?
1. Coloque a mão na massa;
2. Cuidado com o que você diz;
3. Respeite a cadeia de comando;
4. Ouça a equipe;
5. Assuma responsabilidades;
6. Deixe a sua equipe trabalhar;
7. Cuide de si mesmo;
5. Encorajar a vontade
O reconhecimento é uma das necessidades do ser humano. Em estudos sobre motivação e liderança, vários autores, como Vergara (2005), Bergamini (2013), Robbins e Judge (2014), o apontam como um fator essencial para o engajamento das pessoas em seu trabalho.
Portanto, cabe ao líder ser criativo a fim de desenvolver ações que, de forma autêntica e genuína, reconheçam as contribuições das pessoas, estimulando-as a entregar mais resultados.
Elevar a equipe
Acompanhar os resultados
Corrigir os erros de percurso
Divulgar as conquistas adquiridas
Esse encorajamento, sem dúvida, vai aumentar o comprometimento das pessoas ao permitir que elas também consigam alcançar seus objetivos e sonhos individuais.
O crescimento deve ser coletivo para que os empregados não sintam que estão sendo usados. Além disso, com os estímulos corretos, as recompensas também servem para reforçar valores e comportamentos alinhados com as demandas da organização.
Boas práticas de reconhecimento:
Clique nas opções abaixo. 
ATENÇÃO
Toda política de reconhecimento deve correlacionar as recompensas às metas estabelecidas. Esse processo precisa ser claro e transparente. Por isso, o diálogo é fundamental, gerando credibilidade e abertura para comportamentos colaborativos e comprometidos com os resultados.
Tendências
Chefes considerados ditadores fazem parte de diversas empresas, o que leva muitas pessoas a desenvolverem, inclusive, doenças no ambiente de trabalho.
Fonte: (RANKIN, 2016).
Miranda Priestly é uma personagem de ficção do romance The devil wears Prada, escrito por Lauren Weisberger. O sucesso do livro de 2003 deu origem à película O diabo veste Prada, exibida nas telas de cinema três anos depois.
Interpretada por Meryl Streep, Miranda é mostrada como uma líder autocrática que impõe sua vontade de maneira coercitiva. Sem mais spoilers, pode-se afirmar que este filme oferece uma verdadeira aula de liderança. 
Alguns fatores realmente desencadeiam sentimentos negativos e, consequentemente, infelicidade. São eles:
Desafios desestruturados;
Falta de transparência;
Ausência de incentivo ao aprendizado;
Autonomia em excesso sem qualificação necessária, o que gera ansiedade e estresse;
Inexistência de programas de reconhecimento por mérito.
Essa melancolia corporativa é uma consequência de líderes incapacitados para conduzir seus times da forma correta. Clima também vem de cima.
Há ainda questões que não podem mais passar despercebidas, como a falta de significado no trabalho e a ausência de propósito. A crise identitária e moral, além do vazio que assola as pessoas, é um problema de propósito, ou melhor, da falta dele. Uma das grandes descobertas da vida é encontrar o significado em nosso trabalho.
Surge então, no meio corporativo, o líder que desenvolve em seu liderado os níveis de confiança essenciais: a técnica, a ética e a emocional, direcionando-as em torno de um propósito.
Segundo Erlich (2018), estes níveis são:
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Uma liderança inspiradora que nos guie nesse caminho aumenta consideravelmente o nosso compromisso. O futuro é criado por pessoas entusiasmadas e motivadas que queiram muito fazer algo – e o fazem por acreditar nisso.
Lembre-se de que a liderança deste milênio exige:
SAIBA MAIS
Sugerimos que assista à conferência Como grandes líderes inspiram ação (2011). Neste evento da TEDGlobal, que é considerada uma referência para empreendedores de todo o mundo, Simon Sinek explica a importância do alinhamento entre ação e propósito.
Como ele mesmo afirma, “com paixão e propósito, eu vou lhe mostrar toda a minha energia, meu esforço e cuidado para realizar o que tiver que ser feito”.
Foto: Simon Sinek. Fonte: (ASPEAN IDEAS FESTIVAL, 2020).
Verificando o Aprendizado
Atenção!
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente uma das questões a seguir.
Parte superior do formulário
1. Pesquisas recentes revelam a importância da liderança transformacional nos ambientes organizacionais. Diversas características compõem o seu modelo. Entre elas, destacam-se:
I. O líder como um agente de mudanças e seu papel para criar uma organização adaptativa, empreendedora e inovadora.
II. A manutenção dos processos existentes.
III. Os líderes são sensíveis às necessidades da equipe de trabalho em vez de assumirem um papel de ditadores.
IV. A orientação por valores que serão os norteadores de comportamento.
V. Na aprendizagem contínua, os líderes tendem a visualizar os erros como experiências de aprendizado.
São corretas, apenas, as afirmativas:
a) I, II e III
b) I, II e IV
c) I, III, IV e V
d) II, IV
e V
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. O exercício da liderança exige a capacidade de energizar pessoas, obtendo adesão e resultados por parte dos liderados, sensibilizando-os para a luta por um projeto individual...
PORQUE
Líderes aliam interesses coletivos aos interesses pessoais por meio da visão isolada dos objetivos organizacionais.
Analisando as duas afirmações, conclui-se que:
a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
b) As duas afirmações são falsas.
c) A primeira afirmação é verdadeira; a segunda, falsa.
d) A primeira afirmação é falsa; a segunda, verdadeira.
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Considerações finais
Novas arquiteturas organizacionais, em que o poder é diluído e descentralizado, têm caracterizado os cenários contemporâneos e o ambiente de negócios. Em decorrência dessas mudanças, o papel de um líder torna-se essencial para que os resultados possam ser alcançados.
A liderança requerida nesse contexto exige a formação de valores e crenças dignificantes. Além disso, líderes devem apresentar um propósito claro e uma habilidade para a solução de problemas, investindo no desenvolvimento das pessoas que estão ao seu redor e reconhecendo o trabalho daqueles que efetivamente contribuem para o sucesso de todos.
Podcast
Conquistas
Relacionou as bases do poder corporativo com a autoridade dele decorrente.
Conheceu as principais teorias sobre liderança.
Observou as práticas da liderança transformadora.
VERSÃO PARA IMPRESSÃO 
SÍNTESE 
Conteudista
Elaine Cristina Grecchi Gonçalves
Link do lattes: http:// lattes .cnpq .br /9 840 640 581 378 797.
Referências
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MIGRE SEU NEGÓCIO. Golden Circle: Descubra o que é e como aplicar para dar propósito à sua empresa. Migre seu negócio. 20 jun. 2018.
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VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
WOOK. John C. Maxwell. Wook. 17 fev. 2020.
Explore +
Assista à conferência da TEDGlobal Como iniciar um movimento (2010), de Derek Sivers, que apresenta a forma de iniciar movimentos por meio das pessoas.

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