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1. CARACTERIZAR A DOR VISCERAL (FISIOPATOLOGIA, VIAS, TRATAMENTOS); Dor de origem torácica ou abdominal, as vísceras alojadas nessas regiões possuem receptores específicos que promovem a estimulação da dor. Esse tipo de dor tem diferenças em relação a dor superficial, trata-se de uma dor mais difícil de ser desenvolvida, pequenos danos não provocam dor igual uma pequena lesão superficial, Porém, quando estimulada essa via de dor visceral, provoca uma sensação forte de dor. São estímulos dessa dor, a isquemia, lesão química em região superficial do órgão, espasmo muscular da víscera oca, distensão excessiva da víscera e do tecido conjuntivo adjacente à víscera. As fibras que geram esse tipo de dor, são do tipo C e fibras Aδ, por isso há um desenvolvimento de dor crônica. Os sintomas mais comuns indicam atividade do SNA, como sudorese, palidez, cólicas abdominais, diarreia e aumento da PA. VIAS: a dor visceral é de difícil localização precisa, porque o sistema nervoso não reconhece esse tipo de dor de experiências anteriores que possam desenvolver este conhecimento por memória. Há duas vias que transmitem a dor visceral, a Via Visceral Verdadeira e a Via Parietal. VIA VISCERAL VERDADEIRA: A dor visceral verdadeira, é conduzida por fibras sensoriais de dor pelos feixes nervosos autônomos, sendo que a sensação dessa dor é referida nas superfícies do corpo, ou pouco mais longe. Nesse caso, a pessoa sente a dor no segmento dermatônico de origem do órgão. VIA PARIETAL: As sensações de dor parietal são transmitidas para os nervos espinais locais (peritônio, pleura e pericárdio), e essa sensação de fácil localização. A dor visceral pode ocasionar dois locais de dor, isso ocorre porque há transmissão das duas vias. Como exemplo, temos a apendicite, que inicialmente ocasiona dor visceral próximo à região de umbigo, sendo uma dor crônica, cólica. Por estar inflamado o apêndice ele pode tocar o peritônio e causar dor parietal de modo mais agudo, sendo que cada uma possui fibras próprias de condução. TRATAMENTO Deve ser baseado na doença específica. O tratamento ocorre em relação à doença e ao alívio dos sintomas. O tratamento geralmente baseado em analgésicos combinados com outros medicamentos que diminuem o estímulo nociceptivo, como os nitratos que reduzem dor anginosa ao promover vasodilatação arterial coronariana, antagonistas do receptor histamínico no estômago ou inibidor da bomba de prótons para aliviar úlceras e gastrites e antiespasmódicos para diminuir contração visceral de partes ocas como ureteres. Medicamentos como o paracetamol, como AINEs possuem função limitada na dor visceral. AINEs parecem possuir bons efeitos na dor biliar com poucos efeitos adversos. Opióides em um curto período de tempo são efetivos. Analgésicos devem ser manuseados em dor crônica, principalmente em sinais de hiperalgesia e alodinia. Antidepressivos tricíclicos, que inibem recaptação de serotonina e noradrenalina como inibidores da recaptação da serotonina podem ser utilizados. Tratamentos interdisciplinares resultam em alívio da dor e sofrimento, sendo um importante mecanismo a ser utilizado. 2. ENTENDER OS VISCERORRECEPTORES (LOCALIZAÇÃO, ESTÍMULOS,...); Processos como isquemia, geram bradicinina e enzimas proteolíticas, entre outras, que ocasionam estímulo dos receptores superficiais dos órgãos. Estímulos graves são gerados por substâncias químicas que escapam do trato gastrointestinal, como o suco gástrico por úlcera, ocasionando lesão no peritônio visceral. O espasmo muscular, pode gerenciar dor pelo efeito mecânico ou por diminuição de suprimento sanguíneo nesses casos, isso pode acontecer em vísceras ocas como, intestino, ureteres e bexiga, a sensação desse efeito geralmente é do tipo cólicas, esse efeito ocorre pelo processo de contração da musculatura lisa, como no caso da apendicite, gastroenterite e menstruação. Esse processo de distensão pode ocorrer também quando vísceras ocas são preenchidas excessivamente, como no caso intestinal, de ureteres e bexiga. São insensíveis a dor, o parênquima hepático, e alvéolos pulmonares. No caso hepático, é importante destacar que a cápsula hepática é sensível à dor como os ductos biliares também. Nos pulmões, brônquios como a pleura parietal são sensíveis à dor. Os visceroceptores estão localizados na mucosa, músculo e serosa de órgãos ocos, respondem a estímulos mecânicos, químicos locais e luminais. Há dois tipos de receptores, Receptores de alto limiar a estímulos naturais, e Receptores de baixo limiar para estímulos naturais. -Receptores de alto limiar a estímulos naturais: respondem a estímulos mecânicos de alcance nocivo, inervam ureter, rim, pulmão, vias aéreas, coração, veias, vesícula biliar, esôfago, intestino delgado, cólon, bexiga e útero. -Receptores de baixo limiar para estímulos naturais: estímulo principal o mecânico, determinam a intensidade do estímulo, respondem desde estímulos inócuos até os de alcance nocivo. Estão escassos no cólon, estômago, esôfago, bexiga e testículos. Os receptores insensíveis, respondem a dor com processos de inflamação e hipóxia. 3. DIFERENCIAR DOR REFERIDA E DOR RADIADA (TOPOGRAFIA); DOR REFERIDA: dor distante do local de origem da dor. Típica dor visceral, ramos das fibras viscerais fazem sinapses na medula espinal no corno dorsal, nos mesmos neurônios que recebem sinapses da superfície (pele). Por isso, quando estimula-se fibras viscerais, alguns neurônios da pele conduzem também esses estímulos, gerando a sensação superficial de dor. DOR IRRADIADA: esse tipo de dor geralmente tem distribuição nos dermátonos, e ocorre por irritação ou compressão do nervo espinal. Na grande maioria a dor irradiada é provocada por algum tipo de lesão na coluna vertebral, local na qual se originam e ascendem fibras nervosas que inervam as regiões do corpo.
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