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@veterinariando_ • Gênero: Metastrongylus • Superfamília: Metastrongyloidea • Família: Metastrongylidae • Ordem: Strongylida • Filo: Nematoda • Classe: Secernentea • Espécies 1. Metastrongylus apri 2. Metastrongylus pudendotectus 3. Metastrongylus salmi É um parasita heteroxênico (ciclo indireto) • Hospedeiro definitivo: suínos domésticos e silvestres • Hospedeiros intermediários: minhocas ✓ M. apri – Dendrobaena, Eisenia, Helodrilus sp. ✓ M. prudendotectus – Lumbricus, Dendrobaena, Eisenia, Helodrilus spp. ✓ M. salmi – Lumbricus, Dendrobaena, Eisenia, Helodrilus spp. Ovos o Elipsoides, casca bastante espeça e rugosa (o que confere proteção quando estão no ambiente), contém larva L1 desenvolvida quando excretadas o Podem sobreviver até um ano no solo em clima frio Larvas o L1 – desenvolvida dentro do ovo, quando o ovo é expelido no ambiente eclode quase que imediatamente. É ingerida pelo hospedeiro intermediário o L2 – se desenvolve dentro do hospedeiro intermediário o L3 – se desenvolve dentro do hospedeiro intermediário e é a forma infectante. Pode sobreviver dentro do hospedeiro intermediário enquanto esse hospedeiro viver, isso pode chegar a até 7 anos. É liberado durante a digestão dos suínos, migra para os linfonodos mesentéricos e sofre muda o Cerca de 10 dias do desenvolvimento da L1 a L3 dentro da minhoca o L4: dos linfonodos mesentéricos se deslocam pela corrente linfática- sanguínea até alcançar os pulmões e sofre muda para fase L5 (jovem adulto) Larvas adultas o Cabeça com cavidade bucal trilobada, apresentando tamanho reduzindo e ao redor do abertura bucal é possível visualizar seis pequenas papilas o O corpo é alongada e filiforme (“formato de macarrão”) Metastrongylus apri ✓ Fêmeas podem medir cerca de 58mm ➢ Sua vulva vai ser um pouco anterior ao ânus e porsterodorsal a válvula cuticular prevulvar (estrutura presente nas fêmeas que auxilia na hora da copula) ➢ A vagina vai medir cerca de 2mm ➢ Região posterior flexionada ventralmente ➢ Válvula cuticular prevulvar tem formato oval ✓ Machos vão ser menores medindo cerca de 25mm ➢ Possuem espicula filiforme com aproximadamente 4mm de comprimento, que terminam na forma de ganchos simples ➢ Não há presença de gubernacúlo e sua bolsa copulatória é muito pequena Metastrongylus prudendotectus ✓ Fêmeas podem chegar a medir de 20 a 37mm ➢ Possuem vulva próximo ao ânus e porsterodorsal a válvula cuticular prevulvar ➢ Sua dilatação cuticular é esférica (estrutura que facilita a cópula) ➢ Sua válvula cuticular é bem desenvolvida e cerca pela dilatação cuticular ➢ Vão possuir a cauda reta e sua vagina mede cerca de 0,5mm ✓ Machos podem chegar a medir de 16 a 18mm ➢ Suas espiculas possuem menos de 1,5mm de comprimento e são terminados em ganchos duplos ➢ Possui gubernacúlo ➢ Sua bolsa copulatória e maior que a do M. apri e é flexionada ventralmente Metastrongylus salmi ✓ Fêmeas podem medir até 40mm ➢ Possuem a vulva na base ventral da válvula cuticular prevulvar ➢ Não há dilatação cuticular ➢ A válvula cuticular prevulvar pode ser vista pela linha marginal em forma de foice ➢ Possui cauda cônica ✓ Machos podem medir de 14 a 17mm ➢ Suas espiculas podem medir aproximadamente 2mm de comprimento, terminando em gancho curvo e presença de membrana ➢ Não há presença de gubernacúlo ➢ Sua bolsa copulatória é estreita 1. O ovo já com a L1 é liberado no ambiente pelas fezes 2. Ocorre a eclosão do ovo e sai a larva L1 3. Essa larva L1 é ingerida pela hospedeiro intermediário (minhoca) 4. Dentro do hospedeiro intermediário ocorrera a muda de L1, L2 e L3 5. A L3 é a fase infectante e só é liberada quando o hospedeiro definitivo (porco) faz a ingestão do hospedeiro intermediário (minhoca) 6. Já no hospedeiro definitivo a larva L3 penetra nas paredes no intestino e migram para os linfonodos mesentéricos 7. Nos linfonodos mesentérico essas larvas sofrem muda para L4 8. A L4 pela via linfático-sanguínea irão migrar para o pulmão 9. No pulmão a L4 sofre novamente uma muda se tornando L5 (adulto jovem) 10. A L5 irá amadurecer sexualmente e quando isso acontecer vai ocorrer a cópula entre machos e fêmeas (reprodução sexuada) – os ovos serão deglutidos e darão início ao ciclo novamente Período pré-patente ✓ Infecção pela L3 até a produção de ovos larvados – aproximadamente quatro semanas para todas as espécies desse gênero: M. apri, M. prudendotectus, M. salmi • Ocorre durante o ato do suíno de fuçar • A infecção acontece quando há ingestão da minhoca contaminada e por meio da digestão há a ruptura da minhoca e a liberação da larva no suíno Mecanismo de ação patogênica • Ação traumática durante a migração das larvas, devida as lesões ao atravessarem a parede intestinal e romperem a parede dos capilares e alvéolos • Ação mecânica/obstrutiva – obstrução dos gânglios linfáticos devido o crescimento da larva • Ação irritativa por conta do movimento das larvas e adultos sobre o epitélio bronquial • Ação antigênica que ocorre durante o processo de muda larval • Ação inoculadora: vírus da influenza suína Alguns animais não apresentam sintomas ou apresentam sintomas discretos – suínos jovens são mais suscetíveis a doença por conta da sua imunidade não desenvolvida ✓ Tosse ✓ Pneumonia ✓ Secreção nasal e dificuldade respiratória ✓ Perda de apetite ✓ Enfraquecimento ✓ Falha de crescimento Pode acontecer agravamentos dos sintomas em casos de infecção bacteriana secundária, levando a inapetência e perda de peso. As infecções severas podem levar o animal a óbito • O diagnóstico não é fácil, devido a falta de sinais clínicos que caracterizam a doença e de outras doenças que também possuem como sinal clínico a tosse • É utilizado o método de flutuação para avaliar as fezes a procura de ovos típicos • Avaliação do tecido pulmonar durante a necropsia, pela presença do verme e lesões características no pulmão • Utilização de anti-helmíntico conhecido como: parasiticida, vermicidas ou vermífugos • Benzonidazol, antiparasitários • Levamisol – princípio ativo muito efetivo para o tratamento de suínos infectados com vermes pulmonares • Ivermectina – indicada para o tratamento e controle dos parasitas internos e externos dos animais • Realização de exames periodicamente • Evitar a mistura de agrupamento de animais jovens e adultos – por conta da imunidade imatura dos animais jovens • Evitar colocar animais no mesmo piquete contaminado • Manter os suínos em solo seco ou de concreto • Quando os suínos são criados de modo extensivo, os suspeitos da doença devem ser confinados e tratados