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Resumo Rubem Alves- o que é científico

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Sobre o texto "O que é Científico" de Rubem Alves:
1. No primeiro capítulo do texto "O que é Científico" de Rubem Alves, o escritor é procurado por um amigo "colega aposentado com todas as credenciais e titulações", claro que um Dr. em ciência, que apesar de tanto saber, não consegue que seu livro, sobre a história da sua vida, seja aprovado pelos editores, que julgam seus escritos não científicos.
A partir disto, o autor revela-nos a estória de um povo que vivia à margem de um caudaloso rio, imaginando, por séculos, o que haveria sobre as águas, criando livros e mitos, até mesmo uma "adoração" aos mistérios contidos em suas profundezas.
Até que um  dia, um perseverante e auspicioso homem, constrói uma rede. Buracos para águas e fios para o que houvesse dentro do rio. Mesmo com o escárnio de outros, o homem consegue "pescar", um peixe dourado.
Divididos em sua admiração: uns querendo queimá-lo como herege, outros passaram também a construir suas próprias redes. E muitas redes foram inventadas e muitos diferentes peixes foram pescados, com atributos diferentes, ora comida, ora remédios, ora até mesmo para matar.
Daí a formarem um grupo exclusivo de construtores de redes e pescadores, com sua língua e linguagem própria, foi um passo. Criaram assim suas verdades e seus métodos sobre o que mais inquiriam e sobre aquilo que sabiam falar: o rio e isto era o real, nada além disso poderia descrever a realidade: nada das matas, das nuvens, dos sentimentos, nada que não se pudesse pegar com suas redes.
Ora, mesmo que este conhecimento fosse realmente muito útil, não abarcava pois a totalidade do que é real, afinal há muitas coisas na realidade, que redes não podem pegar. Conclui então que, as redes são construções de conhecimentos reconhecidos por determinado grupo, enquanto que um homem deste grupo, é somente um pescador.
2. O que é científico? Não podemos desprezar a utilidade do saber científico, que procura justificar seus conhecimentos, com métodos rigorosos e sistemáticos, porém devemos também pensar que a ciência não pode ser fragmentada, compartindo órgãos e funções específicas, afinal  a realidade humana, a natureza, implica em correlações, em ínfimas correspondências, que só trazem sentido quando pensadas na totalidade de um fenômeno.
E ainda, que a complexidade de nossa realidade e do ser humano, vai além dos métodos e dos argumentos filosóficos. Nossa curiosidade e capacidade de especulação, nos leva sempre à questionar, não só a utilidade da ciência e seus benefícios, mas também nos leva à reflexão sobre como estas relações definiram o que chamamos de real.
Bons estudos!

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