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4 ĺndice 1.Introdução 2 1.1.Objectivos 2 1.1.1. Geral: 2 1.1.2. Específicos: 2 1.2.Metodologia 3 2.Museu da História Natural 3 2.1.Breve Historial 3 3.Diversidades das espécies 4 4.Técnicas de preparação dos animais 16 4.1.A taxidermia 17 4.2.Técnica de Solução de Formol 17 5.Constatação 19 6.Referências bibliográficas 20 1. Introdução O presente Relatório aborda sobre a visita feita ao Museu Da História Natural no dia 03 de Agosto de 2018, onde fomos recepcionados pela Elisabeth Chirindza. O Museu da História Natural inicialmente era uma dependência da Escola Comercial e Industrial criada em 1911,tornou-se Museu provincial em 1913 num edifício de estilo Neo-Manuelinho constituído pela câmara municipal. O Museu é a única instituição Nacional virada ao estudo da fauna, e mantem colecções referências faunísticas de Moçambique, tem como visão abranger a sua actividade a todo território Nacional e tem como interesse de compilar a informação sobre o uso dos faunísticos ao nível das comunidades rurais‚ a determinação dos estudos das espécies faunísticas de Moçambique e a produção de atlas de espécies faunísticas, bem como a investigação da sua História Natural. 1.1.Objectivos 1.1.1. Geral: · Conhecer a diversidade de diferentes espécies dos animais. 1.1.2. Específicos: · Observar diferentes espécies de animais embalsamados; · Verificar a organização espacial; · Descrever os conceitos básicos da nomenclatura e taxonomia; · Recolher informações inerentes as técnicas de preparação dos animais. 1.2.Metodologia Para a realização do relatório, recorremos a observação directa, fonte oral, câmara fotográfica que nos permitiu recolher informações suficientes para a realização do mesmo. 2.Museu da História Natural 2.1.Breve Historial O Museu da História Natural inicialmente era uma dependência da Escola Comercial e Industrial criada em 1911,tornou-se Museu provincial em 1913 num edifício de estilo Neo-Manuelinho constituído pela câmara municipal. Primeiro Museu provincial, depois Museu Dr. Álvaro de Castro, passou a designar-se a partir de 1975 Museu da História Natural que reabriu ao público em 1977 depois das obras de conservação e de reorganização das posições. O Museu da História Natural é uma instituição nacional tutelada pela Universidade Eduardo Mondlane que tem por objectivo proporcionar informação naturalística etnográfica aos visitantes e promover a realização de trabalhos de investigação no âmbito das ciências naturais e humanas. A informação naturalística é dada através da exibição da espécie de natureza geológica, paleontológica, montados ou reproduzidos e por via de regras inseridos em cenários simulando os naturais. A missão do Museu de História Natural resume-se em Preservar e divulgar o património faunístico de Moçambique, incentivar a investigação científica da fauna e seus ecossistemas, e promover a educação ambiental formal e informal aos cidadãos, contribuindo para o uso e gestão sustentável dos recursos naturais e ecossistemas de Moçambique. 3.Diversidades das espécies Na nossa visita ao Museu da História Natural, foi possível ver a “Zoologia Sistemática ’’. Na entrada principal do edifício na avenida Travessia do Zambeze nos deparamos imediatamente com uma lápide com as seguintes palavras MHN- UEM 1913, mas adentro nos deparamos com um leão de boca aberta exibindo dentes aguçados. Um leão que antecede a diversidade que lá existe. Este leão é o único presente no museu que não é de Moçambique, ele foi ofertado ao primeiro presidente da república de Moçambique pelo presidente da Tanzânia (Julius Nyerere). O museu da História Natural tem 6 (seis) salas, mais no âmbito da nossa visita só estavam em funcionamento 5 salas e uma estava em manutenção. · Sala “ Alberto Peão Lopes ” Esta sala tem esse nome em homenagem ao taxidermista chefe desse Museu, no período compreendido entre 16 de Maio de 1930 a 28 de Maio de 1952, é a quem se deve a concepção e exibição de todos os grupos de mamíferos em exibição nessa sala e ainda todos trabalhos de taxidermista em exposição nas restantes salas. No centro do extenso salão, a conjugação da fauna e flora trazem a imagem da selva africana. Um casal de elefantes com as respectivas crias na dianteira, caminha em direcção a um riacho. Ao lado destes, uma girafa vigia as suas crias que bebem da água. A mesma fonte atrai outras criaturas como búfalos e impalas. No local, uma leoa em plena caça faz de uma zebra a sua presa. Ao redor deste cenário, vitrinas expõem outras criaturas no seu habitat. Num dos cantos, macacos-cães, gazelas, impalas, hipopótamos, e leopardos com as respectivas crias se fazem presentes. Noutro, destacam-se animais de pequeno porte como esquilos e lebres saltadoras. Figura:1 Durante a visita, logo pela entrada desta sala nos deparamos com uma demostração da luta pela sobrevivência na savana, onde nos foi explicado pela guia Elisabeth Chirindza que o búfalo foi expulso da manada a qual pertencia por ser mais velho, e por sua vez foi atacado por três leões por se encontrar sozinho. Figura:2 Nome vernacular: Búfalo Nome científico: Syncerus caffer Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Artiodactyla Família: Bovidae Género: Syncerus Espécie: caffer Tivemos informação que o elefante macho pode pesar cerca de 5 toneladas e a fêmea pode chegar aproximadamente a 4,700 toneladas, pode chegar a 68 a 70 anos de idade, podemos diferenciar a fêmea do macho através da pele onde a fêmea tem uma pele lisa e o macho tem uma pele rígida. O elefante bebe por dia cerca de 230 litros de água e a sua trompa tem a capacidade de carregar 14 litros. Um elefante nasce com 100kg de peso. A gestação de um elefante dura normalmente 22 meses, o museu de história natural é o único com uma colecção de fetos de elefantes embrionários a nível mundial. De primeiro ao décimo mês os fetos estão conservados em formol, de décimo primeiro a vigésimo segundo estão embalsamados. Figura:3 Nome vernacular: Elefante Nome científico: Loxodonta africana Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Proboscidea Família: Elephantidae Género: Loxodonta Espécie: africana Nos foi contada a história de Macaco Cão cinzento, onde o leopardo apareceu onde viviam os macacos para se alimentar deles e os outros macacos ao verem o leopardo, tentam afugenta-lo, mas já era tarde porque o leopardo já havia morto o macaco. Figura:4 Nome vernacular: Macaco Nome científico: Papio ursinus Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Primatas Família: Cebidae Género: Papio Espécie: ursinus Ainda nesta sala, existem leões que representam a luta pela fêmea, onde dois leões lutam pela fêmea até a morte, e o vencedor ficaria com a fêmea. Figura:5 Nome vernacular: Leão Nome científico: Panthera leo Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Carnivora Família: Felidae Género: Panthera Espécie: leo Existem Rinoceronte brancos (fêmeas) e pretos (machos).As fêmeas têm a boca em forma de V e os machos rectangulares. Os Rinocerontes contêm mercúrio e só se deve extrair enquanto estiverem em vivos. · Sala dos répteis e serpentes Observou-se um par de jibóias onde tivemos a informação, que a fêmea apresenta aproximadamente 4 metros de comprimento e esta é relativamente maior ao macho. E esses repteis ao alimentar-se, esta primeiramente estrangulam a presa, parte as costela e engole num processo circular. Segundo a guia Elisabeth Chirindza a única jibóia viva que existia no museu morreu a três meses atrás porque recusar se alimentar e esta ainda esta no processo de embalsamento porem não foi possível observar a jibóia. Figura:6 Nome vernacular: Jibóia Nome científico: Boa constrictor Reino: animália Classe: Reptilia Ordem: Squamata Família: Boidae Género: Boa Espécie: constrictor De acordo com o guia Crocodilos não tem língua, o que faz com que estes experimentem tudo, e ao pegara presa e esta se manter imóvel o crocodilo desiste mas ao contrario ele não solta por nada. Figura:7 Nome vernecular: Crocodilo Nome científico: Alligator mississippiensis Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Reptilia Ordem: Crocodylia Família: Crocodylidae Género: Alligator Espécie: mississippiensis · Sala de pequenos mamíferos terrestres Nesta sala encontra-se pequeno mamífero terrestre como: · Rato de cana que alimenta se de cana; · Gato bravo tem hábitos nocturnos este vê melhor de noite e é carnívoro; · Mabeco ou lobo africano é carnívoro; · Papa formiga ou urso formiga como o nome diz, alimenta- se de formigas, pode estar sempre perto de troncos descascados; · Porco-espinho alimenta-se de milho, usa os espinhos como meio de defesa não causando sangramentos; · Chita e o leopardo têm características idênticas, porem a chita é um animal mais veloz de todos outros, resistente e felino. Chita Leopardo Figuras: 8 Reino ̵ Animalia Reino: Animalia Filo: Chordata Filo:Chordata Classe: Mammalia Classe: Mammalia Ordem: Carnivora Ordem : Carnivora Família: Feliadae Familia : Felidae Género: Acinonyx Genero:Panthera Espécie: Acinonyx jubatus Especie :Panthera pardus · Sala de mamíferos marinhos É de salientar que nesta sala não nos foi dito absolutamente nada sobre os mamíferos marinhos, apenas foi possível ver duas baleias. Figura:9 Nome vernecular: Golfinho Classificação científica: Tursiops truncatus Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Cetacea Género: Tursiops Espécie: truncatus · Sala de peixes Nesta sala encontram se tubarões serra, várias as espécies de peixes e nesta sala que existem os únicos animais vivos do museu (peixes). Figura:10 Nome vernacular: Tubarão serra Nome científico: Carcharodon carcharias Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Chondrichthye Ordem: Lamniformes Família: Lamnidae Género: Carcharodon Espécie: carcharias 4.Técnicas de preparação dos animais Existem dois tipos de preparação dos animais: · Técnica de conservação por formol; · Técnica de conservação por taxidermia (embalsamento). 4.1.A taxidermia Para embalsamar animais de grande porte, o Museu usa a taxidermia. O processo começa com o abate, esfoliação da pele e conservação de alguns órgãos como as orelhas, crânio e membros inferiores. Após o abate, segue-se a criação do manequim que é feito com base em rede, madeira e gesso e tendo em conta as medidas do animal abatido. Depois de construído o manequim, é revestido com a pele animal e por fim costurado por baixo. “Este trabalho exige concertação, pois uma falha nas medidas do animal acaba comprometendo completamente todo o trabalho e assim sendo a correcção é o refazer de tudo outra vez”, segundo Emídio Sumbane. De acordo com o técnico, os mamíferos de grande porte são os mais antigos animais embalsamados naquele Museu. 4.2.Técnica de Solução de Formol O Museu conta com 150 espécies de répteis em exposição pública desde os anos de 1980. Estes se encontram submetidos a outra técnica de conservação com base numa solução composta por água e formol: “Esta técnica de conservação visa manter as características anatómicas e ou morfológicas destes animais”. Para a imersão das espécies, é usado uma concentração de 5 a 10% de formol diluídos em água. “É uma solução com as mesmas características ópticas da água. Para além de cobras e lagartos, também são conservadas outras espécies como peixes e crustáceos (camarão, caranguejos, Tartarugas marinhas, lagostas) ”. A mesma técnica serve para conservar alguns invertebrados terrestres como a maria-café e escorpião. Antes da sua imersão, o animal recebe uma dose de formalina. “Este procedimento visa prevenir ou interromper o processo de deterioração dos órgãos internos do animal. Portanto, conseguimos manter condições uniformes de conservação, mantendo o animal com as características que apresentava momentos antes da sua morte”, esclareceu o biólogo. Este líquido tem a capacidade de conservar o animal para sempre desde que se mantenham certas condições fundamentais como não ficar exposto ao sol, manter os recipientes onde estão mergulhados os animais em ambientes que não variam de temperatura. Em casos de vaporização do líquido, a solução é apenas o seu acréscimo. 5.Constatação Após a nossa visita ao Museu da História Natural, foi possível conhecer as diferentes espécies embalsamadas e conservadas no formol. Este possui uma rica colectânea de variedade de espécies dos animais, alguns correm risco de extinção e outros já estão extintos na fauna Moçambicana, como é o caso do Rinoceronte que o Museu consegue preservar e divulgar o património faunístico e incentivar a investigação científica da fauna e seus ecossistemas. 6.Referências bibliográficas Fonte oral: Guia Elisabeth Chirindza REIS. Nélio Roberto,Ecologia de mamíferos.Techinical Books.2009.