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Plano de Gerenciamento 
Integrado de Resíduos Sólidos 
do Município de Quatis 
 
 
 
 
 
 
 
Quatis / 2013 
 
 
Prefeitura Municipal de Quatis 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
http://www.google.com.br/imgres?q=res%C3%ADduos+s%C3%B3lidos+urbanos&start=99&hl=pt-BR&sa=X&biw=1280&bih=705&tbm=isch&prmd=imvnsb&tbnid=TQ2M42uAvdoWtM:&imgrefurl=http://www.m5comunicacao.com.br/site/?p=6518&docid=h4dLQhy4Kxb6aM&imgurl=http://www.m5comunicacao.com.br/site/wp-content/uploads/2012/05/guardanapos-leal-01.jpg&w=1593&h=1062&ei=8neeUMCnBsnI0AGBnYGwBA&zoom=1&iact=hc&vpx=413&vpy=221&dur=760&hovh=183&hovw=275&tx=113&ty=71&sig=108511221176669431414&page=5&tbnh=133&tbnw=217&ndsp=28&ved=1t:429,r:0,s:100,i:4
 
ELABORAÇÃO 
 
 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE QUATIS 
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 
Rua Ana Ferreira de Oliveira N°47, Bondarovsky 
CEP: 27410-270 – Quatis – RJ 
Fone: (24)3353-3749 
E-mail: secmeioambientequatis@gmail.com, meioambientequatis@yahoo.com.br, 
 
 
 
Prefeito Municipal 
Raimundo de Souza 
 
Secretária Municipal de Meio Ambiente 
Édna Andrade de Azevedo 
 
Comissão de Elaboração do Plano Municipal de Gerenciamento 
de Resíduos Sólidos- Portaria 527/2013 
 
Presidente da Comissão 
Igor Teixeira de Araújo 
 
 
 
mailto:secmeioambientequatis@gmail.com
mailto:meioambientequatis@yahoo.com.br
 
Apresentação 
 
O tema Limpeza Urbana vem assumindo cada vez mais um papel de 
destaque entre as crescentes demandas da sociedade brasileira e das 
comunidades locais. Isso ocorre pelos aspectos ligados à veiculação de 
doenças e, portanto, à saúde pública,e também pela contaminação de cursos 
d'água e lençóis freáticos, na abordagem ambiental, seja pelas questões 
sociais ligadas aos catadores – em especial às crianças que vivem nos lixões. 
É fato que vários setores governamentais e da sociedade civil começam a se 
mobilizar para enfrentar o problema, por muito tempo relegado a segundo 
plano. 
 
A mídia está atenta, o Ministério Público e os órgãos ambientais atuam 
voltados especialmente na busca de soluções negociadas com as prefeituras 
em relação à erradicação dos lixões e do trabalho infantil que neles ocorre. 
Programas governamentais, nos níveis federal e estadual, vêm-se 
consolidando, com linhas de financiamento a projetos e Planos de Gestão 
Integrada de Resíduos Sólidos, em paralelo aos esforços para a formulação de 
políticas e legislação correspondentes a esse tema. 
 
Nesse cenário, pressionados por tais demandas, estão os Municípios, os 
principais responsáveis e o nível competente a prestar os serviços de limpeza 
urbana e garantir condições adequadas de disposição final do lixo. 
 
Este Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos foi 
elaborado por uma comissão, representada por diversos setores da 
administração pública e da sociedade - sendo presidida pela Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente do Município de Quatis – para vigência por prazo 
indeterminado, visando um horizonte temporal de 10 anos. Ressalta-se que o 
mesmo deve ser revisado a cada 04 anos. Pretende-se que ele possa ser um 
instrumento orientador, fazendo parte de seu conteúdo os temas fundamentais 
à compreensão e melhoria dos sistemas e serviços de limpeza urbana, que 
envolvem os aspectos institucionais, organizacionais, legais, e os aspectos 
técnico-gerenciais desde o acondicionamento até a disposição final dos 
resíduos. 
 
 Uma das metas do serviço de limpeza dos logradouros é evitar prejuízo 
ao aspecto ambiental. Essa afirmativa se faz não só em função das questões 
estéticas associadas às atividades de limpeza urbana, mas também dos 
impactos ambientais e de saúde pública ligados à disposição final dos 
resíduos. A cidade terá uma imagem mais positiva, quanto mais limpo esse 
espaço for encontrado. 
 
 
 É necessário que os recursos destinados à limpeza urbana, por serem 
sempre menores que o desejado, sejam muito bem aproveitados. Para isto, é 
fundamental que as equipes encarregadas do planejamento e da operação dos 
serviços estejam capacitadas e apliquem os recursos disponíveis com bom 
senso, utilizando tecnologias e métodos adequados e respeitando as 
peculiaridades econômicas, sociais e culturais da população local. 
 
O objetivo deste Manual se insere nesta perspectiva: ser uma 
ferramenta útil para a capacitação de todos aqueles que lidam com os resíduos 
sólidos, dentro do enfoque do Gerenciamento de Resíduos, e suficientemente 
flexível para que, a partir do conhecimento das diversas formas de "como 
fazer", se possa escolher a que melhor se adeque às condições da cidade. 
 
Esperamos que essas iniciativas contribuam para a melhor organização 
da coleta de resíduos e dos serviços de limpeza urbana, vistos como aspectos-
chave das questões ambientais urbanas e da saúde pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução.............................................................................................................8 
2. Legislação Ambiental............................................................................................9 
3. Considerações Gerais.........................................................................................18 
3.1 Objetivos......................................................................................................18 
3.2 Metas...........................................................................................................19 
3.3 Remuneração dos Serviços.........................................................................21 
3.4 Cálculo da Taxa de Coleta de Lixo..............................................................23 
3.5 Projeção das Quantidades de Resíduos Sólidos Urbanos..........................26 
3.6 Elaboração de Indicadores Operacionais, de Qualidade e Produtividade – 
Avaliação e Monitoramento...............................................................................28 
3.7 Estrutura de Controle e Fiscalização...........................................................29 
3.7.1 Implantação do Sistema de Fiscalização..........................................29 
3.7.2 Capacitação da Equipe de Fiscalização............................................31 
3.8 Identificação das Possibilidades de Implantação de Consórcios Públicos.32 
4. Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos..................................................35 
4.1 Resíduos Sólidos: Origem, Definição e Características..............................35 
4.1.1 Definição de lixo e resíduos sólidos..................................................35 
4.1.2 Classificação dos resíduos sólidos....................................................36 
4.1.2.1 Quanto aos riscos potenciais de contaminação........................36 
4.1.2.2 Quanto à natureza ou origem....................................................37 
4.1.3 Características dos resíduos sólidos.................................................44 
4.1.3.1 Características Físicas...............................................................44 
4.1.3.2 Características Químicas...........................................................46 
4.1.3.3 Características Biológicas..........................................................47 
4.1.4 Influência das características dos resíduos sólidos no planejamento 
do sistema de limpeza urbana....................................................................47 
4.1.5 Fatores que influenciam as características dos resíduos sólidos.....49 
4.1.6 Processos de determinação das principais características físicas...51 
 
 
 
4.2 Diagnóstico Atual do Sistema de Limpeza Pública......................................54 
4.2.1 Estrutura Operacional........................................................................54 
4.2.2 Sistemas de Coleta............................................................................544.2.3 Disposição Final dos Resíduos Sólidos Urbanos..............................59 
4.2.4 Atividades Geradoras........................................................................62 
4.3 Acondicionamento.......................................................................................63 
4.3.1 Conceituação.....................................................................................63 
4.3.2 A importância do acondicionamento ideal.........................................63 
4.3.3 Características do recipiente para acondicionamento......................65 
4.3.4 Acondicionamento do Resíduo Domiciliar........................................66 
4.3.5 Acondicionamento de Resíduo Público.............................................68 
4.3.6 Acondicionamento de Resíduos em Imóveis de baixa renda...........70 
4.3.7 Acondicionamento de Resíduos de grandes geradores....................71 
4.3.8 Acondicionamento de Resíduos domiciliares especiais....................72 
4.3.9 Acondicionamento de Resíduos de fontes especiais........................76 
4.4 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos...................................................82 
4.4.1 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares......................82 
4.4.1.1 Conceituação..................................................................................82 
4.4.1.2 Regularidade da Coleta Domiciliar.................................................82 
4.4.1.3 Frequência da Coleta.....................................................................83 
4.4.1.4 Horários de Coleta..........................................................................84 
4.4.1.5 Redimensionamento de Itinerários de Coleta Domiciliar...............85 
4.4.1.6 Veículos para Coleta de Lixo Domiciliar........................................89 
4.4.1.7 Ferramentas e Utensílios para na Coleta de Lixo Domiciliar .......94 
4.4.2 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Públicos............................94 
4.4.2.1 Veículos e Equipamentos para a Coleta do Lixo Público..............95 
4.4.3 Coleta de Resíduos Sólidos Comunidades Carentes........................100 
4.4.4 Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde.......................................101 
4.4.4.1 Conhecimento do Problema.........................................................101 
4.4.4.2 Segregação de Resíduos de Serviços de Saúde.........................102 
4.4.4.3 Coleta separada de Resíduos comuns, infectantes e especiais .103 
4.4.4.4 Viaturas de Coleta e Transporte dos Resíduos de Serviços de 
saúde........................................................................................................103 
4.4.4.5 Frequência da Coleta dos RSS....................................................105 
4.4.4.6 Coleta de Materiais Perfurocortantes...........................................105 
4.5 Transferência de Resíduos Sólidos Urbanos............................................105 
4.5.1 Conceituação.....................................................................................105 
 
4.6 Limpeza de Logradouros Públicos............................................................106 
4.6.1 A Importância da Limpeza de Logradouros Públicos........................106 
4.6.1.1 Aspectos Históricos......................................................................106 
4.6.1.2 Aspectos Sanitários......................................................................107 
4.6.1.3 Aspectos Estéticos.......................................................................107 
4.6.1.4 Aspectos de Segurança...............................................................108 
4.6.2 Resíduos Encontrados nos Logradouros...........................................108 
4.6.3 Serviços de Varrição..........................................................................109 
4.6.3.1 Aspectos Construtivos das Vias Urbanas.....................................109 
4.6.3.2 Redimensionamento dos Roteiros de Varrição Manual...............110 
4.6.3.3 Utensílios, Ferramentas e Vestuários...........................................111 
4.6.3.4 Tarefas do Varredor......................................................................112 
4.6.4 Serviços de Capina e Raspagem.......................................................112 
4.6.5 Serviços de Roçagem........................................................................114 
4.6.5.1 Equipamentos Mecânicos para Roçagem de Mato.....................115 
4.6.6 Serviços de Limpeza de Ralos...........................................................117 
4.6.7 Serviços de Limpeza de Eventos.......................................................119 
4.6.8 Serviços de Remoção Manual e Mecânica.......................................120 
4.6.9 Como Reduzir o Lixo Público.............................................................121 
4.7 Recuperação de Recicláveis.....................................................................122 
4.7.1 Coleta Seletiva Porta a Porta.............................................................123 
4.7.2 Pontos de Entrega Voluntária – PEVs...............................................125 
4.7.3 Cooperativa de Catadores.................................................................126 
4.8 Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos................................................128 
4.8.1 Conceituação.....................................................................................128 
4.8.2 Tratamento de Resíduos Sólidos Domiciliares..................................128 
4.8.2.1 Reciclagem...................................................................................129 
4.8.2.2 Compostagem..............................................................................134 
4.8.3 Tratamento de Resíduos Domiciliares Especiais..............................139 
4.8.3.1 Tratamento de Resíduos da Construção Civil.............................139 
4.8.3.2 Tratamento de Pilhas e Baterias..................................................140 
4.8.3.3 Tratamento de Lâmpadas Fluorescentes.....................................140 
4.8.3.4 Tratamento de Pneus...................................................................140 
4.8.4 Tratamento de Resíduos de Fontes Especiais..................................141 
4.8.4.1 Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais................................141 
4.8.4.2 Tratamento de Resíduos Radioativos...........................................142 
4.8.4.3 Tratamento de Resíduos de Serviço de Saúde............................142 
 
4.9 Disposição Final de Resíduos Sólidos......................................................154 
4.9.1 Disposição dos Resíduos Domiciliares..............................................155 
4.9.2 Aterro Sanitário..................................................................................155 
4.9.2.1 Seleção de Áreas para implantação de Aterros Sanitários..........156 
4.9.2.2 Licenciamento...............................................................................164 
4.9.2.3 Projeto Executivo..........................................................................170 
4.9.2.4 Implantação do Aterro Sanitário...................................................172 
4.9.2.5 Equipamentos Utilizados em Aterros Sanitários..........................178 
4.9.3 Recuperação Ambiental de Lixões....................................................179 
4.9.4 Disposição Final de Resíduos Domiciliares Especiais......................181 
4.9.4.1 Disposição Final de Resíduos da Construção Civil.....................181 
4.9.4.2 Disposição Final de Pilhas e Baterias..........................................181 
4.9.4.3 Disposição Final de Lâmpadas....................................................182 
4.9.4.4 Disposição Final de Pneus...........................................................183 
4.9.5 Disposição Final de Resíduos de Fontes Especiais..........................183 
4.9.5.1Disposição Final de Resíduos Sólidos Industriais........................183 
4.9.5.2 Disposição Final de Resíduos de Serviço de Saúde...................188 
4.9.5.3 Disposição Final de Óleos Lubrificantes.......................................190 
4.9.5.4 Disposição Final de Resíduos de Mineração...............................190 
5 Prognóstico da Situação Futura...........................................................................191 
6 Considerações Finais..........................................................................................194 
6.1 Educação Ambiental..................................................................................194 
6.2 Segurança do Trabalho na Limpeza Pública.............................................198 
6.2.1 Principais Causas de Acidentes.........................................................198 
6.2.2 Tipos de Acidentes na Limpeza Pública............................................199 
6.2.3 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)....................................200 
6.2.4 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).......................................201 
6.2.5 Recomendações................................................................................202 
7. Referências Bibliográficas................................................................................204 
 
 
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Prefeitura Municipal de Quatis 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
1. Introdução 
 
O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) do 
Município de Quatis constitui-se essencialmente em um documento que visa à 
administração integrada dos resíduos por meio de um conjunto de ações 
normativas, operacionais, financeiras e de planejamento. O PGIRS leva em 
consideração aspectos referente à geração, segregação, acondicionamento, 
coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos, 
priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública. Além da 
administração integrada dos resíduos, o PGIRS tem como base a redução, 
reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no município. 
 
Dentro deste enfoque o Município de Quatis observou a necessidade da 
elaboração do PGIRS com o objetivo de estabelecer ações integradas e 
diretrizes quanto aos aspectos ambientais, sociais, econômicos, legais, 
administrativos e técnicos, para todas as fases da geração e dos geradores de 
resíduos sólidos. 
 
Com relação à responsabilidade dos resíduos gerados, a Lei da Política 
Nacional do Meio Ambiente (Lei nº. 6.938/81) estabelece o princípio do 
“poluidor-pagador”, onde cada gerador é responsável pelo manuseio e 
destinação final do seu resíduo gerado. Sendo a responsabilidade do Poder 
Público Municipal a fiscalização do gerenciamento dos resíduos gerados por 
meio do seu órgão de controle ambiental. 
 
 A Lei Estadual N° 4.191 de 30 de Setembro de 2003, que dispõe sobre a 
Política Estadual de Resíduos Sólidos, institui em seu Art. 3°,que “O 
acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos 
resíduos sólidos processar-se-ão em condições que não tragam malefícios ou 
inconvenientes à saúde, ao bem-estar público e ao Meio Ambiente”. 
 
Os capítulos a seguir irão apresentar as Legislações e Normas Técnicas 
ligadas ao tema, as definições importantes e demais materiais relacionados a 
resíduos, que subsidiarão a elaboração e compreensão deste Plano. 
 
 
 
 
 
 
 
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Prefeitura Municipal de Quatis 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
2. Legislação Ambiental 
 
Existe no Brasil, uma coleção numerosa de leis, decretos, resoluções e 
normas que evidenciam enorme preocupação com o meio ambiente e, 
especificamente na questão da limpeza urbana, há ainda iniciativas legais do 
Município de Quatis, como a Lei Orgânica Municipal, a Lei Municipal n°565 de 
17 de Agosto de 2007 que institui o Código Ambiental Municipal (a Lei n° 
612/08 que altera e acrescenta dispositivos do Código Ambiental), e a Lei 
Complementar n° 03 de 19 de Dezembro de 2008, que aprova o Plano Diretor 
do Município. 
Sem mencionar a palavra “lixo”, a Constituição Federal dispõe: 
 
• Inciso IX do Art. 225, diz que "Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações". 
 
Quanto às instituições responsáveis pelos resíduos sólidos municipais e 
perigosos, no âmbito nacional, estadual e municipal, as mesmas são 
determinadas através dos seguintes artigos da Constituição Federal, quais 
sejam: 
 
• Inciso X do Art. 23, que estabelecem ser competência comum da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios proteger o meio 
ambiente e combater a poluição em qualquer das suas formas, bem 
como promover programas de construção de moradias e a melhoria do 
saneamento básico. 
 
• Já o Inciso V do Art. 30 estabelece como atribuição municipal legislar 
sobre assuntos de interesse local, especialmente quanto à organização 
dos seus serviços públicos, como é o caso da limpeza urbana. 
 
Tradicionalmente, o que ocorre no Brasil é a competência do Município 
sobre a gestão dos resíduos sólidos produzidos em seu território, com exceção 
dos de natureza industrial, mas incluindo-se os provenientes dos serviços de 
saúde. 
 
 
 
 
 
 
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Prefeitura Municipal de Quatis 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
No que se refere à competência para o licenciamento de atividades 
poluidoras e ao controle ambiental, o Art. 30°, Inciso I, já mencionado, 
estabelece a principal competência legislativa municipal, qual seja: "legislar 
sobre assuntos de interesse local", e dá, assim, o caminho para dirimir 
aparentes conflitos entre a legislação municipal, a federal e a estadual. 
 
O Município tem competência para estabelecer o uso do solo em seu 
território. Assim, é ele quem emite as licenças para qualquer construção e o 
alvará de localização para o funcionamento de qualquer atividade, que são 
indispensáveis para a localização, construção, instalação, ampliação e 
operação de qualquer empreendimento em seu território. 
 
O Art. 9º, Inciso IV, da Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a 
Política Nacional do Meio Ambiente, estabelece como um dos instrumentos o 
licenciamento e a revisão de atividades "efetiva" ou "potencialmente 
poluidoras", e o Art. 10° prevê que a construção, instalação, ampliação e 
funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais – considerados "efetivo" e "potencialmente poluidores", bem como 
os capazes, sob qualquer forma, de causar "degradação ambiental" – 
dependerão de prévio licenciamento do órgão estadual competente, integrante 
do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA. 
 
O Decreto Federal nº 99.274/90, a partir do Art. 17°, explica o processo 
de licenciamento, determinando que as atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras e aquelas capazes de causar degradação ambiental dependerão de 
prévio licenciamento do órgão estadual competente integrante do SISNAMA, 
sem prejuízo de outras licenças cabíveis, repetindo o texto da Lei da Política 
Nacional de Meio Ambiente. 
 
Já o Art. 19° (Decreto Federal nº 99.274/90) dispõe que o poder público, 
no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: 
prévia, de instalação e de operação. 
 
Como base para este planejamento, no que diz respeito ao 
gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos e à gestão 
integrada, a Lei Federal n° 12.305, sancionada em 02 de Agosto de 2010, 
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus 
princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações, e o Decreto n° 
7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamenta a Lei n° 12.305/2010, e cria o 
Comitê Interministerialda Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê 
Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras 
providências. 
 
http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_arquivos/decreto_n_74042010_253.pdf
http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_arquivos/decreto_n_74042010_253.pdf
 
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Prefeitura Municipal de Quatis 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
Ainda em relação à Gestão Integrada, o Inciso V do Art. 12°, que 
estabelece os princípios, da Lei Estadual n° 4.191/03 (Política Estadual de 
Resíduos Sólidos), diz que fica estabelecida “a participação dos segmentos 
organizados da sociedade”. 
 
De uma maneira menos específica, no que diz respeito a resíduos 
sólidos, uma vez que este é apenas um tema do saneamento básico, há a Lei 
nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para 
o saneamento básico, altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, n° 
8.036, de 11 de maio de 1990, n° 8.666, de 21 de junho de 1993, n° 8.987, de 
13 de fevereiro de 1995, e revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978, e dá 
outras providências. 
 
Quanto à educação ambiental, a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, 
dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação 
Ambiental e dá outras providências, e o Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 
2002, regulamenta a Lei no 9.795/1999. 
 
Há ainda resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – 
CONAMA e normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – 
ABNT – que devem ser observadas no gerenciamento de resíduos no 
Município: 
 
 Resolução CONAMA n° 002/91, que determina procedimentos 
para manuseio de cargas deterioradas, contaminadas, fora de 
especificação ou abandonadas que serão tratadas como fontes 
potenciais de risco ao meio ambiente, até manifestação do órgão do 
meio ambiente competente. 
 
 Resolução CONAMA n° 005/93, que Estabelece definições, 
classificação e procedimentos mínimos para o gerenciamento de 
resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, 
terminais ferroviários e rodoviários. 
 
 
 Resolução CONAMA n° 006/91, que desobriga a incineração ou 
qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes 
dos estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos, ressalvados os 
casos previstos em lei e acordos internacionais. 
 
 Resolução CONAMA n° 009/93, que dispõe sobre uso, 
reciclagem, destinação re-refino de óleos lubrificantes. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4281.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4281.htm
 
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 Resolução CONAMA n° 257/99, que disciplina o descarte e o 
gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, 
no que tange à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição 
final. 
 
 Resolução CONAMA n° 263/99, que inclui o Inciso IV no Art. 6° 
da Resolução CONAMA n° 257/99. 
 
 Resolução CONAMA n° 258/99, que trata da destinação final de 
pneumáticos inservíveis. 
 
 Resolução CONAMA n° 275/01, que estabelece o código de cores 
para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de 
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas 
para a coleta seletiva. 
 
 Resolução CONAMA n° 301/02, que altera dispositivos da 
Resolução n° 258/99, sobre pneumáticos. 
 
 Resolução CONAMA n° 301/03, que altera dispositivos da 
Resolução n° 258/99, relativo a passivo pneumático. 
 
 Resolução CONAMA n° 307/02, que estabelece diretrizes, 
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 
 
 Resolução CONAMA n° 308/02, que dispõe sobre Licenciamento 
Ambiental de sistemas de disposição final de resíduos sólidos urbanos 
gerados em municípios de pequeno porte. 
 
 Resolução CONAMA n° 313/02, que dispõe sobre o Inventário 
Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. 
 
 Resolução CONAMA n° 314/02, que dispõe sobre o registro de 
produtos destinados a remediação. 
 
 Resolução CONAMA n° 316/02, que dispõe sobre procedimentos 
e critérios para funcionamento de sistemas de tratamento térmico de 
resíduos. 
 
 Resolução CONAMA n° 330/03, que institui a Câmara Técnica de 
Saúde, Saneamento, Ambiental e Gestão de Resíduos. 
 
 
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Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
 Resolução CONAMA n° 334/03, que dispõe sobre os 
procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos 
destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. 
 
 Resolução CONAMA n° 358/05, que dispõe sobre o tratamento e 
a disposição final de resíduos de serviços de saúde - RSS. 
 
 Resolução CONAMA n°375/06, define critérios e procedimentos, 
para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de 
tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras 
providências. 
 
 Resolução CONAMA n°380/06, retifica a Resolução CONAMA No 
375/06. 
 
 Resolução CONAMA n°404/08, estabelece critérios e diretrizes 
para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de 
resíduos sólidos urbanos. 
 
 Resolução CONAMA n°420/09, dispõe sobre critérios e valores 
orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias 
químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de 
áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de 
atividades antrópicas. 
 
 Resolução CONAMA n°431/11, altera o art. 3o da Resolução No 
307/02, estabelecendo nova classificação para o gesso. 
 
 Resolução CONAMA n°450/12, altera o art. 24-A da Resolução No 
362/05, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo 
lubrificante usado ou contaminado. 
 
 NBR 7.500/05 – Identificação para o transporte terrestre, 
manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. 
 
 NBR 7.503/05 – Contém a Ficha de Emergência e o envelope 
para transporte terrestre para produtos perigosos. 
 
 NBR 8.419/92 – Apresentação de projetos de Aterros Sanitários 
de Resíduos Sólidos Urbanos. 
 
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=506
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=514
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=592
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=649
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=674
 
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 NBR 8.849/85 – Apresentação de projetos de Aterros Controlados 
de Resíduos Sólidos Urbanos. 
 
 NBR 9.190/93 – Classificação de sacos plásticos para 
acondicionamento do lixo. 
 
 NBR 9.191/02 – Especificação de sacos plásticos para 
acondicionamento de lixo. 
 
 NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos. Norma que classifica os 
resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à 
saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. 
 
 NBR 10.005/04 – Lixiviação de Resíduos. Norma que instituiu o 
ensaio de lixiviação, que é utilizado para a classificação de resíduos 
industriais, pela simulação das condições encontradas em aterros ou 
vazadouros. A lixiviação classifica um resíduo como tóxico ou não, seja 
classe I ou não. 
 
 NBR 10.006/04 – Solubilização de Resíduos. Norma que institui o 
ensaio de Solubilização, que é um parâmetro complementar ao ensaio 
de lixiviação, na classificação de resíduos industriais. Este ensaio tem 
por objetivo, a classificação dos resíduos como inerte ou não, isto é, 
classe III ou não. 
 
 NBR 10.007/04 – Amostragem de Resíduos.Norma referente à 
coleta de resíduos e que estabeleceas linhas básicas que devem ser 
observadas, antes de se retirar qualquer amostra, com o objetivo de 
definir o plano de amostragem (objetivo de amostragem, número e tipo 
de amostras, local de amostragem, frascos e preservação da amostra). 
 
 NBR 10.157/87 – Aterros de resíduos perigosos. Norma que 
institui critérios para projeto, construção e operação de aterros de 
resíduos perigosos. 
 
 NBR 10.703/89 – Degradação do solo: Terminologia. 
 
 NBR 11.174/90 – Armazenamento de resíduos classes II – não 
inertes e III – inertes. 
 
 NBR 11.175/90 – Incineração de resíduos sólidos perigosos. 
Padrões de desempenho – Procedimento. 
 
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 NBR 12.235/92 – Procedimentos para o armazenamento de 
Resíduos Sólidos Perigosos. 
 
 NBR 12.807/93 – Resíduos de serviços de saúde – Terminologia. 
 
 NBR 12.808/93 – Resíduos de serviços de saúde – Classificação. 
 
 NBR 12.809/93 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde – 
Procedimento. 
 
 NBR 12.810/93 – Coleta de resíduos de serviços de saúde – 
Procedimento. 
 
 NBR 12.980/93 – Coleta, varrição e acondicionamento de 
resíduos sólidos. 
 
 NBR 13.221/95 – Transporte de resíduos. 
 
 NBR 13.463/95 – Coleta de resíduos sólidos – Classificação. 
 
 NBR 13.894/06 – Tratamento no solo (Landfarming). Técnica 
apropriada para dispor óleo não passível de recuperação como materiais 
absorventes impregnados (palha, serragem e turfa), e as emulsões água 
em óleo. 
 
 NBR 13.895/97 – Construção de poços de monitoramento e 
amostragem. 
 
 NBR 13.896/97 – Aterros de resíduos não perigosos – Critérios 
para projeto, implantação e operação – Procedimento. 
 
 NBR 13.968/07 – Embalagem rígida vazia de agrotóxico. 
Procedimento de lavagem. 
 
 NBR 14.619/09 – Transporte terrestre de resíduos perigosos. 
 
 NBR 14.652/01 – Coletor-transportador rodoviário de resíduos de 
serviço de saúde. Requisitos de construção e inspeção dos resíduos do 
Grupo A. 
 
 NBR 14.719/01 – Embalagem rígida vazia de agrotóxico – 
Destinação Final da Embalagem lavada – Procedimento. 
 
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 NBR 14.725/09 – Ficha de Segurança de Produtos Químicos 
(FISPQ). 
 
Quanto aos produtos agrotóxicos, a Lei nº 7.802, de 11 de Julho de 
1989, dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e 
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda 
comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos 
e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a 
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras 
providências. E o Decreto nº 4.074, de 04 de Janeiro de 2002, regulamenta a 
Lei no 7.802/1989. 
 
Também deve ser observada a Instrução Normativa Nº 23, de 31 de 
Agosto de 2005 do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E 
ABASTECIMENTO, que aprova as definições e normas sobre as 
especificações e garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a 
rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, 
organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura. 
 
Mais especificamente, sobre os Resíduos Sólidos de Saúde, há também 
Resoluções da Agência Nacional de Saúde – ANVISA, como: 
 
 Resolução ANVISA RDC n° 306/04, que dispõe sobre o 
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde. 
 
 Resolução ANVISA RDC n° 33/03, que dispõe sobre o 
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde. 
 
No que diz respeito aos rejeitos radioativos provenientes dos serviços de 
saúde que podem vir a existir no Município, deve-se observar a Resolução 
CNEM – NE – 6.05, que dispõe sobre a gerência de rejeitos radioativos em 
instalações radioativas. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7802.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7802.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4074.htm
 
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Deve-se atentar também para o Decreto nº 7.405, de 23 de Dezembro 
de 2010, que institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial 
para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e 
Recicláveis o Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo 
criado pelo Decreto de 11 de Setembro de 2003, dispõe sobre sua organização 
e funcionamento, e dá outras providências. 
 
Especificamente, o regulamento de limpeza urbana é a espinha dorsal 
do sistema de limpeza urbana da cidade, expressando todos os princípios 
fundamentais que devem orientar o comportamento do poder municipal e de 
sua população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7405.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7405.htm
 
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3. Considerações Gerais 
 
3.1 Objetivos 
 
O sistema de limpeza urbana do Município de Quatis deve ser instituído 
segundo um modelo de gestão que, tanto quanto possível, seja capaz de: 
 
• promover a sustentabilidade econômica das operações; 
• preservar o meio ambiente; 
• preservar a qualidade de vida da população; 
• contribuir para a solução dos aspectos sociais envolvidos com a 
questão. 
 
Em todos os segmentos operacionais do sistema devem ser observadas 
alternativas que atendam simultaneamente a duas condições fundamentais: 
 
• sejam as mais econômicas; 
• sejam tecnicamente corretas para o ambiente e para a saúde da 
população. 
 
O modelo de gestão tem como objetivo, não somente permitir, mas 
sobretudo facilitar a participação da população na questão da limpeza urbana 
da cidade, para que esta se conscientize das várias atividades que compõem o 
sistema e dos custos requeridos para sua realização, bem como se 
conscientize de seu papel como agente consumidor e, por consequência, 
gerador de lixo. A consequência direta dessa participação traduz-se na redução 
da geração de lixo, na manutenção dos logradouros limpos, no 
acondicionamento e disposição para a coleta, de maneira adequada, e como 
resultado final, em operações dos serviços menos onerosas. 
 
É de suma importância que a população esteja ciente que é a própria 
quem deve remunerar o sistema, através do pagamento de impostos, taxas ou 
tarifas. 
 
Está na população a chave para a sustentação do sistema, implicando 
por parte do Município a montagem de uma gestão integrada que inclua, 
necessariamente, um programa de sensibilização dos cidadãos. Mais adiante 
iremos observar um capítulo sobre Educação Ambiental. 
 
 
 
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O objetivo geral do PGIRS é o aperfeiçoamento do Sistema de limpeza 
Urbana no Município de Quatis, contribuindo para a redução da geração dos 
resíduos sólidos, orientando o correto acondicionamento, armazenamento, a 
forma como deverá ocorrer a coleta, o transporte, o tratamento e destinação 
final dos resíduos. 
 
3.2 Metas 
 Para o perfeito andamento do PGIRS do Município de Quatis deve-se 
observar as metas dispostas a seguir. 
 Proposta de metas programadas a curto prazo – 90 dias. 
PROPOSTA DE MANEJO E MONITORAMENTO DO PGIRS EM AÇÕES PROGRAMADAS À CURTO PRAZO 
Responsável Período 
Secretaria de 
Administração 
Janeiro Fevereiro Março 
Definição da 
Secretaria Gestora 
do Sistema de 
Limpeza Urbana 
Capacitação e 
Treinamento dos 
Gestores do Sistema 
de Limpeza Urbana 
(Novos Procedimentos 
e Instruções de 
trabalho) 
Palestra de 
Sensibilização 
Ambiental para os 
Gestores do Sistema, 
enfocando o PGIRS 
Gestor do 
Sistema 
de LimpezaUrbana 
Definição do 
Responsável pela 
Implantação do 
PGIRS 
Definição e 
capacitação de 
equipe técnica para 
fiscalização do 
Sistema de Limpeza 
Urbana 
Análise dos 
equipamentos, 
quanto à 
necessidade de 
substituição 
Aquisição de 
Equipamentos de 
Proteção Individual – 
EPI’s 
Análise dos contratos 
inerentes ao Sistema 
de Limpeza Urbana 
Análise dos 
dispositivos de 
identificação do 
sistema de limpeza 
urbana (veículos, 
cestas coletoras, etc) 
Análise do dispositivo 
de Controle dos 
quantitativos de 
Resíduos 
Análise do 
funcionamento do 
sistema de coleta, 
armazenamento e 
disposição dos RSU 
Palestras de 
Sensibilização ao 
funcionalismo e a 
comunidade 
 
 
 
 
 
 
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Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
Propostas de metas programadas a médio prazo – 91 à 180 dias. 
PROPOSTA DE MANEJO E MONITORAMENTO DO PGIRS EM AÇÕES PROGRAMADAS À MÉDIO PRAZO 
Responsável Período 
Responsável 
 pelo PGIRS 
 
 
Abril Maio Junho 
Avaliação dos três 
Primeiros meses 
Análise dos 
Indicadores de 
Desempenho 
Operacional e 
Ambiental 
Fiscalização dos 
contratos inerentes 
ao Sistema de 
Limpeza Urbana 
Operacionalização do 
PGIRS 
Ações corretivas no 
Gerenciamento de 
Resíduos 
Fiscalização dos 
equipamentos quanto 
ao desgaste 
Educação Ambiental 
Com metas de 
Redução de resíduos 
Gerados 
Fiscalização dos 
Procedimentos 
Adotados 
Avaliação da 
Redução de 
Resíduos gerados 
 
 Propostas de metas programadas a longo prazo – 181 à 270 dias. 
PROPOSTA DE MANEJO E MONITORAMENTO DO PGIRS EM AÇÕES PROGRAMADAS À MÉDIO PRAZO 
Responsável Período 
Responsável 
 pelo PGIRS 
 
 
Julho Agosto Setembro 
Avaliação dos seis 
Primeiros meses 
Ações Corretivas 
Avaliação do 
cronograma de 
implantação 
Fiscalização dos 
Procedimentos 
Adotados 
Avaliação e Correção 
dos Procedimentos 
Adotados 
Avaliação da 
Redução de 
Acidentes de 
Trabalho 
Debates e Palestras 
Sobre prevenção de 
Acidentes de trabalho 
Gestão por Áreas 
Fiscalização e 
Avaliação de Gestão 
por áreas 
 
 
 
 
 
 
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3.3 Remuneração dos Serviços 
 Em termos da remuneração dos serviços, o sistema de limpeza urbana 
pode ser dividido simplesmente em coleta de lixo domiciliar, limpeza dos 
logradouros e disposição final. Pela coleta de lixo domiciliar, cabe à Prefeitura 
cobrar da população uma taxa específica, denominada taxa de coleta de lixo. 
 
 
 
 A remuneração do sistema de limpeza urbana, realizada pela população 
em quase sua totalidade, não se dá de forma direta, nem os recursos advindos 
do pagamento de taxas de coleta de lixo domiciliar podem ser condicionados 
exclusivamente ao sistema, devido à legislação fiscal. Da mesma forma, a 
prefeitura não pode cobrar dos moradores a varrição e a limpeza da respectiva 
rua por ser um serviço indivisível. É preciso, portanto, que a prefeitura garanta, 
por meios políticos, as dotações orçamentárias que sustentem adequadamente 
o custeio e os investimentos no sistema. 
 
No tocante à inadimplência dos contribuintes ou usuários, são parcas as 
soluções legalmente possíveis para contornar a situação. Os cortes 
comumente adotados no fornecimento de luz ou água, pela falta de pagamento 
da tarifa, não podem ser aplicados na coleta ou remoção de lixo. A falta de 
pagamento da taxa de coleta de lixo, por exemplo, não pode ser combatida 
com a suspensão do serviço e do atendimento ao contribuinte inadimplente, 
simplesmente porque o lixo que ele dispõe para a coleta tem que ser recolhido 
de qualquer maneira por razões de saúde pública. 
 
Restam, assim, poucas alternativas. Embora de aplicação legalmente 
duvidosa, em alguns casos é adotada a inscrição do imóvel do devedor na 
dívida pública do Município. Mesmo assim esse ato tem pouco poder punitivo, 
porque apenas ameaça o devedor na ocasião da eventual alienação do imóvel. 
 
 
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O sistema de limpeza urbana, de um modo geral, consome de sete a 
15% do orçamento do municipal. 
 
Há uma tendência no país, de as outras prefeituras remunerarem os 
serviços de limpeza urbana através de uma taxa, geralmente cobrada na 
mesma guia do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU –, quase sempre 
usando a mesma base de cálculo, que é a área do imóvel. Tem-se tentado 
correlacionar a produção de lixo com consumo de água, de energia elétrica, 
testada do terreno etc. 
 
Mesmo assim, a receita proveniente dessa taxa é recolhida ao Tesouro 
Municipal. De qualquer forma, representa apenas parte dos custos reais dos 
serviços. A atualização ou correção dos valores da taxa depende da 
autorização da Câmara dos Vereadores. 
 
Além disso, a aplicação de uma taxa realista e socialmente justa, que 
esteja dentro da capacidade de pagamento da população e que efetivamente 
cubra os custos dos serviços, dentro do princípio de "quem pode mais, paga 
mais", implica uma ação política que requer habilidade e empenho por parte da 
administração pública. 
 
Torna-se necessário, então, contrariar a tendência de relegar a planos 
não prioritários os serviços de limpeza urbana que, por conta disso, recebem 
menos recursos que os necessários. Se não for possível a remuneração 
adequada do sistema, ficará prejudicada a qualidade dos serviços prestados e 
o círculo vicioso não se romperá. A limpeza urbana será mal realizada, pois 
não disporá dos recursos necessários, e a população poderá não aceitar as 
taxas por não contar com serviços de qualidade. 
 
A prefeitura pode precisar arcar, durante algum tempo, com o ônus de 
um aumento da carga tributária, se isso for necessário, até que o quadro se 
reverta com a melhoria da qualidade dos serviços prestados. 
 
Para realização de investimentos, seja a compra de equipamentos, seja 
a instalação de unidades de tratamento e disposição final, a prefeitura pode 
recorrer a fontes de financiamento externo. 
 
Há ainda a possibilidade da concessão do serviço público de limpeza 
urbana, através da terceirização, com a contratação de empresas privadas 
para execução, com seus próprios meios (equipamentos e pessoal), para 
coleta, limpeza de logradouros, tratamento e disposição final, sendo essa uma 
solução possível quando a prefeitura não tiver recursos disponíveis para 
investimentos. 
 
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3.4 Cálculo da Taxa de Coleta de Lixo 
Segundo a Lei Estadual 4.191/03, em seu Inciso V do Art. 13°, é objetivo 
da Política Estadual de Resíduos Sólidos “estimular os Municípios a atingirem a 
auto-sustentabilidade econômica dos seus Sistemas de Limpeza Pública e 
Urbana, através da criação e implantação de mecanismos de cobrança e 
arrecadação compatíveis com a capacidade de pagamento da população”. 
 
O valor unitário da Taxa de Coleta de Lixo (TCL) pode ser calculado 
simplesmente dividindo-se o custo total anual da coleta de lixo domiciliar pelo 
número de domicílios existentes na cidade. 
 
Todavia, esse valor unitário pode ser adequado às peculiaridades dos 
diferentes bairros da cidade, levando em consideração alguns fatores, tais 
como os sociais (buscando uma tarifação socialmente justa) e os operacionais: 
 
• O fator social é função do poder aquisitivo médio dos moradores das 
diferentes áreas da cidade. 
 
• O fator operacional reflete o maior ou menor esforço, em pessoal e em 
equipamentos, empregado na coleta, seja em função do uso a que se 
destina o imóvel (comercial, residencial etc.), seja por efeito de sua 
localização ou da necessidade de se realizar maiores investimentos 
(densidade demográfica, condições topográficas, tipo de pavimentação 
etc.). 
 
 
Deve-se atentar no orçamento, para as parcelas dos custos de 
transferência, transporte,tratamento e destino final, assim como administração, 
gerenciamento, sistemas de controle, despesas de capital e desenvolvimento 
tecnológico vinculados à coleta. 
 
 
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Apenas para ilustrar a ordem de grandeza dos custos das operações de 
coleta domiciliar, logo adiante pode-se observar um exemplo, mostrado na 
tabela a seguir, para uma cidade hipotética com 50 mil habitantes, com 
determinadas características urbanísticas que são típicas de cidades 
brasileiras. Apesar do Município de Quatis não apresentar uma população tão 
numerosa, pode-se basear nesse exemplo. Os custos apresentados são 
bastante realistas e incluem despesas de custeio e capital, incluindo pessoal e 
encargos sociais, uniformes, auxílio de alimentação e transporte, seguros e 
impostos. Os custos dos veículos e equipamentos englobam preço de 
aquisição, depreciação, reposição, consumo de combustíveis e lubrificantes, 
pneus, baterias, manutenção e peças de reposição. 
 
Nesses valores não estão incluídos os custos relativos a estações de 
transferência e sistemas de tratamento (reciclagem, compostagem e 
incineração). 
 
 
 
 
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Em geral, o custo da coleta, incluindo todos os segmentos operacionais 
até a disposição final, representa cerca de 50% do custo do sistema de limpeza 
urbana da cidade. Na coleta, o emprego da mão-de-obra é pouco intensivo, e a 
incidência dos custos de veículos e equipamentos é muito grande. Na limpeza 
de logradouros acontece o inverso, com aplicação de mão-de-obra intensiva, 
abrangendo os garis varredores e menos equipamentos. 
 
Portanto, nessa cidade hipotética, é razoável supor que o sistema de 
limpeza urbana custaria aos cofres municipais algo em torno de R$600 mil a 
R$700 mil anuais, devendo esse volume estar dentro de uma faixa de 9% a 
12% do orçamento total do Município. Admitindo quatro habitantes por 
domicílio, esta cidade contaria com 12,5 mil domicílios, os quais teriam, a seu 
encargo, uma quantia em torno de R$50,00 por ano para sustentar a limpeza 
urbana. Esse valor não significa muito, mas depende fundamentalmente da 
firme ação da prefeitura em defender e preservar esse orçamento, apoiada 
pela importante receita política que certamente um sistema de limpeza urbana 
bem gerido proporcionará. 
 
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No município atualmente, a taxa de coleta dos resíduos gerados pelos 
domicílios e empreendimentos comerciais, é cobrada juntamente com o IPTU. 
Essa taxa foi instituída pela Lei Municipal N° 074 de 16 de dezembro de 1994, 
que institui o código tributário do município, que em seu artigo 241 explicita a 
maneira como é calculada, sendo relativa ao metro linear de testada do 
terreno, o que em média varia em torno de R$ 10,00, por imóvel anualmente. 
Multiplicando esse valor pelo número de domicílios e empreendimentos 
comerciais, não chegaríamos nem perto do valor gasto anualmente com os 
serviços prestados para a coleta dos resíduos. 
 
Assim, esse é um ponto a ser revisto e discutido, legalmente, tanto com 
a administração pública, quanto com a população, que cobra um serviço efetivo 
e de qualidade. 
 
3.5 Projeção das Quantidades de Resíduos Sólidos Urbanos 
 A seguir poderá ser observada a estimativa de crescimento populacional 
ao longo dos próximos 10 anos. Com base nessa projeção poderemos chegar 
a uma média da quantidade de resíduos per capita ao longo do tempo. 
Para se avaliar corretamente a projeção da geração de lixo per capita é 
necessário conhecer o tamanho da população. Com base nos dados do Censo 
do IBGE de 2010, onde a população do Município de Quatis era de 12.793 
habitantes, e levando em consideração que município apresenta uma taxa de 
crescimento populacional de 1,22% ao ano (IBGE), iremos obter o horizonte 
populacional. 
Logo abaixo pode-se observar o cálculo que exemplifica a projeção para 
o ano seguinte. 
P(ano “n”) = P(ano anterior ao ano “n”) x (Tc / 100) + P(ano anterior ao ano “n”) 
Onde, 
P(ano “n”)= População do ano futuro em que se projeta a taxa de crescimento; 
P(ano anterior ao ano “n”)= População do ano anterior ao ano “n”; P2010 = 12.793 
Tc = Taxa de crescimento. Tc = 1,22 ao ano. (IBGE) 
Assim, 
P2011 = 12.793hab x (1,22 / 100) + 12.793hab 
P2011 = 12.949 habitantes. 
 
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Com base nesse cálculo, segue abaixo a tabela que apresenta um 
horizonte populacional de 10 anos (2012 a 2022). 
 
ANO 
TAXA DE 
CRESECIMENTO 
POPULAÇÃO 
2010 1,22 12.793 
2011 1,22 12.949 
2012 1,22 13.106 
2013 1,22 13.265 
2014 1,22 13.426 
2015 1,22 13.589 
2016 1,22 13.754 
2017 1,22 13.921 
2018 1,22 14.090 
2019 1,22 14.261 
2020 1,22 14.434 
2021 1,22 14.610 
2022 1,22 14.788 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dessa forma, calcula-se a projeção da quantidade de resíduos sólidos 
produzida ano a ano, conforme a tabela que segue. 
 
ANO 
PROJEÇÃO 
POPULACIONAL 
(HAB.) 
PER CAPITA 
(KG/HAB./DIA) 
QUANTIDADE 
DE LIXO (TON) 
2012 13.106 0,5 6,553 
2013 13.265 0,5 6,632 
2014 13.426 0,5 6,713 
2015 13.589 0,5 6,794 
2016 13.754 0,5 6,877 
2017 13.921 0,5 6,960 
2018 14.090 0,5 7,045 
2019 14.261 0,5 7,130 
2020 14.434 0,5 7,217 
2021 14.610 0,5 7,305 
2022 14.788 0,5 7,394 
 
 
3.6 Elaboração de Indicadores Operacionais, de Qualidade e 
Produtividade – Avaliação e Monitoramento. 
 
No Orçamento Anual do Município deverão ser incluídos os recursos 
referentes às Secretarias gestoras do sistema de limpeza urbana, estipulando-
se assim metas para serem atingidas, conforme os recursos estabelecidos, e 
que essas sirvam como indicadores de produtividade e desempenho das 
referidas Secretarias. 
 
Buscando avaliar as atividades de limpeza urbana do Município de 
Quatis, serão estabelecidos alguns parâmetros de monitoramento que servirão 
para a tomada de decisão sobre as atividades a serem desenvolvidas, com os 
seguintes itens a serem constantemente avaliados: 
 
 Volume diário coletado; 
 
 Custo operacional dos serviços de limpeza urbana (combustível, 
manutenção, mão de obra, contratos terceirizados, etc.); 
 
 
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 Eficiência nos serviços de coleta e de limpeza, mensurados em relação 
queda do número de denúncias; 
 
 Grau de satisfação da população, que deverá ser verificado por 
pesquisas de opinião executadas periodicamente, com distribuição 
proporcional à atividade demandada, com alcance em toda a cidade e 
em todas as classes sociais; 
 
 Custos de realização dos serviços em relação ao valor arrecadado para 
os mesmos (taxas de limpeza urbana e coleta de resíduo). 
 
3.7 Estrutura de Controle e Fiscalização 
 
3.7.1 Implantação do Sistema de Fiscalização 
 
A Implantação do Sistema de Fiscalização tem como objetivo 
estabelecer a disciplina das atividades de limpeza urbana do Município de 
Quatis, devendo atuar diretamente nas ações prejudiciais à limpeza pública, 
reprimindo qualquer ação ou atitude em desconformidade com a Política de 
Meio Ambiente. 
 
O Sistema de Fiscalização deverá estar vinculado à Secretaria Municipal 
de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos e à Secretaria de Meio Ambiente, 
que deverá orientar o trabalho de fiscalização da limpeza urbana, intervindo 
quando necessário no processo operacional das próprias Secretarias, 
buscando a eficiência e eficácia dos serviços. 
 
Além disso, deve-se buscar parcerias com o INEA, SEA e outros 
organismos de atuação na área ambiental, com o objetivo de atuação nas 
ações de fiscalização.Parcelas dos recursos arrecadados, com aplicação de multas, 
preferencialmente serão aplicadas em programas educativos e de educação 
ambiental. 
 
Esta primeira etapa deverá ter enfoque na parte informativa, para 
posteriormente se por em prática a fiscalização repressiva para os atos 
abusivos. 
 
 
 
 
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Dentre as atividades do Sistema de Fiscalização, podemos citar: 
 
 A notificação será feita com o estabelecimento de um período para que 
seja corrigida a irregularidade cometida; 
 
 O auto de infração poderá ser aplicado imediatamente, uma vez 
constatado uma infração de natureza grave ou gravíssima, infração de 
caráter irreparável ou quando tratar-se de infrator reincidente em 
infrações leves; 
 
 As multas serão aplicadas conforme os graus de infração: leves, médios, 
graves e gravíssimos; 
 
 A emissão do auto de infração é de competência da fiscalização, ou 
àquelas delegadas por convênios ou outras formas de atuação, e devem 
conter: nome e endereço do infrator, local, data, horário, descrição da 
infração e prazo para o recolhimento da multa, devendo o autuado dar 
ciência apondo a assinatura; 
 
 O infrator será notificado para ciência da infração pessoalmente. Caso 
se recuse a se manifestar, será feito pelo correio ou via postal, ou ainda 
por edital, se estiver em lugar incerto e não sabido. 
 
 O infrator, dentro do prazo estabelecido, poderá oferecer defesa ou 
impugnação do auto; 
 
 Os policiais militares, INEA, SEA, fiscais de posturas do município, e 
outros elementos conveniados para a atividade de fiscalização serão 
equiparados a agentes públicos a serviço da vigilância ambiental, 
podendo desta forma exercer o papel de fiscais aplicando inclusive as 
multas cabíveis; 
 
 Para facilitar o trabalho de fiscalização por parte da população, todos os 
veículos envolvidos na limpeza urbana deverão estar identificados; 
 
 A coordenação das ações de fiscalização ficará a cargo da Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente. 
 
 
 
 
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3.7.2 Capacitação da Equipe de Fiscalização 
 
A capacitação da equipe de fiscalização é um item de extrema 
importância e fundamental para o exercício das atividades de fiscalização. Os 
agentes deverão estar aptos para o exercício, recebendo o devido treinamento 
e capacitação, visando a disciplinar e dinamizar as ações de limpeza urbana do 
Município. Os principais pontos a serem tratados na capacitação da equipe de 
fiscalização: 
 
 Conhecimento da legislação ambiental vigente; 
 
 Conhecimento dos atos lesivos à limpeza urbana; 
 
 Tipos de resíduos gerados no município e sua classificação; 
 
 Formas de acondicionamento dos resíduos, para destinação em aterro 
ou usina de compostagem, e para a reciclagem; 
 
 Coleta regular, transporte e destinação final do lixo doméstico e 
comercial; 
 
 Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de 
origem industrial; 
 
 Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de 
serviços de saúde; 
 
 Coleta, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos de 
construção civil; 
 
 Conhecimento da legislação existente e das competências nas esferas 
estadual e federal; 
 
 Conhecimento dos atos e competências do poder municipal; 
 
 Conhecimento dos atos e responsabilidades da fiscalização; 
 
 Materiais e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza; 
 
 Educação ambiental. 
 
 
 
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3.8 Identificação das Possibilidades de Implantação de 
Consórcios Públicos 
 
A Lei 11.107/2005, Lei Federal dos Consórcios Públicos regulamenta o 
Art. 241 da Constituição Federal e estabelece as normas gerais de contratação 
de consórcios públicos. Os consórcios públicos dão forma à prestação 
regionalizada de serviços públicos instituída pela Lei Federal de Saneamento 
Básico (Lei 11.445/2007) e que é incentivada e priorizada pela Lei da Política 
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). 
 
Os Consórcios Públicos recebem, no âmbito da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos, prioridade absoluta no acesso aos recursos da União ou por 
ela controlados. Esta prioridade também é concedida aos Estados que 
instituírem microrregiões para a gestão e ao Distrito Federal e municípios que 
optem por soluções consorciadas intermunicipais para gestão associada. 
 
O Contrato de Consórcio, que nasce como um Protocolo de Intenções 
entre entes federados, autoriza a gestão associada de serviços públicos, 
explicitando as competências cujo exercício será transferido ao consórcio 
público. Explicita também quais serão os serviços públicos objeto da gestão 
associada, e o território em que serão prestados. Cede, ao mesmo tempo, 
autorização para licitar ou outorgar concessão, permissão ou autorização da 
prestação dos serviços. Define as condições para o Contrato de Programa, e 
delimita os critérios técnicos para cálculo do valor das taxas, tarifas e de outros 
preços públicos, bem como para seu reajuste ou revisão. 
 
Na região existe, inclusive com incentivo da Secretaria Estadual do 
Ambiente – SEA, um consócio público entre os municípios de Itatiaia, Porto 
Real, Quatis e Resende, desde 2007. Infelizmente não há avanço no tocante a 
disposição final de resíduos sólidos urbanos. Atualmente o Estado vem 
sugerindo que através deste consórcio os resíduos sejam destinados a uma 
Central de Transferência em Resende, e posteriormente sejam destinados ao 
CTR de Barra Mansa. No momento as tratativas se encontram paralisadas. 
 
O Município de Quatis no momento destina seus resíduos corretamente, 
à Usina de Compostagem e Central de Triagem. Futuramente o planejamento 
prevê que seja realizada a compostagem dos resíduos orgânicos e a triagem 
dos resíduos recicláveis, através de cooperativa de catadores, no próprio 
município. 
 
 
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Assim, necessita-se que as tratativas avancem, e ainda, que haja certa 
viabilidade, para que seja feita a destinação final dos resíduos sólidos urbanos 
através do consócio público. 
 
4. Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos 
 
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos é, em síntese, o 
envolvimento de diferentes órgãos da administração pública e da sociedade 
civil com o propósito de realizar a limpeza urbana, a coleta, o tratamento e a 
disposição final do lixo, elevando assim a qualidade de vida da população e 
promovendo o asseio da cidade, levando em consideração as características 
das fontes de produção, o volume e os tipos de resíduos – para a eles ser dado 
tratamento diferenciado e disposição final técnica e ambientalmente corretas –, 
as características sociais, culturais e econômicas dos cidadãos e as 
peculiaridades demográficas, climáticas e urbanísticas locais. 
 
Para tanto, as ações normativas, operacionais, financeiras e de 
planejamento que envolvem a questão devem se processar de modo 
articulado, segundo a visão de que todas as ações e operações envolvidas 
encontram-se interligadas, comprometidas entre si. 
 
O gerenciamento integrado focaliza com mais nitidez os objetivos 
importantes da questão, que é a elevação da urbanidade em um contexto mais 
nobre para a vivência da população, onde haja manifestações de afeto à 
cidade e participação efetiva da comunidade no sistema, sensibilizada a não 
sujar as ruas, a reduzir o descarte, a reaproveitar os materiais e reciclá-los 
antes de encaminhá-los ao lixo. 
 
Por conta desse conceito, no gerenciamento integrado são preconizados 
programas da limpeza urbana, enfocando meios para que sejam obtidos a 
máxima redução da produção delixo, o máximo reaproveitamento e reciclagem 
de materiais e, ainda, a disposição dos resíduos de forma mais sanitária e 
ambientalmente adequada, abrangendo toda a população e a universalidade 
dos serviços. Essas atitudes contribuem significativamente para a redução dos 
custos do sistema, além de proteger e melhorar o ambiente. 
 
A gestão integrada do sistema de limpeza urbana no Município 
pressupõe, por conceito – e fundamentalmente –, o envolvimento da população 
e o exercício político sistemático junto às instituições vinculadas a todas as 
esferas dos governos municipais, estaduais e federal que possam nele atuar. 
 
 
 
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Finalmente, o gerenciamento integrado revela-se com a atuação de 
subsistemas específicos que demandam instalações, equipamentos, pessoal e 
tecnologia, não somente disponíveis na prefeitura, mas oferecidos pelos 
demais agentes envolvidos na gestão, entre os quais se enquadram: 
 
• a própria população, empenhada na separação e acondicionamento 
diferenciado dos materiais recicláveis em casa; 
 
• os grandes geradores, responsáveis pelos próprios rejeitos; 
 
• os estabelecimentos que tratam da saúde, tornando-os inertes ou 
oferecidos à coleta diferenciada, quando isso for imprescindível; 
 
• a prefeitura, através de seus agentes, instituições e empresas 
contratadas, que por meio de acordos, convênios e parcerias exerce, é 
claro, papel protagonista no gerenciamento integrado de todo o sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.1 Resíduos Sólidos: Origem, Definição e Características 
 
 
4.1.1 Definição de lixo e resíduos sólidos 
 
De acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de 
Holanda, "lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, 
velhas e sem valor". 
 
Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – define o lixo 
como os "restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como 
inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, 
semi-sólido (aqueles com teor de umidade inferior a 85%) ou líquido (válido 
somente para resíduos industriais perigosos), desde que não seja passível de 
tratamento convencional." 
 
Normalmente os autores de publicações sobre resíduos sólidos se 
utilizam indistintamente dos termos "lixo" e "resíduos sólidos". Neste Manual, 
resíduo sólido ou simplesmente "lixo" é todo material sólido ou semi-sólido 
indesejável e que necessita ser removido por ter sido considerado inútil por 
quem o descarta, em qualquer recipiente destinado a este ato. 
 
 Há de se destacar, no entanto, a relatividade da característica inservível 
do lixo, pois aquilo que já não apresenta nenhuma serventia para quem o 
descarta, para outro pode se tornar matéria-prima para um novo produto ou 
processo. Nesse sentido, a idéia do reaproveitamento do lixo é um convite à 
reflexão do próprio conceito clássico de resíduos sólidos. É como se o lixo 
pudesse ser conceituado como tal somente quando da inexistência de mais 
alguém para reivindicar uma nova utilização dos elementos então descartados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.1.2 Classificação dos Resíduos 
 
São várias as maneiras de se classificar os resíduos sólidos. As mais 
comuns são quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente e 
quanto à natureza ou origem. 
 
4.1.2.1 Quanto aos riscos potenciais de contaminação 
 
 De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos podem ser 
classificados em: 
 
 Classe I – Perigosos 
 
São aqueles que, em função de suas características intrínsecas de 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, 
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam riscos à 
saúde pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ainda 
provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou 
dispostos de forma inadequada. (ex.: baterias, pilhas, óleo usado, resíduo de 
tintas e pigmentos, resíduo de serviços de saúde, resíduo inflamável, etc.) 
 
 Classe II – Não Perigosos 
 
Os Resíduos Classe II, os não perigosos, são sucatas de metais 
ferrosos, sucatas de metais não ferrosos, resíduos de papel e papelão, 
resíduos de plásticos polimerizados, resíduos de borracha, e outros resíduos 
não perigosos. 
 
Os Resíduos Classe II A, os não-inertes, são os resíduos que podem 
apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou 
solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio 
ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – 
Perigosos – ou Classe II B – Inertes. (ex.: lodos de estações de tratamento de 
água e esgoto, papel, restos de alimentos.) 
 
Os Resíduos Classe II B, os Inertes, são aqueles que, por suas 
características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e 
que, quando amostrados de forma representativa, segundo a norma NBR 
10.007, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou 
deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo 
a norma NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados 
a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, conforme 
listagem nº 8 (Anexo H da NBR 10.004), excetuando-se os padrões de 
aspecto, cor, turbidez e sabor.(ex.: tijolos, rochas, vidros, certos plásticos e 
borrachas.) 
 
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4.1.2.2 Quanto à natureza ou origem 
A origem é o principal elemento para a caracterização dos resíduos 
sólidos. Segundo este critério, os diferentes tipos de lixo podem ser agrupados 
em cinco classes, a saber: 
 
• Lixo doméstico ou residencial; 
• Lixo comercial; 
• Lixo público; 
• Lixo domiciliar especial: 
• Entulho de obras; 
• Pilhas e baterias; 
• Lâmpadas fluorescentes; 
• Pneus; 
• Lixo de fontes especiais: 
• Lixo industrial; 
• Lixo radioativo; 
• Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários; 
• Lixo agrícola; 
• Resíduos de serviços de saúde. 
 
Lixo Doméstico ou residencial pode ser definido como o resíduo 
gerado nas atividades diárias em casas, apartamentos, condomínios e demais 
edificações residenciais. 
 
Nas atividades de limpeza urbana, os tipos "doméstico" e "comercial" 
constituem o chamado "lixo domiciliar", que, junto com o lixo público, 
representam a maior parcela dos resíduos sólidos produzidos nas cidades. 
 
Lixo Comercial são os resíduos gerados em estabelecimentos 
comerciais, cujas características dependem da atividade ali desenvolvida. 
 
O grupo de lixo comercial, assim como os entulhos de obras, pode ser 
dividido em subgrupos chamados de "pequenos geradores" e "grandes 
geradores". 
 
 
 
 
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Pode-se adotar como parâmetro para subgrupos do lixo comercial, o 
seguinte critério: 
 
- Pequeno Gerador de Resíduos Comerciais é o estabelecimento que gera até 
120 litros de lixo por dia. 
 
- Grande Gerador de Resíduos Comerciais é o estabelecimento que gera um 
volume de resíduos superior a esse limite. 
 
Analogamente, pequeno gerador de entulho de obras é a pessoa física 
ou jurídica que gera até 1.000kg ou 50 sacos de 30 litros por dia, enquanto 
grande gerador de entulho é aquele que gera um volume diário de resíduos 
acima disso. 
 
Lixo Público são os resíduos presentes nos logradouros públicos, em 
geral resultantes da natureza, tais como folhas, galhadas, poeira, terra e areia, 
e também aqueles descartados irregular e indevidamente pela população, 
como entulho, bens consideradosinservíveis, papéis, restos de embalagens e 
alimentos. 
 
O lixo público está diretamente associado ao aspecto estético da cidade. 
Portanto, merece especial atenção o planejamento das atividades de limpeza 
de logradouros. 
 
Lixo Domiciliar Especial - Grupo que compreende os entulhos de 
obras, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e pneus. Faz-se interessante 
observar que os entulhos de obra, também conhecidos como resíduos da 
construção civil, só estão enquadrados nesta categoria por causa da grande 
quantidade de sua geração e pela importância que sua recuperação e 
reciclagem vem assumindo no cenário nacional. 
 
Entulho de Obras - A indústria da construção civil é a que mais explora 
recursos naturais. Além disso, a construção civil também é a indústria que mais 
gera resíduos. No Brasil, a tecnologia construtiva normalmente aplicada 
favorece o desperdício na execução das novas edificações. Enquanto em 
países desenvolvidos a média de resíduos proveniente de novas edificações 
encontra-se abaixo de 100kg/m2, no Brasil este índice gira em torno de 
300kg/m2 edificado. 
 
Em termos de composição, os resíduos da construção civil são uma 
mistura de materiais inertes, tais como concreto, argamassa, madeira, 
plásticos, papelão, vidros, metais, cerâmica e terra. 
 
 
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As pilhas e baterias têm como princípio básico converter energia 
química em energia elétrica utilizando um metal como combustível. 
Apresentando-se sob várias formas (cilíndricas, retangulares, botões), podem 
conter um ou mais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio 
(Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li), zinco (Zn), manganês (Mn) e seus 
compostos. 
 
As substâncias das pilhas que contêm esses metais possuem 
características de corrosividade, reatividade e toxicidade e são classificadas 
como "Resíduos Perigosos – Classe I". 
 
As substâncias contendo cádmio, chumbo, mercúrio, prata e níquel 
causam impactos negativos sobre o meio ambiente e, em especial, sobre o 
homem. Outras substâncias presentes nas pilhas e baterias, como o zinco, o 
manganês e o lítio, embora não estejam limitadas pela NBR 10.004, também 
causam problemas ao meio ambiente, conforme se verifica na tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lâmpadas Fluorescentes - O pó que se torna luminoso encontrado no 
interior das lâmpadas fluorescentes contém mercúrio. Isso não está restrito 
apenas às lâmpadas fluorescentes comuns de forma tubular, mas encontra-se 
também nas lâmpadas fluorescentes compactas. 
 
 
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As lâmpadas fluorescentes liberam mercúrio quando são quebradas, 
queimadas ou enterradas em aterros sanitários, o que as transforma em 
resíduos perigosos Classe I, uma vez que o mercúrio é tóxico para o sistema 
nervoso humano e, quando inalado ou ingerido, pode causar uma enorme 
variedade de problemas fisiológicos. 
 
Uma vez lançado ao meio ambiente, o mercúrio sofre uma 
"bioacumulação", isto é, ele tem suas concentrações aumentadas nos tecidos 
dos peixes, tornando-os menos saudáveis, ou mesmo perigosos se forem 
comidos frequentemente. As mulheres grávidas que se alimentam de peixe 
contaminado transferem o mercúrio para os fetos, que são particularmente 
sensíveis aos seus efeitos tóxicos. A acumulação do mercúrio nos tecidos 
também pode contaminar outras espécies selvagens, como marrecos, aves 
aquáticas e outros animais. 
 
Pneus - São muitos os problemas ambientais gerados pela destinação 
inadequada dos pneus. Se deixados em ambiente aberto, sujeito a chuvas, os 
pneus acumulam água, servindo como local para a proliferação de mosquitos. 
Se encaminhados para aterros de lixo convencionais, provocam "ocos" na 
massa de resíduos, causando a instabilidade do aterro. Se destinados em 
unidades de incineração, a queima da borracha gera enormes quantidades de 
material particulado e gases tóxicos, necessitando de um sistema de 
tratamento dos gases extremamente eficiente e caro. 
 
Por todas estas razões, o descarte de pneus é hoje um problema 
ambiental grave ainda sem uma destinação realmente eficaz. 
 
Lixo de Fontes Especiais - São resíduos que, em função de suas 
características peculiares, passam a merecer cuidados especiais em seu 
manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte ou disposição final. 
Dentro da classe de resíduos de fontes especiais, merecem destaque: 
 
Lixo Industrial - São os resíduos gerados pelas atividades industriais. 
São resíduos muito variados que apresentam características diversificadas, 
pois estas dependem do tipo de produto manufaturado. Devem, portanto, ser 
estudados caso a caso. Adota-se a NBR 10.004 da ABNT para se classificar os 
resíduos industriais: Classe I (Perigosos), Classe II (Não inertes) e Classe III 
(Inertes). 
 
Lixo Radioativo - Assim considerados os resíduos que emitem 
radiações acima dos limites permitidos pelas normas ambientais. No Brasil, o 
manuseio, acondicionamento e disposição final do lixo radioativo está a cargo 
da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. 
 
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Lixo de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoferroviários- São os 
resíduos gerados tanto nos terminais, como dentro dos navios, aviões e 
veículos de transporte. Os resíduos dos portos e aeroportos são decorrentes 
do consumo de passageiros em veículos e aeronaves e sua periculosidade 
está no risco de transmissão de doenças já erradicadas no país. A transmissão 
também pode se dar através de cargas eventualmente contaminadas, tais 
como animais, carnes e plantas. 
 
Lixo Agrícola - Formado basicamente pelos restos de embalagens 
impregnados com pesticidas e fertilizantes químicos, utilizados na agricultura, 
que são perigosos. Portanto o manuseio destes resíduos segue as mesmas 
rotinas e se utiliza dos mesmos recipientes e processos empregados para os 
resíduos industriais Classe I. A falta de fiscalização e de penalidades mais 
rigorosas para o manuseio inadequado destes resíduos faz com que sejam 
misturados aos resíduos comuns e dispostos nos vazadouros dos municípios, 
ou – o que é pior – sejam queimados nas fazendas e sítios mais afastados, 
gerando gases tóxicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resíduos de Serviço de Saúde - Compreendendo todos os resíduos 
gerados nas instituições destinadas à preservação da saúde da população. 
Segundo a NBR 12.808 da ABNT, os resíduos de serviços de saúde seguem a 
classificação apresentada na tabela a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prefeitura Municipal de Quatis 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente 
4.1.3 Características dos Resíduos Sólidos 
 
 As características do lixo podem variar em função de aspectos sociais, 
econômicos, culturais, geográficos e climáticos, ou seja, os mesmos fatores 
que também diferenciam as comunidades entre si e as próprias cidades. 
 
A tabela que se encontra abaixo expressa a variação das composições 
do lixo em alguns países, deduzindo-se que a participação da matéria orgânica 
tende a se reduzir nos países mais desenvolvidos ou industrializados, 
provavelmente em razão da grande incidência de alimentos semi preparados 
disponíveis no mercado consumidor. 
 
 
 
A análise do lixo pode ser realizada segundo suas características físicas, 
químicas e biológicas. 
 
4.1.3.1 Características Físicas 
 
De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos podem ser 
classificados em: 
 
• Geração per capita; 
• Composição gravimétrica; 
• Peso

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