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CRESCIMENTO E MATURAÇÃO SEXUAL (adolescência) Profa. Thaís Fernandes Luciano OMS 1977 - a OMS começa a estudar a adolescência; ADOLESCÊNCIA Adolescência é caracterizada por mudanças abruptas e radicais relacionadas ao desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e social (caracteres sexuais secundários aparecem, o estirão puberal ocorre, fusão das epífises ósseas com a parada do crescimento e profundas mudanças psicológicas acontecem). A maioria das ações hormonais convergem para a osteogênese (desenvolvimento ósseo). A puberdade começa com o aparecimento dos caracteres sexuais secundários e termina quando cessa o crescimento somático. Ao longo desse período, coexistem o elevado ritmo de crescimento e importantes fenômenos maturativos que afetam o tamanho, a forma e a composição do organismo. Há uma maior demanda de nutrientes, o que interfere na ingestão alimentar e aumenta as necessidades de nutrientes específicos. • Cinco eventos têm influência direta sobre o equilíbrio nutritivo: 1) Início da transformação pubertária. 2) O crescimento longitudinal acelera. 3) Aumento da massa corporal. 4) Modificação da composição corporal. 5) Variações individuais quanto à atividade física. Não havendo fecundação os níveis de progesterona e estrogênio caem, provocando a diminuição da produção de LH e FSH, de modo que o corpo lúteo regrida – fase luteínica - reduzindo por sua vez a produção de progesterona e estrogênio e fazendo com que o endométrio descame, ocorrendo a menstruação e dando início a um novo ciclo. Hormônio do crescimento A secreção de GH é regulada 1ª/te pelo GHRH e GHRIH GHRH e GHRIH, por sua vez, são influenciados por diversos fatores, permitindo, assim, a regulação fina da secreção de GH. A secreção de GH é regulada por dois hormônios secretados por céls. neurosecretoras: GHRH que estimula sua síntese e liberação e o Hormônio inibidor da liberação de GH (GHRIH) que diminui sua síntese e secreção. A secreção de GH é regulada 1ª/te pelo GHRH e GHRIH Quando o GHRH predomina, ocorre a secreção de GH GH GHRH e GHRIH, por sua vez, são influenciados por diversos fatores, permitindo, assim, a regulação fina da secreção de GH. A secreção de GH é regulada por dois hormônios secretados por céls. neurosecretoras: GHRH que estimula sua síntese e liberação e o Hormônio inibidor da liberação de GH (GHRIH) que diminui sua síntese e secreção. As ações fisiológicas do GH/IGF-I Fig. 43-22 Biological actions of GH. The effects on linear growth, organ size, and lean body mass are at least partly mediated by insulin-like growth factors (IGFs) (somatomedins) produced in the liver and in the GH target tissues as well. IGFBP, Insulin-like growth factor-binding protein. Berne et al, 2004 Berne et al, 2004 Perfil de secreção de GH ao longo da vida Lifetime pattern of GH secretion. GH levels are higher in children than in adults, with a peak period during puberty. GH secretion declines with aging. Os níveis de GH são maiores em crianças do que em adultos, com um período de pico durante a puberdade. O crescimento está relacionado com: - aumento da massa corporal; - desenvolvimento físico; - maturação dos órgãos e sistemas. ADOLESCENTE Das alterações do crescimento, a baixa estatura é que traz maior preocupação aos pais. A altura da criança é compatível com a de seus pais? CRESCIMENTO Medir a altura materna e paterna; Calcular a altura média dos pais (AMP). Colocar no gráfico de A/I na idade de 18 anos, a AMP encontrada; Prolongar até os 18 anos a linha de crescimento em altura da criança, respeitando o percentil; Após o nascimento, altura e peso devem ser aferidos até os 18 anos, colocando os resultados nas curvas de crescimento para avaliar se o padrão de crescimento da criança está compatível com outras de mesmo sexo e idade, e verificar se o crescimento está de acordo com o padrão de estatura da família. Se a altura apresentada pela criança aos 18 anos, situar-se a mais ou menos 8cm da AMP, a altura da criança é considerada compatível com a altura dos pais (herança genética). (DUARTE, 2007) CRESCIMENTO (SETIAN, 2003) 10c m10cm Cálculo da altura média dos pais (AMP) para meninos e meninas Esse é um critério para se avaliar se o percentil de crescimento no qual a criança está crescendo, é ou não o esperado para aquela criança, com base na altura de seus pais. (SETIAN, 2003) 10c m10cm Cálculo da altura média dos pais (AMP) para meninos e meninas Exemplo: Menina com 10 anos e 1,40m Mãe = 1,70m e Pai = 1,81m AMP = (181 + 170 – 13) 2 AMP = 169cm AMP = 169 +/- 10 = de 159 a 179cm de altura 1,40 1,65 Exemplo - resultado: A altura da criança encontra-se entre P50 e P97; A altura prevista para a criança aos 18 anos encontra-se em 1,65m; A AMP é 1,69m e encontra-se entre P50 e P85 aos 18 anos; A altura prevista para a criança (1,65m) aos 18 anos situa- se a 4,0cm de diferença da AMP (1,69m) indicando a presença da herança genética. A média de velocidade de crescimento de acordo com a idade da criança é: - Nascimento – até 1 ano de idade = 25 centímetros por ano. - 1 ano- até os 3 anos de idade = 12,5 centímetros por ano. - 3 anos até a puberdade = 5 a 7 centímetros por ano. - O estirão de crescimento ou estirão puberal é composto, pelo período de aceleração da velocidade de crescimento (VC), até atingir um valor de pico (PVC), e subsequente desaceleração até o término do crescimento. O PVC no sexo masculino pode chegar a valores de 10-12 cm/ano e, no sexo feminino, de 8-10 cm/ano. Velocidade de crescimento em centímetros por ano para meninas por faixa etária e por percentil Idade (em anos) Percentil 03 Percentil 50 Percentil 97 10 2,7 5,0 7,9 11 2,4 5,7 8,9 12 2,9 6,3 9,5 13 1,9 5,5 9,1 14 0,4 3,5 7,7 15 0,0 1,7 5,7 16 0,0 0,8 3,5 17 0,0 0,5 2,0 18 0,0 0,1 1,0 Velocidade de crescimento em centímetros por ano para meninos por faixa etária e por percentil Idade (em anos) Percentil 03 Percentil 50 Percentil 97 10 3,4 4,9 6,6 11 2,2 4,8 7,1 12 2,3 4,9 8,8 13 2,7 5,8 11,4 14 2,6 7,0 11,9 15 1,6 6,2 11,0 16 0,4 3,6 8,5 17 0,0 1,4 5,2 18 0,0 0,6 3,1 O processo de crescimento e desenvolvimento na adolescência tem três etapas distintas: Fase de início do estirão do crescimento que, geralmente, começa entre 10 e 13 anos nas meninas e entre 12 e 15 anos nos meninos; Fase de desaceleração do crescimento; Fase de parada do crescimento em que há parada do crescimento resultante do fechamento das epífises ósseas. Nessa fase ainda pode ocorrer um aumento de 5 a 8cm na estatura. ADOLESCENTE AUMENTO DA SECREÇÃO DOS ESTERÓIDES GONADAIS Adrenarca – Estado pré-puberdade no qual se dá o aumento de produção de hormônios sexuais, fundamentalmente andrógenos e estrógenos, pelas glândulas suprarrenais, fazendo parte do processo normal do desenvolvimento humano. Esta secreção hormonal aumenta de forma progressiva com a passagem do tempo. Gonadarca – Aumento do estrogênio no sexo feminino e da testosterona no sexo masculino – hormônios responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários, ovulação, espermatogênese e o processo de fertilização. ADOLESCENTE Esses critérios são enumerados de 1 a 5, considerando-se: - As mamas, meninas (M); - Os pelos pubianos, meninos e meninas (P); - E a genitália masculina, meninos (G). - estágio 1: pré-puberal - estágios de 2, 3 e 4: puberais - estágio 5: pós-puberal (11 anos) (10 a 11 anos) Pico de velocidade de crescimento (12 a 13 anos) (12 a 13 anos) 13 anos 14 a 15 anos (menores de 10 anos) (12 a 13 anos) (11 a 12 anos) Pico de velocidade de crescimento (14 a 15 anos) 15/16 anos Estágios puberais de Tanner – sexo feminino IDADE (anos) CARACTERÍSTICAS PUBERAIS 8 anos Infantil 10 a 11 anos Mamas (M2) Aceleração do crescimento Maturação do epitélio vaginal 11anos Pêlos pubianos (P2) 11 a 12 anos Acentuado crescimento dos órgãos sexuais internos e externos IDADE (em anos) e CARACTERÍSTICAS PUBERAIS IDADE (anos) CARACTERÍSTICAS PUBERAIS 12 a 13 anos Mamas (M3) e pêlos pubianos (P3) Pico da velocidade de crescimento (PVC) 13 anos Menarca – ciclos irregulares Mamas (M4) Cerca de 60% das adolescentes apresentam a menarca quando estão no estágio M4 e pêlos pubianos (P4) IDADE (em anos) e CARACTERÍSTICAS PUBERAIS A menarca é o marcador mais facilmente obtido. No entanto, a ocorrência da menarca é um marcador tardio do desenvolvimento puberal, uma vez que se associa com a já ocorrência do PVC máximo. IDADE (anos) CARACTERÍSTICAS PUBERAIS 14 a 15 anos Ciclos menstruais regulares – possibilidade de gestação Mamas (M5) e pêlos pubianos (P5) 15 a 16 anos Fusão das epífases ósseas – estatura final IDADE (em anos) e CARACTERÍSTICAS PUBERAIS A menarca sempre ocorre após o PVC, na fase de desaceleração do crescimento. Nessa ocasião, 95% de sua estatura final já foi alcançada, portanto é possível prever com boa precisão a estatura final da adolescente. O tempo médio de crescimento após a menarca é de quatro anos (3 a 4,8 anos). Para o sexo feminino, considera-se que a estatura definitiva é atingida ao redor dos 16 anos. Estágios puberais de Tanner – sexo masculino ADOLESCENTE • O primeiro sinal é o crescimento dos testículos seguido de crescimento peniano e de pêlos (pubarca). • Inicia-se entre os 9 e 14 anos. • Os testículos são estimulados e passam a produzir testosterona que age localmente e sistemicamente induzindo crescimento peniano, crescimento de pêlos e estimulando produção de GH. • O estirão em meninos é em média 2 anos mais tarde do que das meninas. • Mais intenso, com maior velocidade de crescimento. • Resulta em média 13 cm a mais do que as meninas. MENINOS IDADE (anos) CARACTERÍSTICAS PUBERAIS 10 anos Infantil 11 a 12 anos Início do crescimento testicular 12 a 13 anos Pêlos pubianos (P2) Início do crescimento peniano Aceleração do crescimento 13 a 14 anos Aceleração do crescimento testicular IDADE (em anos) e CARACTERÍSTICAS PUBERAIS IDADE (anos) CARACTERÍSTICAS PUBERAIS 14 a 15 anos Pêlos pubianos (P4) Pico da velocidade de crescimento 15 a 16 anos Mudança no timbre de voz Pêlos pubianos (P5) Testículos e pênis adultos Espermatogênese IDADE (em anos) e CARACTERÍSTICAS PUBERAIS IDADE (anos) CARACTERÍSTICAS PUBERAIS 16 a 18 anos Fusão das epífases ósseas – estatura final IDADE (em anos) e CARACTERÍSTICAS PUBERAIS A puberdade termina e com ela o crescimento físico e o amadurecimento gonadal, em torno dos 18 anos, coincidindo com a soldadura das cartilagens de conjugação da epífise dos ossos longos, o que determina o fim do crescimento esquelético (OSORIO, 1989). ADOLESCENTE A OMS recomenda a utilização de dois eventos de maturação sexual para cada sexo: Marcador do início do estirão do crescimento (M2 para meninas (10/11 anos) e G3 para meninos (13 anos); Indicador de que a pico da velocidade de crescimento já ocorreu (menarca para as meninas é um marcador importante da desaceleração do crescimento para as meninas – esse evento ocorre, geralmente, de 12 a 18 meses após o início do estirão de crescimento e voz adulta para meninos). A mudança vocal, decorrente do aumento da laringe por ação androgênica, ocorre tardiamente no processo puberal masculino. (WHO, 1995) Estágio 1 (P1M1/P1G1) para meninas e meninos: Garotos e garotas com características físicas infantis; Em geral, as meninas têm menos de 9 a 10 anos e os meninos menos de 11 a 12 anos; A partir dessa idade, em média, começam a aparecer as modificações nos caracteres sexuais secundários. Estágio 1 (P1M1/P1G1) para meninas e meninos: A observação da modificação desse estágio para o estágio 2 é de extrema importância para a monitoração de crescimento e para observação de parâmetros que possam sugerir algum distúrbio endócrino ou metabólico. Estágio 1 (P1M1/P1G1) para meninas e meninos: No período anterior ao estirão pubertário, a criança passa por uma fase de repleção pré-puberal, acúmulo de tecido adiposo como forma de fazer reserva energética para o posterior estirão de crescimento; O aumento de peso é normal desde que não ultrapasse os 20% de excesso de peso em relação ao esperado para a altura. ESTÁGIO 2 (P2M2) Nesse estágio as meninas estão iniciando o estirão de crescimento, e após dois anos desse início elas apresentarão a menarca; Características mamárias e pubianas em P2M2. Menina com 10 anos. Por volta de 12 a 12,5 anos, aumento de 20 a 25cm. ESTÁGIO 2 (P2G2) Para os meninos, o P2G2 representa o início da puberdade e não o início do estirão; ESTÁGIO 3 (P3M3) A adolescente que está no estágio P3M3 está passando pelo estirão pubertário; No início desse estágio, a adolescente pode apresentar aspecto longilíneo e “emagrecido”, sendo classificada como de baixo peso pelos indicadores disponíveis. ESTÁGIO 3 (P3M3) PUBERDADE DISPARA-ESTIRÃO DISPARA. A menarca vai ocorrer no final desse estágio, na transição para o estágio 4. ESTÁGIO 3 (P3G3) Na média populacional os meninos nesse estágio estão entre 13 e 14 anos e com altura de 150cm; assim, projeta-se altura de 170 a 175cm entre 15 e 16 anos. ESTÁGIO 4 (P4M4) No estágio P4M4, a maioria das adolescentes já teve sua menarca; Nesse estágio a menina apresenta aspectos físicos mais maduros, perdendo o corpo “infantil”; A altura já deverá ter atingido, ou estar próxima, do potencial genético esperado; A composição corporal sofrerá mudanças por mais alguns anos; ESTÁGIO 4 (P4G4): Para os meninos o estágio G4 representa o período de estirão pubertário; No final desse estágio o adolescente ganha tecido adiposo e muscular com mais intensidade; Apresenta altura próxima da definitiva; A menarca ocorre cerca de dois anos após o início da puberdade (M2), geralmente no estágio M4 de Tanner, portanto, em época de desaceleração do crescimento. PVC Menarca A menarca vai ocorrer no final desse estágio, na transição para o estágio 4. A adolescente que está no estágio P3M3 está passando pelo pico velocidade de crescimento; No estágio P4M4, a maioria das adolescentes já teve sua menarca; P5M5 indica finalização do processo de maturação sexual, de grandes modificações corporais e do crescimento linear. No sexo feminino, o início da puberdade (M2) coincide com o início do estirão puberal em sua fase de aceleração, atingindo o máximo da velocidade de crescimento em (M3) e desacelerando em M4, momento em que geralmente ocorre a menarca. PVC Para os meninos, o P2G2 representa o início da puberdade e não o início do estirão; P4G4 apresenta altura próxima da definitiva; P5G5 indica finalização do processo de maturação sexual, de grandes modificações corporais e do crescimento linear. O início da puberdade (G2) ocorre ainda em um momento de velocidade de crescimento pré-puberal. A aceleração do crescimento geralmente ocorre apenas no estágio de G3, e o PVC, em G4, quando se inicia a desaceleração do crescimento G5. Puberdade nas meninas geralmente inicia-se entre 9 aos 13, e em meninos na idade de 10 a 14 anos (MUNDY et al., 2013; PAVIC et al., 2013). Essa diferença na característica do estirão puberal entre o sexo masculino e o feminino, justifica, a estatura final do homem ser maior que a da mulher, uma vez que eles permanecem mais tempo na fase de crescimento pré-puberal. Outro aspecto que justifica a diferença de estatura entre os sexos é a magnitude da velocidade de crescimento, ocorrendo um pico de 10 a 12 cm/ano no sexo masculino, comparado aos 8 a 10 cm/ano no sexo feminino. CRESCIMENTO • O número total de centímetros ganhos durante a puberdade é, em média, de 25,3 ± 4,1cm nas meninas e 27,6 ± 3,6cm nos meninos. Isso representa, aproximadamente, 16% da estatura adulta. ESTÁGIO 4 (P4G4) O apetite do adolescente ainda é voraz, pois, apesarde apresentar menor velocidade de crescimento, ele necessita maior ingestão alimentar para atender as necessidades nutricionais da maior dimensão física adquirida, principalmente em massa muscular; A maioria dos adolescentes nesse estágio apresenta altura em torno de 175cm. ESTÁGIO 5 (P5M5/P5G5) Os estágio P5M5 e P5G5 para meninas e meninos, respectivamente, indicam finalização do processo de maturação sexual, de grandes modificações corporais e do crescimento linear; Os parâmetros físicos desse estágio indicam que os adolescentes estão entrando na vida adulta. ESTÁGIO 5 (P5G5) O homens, por adquirir mais altura e mais massa muscular, tem gasto energético significativo, que reflete no maior consumo alimentar para manter as proporções corporais equilibradas. ADOLESCÊNCIA Os esteroides sexuais têm grande influência na aquisição de massa óssea na puberdade; Adolescentes com atraso puberal têm risco aumentado de apresentar osteopenia. • Altura inicial: maior nos que começarem puberdade mais tardia. • Altura dos pais: Altura média dos pais tem correlação com a altura atingida durante o estirão e altura final. Há três períodos específicos em que há notável aumento na massa gorda 1) no início da vida 2) durante a gravidez e lactação 3) com o envelhecimento. A existência dos dois primeiros picos em massa gorda tem sido interpretada, do ponto de vista evolutivo, como uma manobra benéfica para proteger contra a escassez de energia para a prole da espécie. Ganho de massa magra Ganho de gordura Aos 20 anos, a mulher apresenta duas vezes mais tecido adiposo do que o homem. ADOLESCENTE Após o estirão de crescimento, ocorre a gradual desaceleração de ganho estatural até a parada de crescimento, em torno de: 15 e 16 anos na meninas; 17 e 18 anos nos meninos (COLLI, 1991). A parada do crescimento depende do período de iniciação do processo pubertário. A forma do corpo de um bebê ou de uma criança não permite a diferenciação masculino/ feminino, aspecto que se torna nítido durante a puberdade. O depósito de gordura nas meninas ocorre principalmente na região das mamas e dos quadris, e confere um aspecto característico do corpo feminino. Nos homens, o crescimento do diâmetro entre ombros, associado ao desenvolvimento muscular na região escapular, define a forma masculina. ADOLESCENTE v 1g de SAL=400mg de Sódio. 7 a 10g de sal 2,4 a 10,9g de sal 2,7g sal No início, pode se achar relacionado à fome, mas posteriormente, quando o ciclo compulsão alimentar-purgação já está instalado, ocorre em todo tipo de situação que gera sentimentos negativos (frustração, tristeza, ansiedade, tédio, solidão). A quantidade de calorias ingerida por episódio pode variar, oscilando entre 2 a 5 mil calorias. 2 momentos de alívio (compulsão e purgação) Disfunção do eixo hipotálamo-hipófise inclui hipogonadismo hipogonadotrófico com deficiência androgênica e estrogênica, resistência ao hormônio do crescimento (GH), hipercortisolemia, síndrome da doença não- tireoidiana (SED) e hiponatremia. Distúrbios endócrinos, são adaptativos ao estado de baixa energia e fome, são revertidos com o tratamento. LEPTINA GORDURA CORPORAL LEPTINA GnRH LH Estradiol Testosterona 1)2) 3) 4)4) Ausência de ciclos menstruais. GH IGF Foi demonstrado um aumento de 4x na secreção pulsátil diária de GH e um aumento de 20 vezes na secreção basal de GH em mulheres com anorexia nervosa. Já os níveis totais de IGF1 estavam reduzidos em mulheres com anorexia nervosa apesar dos níveis elevados de GH. Baixos níveis de IGF1 é uma resposta adaptativa para preservar a energia diminuindo os gastos com o crescimento em estados de inanição crônica. 1) 2) manter a glicemia O CRH é anorexígeno e hipotetiza-se que o aumento da secreção de CRH na anorexia pode contribuir para a gravidade da perda de peso. 1) 2) 3) T3 reverso T3 livre T4 (pode estar normal) Essas anormalidades são resposta adaptativa à diminuição da TMB e gasto de energia. Não requer tratamento, já que o tratamento pode ser prejudicial, já que o uso do hormônio tireoidiano levar à perda de peso. Durante a recuperação do peso, os níveis totais de T3 se normalizam. 1) Hiponatremia (baixos níveis de sódio) 7% de mulheres com AN tem hiponatremia, que é frequentemente devido à secreção aumentada de ADH. Outras causas de baixos níveis de sódio no soro em mulheres com NA incluem excessivo consumo de água, hipovolemia devido a inadequada nutrição e purgação, reabsorção renal prejudicada de sódio e uso de drogas psicotrópicas. Medir os níveis séricos de sódio são importantes em pacientes com AN. ADH aumentado, mais retenção de água pelos rins e hiponatremia. Adolescência Investigação hábitos alimentares EM CASO DE BAIXO PESO: investigar possíveis causas. Atenção especial para: *consumo insuficiente; *Alto gasto energético (excesso atividade física) *Sinais de transtornos alimentares (indução de vômitos, uso de laxantes ou medicamentos para emagrecer, preocupação excessiva com imagem corporal, sinais de indução de vômitos nas mão; entre outros) Oriente quanto a importância da prática alimentar correta para o ganho de peso e garantia do crescimento saudável Prescrição dietética Adolescência Plano alimentar diferenciado, criativo e atrativo respeitar mudanças da fase Considerar orientações do Guia Alimentar Brasileiro 2014 Junk food alto teor de gordura, açúcar, colesterol e/ou sal consumo limitado Ambiente familiar Discutir com o adolescente mudanças de hábitos e atitudes alimentares. 4. Alterações psicossociais * Uso de medicação prolongada, drogas, álcool * Atividades esportivas em excesso *Gravidez •Drogas: problemas nutricionais (agem hipocampo,sistema límbico e hipotálamo / aumentam ou inibem a fome – crack e álcool) Adolescência Avaliação Nutricional Indicadores semelhantes aos usados para crianças Peso, estatura, idade e sexo Indicadores de maturação sexual Adolescência Grandes mudanças físicas dificultam adotar um único método para classificação nutricional Altura/ Idade Avaliação Nutricional Indicadores preconizados: Índice: Altura/ Idade (A/I) Referência : National Center for Health Statistics Classificação: z-score, percentis (p) ou desvio – padrão(DP) avalia o déficit de crescimento Adolescência Para um mesmo IMC: brancos tem mais gordura corporal Adolescência Avaliação Nutricional Indicadores preconizados : Índice de massa corporal: recomendado para diagnóstico individual e coletivo *IMC segundo sexo e idade – padrão NCHS Avaliação Nutricional Adolescência Adolescência Avaliação Nutricional **Ideal= IMC + dobras cutâneas evita interpretação errada **Nenhum dado antropométrico isolado é fidedigno para avaliação nutricional de adolescentes **Curvas de crescimento foram revistas e recalculadas e têm sido amplamente utilizadas para avaliação nutricional (NCHS,1977/WHO,2007) Adolescência Anamnese Avaliação do estadiômentro Percepção da imagem corporal Comportamento: relacionamento com amigos e parentes; rendimento escolar, atividades fisicas de lazer; frequência em fast-foods e praças de alimentação Hábitos alimentares Atividade física curricular e extracurricular Consumo de álcool, anabolizantes e suplementos, tabagismo e uso de drogas Adolescência Garantia de padrão de crescimento! Necessidades e recomendações Fase de crescimento acelerado Atenção para requerimentos de energia,proteína, ferro, cálcio, vitaminas A e Vit C – que estão aumentadas Necessidades e recomendações ENERGIA ► Pico máximo da velocidade de crescimento ↔ pico de demanda calórica → apetite nesse período é maior ► ♂ consomem mais energia que as ♀ ► a atividade física é um fator de aumento das necessidades energéticas Adolescência Adolescência Necessidades e recomendaçõesENERGIA – EER=GET + deposição de energia Meninos de 9 a18 anos EER = 88.5 – (61,9 x idade [anos]) + PA x (26.7 x peso [kg] + 903 x altura [m]) + 25 kcal PA = coeficiente de atividade física: NAF= nivel de atividade física PA = 1.00 se NAF sedentario PA = 1.13 Pouco ativo PA = 1.26 Ativo PA = 1.42 Muito ativo *DRI 2002/2005 Adolescência Necessidades e recomendações ENERGIA – EER=GET + deposição de energia Meninas – 9-18 anos EER = 135.3 – (30,8 x idade [anos]) + PA x (10.0 x peso [kg] + 934x altura [m]) + 25 kcal PA = 1.00 NAF sedentário PA = 1.16 Pouco ativo PA = 1.31 Ativo PA = 1.56 Muito ativo Necessidades e recomendações Adolescência Adolescência Necessidades e recomendações PROTEÍNA ► Requerimento para manter crescimento dos novos tecidos ► Aumento da massa muscular, formação de novos componentes – associados ao desenvolvimento das características sexuais ► Proteína como fonte de energia= ↓ da velocidade de crescimento 10 a 15% das necessidades Adolescência RDA para meninos e meninas 9 -13 anos = 34g/dia RDA para meninas 14-18 anos = 46 g/dia RDA para meninos 14-18 anos= 52 g/dia Necessidades e recomendações PROTEÍNA – RECOMENDAÇÃO/KG Adolescência Necessidades e recomendações PROTEÍNA – RECOMENDAÇÃO/KG CÁLCIO manutenção desenvolvimentoImportante para fase de acelerado muscular, esquelético e endócrino Puberdade -pico de velocidade máxima: a deposição diária é 2X maior do que a média de incremento durante todo o período da adolescência Necessidades Minerais Essencial para a formação esquelética Adolescência •9 a 17 anos idade crucial pico de massa óssea ( 13,5 anos, 11,6 anos) •Pico: fatores exógenos (nutrição e atividade física) são fundamentais, além fatores endógenos (genéticos e endócrinos) Zinco *regeneração do esqueleto e músculos *maturação sexual/participa no desenvolvimento das gônadas *síntese protéica Adolescência RECOMENDAÇÕES: A concentração do fator de crescimento (IGF-I) também diminui na deficiência de Zn. 9 – 13 anos: 8 mg/d 14 – 18 anos: 11 mg/d e 9mg/d 19 anos: 11mg/d e 8 mg/d O ácido ascórbico é cofator de reações de hidroxilação da prolina, necessária para a formação do colágeno nos tecidos (Gonçalves e Maia Campos, 2006). As vitaminas hidrossolúveis, como tiamina, niacina e riboflavina, cumprem relevantes funções no metabolismo energético, portanto é essencial que as recomendações sobre sua ingestão tenham como base a ingestão energética. . As necessidades de vitamina B12 são também elevadas, e o risco de carência é especialmente alto nos casos de dietas radicais ou de vegetarianos exclusivos (sem acompanhamento). O ácido fólico é importante durante os períodos de grande replicação celular e de crescimento. Caso - 1 Menino Características do desenvolvimento Idade – 13 anos Estatura – 1,56 Peso – 44 kg Fisicamente Ativo Qual a estatura esperada? Pai – 1,91 Mãe – 1,82 Qual necessidade calórica? Caso - 3 Menino Características do desenvolvimento Idade – 12 anos Estatura – 1,63 Peso – 80 kg Fisicamente Ativo Qual a estatura esperada? Pai – 1,75 Mãe – 1,55 Qual necessidade calórica? Caso - 2 Fase – P4M4 Idade – 16 anos Estatura – 1,63 Peso – 42 kg Fisicamente Ativo Motivação alimentar - Indeterminados Qual a estatura esperada? Pai – 1,71 Mãe – 1,58 Qual necessidade calórica? Temas Equipe 1) GH e sono/ciclo circadiano 2) GH e insulina 3) GH e microbiota Eleusa e Dani 4) GH e Perda de peso Iasmim e Leticia 5) GH e exercício físico Bruno e Marcela 6) GH e osteoporose Fernanda Cardoso 7) GH e jejum Lara e Heloisa 8) GH e IGF 1 9) GH e estresse/cortisol Maria Eduarda e Carol 10) Testosterona em adolescentes Leandra e Mariele 11) Estrogênio em adolescentes 12) Cortisol Natalia e Natasha 13) Resistencia a insulina em adolescentes Gabrielli e Daniela Rosso 23/11 14) DM2 adolescência Jean e Richard 15) Doenças tireoidianas em adolescentes Paula e Andriele 16) Hipotireoidismo subclínico Francine 17) Anemia por deficiência de ferro em adolescentes Gabriele e Eduarda 18) Aterosclerose em adolescentes 10,00 15 min por dupla Pesquisar em artigos Power point textos
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