Buscar

HABEAS DATA - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HABEAS DATA: 
Conceito: 
Essa garantia tutela o direito de informação e intimidade do indivíduo, assegurando ao 
impetrante o conhecimento de informações relativas à sua pessoa constantes em registros ou 
bancos de entidades governamentais ou de caráter público, bem como o direito de retificação 
dos dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
Sempre que o Poder Público ou entidade de caráter público que detém bancos de dados abertos 
ao público se negar a conceder informações ou retificá-las, mesmo depois de um pedido 
administrativo do impetrante, será cabível o habeas data. 
Natureza Jurídica: 
O habeas data é uma ação constitucional que tutela o direito de informação e intimidade do 
indivíduo, manifestado quando o Poder Público ou entidade de caráter público que detém 
bancos de dados abertos ao público se negar a conceder informações de natureza 
personalíssima da pessoa do impetrante ou ratifica-las, mesmo depois de um pedido 
administrativo, e ainda para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou 
explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou 
amigável. 
Fundamentação: 
Artigo 5º, LXXII, da CF de 1988 e Lei 9.507 de 12 de novembro de 1997. 
Legitimidade Ativa: 
a) Legitimidade ativa universal: Assim como o habeas corpus, o habeas data pode ser 
impetrado por qualquer indivíduo, desde que as informações sejam relativas à pessoa 
do impetrante, em razão do caráter personalíssimo dessa ação, incidindo tal garantia 
também para obtenção de acesso a dados sigilosos. 
Por conta desta natureza personalíssima, quando se fala em direito de terceiros, como 
ocorre no direito de informações de órgãos públicos (artigo 5º, XXXIII, CF) não é cabível 
o habeas data, mas sim o mandado de segurança. 
Legitimidade Passiva: 
b) Legitimidade passiva: Poderá ser sujeito passivo em habeas data qualquer instituição, 
pública ou privada, pertencente a órgão público ou prestadora de serviço de interesse 
público, desde que mantenha bancos de dados. 
Não se pode deixar de observar a necessidade de personalidade jurídica própria para 
figurar no polo passivo do habeas data. Logo, em se tratando de bancos de dados de 
entidade governamental, o sujeito passivo será a pessoa jurídica componente da 
administração pública direta ou indireta do Estado. 
Lei 9.507/1997: 
O artigo 1º, parágrafo único, da Lei 9.507/97, considera de caráter público todo registro ou 
banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros 
ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das 
informações. 
Liminar em Habeas Data: 
Apesar de não existir previsão expressa na lei regulamentadora desta garantia constitucional, 
em caso de extrema urgência e comprovada necessidade, nada obsta a concessão de liminar em 
habeas data. 
Vale lembrar que as normas regulamentadoras do habeas corpus também não preveem a 
existência de liminar, sem que haja proibição de sua concessão, 
Gratuidade/Capacidade Postulatória: 
A ação é gratuita, não são cobradas custas judiciais. Mas o cidadão precisa acionar um advogado. 
O habeas data é uma ação constitucional, que visa à garantia de um direito fundamental, sendo 
gratuita, nos termos da Constituição Federal e da Lei 9.507/97, em seu artigo 21. 
A gratuidade de impetração do habeas data refere-se às custas e taxas judiciárias, incluindo 
igualmente a desnecessidade de preparo nos recursos. 
Além disso, a jurisprudência tem apontado no sentido de se aplicar analogicamente as Súmulas 
512 do STF e 105 do STJ, indicando o descabimento da condenação em honorários advocatícios, 
em ação de habeas data. 
Prescrição e Decadência: 
A Lei 9.507/07, que regula o rito processual do habeas data, não especificou por este último writ 
prazo decadencial. 
Entende-se que, neste tocante, andou bem a Lei 9.507/97. 
Sendo o objeto primários do habeas data o acesso ou retificação de dados da pessoa do 
impetrante, constantes em registros e banco de dados, e sendo esses registros e dados 
profundamente dinâmicos, com mudanças às vezes diárias, seria impossível fixar uma data 
inicial para transcurso de qualquer prazo decadencial. 
Prova Pré-Constituída: 
Analisando a Lei 9.507/97, constata-se a inexistência de fase probatória específica, não havendo, 
a exemplo do mandado de segurança, dilação probatória. 
Como o impetrante deve apresentar com a inicial a prova já pré-constituída, bem como 
inexistindo dilação probatória, é incabível no rito de habeas data a produção de prova 
testemunhal ou pericial. 
Caso o interesse precisa fazer prova por outras vias que não a mera apresentação de 
documento, não poderá se socorrer da via estreita do habeas data, mas das ações ordinárias 
cabíveis. 
Procedimento: 
A Lei 9.507/97, que regulamenta o procedimento do habeas data, determina, em seu artigo 8º, 
parágrafo único, que a petição inicial já deve trazer aos autos, as provas: 
a) da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de 10 dias sem decisão; 
b) da recusa em fazer-se a retificação ou do discurso de mais de 15 dias sem decisão; 
c) da recusa em fazer-se a anotação ou explicação ou contestação do interessado sobre no 
cadastro do interessado de explicação ou contestação sobre dado, ainda que não 
inexato, desde que justificada; 
d) da recusa em fazer-se a anotação de explicação ou contestação de dado pelo 
interessado, justificando possível pendência sobre o fato objeto do dado (artigo 4º, §2º, 
Lei 9.507/97) ou do decurso de mais de 15 dias sem decisão. 
Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição, 
entregando-lhe a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a 
fim de que, no prazo de 10 dias, presta as informações que julgar necessárias. 
A inicial será desde logo indeferida, quando for o caso de habeas data, ou se lhe faltar algum 
dos requisitos previstos nesta Lei. 
Feito a notificação, o serventuário em cujo cartório corra o feito juntará aos autos cópia 
autêntica do ofício endereçado ao coator, bem como a prova da sua entrega a este ou da recusa, 
seja de recebe-lo, seja de dar recibo. 
Findo o prazo de 10 dias, e ouvido o representante do Ministério Público dentro de 5 dias, os 
autos serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em 5 dias. 
Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas 
corpus e mandado de segurança. Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na 
primeira sessão que se seguir à data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator. O 
prazo para a conclusão não poderá exceder de 24 horas, a contar da distribuição. 
Competência: 
Supremo Tribunal Federal: contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal. 
Supremo Tribunal de Justiça: contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal. 
Tribunais Regionais Federais: contra atos do próprio Tribunal ou de Juiz Federal. 
Juiz Federal: contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos 
tribunais federais. 
Tribunais Estaduais: segundo o disposto na Constituição do Estado. 
Competência Recursal: 
Será competência recursal do: 
Supremo Tribunal Federal: quando a decisão denegatória for preferida em única instância pelos 
Tribunais Superiores. 
Superior Tribunal de Justiça: quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais 
Regionais Federais. 
Tribunais Regionais Federais: quando a decisão for proferida por juiz federal. 
Tribunais Estaduais: conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a 
Justiça do Distrito Federal. 
Efeitos: 
Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará a data e horáriopara que o coator: 
apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de registros ou bancos de 
dados; ou apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do 
impetrante. A decisão será comunicada ao coator, por correio, com aviso de recebimento, ou 
por telegrama, radiograma ou telefonema, conforme o requerer o impetrante. 
Os originais, no caso de transmissão telegráfica, radiofônica ou telefônica deverão ser 
apresentados à agência expedidora, com a firma do juiz devidamente reconhecida. Da sentença 
que conceder ou negar o habeas data cabe apelação. Quando a sentença conceder o habeas 
data, o recuso terá efeito meramente devolutivo. Quando o habeas data for concedido e o 
Presidente do Tribunal ao qual competir o conhecimento do recurso ordenar ao juiz a suspensão 
da execução da sentença, desse seu ato caberá agravo para o Tribunal a que presida.

Outros materiais