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Geografia Urbana Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Vivian Fiori Revisão Textual: Prof. Esp. Tiago Araújo Vieira 5 • Introdução • Resíduos Sólidos Urbanos • A Questão da Água: Saneamento Básico e Enchentes Discutir os problemas urbano-ambientais no Brasil, dando ênfase à questão da água e dos resíduos sólidos. Esperamos que esteja aproveitando o curso e que continue se empenhando para obter os melhores resultados. A temática desta unidade trata sobre os problemas urbano-ambientais no Brasil, principalmente em relação à água e aos resíduos sólidos. Para atingirmos satisfatoriamente nossos objetivos nesta disciplina, salientamos a importância da leitura atenta dos textos e o empenho na realização das atividades propostas. Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil 6 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Contextualização Nas cidades brasileiras há diversos problemas urbano-ambientais, entre eles: a poluição das águas, o saneamento básico ineficiente, a poluição do ar e sonora. Além disso, há várias situações e procedimentos inadequados em relação ao lixo urbano, tecnicamente denominado de resíduos sólidos urbanos. Ainda há muito e melhorar, apesar das políticas públicas ambientais terem avançado nas últimas décadas no Brasil, sobretudo após a Política Nacional de Meio Ambiente, em 1981, da qual decorreram várias mudanças normativas posteriores, em relação às temáticas ambientais. Nesta unidade, considera-se meio ambiente como temática que envolve a relação entre a sociedade e a natureza. Importante destacar que ao discutir essa questão sob a lógica da Geografia, é fundamental compreender esses processos não apenas na dimensão natural- ambiental, mas também na dimensão social e política no espaço geográfico. Por exemplo, há disputas pela água que evidenciam os diferentes usos do território nas cidades brasileiras. Usos múltiplos para diferentes atividades (domiciliar, industrial, produção de energia, lazer, comercial etc.), bem como e relação do tema com os diversificados atores sociais que se relacionam com essa questão. É o caso da Agência Nacional das Águas (ANA), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito do governo federal, responsável pela regulamentação e fiscalização do uso da água. Cabe ressaltar a importância de que toda a sociedade participe, por meio de diferentes canais, e de ações que visem tornar nosso mundo melhor. Nesse sentido, ações educativas para diminuir desperdício da água, não jogar lixo (resíduos) em rios ou em terrenos baldios, entre outras, são práticas importantes, mas é preciso ir além – cobrando e participando como cidadão, do monitoramento das políticas existentes, principalmente, àquelas mais próximas de sua realidade, nos níveis estadual e municipal. Citamos, como exemplo, a questão dos resíduos sólidos urbanos, na qual é essencial conhecer o processo da origem e produção dos resíduos, sua forma de coleta e, por fim, o destino final destes resíduos. Geralmente partimos do princípio que basta colocar o resíduo no cesto do lixo e o problema está resolvido. No entanto, há vários processos após esse, que implicam em maior, ou menor, impacto socioambiental. Desse modo, conhecer os processos e as políticas públicas existentes em sua cidade, é fundamental para melhor atuar como cidadão. Como é coletado o lixo em sua cidade? Qual o destino final do resíduo domiciliar em sua cidade? É uma forma adequada? Procure se informar! 7 Introdução Nesta unidade vamos tratar de alguns problemas urbano-ambientais nas cidades brasileiras. Vamos dar ênfase à temática dos resíduos sólidos urbanos, bem como à questão da água, considerando-se o saneamento básico e também o problema das enchentes. Ao tratar das questões ambientais, cabe ressaltar que essa temática faz parte dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Assim, entende-se essa questão, como mais uma dimensão a ser analisada no espaço geográfico. Dimensão esta, da relação entre a sociedade e a natureza, na qual se evidenciam os diferentes usos do território no espaço geográfico. É importante pensar de forma integrada em questões como a dos resíduos sólidos, abastecimento de água e esgoto, sobretudo, nos municípios que são conurbados ou que integram Regiões Metropolitanas (RM). Muitas vezes, as medidas ou soluções para essas questões têm de ser pensadas de forma regional, em consócios intermunicipais, e não apenas no âmbito municipal. Como diz o geógrafo Wagner Costa Ribeiro: Temas como o destino final de resíduos sólidos, abastecimento hídrico, saneamento básico, fornecimento de energia e a poluição, em suas diversas formas de manifestação, exige a reflexão integrada de pesquisadores, de políticos, de movimentos sociais e de cidadãos. Do contrário, será difícil encontrar soluções viáveis pela melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda, a ampla maioria que vive em grandes aglomerações humanas de países de industrialização tardia e que apresentam índices de urbanização extremamente elevados, como é o caso das metrópoles brasileiras (RIBEIRO, 2004, p. 165). Portanto, é fundamental nestes casos, que exista planejamento integrado e parceiras intermunicipais ou dos municípios membros das Regiões Metropolitanas, para se resolver problemas relativos ao abastecimento de água, dos resíduos sólidos, entre outros. A seguir, vamos tratar dos resíduos sólidos urbanos. 8 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Resíduos Sólidos Urbanos Cabe às prefeituras das cidades, realizar a coleta dos resíduos sólidos urbanos, uma vez que, mesmo neles, há uma diferença entre os resíduos dos tipos: domiciliar, comercial, industrial; de serviços de saúde (hospitais, clínicas etc.); entulho; de portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários; e também aqueles provenientes das zonas rurais, conforme se evidencia no quadro a seguir. Quadro 1: Origem dos Resíduos Sólidos Tipos de Origem Responsável Domiciliar Prefeitura Comercial Prefeitura Público Prefeitura Serviço de Saúde Gerador Industrial Gerador Entulho Gerador Portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários Gerador Agrícola Gerador Fonte: Manual de Gerenciamento Integrado – CEMPRE/IPT (2000); Lei 13.478/02 - Decreto nº 51907/10 de 5/11/2010. No caso das áreas rurais, por exemplo, não cabe, necessariamente, uma coleta a ser realizada pela prefeitura, pois, assim como os resíduos industriais, também os resíduos agrícolas são de responsabilidade do próprio gerador. Denominam-se resíduos sólidos urbanos (comumente chamado de lixo), conforme classificação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo: Resíduos urbanos: os provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, da varrição, de podas e da limpeza de vias, logradouros públicos e sistemas de drenagem urbana passíveis de contratação ou delegação a particular, nos termos da lei municipal (SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, 2010. p. 17). Logo, a coleta de resíduos sólidos domiciliares é de competência do município. Em alguns casos, nos grandes municípios, por exemplo, esse serviço é realizado por empresas privadas, por meio de concessão. De qualquer forma, trata-se de um serviço público. Um problema nas cidades brasileiras é a falta de coleta em algumas regiões, cujo acesso é mais difícil – caso de algumas favelas em áreas de risco e encostas. Nesse caso, é comum em grandes cidades, a prefeitura colocar caçambas, conforme pode se observar nas figuras 1 e 2. Há casos como o mostrado na imagem, em que a grande quantidade de resíduo acaba ficando inadequadamente no chão, podendo, caso chova, ir parar em rios e córregos. 9 Figuras 1 e 2: Caçambas em Favelas em São Paulo Vivian Fiori, 2009; 2012 Muitas vezes a população joga os resíduos em locais inadequados, tais como rios, córregos, terrenos baldios, entre outros,criando lixões a céu aberto. Em decorrências desse comportamento, existem inúmeros problemas ambientais, como o caso da poluição do lençol freático e do solo, a partir da produção de chorume (líquido que se forma com a decomposição do lixo). Além disso, há também problemas de saúde para a população. Entre eles, destacamos a transmissão de doenças por vetores como baratas, moscas, ratos, pernilongos, urubus, e outros. Há alguns lixões onde existem famílias que vivem e tiram o sustento desses mesmos lixões, pondo em risco sua saúde, e ainda, sendo excluídas socialmente, pois esse é considerado um trabalho degradante, do ponto de vista social. Também podem ocorrer, dependendo de onde se localiza esse lixão, desmoronamentos, deslizamentos e até explosões, caso esse lixo seja aterrado de forma inadequada, o que pode produzir o gás metano (CH4). Exemplo disso é o caso do lixão do Bumba, situado no município de Niterói, que se tornou conhecido nacionalmente em 2010, devido a um deslizamento ocorrido na comunidade conhecida como Bumba que, lamentavelmente, foi construída sobre parte de um antigo lixão aterrado pela Prefeitura. Dessa maneira, as principais formas de destino final do lixo no Brasil são as seguintes: lixão a céu aberto, aterros, aterros sanitários controlados, incineração, compostagem, reciclagem etc.. Entretanto, ainda predominam as duas primeiras. Por isso, ainda é comum existirem lixões a céu aberto, tanto de lixo produzido pela população em geral, quanto de resíduos encaminhados pela própria prefeitura a partir da coleta realizada. No caso dos municípios brasileiros, desde 2011, existe o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e que obriga as prefeituras a dar um destino adequado aos resíduos. Há casos pelo Brasil, de antigos lixões aterrados de forma inadequada, ocupados, posteriormente, por populações mais pobres, correndo o risco de afundamentos, deslizamentos e, também, explosões, já que, o lixo confinado produz o gás chamado metano (CH4). Isso porque, a maioria do resíduo sólido proveniente dos domicílios, no Brasil, é resto de matéria 10 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil orgânica. Tais resíduos orgânicos podem ser usados na compostagem, ou seja, a partir da decomposição, os mesmos podem se transformar em composto orgânico, que pode ser usado em jardins ou para agricultura, quando produzido em larga escala. No entanto, é prática pouco comum no Brasil, a existência de compostagem realizada por moradores ou, até mesmo, das usinas de compostagem nas cidades. Tais usinas aceleram o processo de decomposição da matéria orgânica e, com isso, produzem um composto orgânico mais rapidamente. O maior problema é que, em alguns casos, essa matéria orgânica pode estar misturada a outros produtos químicos, e poderá acarretar na contaminação desse composto. Sendo assim, é essencial que a matéria orgânica seja separada de outros produtos provenientes das feiras ou dos domicílios. Outra forma de destino final dos resíduos sólidos são os aterros. Existem vários tipos de aterros, e entre esses, alguns que não são controlados conforme as normas técnicas, portanto, podem gerar grandes problemas. Por outro lado, já existem outros, chamados de aterros sanitários controlados (vide figura 3), com uso das técnicas propostas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que diz o seguinte: Aterro sanitário controlado é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, utilizando- se princípios de engenharia, de tal modo a confinar o lixo no menor volume possível, cobrindo-o com uma camada de terra ao fim do trabalho de cada dia, ou conforme o necessário (Norma Brasileira ABNT 8419 / 1992) (SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, 2010, p. 33). Figura 3: Aterro Sanitário Controlado –Lavras -MG lavras.mg.gov.br Os aterros controlados (figura 3) impermeabilizam o solo com uma malha de plástico (polietileno de alta densidade), para que não haja a contaminação do mesmo e nem do lençol freático. Além disso, têm um sistema de drenagem para que o chorume produzido seja levado para uma lagoa e tratado, e também, devido às normas mais recentes, devem usar o gás produzido como forma de energia. 11 Os locais onde se situam tais aterros deverão ficar instalados em lugares mais distantes de ocupação e não poderão ser usados posteriormente, ao término do uso do espaço para o aterro. Outra possibilidade de destino de resíduos são as Usinas de Incineração. Trata-se de tecnologia mais cara, mas que reduzem o lixo a uma proporção menor, deixando somente as cinzas. O maior problema decorrente dessa medida é a poluição, portanto, é necessário que nesses casos, existam filtros para que a queima dos resíduos não impacte na poluição do ar. Por se tratar de tecnologia cara e que pode acarretar em outros problemas ambientais, os municípios brasileiros pouco a utilizam. Em geral, os resíduos enviados para incineradores, ou esterilizados, são provenientes dos serviços de saúde, cuja coleta é separada da coleta domiciliar, pois se trata de resíduos que podem trazer contaminação e disseminar doenças. Outra prática, que ainda é pouco comum no Brasil, é a coleta seletiva e o seu posterior processo de reciclagem. No senso comum, confunde-se coleta seletiva com reciclagem, de tal forma que se imagina que um projeto de reciclagem, é a mesma coisa que um projeto de coleta seletiva. A coleta seletiva pode ser feita de diferentes formas, tanto pela prefeitura ou empresas concessionárias, coletando seletivamente os materiais (papéis, plásticos, metais, vidros etc.), quanto por catadores, sejam eles catadores cooperados, ou não. A coleta seletiva é uma importante forma de separar os resíduos orgânicos (restos de comida, poda de árvore, folhas etc.), dos resíduos passíveis de serem reciclados - certos tipos de vidro, papéis, plásticos, metais etc., esses últimos, coletados seletivamente. A partir da coleta seletiva, é necessário, ainda, fazer uma triagem desses materiais, já que, em geral, os domicílios separam apenas o que é passível de ser reciclado. Normalmente, tais materiais se encontram em sacos plásticos, todos juntos. Nesse caso, é necessário que a prefeitura disponibilize terrenos e espaços para uma central de triagem, seja ela da própria prefeitura ou de cooperativas de catadores (vide figuras 4 e 5). Desse modo, a partir da triagem, na qual se separam, por exemplo, os tipos de papéis, de papelão, de plásticos, de vidros etc., esses materiais poderão ser prensados (ver figura 5), fardados e enviados para empresas de reciclagem. Figura 4: Cooperativa de Catadores Figura 5: Cooperado prensando material Fonte: Vivian Fiori, 2013. Cooperativa Nova Esperança, São Paulo. 12 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Portanto, a reciclagem não é a mesma coisa que separar materiais. A reciclagem é um processo de transformação daquele material num novo produto. Conforme explica a Secretaria do Estado do Meio Ambiente de São Paulo: A reciclagem é baseada no aproveitamento dos materiais que compõem os resíduos. A técnica da reciclagem consiste em transformar esses materiais, por meio da alteração de suas características (...), em novos produtos, o que a diferencia da reutilização. Considerando as suas características e composição, o resíduo pode ser reciclado para ser posteriormente utilizado na fabricação de novos produtos, concebidos com a mesma finalidade ou com finalidade distinta da original. Como exemplo, tem-se a reciclagem de garrafas plásticas para produzir novas garrafas ou cordas e tecidos, o processamento de restos de podas para posterior utilização como substrato de jardinagem, a composição e o beneficiamento de óleos usados (SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, 2010, p. 21-22). Logo, a reciclagem é um processo industrial no qual se transforma um material emum novo. É o caso, por exemplo, de indústrias de reciclagem que produzem, a partir do material coletado seletivamente, garrafas de vidro que são transformadas a partir de outro vidro. Tal procedimento não pode ser confundido com reutilização de materiais que é outra forma de tratar os resíduos sólidos. Reutilização é uma prática na qual se dá um novo uso ao resíduo, caso, por exemplo, do uso de garrafas pets como vasos ou para a produção de materiais de artesanato. Nesse caso, não se trata de reciclagem, e sim, de reutilização de materiais. Importante! É fundamental que a sociedade repense as questões relativas aos resíduos sólidos, seja por intermédio das políticas públicas que devem, por lei, adotar medidas adequadas de destino final para o lixo, seja por parte da população, a partir da conscientização de que a produção exagerada de resíduos poderá acarretar problemas ambientais e, consequentemente, levarão a problemas sociais e de saúde. Nesse sentido, é importante que os governos, nos diversos níveis de poder, incentivem práticas de educação que ampliem a conscientização da população, no sentido de compreender os processos da existência dos resíduos sólidos urbanos: da origem do resíduo, da coleta comum e da seletiva, do transporte e as formas de destino final. Atualmente várias entidades ambientais e o Ministério de Meio Ambiente (MMA) discutem a importância de não jogar lixo nas ruas, rios e córregos, e também de repensar a questão, reduzir os resíduos produzidos e, inclusive, recusar produtos que possam prejudicar o espaço em que vivemos. Tais medidas denominam-se os 5 Rs: reduzir, reciclar, reutilizar, repensar e recusar. São práticas importantes, mas, ao mesmo tempo, complexas, já que o modo de produção capitalista busca, cada vez mais, aumentar a produção e vender suas mercadorias, por meio da propaganda e do marketing. Daí o paradoxo da busca da sustentabilidade ambiental em relação ao uso e consumo consciente, na medida em que, o importante para o capitalismo é o aumento da produção e o consumismo. 13 Para saber mais A política dos 5 R’s Pode-se dizer que as preocupações com a coleta, o tratamento e a destinação dos resíduos sólidos representam, porém, apenas uma parte do problema ambiental. Vale lembrar que a geração de resíduos é precedida por outra ação impactante sobre o meio ambiente: a extração de recursos naturais. A política dos cinco R’s deve priorizar a redução do consumo e o reaproveitamento dos materiais em relação à sua própria reciclagem. Reduzir; Repensar; Reaproveitar; Reciclar; Recusar consumir produtos que gerem impactos socioambientais significativos. Os cinco R’s fazem parte de um processo educativo que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos. A questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício. O quarto R (reciclagem) é colocado em prática pelas indústrias que substituem parte da matéria-prima por sucata (produtos já utilizados), seja de papel, vidro, plástico ou metal, entre outros. Ainda é preciso que se amplie o mercado para produtos advindos desse processo. Segregar sem mercado é enterrar separado (IPT & CEMPRE, 1995). Com a valorização da reciclagem, as empresas vêm inserindo, nos produtos e em suas embalagens, símbolos padronizados que indicam a composição dos materiais. Esse tipo de rotulagem ambiental tem, também, por objetivo facilitar a identificação e separação dos materiais, encaminhando-os para a reciclagem. As vantagens dessas práticas estão na redução do(a): • Extração de recursos naturais; • Redução dos resíduos nos aterros e o aumento da sua vida útil; • Redução dos gastos do poder público com o tratamento do lixo; • Redução do uso de energia nas indústrias e intensificação da economia local (sucateiros, catadores, etc.). Fonte: Trecho literal extraído de: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). A política dos 5 R’s. Disponível em: http://www.mma.gov.br/acessibilidade/item/9410 Nas grandes cidades a produção de resíduos é enorme, o que amplia o problema na busca de soluções para o destino do resíduo. Um dos problemas refere-se ao fato de que o valor dos terrenos é alto, e, em alguns casos, não há espaços adequados para se construir aterros. Reiteramos que o principal agente em relação aos resíduos sólidos urbanos é a prefeitura. Cabe a ela fazer a coleta e o destino dos resíduos domiciliares, de varrição e de poda da área urbana. Mas também é fundamental a participação e conscientização de toda a população em relação a tais questões, e a criação de políticas educativas para ampliar esse processo de conscientização e contribuir, tanto para práticas mais adequadas em relação aos resíduos, quanto para, como cidadão, acompanhar e cobrar os diversos níveis de governo, sobre tais práticas. 14 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil A Questão da Água: Saneamento Básico e Enchentes Do ponto de vista urbano, a questão da água é um tema bastante complexo, pois, existem múltiplos usos da água, não somente os urbanos. Entre eles, destacamos: o uso do consumo humano domiciliar; o uso das indústrias; para irrigação na agricultura; para os animais beberem; o uso da água para atividade de lazer; para produção de energia elétrica; como forma de transporte etc.. Desse modo, existem disputas sobre os diferentes usos da água e mesmo para o consumo, observa-se que há uma tensão entre os diversos interesses desse consumo e dos territórios que o disputam. Conforme nos explica Wagner Ribeiro: As múltiplas propriedades da água permitem os diversos usos pela espécie humana, resultando em uma das mais graves tensões ambientais atuais: a diferença entre o ritmo natural de reposição da água e o de desenvolvimento da sociedade consumista de bens materiais. De um lado, conhecidas médias pluviométricas, que são mensuradas e redimensionadas a cada chuva. De outro, a crescente produção econômica. Uma oscilação importante na oferta de chuvas obriga a uma revisão de metas de produção no campo e, cada vez mais, dificulta o abastecimento de alimentos e também de mercadorias nas cidades (RIBEIRO, 2008, p. 24). No caso do governo brasileiro, existem normas que estabelecem como poderão ser feitos esses diferentes usos e por quais atores sociais. No nível federal, quem regula a questão é a Agência Nacional de Águas (ANA), que estabelece as condições tanto para o uso e consumo da água, quanto para o uso de energia elétrica e outros. Alem da ANA, há também a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que cuida especificamente da questão da energia elétrica, desde a produzida pelas hidrelétricas, ou seja, a partir das represas provenientes de rios brasileiros, entre outras. Conforme se observa na tabela 1, a maior parte da água existente no planeta Terra é proveniente dos oceanos (mais de 90%). Além disso, parte das águas está congelada e há outras que estão em rios e lagos, águas subterrâneas etc.. Tabela 1: Distribuição Natural de Água Quantidade (1.000 km³) % na Hidrosfera % de Água Doce Renovação Anual (km³) Oceanos 1.338.000 96,5 -- 505.000 Subsolo 23.400 1,7 --- -- Água doce no Subsolo 10.530 0,76 30,1 16.700 Umidade do Solo 16,5 0,0001 0,05 16.500 Glaciares e Cumes Gelados 24.064 1,74 68,7 2.532 15 Quantidade (1.000 km³) % na Hidrosfera % de Água Doce Renovação Anual (km³) Lagos: Água Doce 91,0 0,007 0,26 10.376 Lagos: Água Salgada 85,4 0,006 --- --- Pântanos 11,5 0,0008 0,03 2.294 Rios 2,12 0,0002 0,006 43.000 Biomassa 1,12 0,0001 0,003 --- Vapor D´água 12,9 0,001 0,04 600.000 Água Doce 35.029,2 2,53 100 --- Total 1.386.000 100 --- --- Fonte: Unesco & WWAP (2003:68). Observação: Como os valores passam por diversos arredondamentos, os totais indicados não equivalem à soma das partes. RIBEIRO, 2008, p. 25. Desse modo, da água para consumo humano, resta uma pequena porcentagem e em muitos casos, há a dificuldade de acesso a essa água ou sua qualidade não é adequada,podendo estar poluída ou contaminada. Portanto, constatar se existe escassez ou estresse hídrico, torna-se um fator importante, sobretudo nas áreas urbanas. Conforme nos explica Wagner Ribeiro: Cada classificação proposta para quantificar a escassez ou o estresse hídrico oferece vantagens e dificuldades. O conceito de escassez hídrica aponta lugares onde existe dificuldade de acesso à água em quantidade e qualidade adequada. Já o estresse hídrico depende da informação correta do volume consumido. Isso exige um rigoroso sistema para quantificar o volume de água usado todos os anos, o que também não é simples, nem barato. O fator de uso do fluxo da bacia é o indicador mais complexo porque exige um apurado conhecimento da dinâmica de cada bacia hidrográfica, além de não distinguir os usos da água. Se 70% da água de uma bacia for usada para gerar hidroeletricidade, por exemplo, seu reuso pode ser total se forem tomados os devidos cuidados após sua passagem pelas turbinas (RIBEIRO, 2008, p. 71). Assim, há fatores de ordem natural em relação a esta questão: caso da dinâmica da bacia hidrográfica, da quantidade de pluviosidade (chuva) existente, bem como de fatores de ordem social, econômica e política. Há casos, por exemplo, de águas que seriam, em princípio, potáveis para consumo humano e que, no entanto, devido à poluição e à contaminação, ficam inapropriadas. Esta contaminação e poluição poderão ser provenientes de indústrias, de esgotos domiciliares, de resíduos sólidos e líquidos que são lançados nos efluentes, de modo que impossibilitam ou encarecem o uso da água. Há casos em que essa água pode ser tratada e, portanto, passará por um processo físico- químico para que possa ser consumida; tal processo ocorre nas Estações de Tratamento de Água (ETA), como parte do saneamento básico. 16 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Para saber mais Saneamento Básico: Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Embora atualmente se use no Brasil o conceito de Saneamento Ambiental como sendo os 4 serviços citados acima, o mais comum é que o saneamento seja visto como sendo os serviços de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos. Fonte: http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e-saneamento Além disso, há muito desperdício de água no Brasil, tanto por conta de problemas de infraestrutura (vazamentos etc.), quanto pelo uso excessivo nas atividades do cotidiano, seja nos domicílios ou em atividades e serviços comerciais etc.. É fundamental a existência de práticas educativas que visem a diminuição do consumo e do desperdício, tanto com o reuso da água, como do uso da água pluvial (chuvas). Para exemplificar as disputas, recentemente, devido à escassez hídrica no Estado de São Paulo e, sobretudo, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), houve casos de disputa da água, principalmente, no sistema chamado Cantareira. Tal situação serve como exemplo de como a água é fundamental e, ao mesmo tempo, uma questão complexa, já que o Sistema Cantareira, que abastece parte da RMSP, tem águas provenientes de Minas Gerais, cuja água vai sendo bombeada, num sistema técnico, para as represas do sistema, até ser tratada e abastecer os moradores, indústrias etc. da região. Este sistema foi autorizado no período da criação das Regiões Metropolitanas (RM) no Brasil, permitindo que, para o abastecimento dessas regiões, pudessem ser trazidas águas de outros lugares. A geógrafa Vanderli Custódio comenta especificamente essa situação: Este último sistema – da Cantareira –, uma obra imensa, promoveu a reversão das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, ao norte, para atendimento à demanda da Grande São Paulo. Até os dias atuais há conflitos entre os usuários de ambas as bacias, afinal, se as atividades econômicas, as cidades e a população da região de Piracicaba, continuarem em crescimento, a água se tornará escassa, porém, sem ela, 60% da população da RMSP ficariam sem água potável. Mas o entendimento da opção tomada, ao invés de se proceder ao tratamento das águas da Bacia do Alto Tietê, passa por aspectos políticos nacionais dos anos sessenta influenciadores da urbanização-processo e das cidades-formas de todo o país, sobretudo da metrópole paulistana (CUSTÓDIO, 2012, p. 76). Assim como a gestão do consumo da água é complexa, há também outro problema no Brasil que é a falta de redes de esgotos na maior parte das cidades brasileiras. Conforme se observa no gráfico 1, a proporção de crianças de 0 a 14 anos vivendo em domicílios sem esgotamento sanitário em rede geral, ou sem, sequer, fossa séptica chega no Brasil a 46,2%. E esse número é ainda maior quando se verificam os dados apenas do Nordeste (67%). Já em relação ao abastecimento de água, os dados são melhores quando comparados aos do esgoto. 17 Gráfico 1: Proporção de crianças de 0 a 14 anos de idade vivendo em domicílios sem abastecimento de água por rede geral, sem esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e sem coleta de lixo, nas Regiões Nordeste e Sudeste - 2011. Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2011. Dessa maneira, verifica-se que ainda há muito que melhorar o Brasil, em relação à questão das formas de destino do esgoto (esgotamento sanitário). As enchentes/inundações Nas grandes cidades, outro problema observado em relação à água, são as enchentes. Nesse caso, é importante conceituar, já que enchente, ou planície de inundação, é um processo natural que ocorre no período das cheias dos rios, córregos ou lagos. No entanto, devido à intensa ocupação urbana e a impermeabilização dos solos, muitas vezes, esse processo é ampliado, acarretando problemas de perdas materiais e humanas e, portanto, redundando na ampliação dos problemas sociais das populações que vivem em área de risco. Entende-se por área de risco, toda a condição que coloque em risco a vida humana. Assim, por conta da ação das enchentes nas cidades, podemos considerar que as populações que vivem próximas aos rios e córregos, são populações que vivem em área de risco, como pode se observar na figura 6. Figura 6: Comunidade no Entorno de Córrego Caaguaçu – São Paulo Vivian Fiori, 2012 19,4 23,7 10,6 46,2 67,0 16,1 15,5 28,5 4,8 10,7 17,2 3,7 Em % Brasil Nordeste Sudeste Legenda Sem abastecimento de água de rede geral Sem esgotamento sanitário de rede geral ou fossa séptica Sem coleta de lixo direta ou indireta Todas as formas de saneamento inadequado simultaneamente 18 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil A questão da enchente, portanto, tem diversas dimensões: A primeira delas concerne à própria dimensão natural, ou seja, para haver enchentes é necessário que existam rios, lagos ou represas e que a quantidade de chuva leve tais corpos hídricos a extravazar suas águas; Outra questão é a impermeabilização do solo, comum principalmente nas grandes cidades onde, devido à grande quantidade de prédios, casas, avenidas e ruas com asfalto, bem como pouco espaço para a infiltração da água, leva ao escoamento da mesma que, rapidamente, chega aos rios ou lagos; Além disso, há também casos que se atrelam devido ao fato de a população jogar lixo nos rios. Isso faz com que os rios fiquem assoreados, levando à ampliação da problemática das enchentes; Por fim, há também casos de moradias no entorno e até sobre rios, no Brasil. Isso acarreta a ampliação dos problemas sociais ede saúde dessas populações, já que estão mais vulneráveis às doenças de veiculação hídrica. Caso, por exemplo, da leptospirose, doença ocasionada por uma bactéria, cujo vetor pode ser o rato. Para pensar Que você tenha de explicar o fenômeno denominado de enchente ou inundação numa cidade fictícia chamada de Barreirinhas. A primeira coisa fundamental é conceituar e ter uma definição para esses termos. Porque sem uma definição, como saber como explicar se há ou não inundação? Então, segue um conceito da geógrafa Vanderli Custódio: [...] ambas as definições contêm a dimensão natural, sobre a qual se construiu a dimensão social. Em razão disto, neste trabalho são utilizados os termos enchente e inundação como fenômenos similares, no sentido de representarem o extravasamento das águas de um rio do seu leito menor para o maior e o excepcional [...] (CUSTÓDIO, 2002, p. 9). Figura 7: Esquema da Enchente/Inundação Vanderli Custódio, 2002, p. 9. Reelaborado por Vivian Fiori, 2014 Logo, a definição para enchente e/ou inundação, segundo a autora se refere a um fenômeno do extravasamento da água de um corpo d’água (rio, córrego, lago ou represa), como mostra a figura 7, acima do leito menor, extravasando-o. Em seguida, é importante refletir o porquê da enchente/inundação na comunidade de Barreirinhas. Isso pode ser explicado na escala local? 19 Vamos pensar: Quais os fatores que interferem no rio e contribuem para a inundação? As pessoas jogam lixo no rio? Ele está assoreado por outros motivos? As casas de Barreirinhas estão construídas nas várzeas do rio? As casas de Barreirinhas apesar de longe do rio ficam numa planície? Todos estes fatores podem eventualmente ajudar a explicar a inundação em Barreirinhas. Figura 8: Região Imaginária de Barreirinhas Elaborado por Vivian Fiori, 2014 Pode ser que existam fatores locais, mas também que este rio ou seus afluentes venham de outro município distante e que nesse lugar as pessoas joguem lixo no rio, caso dos municípios de Almeria e Peruíbe (vide figura 8). Dessa forma, pode ser que o problema do lixo no rio, que amplia a possibilidade de inundações, seja regional e não apenas local. Ou ainda, que as chuvas intensas nas partes mais altas (cabeceiras), tenham ocorrido em Caieiras e acabem chegando aos pontos mais baixos (menor altitude), caso de Barreirinhas (720m de altitude). Aliás, a unidade territorial a ser considerada quando se tratam de fenômenos relacionados a recursos hídricos é a própria bacia hidrográfica. Não se pode pensar no rio como um elemento espacial isolado. Se há um conjunto de rios é fundamental considerá-los. O fundamental é descobrir a lógica do fenômeno, que neste caso é a inundação. Se fossemos explicar a inundação no município de Itapecerica (vide figura 8), esta poderia ocorrer, por exemplo, devido às intensas chuvas nas cabeceiras do rio Caaguaçu e/ou por causa da abertura das comportas da Represa de Urnas, assim como também poderia ser devido às chuvas intensas em Peruíbe e ao excesso de lixo que os moradores de Almeria e Barreirinhas jogam nos córregos, fazendo com que o rio/córrego fique assoreado (espaço do rio ocupado por sedimentos ou lixo), ampliando as possibilidades de inundações. Afinal, neste caso, os córregos vão se juntando ao Rio Caaguaçu, que é o rio principal desse conjunto de rios que formam uma Bacia Hidrográfica. Neste caso quais são as dimensões que explicam esta enchente? Primeiramente, é a natural, já que sem chuva e rio não há possibilidade de inundação. Depois, socioeducativas, pois pode haver problemas de jogarem lixo no rio, o que ampliará a probabilidade de inundação, entre outras possibilidades e fatores. 20 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Pode ser também, devido à falta de políticas públicas e obras de engenharia, ou outras que intentem reduzir os problemas da inundação. Então, há diferentes elementos e dimensões que precisam ser considerados: da esfera pública; da falta de consciência da população; da dimensão natural etc.. Desse modo, seja na questão dos resíduos sólidos, como na da água (redução do consumo, evitar jogar resíduos nos rios etc.), é fundamental a participação da população, compreendendo que também é parte do processo da relação sociedade-natureza. 21 Material Complementar Livros: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS (ABRELPE). Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2012. Edição Especial 10 anos. São Paulo, 2013. Acesso em 15/11/2014. Disponível em: http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2012.pdf RODRIGUES, Arlete Moysés. Produção e consumo do e no espaço: problemática ambiental urbana. S/d. Acesso 19/11/2014. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000113.pdf ZOMBINI, Edson Vanderlei; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Saneamento básico: estratégia para a promoção da saúde da criança. Material educativo para apoio pedagógico. São Paulo; Faculdade de Saúde Pública, USP, 2013. Acesso em 16/11/2014. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/outrosestudos/Tese-de-Doutorado-Edson-Vanderlei-Zombini.pdf Filme: Lixo extraordinário. Documentário, 2010. O documentário mostra a trajetória do lixo dispensado no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina localizado na periferia de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, até ser transformado em arte pelas mãos do artista plástico Vik Muniz e seguir para prestigiadas casas de leilões internacionais. Pode ser encontrado em sites de busca. Vídeo: Programa Profissão Repórter. Fechamento do lixão de Gramacho (23min44), Rede Globo. Disponível em: http://globotv.globo.com/rede-globo/profissao-reporter/v/fechamento-lixao-de-gramacho-parte-1/2056249/ Sites: Instituto Trata Brasil: http://www.tratabrasil.org.br Ministério do Meio Ambiente (MMA): http://www.mma.gov.br 22 Unidade: Os Problemas Urbano-Ambientais no Brasil Referências CUSTÓDIO, Vanderli. Escassez de água e inundações na Região Metropolitana de São Paulo. São Paulo: Humanitas / FAPESP, 2012. RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia política da água. São Paulo: Annablume, 2008. RIBEIRO, Wagner. Gestão das águas metropolitanas. In: Carlos, Ana Fani Alessandri e Oliveira, Umbelino de Oliveira - Orgs. Geografias de São Paulo: as metrópoles do século. São Paulo: Contexto, 2004. SECRETARIA DO ESTADO DO MEIO AMBIENTE. Resíduos Sólidos. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. São Paulo: SMA, 2010. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). A política dos 5 R’s. Brasília, s/d. Disponível em: http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/item/9410-a-pol%C3%ADtica- dos-5-r-s. Acesso em 10/10/2014. ZOMBINI, Edson Vanderlei; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Saneamento básico: estratégia para a promoção da saúde da criança. Material educativo para apoio pedagógico. São Paulo; Faculdade de Saúde Pública, USP, 2013. Disponível em: http://www.tratabrasil.org. br/datafiles/uploads/outrosestudos/Tese-de-Doutorado-Edson-Vanderlei-Zombini.pdf. Acesso em 16/11/2014. Site: INSTITUTO TRATA BRASIL: http://www.tratabrasil.org.br 23 Anotações
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