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1ª SEMANA DE GESTAÇÃO FASES DA FERTILIZAÇÃO - passagem do espermatozóide pela corona radiata (ação da enzima hialuronidase do acrossomo, movimentos da cauda e enzima da tuba uterina). - penetração na zona pelúcida pela ação das enzimas: neuraminidase, esterases e acrosina (mais importante, enzima proteolítica); gerando a reação da zona (mudança na permeabilidade da zona pelúcida e da membrana do ovócito) e impedindo a entrada de novos espermatozóides. - fusão das membranas do ovócito e do espermatozóide (apenas a cabeça e a cauda penetram). - término da segunda divisão meiótica (ovócito maduro + segundo corpo polar) e formação do pronúcleo feminino. - formação do pronúcleo masculino (crescimento do núcleo e degeneração da cauda). - as membranas dos pronúcleos se dissolvem, o material genético se condensa e se prepara para a primeira clivagem (mitose). CLIVAGEM - repetidas divisões mitóticas do zigoto. - ocorre durante a passagem do zigoto ao longo da tuba uterina. - o zigoto fica dentro da zona pelúcida, portanto há aumento do número de células, não do tamanho delas. - a formação dos blastômeros acontece cerca de 30 horas após a fertilização. - compactação (a partir de 9 células): blastômeros mudam de forma e se aderem firmemente. - 12-15 blastômeros: mórula (agregado esférico celular que surge cerca de 3 dias após a fertilização e penetra no útero). BLASTOGÊNESE - 4 dias após a fertilização, o fluido da cavidade uterina penetra a zona pelúcida e forma a cavidade blastocística. - há uma divisão entre blastômeros: trofoblasto (originará a parte embrionária da placenta) e embrioblasto (massa celular interna, originará o embrião). - esse estágio é denominado blastocisto. - em 2 dias, a zona pelúcida degenera possibilitando rápido crescimento do blastocisto (nutrição feita pela secreção uterina). - 6 dias após a fertilização, o blastocisto fixa-se ao endométrio e começa a proliferação e a diferenciação do trofoblasto em: citotrofoblasto (interno) e sinciciotrofoblasto (externo). - por volta do dia 6, sinciciotrofoblasto (produz enzimas que permitem a invasão do tecido) atravessa o epitélio endometrial e invade o estroma (tecido conjuntivo endometrial). - por volta do dia 7, surge o hipoblasto pela delaminação do embrioblasto. RESUMO O desenvolvimento humano começa na fertilização, mas vários eventos importantes acontecem antes da ocorrência deste processo. O ovário produz ovócitos (ovogênese) e os expele durante a ovulação. As fímbrias da tuba uterina varrem o ovócito para a ampola, onde ele será fertilizado. Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos do testículo (espermatogênese) e armazenados no epidídimo. A ejaculação do sêmen durante a relação sexual resulta no depósito de milhões de espermatozóides na vagina em torno do orifício externo do útero. Várias centenas de espermatozóides passam pelo útero e penetram as tuba uterinas. Muitos deles circundam o ovócito secundário, quando este está presente. O ovócito completa a segunda divisão meiótica quando entra em contato com um espermatozóide. Em conseqüência disto, formam-se um ovócito maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do ovócito maduro constitui o pronúcleo feminino. Depois de o espermatozóide penetrar no ovócito, sua cabeça separa-se da cauda e cresce, tornando-se o pronúcleo masculino. A fertilização termina com a união dos dois pronúcleos, e os cromossomas maternos e paternos se embaralham durante a metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, a célula que é o primórdio de um ser humano. Ao avançar pela tuba uterina em direção ao útero, o zigoto sofre a clivagem (uma série de divisões celulares mitóticas) que dão origem a um certo número de células menores denominadas blastômeros. Cerca de três dias após a fertilização, uma bola com 12 ou mais blastômeros, denominada mórula, penetra o útero. Logo se forma uma cavidade na mórula, convertendo-a em um blastocisto, que consiste em: - uma massa celular interna, ou embrioblasto, que dá origem ao embrião e à parte dos tecidos extra-embrionários; - uma cavidade blastocística, espaço cheio de fluido; - o trofoblasto, uma delgada camada externa de células. O trofoblasto envolve a massa celular interna e a cavidade blastocística e, posteriormente, forma estruturas extra-embrionárias e a parte embrionária da placenta. Quatro a cinco dias após a fertilização, a zona pelúcida é descartada e o trofoblasto adjacente à massa celular interna fixa-se ao epitélio endometrial. O trofoblasto adjacente ao pólo embrionário diferencia-se em duas camadas, um sinciciotrofoblasto, externo, e um citotrofoblasto, interno. O sinciciotrofoblasto invade o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo subjacente. Concomitantemente, forma-se a camada cubóide do hipoblasto, na superfície interna da massa celular interna. Ao fim da primeira semana, o blastocisto está implantado superficialmente ao endométrio.
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