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Embriologia geral - Primeira semana de gestação

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Depois da fertilização, em até 24 horas, o zigoto 
inicia um processo que é constituído por uma série 
de divisões, denominado clivagem. 
OBS: A clivagem são várias subdivisões do zigoto 
em várias células-filhas menores, o que é 
diferente de mitose, a qual as células divididas 
são iguais! 
Após sofrer as subdivisões, agora o zigoto é 
chamado de blastômero. O blastômero continua se 
dividindo, em 4 dias eles já se dividiram tanto que 
acabam recebendo outro nome: a mórula. As 
células da mórula irão dar origem ao embrião e as 
membranas extraembrionárias (placenta, e suas 
estruturas associadas). 
A partir do desenvolvimento de 8 células, os 
blastômeros que antes eram redondos e 
fracamente aderentes começam a se achatar, 
esse processo é chamado de compactação. Nesse 
processo há a segregação de blastômeros para o 
centro da mórula (embrioblasto) e outros para a 
parte externa (trofoblasto) 
A compactação é mediada pela concentração de 
cálcio (Ca++) que age como uma molécula de 
adesão, junto com as caderinas. 
 
 
 
Dentro da mórula, forma-se uma cavidade 
chamada de cavidade blastocística. Nesse espaço 
vai acontecer a etapa de cavitação, onde ele é 
preenchido de líquido através de um fluxo de Na+ 
e água. 
A partir daí o embrião é chamado de blastocisto. 
Por volta do 5º dia, a ação de enzimas provoca a 
abertura da zona pelúcida e o blastocisto eclode, 
ou seja, sem o seu revestimento agora ele pode 
interagir com o endométrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao chegar no útero, o blastocisto vai se aderir 
firmemente ao revestimento uterino. Se houver 
implantação as células do trofoblasto (sincício) 
irão produzir o hormônio HCG, que vai manter o 
corpo lúteo por aproximadamente 12 semanas, 
depois a placenta começará a secretar grandes 
quantidades de progesterona, e o corpo lúteo 
involui lentamente, tornando-se o corpus albicans. 
Se não houver implantação o corpo lúteo 
degenera. 
Ao redor da massa interna, as células derivadas do 
trofoblasto (citotrofoblasto) se fusionam para 
formar o sinciciotrofoblasto, que é multinucleado 
e futuramente irá rodear todo o embrião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A implantação em locais não convencionais (por 
exemplo na cavidade peritoneal, na superfície do 
ovário, dentro do oviduto ou em locais anormais no 
útero) é denominada de gravidez ectópica. Esses 
locais não são apropriados para o desenvolvimento, 
o que acaba trazendo grandes riscos para a mãe 
devido aos rompimentos dos vasos sanguíneos. Ela 
pode ser revelada por sintomas de dor abdominal 
e/ou sangramento vaginal. 
Normalmente, é necessário o uso de droga 
(metiltrexato, que bloqueia a divisão celular) ou 
intervenção cirúrgica para interromper a gravidez. 
Livro: Larsen’s Human Embryology, 5th Edition, de 
Gary C. Schoenwolf, Steven B. Bleyl, Philip R. 
Brauer, 
Philippa H. Francis-West foi produzida por Elsevier 
Editora Ltda e publicada em conjunto com 
Elsevier Inc. 
Espero que tenha gostado do material! Por favor 
dê seu feedback nos comentários, ficarei muito 
feliz!

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