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OS CRIMES PRATICADOS ATRAVÉS DOS MEIOS CIBERNÉTICOS

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FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES 
CURSO DE DIREITO
OS CRIMES PRATICADOS ATRAVÉS DOS MEIOS CIBERNÉTICOS
Gustavo de Santana CARVALHO
HENRIQUE ARANTES ALMEIDA
Trabalho de conclusão, apresentado ao Curso de Direito da Faculdade Almeida Rodrigues, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito.
Orientador: Rogério Cardoso Ferreira
RIO VERDE
2018
OS CRIMES PRATICADOS ATRAVÉS DOS MEIOS CIBERNÉTICOS
Gustavo de Santana Carvalho¹	Henrique Arantes Almeida²
RESUMO
Este trabalho teve como objeto de estudo os crimes praticados através dos meios informáticos, ou seja, por meios cibernéticos. Nos últimos anos o Brasil criou lei Azeredo, Dieckmann e Marco Civil da Internet, o qual tinha como tratativa o combate ao crime cibernético. Relata-se que há diversos tipos de crimes, tais como: fraudes, roubo de identidade, pedofilia, racismo e outros. Todos com prejuízo moral, físico, social, econômico e outros, ocasionando dificuldades para as vítimas e envolvidos no ato. Embora houve criação de Leis para combate a criminalidade cibernética, estas ainda não alcançaram resultados esperados. Como resultado da pesquisa, pode ser considerar que o usuário da internet ainda não está amparado pelas leis vigentes e pelo estado. 
PALAVRAS-CHAVE: Cibernéticos,Leis,Crimes e Resultados.
1. INTRODUÇÃO
Com a criação da internet, esta veio a favorecer pessoas e organizações. Esta, juntamente com o Direito, deve proceder aos cidadãos liberdades, mas também responsabilidade. 
Mesmo a com toda adversidade do uso ou mal uso da mesma, a rede mundial de computadores tem favorecido e facilitado a vida das pessoas, seja por meio de conhecimento, praticidade, rapidez, etc. 
Contudo pessoas com conhecimentos podem por sua vez praticar crimes virtuais, informáticos, cibernéticos, o qual para este trabalho optamos no uso da palavra cibernéticos.
Portanto, este artigo teve como missão, abordar sobre o tão pouco falado tema de crimes cibernéticos, e como tem ocorrido a resposta estatal a respeito da matéria.
Na literatura científica e na imprensa pública, mais especificamente na internacional, desde a década de 60 já se fazia referência aos crimes da informática, com denominações outras, sendo, “criminosos de computador”, “as infrações cometidas por meio de computador”, “criminalidade de informática”, “fraude de informática”, “infrações ligadas a informática”, “delinquência informática”, etc. (SILVA, 2000, p. 3).
É importante ressaltar que os crimes cometidos nos meios cibernéticos, são as atividades que se desenvolvem através de dispositivos informáticos, ligados ou não a rede mundial de computadores (internet), e este tem ocorridos por repetidas vezes.
O trabalho se justifica, pois, a causa de muitos criminosos optarem pelos crimes cibernéticos, talvez seja a “facilidade” e a rapidez com que se chega aos resultados, já que as operações feitas pelo meio digital se efetivam em segundos, para Silva e Daolio (2017), a internet é uma ótima ferramenta, que tem acessibilidade a informações 24 horas por dia, sem falar que muitos se escondem atrás do “anonimato”, por outro lado traz graves consequências para as vítimas de tais condutas delituosas. 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2007, p.118) sustentam que a vedação ao anonimato abrange “os meios de comunicação, e visa “possibilitar a responsabilização de quem cause danos a terceiros em decorrência da expressão de juízos ou opiniões ofensivas, levianos, caluniosos, difamatórios etc.”.
Teve como objetivo análise bibliográfica do assunto, bem como evidenciar que as Leis e resposta do Estado ainda está aquém do que se espera. Da mesma, sabe-se que a resposta nem sempre tem resultado satisfatório ao assunto em pauta.
Embora seja um marco a criação de Leis para amparo aos crimes cibernéticos, porém ainda não apresentam solução eficiente para o que tem ocorrido no mundo dos delitos.
2 revisão de literatura
2.1 Internet
Em um cenário de constante melhorias e transformações, Pinheiro (2006, p.5) relata que predominavam “os esforços (científicos, tecnológicos e políticos) no sentido de informatizar a sociedade”. Assim, devido a mutações advindas da Revolução Industrial, caracterizada pela criação das novas tecnologias como a máquina a vapor, a fiadeira, a eletricidade e pelas tecnologias de comunicação como o telefone e o telégrafo. 
É inegável que uma transformação na forma de executar, de criar, que mudou o cotidiano das pessoas, foi a criação do computador. Este que tem se desenvolvido, consideravelmente, desde 1830, quando surgiu o primeiro protótipo, ou até mesmo de uma versão comercial, dos 70. Ainda que a princípio, tivesse sua criação voltada para Guerra Fria, como designo aos militares. BORTOT (2017) 
Destarte um cenário de constantes modificações, a globalização, proporcionou diversas invenções e avanços para a humanidade. Igualmente a internet, interliga milhões de dispositivos ao redor do mundo. Desta forma, Almeida et al (2015, p.215) fundamentam que “a nova ferramenta de comunicação interpessoal alavancou formas instantâneas de relacionamentos, facilitando assim, a vida em sociedade, a qual está em constantes transformações”.
2.1.2 Internet e o Direito
É evidente que o dia a dia das pessoas são pautados pela tecnologia, pela internet. Deste modo, Bortot (2017, p. 339) descreve que “Hoje, o mundo é considerado predominantemente digital” e o Direito por ser imagem da sociedade, da sua conduta, o que por sua vez justifica a busca constante de melhorias.
Nunes (2015, p.10) relata que “em 1991, a RNP (Rede Nacional de Pesquisas) trouxe a internet para o Brasil, tendo como principal objetivo o de atender à conexão das redes de universidades e centros de pesquisas”. Visando a este propósito e outros, a internet passa a ser utilizada em diversas situações, tais como na aplicação do exercício do Direito.
“Não há mais como negar que a Internet faz parte essencial do dia a dia da sociedade, no entanto, não obstante todos os seus benefícios, há também, como custo, a prática crescente de ilícitos no meio digital. BORTOT (2017, p.339). Como afirma Silva (2000), que a internet, é muito utilizada para o cometimento de crimes. Neste contexto, assim como fica claro que os criminosos se valem de tal ferramenta para se esconderem. Desde modo, é fato que a ameaça futura está diretamente proporcional, aos avanços tecnológicos da informática. 
2.1.3 Aspectos importantes da Internet
Ainda que se fale em problemas, em crimes, ao utilizar a internet, não se pode negar que esta “mudou a comunicação em todo o mundo e está cada vez mais [...], influenciando em nossa vida nos mais variados aspectos: político, econômico, lazer, investigação, comércio e serviços on-line, educação, enfim, nas mais diversas áreas”, como atesta Almeida et al (2017, p. 219).
Pode se afirmar também, que além da internet permitir acesso a diversas formas de comunicação, de informações e de interação de grupos sociais. Ela trouxe consigo um favorecimento de uma economia que permitiu uma acessibilidade de diversas pessoas, a novos computadores, tablets, telefone integrado, telas com melhores recursos e maiores facilidade de uso (touch screem), maior capacidade de armazenagem, note e ebooks e todos com conexão a aplicativos e a redes sociais, atesta assim MARTINI (2013).
2.1.4 Dos Crimes
Almeida et al (2016, p. 222 e 223) reconhecem “proporcionalmente aos benefícios que surgiram com a internet vieram, também, condutas ilícitas praticadas por agentes especializados nesse campo”. Por sua vez, Antonelli e Almeida (2016, p.3) reiteram que “existem várias nomenclaturas utilizadas para designar um crime praticado através de um computador conectado à Internet, dentre elas pode-se citar: crimes virtuais, [...], crimes cibernéticos, cibercrimes, entre outras. Desta maneira, para este labor, será utilizado o termo “crime cibernético”.
Comparável relato traz Pinheiro (2006, p.16), onde informa que o crime cibernético “é qualquer ação típica, antijurídica e culpável, cometidacontra ou pela utilização de processamento automático de dados ou sua transmissão em que um computador conectado à [...] internet – seja o instrumento ou o objeto do delito”.
Se por um lado, as pessoas beneficiaram com uso da internet, Bortot distingue que (2017, p. 339): “a ocorrência desse tipo de crime aumenta a cada dia, e ao contrário do que muitas vezes se imagina, as repercussões não são apenas em face do particular”. 
Em igual pensamento, Almeida et al (2017, p. 219) admitem que “a evolução da internet e o aumento desenfreado da informatização fazem com que os crimes praticados pela internet, [...] sejam cada vez mais frequentes e difíceis de lidar no ordenamento jurídico brasileiro”.
Pereira (2010) por sua vez expõe que a internet, tem sido utilizada para novos conhecimentos, estudos, pesquisas, contudo tem sido também instrumento perigoso para falsificações, acusações mentirosas e insensata, ameaças
Assim, diante da exposição, Bortot (2017, p. 339), perfila:
Além do aumento do número de usuários, outro ponto que influi para a grande quantidade de crimes praticados na internet é a sensação de impunidade que ainda existe. Tal sensação ocorre, uma vez que, devido à ausência de legislação adequada, a determinação da autoria, a competência de julgamento, as provas, as perícias e até mesma a execução das penas, se mostram prejudicadas e ineficientes.
Da mesma forma Pinheiro (2006), assegura que o Direito, devido a diversas situações, tem enfrentado obstáculo para enfrentar este mundo novo, onde tudo é possível, livre, sem regras mundiais, e ainda por cima com a facilidade de permanecerem na obscuridade. 
2.1.4.1 Crimes Virtuais próprios e impróprios 
Almeida et al (2015, p.224) expõe que os crimes cibernéticos “podem ser classificados em próprios ou puros, e, ainda, em impróprios ou impuros. Em complemento a saber, Oliveira et al (2017) relata que os crimes próprios, sendo assim pode ser explicado como o agente da conduta utiliza o próprio computador da vítima, seja para extração ou modificação de dados, bem como danificar o próprio aparelho. Por outro lado, nos impróprios, o criminoso irá praticar o crime através do computador, ou seja, o computador é apenas um meio para consumação da má conduta, seus efeitos vão além da informática.
2.1.4.2 Crimes mais comuns 
Caetano (2015, p.5) relata que “apesar de sua linguagem pouco tradicional, os crimes associados a estes são de amplo conhecimento e comumente cometidos, tais como roubos, estelionato, chantagem, apropriação indébita, e mesmo outros nem tão comuns”. De igual efeito, Quadro 1 a seguir, evidencia que os principais crimes cibernéticos no País, são: roubo de identidade, pedofilia, calúnia e difamação, ameaça, discriminação e espionagem industrial. 
Por sua vez Oliveira et al (2017, p.122) relatam que até mesmo ao receber 
Em nossa caixa de e-mail mensagens denominadas de “spam”, com links fraudulentos que se você clicar pode trazer problemas ao seu sistema informático ou então, ao tentar baixar um programa em algum site da internet, muitas vezes nos deparamos com um aviso de “malware” encontrado, que é um software que se instala no computador sem permissão do usuário, também podendo causar danos ao computador. Também é muito comum na internet os crimes de pedofilia, calúnia, bem como a violação da intimidade que acaba por denegrir a imagem e causar constrangimento a terceiros, além de muitos outros.
Nunes, por sua vez, (2015, p. 16 e 17) fundamenta que os principais crimes cibernéticos cometidos no Brasil, são: “Pirataria; Dano ao Patrimônio (vírus); Sabotagem; Pornografia infantil; Apropriação Indébita; Estelionato; Divulgação de Segredo; Crimes contra a Liberdade Individual; Difamação, Injúria e Calúnia; Falsa Identidade”. Deste modo, Oliveira et al (2017, p. 123) afirma que “outro crime cometido são as violações de direitos autorais, seja pela cópia ilícita de arquivos, que são facilmente disponibilizados na rede, utilização de falsas “chaves” para tornar softwares falsos como “verdadeiros”.
É notório que todo Crime traz consigo mazelas e dores às pessoas que sofreram o ato em si, todavia é relevante expor aqueles que são evidenciados com maior frequência, como se cita a Pedofilia. Desta forma, o Ministério Público Federal (2016), fundamentado pelo Artigo 240 e 241 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), tipifica o crime ao produzir ou comercializar imagens e fotografias de crianças e adolescentes em atos pornográficos e/ou cenas de sexo explícito. Da mesma forma Oliveira et al (2017, p.124) ressalva que a pedofilia ocorre “quando o criminoso divulga fotos ou vídeos obscenos de crianças na internet, [...], portanto, divulgar conteúdo pornográfico expondo crianças e adolescentes na internet é configurado crime”. 
Segundo dados da Policia Federal e da ONG Safernet Brasil (2018) – (entidade que monitora crimes e violações na internet), nos anos de 2012 e 2013 a pornografia infantil foi o delito que mais houve denúncia, conforme sinaliza a Figura 1.
 
Figura 1: Polícia Federal e ONG Safernet Brasil – Infográfico elaborado 2014 – Acesso 2018
	 Da mesma forma, o racismo, conforme Art. 20, da Lei nº 7.716/89, também se faz presente como um dos crimes mais comuns na internet, o qual o Ministério Público Federal (2016, p.295) cita que “O principal dispositivo para tipificação de crimes cibernéticos é o artigo 20: praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. 
2.1.4.3 Números no Brasil e em Goiás
Neste contexto, pode ser afirmar que muitas pessoas já ouviram falar dos crimes cibernéticos, contudo não fazem a mínima ideia que eles realmente existem, mas há um fato que se sobrepõe a esta crença, apresenta-se dados reais de pesquisa, conforme Quadro a seguir 
Quadro 2 Crimes cometidos no Brasil 2015 a 2017
	GERAL
	Inquéritos em âmbito nacional
	No estado de Goiás
	Ano
	Instaurados
	Relatados
	Instaurados
	Relatados
	2015
	1.909
	1.452
	32
	23
	2016
	1.556
	1.634
	26
	24
	2017
	1.703
	1.359
	50
	24
Fonte: Policia Federal e Civil do Estado de Goiás.
2.1.4.4 Leis no Brasil 
 Para Paulino (2001), não há dúvidas quanto à necessidade da criação de novas leis mais severas, para estabelecer regras sobre a inviolabilidade do sigilo de dados. Diante do exposto, Pereira (2010, p. 42) fundamenta que o “Direito Brasileiro só agora parece despertar para essa urgente necessidade 	de criação de normas legais que disciplinem os crimes cometidos por meio de computadores”. Do mesmo modo, Pinheiro (2006, p.16) expressa que “atualmente não há legislação específica definindo o que é crime na rede. Assim, eventuais condenações são feitas com base no Código Penal, que foi reformado em 1984 – antes, portanto, da existência da internet”.
Como tentativa do Estado para coibir tais crimes, é oportuno citar que no ano “de 2012 fora sancionada [...] “Lei Carolina Dieckmann” como ficou conhecida a Lei Brasileira nº 12.737/2012. [...] a qual promoveu, entretanto, algumas alterações no Código Penal Brasileiro”.
Esta lei foi em atendimento a atriz Carolina Dieckmann, que teve fotos íntimas vazadas na internet, e por sua vez alterou o código penal, dando maior firmeza para coibir crimes desta espécie. Neste pensamento, entende o Ministério Público do Estado de São Paulo (2013, p.1) que,
Apelidada de “Lei Carolina Dieckmann”, a Lei nº 12.737, de 30 de novembro de 2012, entrou em pleno vigor no último dia 3 de abril de 2013, alterando o Código Penal para tipificar os crimes cibernéticos propriamente ditos (invasão de dispositivo telemático e ataque de denegação de serviço telemático ou de informação), ou seja, aqueles voltados contra dispositivos ou sistemas de informação e não os crimes comuns praticados por meio do computador.
 Segunda Almeida et al (2015) A nova lei teve repercussão, em razão disto teve o nome “Lei Carolina Dieckmann”, em alusão a uma atriz conhecida de grande público, que teve seu computador invadido, onde suas fotos pessoais, foram expostas, indevidamente, na internet.O Ministério Público do Estado de São Paulo (2013), reforça que a lei criada, é um princípio, mas contém inúmeras falhas e confrontos com o sistema penal e processual atual. Porém ressalta, que esta não é capaz de punir com maior rigor os crimes cibernéticos. Inclusive, proclama que as penas cominadas são ínfimas em face à gravidade das condutas.
Ainda com relação ao combate a crimes cibernéticos, foi proposto a PL 84/1999 a qual dispunha sobre crimes e penas com relação ao meio cibernético. Assim, Bortot (2017, p.350), que a “PL 84/99 inicialmente apresentada pelo ex-deputado federal Luiz Piauhylo, e posteriormente alterada pelo então senador Eduardo Azeredo, dispunha sobre os crimes, penas e outras providências quanto ao meio virtual” 
Esta PL foi transformada a Lei Azeredo, trazendo consigo regência para o Crime Racial, da mesma forma que permitia que, à pessoa vitimada, retirasse teor sobre o assunto dos órgãos de comunicação, tais como, rádio, TV ou internet, ou de qualquer meio. Bem como, trouxe consigo uma solicitação para criação de medidas, visando ação. BORTOT (2017).
A partir de 2014 ocorreu o marco civil da internet, que segundo Ministério Público Federal (2016) expõe que Lei 12.965/2014, denominado “Marco Civil da Internet” que traz consigo, a responsabilidade de direcionar as bases do funcionamento da rede na Legislação Brasileira, bem como direcionar os assuntos de direito de marca, proteção de dados, e outros. Igualmente elucidado por Bortot (2017, p. 349) relata que o “marco Civil da internet que por sua vez, regula a internet no Brasil estabelecendo princípios, garantias, direitos e deveres para o seu uso, para os usuários e também para o próprio Estado”
2.1.4.5 Deficiência da Lei 
Do mesmo modo Bortot (2017) afirma que embora houve progresso na legislação, esta ainda carece de desenvolvimento como se nota que a Lei Azeredo tinha uma linguagem imprecisa, apresenta afrontamento a privacidade e a liberdade. Por sua vez a Lei Dieckmann não considerou como crime a indisponibilidade de sistemas de informação de entidades privadas, como sites de banco, não considerou o “vasculhar” ambiente alheio e não protege os dispositivos que não possuem mecanismo de segurança. Quanto ao Marco Civil da Internet, não é todo eficiente pois o mundo virtual e físico encontra-se em velocidades diferentes.
Pereira (2010, p.41), reforça que “embora representem um avanço significativo no combate à criminalidade na Internet no Brasil, as leis pátrias deixaram a desejar em vários aspectos, restando muito a ser feito quanto a criminalidade digital”. De igual modo Bortot (2017) relata também “como ineficiência aos crimes pode se enumerar ainda a ausência de profissionais capacitados, necessidade de cooperação internacional”.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
		
Para execução do trabalho, utilizou se de uma revisão de literatura com base em fichamento de livros, internet, pesquisa junto a órgãos Governamentais, dentre outras fontes. Para tal, será utilizado a abordagem qualitativa para tratamento dos dados correspondente a interpretação que se fará acerca das fontes bibliográficas exploradas. 
Como instrumento para coleta de dados, utilizou-se livros de maior relevância sobre o assunto, a fim de se obter uma melhor apreciação do conteúdo apresentado na pesquisa, bem como se estudou os diplomas legais, cita-se o ECA, na forma dos Art. 240 e 241, Art. 20 da Lei nº 7.716/89.
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
	É impensável nos dias atuais, pensar em um mundo sem internet. Conforme sinalizaram Bortot (2017) e Nunes (2015), contudo o uso responsável nem sempre é usual. No Brasil acontece diversos crimes cibernéticos, cita-se racismo, roubo de identidade, calunia, difamação, discriminação, pedofilia e outros, por relato de Pinheiro (2006), Oliveira et al (2017), bem como Ministério Público Federal (2016).
	O trabalho elucidou as Leis Carolina Dickemann, Azeredo e o Marco da Internet, tendo como objetivo a solução dos delitos. Contudo, o que se observa é que as leis ainda não contemplam uma solução satisfatório, embora seja um princípio, por relato de Bortor (2017) e Pereira (2010)
5 CONCLUSÃO
	O desenvolvimento das tecnologias tem favorecido o crescimento e acesso à internet por diversas pessoas. Todavia esta expansão trouxe também o uso dos meios computacionais de forma inadequada. 
	Existem diversos tipos de crimes feitos por computadores, os quais, podem ser chamados de crimes informáticos, cibercrimes ou crimes cibernéticos, sendo que foi optado pela nomenclatura de crimes cibernéticos.
 	Sabe-se que existe muitas facilidades ao cometer o crime cibernético, até pelo fato de ficar impune pelo delito e também pelo anonimato do ato. Foram criadas Leis Carolina Dieckman, Lei Azeredo e Marco Civil da Internet. Contudo o que todas tem em comum é que ainda não foram suficientes para eliminar ou até mesmo educar, ou evitar os crimes cibernéticos.
Cogita-se a uma maior intervenção do estado na parte de segurança e ética no vasto campo da internet, conforme relata Rosa (2007, p. 43)
Sobretudo, faz-se mister uma intervenção legislativa do Estado. Ao estabelecer novas categorias, o legislador torna disponível aos usuários da informática um padrão ético de comportamento diante da tecnologia e torna mais transparente a responsabilização penal, canalizando a atenção para a necessidade de estabelecerem procedimento de segurança [...]. 
De igual pensamento, é necessário conscientização de que de apenas a criação de leis, decretos e manuais de conduta, não trarão grandes resultados no combate aos crimes de informática (ANTONELLI e ALMEIDA, 2016). Ou melhor, o Estado deve investir em leis mais rígidas, tecnologias, e na área policial com seu trabalho atuante na linha de frente.
Contudo o que se espera, que ao acessar este universo de conhecimento, de comunicação e de informação, o usuário seja também capaz de discernir sites responsáveis, compromissados com o conhecimento e com a verdade, ou seja que este ao fazer uso da internet, aja com atos e atitudes de Cidadão consciente. 
CRIMES PRACTICEDS THROUGH CYBERNETICS
This work had as object of study the crimes practiced through the computer means, that is, by cybernetic means. In recent years Brazil has created Law Azeredo, Dieckmann and Civil Internet Framework, the fight against cyber crime. It is reported that types of crimes such as: fraud, identity theft, pedophilia, racism and others. All with moral, physical, social, economic and other damages, causing difficulties to haunt and involve without act. You have also created a collection of laws to combat cybercrime, not yet found. As a result of the survey, it may be that the internet user is not yet covered by applicable laws and the state.
0
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Remy Gama. Crimes da Informática. Online: Copymarket.com, 20000. 31 p.
SILVA, Gabriela Massa Bezerra da; DAOLIO, Raquel Pinton Geraldino. A importância da internet como ferramenta estratégica para o negócio da empresa. Revista Gestão em Foco, São Paulo, n. 9, p.132-137, 2017.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. 1ª, 3ª tiragem. Niterói: Impetus, 2007.
BRASIL. Lei 8.069, de 13 de jul. de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília, DF, jul. 1990.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, out. 1988.
BRASIL. Lei 12.735, de 30 de nov. de 2012. Lei Azeredo, Brasília, DF, nov. 2012.
 BRASIL. Lei 7.716, de 05 de jan. de 1989. Crimes resultantes de preconceito de raça e de cor, Brasília, DF, jan. 1989.
BRASIL. Lei 7.377, de 30 de nov. de 2012. Lei Carolina Dieckmann, Brasília, DF, nov. 2012.
BRASIL. Lei 12.965, de 23 de abr. de 2014. Marco Civil da Internet, Brasília, DF, nov. 2014.
PINHEIRO, Emeline Piva. CRIMES VIRTUAIS: UMA ANÁLISE DA CRIMINALIDADE INFORMÁTICA E DA RESPOSTA ESTATAL. 2006. 34 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2006.
BORTOT, Jessica Fagundes. CRIMES CIBERNÉTICOS: ASPECTOSLEGISLATIVOS E IMPLICAÇÕES NA PERSECUÇÃO PENAL COM BASE NAS LEGISLAÇÕES BRASILEIRA E INTERNACIONAL. Virtuajus, Belo Horizonte, v. 2, n. 2, p.338-362, 12 dez. 2017. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/virtuajus/article/view/15745/15745-56007-1>. Acesso em: 05 abr. 2018.
ALMEIDA, Jéssica de Jesus; MENDONÇA, Allana Barbosa; CARMO, Gilmar Passos do. CRIMES CIBERNÉTICOS. 2015. 22 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Universidade Tiradentes – Unit, Estância, 2015.
MARTINI, Thaís Cunha. O padrão de uso da internet e redes sociais on-line no Transtorno do Humor Bipolar. 2013. 108 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
ANTONELLI, Humberto Lidio; ALMEIDA, Emerson Gervásio de. A Internet e o Direito: Uma abordagem sobre cibercrimes. 2016. 7 f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências da Computação/Engenharia Civil, Universidade Federal de Goiás - UFG, Catalão, 2016.
PEREIRA, Tatiane. CRIME VIRTUAL. 2010. 77 f. Monografia (Especialização) - Curso de Direito, Universidade do Vale do ItajaÍ-univali, Florianópolis, 2010.
PAULINO, José Alves. Crimes de Informática. Brasília: Projecto Editorial, 2001.64 p. 
BRASIL. Luiza Cristina Fonseca Frischeisen. Ministério Público Federal (Org.). Roteiro de Atuação Crimes Cibernéticos. 3. ed. Brasília: 2ª Câmara de Coordenação e Revisão Criminal, 2016. 446 p. (Série Roteiros de Atuação - vol.5).
SÃO PAULO. Ministério Público do Estado de São Paulo. NOVA LEI DE CRIMES CIBERNÉTICOS ENTRA EM VIGOR. São Paulo: Centro de Apoio Operacional Criminal, 2013. 5 p. Disponível em: <http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_criminal/notas_tecnicas/NOVA LEI DE CRIMES CIBERNÉTICOS ENTRA EM VIGOR.pdf>. Acesso em: 07 abril 2018.
CAETANO, Aldo Maxwell Pereira de Mesquita. CRIMES VIRTUAIS: APLICAÇÃO, FALIBILIDADE E IMPUNIDADE. 2015. 20 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Universidade Tiradentes – Unit, Aracaju, 2015.
NUNES, Massio Barbosa. CRIMES VIRTUAIS: UMA ANÁLISE ACERCA DE ALGUNS DE SEUS ASPECTOS. 2015. 36 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Centro de Ensino Superior do Ceará Faculdade Cearense, Fortaleza, 2015.
ROSA, Fabrízio. CRIMES DE INFORMÁTICA. 3. ed. Franca: Bookseller, 2007. 140 p.
ANEXO a - crimes cibernéticos mais comuns
	Quadro 1
	
	Roubo de identidade 
	Os piratas virtuais enganam os internautas e se apoderam de suas informações pessoais para fazer compras on-line ou realizar transferências financeiras indevidamente. 
	Pedofilia
	Internautas criam sites ou fornecem conteúdo (imagens e vídeos) relacionado ao abuso sexual infantil. 
	Calúnia e difamação
	Divulgação de informações --muitas vezes mentirosas-- que podem prejudicar a reputação da vítima. 
	Ameaça
	Ameaçar uma pessoa --via e-mail ou posts, por exemplo--, afirmando que ela será vítima de algum mal. 
	Discriminação
	Divulgação de informações relacionadas ao preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
	Espionagem industrial
	Transferência de informações sigilosas de uma empresa para o concorrente. 
	Fonte: UOL/Folha, por Juliana Carpanez (2017)

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