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Mariana Marques – T29 Papilomavírus Humano – HPV INTRODUÇÃO ▪ São capazes de causar infecções líticas, crônicas, latentes e transformantes ▪ Os papilomavírus humanos causam verrugas, e vários genótipos estão associados ao câncer humano ▪ HPV tipos de 1 a 100+ (conforme determinado pelo genótipo, tipos definidos pela homologia do DNA, tropismo tecidual e associação com oncogênese) ▪ A infecção pelo HPV é bastante comum e geralmente de pouca significância clínica (80% a 90% resolução espontânea no primeiro ano) ▪ A manifestação mais grave do vírus é o câncer cervical CARACTERÍSTICAS DO HPV ▪ Vírus da família Papillomaviridae ▪ É uma IST, adquirido por contato íntimo e infecta células epiteliais da pele ou mucosas ▪ Pode ser ainda distinguido como HPV cutâneo ou da mucosa com base nos tecidos suscetíveis ▪ O tropismo tecidual e a apresentação da doença dependem do tipo de papilomavírus ▪ Os vírus causam crescimento benigno de células em verrugas, que desaparecem de forma lenta e espontânea, como resultado da resposta imune ▪ A infecção por HPV está oculta em respostas imunes e persiste ▪ Determinados tipos de HPV como o HPV-16 e 18 estão associados a carcinoma cervical TRANSMISSÃO ▪ Contato Sexual: • Por intermédio de intercurso sexual: genital-genital, manual-genital, oral-genital • Uso de preservativo pode reduzir o risco, mas não é totalmente seguro ▪ Rotas não-sexuais: • Mãe para o recém-nascido (transmissão vertical - rara) • Objetos (exemplos: roupas íntimas, luvas cirúrgicas, fórceps para biópsias) ESTRUTURA ▪ Possui capsídeo icosaédrico descoberto pequeno ▪ O genoma do DNA é circular de dupla fita e codifica cerca de oito genes precoces (E1 à E8) e dois genes estruturais (L1 e L2) ▪ Proteínas E6 e E7 inativam p53 e RB para promover o crescimento celular ▪ Proteínas L1 e L2 são as principais proteínas de reconhecimento das células que o vírus faz tropismo ▪ LCR é a região de controle e regulação do vírus ▪ Seis genes que são responsáveis pela transcrição, multiplicação e regulação viral Mariana Marques – T29 REPLICAÇÃO: ▪ O ciclo de replicação do HPV está ligado ao ciclo de vida do queratinócito (células diferenciadas do tecido epitelial) e da célula epitelial da pele e mucosa ▪ O vírus alcança a camada de células basais através de fissuras na pele ▪ A proteína L1 do HPV é a proteína de ligação viral e inicia a replicação por ligação a proteoglicanos ▪ Os genes precoces do vírus estimulam a multiplicação celular, o que facilita a replicação do genoma viral pela DNA polimerase da célula hospedeira ▪ O aumento no número de células induzido pelo vírus causa o espessamento da camada basal (verruga, condiloma ou papiloma) ▪ À medida que a célula da pele infectada amadurece e se direciona para a superfície, o vírus atravessa as camadas da pele, sendo liberado com as células mortas da camada superior PATOGÊNESE ▪ Os papilomavírus infectam e se replicam no epitélio escamoso da pele (verrugas) e membranas mucosas (papilomas genitais, orais e conjuntivais) para induzir a proliferação epitelial ▪ a infecção viral permanece localizada geralmente regride de forma espontânea ▪ Alguns tipos estão associados a displasias que podem tornar-se cancerígenas RESPOSTA IMUNE ▪ É realizada pelas imunidades inata e celular, as quais, quem bom são importantes para o controle e resolução da infecção ▪ As respostas inflamatórias são necessárias para ativar as respostas citolíticas de proteção e promover a resolução das verrugas ▪ as pessoas imundas suprimidas quem apresenta infecções mais graves ▪ População de risco: • Pessoas sexualmente ativas ▪ Síndromes Clínicas: • Verruga: proliferação benigna e autolimitada que regride com o tempo • Tumores de cabeça e pescoço: os papilomas orais são os tumores epiteliais mais benignos da cavidade oral • Verrugas anogenitais: ocorrem sobre epitélio escamoso dos órgãos genitais externos e regiões perianais • Displasia cervical e neoplasia: infecção do trato genital feminino por HPV do tipo de alto risco está associada a neoplasia cervical intraepitelial e câncer, que se desenvolvem por meio de alterações celulares contínuas e progressivas, desde neoplasias leves a moderadas e neoplasias graves ou carcinoma in situ Infecção transitória: quando a pessoa se infecta com o vírus até uma vez por ano Infecção persistente: quando a pessoa se infecta com o vírus mais de três vezes por ano, de vírus distintos, gerando infecções de alto risco (maior probabilidade de desenvolver câncer) Mariana Marques – T29 TIPOS ONCOGÊNICOS DE HPV - IMPORTANTE CAUSA DO CÂNCER CERVICAL ▪ 99% dos casos associados à infecção pelo HPV ▪ Quarta causa de morte por câncer em mulheres ▪ Incidência: 570.000 casos por ano ▪ Brasil: 16.710 casos por ano e 6.526 mortes por ano ▪ Doença totalmente prevenível: com detecção precoce há cerca de 100% de chances de cura REPLICAÇÃO ACOMPANHA DIFERENCIAÇÃO CELULAR ▪ HPV de baixo risco: • As células epiteliais possuem quatro camadas: basal, espinhoso, granuloso e córneo • A camada basal está em constante proliferação • Quando a camada basal está infectada pelo vírus realiza a estimulação de mais produção de células, levando a acantose (aumento de crescimento de células espinhosas), a camada granulosa estimula à produção de queratina, levando à formação da verruga e a camada córnea vai descamar, liberando o vírus que irá reinfectar através de micro lesões e repetir o processo ▪ HPV de alto risco: • O vírus induz a célula a formar um câncer • É necessário ter uma micro lesão na mucosa para que o vírus chegue até a camada basal • Não requer o estímulo da queratina, não forma verruga DIAGNÓSTICO ▪ Realizado através de análise da morfologia celular: biópsia, papanicolau e colposcopia ▪ Em caso de alterações deve-se realizar a confirmação do diagnóstico através de testes moleculares: PCR ou captura hídrica (realizam a detecção do genoma viral) ▪ Outros motivos para solicitar os testes moleculares: laudos inconclusivos, lesões persistentes, pacientes com recidivas e histórico familiar positivo TRATAMENTO ▪ Objetivo: erradicar as lesões e eliminar a infecção ▪ Verrugas: desaparecimento espontâneo, pode levar meses ou anos, a intervenção só é indicada para lesões dolorosas ou volumosas através de métodos físicos (remoção por crioterapia, eletrocauterização, excisão com alça diatérmica e laser) ou métodos químicos (podofilina, ácido tricloroacético) ▪ Carcinoma cervical: remoção cirúrgica + quimioterapia ou radioterapia PREVENÇÃO ▪ Preservativo: previne 100% dos casos de câncer cervical previne 80 a 90% dos casos de condiloma ▪ Mudança do comportamento sexual ▪ Eliminação dos fatores de risco ▪ Vacinação (já se encontram no Plano Nacional de Imunizações) • Vacinas: Gardasil (tetravalente: 06, 11, 16 e 18), Cervarix (bivalente: 16-18) e Nonavalente (aprovada) ▪ Diagnóstico precoce
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