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Rim no Metabolismo Ósseo

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Mariana Marques – T29 
Rim no Metabolismo Ósseo 
---------------------------------------------------------------------------------- 
INTRODUÇÃO 
 O fósforo e o cálcio, possuem um importante papel formação e na manutenção dos ossos e dentes 
 
REABSORÇÃO E EXCREÇÃO DE CÁLCIO E FÓSFORO 
 Estrutura que realiza absorção: rins 
 Hormônios que regulam o metabolismo de Cálcio: paratormônio e calcitriol 
 Local de maior armazenamento de cálcio: ossos 
 Local renal que ocorre a absorção: túbulos contorcidos proximais e distais 
 Local de produção dos hormônios: tireóide/paratireoide (paratormônio) e pele (calcitriol - vitamina D) 
 
IMPORTÂNCIA DO CÁLCIO 
 Influencia as células excitáveis (células cardíacas, neurônios, células musculares) 
 Alterações leves na concentração de cálcio podem causar arritmias cardíacas 
 Cálcio total = cálcio iônico (osso) + cálcio circulante (sangue) 
 Valor da concentração normal de cálcio extracelular: 8,5 – 10,5 mg/dl 
 Abaixo do valor normal: hipocalcemia – baixa quantidade de cálcio no sangue (há elevação da 
excitabilidade, gerando contração muscular espontânea e tetania podendo evoluir a óbito) 
 Acima do valor normal: hipercalcemia – alta quantidade de cálcio no sangue (há baixa na 
excitabilidade das células cardíacas, neuronais e musculares, podendo levar o paciente ao coma e 
além disso gera perda de apetite, enjoo, náuseas, constipação intestinal) 
NO INTESTINO: 
 A absorção de cálcio é realizada através da dieta, pela ingestão de alimentos ricos nesse mineral tais 
como leite, queijo, espinafre e brócolis 
 A ingestão de cálcio pela dieta é de aproximadamente 1000mg/dia, das quais, 300mg são absorvidas 
 A secreção de cálcio diária é de aproximadamente 100mg 
 O intestino libera diariamente cerca de 800mg de cálcio pelas fezes 
NOS RINS: 
 Diariamente, cerca de 10.000mg de 
cálcio é filtrada pelos rins, das quais, 
9.800mg são reabsorvidas 
 Perda diária de cálcio na urina = 
200mg 
NOS OSSOS: 
 Quase todo o cálcio do corpo está 
armazenado nos ossos 
 Por dia são incorporados cerca de 
500md de cálcio nos ossos 
 A reabsorção de cálcio diária no osso 
é de 500mg 
Mariana Marques – T29 
HORMÔNIOS CALCIOTRÓPICOS 
POSSUEM TRÊS: 
 Calcitonina: 
 Hormônio produzido na tireoide, com função de controlar a quantidade de cálcio que circula na 
corrente sanguínea, impedindo a reabsorção de cálcio dos ossos, diminuindo a absorção de cálcio 
pelos intestinos e aumentando a excreção pelos rins 
 Paratormônio: 
 Hormônio produzido na paratireóide em resposta às baixas 
concentrações de cálcio no sangue 
 Atua nos ossos, rins e intestino com o objetivo de aumentar a 
disponibilidade de cálcio no sangue e evitar a hipocalcemia 
 É responsável por aumentar a absorção de vitamina D pelo 
intestino 
 Calcitriol: 
 É a forma ativa da vitamina D, associado a mineralização óssea, envolvida em manter os níveis 
séricos do cálcio 
 
AÇÃO DO PTH SOBRE A REGULAÇÃO DO CÁLCIO 
 O paratormônio é capaz de regular estreitamente a concentração de cálcio no meio extracelular, 
agindo diretamente em dois tecidos-alvo: ossos e rins 
 É o hormônio responsável por reestabelecer a concentração de cálcio, toda vez em que se encontra 
abaixo do valor esperado 
 A glândula paratireoide possui receptores de cálcio sensitivos, capazes de avaliar a concentração 
sérica do mineral 
 Regulação: 
→ Em altas concentrações de cálcio: há inibição da secreção do PTH 
→ Em baixas concentrações: glândulas da paratireoide se proliferam produzindo mais PTH 
→ Em altas concentrações de fosforo: há estimulação da secreção do paratormônio 
→ Em altas concentrações de calcitriol: há inibição da secreção do paratormônio 
→ Em baixas concentrações magnésio: há inibição da secreção do paratormônio 
 
 
Mariana Marques – T29 
METABOLISMO MINERAL ÓSSEO 
 Formação do osso: osteoclastos (compõe a matriz óssea) e osteoblastos (degrada a matriz óssea) 
 Mineração óssea: incorporação de cálcio e fosforo 
 Remodelação óssea: garante a integridade do esqueleto, incorporando e reabsorvendo cálcio 
 Os osteoblastos liberam enzimas que vão destruir a porção 
proteica, dissolvendo assim, os sais de cálcio e os liberando, 
juntamente ao fósforo na circulação 
 Porcão cortical: camada mais externa dos ossos longos, possui 
tecido ósseo mais denso, permitindo que garantam a 
sustentação do organismo, porém, o processo de remodelação 
nessa região é lento 
 Porção trabecular: encontrada nas extremidades de ossos 
longos e em outros ossos como as vértebras, o tecido ósseo 
assume um aspecto trabecular, essa região é menos densa, 
fazendo com que o processo de remodelação seja bem mais 
rápido 
Observação: A osteoporose consiste na diminuição da quantidade de cálcio, fazendo com que ocorra 
maior reabsorção de cálcio das partes mais distais do osso, levando à uma diminuição progressiva da 
densidade óssea e aumento do risco de fraturas 
 
AÇÃO DO PARATORMÔNIO NOS RINS 
 Nos rins o PTH age estimulando a síntese de calcitriol e aumentando a absorção de cálcio no intestino 
VITAMINA D: 
 A principal fonte da vitamina D é representada pela formação endógena (fisiológica) nos tecidos 
cutâneos após a exposição à radiação ultravioleta 
 Também pode-se obter essa vitamina através da dieta (ingestão através da alimentação) 
 A forma ativa dessa vitamina atua no intestino para absorção de cálcio 
 A vitamina D se divide em duas categorias: 
 Vitamina D2 (ergocalciferol): obtida através da alimentação 
 Vitamina D3 (colecalciferol): obtida através da alimentação e da exposição solar 
 Quando essas duas formas de vitamina caem na circulação sanguínea, são encaminhadas para o 
fígado, onde serão transformadas em calcidiol (forma inativa da vitamina D) pela enzima 25-hidroxilase 
 Quando a concentração sérica 
de cálcio encontra-se baixa e se 
faz necessária a forma ativa da 
vitamina, nos rins, a enzima 1- 
alfa-hidroxilase faz a conversão 
do calcidiol em calcitriol (forma 
ativa). 
 Efeitos da vitamina D ativa: 
 Promove uma reabsorção 
intestinal de cálcio e fosfato 
 Reduz a excreção renal de 
cálcio e fosfato, aumentando 
a reabsorção 
 Possui também discretos 
efeitos nos ossos e rins 
Alimentos/vitaminas 
Mariana Marques – T29 
TRANSPORTE INTESTINAL DE CÁLCIO 
 Dois mecanismos: 
 (1) É o principal e ocorre de forma passiva pela via paracelular, ocorre ao longo 
de todo o intestino e não é controlado pela ação da vitamina D 
 (2) Ocorre de forma ativa pela via transcelular, ocorre apenas no duodeno, 
onde, o cálcio entra na célula através de um canal na membrana apical, a qual é 
realizada por um transportador sódio-cálcio (promove saída do cálcio conforme 
entra sódio) e por um transportador com gasto de ATP, que funciona como uma 
bomba de cálcio 
→ Em quadros de hipoglicemia, o calcitriol é capaz de estimular a via transcelular 
através da produção de calbindina, que se liga no cálcio intracelular livre permitindo 
um aumento na entrada de cálcio, estimulando também, os transportadores a 
liberarem mais cálcio no sangue 
 
REABSORÇÃO E EXCREÇÃO DE CÁLCIO 
 Aproximadamente 65% do cálcio filtrado são reabsorvidos no túbulo proximal, 25% na alça de Henle e 
cerca de 10% nos túbulos distais e coletores 
 A excreção de cálcio é proporcional as necessidades corporais, ou seja, se há aumento na ingestão do 
mineral, haverá também elevação da excreção 
REABSORÇÃO NOS TÚBULOS PROXIMAIS: 
 A maior parte da reabsorção de cálcio no túbulo proximal acontece pela via paracelular, dissolvido em 
água e carregado com o líquido reabsorvido à medida que flui entre as células 
 Uma pequena parcela da reabsorção se dá pela transcelular, em duas etapas: 
 (1) difusão de cálcio do lúmen tubular para a célula, devido à concentração maior de cálcio no lúmen 
tubular quando comparado ao citoplasma celular, e porque o interior da célula tem carga negativa 
em relação ao lúmen tubular 
 (2) o cálcio sai da célulapela membrana basolateral, por meio de uma bomba de cálcio-ATPase e 
pelo contra transportador de sódio-cálcio 
 Não há ação do paratormônio e do calcitriol 
REABSORÇÃO NA ALÇA DE HENLE E NOS TÚBULOS CONTORCIDOS DISTAIS: 
 A reabsorção é controlada principalmente 
pelo paratormônio 
 Quando em altas concentrações: 
estimulam a reabsorção de cálcio nas 
alças ascendentes espessas de Henle e 
nos túbulos distais, fazendo com que a 
excreção urinária seja reduzida 
 Quando em baixas concentrações: 
promove a excreção de cálcio por diminuir 
sua reabsorção nas alças de Henle e nos 
túbulos distais 
 No túbulo distal, a reabsorção de cálcio ocorre 
quase que inteiramente por transporte ativo 
através da membrana celular 
 O calcitriol e a calcitonina também estimulam 
a reabsorção de cálcio na parte ascendente 
espessa da alça de Henle e no túbulo distal 
Mariana Marques – T29 
ABSORÇÃO, EXCREÇÃO E BALANÇO INTERNO DO FÓSFORO 
 O fósforo é um elemento de origem mineral que se encontra amplamente difundido pelos alimentos, 
sejam eles de origem animal ou vegetal 
 Funções do fosforo: 
 Proteção dos órgãos internos-sustentação/resistência à forças de tração 
 Metabolismo energético 
 Estrutura/função das membranas 
 Sinalização intracelular 
 Regulação metabólica (fosforilação/desfosforilação - ativação/inibição de enzimas) 
 Valor da concentração normal de fósforo: 2,5 – 4,5 mg/dL 
 Abaixo do valor normal: hipofosfatemia – As características clínicas incluem fraqueza muscular, 
insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca, convulsões e coma podem ocorrer 
 Acima do valor normal: hiperfofatemia – As características clínicas podem decorrer de hipocalcemia 
concomitante e incluem tetania 
 Valores abaixo de 1,5 mg/dL: pode causar morte por hipotonia 
 
 
TRANSPORTE INTESTINAL DO FÓSFORO: 
 Depende absorção intestinal 
 A via mais importante absorção de fósforo no intestino é a via paracelular 
 A vitamina D tem papel importante na absorção de fosforo intestinal na via transcelular 
 Nessa via, o fósforo entra na célula na forma de fosfato, o qual tem carga negativa assim como o 
meio intracelular, sendo assim, para que consiga entrar, há gasto de energia 
 A entrada é realizada por transportadores sódio-fosfato 
 A saída da célula ocorre de forma passiva através do gradiente eletroquímico 
 
REABSORÇÃO DO FÓSFARO: 
 Ocorre na maior parte pelo túbulo 
proximal (82%) 
 Menor parte (7%) nos túbulos distais 
 Excreção: 11% - importante para fazer 
homeostase do fósforo 
 No túbulo proximal, com o aumento de 
fósforo no sangue, há um estímulo na 
liberação do paratormônio, o qual irá inibir 
os transportadores, impedindo a 
reabsorção, fazendo com que o excesso de 
fósforo seja secretado na urina (fosfatúria) 
Mariana Marques – T29 
REABSORÇÃO E EXCREÇÃO DO MAGNÉSIO 
 Sua principal função ajudar no metabolismo de 
carboidratos, lipídeos, proteínas e eletrólitos, por 
meio da ativação de enzimas 
 Magnésio é um dos minerais que pode levar a 
diminuição a cognição 
 A reabsorção renal ocorre, principalmente na 
porção espessa da alça de Henle (parte 
ascendente), por via paracelular 
 Valor da concentração normal de magnésio: 0,7 – 
1,1 mmol/L 
 Abaixo do valor normal: hipomagnesemia – As 
características clínicas incluem hipopotassemia e 
hipocalcemia concomitantes e incluem letargia, 
tremor, tetania, convulsões e arritmias 
 Acima do valor normal: hipermagnesemia – As 
características clínicas incluem hipotensão, 
depressão respiratória e parada cardíaca 
 
DESEQUILÍBRIO DO METABOLISMO DO CÁLCIO E DO FÓSFORO NA 
Doença Renal Crônica 
 Doença progressiva, que causa uma menor a filtração glomerular 
 Impacto na reabsorção ao longo do túbulo 
 As substancias que deveriam ser filtradas, começam a serem aumentadas no plasma do paciente 
 Promove perda da função renal, gerando uma ativação inadequada do calcitriol e um aumento do 
fósforo, provocando uma queda da absorção de cálcio e fósforo no intestino, devido à diminuição na 
produção de vitamina D, estimulando a produção de paratormônio e levando a um aumento na 
demanda de cálcio e fósforo dos osso, deixando-os mais fracos 
 O aumento de fósforo e de cálcio faz com que ocorra sua deposição nos tecidos, levando à calcificação 
 Há dois possíveis tipos calcificações, sendo consideradas calcificações metastáticas: 
 Calcificação de cálcio + fósforo: hidroxiapatita (deposita-se em vasos, articulações e olhos) 
 Calcificação de cálcio + fósforo + magnésio: amorfo (deposita-se no coração, pulmão e rins) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: Quando a calcificação acontece no coração, pode provocar insuficiência cardíaca, angina, 
infarto, disfunção e arritmia, podendo levar o indivíduo à óbito.

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