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NUTRIÇÃO CLÍNICA Vanessa Cristina de Oliveira Lima Estômago: úlcera péptica e câncer Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Entender a � siopatologia e os fatores de risco para o desenvolvimento de úlcera péptica e do câncer de estômago. Identi� car as alterações nutricionais causadas pela úlcera péptica e pelo câncer de estômago. De� nir a dietoterapia para a úlcera péptica e o câncer de estômago. Introdução O estômago é um órgão exposto a condições internas extremas por causa da presença do suco gástrico, que é rico em ácido clorídrico. Além disso, a mucosa gástrica é um dos primeiros tecidos do trato gastrintestinal a ter contato com o alimento. Nestas condições, o estômago é mais propenso a perigos químicos, físicos e biológicos que podem causar doenças, mesmo com a presença do sistema de defesa contra agentes agressores. Neste capítulo, você aprenderá sobre duas doenças de importante impacto nutricional: a úlcera péptica e o câncer de estômago. Fisiopatologia e fatores de risco da úlcera péptica e do câncer de estômago Úlcera péptica A úlcera péptica é uma lesão profunda que afeta a mucosa gástrica. Ela ocorre em áreas expostas ao ácido e à pepsina devido à quebra das barreiras de defesa, como o muco. As lesões demoram para cicatrizar, pois tanto a exposição ao conteúdo gástrico quanto o tempo de cicatrização são longos, e tornam a úlcera péptica uma doença crônica e reincidente (GRAHAM, 2014). A úlcera péptica é geralmente encontrada l no antro e na junção do antro com o corpo do estômago (respectivamente, 60 e 25% dos casos). Seu principal sintoma é a dor epigástrica, que está relacionada à alimentação: ela aparece cerca de 2h a 3h após uma refeição, diminui de intensidade com a ingestão de alimentos alcalinos (pepino, maçã e batata, p. ex.) e aumenta em períodos de jejum, principalmente à noite. Há também a presença de outros sintomas, como dispepsia, saciedade precoce e náuseas, embora algumas úlceras crônicas sejam assintomáticas (MALFERTHEINER; CHAN; MCCOLL, 2009). O desenvolvimento de úlceras era antigamente relacionado à hipersecreção gástrica. Hoje, sabemos que aumento da acidez estomacal é considerado um sintoma secundário em relação aos sintomas principais, que estão listados abaixo: Infecção por Helicobacter pylori: H. pylori é uma bactéria gram-negativa que coloniza a mucosa gástrica. Ela está presente em 70% dos pacientes com úlceras pépticas, é transmitida pela rota fecal-oral na primeira infância, e pode sobreviver durante décadas. Embora essa bactéria não tenha resistência à luz do estômago, ao ácido clorídrico e à pepsina, ela produz urease para neutralizar o ambiente em meio à acidez gástrica e multiplicar-se na mucosa gástrica e na camada epitelial. Como a produção de urease é extremamente tóxica, o tecido gástrico sofre lesões. Uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): os AINEs são inibidores da ciclo-oxigenase (COX), uma enzima que realiza a biossíntese de prostaglandinas (i. e.: moléculas que estimulam a secreção de muco e a proliferação celular na mucosa). Há duas isoformas de COX: a COX1, (que produz as prostaglandinas), e a COX2 (que surge no organismo na presença de um processo inflamatório). Os AINEs inibem tanto a COX1 quanto a COX2 de forma aleatória, e seu uso contínuo enfraquece o sistema de proteção da mucosa gástrica. Uso excessivo de álcool: o amplo consumo mundial de álcool o classifica como um fator de risco da úlcera péptica. O estômago absorve grande parte do álcool, e sua relação com a mucosa gástrica cria uma inflamação local, afetando a liberação de hormônios e as funções nervosas que secretam ácido clorídrico. A presença de sangue no vômito ou nas fezes também pode indicar a presença da doença. O tratamento cirúrgico da úlcera péptica não é comum, e é feito com medicamentos de ação antissecretora (como o inibidor da bomba protônica), ou citrato de ranitidina bismuto, que são administrados somente em casos extremos, como a perfuração do estômago. Os antibióticos também Estômago: úlcera péptica e câncer 80 são administrados durante 7 dias para eliminar a H. pylori (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA, 2003). Câncer de estômago O câncer de estômago (também conhecido como câncer gástrico) surge como- péptica. Os tumores mais comuns são: adenocarcinoma, linfoma e leiomios- sarcoma. O câncer de estômago afeta poucos jovens, e a maioria de seus casos é encontrada em pessoas entre 55 e 80 anos, sendo duas vezes mais alta em homens do que em mulheres (RUGGE; FASSAN; GRAHAM, 2015). Alguns hábitos são considerados fatores de risco do câncer de estômago, por exemplo: Cigarro: o risco de ter câncer de estômago é 60% maior em homens e 20% maior em mulheres que fumam. Obesidade: pessoas com IMC entre 30 e 35 kg/m2 têm duas vezes mais chances de ter câncer de estômago; para aqueles com IMC maior que 40 kg/m2, o risco é três vezes maior. A pressão abdominal aumenta por causa da gordura, causando refluxo e crescimento celular no tecido adiposo, alterando o ciclo celular em células pré-tumorais. Baixo consumo de frutas, verduras e legumes: esses alimentos ricos em vitamina C, folato, carotenoides, fitoquímicos e antioxidantes, que impedem a carcinogênese. Outros alimentos, como alho e tempero naturais, também ajudam a prevenir o câncer de estômago. Sedentarismo: pessoas ativas têm uma redução de 21% no risco de ter câncer de estômago do que pessoas sedentárias. O tratamento do câncer gástrico é escolhido de acordo com o estadiamento da doença, podendo ser curativo ou paliativo. A primeira parte do tratamento é a cirurgia, que remove a parte afetada do estômago. Se a doença estiver em estado avançado, a cirurgia retira todo o órgão por meio de uma gastrec- tomia. A segunda parte do tratamento é a quimioterapia, que pode ser feita antes da cirurgia (para reduzir o tamanho do tumor) e/ou depois da cirurgia (para eliminar as células tumorais), inclusive em pacientes com metástases. As principais substâncias utilizadas nesse tratamento são ácidos folínico, capecitabina, carboplatina, cisplatina e docetaxel (JAPANESE GASTRIC CANCER ASSOCIATION, 2017). 81Estômago: úlcera péptica e câncer A úlcera péptica pode ser diagnosticada por meio de exames de imagem, achados laboratoriais, sintomatologia e análise do histórico familiar (cerca de 30% dos portadores de úlcera péptica têm um familiar de primeiro grau que também é portador dessa doença). A confirmação diagnóstica também pode ser feita pela endoscopia digestiva alta, que realiza a biópsia do tecido mucoso para confirmar a presença de H. pylori. O diagnóstico do câncer de estômago é feito por meio de exames de imagem, como a endoscopia digestiva alta e o exame radiológico contrastado do estômago. A en- doscopia também permite a biópsia e a avaliação citológica do tumor. Alterações nutricionais da úlcera péptica A úlcera péptica causa intolerância a alguns tipos de alimentos e reduz o consumo alimentar. Essa intolerância varia entre os pacientes, e não está sempre relacionada à acidez do alimento, pois as altas concentrações de sais, açúcares ou condimentos também aumentam os sintomas da úlcera. O baixo consumo de nutrientes (causado tanto pela intolerância quanto pelos sintomas) agrava a doença, pois a pouca quantidade de nutrientes reduz a capacidade de renovação da mucosa gástrica. Além disso, os vômitos causam desidratação e desequilíbrio de eletrólitos, enquanto os medicamentos antiácidos afetam o metabolismo de minerais do organismo, reduzem os níveis de magnésio e fosfato, e causam outros distúrbios gastrintestinais, como constipação. Por causa da redução da ingestão alimentar, alguns portadores de úlcera têm uma menor quantidade de proteínas totais e albumina na concentração sanguínea. O crescimento das crianças portadoras dessas doenças (principalmente as infectadaspor H. pylori) é afetado, e têm um maior risco de adquirir desnu- trição (VOMERO; COLPO, 2014). Estômago: úlcera péptica e câncer 82 A infecção por H. pylori e os medicamentos usados no tratamento da úlcera péptica também reduzem a absorção de alguns micronutrientes. Por exemplo, os antiácidos Lanzol®, Prazol® e Omeprazol® reduzem o pH do estômago e, consequentemente, a absorção de vitaminas. A cobalamina dietética está relacionada às outras proteínas, e assim como o ferro, ela depende do pH ácido no estômago para ser absorvida pelo organismo. Além disso, as lesões ulcerosas enfraquecem a mucosa e reduzem a pro- dução do fator intrínseco. Uma dessas lesões é sangramento gastrintestinal, causada pela H. pylori e associada à anemia. A bactéria também desequilibra a homeostase do ferro corporal, um nutriente importante para o corpo nessas condições. O ferro é essencial para o crescimento da H. pylori, que altera a quantidade de micronutrientes antioxidantes (p. ex.: vitamina C, β-caroteno e vitamina E). Essa alteração acontece em razão do estresse oxidativo criado pela bactéria durante a produção de metabólitos tóxico, o que causa grande concentração de nutrientes antioxidantes. Alterações nutricionais do câncer de estômago Embora o câncer de estômago seja geralmente assintomático a doença tem sintomas indefi nidos em seu estágio avançado, difi cultando o diagnóstico precoce e piorando o prognóstico do paciente. No entanto, há alguns sintomas encontrados em uma grande parte dos pacientes. Por exemplo, a desnutrição: a quantidade de pacientes com câncer gástrico e desnutrição é maior do que o número de pessoas com desnutrição hospitalar. A desnutrição é causada pelas alterações da ingestão alimentar provocadas pelo câncer e pelo tratamento, e ocorre em 80% dos pacientes. Outro sintoma comum é a perda de peso relacionada ao paciente (i.e.: a quantidade de peso perdido varia com o tumor de cada paciente). Cerca de 15% dos portadores desse câncer perdem mais de 10% de seu peso seis meses antes do diagnóstico (GARTH et al., 2010). Há também outros sintomas que ocorrem na região gastrintestinal, como náuseas, vômitos, anorexia, diarreia e, em alguns casos, disfagia e má absorção intestinal, que são causados tanto pelo tumor quanto pela quimioterapia. Considerando todos esses fatores, há também a redução da ingestão calórica, que é agravada pelos longos períodos de jejum necessários para fazer os exames e procedimentos de rotina desses pacientes. (GARTH et al., 2010). Outro distúrbio identificado em grande parte dos pacientes é a síndrome da caquexia/anorexia. Ela causa redução da ingestão alimentar, hipoalbuminemia, perda de peso e redução de massa magra, e estão relacionadas à morbimorta- 83Estômago: úlcera péptica e câncer lidade. Essa síndrome é um fator prognóstico importante para pacientes com câncer, pois ela prevê a sobrevivência global pela perda de peso, e indica a taxa de resposta do paciente para a quimioterapia. A caquexia também está relacionada a outros sintomas, como fadiga, fraqueza e desempenho físico fraco. Os pacientes que perdem peso durante as sessões de quimioterapia paliativa têm a qualidade de vida global e o desempenho reduzidos ao com- parar seus resultados com os dos pacientes que conseguem estabilizar o peso. Para evitar essa redução de desempenho, a terapia nutricional parenteral é usada de forma complementar a outras terapias, pois há pacientes em estado avançado que perdem peso mesmo com suplementação oral ou suporte enteral. Nestes casos, a anemia é outra complicação que atinge os portadores desse câncer (cerca de 50), que pode ser causada por um ou mais desses motivos (ROSANIA et al., 2015): perda de peso; ressecção parcial ou total do órgão; cirurgia de Bypass; redução da produção de ácido clorídrico; sangramentos; baixa ingestão alimentar. A flora brasileira é um vasto campo para investigar novas moléculas com potencial farmacológico. Embora um grande número de plantas seja conhecido, apenas uma pequena porcentagem foi investigada fitoquimicamente, e apenas uma fração dessa porcentagem foi aprovada para ser usada. O mesmo acontece com as plantas popu- larmente medicinais. Temos poucas informações sobre a eficácia e segurança de seus usos, mas sabemos que as infusões de algumas plantas são comuns no tratamento de úlceras. Por exemplo, a Maytenus ilicifolia Mart (conhecida como “espinheira-santa”) é popularmente usada no tratamento da úlcera péptica, mesmo sem a confirmação de sua ação farmacológica. Outras plantas popularmente usadas para tratar úlceras e problemas digestivos são Peumus boldus (conhecida como boldo) e Baccharis genis- telloides (conhecida como carqueja). Embora essas duas plantas tenham compostos químicos isolados (como flavonoides e antioxidantes), os benefícios desses chás não foram cientificamente comprovados. A maioria das pesquisas sobre plantas medicinais está limitada a testes em animais. Além disso, devemos ter cuidado ao usar tratamentos alternativos para úlcera e outros sintomas digestivos, pois algumas plantas possuem compostos que podem ser tóxicos. Estômago: úlcera péptica e câncer 84 Dietoterapia da úlcera péptica Os pacientes com úlcera péptica devem receber uma oferta de calorias que mantenha ou recupere o estado nutricional. A distribuição de nutrientes deve ser feita entre carboidratos (50-60%), proteínas (10-15%), e lipídios (25-30%). No entanto, essa distribuição pode ser alterada, pois os valores de nutrientes devem estar de acordo com as necessidades do paciente. A proteína é essencial para a cicatrização das lesões: recomenda-se até 1,2 g/kg/peso/dia de ingestão de proteínas no estágio agudo da doença (5 a 8 semanas), e até 1,5 g/kg/peso/ dia no estágio de recuperação. O carboidrato é o nutriente que mais deve ser ajustado às necessidades do paciente, pois seu excesso causa fermentação no estômago. Por fi m, a gordura não deve ser consumida em excesso, e a dieta dos pacientes deve ser rica em fi bras (20 a 30 g/dia), pois atuam como tampões e reduzem a quantidade de ácidos no estômago e o tempo de trânsito intestinal (VOMERO; COLPO, 2014). Sabemos que o uso de algumas substâncias – por exemplo, tabaco e álcool – pioram o estado da úlcera péptica. Também sabemos que algumas práticas saudáveis devem ser adotadas no tratamento e na prevenção dessa doença, como a manutenção do peso corporal e exercícios físicos. Entretanto, devemos evitar alguns alimentos que aumentam os sintomas da úlcera péptica, como café (incluindo os descafeinados), refrigerantes de cola e chás, pois a cafeína a secreção de suco gástrico e irrita a mucosa. Algumas comidas apimentadas, como mostarda e chocolate também devem ser evitadas, pois apresentam os mesmos efeitos dessas bebidas. Por sua vez, as bebidas gaseificadas (como refrigerantes e água com gás) causam distensão gástrica e agravam os sintomas dispépticos da úlcera. No entanto, devemos considerar tolerâncias individuais ao se retirar um alimento da dieta, pois esses sintomas não se manifestam em todos os pacientes (VOMERO; COLPO, 2014). Dietoterapia do câncer de estômago Os portadores de câncer de estômago devem seguir uma terapia nutricional. Após a gastrectomia, os pacientes devem ingerir líquidos em pequenas quanti- dades de maneira frequente, e com pequenas porções de carboidrato para evitar a síndrome de Dumping. Em relação à via de administração, aconselhamos escolher a via oral ou a via enteral, pois são mais fi siológicas e têm menos efeitos adversos. Além disso, recomendamos o suporte enteral a pacientes que tenham o trato gastrintestinal em funcionamento e uma ingestão com menos 85Estômago: úlcera péptica e câncer de 75% das suas necessidades por mais de 2 semanas. Se a terapia não tiver efeito em 4 semanas, a alimentação pode ser ofertada via sonda nasogástrica ou sonda nasoenteral. Depois desse período, sugerimos a alimentação por meio da jejunostomia. Se otrato gastrintestinal do paciente não estiver em funcionamento (ou o paciente desenvolveu síndrome de intestino curto após a ressecção cirúrgica), recomendamos o uso do suporte parenteral(ROSANIA et al., 2015). Há três tipos de nutrição adotas por um paciente com câncer de estômago. São elas: Nutrição pré-operatória: o risco de infecções, melhorar a cicatrização e reduzir o risco de mortalidade em pacientes que farão cirurgias. A dieta deve ser rica em imunonutrientes (como arginina, ômega três e nucleotídeos) para reforçar o sistema imunológico. Essa nutrição deve ser aplicada de 5 a 7 dias antes da cirurgia. Recomendamos uma oferta pré-operatória de carboidratos (800 ml de um líquido, com 12,5% de carboidratos na noite anterior à cirurgia, e 400 ml 2h antes da indução da anestesia), para regular o metabolismo e as funções intestinais. Nutrição pós-operatória: mantém o estado nutricional durante o pe- ríodo catabólico após a cirurgia. É necessário um ano para recuperar o estado nutricional do paciente, pois o apetite, a ingestão alimentar e o paladar são afetados. A realização de jejunostomia após a cirurgia de câncer gástrico é considerada normal, pois o intestino delgado volta a funcionar cerca de 6 a 12h após o procedimento. Essa via é segura, evita complicações pós cirúrgicas, e agiliza a recuperação do paciente. Suplementação: se o paciente apresentar falta de vitamina B12 depois da cirurgia, deve-se considerar a suplementação curativa ou a suple- mentação profilática de ferro, ácido fólico e vitamina B12. A falta de vitamina é causada pela redução do fator intrínseco, que precisa dessa vitamina para ser produzido pelas células parietais. A suplementação é feita tanto por via parenteral quanto por via oral, por causa de um mecanismo secundário de transporte ativo da vitamina no intestino. Alguns pacientes têm problemas para absorver nutrientes devido à insuficiência pancreática. Entretanto, não há evidências científicas do uso de suplementação de enzimas digestivas na dietoterapia. Estômago: úlcera péptica e câncer 86 O polifenol é uma molécula bioativa presente no metabolismo secundário de algumas plantas, vegetais e frutas. Essa molécula foi reconhecida recentemente como um ingrediente alimentar natural que deve estar na dieta balanceada de um paciente com úlcera péptica. Essa substância tem ação antissecretora e antiúlcera, além de propriedades de combate ao estresse antioxidativo (FARZAEI; ABDOLLAHI; RAHIMI, 2015). O polifenol se tornou um aliado fundamental na terapia nutricional de úlceras pépticas, e é possível encontrar essa molécula nos seguintes alimentos: maçã; curcumina; abacaxi; acerola; maracujá; chá verde; chá preto. Acesse o link ou código QR para saber mais sobre o diagnóstico e tratamento da síndrome de Dumping, uma intercorrência comum em pacientes que retira- ram tumores de estômago. Ela também ocorrer em pacientes de cirurgia bariátrica. Essa síndrome causa mal-estar, e a manipulação da dieta também faz parte do tratamento: https://goo.gl/83eByF 87Estômago: úlcera péptica e câncer https://goo.gl/83eByF 1. A úlcera péptica é uma lesão que atinge as camadas superficiais e profundas do estômago, levando ao desenvolvimento de sintomas gastrointestinais, como dor, azia, náusea e vômito. Alguns alimentos comprovadamente potencializam esses sintomas gastrointestinais, por induzirem um aumento da secreção ácida. Qual dos alimentos a seguir tem essa propriedade? a) Maçã. b) Pepino. c) Batata. d) Café. e) Uva. 2. O câncer de estômago é uma doença que tem forte influência de fatores relacionados ao estilo de vida, como uma dieta saudável. Alguns métodos de conservação de alimentos envolvem a inclusão de substâncias com potencial ação cancerígena. Qual alternativa a seguir traz uma dessas substâncias? a) Nitrato. b) Ácido cítrico. c) Ácido lático. d) Lactitol. e) Goma xantana. 3. As fibras são um nutriente importante para a saúde do trato digestivo como um todo. No paciente portador de úlcera, seu consumo auxilia no controle da acidez e na melhora da motilidade gastrointestinal. Assinale a alternativa que traz a recomendação diária de fibras para o paciente com úlcera péptica. a) 5 g a 15 g. b) 10 g a 20 g. c) 15 g a 25 g. d) 20 g a 30 g. e) 30 g a 40 g. 4. Uma dieta rica em imunonutrientes pode auxiliar o reforço do sistema imunológico, preparando o paciente para ser submetido à cirurgia de câncer de estômago e melhorando o processo de recuperação pós-cirurgia. Dentre os imunonutrientes utilizados nesse manejo nutricional, pode-se citar: a) alanina. b) arginina. c) triptofano. d) metionina. e) histidinia. 5. A úlcera péptica e o câncer gástrico podem apresentar alguns aspectos em comum, como o processo de deterioração da mucosa gástrica. Além disso, algumas alterações nutricionais também são comuns às duas doenças. Assinale a alternativa que traz uma alteração nutricional comum a essas duas doenças. a) Síndrome da caquexia/anorexia. b) Redução dos níveis de magnésio. c) Anemia. d) Redução da percepção do paladar. e) Redução dos níveis de fosfato. Estômago: úlcera péptica e câncer 88 CHAVES, Y. S.; DESTEFANI, A. C. Fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da síndrome de dumping e sua relação com a cirurgia bariátrica. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, São Paulo, v. 29, p. 116-119, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ abcd/v29s1/pt_0102-6720-abcd-29-s1-00116.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2018. FARZAEI, M. H.; ABDOLLAHI, M.; RAHIMI, R. Role of dietary polyphenols in the manage- ment of peptic ulcer. World Journal of Gastroenterology, Beijing, v. 21, n. 21, p. 6499, 2015. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA. Úlcera péptica. São Paulo: FBG, 2003. Disponível em: <https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/ulcera-peptica. pdf>. Acesso em: 23 out. 2017. GARTH, A. K. et al. Nutritional status, nutrition practices and post operative complica- tions in patients with gastrointestinal cancer. Journal of Human Nutrition and Dietetics, Oxford, v. 23, p. 393-401, 2010. GRAHAM, D. Y. History of Helicobacter pylori, duodenal ulcer, gastric ulcer and gastric cancer. World Journal of Gastroenterology, Beijing, v. 20, n. 18, p. 5191, 2014. JAPANESE GASTRIC CANCER ASSOCIATION. 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