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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO I
CASO CONCRETO 01: Dois artistas plásticos decidem abrir uma galeria de arte para expor e comercializar suas obras. Para tanto, pretendem alugar um imóvel e contratar 5 colaboradores que trabalharão no regime da CLT. Diante dessa situação hipotética, e considerando seus estudos sobre a Teoria da empresa, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, pergunta-se se essa atividade pode ser considerada como atividade empresarial. Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Considerando os estudos sobre a Teoria da empresa, essa atividade não pode ser considerada como atividade empresarial: pois, de acordo com o Art. 966, § único, CC, diz que não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. No caso em tela eles são artistas plásticos desenvolvendo trabalho artístico. Portanto, não considerado atividade empresarial.
CASO CONCRETO02: Um dos sócios de certa sociedade em comum ajuizou ação de execução contra Filarmônica Instrumentos Musicais Ltda., em razão do inadimplemento de várias obrigações. No curso do processo, o exequente constatou a confusão patrimonial entre os bens da pessoa jurídica devedora e de seus três sócios, razão pela qual pretende requerer ao juízo competente a desconsideração da personalidade jurídica de Filarmônica Instrumentos Musicais Ltda. Em decorrência deste fato hipotética, existe a razão apontada é suficiente para provocar a desconsideração da personalidade jurídica de Filarmônica Instrumentos Musicais Ltda.?
RESPOSTA: Sim, o instituto da desconsideração da personalidade jurídica configura-se pela momentânea retirada da autonomia patrimonial de uma sociedade, para que os efeitos das obrigações alcancem o patrimônio pessoal dos sócios, o que se encaixa a indagação da prova, conforme Art. 50, CC - Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.
CASO CONCRETO 03: Bernardo pretende exercer a atividade de comércio de produtos alimentícios orgânicos. Para o exercício da referida atividade, Bernardo dispõe de R$ 80.000,00 de capital social, e precisa do auxílio de 2 colaboradores. Além disso, estima um faturamento mensal de R$ 10.000,00. Diante desse cenário, Bernardo consulta você sobre a possibilidade de exercer tal atividade como Microempreendedor Individual ou até mesmo constituindo uma EIRELI, questionando quais as características de cada uma das modalidades.
RESPOSTA: Diante do caso em tela, percebe-se que Bernardo não poderá exercer a atividade empresarial sob nenhuma das duas modalidades escolhidas. Isso porque, para constituir uma EIRELI é necessário um capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País, conforme Art. 980-A, CC. Da mesma forma, não poderá exercer tal atividade como Microempreendedor individual, haja vista que a estimativa de faturamento ultrapassa o limite previsto para o MEI, bem como nessa modalidade só é permitido o auxílio de apenas 1 colaborador.
CASO CONCRETO 04: Quatro amigos de infância, após ganharem uma bolada na Mega Sena, decidiram abrir um negócio. Para tanto, procuraram a Dra. Lúcia Guimarães, advogada no ramo do direito societário, para obter todas as informações sobre esta nova empreitada. Desejam os sócios que esta sociedade tenha como objeto social a venda de motocicletas, e a mesma empresa uma sociedade limitada. Como não entendem nada de administração, desejam colocar como administrador, o padrinho de um deles, que não vai integrar o quadro associativo. Diante disto, responda: Existe uma possibilidade de determinada pessoa que é um documento ocupa o cargo de administrador em uma sociedade limitada?
RESPOSTA: Sim. Neste caso, esta designação dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não tiver sido integralizado, ou de 2/3 no mínimo, após a sua integralização, conforme Art. 1061 do CC.
CASO CONCRETO 05: Ailton e Bruna querem constituir uma sociedade limitada para explorar o ramo de importação de carne de canguru. O contrato social foi devidamente celebrado pelos sócios que tiveram suas assinaturas reconhecidas pelo Cartório. Sabendo que ainda não levaram o contrato ao Registro Público de Empresas Mercantis, a Junta Comercial, responda as seguintes questões, JUSTIFICANDO cada uma: 
A) A sociedade entre Ailton e Bruna já existe? 
B) Qual é o ato constitutivo da sociedade? 
C) As sociedades são pessoas jurídicas? 
D) O tipo de sociedade entre Ailton e Bruna é uma sociedade limitada? 
E) Em caso de dívidas da sociedade, existirá o benefício de ordem do artigo 1.024 do CC para esta sociedade?
RESPOSTA: 
A) Não, pois ainda não foi feito o Registo na Junta Comercial.
B) São constituídos pelo contrato social.
C) Sim, conforme art. 44, II, CC - São pessoas jurídicas de direito privado: II - as sociedades; todavia, somente aquelas que efetuam sua inscrição no registo próprio adquirem personalidade jurídica.
D) Ainda não, pois não adquiriu personalidade jurídica, sendo certo que a sociedade limitada apenas admite sociedades personificadas. O correto nesse caso, será sociedade comum (Arts. 986 – 990), visto que se trata de sociedade não personificada.
E) Não, por não haver o registro ainda.
CASO CONCRETO 06: Paula, sócia administradora de Nova Trento Serviços Automotivos Ltda., cujo capital encontra-se parcialmente integralizado, comunica aos demais sócios que pretende se afastar da administração e indicar sua mãe Maria para a administração. O sócio Dionísio consulta seu(sua) advogado(a) para saber a legalidade da indicação e eventual eleição, porque Maria não integra o quadro social. Na condição de advogado, diante da situação acima apresentada qual seria a sua recomendação? Fundamente a sua resposta?
RESPOSTA: Sim, há possibilidade, contudo para que a mãe de Maria seja administradora, portanto, não sócia, dependerá de aprovação e unanimidade do capital social, art. 1061, § 1º CC.
CASO CONCRETO 07: João Carlos, Guilherme e Marco Aurélio são sócios da JGM Ltda., sociedade empresária regularmente constituída na vigência do novo Código Civil (Lei nº 10.406/02). Cada sócio detém 1/3 (um terço) do capital social e a administração social compete exclusivamente a Marco Aurélio. João Carlos e Guilherme descobriram que Marco Aurélio desviou vultosa quantia do patrimônio social, em proveito próprio, e desejam responsabilizá-lo civilmente pelo ocorrido. O contrato social prevê a aplicação subsidiária das normas relativas às sociedades anônimas e é omisso quanto à forma de deliberação dos sócios e quanto à responsabilização dos administradores. Na qualidade de advogado de João Carlos e Guilherme, qual seria a sua orientação? Fundamente?
RESPOSTA: A responsabilização de Marco Aurélio depende de prévia deliberação da assembleia de sócios, como condição para a propositura da ação. 
Art. 159, Lei 6.404/76. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembleia geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.
CASO CONCRETO 08: Uma empresa formada por cinco amigos, pretendendo explorar uma atividade econômica, funda, com sede no Maranhão, São Luís, uma S.A., sob a denominação social “BANCO CRÉDITO FÁCIL S.A”, teve seu capital formado com 40% das ações – todas preferenciais sem direito a voto, subscritas por duas instituições financeiras. As ações ordinárias restantes, correspondentes a 60% do capital social, foram subscritas pela Fundadora, que não deseja que as ações da Cia. sejam negociadas em Bolsa. NaAssembleia de constituição da Cia., após deliberação, os acionistas presentes deram por constituída a Cia. e escolheram os primeiros administradores e membros do Conselho Fiscal. 
Em virtude desta situação, você como advogado contratado para emitir um parecer sobre a existência de alguma formalidade a ser seguida para a constituição desta sociedade, fundamentando a sua posição
RESPOSTA: Além das formalidades exigidas pela Lei S/A quando da sua constituição (art. 80 e incisos), como se trata de uma instituição financeira bancária, deverá ter autorização do Banco Central.
CASO CONCRETO 09: José Mário, Roberto Carlos e Romário são sócios de uma sociedade anônima no ramo educacional. O capital social foi constituído por meio de subscrição de 250.000 ações – todas com valor nominal de R$1,00 cada. José Mário – preferencialista de classe “A” – é o acionista titular de 120.000 do total de ações. Roberto Carlos é o acionista controlador é titular de 125.000 de ações ordinárias que – por força de lei – pertencem a uma única classe. E, Romário é titular do restante, no total de 5.000 ações preferenciais da classe “B”. Todos os sócios já integralizaram seus montantes, com exceção de Romário que realizou apenas 30% do preço de emissão das ações subscritas por ele. Considerando o texto apresentado, atendendo as normas do direito societário, esclareça ao seu cliente se o percentual de distribuições de ações ordinárias e preferenciais atende à norma da lei específica, de forma fundamentada.
RESPOSTA: A Lei 6.404/76 em seu Art. 15, § 2°, limita o número de ações preferenciais sem direito a voto em até 50%, como no caso concreto tem-se 48% de ações preferenciais de classe “A” e 2% da classe “B ”, mesmo a questão não dizendo qual das classes não tem direito a voto, o percentual de distribuições das ações ordinárias e preferenciais atendem à norma da lei específica.
CASO CONCRETO 10: Uma empresa formada por três amigos, pretendendo explorar uma atividade econômica, funda, com sede no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, uma S/A, sob a denominação social “BANCO LUCRO CERTO S.A.”, teve seu capital formado com 40% das ações – todas preferenciais sem direito a voto, subscritas por duas instituições financeiras. As ações ordinárias restantes, correspondentes a 60% do capital social, forma subscritas pela Fundadora, que não deseja que as ações da Cia, sejam negociadas em bolsa. Na Assembleia de constituição da Cia., após deliberação, os acionistas presentes deram por constituída a Cia. e escolheram os primeiros administradores e membros do Conselho Fiscal. Na qualidade de advogado, os sócios da companhia o consultam sobre quais as formalidades exigidas por lei para constituição desta sociedade, de acordo com a nossa legislação atual. Qual seria o seu parecer sobre este assunto.
RESPOSTA: Além das formalidades exigidas pela Lei S/A quando da sua constituição (art. 80 e incisos), como se trata de uma instituição financeira bancária deverá ter autorização do Banco Central.
CASO CONCRETO 11: João, Carlos e Antônio, titulares de 60% das ações ordinárias de uma sociedade anônima, resolveram firmar um acordo de acionistas para disciplinar o exercício do direito de voto entre eles. Numa determinada assembleia, João não compareceu, ao passo que Carlos proferiu voto em contrariedade aos termos estipulados no acordo de acionistas, previamente arquivado na sede da companhia. Na qualidade de advogado você foi consultado sobre esta situação. Qual seria a sua posição como advogado? Fundamente.
RESPOSTA: O voto de Carlos não deverá ser computado, conforme ART. 118, § 8° - O presidente da assembleia ou do órgão colegiado de deliberação da companhia não computará o voto proferido com infração de acordo de acionistas devidamente arquivado. LSA (LEI 6.404/76).

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