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Prof. Giuliano V2-1 (1)

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(OAB 2017 XXIII Exame Unificado) 5 Miguel, advogado, sempre exerceu a atividade sozinho. Não obstante, passou a 
pesquisar sobre a possibilidade de constituir, individualmente, pessoa jurídica para a prestação de seus serviços de 
advocacia. 
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta. 
a) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante registro dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede, com denominação formada pelo nome do titular, 
seguida da expre 
b) ssão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
c) Miguel não poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro 
não admite a figura da sociedade unipessoal, ressalvados apenas os casos de unipessoalidade temporária e da 
chamada subsidiária integral. 
d) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’. 
e) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos seus atos constitutivos no 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’. 
COMENTÁRIO: 
EOAB (Lei n. 8.906/1994) - Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de 
advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. 
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro 
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (…). 
Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que 
apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem 
atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não 
inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. (…) 
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que 
inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. 
§ 4o A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, 
completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
OAB 2017 XXIII Exame Unificado) 46 Em 11 de setembro de 2016, ocorreu o falecimento de Pedro, sócio de uma 
sociedade simples. Nessa situação, o contrato prevê a resolução da sociedade em relação a um sócio. Na alteração 
contratual ficou estabelecida a redução do capital no valor das quotas titularizadas pelo ex-sócio, sendo o documento 
arquivado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, em 22 de outubro de 2016. 
Diante da narrativa, os herdeiros de Pedro são responsáveis pelas obrigações sociais anteriores à data do falecimento, 
até dois anos após 
a) a data da resolução da sociedade e pelas posteriores e em igual prazo, a partir de 11 de setembro de 
2016. 
b) a data do arquivamento da resolução da sociedade (22 de outubro de 2016). 
c) a data da resolução da sociedade em relação ao sócio Pedro (11 de setembro de 2016). 
d) a data do arquivamento da resolução da sociedade e pelas posteriores e em igual prazo, a partir de 22 de 
outubro de 2016. 
COMENTÁRIO: 
CC, Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o 
consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade. 
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente 
com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. (…) 
Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas 
obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, 
pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação. 
OAB 2016 XX Exame Unificado) 52 Na sociedade Apuí Veículos Ltda., a sócia Eva foi eleita administradora, pela 
unanimidade dos sócios, para um mandato de três anos. Em razão de insuperáveis divergências com os demais 
administradores sobre a condução dos negócios, Eva renunciou ao cargo após um ano de sua investidura. 
A eficácia da renúncia de Eva se dará, em relação à sociedade, desde o momento em que 
a) a assembleia de sócios ratifica o ato de Eva; e, em relação a terceiros, após a averbação da renúncia. 
b) é designado novo administrador para substituir Eva; e, em relação a terceiros, após a averbação ou 
publicação da renúncia. 
c) esta toma conhecimento da comunicação escrita de Eva; e, em relação a terceiros, após a averbação e 
publicação da renúncia. 
d) o termo de renúncia de Eva é lavrado no livro de atas da administração; e, em relação a terceiros, após a 
publicação da renúncia. 
COMENTÁRIO: 
CC, Art. 1.063. O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo 
término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução. 
§ 1º Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de 
titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição contratual diversa. 
§ 2º A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante 
requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência. 
§ 3º A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta toma 
conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e publicação. 
OAB 2016 XX Exame Unificado) 51 P. Industrial S.A., companhia fechada, passa momentaneamente por dificuldades 
financeiras que se agravaram com a crise na atividade industrial do país. A assembleia geral autorizou os 
administradores a alienar bens do ativo permanente, dentre eles uma unidade produtiva situada no município de 
Mirante da Serra, avaliada em R$ 495.000.000,00 (quatrocentos e noventa e cinco milhões de reais). 
Considerando-se que a unidade produtiva da companhia integra seu estabelecimento, assinale a afirmativa correta. 
a) A assembleia geral não pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento uma 
universalidade de direito, seus elementos devem ser mantidos indivisíveis e unitariamente agregados para o 
exercício da empresa. 
b) A assembleia geral pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento uma 
universalidade de fato, seus elementos podem ser objeto de negócios jurídicos próprios, translativos ou 
constitutivos, separadamente dos demais. 
c) A assembleia geral pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento um 
patrimônio de afetação, cabe exclusivamente à companhia a decisão de desagregá-lo e, com isso, limitar sua 
responsabilidade perante os credores ao valor da unidade produtiva alienada. 
d) A assembleia geral não pode autorizar a alienação da unidade produtiva. Por ser o estabelecimento 
elemento de exercício da empresa, a alienação de qualquer de seus elementos (corpóreos ou incorpóreos) implica 
a impossibilidade de manutenção da atividade da companhia, operando-se sua dissolução de pleno direito. 
COMENTÁRIO: 
CC, Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária. 
CC, Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou 
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
CC, Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamentodo estabelecimento, só 
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade 
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. 
LSA, Art. 121. A assembléia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto, tem poderes para decidir 
todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e 
desenvolvimento. 
OAB 2016 XX Exame Unificado) 50 Maria, empresária individual, teve sua interdição decretada pelo juiz a pedido de 
seu pai, José, em razão de causa permanente que a impede de exprimir sua vontade para os atos da vida civil. 
Sabendo-se que José, servidor público federal na ativa, foi nomeado curador de Maria, assinale a afirmativa correta. 
a) É possível a concessão de autorização judicial para o prosseguimento da empresa de Maria; porém, 
diante do impedimento de José para exercer atividade de empresário, este nomeará, com a aprovação do juiz, 
um ou mais gerentes. 
b) A interdição de Maria por incapacidade traz como efeito imediato a extinção da empresa, cabendo a José, 
na condição de pai e curador, promover a liquidação do estabelecimento. 
c) É possível a concessão de autorização judicial para o prosseguimento da empresa de Maria antes exercida 
por ela enquanto capaz, devendo seu pai, José, como curador e representante, assumir o exercício da empresa. 
d) Poderá ser concedida autorização judicial para o prosseguimento da empresa de Maria, porém ficam 
sujeitos ao resultado da empresa os bens que Maria já possuía ao tempo da interdição, tanto os afetados quanto 
os estranhos ao acervo daquela. 
COMENTÁRIO: 
CC, Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes 
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, 
bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou 
representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. (…) 
Lei n. 8.112/1990, Art. 117. Ao servidor é proibido: (…) 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (…) 
CC, Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer 
atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes. 
OAB 2016 XIX Exame Unificado) 50 Servidor da Junta Comercial verificou que o requerimento de alteração contratual 
de uma sociedade limitada com vinte e dois sócios e sede no município de Solidão não foi assinado pelo administrador, 
mas por mandatário da sociedade, com poderes específicos. O requerimento foi instruído com uma nova versão do 
contrato social desacompanhada da ata da deliberação que a aprovou. O referido servidor determinou que fosse 
sanada a pretensa irregularidade. 
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta. 
a) O servidor não agiu corretamente porque cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro, 
fiscalizar apenas a observância das formalidades extrínsecas ao ato, e não formalidades intrínsecas relativas aos 
documentos apresentados; portanto, a alteração deveria ser arquivada. 
b) O servidor agiu corretamente porque cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro, 
fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos apresentados; havendo 
irregularidades, deve ser notificado o requerente para saná-las. 
c) O servidor não agiu corretamente porque as irregularidades apresentadas no enunciado são insanáveis 
por se referirem a requisitos substanciais e de validade do documento, bem como de representação da pessoa 
jurídica. 
d) O servidor agiu corretamente porque somente o administrador, como órgão da pessoa jurídica, tem 
legitimidade para pleitear o arquivamento da alteração contratual; havendo irregularidades, deve ser notificado 
o requerente para saná-las. 
COMENTÁRIO: Código Civil 
Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: (…) 
V - a modificação do contrato social; (…) 
Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em 
assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos 
em lei ou no contrato. (...) 
Art. 1.074. (…) § 1º O sócio pode ser representado na assembléia por outro sócio, ou por advogado, mediante outorga 
de mandato com especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com 
a ata. (…) 
Art. 1.075. A assembléia será presidida e secretariada por sócios escolhidos entre os presentes. 
§ 1º Dos trabalhos e deliberações será lavrada, no livro de atas da assembléia, ata assinada pelos membros da mesa 
e por sócios participantes da reunião, quantos bastem à validade das deliberações, mas sem prejuízo dos que queiram 
assiná-la. 
§ 2º Cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, será, nos vinte dias subseqüentes à reunião, 
apresentada ao Registro Público de Empresas Mercantis para arquivamento e averbação. 
OAB 2016 XIX Exame Unificado) QUESTÃO 48 Xerxes constituiu uma Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada (EIRELI) com sede na zona rural do município de Vale Real para fabricação de laticínios, cuja matéria prima 
será adquirida de produtores rurais da região ou de cooperativas de produtores rurais. A pessoa jurídica será 
administrada por sua cunhada Ceres e seu instituidor pretende adotar como nome empresarial a espécie 
denominação. 
Com base nessas informações e na disciplina legal da EIRELI, assinale a afirmativa correta. 
a) A administração da EIRELI deverá ser exercida em caráter privativo por Xerxes, que poderá designar 
mandatário em ato separado. 
b) Para a constituição da EIRELI não há capital mínimo, no entanto esse deve estar previamente 
integralizado. 
c) A EIRELI em questão adquire personalidade jurídica com a inscrição do ato de constituição no Registro 
Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais. 
d) A EIRELI deverá adotar firma como espécie de nome empresarial, formada pelo patronímico do titular, 
acrescido do objeto da empresa e da expressão “EIRELI”. 
COMENTÁRIO (Código Civil): Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma 
única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes 
o maior salário-mínimo vigente no País. 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação 
social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma 
única empresa dessa modalidade. 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra 
modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
§ 4º (VETADO) 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços 
de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, 
marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as 
sociedades limitadas. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo norespectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se 
no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de 
atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a 
cooperativa. 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo 
das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas 
fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 
OAB 2014 XV Exame Unificado) QUESTÃO 40 Paulo foi casado, por muitos anos, parcial com Luana, até que um 
desentendimento deu início a um divórcio litigioso. Temendo que Luana exigisse judicialmente metade do seu vasto 
patrimônio, Paulo começou a comprar bens com capital próprio em nome de sociedade da qual é sócio e passou os 
demais também para o nome da sociedade, restando, em seu nome, apenas a casa em que morava com ela. 
Acerca do assunto, marque a opção correta. 
A) A atitude de Paulo encontra respaldo na legislação, pois a lei faculta a todo cidadão defender sua propriedade, em 
especial de terceiros de má-fé. 
B) É permitido ao juiz afastar os efeitos da personificação da sociedade nos casos de desvio de finalidade ou confusão 
patrimonial, mas não o contrário, de modo que não há nada que Luana possa fazer comunicáveis. 
C) Sabendo-se que a “teoria da desconsideração da personalidade jurídica” encontra aplicação em outros ramos do 
direito e da legislação, é correto afirmar que os parâmetros adotados pelo Código Civil constituem a Teoria Menor, 
que exige menos requisitos. 
D) No caso de confusão patrimonial, gerado pela compra de bens com patrimônio particular em nome da sociedade, 
é possível atingir o patrimônio da sociedade, ao que se dá o nome de “desconsideração inversa ou invertida” a se 
desconsiderar o negócio jurídico, havendo esses bens como matrimoniais e comunicáveis. 
Comentários: CC, Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou 
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
“(…) A desconsideração às avessas da personalidade jurídica visa responsabilizar a sociedade por dívidas de seus 
sócios em situações que justifiquem a quebra da autonomia patrimonial. (…).” (STJ, Decisão Monocrática, AREsp n. 
637587, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, DJe de 29-6-2015). 
OAB 2014 XV Exame Unificado) QUESTÃO 49 Alfredo Chaves exerce, em caráter profissional, atividade intelectual de 
natureza literária, com a colaboração de auxiliares. O exercício da profissão constitui elemento de empresa. Não há 
registro da atividade por parte de Alfredo Chaves em nenhum órgão público. 
Com base nessas informações e nas disposições do Código Civil, assinale a afirmativa correta. 
A) Alfredo Chaves não é empresário, porque exerce atividade intelectual de natureza literária. 
B) Alfredo Chaves não é empresário, porque não possui registro em nenhum órgão público. 
C) Alfredo Chaves é empresário, independentemente da falta de inscrição na Junta Comercial. 
D) Alfredo Chaves é empresário, porque exerce atividade não organizada em caráter profissional. 
Comentários: CC, Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento 
de empresa. 
OAB 2014 XIV Exame Unificado) QUESTÃO 48 A Comissão de Valores Mobiliários poderá impor aos infratores de suas 
Resoluções, das normas da Lei n. 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) e da Lei n. 6.385/76 (Lei do Mercado de 
Valores Mobiliários), dentre outras, a penalidade de inabilitação temporária, até o máximo de 20 (vinte) anos, para o 
exercício do cargo de administrador nas entidades relacionadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. 
A) Companhia Aberta. 
B) Distribuidora de Valores Mobiliários. 
C) Sociedade em Comum. 
D) Bolsa de Valores. 
COMENTÁRIO: CC, Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações 
em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as 
normas da sociedade simples. 
COMENTÁRIO: trata-se da SOCIEDADE EM COMUM. 
OAB 2013 XII Exame Unificado) QUESTÃO 49 Com relação às sociedades anônimas, assinale a opção correta. 
a) As ações preferenciais são sempre ações sem direito de voto e com prioridade no recebimento de 
dividendos fixos e cumulativos. 
b) A vantagem das ações preferenciais de companhia fechada pode consistir exclusivamente em 
prioridade no reembolso do capital. 
c) A primeira convocação de assembleia geral de companhia fechada deverá ser feita no prazo de 15 (quinze) 
dias antes de sua realização. 
d) O conselho de administração é órgão obrigatório em todas as sociedades anônimas fechadas, com capital 
autorizado e de economia mista. 
Comentário: LSA, Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem consistir: 
I - em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo; 
II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou 
III - na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II. 
§ 1o Independentemente do direito de receber ou não o valor de reembolso do capital com prêmio ou sem ele, as 
ações preferenciais sem direito de voto ou com restrição ao exercício deste direito, somente serão admitidas à 
negociação no mercado de valores mobiliários se a elas for atribuída pelo menos uma das seguintes preferências ou 
vantagens. 
§ 1o A primeira convocação da assembléia-geral deverá ser feita: 
 I - na companhia fechada, com 8 (oito) dias de antecedência, no mínimo, contado o prazo da publicação do primeiro 
anúncio; não se realizando a assembléia, será publicado novo anúncio, de segunda convocação, com antecedência 
mínima de 5 (cinco) dias; 
Art. 138. A administração da companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administração e à 
diretoria, ou somente à diretoria. (...) 
§ 2º As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração. 
OAB 2013 XI Exame Unificado) QUESTÃO 49 Cinco pessoas naturais residentes no município X decidiram constituir 
uma sociedade cooperativa e procuraram uma advogada para a elaboração do estatuto social. Com base nas 
disposições para esta espécie societária previstas no Código Civil, é correto afirmar que 
• o estatuto deverá conter cláusula indicativa do valor do capital social, que será fixo durante toda a 
existência da sociedade. 
• aplicam-se às cooperativas as disposições do Código Civil referentes às sociedades anônimas, na omissão 
da legislação especial. 
• os sócios responderão sempre de forma solidária, ilimitada e subsidiária pelas obrigações sociais, por ser 
a cooperativa uma sociedade de pessoas. 
• se a cooperativa possuir capital social, as quotas serão intransferíveis a terceiros estranhos à sociedade, 
ainda que por direito hereditário. 
COMENTÁRIO: CC, Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: 
I - variabilidade, ou dispensa do capital social; (...) 
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda quepor herança; 
CC, Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas as 
características estabelecidas no art. 1.094. 
CC, Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada. 
LCo, Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não 
sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas 
seguintes características: (...) 
II - variabilidade do capital social representado por quotas-partes; (...) 
IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade; 
OAB 2013 XI Exame Unificado) QUESTÃO 50 Vanderlei de Assis pretende iniciar uma atividade empresarial na cidade 
de Novo Repartimento. Consulta um advogado para receber esclarecimentos sobre o registro de empresário e os 
efeitos dele decorrentes, informando que a receita bruta anual prevista para a futura atividade será inferior a R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais). As informações prestadas abaixo estão corretas, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Se no curso da atividade empresarial Vanderlei de Assis vier a admitir algum sócio, poderá solicitar ao 
Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade 
empresária. 
b) Em razão de sua receita bruta anual prevista, Vanderlei poderá solicitar seu enquadramento como 
microempreendedor individual – MEI, devendo indicar no requerimento a firma individual com a assinatura 
autógrafa. 
c) A inscrição de empresário no Registro Público de Empresas Mercantis, embora obrigatória, não é 
constitutiva para fins de sua caracterização, mas permite usufruir das prerrogativas legais concedidas aos 
empresários regulares. 
d) A inscrição do empresário obedecerá ao número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos 
e quaisquer modificações nela ocorrentes serão averbadas à margem, com as mesmas formalidades. 
COMENTÁRIO: CC, Art. 968. (...) § 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo 
no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os 
empresários inscritos. 
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes. 
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis 
a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o 
disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. 
§ 4o O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da 
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu 
funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o 
empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro 
e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei. 
CC, art. 968, § 5o Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura 
autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime 
de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM. 
LC n. 123/2006, Art. 18-A. (...) § 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual 
a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, 
no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja 
impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
CC, Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
CC, Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, 
antes do início de sua atividade. 
OAB 2013 X Exame Unificado) QUESTÃO 48 A respeito das diferenças existentes entre as sociedades anônimas 
abertas e fechadas, assinale a afirmativa correta. 
a) A companhia será aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão sejam admitidos 
ou não à negociação no mercado de bolsa ou de balcão. 
b) As companhias abertas poderão emitir partes beneficiárias, opções de compra de ações e bônus de 
subscrição. 
c) O estatuto social de uma companhia fechada nunca poderá impor limitações à circulação das ações 
ordinárias, mas poderá fazê-lo em relação às ações preferenciais. 
d) As ações ordinárias e preferenciais de uma companhia aberta poderão ser de uma ou mais classes. 
COMENTÁRIO 
LSA, Art. 4. Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão 
estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
LSA, Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital 
social, denominados “partes beneficiárias”. 
LSA, Art. 157. O administrador de companhia aberta deve declarar, ao firmar o termo de posse, o número de ações, 
bônus de subscrição, opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia e 
de sociedades controladas ou do mesmo grupo, de que seja titular. 
LSA, Art. 75. A companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado no estatuto (artigo 168), 
títulos negociáveis denominados "Bônus de Subscrição". 
LSA, Art. 36. O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das ações nominativas, contanto que 
regule minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de 
administração da companhia ou da maioria dos acionistas. 
LSA, Art. 16. As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de classes diversas, em função de: I - conversibilidade 
em ações preferenciais; II - exigência de nacionalidade brasileira do acionista; ou III - direito de voto em separado para o 
preenchimento de determinados cargos de órgãos administrativos. 
LSA, Art. 17. As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem consistir: I - em prioridade na distribuição de 
dividendo, fixo ou mínimo; II - em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou III - na acumulação das 
preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II. 
OAB 2013 X Exame Unificado) QUESTÃO 50 Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (“Roupa Limpa”) alienou um de seus 
estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na cidade de Maceió, para Caio da Silva, empresário 
individual. O contrato de trespasse foi omisso quanto à possibilidade de restabelecimento da “Roupa Limpa”, bem como 
nada dispôs a respeito da responsabilidade de Caio da Silva por débitos anteriores à transferência do estabelecimento. 
Nesse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O contrato de trespasse será oponível a terceiros, independentemente de qualquer registro na Junta 
Comercial ou publicação. 
b) Caio da Silva não responderá por qualquer débito anterior à transferência, exceto os que não estiverem 
devidamente escriturados. 
c) Na omissão do contrato de trespasse, Roupa Limpa poderá se restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer 
concorrência a Caio da Silva. 
d) Não havendo autorização expressa, “Roupa Limpa” não poderá fazer concorrência a Caio da Silva, nos 
cinco anos subsequentes à transferência. 
COMENTÁRIO 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só 
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedadeempresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde 
que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a 
partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao 
adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo 
persistirá durante o prazo do contrato. 
OAB 2012 IX Exame Unificado) QUESTÃO 48 Leia o trecho a seguir. 
Companhia cuja totalidade das ações em que se divide o capital pertence a uma sociedade brasileira. 
Essa definição refere-se à 
a) subsidiária integral. 
b) sociedade em conta de participação. 
c) sociedade limitada. 
d) sociedade de propósito específico. 
Comentário: LSA, Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único acionista 
sociedade brasileira. 
OAB 2012 IX Exame Unificado) QUESTÃO 49 A sociedade limitada encontra-se regulada nos artigos 1052 a 1087 do 
Código Civil. Para que ela possa atingir sua finalidade, necessita de patrimônio, já que sua personalidade é diversa da 
personalidade dos sócios. Em relação ao capital e ao patrimônio social esse tipo societário, assinale a afirmativa 
incorreta. 
a) No momento em que a sociedade limitada é constituída e inicia a atividade que constitui o objeto social, 
o patrimônio é igual ao capital social. 
b) Na constituição da sociedade há possibilidade do ingresso de sócio cuja contribuição consista 
exclusivamente em prestação de serviços. 
c) A distribuição dolosa de lucros ilícitos acarreta a responsabilidade solidária dos administradores que a 
realizarem e dos sócios que os receberem. 
d) O sócio remisso é aquele que não integraliza sua quota na forma e prazo previstos, podendo, por esse 
fato, ser excluído da sociedade. 
COMENTÁRIO 
CC, art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas 
estipuladas pelas partes, mencionará: (...) III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo 
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; 
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. § 1o Pela 
exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco 
anos da data do registro da sociedade. § 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. 
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Art. 1.009. 
A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem 
e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. 
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 
e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que 
houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. 
OAB 2012 VIII Exame Unificado) QUESTÃO 49 A respeito do sócio ostensivo da sociedade em conta de participação, 
assinale a afirmativa correta. 
a) É também chamado de sócio oculto. 
b) É o único responsável pela atividade constitutiva do objeto social. 
c) É o novo sócio admitido, mesmo que sem o consentimento dos demais, quando a sociedade necessitar 
de um aporte de capital. 
d) É o único sócio ostensivo da sociedade,vedada a pluralidade de sócios dessa natureza. 
COMENTÁRIO: CC, Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é 
exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, 
participando os demais dos resultados correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o 
sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. 
CC, Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento 
expresso dos demais. 
CC, Art. 996. (...) Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e 
julgadas no mesmo processo. 
OAB 2012 VIII Exame Unificado) QUESTÃO 50 A Assembleia Geral de S.A. Empreendimentos Turísticos, companhia 
aberta sediada em “X”, delegou ao Conselho de Administração a deliberação sobre a oportunidade de emissão, época 
e condições de vencimento de debêntures conversíveis em ações. Petrossian Participações Ltda., acionista 
minoritário, consultou seu advogado sobre a legalidade da deliberação. 
Com relação ao fato acima, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta à consulta. 
a) A deliberação é válida, porque a deliberação sobre a oportunidade de emissão, a época e as condições 
de vencimento de debêntures conversíveis em ações pode ser delegada ao Conselho de Administração. 
b) A deliberação é anulável, porque a deliberação sobre a oportunidade de emissão, a época e as condições 
de vencimento de debêntures conversíveis em ações é privativa da assembleia geral nas companhias abertas. 
c) A deliberação é nula, porque a emissão de debêntures conversíveis em ações depende da autorização 
prévia dos titulares de ações preferenciais reunidos em assembleia especial convocada para esse fim. 
d) A deliberação é ineficaz em relação aos acionistas minoritários, pois a emissão de debêntures conversíveis 
em ações acarretará aumento de capital com diluição injustificada de participação desses acionistas. 
COMENTÁRIO: LSA, Art. 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da competência privativa da assembléia-
geral, que deverá fixar, observado o que a respeito dispuser o estatuto: (...) VI - a época e as condições de vencimento, 
amortização ou resgate; VII - a época e as condições do pagamento dos juros, da participação nos lucros e do prêmio 
de reembolso, se houver; (...) 
§ 1o Na companhia aberta, o conselho de administração pode deliberar sobre a emissão de debêntures não 
conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em contrário. 
§ 2o O estatuto da companhia aberta poderá autorizar o conselho de administração a, dentro dos limites do capital 
autorizado, deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de 
capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e 
classes das ações que poderão ser emitidas. (...) 
§ 4o Nos casos não previstos nos §§ 1o e 2o, a assembleia geral pode delegar ao conselho de administração a 
deliberação sobre as condições de que tratam os incisos VI a VIII do caput e sobre a oportunidade da emissão. 
OAB 2012 VIII Exame Unificado) QUESTÃO 52 José decidiu constituir uma Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada (EIRELI) para atuar no município “X” e consultou um advogado para obter esclarecimentos sobre a administração 
da EIRELI. 
Assinale a alternativa que apresenta a informação correta 
dada pelo advogado. 
a) A designação de administrador não sócio depende do voto favorável de 2/3 (dois terços) do capital social, 
se este não estiver integralizado. 
b) A administração atribuída pelo contrato a qualquer dos sócios da EIRELI não se estende de pleno direito 
aos que posteriormente adquirirem essa qualidade. 
c) O administrador da EIRELI, seja o próprio instituidor ou terceiro, responde por culpa no desempenho 
de suas atribuições perante terceiros prejudicados. 
d) O titular da EIRELI poderá usar a firma ou denominação, sendovedado seu uso pelo terceiro, ainda que 
seja designado administrador. 
COMENTÁRIO: CC, Art. 980-A. (...) § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, 
as regras previstas para as sociedades limitadas. 
CC, Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, 
enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização. 
CC, Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Art. 
1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no 
desempenho de suas funções. 
CC, Art. 980-A. (...) § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou 
a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. Art. 1.064. O uso da firma ou denominação 
social é privativo dos administradores que tenham os necessários poderes. 
OAB 2012 VII Exame Unificado) QUESTÃO 48 Em relação à Sociedade em Conta de Participação NÃO é correto afirmar 
que 
a) é uma sociedade empresária personificada e de pessoas. 
b) a atividade constitutiva do objeto social deve ser exercida unicamente pelo sócio ostensivo. 
c) o contrato social produz efeito somente entre os sócios. 
d) as contribuições dos sócios participante e ostensivo constituem patrimônio especial. 
COMENTÁRIO: CC, Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é 
exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, 
participando os demais dos resultados correspondentes. 
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio 
participante, nos termos do contrato social. 
CC, Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em 
qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. 
CC, Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da 
conta de participação relativa aos negócios sociais. 
§ 1. A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios. 
OAB 2012 VII Exame Unificado) QUESTÃO 51 Sobre os direitos dos acionistas, é correto afirmar que 
a) o direito de voto é garantido a todo acionista, independente da espécie ou classe de ações de que seja 
titular. 
b) os acionistas deverão receber dividendos obrigatórios em todos os exercícios sociais. 
c) o acionista terá direito de se retirar da companhia caso cláusula compromissória venha a ser introduzida 
no estatuto social. 
d) o acionista tem o direito de fiscalizar as atividades sociais e sendo titular de mais de 5% do capital 
poderá requerer judicialmente a exibição dos livros da companhia, caso haja suspeita de irregularidades dos 
administradores. 
COMENTÁRIO: LSA, Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir às ações preferenciais algum ou alguns dos direitos 
reconhecidos às ações ordinárias, inclusive o de voto, ou conferi-lo com restrições, observado o disposto no artigo 
109. 
LSA, Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1 
(uma) assembleia-geral para: I – omissis; II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição 
de dividendos; 
LSA, Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros 
estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: 
(Omissis) 
§ 3. A assembleia-geral pode, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente, deliberar a distribuição 
de dividendo inferior ao obrigatório, nos termos deste artigo, ou a retenção de todo o lucro líquido, nas seguintes 
sociedades: omissis; 
LSA, Art. 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a VI e IX do art. 136 dá ao acionista dissidente o direito 
de retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das suas ações (art. 45), observadas as seguintes normas: 
omissis 
LSA, Art. 136. Omissis 
I - criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações preferenciais existentes, sem guardar proporção com as 
demais classes de ações preferenciais, salvo se já previstos ou autorizados pelo estatuto; 
II - alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de ações 
preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida; 
III - redução do dividendo obrigatório; 
IV - fusão da companhia, ou sua incorporação em outra; 
V - participação em grupo de sociedades (art. 265); 
VI - mudança do objeto da companhia; 
IX - cisão da companhia; 
LSA, Art. 105. A exibição por inteiro dos livros da companhia pode ser ordenada judicialmente sempre que, a requerimento 
de acionistas que representem, pelo menos, 5% (cinco por cento) do capital social, sejam apontados atos violadores da 
lei ou do estatuto, ou haja fundada suspeita de graves irregularidades praticadas por qualquer dos órgãos da companhia. 
OAB 2011 V Exame Unificado – tipo 1 branco) 48 A respeito da deliberação dos sócios na Sociedade Limitada, é correto 
afirmar que 
a) a assembleia somente pode ser convocada pelos administradores eleitos no contrato social. 
b) as formalidades legais de convocação são dispensadas quando todos os sócios se declararem, por 
escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. 
c) a deliberação em assembleia será obrigatória se o número dos sócios for superior a cinco. 
d) as deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam os sócios ausentes, mas não 
os dissidentes. 
Comentário: CC, art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião 
ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos 
previstos em lei ou no contrato. 
§ 1. A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez. 
§ 2. Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3. do art. 1.152, quando todos os sócios 
comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. 
CC, art. 1.073. A reunião ou a assembléia podem também ser convocadas: 
I - por sócio, quando os administradores retardarem a convocação, por mais de sessenta dias, nos casos 
previstos em lei ou no contrato, ou por titulares de mais de um quinto do capital, quando não atendido, no 
prazo de oito dias, pedido de convocação fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas; 
II - pelo conselho fiscal, se houver, nos casos a que se refere o inciso V do art. 1.069. 
CC, art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que 
expressamente as aprovaram. 
OAB 2011 V Exame Unificado – tipo 1 branco) 49 Conforme art. 4º da Lei 6404/76, as companhias podem ser 
classificadas em abertas ou fechadas, dependendo se seus valores mobiliários podem ou não ser negociados no 
Mercado de Valores Mobiliários. Em relação aos valores mobiliários das companhias abertas e fechadas, assinale a 
alternativa correta. 
a) Valores mobiliários são títulos que concedem a seu titular certos direitos em relação à companhia. São 
exemplos de valores mobiliários as ações, as debêntures, os bônus de subscrição e o certificado de valores 
mobiliários. 
b) O Mercado de Valores Mobiliários (MVM) compreende as bolsas de valores, o mercado de balcão e o 
mercado de balcão organizado. Para a companhia poder negociar no MVM, deverá preencher certos requisitos e 
obter autorização da Comissão de Valores Mobiliários e da Junta Comercial. 
c) As companhias abertas, caso queiram negociar suas ações, devem sempre fazê-lo por meio do mercado 
de valores mobiliários, ou seja, suasnegociações serão sempre por oferta ao público em geral. 
d) Partes beneficiárias são títulos emitidos tanto pela companhia aberta quanto pela fechada que dão a seu 
titular direito a percentual no lucro da companhia. 
Comentário: Lei. n. 6.385/76, art. 2. São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: 
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos 
no inciso II; 
III - os certificados de depósito de valores mobiliários; omissis 
Lei n. 6.404/76, art. 4. Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua 
emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
§ 2. Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de 
Valores Mobiliários 
LSA, art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital 
social, denominados "partes beneficiárias". 
OAB 2011 V Exame Unificado – tipo 1 branco) 50 Em relação à incapacidade e proibição para o exercício da empresa, 
assinale a alternativa correta. 
a) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar tal atividade, deverá responder 
pelas obrigações contraídas, podendo até ser declarada falida. 
b) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está impedido de ser sócio ou acionista de uma 
sociedade empresária. 
c) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que não poderá exercer tal atividade. 
d) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a continuação da empresa interessa a toda 
a sociedade, quer em razão da arrecadação de impostos, quer em razão da geração de empregos, caso a pessoa 
proibida de exercer a atividade empresarial o faça, poderá requerer a recuperação judicial. 
Comentário: CC, art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas. 
CC, art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida 
por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
Lei n. 11.101/05, art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da 
falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado o disposto no § 1. do art. 181 desta Lei. 
CC, art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota 
do devedor. 
LFRE, art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas 
atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente. 
OAB 2012 VI Exame Unificado – tipo 1 branco) 48 A respeito das sociedades limitadas, assinale a alternativa correta. 
a) A sociedade limitada, nas omissões das normas estabelecidas pelo Código Civil, será regida pela Lei 
6.404/1976. 
b) A cessão de quotas de um quotista de uma sociedade limitada para outro quotista da mesma sociedade 
dependerá de prévia autorização estatutária. 
c) A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato 
separado. 
d) Não dependerá de deliberação dos quotistas a nomeação ou a destituição dos administradores. 
Comentário: CC, art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade 
simples. 
CC. Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, 
independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto 
do capital social. 
CC, art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato 
separado. 
CC, art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: omissis 
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; 
III - a destituição dos administradores; 
OAB Exame Unificado 2010-3 – tipo 1 branco) 39 As Sociedades Anônimas têm uma pesada estrutura, necessitando, 
assim, de vários órgãos para atingir seu desiderato, cada um com sua função específica. Um desses órgãos é a 
Diretoria, sendo seus diretores efetivamente os administradores da companhia. Esses diretores possuem alguns 
deveres para com a sociedade empresarial e para com o mercado. 
• Entre esses deveres encontra-se o desclosure, que é o dever 
a) que os diretores possuem de convocar os acionistas para deliberar sobre determinado assunto ou vários 
assuntos que devem constar de uma pauta previamente escolhida. 
b) de fiscalizar os gastos da sociedade e se ela está cumprindo o que está disposto no estatuto social. 
c) que os administradores têm para com o mercado de informar todas as operações em que a companhia 
estiver envolvida e que possam influir na cotação das suas ações, das debêntures e dos valores mobiliários. 
d) que os administradores possuem de agir de forma diligente, respeitando o estatuto social, de forma a não 
causar prejuízos aos acionistas, podendo responder de forma pessoal com seu patrimônio caso violem esse dever. 
Comentário: DEVERES DOS ADMINISTRADORES DAS S.A.’s 
1. Dever de diligência – LSA, art. 153 “O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas 
funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus 
próprios negócios”; 
2. Dever de observar a finalidade das atribuições – LSA, art. 154 “O administrador deve exercer as 
atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as 
exigências do bem público e da função social da empresa”; 
3. Dever de lealdade – LSA, art. 155 “O administrador deve servir com lealdade à companhia e manter 
reserva sobre os seus negócios”; 
4. Dever de informar – LSA, art. 157, § 6o “Os administradores da companhia aberta deverão informar 
imediatamente, nos termos e na forma determinados pela Comissão de Valores Mobiliários, a esta e às bolsas de 
valores ou entidades do mercado de balcão organizado nas quais os valores mobiliários de emissão da companhia 
estejam admitidos à negociação, as modificações em suas posições acionárias na companhia” 
OAB Exame Unificado 2010-3 – tipo 1 branco) 40 A sociedade empresária denominada KLM Fábrica de Móveis Ltda. 
teve a sua falência decretada. No curso do processo, restou apurado que a sociedade, pouco antes do ajuizamento 
do requerimento que resultou na decretação de sua quebra, havia promovido a venda de seu estabelecimento, 
independentemente do pagamento de todos os credores ao tempo existentes, ou do consentimento destes, de modo 
expresso ou tácito, e sem que lhe restassem bens suficientes para solver o seu passivo. 
• Diante desse quadro, é correto afirmar que a alienação é 
a) revogável por iniciativa do administrador judicial. 
b) ineficaz em relação à massa falida. 
c) nula de pleno direito. 
d) anulável por iniciativa do administrador judicial. 
Comentário: CC, art. 1.145 “Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da 
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo 
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação” 
LFRE, art. 94 “Será decretada a falência do devedor que (...) III - pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer 
parte de plano de recuperação judicial: (...) c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o 
consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo”; 
LFRE, art. 129 “São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise 
econômico-financeira dodevedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: (...) VI – a venda ou transferência de 
estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, 
não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não 
houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de 
títulos e documentos;” 
OAB Exame Unificado 2010-3 – tipo 1 branco) 41 Com relação à exclusão do sócio da sociedade por justa causa, 
assinale a alternativa correta. 
a) Como o sócio majoritário possui a maioria do capital social, ele não poderá ser expulso em razão da 
vontade dos demais sócios, ainda que haja justo motivo para tal expulsão. 
b) A deliberação para exclusão do sócio majoritário não remisso deve ocorrer por assembleia convocada 
especificamente para tal fim, sendo a deliberação comunicada ao sócio que se visa excluir, e este deverá, em 48 
horas, deixar a sociedade, podendo após esse prazo ser feita a devida alteração contratual. 
c) Se for ajuizada ação para se efetivar a expulsão do sócio, o juiz somente poderá verificar os aspectos 
formais que levaram à exclusão, como, por exemplo, se se respeitou o quórum necessário, não podendo examinar 
o mérito do ato expulsório. 
d) A justa causa é a violação ou falta de cumprimento das obrigações sociais, sendo que o sócio excluído 
não perde o valor patrimonial de sua participação societária. 
Comentário: CC, art. 1.004 “Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no 
contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá 
perante esta pelo dano emergente da mora. Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios 
preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, 
em ambos os casos, o disposto no § 1o do art. 1.031”. 
CC, art. 1030 “Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, 
mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por 
incapacidade superveniente”; 
CC, art. 1031 “Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada 
pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação 
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado”; 
OAB Exame Unificado 2010-3 – tipo 1 branco) 42 A Lei das Sociedades por Ações estabelece responsabilidades para 
os administradores, membros do Conselho Fiscal e para o acionista controlador. A violação a tais deveres pode causar 
responsabilidade civil, administrativa e penal. 
• Em relação aos deveres e responsabilidades dos administradores, conselheiros e acionistas, assinale a 
alternativa correta. 
a) O acionista controlador é sempre o acionista majoritário, ou seja, aquele com maior número de ações da 
companhia, devendo usar seu poder de controle para fazer, a qualquer custo, com que a companhia tenha uma 
maior margem de lucro. 
b) Somente nas companhias fechadas é que todos os administradores são responsáveis pelos prejuízos 
que causarem pelo não cumprimento dos deveres impostos pela lei para assegurar o funcionamento normal 
da companhia, ainda que, de acordo com o estatuto, tais deveres não sejam de competência de todos eles. 
c) A única obrigação do acionista é a integralização de suas ações, não tendo qualquer outra 
responsabilidade para com a companhia. 
d) Para que os administradores sejam responsabilizados pela prática de seus atos, há necessidade de se 
causarem prejuízos efetivos à companhia, e apenas se seus atos forem comissivos. 
Comentário: LSA, art. 116 “Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas 
vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de 
modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioria dos 
administradores da companhia; e b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o 
funcionamento dos órgãos da companhia. Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de 
fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os 
demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e 
interesses deve lealmente respeitar e atender”. 
LSA, art. 108 “Ainda quando negociadas as ações, os alienantes continuarão responsáveis, solidariamente com os 
adquirentes, pelo pagamento das prestações que faltarem para integralizar as ações transferidas” (responsabilidade 
dos alienantes); 
LSA, art. 158 “O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade 
e em virtude de ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder: 
I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo; 
II - com violação da lei ou do estatuto. 
(...) 
§ 2º Os administradores são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento 
dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais 
deveres não caibam a todos eles. 
§ 3º Nas companhias abertas, a responsabilidade de que trata o § 2º ficará restrita, ressalvado o disposto no § 4º, aos 
administradores que, por disposição do estatuto, tenham atribuição específica de dar cumprimento àqueles deveres”. 
OAB 2011 IV Exame Unificado – tipo 1 branco) 51 Em relação à modificação do capital social das sociedades limitadas, 
assinale a alternativa correta. 
a) Há direito de preferência do sócio no caso de aumento do capital social, exercendo, primeiro, esse direito 
o sócio majoritário, que poderá adquirir todas as quotas ou quantas lhe interessarem. Após exercido esse direito, 
caso restem quotas a serem adquiridas, terá preferência sobre os demais quem tiver maior número de quotas, e 
assim sucessivamente. 
b) Para que haja aumento do capital social, não há necessidade de os sócios terem integralizado totalmente 
suas quotas. 
c) Uma das hipóteses para que haja diminuição do capital social é que a sociedade tenha tido prejuízos 
que não serão mais recuperados, devendo-se, nesse caso, haver diminuição proporcional do valor das quotas, 
tornando-se efetiva essa diminuição a partir do momento em que for feita a averbação no cartório competente 
da ata da assembleia que a aprovou. 
d) A diminuição do valor do capital social é direito da sociedade, não podendo haver objeção por parte dos 
credores. 
Comentário: CC, art. 1.081 “Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o capital 
aumentado, com a correspondente modificação do contrato. § 1. Até trinta dias após a deliberação, terão os sócios 
preferência para participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam titulares”; 
CC, art. 1.084, § 1. No prazo de noventa dias, contado da data da publicação da ata da assembleia que aprovar a 
redução, o credor quirografário, por título líquido anterior a essa data, poderá opor-se ao deliberado”; 
CC, art. 1.082 “Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato: I - depois de 
integralizado, se houver perdas irreparáveis; art. 1.083 No caso do inciso I do artigo antecedente, a redução do capital 
será realizada com a diminuição proporcional do valor nominal das quotas, tornando-se efetiva a partir da averbação, 
no Registro Público de Empresas Mercantis, da ata da assembleia que a tenha aprovado”. 
OAB Exame Unificado 2010-2 – caderno 1) 92 No que se refere à cessão de quotas de sociedade empresárialimitada, 
assinale a alternativa correta. 
a) O cedente responde solidariamente com o cessionário perante a sociedade e terceiros pelas obrigações 
que tinha como sócio até 3 anos após averbado no registro competente a modificação do contrato social. 
b) Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem já seja sócio, 
independentemente da audiência dos demais. 
c) A cessão de quotas, consubstanciada na respectiva alteração contratual, terá eficácia entre cedente e 
cessionário somente após a sua averbação perante o órgão competente. 
d) Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, para terceiro, estranho ao 
quadro de sócios, somente se houver a concordância da unanimidade dos demais sócios. 
Comentário: CC, art. 1.003, parágrafo único “Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde 
o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio”; 
CC, art. 1.157 “Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, 
independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um 
quarto do capital social”. 
Parágrafo único “A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do 
art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes”. 
OAB Exame Unificado 2010-1 – caderno Afonso Arinos) 23 De acordo com o que dispõe a Lei das Sociedades por 
Ações, as ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, podem ser ordinárias, 
preferenciais ou de fruição. As ações de fruição 
a) constituem títulos que podem ser atribuídos aos acionistas após suas ações serem integralmente 
amortizadas. 
b) conferem aos titulares apenas os direitos comuns de acionista sem quaisquer privilégios ou vantagens. 
c) conferem ao titular algum privilégio ou vantagem de ordem patrimonial, sem que, entretanto, o acionista 
tenha direito de participação nos lucros reais. 
d) são tipicamente usadas por acionistas especuladores, ou por aqueles que não têm interesse na gestão da 
sociedade. 
Comentário: LSA, art. 44, § 2. “A amortização consiste na distribuição aos acionistas, a título de antecipação e sem 
redução do capital social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da companhia”; 
§ 5. “As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição, com as restrições fixadas 
pelo estatuto ou pela assembléia-geral que deliberar a amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da 
companhia, as ações amortizadas só concorrerão ao acervo líquido depois de assegurado às ações não amortizadas 
valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente”. 
 DISCURSIVAS 
OAB XXIV Exame Unificado – 2018 – Questão 2) As sociedades empresárias S, U e V decidiram constituir sociedade em 
conta de participação, sendo a primeira sócia ostensiva e as demais sócias, participantes. 
 No contrato de constituição da sociedade, ficou estabelecido que: 
(I)os sócios participantes poderão votar nas deliberações sociais na proporção do valor do investimento realizado 
por cada um; e 
(II)o nome empresarial será firma composta pela denominação da sociedade U, seguida da indicação do objeto 
social. 
Com base nessas informações, responda aos itens a seguir. 
A) É lícito estabelecer no contrato da sociedade em conta de participação que os sócios participantes poderão votar nas 
deliberações sociais? (Valor: 0,55) 
B) Está correta a disposição contratual quanto ao nome empresarial? (Valor: 0,70) 
A) Sim. Diante da aplicação supletiva das disposições da sociedade simples à sociedade em conta de participação, por 
haver compatibilidade, é lícita a estipulação contratual, porque os sócios participantes poderão votar nas deliberações 
sociais para discutir e eventualmente aprovar matérias pertinentes aos negócios da sociedade, nos termos do Art. 996, 
caput, c/c o Art. 1.010, caput, ambos do Código Civil. 
B) Não. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo 
sócio ostensivo, em nome próprio e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, de acordo com o Art. 991 do Código 
Civil. Por conseguinte, é vedado à sociedade em conta de participação adotar qualquer nome empresarial (firma ou 
denominação), nos termos do Art. 1.162 do Código Civil. 
OAB XXIII Exame Unificado – 2017 – Questão 1) 
Tanabi Franquias Ltda., sociedade empresária com capital integralizado, foi condenada a indenizar Telêmaco Eletrônica 
Ltda. EPP em sentença arbitral proferida pela Câmara de Arbitragem Z. 
No curso da ação de cumprimento de sentença arbitral, foi requerida pela credora a instauração do incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica, sob a justificativa de obstáculo ao ressarcimento do débito pela devedora, em 
razão de todos os sócios responderem até o valor das respectivas quotas pelas obrigações sociais. 
Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a seguir. 
Sabendo-se que não foi requerida a desconsideração da personalidade jurídica no curso da arbitragem, é possível, como 
medida de urgência, a instauração do incidente no curso da ação de cumprimento de sentença? (Valor: 0,45) 
B) A justificativa apresentada por Telêmaco Eletrônica Ltda. EPP para a desconsideração da personalidade jurídica autoriza 
a instauração do incidente? (Valor: 0,80) 
A) Sim. Não há irregularidade quanto à legitimidade da parte requerer a instauração do incidente de desconsideração 
da personalidade jurídica, inclusive em fase de cumprimento de sentença, com base no Art. 134, caput, do CPC/15. 
B) Não. O pedido de desconsideração da personalidade jurídica deve observar os pressupostos previstos em lei, como 
determina o Art. 133, § 1º, do CPC/15. Assim sendo, a justificativa apresentada por Telêmaco Eletrônica Ltda. EPP, em 
relação à responsabilidade limitada dos sócios, não comprova abuso da personalidade jurídica por parte de sócio ou 
administrador, pressuposto para a desconsideração contido no Art. 50 do Código Civil. 
OAB XXI Exame Unificado – 2017 – Questão 2) 
Silva Jardim é sócio minoritário da Companhia Saquarema de Transportes de Carga, com sede em Volta Redonda/RJ. Em 
razão de dificuldades financeiras, a sociedade empresária recebeu empréstimo no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos 
mil reais) de Silva Jardim, com pagamento integral após dois anos da data da transferência do crédito. A taxa de juros 
remuneratórios pactuada é de 12% ao ano. 
Com escopo de garantia do pagamento do mútuo, a companhia transferiu ao credor dois caminhões de sua propriedade, 
sob condição resolutiva do adimplemento. Também foi estabelecido pacto comissório em favor de Silva Jardim, em caso 
de não pagamento da dívida no vencimento. 
Ao tomar conhecimento da celebração do contrato, o sócio Cardoso suscita a nulidade do pacto comissório em assembleia 
geral ordinária da companhia. 
Com base na hipótese narrada, responda aos itens a seguir. 
A) Tem razão o sócio Cardoso em considerar nulo o pacto comissório? (Valor: 0,70) 
B) O contrato que instituiu o gravame sobre os caminhões em favor do credor deve ser levado ao Registro de Títulos e 
Documentos do domicílio do devedor para sua validade? (Valor: 0,55) 
relacionado aos contratos empresariais e seu objetivo verificar os conhecimentos básicos do(a) examinando(a) sobre a 
disciplina da propriedade fiduciária instituída como garantia ao credor do cumprimento de obrigações oriundas de 
contratos empresariais. Também se pretende aferir se o examinando reconhece a distinção entre as garantias da 
propriedade fiduciária e do penhor, identificando a primeira pelas informaçóes contidas no enunciado. 
De acordo com o Art. 1.361 do Código Civil, “Considera-se fiduciária a propriedade resolúvelde coisa móvel infungível 
que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. ” 
O enunciado informa que “Com escopo de garantia do pagamento do mútuo, a companhia transferiu ao credor dois 
caminhões (coisa móvel infungível) de sua propriedade, sob condição resolutiva do adimplemento”. Portanto, verifica-se 
a adequação do enunciado ao instituto da propriedade fiduciária. 
institui a propriedade fiduciária como garantia, o examinando deverá ser capaz de identificar a nulidade de cláusula do 
pacto comissório (aquela que autoriza o credor a ficar com o bem dado em garantia se a dívida não for adimplida no 
vencimento) e, nos fundamentos, indicar o procedimento a ser adotado pelo fiduciário na realização do crédito. 
Também se espera que o examinando demonstre conhecimento sobre (i) a distinção entre validade e eficácia da inscrição 
do documento que institui a propriedade fiduciária, não sendo necessária a prévia inscrição no Registro de Títulos e 
Documentos (RTD) e sim na repartição competente para o licenciamento do veículo (Art. 1.361, § 1º, do Código Civil), 
sendo indispensável a anotação do gravame no certificado de registro do veículo, para fins de publicidade e eficácia erga 
omnes, (ii) a jurisprudência consolidada no STJ a respeito - Súmula 92: “A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação 
fiduciária não anotada no Certificado de Registro do veículo automotor”. 
A) Sim. O pacto comissório consiste em cláusula que autoriza o credor a ficar com o bem (apreendê-lo para promover 
sua venda independentemente de qualquer ato judicial ou extrajudicial) se a dívida não for paga no vencimento. 
Tratando-se de propriedade fiduciária disciplinada pelo Código Civil, é nula tal cláusula, de acordo com o Art. 1.365 do 
Código Civil. O fiduciário deverá vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, aplicar o preço no 
pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e entregar o saldo, se houver, ao fiduciante, como determina o 
Art. 1.364 do Código Civil. 
B) Não. A inscrição do contrato que instituiu a propriedade fiduciária sobre os caminhões no Registro de Títulos e 
Documentos (RTD) não é requisito de validade do negócio jurídico, pois a eficácia erga omnes depende da anotação no 
certificado de registro do veículo perante a repartição competente para o licenciamento, com base no Art. 1.361, § 1º, 
do Código Civil e na Súmula 92 do STJ: “A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no 
Certificado de Registro do veículo automotor”. 
OAB X Exame Unificado – 2013) QUESTÃO 1 
A Saúde Vital Farmacêutica S.A. é uma companhia fechada, cuja diretoria é composta por quatro membros: Hermano, 
diretor presidente, Paulo, diretor financeiro, Roberto, diretor médico e Pedro, diretor jurídico. Todos possuem atribuições 
específicas estabelecidas no Estatuto da Companhia. Não há Conselho de Administração. 
Em dezembro de 2010, os acionistas apuraram que três funcionários da área financeira da Companhia desviaram, ao longo 
do ano, R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) das contas da companhia, promovendo saídas de capital que poderiam 
ser facilmente identificadas por meio de simples extratos bancários. 
Os extratos bancários eram enviados, mensalmente, a todos os diretores da companhia. 
Os acionistas da Saúde Vital Farmacêutica S.A. procuram um advogado com o objetivo de, independente das penalidades 
cabíveis aos funcionários, responsabilizar a administração da Companhia. 
A partir do caso apresentado, responda aos seguintes itens. 
A. Qual o procedimento judicial a ser adotado? (Valor: 0,5) 
B. Quem pode ser responsabilizado pelo desvio dos recursos? Somente Paulo ou também os demais 
diretores? (Valor: 0,75) 
O examinando deve fundamentar corretamente sua resposta. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não 
pontua 
A. Com base nas informações contidas no enunciado verifica-se que os acionistas da Saúde Vital 
Farmacêutica S.A. procuraram um advogado com o objetivo de, independente das penalidades cabíveis aos 
funcionários, responsabilizar a administração da Companhia. Assim, o procedimento judicial a ser adotado, de 
conformidade com o disposto no art. 159, caput, da Lei n. 6.404/76 é a ação de responsabilidade civil contra os 
administradores, a ser previamente aprovada em deliberação da assembleia geral da companhia. Não será 
pontuada a resposta sem a fundamentação de que a propositura da ação de responsabilidade depende de 
prévia deliberação assemblear porque, como consignado ao final do enunciado, o candidato deverá 
fundamentar corretamente sua resposta e a simples transcrição parcial ou total do dispositivo legal não pontua. 
B. O examinando deve indicar que todos os diretores podem ser responsabilizados pelo desvio dos 
recursos, uma vez que todos foram negligentes, descumprindo com o dever de diligência que lhes é atribuído 
pelo Art. 153 da Lei n. 6.404/1976. Ademais, nas companhias fechadas (caso da Saúde Vital Farmacêutica S.A.), 
de acordo com o Art. 158, § 2º, do mesmo diploma legal, “os administradores são solidariamente responsáveis 
pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o 
funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles”. Assim, 
mesmo havendo atribuição específica para cada um dos diretores, todos são solidários na responsabilidade 
pelo descumprimento de dever imposto por lei. 
OAB X Exame Unificado – 2013) QUESTÃO 2 Os sócios da Sociedade Gráfica Veloz Ltda., atuante no setor de 
impressões, vinham passando por dificuldades em razão da obsolescência de seus equipamentos. Por este motivo, 
decidiram, por unanimidade, admitir Joaquim como sócio na referida sociedade. Joaquim subscreveu, com a 
concordância dos sócios, quotas no montante de R$100.000,00 (cem mil reais), se comprometendo a integralizá-las 
no prazo de duas semanas. O ato societário refletindo tal aumento de capital foi assinado por todos e levado para 
registro na Junta Comercial competente. 
Contando com os recursos financeiros oriundos do aumento de capital e na esperança de recuperar o mercado 
perdido, os administradores da Gráfica Veloz Ltda. adquiriram os equipamentos necessários ao aprimoramento dos 
serviços prestados pela sociedade, comprometendo-se a efetuar o pagamento de tais aparelhos dentro do prazo de 
dois meses. Como Joaquim não integralizou o valor subscrito no prazo acertado, a Sociedade Gráfica Veloz Ltda. o 
notificou a respeito do atraso no pagamento e, após 1 (um) mês do recebimento desta notificação, Joaquim não 
integralizou as quotas subscritas. 
Em função do inadimplemento de Joaquim, a Gráfica Veloz Ltda. assumiu expressiva dívida, na medida em que atrasou 
o pagamento dos equipamentos adquiridos e teve que renegociar seu débito, submetendo-se a altos juros. 
Na qualidade de advogado dos sócios da Gráfica Veloz Ltda., responda aos seguintes itens. 
A) É possível excluir Joaquim da sociedade? (Valor: 0,85) 
B) É possível cobrar de Joaquim os prejuízos sofridos pela sociedade, caso ele permaneça como sócio da Gráfica Veloz 
Ltda.? (Valor: 0,40) 
A. O examinando deverá indicar que, em razão da mora na integralização das quotas, a sociedade pode, ao 
invés de promover a cobrança judicial ou amigável da dívida, excluir o sócio Joaquim, nos termos do Art. 1.058 do 
Código Civil. Trata-se de hipótese clara de exclusão EXTRAJUDICIAL de sócio, portanto não será aceito como 
fundamentação legal o Art. 1.030 do Código Civil, que trata de exclusão judicial. 
B. O examinando deverá responder que, caso permaneça na sociedade, esta poderá cobrar de Joaquim 
indenização pelos prejuízos sofridos com a mora, nos termos do Art. 1.004, caput, do Código Civil. Note-se que a 
pergunta diz respeito à cobrança dos prejuízos sofridos pela sociedade, caso Joaquim permaneça na sociedade. 
Portanto, a pergunta é claríssima já informando que o sócio será mantido na sociedade e não excluído. Se o 
candidato

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