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2 Direito Penal Conteúdo PMPIPMPI Aplicação da Lei Penal; Do Crime; Da Inimputabilidade Penal; Das Penas; Dos Crimes Contra a Pessoa (Art. 121 a 154-B) Dos Crimes Contra o Patrimônio (Art. 155 a 183) 3 Conteúdo PMPIPMPI Direito Penal 4 Introdução PMPIPMPI Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que regula o poder de punir do Estado por meio da tipificação de crimes e da cominação de penas. O DP não se destina a tutelar e proteger todos os bens jurídico, mas apenas aqueles mais relevantes à manutenção do convívio social tais como: vida, integridade física, integridade sexual, patrimônio, honra, probidade, moralidade administrativa, entre outros. Tem como função reger a vida harmônica em sociedade e efetuar o controle social. As fontes do Direito Penal (maneira pela qual a norma jurídica é criada e exteriorizada), são dividas em materia e formais. Cabe aos Legisladores Federais (competência privativa da União) a tarefa de escolher quais bens jurídicos devem ser tutelados penalmente. (fonte material órgãos encarregado de elaborar a norma penal). Direito Penal 5 Fontes PMPIPMPI Fonte Formal Maneira pela qual se exterioriza o direito penal. Se divide em Imediata (Lei) e Mediata (Costumes, Princípios Gerais do Direito e Ato Administrativo). Direito Penal Fonte Formal Imediata Mediata LEI Costumes, Princípios Gerais do Direito e o Ato Administrativo Fontes do Direito Penal Fonte Material Congresso Nacional 6 Princípios PMPIPMPI Como o Direito Penal é a ultima ratio (última linha de defesa), da coletividade na proteção dos seus bens jurídicos mais elementares, deve o legislador observar quais relações sociais podem ser tuteladas, devendo ter como balizador os príncipios do Direito Penal são idéias básicas, elementares, que vão nortear todo o direito penal. Vejamos os mais importantes: Direito Penal Princípios Norteadores do Direito Penal Constitucionais Doutrinários/ Jurisprudenciários 7 Princípios PMPIPMPI Princípios do Direito Penal CONSTITUCIONAIS: Estão expressos (origem) no texto da CF/88; Existem mais de 23 regras/princípios que se aplicam ao DP e DPP; Vejamos os mais relevantes: Princípio da Legalidade Penal/Legalidade em Sentido Estrito/Legalidade Específica: Obs.: No Art. 5° da CF/88 temos duas regras distintas para Legalidade! Direito Penal 8 Princípios PMPIPMPI O Princípio da Legalidade Penal é a Legalidade em Sentido Estrito. As ações e omissões só serão consideradas crimes se forem tipificadas na lei. Direito Penal Legalidade Lato Sensu/Amplo/Genérica Sentido Estrito Vale para todos os ramos do ordenamento jurídico brasileiro e não só para o direito penal. Art. 5, inc. II, CF/88. Ex.: Juiz e porteiro de prédio; Animais domésticos em condomínio; Fechar rua para fazer festa. Art. 5, inc. XXXIX, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. = Art. 1° CP. TEORIA TRIPARTIDE: FT AN CUL 9 Princípios PMPIPMPI Princípio da não retroatividade das normas penais: Art. 5°, XL, da CF/88 Lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Regra: Não retorno ao passado; Exceção: Retroação benéfica. In bonam partem X In malam partem. Obs.: Consequências dos princípios constitucionais ou princípios implícitos: Princípio da Taxatividade/Certeza/Determinação: As leis penais devem ser feitas da forma mais clara possível. Homem comum/médio possa entender. Ex.: Art. 121, Homicídio. Obs¹.: Nem sempre tal princípio é respeitado pelo legislador, vejamos atuais alterações normativas: Art. 155, §6° e Art.121, §2°, incs VI e VII ambos CP. Direito Penal 10 Princípios PMPIPMPI Obs².: Normas/Leis Penais em Branco: São aquelas que para se conseguir definir, conhecer o crime, é necessário fazer consulta a outros dispositivos normativos, penais ou não. Ex.: Lei de Drogas, n° 11.343/06, Art. 33, definição de tráfico de drogas (o que é droga?), devemos observar o rol da Portaria 344/98 do MS/Anvisa. P.D.P. Doutrinários/Jurisprudenciais: Não estão descritos na lei; São criados pela doutrina e jurisprudência; Importantíssimos e complementares, STJ e STF. Direito Penal 11 Princípios PMPIPMPI Princípio da Intervenção Mínima/Excepcionalidade do Direito Penal: O DP NÃO é o ramo do ordenamento jurídico destinado a reger e tutelar tudo que acontece na sociedade; Só deve ser usado quando não for possível a resolução por outro ramo do direito, Princípio da Fragmentariedade, como forma de resguardar a coercitividade. Quanto menos se utiliza na o DP na tutela das relações sociais mais eficiente ele tende a ser. Última Ratio. Carater Subsidiário/Secundário. Princípio da Subsidiariedade, pois o Direito Penal não é o único controle social formal dotado de recursos coativos, embora seja o que disponha dos instrumentos mais enérgicos ; Direito Penal 12 Princípios PMPIPMPI Princípio da Lesividade/Alteridade/Ofensividade; Busca assegurar que o DP só será utilizado para reger as situações que extrapolem a esfera individual, ou seja, aquelas que venham a lesionar a coletividade, terceiros (primeira acepção), ou seja o bem jurípidico tutelado. Visa também separa o direito da moral (segunda acepção). Ex.: Suicídio; Autolaceração. Princípio da Adequação Social; O Direito Penal deve estar sempre atento as transformações nas relações sociais e deve se adequar as novas demandas sociais. Ex.: Crimes cibernéticos. Art. 154-A (Violação de Dispositivo de Informática). Direito Penal 13 Princípios PMPIPMPI Princípio da Insignificância ou da Criminalidade de Bagatela: Mesmo que criminosas, se a situação produzida pelo agente for ínfima, gera pouco ou nenhum dano ao bem jurídico protegido, ao direito pena, a coletividade, ela não deve ser considerada como crime. O reconhecimento da insignificância no caso concreto, EXCLUI o crime, por gerar ATIPICIDADE material da conduta. Obs¹.: Não cabe em crimes onde haja violência e grave ameaça; Obs².: Não cabe em crime de contrabando (Art. 334-A do CP); Direito Penal 14 Princípios PMPIPMPI Requisitos cumulativos (STF e STJ): Obs³.: Cabe no crime de descaminho, divergência entre o valor limite STJ R$ 10.000,00; STF R$ 20.000,00; Direito Penal Mínima ofensividade da conduta do agente Ausência de periculosidade social da ação Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento Inexpressividade da lesão jurídica causada + + + PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA= 15 Questões PMPIPMPI 1- O princípio da insignificância ou da bagatela exclui: A) a punibilidade. B) a executividade. C) a tipicidade material. D) a ilicitude formal. E) a culpabilidade. Direito Penal 16 Questões PMPIPMPI 2- Acerca dos princípios que limitam e informam o Direito Penal, assinale a afirmativa correta: A) O princípio da insignificância diz respeito aos comportamentos aceitos no meio social. B) A conduta da mãe que autoriza determinada enfermeira da maternidade a furar a orelha de sua filha recém-nascida não configura crime de lesão corporal por conta do princípio da adequação social. C) O princípio da legalidade não se aplica às medidas de segurança, que não possuem natureza de pena, tanto que somente quanto a elas se refere o art. 1º do Código Penal. D) O princípio da lesividade impõe que a responsabilidade penal seja exclusivamente subjetiva, ou seja, a conduta penalmente relevante deve ter sido praticada com consciência e vontade ou, ao menos, com a inobservância de um dever objetivo de cuidado. Direito Penal 17 Questões PMPIPMPI 3- O princípio, segundo o qual se afirma que o Direito Penal não é o único controle social formal dotado de recursos coativos, embora seja o que disponha dos instrumentos mais enérgicos, é reconhecido pela doutrina como princípio da: A) lesividade. B) intervenção mínima. C) fragmentariedade. D) subsidiariedade. E) proporcionalidade. Direito Penal 18 Questões PMPIPMPI 4- A ideia de que o Direito Penal, deve tutelar os valores considerados imprescindíveis para a sociedade, e não todos os bens jurídicos, sintetiza o princípio da: A) adequaçãosocial. B) culpabilidade. C) fragmentariedade. D) ofensividade. E) proporcionalidade. Direito Penal 19 Questões PMPIPMPI 5- Sobre os princípios da legalidade e da anterioridade (artigo 1º do Código Penal) é correto afirmar: A) pelo princípio da legalidade compreende-se que ninguém responderá por um fato que a lei penal preveja como crime e, pelo princípio da anterioridade compreende-se que alguém somente responderá por crime devidamente previsto em lei que tenha entrado em vigor um ano anteriormente à prática da conduta; B) os princípios da legalidade e da anterioridade pressupõem a existência de lei anterior à prática de uma determinada conduta para que esta possa ser considerada como crime; C) tais princípios são sinônimos e significam a necessidade da existência de lei para que uma conduta seja considerada crime; D) são incompativeis um com o outro, já que pressupõem circunstâncias diversas; Direito Penal
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