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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM MARKETING
Resenha Crítica de Caso
Alan Patrique Kegler
Trabalho da disciplina CIM na Era Digital
Tutor: Prof. Celina Maria Frias Leal Martins
Cachoeira do Sul/RS
2021
 (
4
)
A “PAYWALL” DO THE NEW YORK TIMES
Referência: 
KUMAR, Vineet. AN AN D, Bharat. GUPTA, Sunirl. OBERHOLZER-GEE, Felix. A “paywall” do The New York Times. Harvard Business School, junho 2012.
Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/
POS579/Biblioteca_48633/Biblioteca_48633.pdf . Ace sso em: 15/02/2021.
O estudo de caso apresenta a trajetória de um dos maiores jornais de todo o mundo, o The New York Times, na implantação da paywall, que é um sistema de assinaturas pagas para os leitores dos conteúdos digitais. O artigo é divido de forma evolutiva com base nos fatos históricos passando pela criação do jornal, pelo surgimento efetivo do mecanismo de paywall e como esta estratégia foi vista por diversas pessoas e empresas importantes.
Em março de 2011 o site do The New York Times, até em então gratuito na maior parte de sua existência, restringiu o acesso. Era disponibilizada aos usuários uma quota de acesso de vinte artigos por mês, e caso excedessem este número eles eram direcionados à assinatura online do jornal. Esta era uma época em diversos jornais tradicionais lutavam para manter a rentabilidade nos meios digitais, portanto, esta ação do The New York Times trouxe a curiosidade, otimismo e algumas críticas.
Em dezembro de 2011 os assinantes no site já eram 390.000 e o presidente do conselho da empresa considerava a paywall um sucesso. Contudo, o sucesso em longo prazo ainda era incerto, uma vez que grande parte dos assinantes foi atraída por promoção de lançamento.
Diante deste cenário o autor do artigo retorna na história e nos faz lembrar como nasceu o Jornal The New York Times, uma das principais empresas de informação do mundo, até os dias atuais. Fundado em 18 de setembro de 1851, até o ano de 2011 o jornal já havia ganhado 106 prêmios Pulitzer e seu jornalismo premiado determinava a agenda de debates da sociedade. A partir de 2011 a indústria do 
Jornal, assim como o The New York Times, sofria pressão com a queda considerável das receitas em decorrência da chegada das mídias digitais, uma vez que grande parte dos seus anunciantes e classificados, que geravam grande porcentagem sua receita, estavam migrando para a internet. Ao mesmo tempo em que a internet representava uma ameaça para os jornais, ela também poderia ser uma nova estratégia para alcançar novos públicos. Por isso, assim que diversos jornais começaram a disponibilizar seu conteúdo online gratuitamente, foi visto um crescimento exponencial no número de leitores. Entretanto, a receita gerada pela publicidade online não era suficiente para controlar as quedas que a internet trouxe o que fez com que alguns jornais locais limitarem a publicação impressa a alguns dias da semana ou extingui-las por completo. No meio do crescimento das tendências digitais, na primavera 2010, aconteceu o lançamento do IPad que foi uma luz para uma nova forma de disponibilizar as notícias, e juntamente com ele o The New York Times lançou seu novo aplicativo para IPad, firmando-se comprometidos com o novo jornalismo digital. O IPad dividiu opiniões quanto a sua efetividade para salvar o jornalismo, e, no outono do ano de 2010, embora 99% dos usurários consumissem notícias através do dispositivo, eles não se mostravam dispostos a manter ou fazer assinaturas de jornal. Tendo em vista estas flexibilizações de assinaturas e as promoções de lançamento, em 2012 o programa digital do The New York Times atingiu a marca de 390.000 assinantes. Sendo considerado, portanto, um sucesso entre alguns especialistas da indústria do jornal. Porém, estas ações não impediram a queda nas receitas do jornal, trazendo dúvida se o The New York Times conseguiria prover um modelo de negócio sustentável com esta estratégia.
Jornais de todo o mundo observaram cuidadosamente a paywall do The New York Times, com a esperança de que ela pudesse prover uma solução para seus futuros incertos, assim, tornando o The New York Times uma inspiração para inserção digital de outros jornais pelo mundo. Era sabido que os principais jornais do mercado não ficariam esperando o inevitável e acelerariam a cada dia sua transição para o digital.
Tendo em vista, toda a história traçada pelo autor, entende-se que o The New York Time traçou uma história de sucesso que faz com que até hoje ele seja referência para outros jornais no mundo. No Brasil, o primeiro jornal a adotar o sistema de paywall foi a Folha de São Paulo em 2012, seguido por outros jornais,cada um com a sua estratégia. A implantação da paywall destaca a necessidade de que os veículos de informações encontrem novas formas de se comunicar com o seu público de forma mais acessível, mais condizente com seu cotidiano e da constante necessidade de apresentar conceitos de valor e custo do serviço prestado. É importante ressaltar, por fim, que a evolução das experiências que desenharam a paywall do The New York Times reforça a evidencia de que mídias digitais e a internet estão em constante mudança, surgindo, portanto, a necessidade de as empresas sempre atualizarem suas interfaces de comunicação com o público para manter-se ativas no mercado e mundo atual.