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Embriogênese do Sistema Urinário FACULDADE ANHANGUERA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina: Ciências Morfofuncionais Veterinárias Aplicadas ao Sistema Gênito Urinário Professora: MV. MSc. Cristiana Kuci Composição Composição Funções •Homeostase •Produção de urina •Eliminação de resíduos do metabolismo •Secreção de hormônios • Renina • Eritropoetina •Participam da ativação da vitamina D3 Embriologia – Gênitourinário • Funcionalmente dividido em: 1- Sistema urinário: excretor 2- Sistema genital: reprodutor • Embriologicamente, sistemas intimamente associados • Folhetos embrionários origem a diversos tecidos e órgãos de animais adultos Embriologia – Gênitourinário • Origina-se do mesoderma intermediário (parede dorsal) desloca-se posição ventral • Elevação longitudinal do mesoderma “Crista urogenital” – origem aos sistemas urinário e genital • O mesoderma intermediário forma os cordões nefrogênicos • Pregas urogenitais • Duas saliências nas paredes dorsais do celoma intraembrionário Embriologia • 4ª semana de vida – início da formação renal Pronefro: rudimentar e não funcional Mesonefro: bem desenvolvido Metanefro: rins permanentes Embriologia Pronefro • Início na 4ª semana nefrótomos • Grupo de células na região cervical que formam unidades excretoras • Estrutura transitória • Não funcional • Degenera rapidamente Desenvolvimento do Pronefro e Mesonefro Mesonefro • Encontra-se na região torácica e lombar superior • Surge no fim da 4ª semana • Caudal ao Pronefro • Consiste em glomérulos e túbulos mesonéfricos que abrem nos ductos mesonéfricos/ Wolff • Funcional entre 6-10 semanas • Fêmeas – mesonefro regride totalmente • Machos – origem ao epidídimo e ducto deferente Metanefro • Localizado na região sacral • Surge no início da 4ª semana • Torna-se funcional 4 semanas depois • Primórdio dos rins permanentes Metanefro • Se desenvolve a partir de: 1. Broto uretérico ou divertículo metanéfrico (parte coletora) • Evaginação do ducto mesonéfrico, próximo à cloaca • Primórdio dos ureteres, pelves renais, cálices e túbulos coletores 2. Blastema metanefrogênico (parte excretora) • Derivado da parte caudal do cordão nefrogênico • Origina os glomérulos, cápsula de Bowman, TCD, TCP, Alça de Henle Desenvolvimento do Sistema Urinário • A filtração glomerular inicia em torno da 9ª semana fetal • A maturação funcional e o aumento da taxa de filtração ocorrem após o nascimento • No início os rins estão na pelve abdômen • Posição adulta na 9ª semana • Próx. às glândulas adrenais Desenvolvimento do Sistema Urinário Desenvolvimento da bexiga e uretra • Cloaca • Septo urorretal: divide a cloaca em: seio urogenital (ventral) e intestino posterior (dorsal) Desenvolvimento da bexiga e uretra O Seio urogenital constitui-se de três partes: 1. Parte vesical cranial: dá origem a maior parte da bexiga urinária 2. Parte pélvica mediana: deriva toda a uretra nas fêmeas e a parte prostática e membranosa da uretra nos machos 3. Parte fálica caudal: cresce em direção ao tubérculo genital, primórdio do pênis ou clitóris Aspectos macroscópicos dos órgãos pertencentes ao sistema urinário Anatomia Renal RINS • Órgão par • Função • Coloração • Forma Anatomia Renal RINS • SITUAÇÃO: • Porção dorsal da cavidade abdominal - região sublombar • Ventral à primeira vértebra lombar – sob as 3 últimas costelas • Pólo cranial do rim direito aloja-se no processo caudado do fígado Anatomia Renal RINS • SITUAÇÃO: • Rim esquerdo pode ser levemente deslocado medialmente – especialmente em ruminantes • Retroperitoneais – Fixados por fáscias, vasos e peritônio na parede da cavidade abdominal • Envolvidos por cápsula adiposa perirrenal – auxilia na proteção Anatomia Renal Peritônio Anatomia Renal Anatomia Renal RINS • CÁPSULA RENAL • Tecido conjuntivo fibroso • Se projeta para dentro do rim, revestindo e se inserindo no seio renal • Presa no hilo renal Anatomia Renal Anatomia Renal Margens Anatomia Renal Tamanho e peso: ESPÉCIE COMPRIMENTO (cm) LARGURA (cm) PESO (g) EQUINO (RIM D) 13-15 15-18 450-470 EQUINO (RIM E) 15-20 11-15 BOVINO 16,5-25 8-9 520-750 SUÍNO 12-13 6-7 150-280 CÃO (MÉDIO) 5-6 3 30-80 Anatomia Renal Intimamente relacionado ao sistema reprodutor Anatomia Renal Anatomia Renal CÓRTEX: Parte mais externa do rim Zona periférica/ Zona justamedular (histo) Coloração pardoavermelhado Aparência granular e radiada Anatomia Renal CÓRTEX: Os grânulos são formados pelos corpúsculos de Malpighi Glomérulo + Cápsula de Bowman Colunas renais – projeções do córtex em direção à medula Anatomia Renal MEDULA Mais resistente Zona externa – escura Zona interna – mais pálida Estriação radial – túbulos coletores e alça de Henle Pirâmides renais Crista renal: projeção da parte central interna da medula para dentro da pelve renal Papilas renais onde se abrem os ductos papilares ÁREA CRIVOSA Anatomia Renal PELVE Origem dilatada do ureter Forma de funil – achatada dorsoventralmente Anatomia Renal PELVE ESTRATIGRAFIA Túnica fibrosa: mais externa e se continua com a cápsula fibrosa Túnica muscular: consiste em fibras musculares lisas longitudinais e circulares Túnica mucosa: não cobre a crista, nem os recessos terminais. Forma pregas longitudinais. Anatomia Renal Anatomia Renal Anatomia Renal Anatomia Renal Anatomia Renal • Rim direito mais cranial • Exceção = suínos! • Impressão renal • Maior estabilidade que o esquerdo Como classificar o rim • MORFOLOGIA EXTERNA • Lisos ou Multilobulares • MORFOLOGIA INTERNA • Nº de pirâmides • Unipiramidal • Multipiramidal MORFOLOGIA EXTERNA • Cães, gatos e pequenos ruminantes: formato de feijão, superfície lisa MORFOLOGIA EXTERNA • Suínos: longos e achatados, superfície lisa MORFOLOGIA EXTERNA • Equinos: Superfície lisa • Esquerdo – feijão • Direito – coração MORFOLOGIA EXTERNA • Bovinos: Alongados, superfície com sulcos (delimitam os lobos) MORFOLOGIA INTERNA • VARIAÇÕES DA MEDULAR EM DIFERENTES ESPÉCIES • RIM UNIPIRAMIDAL • Pirâmide única • Crista renal • Carnívoros, equinos, pequenos ruminantes • RIM MULTIPIRAMIDAL • Mais de uma pirâmide • Papila renal • Bovinos e suínos EQUINOS • RIM DIREITO: • Triângulo equilátero com ângulos arredondados • SITUAÇÃO: • Ventralmente ao 1º processo transverso e duas ou três últimas costelas • MORFOLOGIA: • Face dorsal: convexa e relaciona-se com o diafragma e caudalmente com o músculo psoas • Face ventral: côncava e relaciona-se com o fígado, pâncreas, ceco e adrenal D EQUINOS • RIM DIREITO: • Borda medial: arredondada e mais delgada que a lateral. Apresenta uma incisura profunda que é o Hilo Renal • Pólo cranial: extremidade espessa, arrendondada e em contato com fígado • Pólo caudal: mais delgada, estreita e em contato com alças intestinais EQUINOS EQUINOS • Cálices ausentes • Ductos papilares abrem diretamente na pelve renal por uma papila comum EQUINOS • RIM ESQUERDO: • Forma: Grão de feijão. Mais longo e estreito que o direito • SITUAÇÃO: • Mais próximo do plano mediano, ventralmente à última costela e aos 2 ou 3 primeiros processos transversos lombares • MORFOLOGIA: • Face dorsal: convexa e relaciona-se com o pilar esquerdo do diafragma e com o músculo psoas • Face ventral: convexa e irregular. Relaciona-se com alças intestinais e com a extremidade esquerda do pâncreas EQUINOS • RIM ESQUERDO: • Borda lateral: Relaciona-se com o baço na parte cranial • Medial: Mais longa, reta e espessa que a do rim direito • Pólo cranial: mais afilado • Pólo caudal: mais amplo e largo BOVINOS • Rins divididos em lobos • Aproximadamente 20 lobos BOVINOS •RIM DIREITO: • Alongado e achatado dorsoventralmente• SITUAÇÃO: • Ventralmente à última costela e aos 2 ou 3 primeiros processos transversos lombares • Hilo – parte cranial da face ventral, próximo à borda medial • Extremidade cranial ocupa a impressão renal do fígado BOVINOS •RIM ESQUERDO: • Formato triangular • SITUAÇÃO: • Ventralmente à última costela • “Flutuante” – varia com o grau de repleção do rúmen • Repleto - empurra o rim para a direita e caudalmente, se situando caudoventralmente ao rim direito • Vazio – parcialmente à esquerda do plano mediano BOVINOS • BOVINOS • ESTRUTURA DO RIM • Pelve renal ausente • Ureter inicia na junção de dois tubos largos e de paredes finas Cálices renais maiores Cálices renais menores Papila renal • Não possuem crista renal • Cada lobo possui uma pirâmide renal BOVINOS • ESTRUTURA DO RIM OVINOS E CAPRINOS • Formato de grão de feijão e superfície lisa • SITUAÇÃO: Igual ao bovino • Crista e Pelve renal presente SUÍNOS • Lisos e formato de grão de feijão • Mais alongados • Situados quase simetricamente • Ventralmente aos processos transversos das 4 primeiras vértebras lombares • Rim D não tem contato com o fígado • Pelve em formato de funil Cálices maiores Cálices menores Papilas SUÍNOS SUÍNOS CANINOS • Formato de grão de feijão, superfícies lisas • SITUAÇÃO: • RIM DIREITO – ventralmente às 3 primeiras vértebras lombares • RIM ESQUERDO – ventralmente à 2ª, 3ª e 4ª vértebra lombar • Estômago repleto até a 5ª vértebra lombar • Possuem recessos da pelve renal e crista renal CANINOS CANINOS FELINOS • Relativamente grandes • Veias capsulares que convergem sobre a superfície do hilo • Maior mobilidade do que os rins do cão • Esquerdo • Deslocado cranialmente ou caudalmente em relação à sua posição normal, abaixo da segunda à quinta vértebra lombar • Ambos os rins são palpáveis FELINOS • Veias capsulares* URETERES • Tubos musculares • Urina dos rins à bexiga • Porção abdominal: aderido ao teto da cavidade abdominal. Retroperitoneal. • Porção pélvica: • Macho – Passa pela prega genital, perfura obliquamente a musculatura da bexiga; 2-3cm intramural se abre na face dorsolateral • Fêmea – Passa pelo ligamento largo do útero, passando lateralmente à vagina e se abre na bexiga VESÍCULA URINÁRIA • Órgão musculomembranoso • Oco • Forma, posição e tamanho • Contraída: pequena, globular e se situa sobre ossos púbicos • Aumenta gradualmente de tamanho e assume formato de pêra • Se prolonga em direção ao abdome em carnívoros • Cavidade pélvica em animais de grande porte VESÍCULA URINÁRIA • MORFOLOGIA: • VÉRTICE OU FUNDO: Extremidade cega, arrendondada cranial • Úraco – bexiga e alantóide • CORPO: porção mediana, faces lisas e convexas • COLO: contínuo com a uretra VESÍCULA URINÁRIA • MORFOLOGIA: • CORPO • Face dorsal • MACHO: relaciona-se com o reto, prega genital, partes terminais do ducto deferente, vesículas seminais, próstata • FÊMEA: corpo do útero e vagina • Face ventral • Assoalho da cavidade pélvica e abdominal VESÍCULA URINÁRIA VESÍCULA URINÁRIA • JUNÇÃO URETEROVESICAL VESÍCULA URINÁRIA • FIXAÇÃO • Ligamento mediano • Dobra de peritônio • Ligamentos laterais • Ligamento redondo VESÍCULA URINÁRIA • ESTRUTURA • Túnica serosa: cobre a maior parte da superfície dorsal (peritônio) • Túnica muscular: músculo liso, fibras sem posição definida • Colo – fibras circulares esfíncter vesical • Túnica mucosa: pálida e fina. Frouxamente fixa à musculatura da bexiga • Pregas quando vazia • Trígono vesical* VESÍCULA URINÁRIA • Fibras autônomas • Nervo simpático hipogástrico • Nervos parassimpáticos pélvicos - músculo detrusor • Fibras sensitivas são conduzidas através do nervo pudendo • A irrigação sanguínea é realizada principalmente pela artéria vaginal ou prostática • Suplementada pelas reduzidas artérias umbilicais VESÍCULA URINÁRIA URETRA • FÊMEA: exclusivamente para o transporte de urina • Se projeta caudalmente no assoalho pélvico, ventral ao trato reprodutor • Atravessa a parede da vagina em sentido oblíquo e se abre com o óstio uretral externo ventralmente na união entre vagina e vestíbulo • Comprimento e diâmetro variável URETRA • FÊMEA: URETRA • MACHO: canaliza a urina, o sêmen e secreções seminais • Se prolonga desde uma abertura interna no colo da vesícula urinária até uma abertura externa na extremidade do pênis • Ela pode ser dividida em: URETRA • MACHO: • Parte pélvica da uretra se inicia na abertura interna no colo da vesícula urinária • Parte pré-prostática se prolonga da abertura interna até o colículo seminalum • A parte prostática recebe a companhia dos ductos deferentes e vesiculares e atravessa a próstata • A parte peniana da uretra se inicia no arco isquiático e acompanha o pênis URETRA • MACHO: URETRA • MACHO: URETRA • A parede uretral contém um plexo venoso em sua submucosa, a qual apresenta propriedades eréteis e auxilia na continência urinária • A uretra é envolvida pelo músculo uretral estriado em grande parte de sua extensão • A contração dos fascículos musculares fecha o óstio externo da uretra • Controle voluntário do músculo uretral – fibras do nervo pudendo Não é normal... Não é normal... Não é normal...
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