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Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR AULA DE FISIOLOGIA MUSCULAR – PROF.ª. PATRÍCIA RABELO DOS SANTOS FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR MÚSCULO LISO • Células fusiformes; • Não estriadas; • Contração involuntária, fraca e lenta. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO • Células poliédricas longas e multinucleadas; • Estrias transversais; • Contração rápida, vigorosa e voluntária. MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO • Células alongadas e ramificadas que unem por intermédio dos discos intercalares; • Estrias transversais; • Contração involuntária, vigorosa e rítmica. Propriedades do tecido muscular 1. Excitabilidade elétrica; 2. Contratilidade; 3. Extensibilidade; 4. Elasticidade. A musculatura lisa é menos vigorosa que a musculatura esquelética, porque ela é iniciada por segundos mensageiros. Ao contrário do músculo esquelético que inicia seu mecanismo contrátil com fibras de neuronais. MECANISMO DE CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA ESQUELÉTICA • Célula muscular (diferenciada): Fibra muscular – unidade do músculo • Célula indiferenciada: célula satélite, em processos de micro lesões e fisiológicos são ativadas. É a base da hipertrofia. Dentro da fibra muscular tem um arranjo de centenas de miofibrilas, por sua vez as miofibrilas são constituídas por repetições de sarcômeros, que são constituídos por ACTINA e MIOSINA. A contração muscular é a contração de diversos sarcômeros após um estimulo. O endomísio recobre cada fibra muscular, e as fibras são organizadas em fascículos e é delimitado por tecido conjuntivo (perimísio). Sete fascículos estão cobertos por endomísio, também tecido conjuntivo. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR O sarcolema invagina formando uma rede tubular, túbulos T, que são responsáveis por levar para dentro das fibras musculares o potencial de ação. O retículo sarcoplasmático é bem abundante, ele recobre todas as miofibrilas. Ele é responsável pelo armazenamento de íons cálcio. O túbulo T e o retículo sarcoplasmático estão em intima relação com as miofibrilas. Linha Z é a estrutura do sarcômero e é um aglomerado de proteínas não contrateis. A partir da linha z se projetam filamentos de actina e na região central está a miosina. Célula satélite – recoberta por membrana basal e está intima proximidade com as fibras musculares, mudanças bioquímicas pode favorecer mudanças, como exercícios e essas células pode produzir material proteico. OBS: Hiperplasia: aumento do número de fibras musculares, mas não é tão comum. MIFRIBILAS • Proteínas contráteis: miosina e actina • Proteínas regulatórias: tropomiosina e troponina • Proteínas acessórias: titina e nebulina 1. Titina: parte do disco Z e proporciona elasticidade e estabiliza a miosina 2. Nebulina: auxilia o alimento da actina e também parte do disco Z. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR FILAMENTO FINO (DE ACTINA, TROPONINA E TROPOMIOSINA) Tropomiosina - tem como função ocultar o sitio de ligação da miosina na actina, mas ela é móvel e expõe o sitio de ligação. Troponina – possui três subunidades proteicas, tem afinidade pela actina, outra que tem afinidade pela tropomiosina, impedindo seu deslocamento, e outra região sensora sitio de ligação para o íon cálcio. Quando o cálcio está disponível ele ligase a troponina c e assim a tropomiosina se afasta do sitio de ligação da miosina na actina, então a miosina consegue se ligar na região na actina. FILAMENTO GROSSO (MIOSINA) As cabeças interagem com as actinas formando as pontes cruzadas. Cauda de miosina: 2 cadeias pesadas A força muscular vai depender das interações das pontes cruzadas, quanto mais interações mais o músculo vai contrair. Para que a cabeça da miosina interaja com a actina envolve gasto energético – ATP A cabeça da miosina tem atividade ATPasica. Quando a cabeça da miosina está ligada ao ATP ela não tem afinidade pela miosina, mas logo após a hidrolise é rápida. Quando a miosina fosforila o ADP ela fica com a cabeça em um ângulo de 90º. RIGOR MORTIS: sem ATP as pontes cruzadas não são desfeitas. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR A banda A continua do mesmo tamanho. A banda I que diminui, assim como a banda H e ocorre sobreposição dos filamentos de actina. Ocorre mais sobreposição da actina e miosina. COMANDO MOTOR DESCENDENTE Controle voluntário por meio do sistema nervoso somático. São as vias motoras descendentes que partem do córtex motor de regiões associadas. Fazem sinapses ou não nos núcleos do tronco encefálico de onde partem também os tratos motores descendentes, neurônios motores de primeira ou segunda ordem e esses neurônios motores vão terminar na medula espinhal. Vão fazer sinapses com interneurônios ou com neurônios motores que partem da medula espinhal. Os neurônios motores alfa que partem do corno ventral na região anterior da medula espinhal. Esses neurônios irão até o músculo o qual irá inervar. Eles podem se ramificar e pode inervar várias fibras musculares. Ou apenas uma também. RELAÇÃO DA TERMINAL NERVOSA SOMÁTICA COM A FIBRA MUSCULAR Todas as fibras inervadas por um neurônio são chamadas de unidade motora. Logo o processo de contração muscular é consequência da ativação de inúmeras unidades motoras. O neurotransmissor é a acetilcolina. No sarcolema há receptores de acetilcolina, colinérgicos(nicotínicos). São receptores Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR ionotrópicos – é um receptor e tem um canal que hora está aberto hora está fechado, permitindo a passagem de íons de sódio (no caso do nicotínico) - extracelular para intracelular). O Sódio é importante para formação da despolarização e assim abre canais de cálcio e de sódio voltagem dependente e cria uma onda de depolarização, gerando potencial de ação que será propagado ao longo do sarcolema e dos túbulos T. OBS: na musculatura esquelética o principal ativador do potencial de ação vão ser a atividade dos canais de sódio voltagem dependente. OBS: Na contração da musculatura cardíaca entra muito cálcio através dos canais voltagem dependentes, a partir do ambiente extra celular. O potencial de ação do sarcolema vai culminas na saída de cálcio do reticulo sarcoplasmático. O túbulo T é cheio de canais de cálcio do tipo L, são ativados por voltagem. Esses canais estão acoplados e também são receptores de hidropiridina e está acoplado ao receptor rianodina que está na membrana do reticulo sarcoplasmático. A despolarização dos túbulos T vai ativar o receptor de hidropiridina e abrir o canal de cálcio e isso vai promover a mudança na conformação do receptor rianodina, que também é um canal de cálcio, e vai fazer com que o cálcio saia do reticulo sarcoplasmático para o ambiente miofibrilar. O receptor de rianodina está fechado quando o túbulo T está polarizado, quando a acetilcolina é liberada na fenda sináptica e liga-se ao seu receptor colinérgico ionotropico há a abertura dos canais de sódio e ele entra para o meio intracelular, assim ocorre a despolarização do sarcolema e dos túbulos T, Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR e os canais de cálcio voltagem dependente irão abrir e isso irá gerar potencial de ação que será propagado ao longo do túbu9no túbulo T alcançando o receptor de hidropiridina (no túbulo T ) e irá abrir o receptor de rianodina (no reticulo sarcoplasmático), e o cálcio será liberado no sarcoplasma e irá agir na troponina C e vai permitir que os filamentos grossos (as cabeças da miosina) interaja com a actina e o processo de contração muscular ocorra. A actina vai em sentido da linha média. OBS: O CÇACIOPRECISA ENTRAR NO NEURONIO PRE SINAPTICO PARA QUE OCORRA A LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA NA FENDA SINÁPTICA. OBS: no músculo liso a contração nem sempre ocorre após a geração de potencial de ação. A fibra muscular esquelética é apenas excitada, ela sofre influência apenas do neurônio motor e o neurônio motor só excita a musculatura esquelética. Para o musculo ser inativado, ficar em relaxamento, apenas pela inibição do neurônio motor, não existe um neurotransmissor que relaxa a fibra muscular. Isso acontece no agonista e antagonista do movimento. O antagonista apenas não é excitado, por tanto relaxado. O cálcio que saiu do reticulo tem que voltar para o armazenamento assim como o cálcio que é extracelular. Ele se desliga a troponina C depois da redução de cálcio no meio extra celular e do reticulo sarcoplasmático. A bomba cerca é ativada e bombeia para dentro do RS o cálcio e proteínas na membrana do sarcolema, os trocadores de cálcio e sódio-cálcio que manda para a região extracelular. No reticulo sarcoplasmático o cálcio é tamponado por 2 proteínas: calsequestrina e calreticulina. O potencial de ação é propagado ao longo do axônio. 1ºPotencial de ação do neurônio motor 2ºPotencial de ação na fibra muscular esquelética 3ºAbalo muscular: Reflexo da excitação da fibra contrátil que proporciona a ligação da cabeça da miosina na actina. O período de que antecede o abalo e procede o potencial de ação da fibra muscular esquelética é o período de latência. Quanto mais estimulo a fibra muscular receber mais forte é a tensão e contração muscular. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR Toxina botulínica – bloqueia a liberação de acetilcolina. O musculo fica paralisado. Tétano – a toxina é captada pelo terminal pré- sináptico e conduzida até o corpo celular e a mexe com inibição do neurônio motor. Inibe o inibidor e haverá hiperativação do neurônio motor. FADIGA MUSCULAR Fadiga central e fadiga periférica Um dos fatores da fadiga é o acumulo de fosfato inorgânico depois da quebra de ATP. O magnésio aumentado porque os íons magnésios é tamponado pelo ATP, quando a concentração de ATP diminui o Mg começa a ser liberado. Esses fatores podem inibir os receptores de rianodina na membrana do reticulo sarcoplasmático impedindo a saída de cálcio para contração muscular. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR Além disso Pi ele consegue sair do RS ele vai para o sarcolema se ligando ao cálcio, formando fosfato de cálcio. Quando as fibras musculares esquelética são ativadas para contração muscular há um desbalanço de íons e quando está hiper excitada a quantidade de potássio que sai da célula. O canal de sódio também, depois de um tempo, será inativado. CONTRAÇÕES MUSCULARES 1- Contração Isotônica concêntrica Encurtamento do musculo 2- Contração isotônica excêntrica Estiramento do musculo 3- Contração isométrica -modificação na força, mas não no tamanho Entre fibras diferentes pode haver tipos variados de metabolismo, assim como em uma mesma fibra. Fatores genéticos e exercícios são determinantes das fontes de energia. MECANISMO DE CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA LISA MÚSCULO LISO • Dimensões físicas – todos os tamanhos, ainda que seja menor que a fibra esquelética; • Organizações em feixes ou folhetos; • Diferentes variações (vascular, urinário, respiratório, genital e ocular); • Diferentes funções: determinar o movimento doa materiais dentro do corpo; • Reponde a diferentes tipos de estímulo (múltiplos níveis de controle): inervação autonômica, contração Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR espontânea, hormônios e substancias parácrinas. Junções comunicantes: condução para as demais células. Unitário contrai todo, mas nem todas as células recebem estímulo do neurônio. Não tem junção comunicante. Contração lisa a miosina é o alvo. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR CONTRAÇÃO O cálcio extracelular entra nas células e há sinalizações (IP3) para que abra o canal de cálcio do retículo sarcoplasmático. O cálcio não vai se ligar a Calmodulina vai promover a contração. A quinase de cadeia leve da miosina inativa vai ser ativada pelo completo Ca-CaM e assim haverá ativação da cabeça de miosina, após sua desfosforilação. E a cabeça ativada irá se ligar na actina, com o uso de ATP. A cabeça se liga e continua ligada sem uso de ATP a mais, por isso não entra em fadiga, por isso a contração da musculatura lisa é mais lenta. A miosina só vai se desligar da actina depois da fosfatase da miosina. O cálcio volta para o reticulo sarcoplasmático por meio da SERCA. E também vai para o meio extracelular pela bomba Na-Ca. Quando diminui a concentração do cálcio ele se desliga da calmodulina e a cabeça de miosina será fosforiladas. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR MECANISMO DA CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA CARDÍACA Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR O potencial de ação que vai culminar na contração da musculatura cardíaca vai começar no nó sinoatrial, então irá se propagar para os átrios e para o nó atrioventricular, logo vai se propagar peara os ventrículos pelos feixes de His e fibras de purkinje. O nó sinoatrial é considerado o marcapasso do musculo cardíaco. O nó SA é responsável pelo maior potencial de ação. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR Considera-se o potencial de ação lento, porque o processo de despolarização até disparar o potencial de ação é lento. As próprias células musculares do nó AS e nó AV promovem mudança no seu potencial de membrana de modo a alcança seu limiar, sem estimulo algum. A primeira fase é considerada depolarização lenta, o canal está aberto (canal funny) que será aberto por hiperpolarização. Ou seja, assim que acaba o ciclo já começa a entrar sódio na célula. E o sódio vai despolarizar a célula do nó AS. Depois de despolarizar um pouco, abre um canal de cálcio do tipo T (transiente). Entre cálcio muito rápido e o canal fecha e assim alcança o limiar, iniciando a fase ascendente do potencial de ação, (despolarização ascendente – canal de cálcio do tipo L é responsável)). Em seguida o canal de cálcio se fecha e abre o canal de potássio (tipo rápido de lento). Assim hiperpolariza a célula e abre o canal funny (influxo de sódio). O canal funny é exclusivo do nó AS e nó AV. O potencial de ação no musculo atrial e ventricular. Despolarização rápida quando o sinal elétrico que passou pelo nó sinoatrial, alcançou o átrio e alcançou o ventrículo é causada pela entrada de sódio. Em seguida há um pequeno decréscimo (Repolarização precoce transitória) decorrente da abertura rápida do canal de potássio. E posteriormente há uma manutenção de um platô. O platô é mantido pelo canal de cálcio do tipo L (entrada de cálcio). A fase descendente do potencial é a repolarização mais tardia (canais de cálcio r e l) traz a célula pro potencial de repouso. O receptor de hidropiridina não está aclopado mecanicamente ao receptor de rianodina. Quando o receptor de hidropiridina é aberto, após estimulo elétrico, haverá a entrada de cálcio e ele estimulará o receptor de rianodina a liberar cálcio no sarcolema. Liberação de cálcio induzida por cálcio (CIC). Para o cálcio se desligar da troponina C a concentração de cálcio precisa diminuir através de 4 fontes de retirada. SERCA – vai bombear de volta o cálcio para dentro do RS. Trocador sódio-cálcio – aproveita a energia de difusão do cálcio, 3NA e 1CA. Bomba de cálcio na membrada.Entrada de cálcio na mitocôndria. Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR O ventrículo tem maior força por causa da quantidade de cálcio. Qualquer substancia que aumente a quantidade de cálcio para aumentar a força de contração é chamada de fator inotrópico positivo. O oposto é fator inotrópico negativo. O sistema nervoso parassimpático inerva todo o coração, mas principalmente na região nodal. O efeito é de bradicardia. Diminui força e frequência – com acetilcolina. RETIRADA VAGAL – AUMENTO DA FREQUENCIA. O sistema nervoso simpático age tanto nos nós quanto nos átrios e ventrículos, liberando norepinefrina e epinefrina oriunda da glândula adrenal, se ligando ao receptores beta adrenérgicos do coração promovendo o aumento da velocidade de contração, da força de contração, velocidade de relaxamento. A epinefrina liga-se ao seu receptor que é associada a proteína Gs que converte GTP. A proteína Gs age na adenilato ciclase aumentando o AMPc. O AMPc irá fosforilar a PKA e ativar a AKAP. A AKAP vai estimular a hidropiridina a abrir pra entrar cálcio e abertura dos receptores de rianodina, aumentando a força de contração (efeito inotrópico positivo). Hélida Oliveira Magalhães Cerqueira Medicina - UNIR O efeito cronotrópico vem da modulação dos nodos e o efeito inotrópico vem da modulação dos miócitos, assim como o efeito lusotropico. Efeito lusotrópico. O receptor beta adrenérgico ativa PKA fosforliando o PLB que abre a SERCA – o miocito contrai mais forte e relaxar mais rápido. Porque o cálcio volta mais rápido para o RS – aumento da estimulação dos nodos aumentando a frequência. Mais cabeça de miosina com mais sangue dentro do coração, mais forte é a contração.
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