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Biossegurança @resumosdasaude Apostila com base nas anotações realizadas em sala de aula e com os slides. O presente conteúdo não é da minha autoria. História da biossegurança e tipos de riscos 3 Equipamentos de proteção 7 Limpeza e desinfecção 10 Esterilização 16 Monitoramento de esterilização 18 Níveis de biossegurança 23 Gerenciamento de resíduos sólidos 27 Resistência bacteriana e infecção hospitalar 32 Normas regulamentadoras 35 Histórico e riscos Introdução • Vida + segurança • Conceito amplo: vida livre de perigos • Ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos • Legal: → Manipulação de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e de células tronco, regulamentada pela lei n° 11.105 → Tendo como diretrizes: O estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia; A proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal; O princípio da precaução para a proteção do meio ambiente; • Praticada: → Riscos encontrados nos ambientes laborais → Ministério do Trabalho e Emprego → Agência Nacional de Vigilância em Saúde Histórico • Ignaz Phillip → 1846: verificou que a febre puerperal era responsável pela mortalidade de 10 a 30% das parturientes → Hospital obstétrico de Viena → Passou a sustentar que esta infecção era transmitida de uma mulher para outra pelas mãos dos médicos e parteiras → Trabalhou para convencer seus colegas de que a lavagem das mãos com soluções cloradas antes do atendimento era fundamental → 1865: foi internado em um manicômio, onde morreu aos 47 anos após ter sido espancado pelos guardas • Joseph Lister → 1860: pesquisava uma maneira de manter as incisões cirúrgicas livres de contaminação → 1864: constatou que 45% dos seus pacientes morreram desta forma → Passou a embeber compressas cirúrgicas em uma solução diluída em fenol, além de borrifar a sala cirúrgica com esta substância • Florence Nightnale → 1863: reduziu a incidência de infecção hospitalar, com medidas de higiene e limpeza • Louis Pasteur → 1864: teoria microbiológica das doenças Estabelece que os microrganismos são a causa de inúmeras doenças • Gustav Neuber → 1865: preconizou o uso de avental cirúrgico • Robert Koch → 1876: descreveu os postulados de Koch Uma doença infecciosa especifica é causada por um microrganismo especifico • Von Bergman → 1886: introduziu o processo de esterilização pelo calor úmido • Stewart Halsted → 1886: introduziu o uso de luvas cirúrgicas • 1974: classificação de risco dos agentes etimológicos • 1980: precauções universais na manipulação de fluidos corpóreos 3 • 1984: primeiro workshop brasileiro de biossegurança – Fiocruz • 1995: lei brasileira de biossegurança – Lei 8974/95 • Lei n° 11.105, de 2005 → “Revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, [...] e dá outras providências” → Criação do Sistema Nacional de Biossegurança de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) → Transgênicos e células tronco Comissão de Biossegurança em saúde • CBS • Foi instituída pela Portaria nº 1.683, de 28 de agosto de 2003 • No âmbito do Ministério da Saúde (MS), a Biossegurança é tratada pela CBS • Define estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento das ações ligadas à Biossegurança • Composta por: → Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) → Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) → Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde (AISA) → Fiocruz → Funasa → Anvisa Riscos • Riscos estão relacionados com: → Saúde humana → Qualidade de vida → Meio ambiente • Conceito: A probabilidade que tem um indivíduo de gerar ou desenvolver efeitos adversos em situações próprias do meio • Resultados de uma exposição • Determinam a intensidade do risco: → Ameaça → Vulnerabilidade • Individual → São os riscos que somente um indivíduo está exposto → Tem-se maior controle → Uso de EPI’S • Coletivo → Não se traduz de forma uniforme → Dificuldade de monitoramento e estabelecimento de políticas para seu controle → Envolvimento de vários atores (ex Aids, Covid-19) → Grupos populacionais e organizações envolvidos → Uso de EPC’S Agentes de risco • Qualquer componente de natureza física, química ou radioativa que possa vir a comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos envolvidos • Risco de acidentes → Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo → Que possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral → EX. maquinas e equipamentos sem proteção, arranjo físico inadequado etc. 4 → Queda, corte, eletricidade, incêndio ou explosão • Risco ergonômico → Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas → Causando desconforto ou afetando sua saúde → EX. responsabilidade excessiva, postura inadequada, ritmo excessivo, monotonia, levantamento e transporte manual de pesos/ esforço físico intenso → Síndrome de Burnout É um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante • Risco físico → Provocados por algum tipo de energia 1. Equipamentos que geram calor ou chamas 2. Ruído e vibrações 3. Radiações ionizantes e não ionizantes 4. Equipamentos de baixa temperatura 5. Iluminação • Risco químico → Provocado por substancias, compostos ou produtos químicos → Por meio de suas formas (poeira, nevoa, neblina, gases ou vapores) e pela natureza da atividade de exposição → Absorvidos pelo organismo → Simbologia Substâncias toxicas (inalação, absorção ou ingestão) Substâncias explosivas ou inflamáveis Substâncias nocivas e irritantes Substâncias oxidantes, corrosivas e cancerígenas • Risco biológico → Agentes que podem provocar danos à saúde humana → Infecções, efeitos tóxicos e alergênicos, doenças auto imunes, neoplasias e malformações → Patógenos: vírus, fungos, parasitas, bactérias, bacilos → Contágio: sangue, secreções, urina, fezes, escarro, etc. → Todos os trabalhadores da saúde devem tratar a todos os pacientes e seus fluidos corporais como se estivessem contaminados Prevenir a transmissão • Controle dos riscos biológicos → Pratica, concentração e foco no trabalho → Uso de EPI → Profissionais vacinados → Prevenção • Métodos de prevenção → Vacinação → Uso de EPI – Método de barreira 5 → Uso de EPC → Fazer correta separação dos resíduos ou detritos gerados nos serviços de saúde → Não ré encapar agulhas, entortá-las ou quebrá-las → Desprezar agulhas em material próprio Mapas de risco • Representação gráfica dos fatores presentes nos locais de trabalho capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores → Execução: Identificar os riscos Conhecer o local Representar • Grupo 1 – Risco físico (verde) → Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações, vibrações, etc. • Grupo 2 – Risco químico (vermelho) → Poeiras, fumos, gases, vapores, nevoas, neblinas • Grupo 3 – Risco biológico (marrom) → Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos, etc. • Grupo 4 – Risco ergonômico (amarelo) → Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, ritmo excessivo, postura inadequada, trabalho em turnos, etc. • Grupo 5 – Risco de acidentes/mecânico (azul) → Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, incêndio e explosão, eletricidade, maquinas e equipamentos sem proteção, queda e animais peçonhentos6 Equipamentos de proteção EPI • Equipamento de proteção individual • NR6 (6/1978): dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador destinados à proteção de riscos • Deveres do empregado e do empregador • Segundo a NR6, todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego → Isso garante que ele passou pelos testes de eficácia • A instituição é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, em perfeito estado de conservação e funcionamento • Não evita acidentes, mas atenua a gravidade • Protege o corpo contra efeitos de substancias químicas e/ou biológicas • Responsabilidades do empregado: → Guarda e conservação → Comunicar qualquer alteração que torne impróprio o uso • Proteção de cabeça: → A touca deve ter um tamanho adequado, um bom estado e preservação → Acessório indispensável no bloco operatório → O capacete protege a cabeça contra ferimentos e eventuais descargas elétricas • Proteção auditiva: → A perda de audição é uma das doenças profissionais mais comuns → Não causa dor e os efeitos não são imediatos → Abafador de ruído, protetor de silicone e protetor moldável • Proteção respiratória: → Medidas universais de segurança → Visa formar uma barreira de proteção, a fim de reduzir a exposição da pele e das membranas mucosas → Protetor de fumos e gases, mascara descartável e mascara filtrante → Mascara filtrante: o ar passa através do filtro e retém impurezas. Pode ter filtro para partículas, gases e vapores ou combinados → Mascara isolante: o ar é fornecido através de fonte própria. Pode ser com linha de ar de fluxo continuo, linha de ar pressão de demanda ou autônoma com cilindro de ar → Classificação dos filtros: Classe Eficiência Penetração Indicado para P1 Fraca 80% 20% Partículas solidas (poeiras e nevoas) P2 Media 94% 6% Partículas solidas e liquidas (poeiras, nevoas e fumos) P3 Alta 99% 0,05% Partículas solidas e liquidas (toxinas finas e radionuclídeos 7 Máscaras de filtro pff1, pff2, pff3 e pff2-carvão • Proteção visual: → Proteção contra partículas frontais ou multidirecionais → Inclui proteção contra os raios solares, luminosidade e agentes químicos → Óculos de segurança (incolor, para visão ampla, lente escura, lente amarela, de soldador) e protetor facial • Proteção de membros superiores (mãos e braços) → Luvas descartáveis, luvas de PVC, proteção do frio, proteção do calor, proteção dos químicos e luvas cirúrgicas • Proteção dos membros inferiores (pés e pernas) → Suscetíveis a acidentes causados por riscos de origem mecânica, química, elétrica e quedas → Calçado confortável, eficaz e resistente → Pró-pé, bota com biqueira de aço, calçado hospitalar, proteção das pernas EPC • Preservar a integridade física do trabalhador • Diretamente ligados ao aumento de produtividade e lucros para empresas → Através da minimização dos acidentes e doenças • Lava olhos e chuveiro de emergência: → Capaz de evitar uma possível piora do quadro →A higienização imediata dos olhos, face, mãos e qualquer outra parte do corpo que tenha sido contaminada → Vários tipos Máscara isolante Diversos tipos de óculos de proteção Protetor facial 8 • Extintor: • Caixa de primeiros socorros: → Deve ser mantida em um local de fácil acesso e bem sinalizada → Contém os seguintes objetos: Fitas adesivas Algodão Compressas Faixas elásticas e triangulares Frasco de água oxigenada 10 volumes Soro fisiológico Cotonetes Termômetro Bolsa de água quente • Capela de exaustão: → Exaurir vapores, gases e fumos → Barreira física entre as reações químicas e o ambiente → Contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo • Cabine biológica: → Agentes de risco biológico → Minimiza a exposição do operador, do produto e do ambiente → NB-03 • Capela de fluxo laminar: → Para promover a recirculação de 100% do ar → Criando áreas de trabalho estéreis para o manuseio de materiais que não podem sofrer contaminação do meio externo Chuveiro de emergência com lava olhos embutido 9 Limpeza e desinfecção Introdução • Desde o séc. passado, limpeza e desinfecção de materiais tem sido foco de preocupação dos serviços de saúde • Desconhecimento superestima o uso de desinfetantes para minimizar o risco de infecções • A partir da década de 80, que houve a adequação dos métodos funcionais e desqualificação dos inúteis Risco de infecção • Relacionado ao paciente → Procedimentos invasivos, doenças de base, fatores predisponentes, idade, peso, imunidade, microbiota, entre outros • Relacionado à equipe de saúde → Negligencia, imprudência, mãos dos profissionais como meio de transmissão • Relacionado ao material → Processamento inadequado ou indevido • Relacionado ao ambiente → Produtos inadequados, sobrevivência de microrganismos em matéria orgânica ressecada em temperatura ambiente em objetos inanimados Órgãos responsáveis • OMS • Ministério da saúde (MS) • CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças (internacional) • Anvisa • CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar • Anvisa → RDC n° 50/02: regulamento técnico para projetos em estabelecimentos de saúde → RDC n° 15/12: boas práticas para o processamento dos produtos da saúde → CFM n° 1.804/06: normas e diretrizes para consignado (OPME) → RDC n° 59/10: produtos classificados saneantes → RE n° 5/06: lista de artigos de saúde proibidos de reprocessamento → RDC n° 347/20: critérios e procedimentos para a venda de preparações antissépticas ou sanitizantes Central de material e esterilização • CME • Limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares • Estabelecimentos de saúde • Realiza alguns procedimentos com os materiais utilizados → Controle (recepção e limpeza) → Preparo → Esterilização → Acondicionamento → Distribuição • RDC 50/02: Revestimento que permita limpeza e desinfecção → Piso resistente ao calor, à umidade; parede lisa e plana 10 → Janela ampla, alta e telada → Porta feita de material lavável → Bem iluminada • Barreiras físicas entre as áreas • Área contaminada: recepção dos artigos sujos e a limpeza dos mesmos Recepção de artigos limpeza lavagem separação • Área limpa: preparo dos artigos → Área de preparo: analise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc. → Área de esterilização: montagem da carga, esterilização, acompanhamento do processo e desempenho do equipamento de esterilização → Área de armazenamento: identificação, data de preparo e validade dos artigos → Área de distribuição: define as horas para a distribuição dos artigos para o hospital → Área de recepção de roupas limpas: separação e dobradura • Inspeção • Limpeza • Preparo • Esterilização • Embalagem • Armazenamento Classificação dos artigos • Penetram na pele, mucosas → Tecidos subepiteliais e sistema vascular • Alto risco de infecção • Esterilização • Exemplos: → Agulhas → Instrumentais cirúrgicos → Catetes urinários → Bisturi → Pinças de biopsia → Equipo de soro 11 • Em contato com a pele não integra ou mucosas integras • Desinfecção • Exemplos: → Endoscópios gastrointestinais → Equipamentos de terapia respiratória → Especulo vaginal • Em contato com a pele integra ou não entram em contato com o paciente • Baixo risco de infecção • Limpeza • Exemplos: → Comadres→ Papagaios → Aparelho de pressão → Termômetro → Cubas → Roupas de cama Limpeza • Primeiro passo → Ligada a qualidade final do processo • Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas → Redução da carga microbiana (biofilme) • Água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza • Ação manual ou automatizada • Superfície é preparada para a desinfecção ou esterilização • + limpo, - as chances de falhas na esterilização • Uso correto de EPIs → Aventais impermeáveis →Luvas antiderrapantes de cano longo → Óculos de proteção → Mascaras • Detergente (enzimático) • Escovas • Jatos de água • Água quente • Equipamentos específicos (lavadoras) • Detergente enzimático • Temperatura 12 Desinfecção • Procedimentos físicos ou químicos • Pasteurização → Alto nível – água a 75°C por 30 minutos → Artigos de terapia respiratória → Secagem • Termo desinfetadora → Alto nível – água a 95°C por 60 minutos → Artigos de terapia respiratória, acessórios de respiradores → Comadres → Papagaios → Cubas *Opcional para artigos não críticos • Maior resistência: esporos bacterianos e micobacterias → Soluções de alto nível: Aldeído e ácido peracetico • Resistencia media: vírus pequenos ou não lipídicos e fungos → Soluções de nível intermediário: álcool 70%, hipoclorito de sódio 1%, cloro orgânico, fenol sintético • Baixa resistência: bactérias vegetativas, vírus médicos ou lipídicos → Soluções de baixo nível: quaternário de amônio e hipoclorito de sódio 0,02% Produtos saneantes • Padronizados para limpeza • Efetivo poder de limpeza → Surfactante • Função de remover sujeiras hidrossolúveis e não solúveis • Características: → Bactericida → Virucida → Fungicida → Tuberculicida → Fungicida • Fácil aplicação e efeito imediato • Mobiliário em geral • Desnaturação de proteínas • Desvantagens: → Inflamável → Volátil → Opacifica acrílico → Resseca plásticos e borrachas 13 • Características: → Bactericida → Virucida → Tuberculicida → Fungicida → Esporicida • Ação rápida e baixo custo • Desinfecção de superfícies fixas • Desvantagens: → Instável (Luz solar, pH acido e temperaturas > 25° C) → Inativo em matéria orgânica → Corrosivo para metais → Odor desagradável → Pode causar irritabilidade nos olhos e mucosas • Características: → Biocida Micobacterias, vírus não lipídicos e esporos • Desinfecção de superfícies fixas → Pode ser aplicado em áreas de nutrição e neonatologia • Enxague com água para eliminação do produto • Inativação de enzimas produtoras de energia • Quebra da membrana celular • Desvantagens: → Inativado na presença de matéria orgânica, por sabões e tensoativos aniônicos • Em desuso por conta de sua alta toxicidade • Característica: → Bactericida → Virucida → Micobactericida → Fungicida • Superfícies fixas e mobiliários • Rompe as paredes das células • Inativam enzimas • Desvantagens: → Despigmentação da pele → Hiperbilirrubinemia neonatal → Poluente → Toxicidade • Características: → Esporicida (0,01 a 0,2%) → Efetivo em matéria orgânica → Baixa toxicidade • Superfícies fixas 14 • Desnaturação das proteínas • Desvantagens: → É instável quando diluído → Corrosivo para metais → Atividade reduzida pela modificação do pH → Irritação nos olhos e no trato respiratório Fatores para escolher um saneante • Toxicidade • Odor • Tempo de exposição • Custo x beneficio • Concentração • Corrosão • Ambiente ou objeto a ser desinfectado 15 Esterilização • Operações que removem todas as formas de vida → Incluindo esporos bacterianos • A esterilização garante: → Segurança para pacientes e profissionais → Obediência às normas legais estabelecidas pela Anvisa → Maior vida útil aos materiais médicos → Economia e otimização de recursos Métodos • Artigos críticos e termossensíveis • Produtos utilizados tanto para desinfecção quanto para esterilização: → Compostos fenólicos → Álcoois → Peróxidos → Oxido de etileno → Formaldeídos → Glutaraldeído → Ácido peracetico • Não forma produtos tóxicos, é seguro e de baixo custo • Calor úmido → Auto clave • Calor seco → Estufa • Radiação ionizante → Uso industrial Tipos • Autoclaves gravitacionais • Auto clave a alto vácuo → Ciclo: Drenagem do ar Admissão do vapor Exaustão do vapor Secagem da carga → Os microrganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da pressão e da umidade → Termocoagulação → Desnaturação das proteínas da estrutura genética celular → Não pode ser utilizado em materiais termossensiveis • Estufa • Oxidação das células dos microrganismos → Desidratação do núcleo • Tempo de temperatura não é uniforme • Recomendações: → Não utilizar o centro → Carga pequena → Não abrir a estufa durante o ciclo → Recipientes de alumínio → Carregar a estufa antes de ligar • Mais lento que o calor úmido → Temperaturas mais elevadas e tempos mais longos • Não pode ser utilizado em materiais termossensiveis 16 Embalagem • Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e transportado deverá ser acondicionado em uma embalagem • Reutilizáveis → Tecido de algodão → Estojo metálico → Vidro refratário → Container rígido • Descartáveis → Papel kraft → Papel grau cirúrgico → Papel crepado → SMS → Tyvek (termoseladora) • Isenta de furos, rasgos ou orifícios • Isenta de manchas • Própria para impressão (tintas atóxicas) • Barreira microbiológica • Selagens resistentes 17 Monitoramento de esterilização • Conferir a segurança do processo de esterilização • Reduzir as taxas de infecção • Agregar credibilidade à Instituição • Indicadores físicos, químicos e biológicos Indicadores físicos • Verificar se o equipamento atinge os parâmetros físicos → Tempo, temperatura e pressão • Antes de cada ciclo → De acordo com o modelo e o manual de instruções • Registo manual ou por impressora ligada ao equipamento Indicadores químicos • Indicador de processo • Diferenciam os processados dos não processados • Externos ao pacote • Obrigatório a todos os pacotes • Substrato que reage a uma determinada temperatura • Etiquetadora → Linhas de impressão e tinta indicativa de processo para esterilização a vapor → Permite arquivar no prontuário do paciente de modo seguro → Rastreabilidade de materiais • Teste de Bowie e Dick • Uso em ensaios específicos • Eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo • Uso diário no 1° ciclo, sem carga • 134 °C por 3,5 a 4 minutos • Sem secagem • Pacote teste sobre o dreno • Não recomendável para autoclave gravitacional 18 • Se o resultado apresentar falhas: → Repetir o teste → Se persistir, parar o equipamento → Acionar a manutenção → Realizar novos testes • Indicadores de uma variável → Controla um parâmetro: a temperatura pré estabelecida → No centro dos pacotes • Raramente utilizados • Indicador multiparamétrico → Controla a temperatura e o tempo necessários para o processo • Dentro do pacote 19 • Integrador • Controla temperatura, tempo e qualidade do vapor • Armazenamento em folha de registro do paciente • Mais preciso que a classe 5 • Reage quando 95% do ciclo é concluído • Recusar a carga • Recusar o pacote • Retornar para o CME • Indicador químico classe 4 em cada pacote • Indicador químico classe5 ou 6 em cada carga • Indicador químico classe 5 em cada pacote cirúrgico • Indicadores químicos classe 5 pelo menos no primeiro ciclo Indicadores biológicos • Asseguram que todas as condições estão adequadas → Os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não • Não testa os itens individualmente • Utiliza-se esporos bacterianos resistentes ao calor, que ficam separados do meio de cultura pela ampola de vidro • Rotina diária • Uso em todas as cargas que contenham implantes e instrumentais utilizados para transplantes de órgãos • Manutenção preventiva e corretiva • Pacote teste desafio → Manual padrão AAMI ou já pronto • Posição do pacote: horizontal e próximo ao dreno 20 • Antes de 1970 • Tiras de papel inoculadas com esporos • Acondicionado em envelopes de papel • 7 dias para a leitura • Tiras de papel inoculadas com esporos • Auto contidas com meio de cultua • 24 a 48 horas a 56°C para a leitura • Reação química com a mudança de cor • Leitura visual • Tiras de papel inoculadas com esporos • Auto contidas com meio de cultura • Para processos de esterilização pelo vapor • Identificação de enzimas • 1 a 3 horas, a 56°C • Exposto a luz ultravioleta • Ausência de fluorescência = esterilização aprovada • Reação enzimática com a emissão de fluorescência • Leitura automática 21 • Autoclave: → AORN: diária ou semanal → DIN: 1/250 ciclos • Estufa → Diária ou semanal *Sempre após manutenção suspeita de mal funcionamento ou na esterilização de materiais de implantes 22 Níveis de biossegurança Agentes patogênicos • A classe de risco na qual um agente é classificado está relacionada ao nível de biossegurança correspondente • Avaliação de risco → Estimativa de risco → Dimensionamento da estrutura para a contenção → Gerenciamento de riscos • Virulência: taxa de fatalidade • Modo de transmissão • Estabilidade: sobrevivência do agente no meio ambiente, levando em conta vários fatores (luz, temperatura, etc.) • Concentração e volume: o numero de agentes por unidade de volume • Origem: localização e origem do hospedeiro do agente (humano ou animal, infectado ou não.…) • Medidas profiláticas eficazes: medidas tomadas para evitar a disseminação e contaminação, quando estão disponíveis o risco é reduzido • Tratamento eficaz: cura ou contenção do agravamento de doenças, quando disponíveis o risco é reduzido • Dose infectante • Tipo de ensaio • Fatores referentes ao trabalhador: idade, peso, experiencia, etc. Classificação dos riscos • Os agentes biológicos são divididos em classes de risco • Baixo ou ausente risco individual e para a comunidade • Agentes que não causam doenças Ex. Bacillus subtilis • Moderado risco individual e limitado/baixo para a comunidade • Provocam infecções • Existem medidas terapêuticas e profiláticas Ex. Schistosoma mansoni • Alto risco individual e baixo/moderado risco para a comunidade • Propaga de individuo para individuo • Patologias humanas ou animais, letais • Existem medidas de tratamento e/ou prevenção Ex. Vírus da Encefalite equina • Alto risco individual e para a comunidade • Grande poder de transmissibilidade • Até o momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica • Doenças de alta gravidade • Principalmente os vírus Ex. Vírus da Ebola • Alto risco de causar doença animal grave • Alta disseminação no meio ambiente • Não são patógenos de importância para o homem • Podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos 23 Classificação dos níveis • Representam as condições nas quais os microrganismos podem ser manuseados com segurança • Diretor do laboratório: responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis • Nível básico de contenção • Nenhuma característica de desenho • Bom planejamento espacial • Boas práticas laboratoriais • Treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos, professores e de técnicas laboratoriais • Classe de risco 1 • Práticas: → Reduzir derramamentos e aerossóis → Descontaminação diária → Descontaminação do lixo → Manter programa de controle de insetos/roedores • Barreiras secundárias: → Laboratório com porta → Pias para lavar as mãos → Superfícies fáceis de limpar → Bancos impermeáveis à água → Mobiliário resistente → Janelas fechadas e com telas protetoras → Construção normal, sem ventilação especial • Exposições laboratoriais podem causar infecção • Classe de risco 2 • Laboratórios clinico ou hospitalares de níveis primários de diagnostico • Laboratórios escolares • Adoção das boas práticas laboratoriais • Barreiras físicas primárias: → Cabine de segurança biológica e EPIs • Barreiras físicas secundárias: → Desenho e organização do laboratório • Trabalhos que envolvam sangue, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias → Presença de agente infecciosos desconhecido • Riscos primários: Acidentes percutâneos, exposições da membrana mucosa e ingestão de materiais infecciosos • Mesmas barreiras exigidas para o NB1 • Necessário adotar: → Cabine de segurança instalada → Iluminação adequada 24 → Lava-olhos disponível → Acesso restrito durante o trabalho → Disponibilidade de autoclave → Localização separada de áreas publicas → Ventilação bidirecional • Todas as manipulações deverão ser realizadas em uma cabine de segurança biológica ou em outro equipamento de contenção • Classe de risco 3 • Riscos primários: auto inoculação, ingestão e exposição a aerossóis infecciosos • Contem os itens referidos no NB2 • Desenho e construção laboratoriais especiais: → Prédio separado ou em uma zona isolada → Dupla porta de entrada → Escoamento do ar interno direcionado → Passagem única de ar → 10 a 12 trocas de ar por hora • Barreiras secundárias: → Acesso controlado ao laboratório → Proteger equipamentos geradores de aerossol → Antessala do laboratório, fechada → Paredes, pisos e tetos resistentes à água e de fácil descontaminação → Todo material trabalhado é colocado dentro da capela de segurança → Tubos de aspiração a vácuo protegidos com desinfetante liquido ou filtro 25 • Contenção máxima • Controle direto das autoridades sanitárias • A equipe do laboratório devera ter um treinamento especifico e completo • Classe de risco 4 • Riscos primários: exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele e a auto inoculação • Manipulação de materiais de diagnostico infecciosos, substancias isoladas e animais infectados • Elaboração de um manual de trabalho detalhado • Supervisão dos trabalhadores por profissionais competentes, com vasta experiencia e treinados • Procedimento de segurança específicos • Completo isolamento dos trabalhadores do laboratório em relação aos materiais infecciosos → Cabines de segurança biológica III → Macacão individual com pressão de ar positivo • É obrigatória a descontaminação de todo liquido e resíduos sólidos • Gerenciamento minucioso do lixo gerado • Barreiras secundárias: → Prédio separado ou em uma zona isolada → Escoamento interno do ar unidirecional → Dupla porta de entrada → Sistemas de aperfeiçoamento para o suprimento, exaustão de ar, formação de vácuo e descontaminação → Equipamentos geradores de aerossóis fechad0os hermeticamente → Autoclave de dupla porta → Antessala de entrada fechada → Abertura e fechamento de portas eletronicamente programado → Sistema seguro de comunicação no laboratório → Manter ligados a geradores, os equipamentos responsáveis pelo insuflamento de ar e abertura de portas 26 Gerenciamento de ResíduosSólidos • Lei n° 12.305/10 → Instituiu a Politica Nacional de Resíduos Sólidos (LNRS) • Lei n° 7.404/10 → Regulamenta a LNRS • Desenvolvimento Ambiental Sustentável Embasamento • 21 anos para ser promulgada → Neste período, 55% do descarte foi irregular • Instituir a PNRS • Dispor sobre seus princípios e objetivos • Diretrizes relativas à gestãoi e ao gerenciamento de resíduos solidos • Responsabilização dos geradores e dos protetores • Ratificar as normas do Sinama, do SNVS, do SUASA e SINMETRO Objetivos • Eliminação • Redução • Reutilização • Reciclagem e compostagem • Tratamento • Recuperação energética Gerenciamento dos resíduos sólidos nos serviços da saúde • Resolução 306/04 ANVISA • Resolução 358/05 CONAMA • Hospitais • Farmácias/ drogarias • Lab. Analises clinicas • Consultórios • Clinicas veterinárias • Entre outros 27 • Quem manipula • Os pacientes • O meio ambiente • Minimização dos riscos • Proteger a saúde do trabalhador e da população • Estimular a minimização da geração de resíduos • Permite reduzir o volume de resíduos que necessitam de manejo diferenciado • Prevenção > correção • Classificação → Grupo A – Resíduo infectante → Grupo B – Resíduo químico → Grupo C – Resíduo radioativo → Grupo D – Resíduo comum → Grupo E – Resíduo perfurocortante Grupo A • Risco de infecção • Presença de agentes biológicos • Não podem deixar a unidade geradora sem tratamento → Processos para a redução ou eliminação da carga microbiana (limpeza, desinfecção e esterilização) • A1 Amostras de sangue, liquido amniótico, meios de cultura (classe 1, 2 e 3). Também os instrumentos utilizados para acondicionar ou manipular tais resíduos • A2 Resíduos de animais submetidos a experimentações e os cadáveres • A3 Membros do ser humano e fetos (menor de 20 semanas) 28 • A4 Materiais relacionados com resíduos médico-hospitalares • A5 Materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais (suspeita ou certeza de contaminação); órgãos, tecidos e fluidos Grupo B • Substancias químicas que podem apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente • Produtos hormonais e antibióticos; medicamentos • Resíduos de saneantes, desinfetantes, reagentes de laboratório, metais pesados • Reveladores de fixadores • Podem ser submetidos a reutilização, recuperação ou reciclagem → Quando não forem: devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos • Representado por um pictograma de caveira Grupo C • Materiais radioativos ou contaminados • Quantidades superiores aos limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria Grupo D • Lixo comum • Resíduos domiciliares • Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico • Orgânico, Papel, Vidro, Plástico, Metal, Não recicláveis GRUPO C GRUPO D 29 Grupo D • Objetos e instrumentos contendo cantos, bordas ou pontas capazes de cortar ou perfurar • Agulhas, ampolas de vidro, lancetas, lâminas de bisturi, etc. • Devem ser acondicionados no local de sua geração em embalagens estanques Plano de gerenciamento de resíduos no serviço de saúde • PGRSS • Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos • Reduz ou elimina o risco de contaminação ou de danos ao meio ambiente • Ocorre no próprio estabelecimento → Autoclavagem → Tratamento químico → Irradiação → Micro-ondas → Limpeza • A1 e A2 são obrigatoriamente submetidos • Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura Grupo A: Sacos brancos ou vermelhos; lixeira branca Grupo B: Materiais sólidos em sacos laranjas (com identificação) ou brancos (sem identificação); recipientes com tampas; os materiais líquidos em galões identificados Grupo C: Caixas blindadas 30 Grupo D: Lixeiras comuns, em sacos pretos ou azuis Grupo E: Embalagens especificas para esse tipo de resíduo (descarpack); não deve-se enche-la • Permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS • Reconhecidos pelos símbolos ou rótulos • Transferência dos resíduos do ponto de geração até o local de armazenamento temporário • Separadamente para cada grupo de resíduos • Em horários definidos → Quando não há grande fluxo de pessoas • Sala de resíduos → Pisos e paredes lisas, laváveis e resistentes ao processo de descontaminação utilizado • Guarda temporária dos resíduos já acondicionados • Próximo ao ponto de geração • No mínimo com 2 m² • Obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento • pode ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem • Os resíduos de fácil putrefação devem ser conservados sob refrigeração • Acondicionamento dos recipientes até a coleta externa • Abrigo de resíduos • Os sacos devem permanecer nos contêineres • Acesso facilitado para os veículos coletores 31 • Remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final • De acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana • Empresas terceirizadas • Se necessário • Tratamento térmico → 800°C a 1.200°C → Incinerador → Tocha de plasma → Queimador elétrico • Alto custo • Os resíduos incinerados produzem cinzas contaminantes (metais pesados). Algumas empresas as transformam em energia • No solo ou em locais previamente preparados → Normas técnicas de construção → Licenciado pelo órgão ambiental • Aterro sanitário; aterro de resíduos perigosos; valas sépticas; aterro controlado; lixão ou vazadouro • Os funcionários de cada etapa devem ser adequadamente treinados e obrigatoriamente utilizar os EPIs 32 Resistencia bacteriana e infecção hospitalar Introdução • Bactérias são organismos presentes no meio ambiente → Estão na pele e nas mucosas dos humanos e dos animais • Muitas bactérias não oferecem riscos à saúde → Para evitar a ação dos antibióticos, algumas bactérias utilizam de várias estratégias → Tornando-se resistentes • Essa resistência tornou-se um grande problema para a saúde mundial → Consequências do uso indiscriminado de antibióticos Resistencia bacteriana • Habilidade da população bacteriana de se adaptar • Utilização indiscriminada de antibióticos • Uso racional de medicamentos • Educação em saúde • Boas práticas laboratoriais • Higienização das mãos • Uso de EPIs • Controle de infecção hospitalar Infecção hospitalar • Adquirida durante a internação ou após a alta → Ligada a procedimentos hospitalares • Terapia intensiva, centro cirúrgicos e unidade neonatal → “Habitat natural” para as bactérias • Infecção comunitária → Constatada no momento da internação ou admissão • Tempo de incubação → Intervalo entre a exposição até a aparição dos sintomas • Quanto mais tempo passar no hospital, maior as chances de adquirir uma infecção hospitalar • Condições físicas e estruturais do hospital → Limpeza e higiene más administradas → Gerenciamento de resíduos inadequado • Condições do paciente → Idade → Estresse físico e emocional → Mau uso de medicamentos → Peso • Condições dos profissionais → Falta de conhecimento e ética → Má preparação • Pneumonias • Infecções urinarias • Infecções sanguíneas • Sepse • Sítio cirúrgico Cerca de 30% a 50% de todas as infecções hospitalares são evitáveis33 • Diagnostico e tratamento do paciente que adquiriu a infecção É 3 vezes maior do que outros pacientes • Demanda de leitos • Gastos com processos jurídicos • Dor, sofrimento, diminuição da capacidade produtiva • A transferência de microrganismos de uma pessoa (ou objeto) para outra → Resultando em uma infecção • Visitantes • Constante capacitação • Conscientização dos profissionais → Prevenção e controle de infecções • Ética • Direta → Contato (com pele e mucosa) → Transmissão respiratória (gotículas e aerossóis) → Exposição a sangue e outros líquidos corpóreos • Indireta → Veículo inanimado (superfícies, artigos e equipamentos). Depende da sobrevida do microrganismo → Vetor Medidas de precaução • Quando existir o risco de contato com: sangue, todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções, pele não íntegra e mucosas. • Aplicadas no atendimento de todos os pacientes, independente de suspeita de infecção. Na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou sob suspeita de contaminação. • A higienização das mãos deve ser realizada antes e após contato com paciente • Uso de luvas, caso haja contato com sangue ou líquidos potencialmente infectantes • Deve haver educação quanto ao uso e descarte de materiais perfurocortantes • Uso de avental, caso haja possibilidade de contato com sangue ou líquidos potencialmente infectantes. • Uso de máscara e óculos ou protetor facial, caso haja possibilidade de respingos de sangue ou líquidos potencialmente infectantes • Descontaminação de superfícies • Os microrganismos podem ser transmitidos de uma pessoa a outra através do contato com a pele ou mucosa. Podemos classificar este modo de transmissão em duas categorias: → Contato direto: ocorre quando um microrganismo é transmitido de um paciente a outro → Contato indireto: a transmissão ocorre pelo contato da pele e mucosas com superfícies e nos artigos e equipamentos de cuidados aos pacientes contaminados • Uso de luvas e avental durante toda manipulação do paciente (precisa ser descartado logo após o uso) 34 • Indicações: Conjuntivite viral aguda, Bronquiolite, Hepatite A, Pediculose, Difteria cutânea • Equipamentos como termômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente. • O objetivo principal dessa medida é evitar a disseminação de bactérias resistentes. • Ocorre através do contato com o paciente, por gotículas eliminadas pela fala, tosse, espirros e realização de procedimentos como a aspiração de secreções • O paciente deve ser internado em um quarto privativo • O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. • A porta do quarto deve permanecer sempre fechada • Caso o paciente precise sair do quarto, deverá usar a máscara cirúrgica todo o tempo que estiver fora • Indicações: Doença meningocócica, Gripe, Coqueluche, Difteria, Caxumba e Rubéola • Ocorre por partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro que quando ressecados permanecem suspensos no ar • O paciente deve ser internado em um quarto privativo • Obrigatório o uso de máscara de tipo N95 ou PPF -22 para todo profissional que entrar no quarto • Indicações: M.tuberculosis, Sarampo, Varicela, Herpes Zoster, SARS • O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. • Precaução padrão 35 Normas regulamentadoras Introdução • Portaria n° 3.124/78 • A elaboração das Normas é de responsabilidade de um Grupo Tripartite → Governo: Ministério do trabalho, Agência Nacional do Petróleo, Fundacentro, Bombeiros, etc. → Dos empregadores: Confederação Nacional do Comércio, da Indústria, da Agricultura, etc. → Dos Trabalhadores: A Força Sindical, a CUT, a União Geral dos Trabalhadores., etc. • Regulamenta administrativamente e tecnicamente, a matéria em Segurança e Medicina do Trabalho • Apresentação das NRs • Como está organizada a legislação • Define as atuações das Delegacias Regionais do Trabalho • Obrigações e deveres à empregados e empregadores “Cabe ao empregador: cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares, sobre segurança e medicina do trabalho.” Atualização em 2019: • A obrigação do empregador de implementar medidas de prevenção de acordo com a hierarquia correta • Observação que o direito de recusa é válido para “todas as NR” • Estabelece que todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, ou após modificações substanciais nas instalações e/ou equipamentos, deverá comunicar e solicitar aprovação de suas instalações ao Ministério do Trabalho e Emprego • A aprovação poderá ser a partir de inspeção prévia realizada pelos órgãos regionais do MTE ou a partir de declaração de instalações do estabelecimento • Revogada em 2019 • Estabelece medidas de urgência, adotadas a partir de constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador → Acidente ou doença relacionada ao trabalho, com lesão grave à integridade física do trabalhador • Não é uma medida para punir a empresa, mas, sim para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores • Atualizada em 2019 • Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho • Obrigatoriedade de as empresas organizarem e manterem em funcionamento o SESMT (equipes multidisciplinares) • Proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores • Define o número de integrantes do SESMT e suas especialidades 36 → O técnico de segurança do trabalho, o engenheiro de segurança do trabalho, o auxiliar de enfermagem do trabalho, o enfermeiro do trabalho e o médico do trabalho Nem sempre é necessário que todas especialidades façam parte da equipe do SESMT da empresa. • Comissão Interna de Prevenção de Acidentes • Obrigatoriedade nas empresas organizarem e manterem em funcionamento, uma comissão constituída exclusivamente por representantes dos empregados e empregadores → Evitar acidentes e doenças decorrentes do trabalho • Algumas mudanças em 2019 • Define e estabelece os EPIs que as empresas são obrigadas a fornecer a seus empregados → Objetivando resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores • Define as responsabilidades para o empregador e empregados O empregador deve, além de fornecer o EPI e o treinamento para o seu uso correto, fiscalizar se os colaboradores estão usando o equipamento e se de forma correta • Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional • Obrigatoriedade de todas as empresas elaborarem e implementarem o PCMSO → Garantir a saúde de seus trabalhadores • Define os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais a serem observadas na execução • O que é o PCSMO? → Tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho → Exames admissionais, exames periódicos, mudança de função, exame demissional • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais • Obrigatoriedade de a empresa elaborar e implementar o PPRA • Antecipação e reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho • Consideram–se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho • Os riscos ergonômicos e mecânicos não se enquadram em risco ambiental • Define as atividades, operações, agentes insalubres → São todas aquelas que ultrapassem o limite de tolerância dos agentes físicos, químicos e biológicos que possamdesencadear doenças laborais nos trabalhadores • Estabelece os limites de tolerância dessas atividades • Prevê medidas preventivas • 10/20/40% sobre o salário mínimo • Assegura ao trabalhador que exerça suas atividades em condições de periculosidade o adicional de 30% • As atividades perigosas, incluem as manipulações com explosivos e inflamáveis 37 • Estabelece medidas preventivas, a serem adotadas pelas empresas • Condições de trabalho adaptadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando-lhes conforto, segurança e desempenho eficiente • Não diz respeito apenas a questões posturais, de posto de trabalho, de movimentos e equipamentos para execução das tarefas • Pressão psicológica, estresse, pressão por resultado • Diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde • O empregador deve vedar: a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; e) o uso de calçados abertos • Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas • Em algumas situações a higienização das vestimentas deve ser de responsabilidade do empregador • Os EPIs deverão estar à disposição em número suficiente, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição • A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO • Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente • Capacitação 38
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