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Estudo de Caso

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Estudo de Caso do Café no Brasil
Introdução 
O café possui grande importância para o desenvolvimento econômico do Brasil, pois é a atividade agrícola pioneira na formação econômica das regiões mais dinâmicas do país. O café foi o principal produto que estabeleceu a economia brasileira no século 19, sendo considerado desde essa época, o maior exportador e produtor mundial com 40% da produção total. Nos dias atuais ele é responsável por cerca de 30% da produção mundial, e é considerado o segundo maior consumidor do grão no mundo. A logística e os canais de comercialização do café tem importância representativa para se alcançar o sucesso do escoamento da produção.
Dados obtidos 
Os dados foram obtidos através de pesquisas e análise de livros, revistas e artigos científicos com relação a produção cafeeira, ao mercado consumidor e de exportação. 
Tipos de Café 
Os tipos mais comuns de café produzido no Brasil são o arábica e o robusta, com a maior produção sendo o de café arábica devido sua melhor qualidade. A maior produção de café no Brasil está localizada nos estados de Minas gerais e São Paulo, com Minas Gerais produzindo aproximadamente 50% da produção total brasileira. E o estado de Espírito Santos, é o principal produtor de café robusta. 
Produção 
A produção do café começa com a seleção de semente para a produção de mudas em viveiros até serem transferidas ao cafezal. A colheita do café, em sua maioria era processo manual, porém isso mudou bastante nos últimos anos com a mecanização da colheita nos cafezais das grandes fazendas. A próxima etapa no processo de produção refere-se a produção industrial do café, onde ocorre a lavagem de todos os frutos, para que dessa forma sejam removidas as impurezas e sujeiras. Nessa etapa ocorre também o descarte dos frutos que ainda não amadureceram e a remoção de todas as camadas que envolvem os grãos. E esses grãos são levados para a secagem. Após a secagem são torrados e separados por setores, o café que é vendidos em grãos, o que será moído para a produção de café solúvel e o que será enviado para a produção de derivados do café. 
Bens e serviço
A permuta de bens e serviços funciona por meio de uma comutação ou câmbio entre as partes envolvidas (produto ou ação). Envolvendo a formação dos preços a partir da relação entre as funções de compra e de venda. Para uma análise abrangente (mercado de alimentos), é necessário agregar diferentes tipos de produtos em uma mesma categoria , de forma geral, as categorias de análise agregam produtos e serviços que mantêm certo grau de similaridade entre si (possibilidade de substituição). Assim, ao definir o mercado de alimentos, entende-se que há maior substitutibilidade entre grãos e carnes do que entre grãos e vestuário.
Os compradores e vendedores podem ser indivíduos e suas famílias, empresas e cooperativas agropecuárias e agroindustriais, empresas atacadistas e varejistas, empresas de outros setores da economia, prestadores de serviços e governos. A articulação das negociações ocorre de diferentes formas, a depender do produto e do local de comercialização, estando associada à esfera de circulação da mercadoria e do capital. Geralmente ocorrem compra e venda direta e feiras livres, leilões, centrais de distribuição e parcerias, entre outros.
A inter‐relação desses diversos agentes define os preços dos produtos agrícolas no mercado, porque os preços finais são resultantes do preço da produção, da sua qualidade, da sua sazonalidade e da circulação da mercadoria, a qual pode envolver muitos outros atores que intermedeiam esse processo. Nesse sentido, a cadeia produtiva se aprimora e agrega novos elementos no contexto comercial a partir de características básicas de fluxo instantâneo de capitais financeiros, abertura de mercados, desenvolvimento das telecomunicações, mudanças nos papéis dos Estados‐nação e nas relações de produção‐consumo.
As diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais: número de firmas produtoras no mercado; diferenciação do produto; existência de barreiras à entrada de novas empresas. No mercado de bens e serviços e no mercado de fatores de produção, as formas e mercado, segundo essas três características, são as seguintes: concorrência perfeita, concorrência imperfeita, oligopsônio, monopsônio, monopólio bilateral, monopólio e oligopólio.
Abrangência geográfica 
A abrangência geográfica depende: das características do produto (perecibilidade, valor agregado, relação preço/volume/peso, etc.); da existência de condições naturais específicas (clima e solo), que concentram a produção em regiões bem delimitadas; da tecnologia de distribuição disponível (logística, certificação, controle, etc.); das imposições legais e sanitárias e de acordos comerciais entre países e blocos econômicos; das características organizacionais e das estratégias dos compradores e vendedores.
Preços de Mercado 
O aumento dos preços é um dos motivos que os especialistas mais frequentemente atribuem ao recente boom na produção de café. Dois eventos da década de 1990 contribuíram para esse cenário: geadas em 1994 e secas em 1997. Devido ao aumento de preços pela pouca oferta e alta demanda do produto, os produtores voltaram a investir na cafeicultura, e isso gerou uma expansão na produção geral, como mostra o gráfico abaixo:
Fonte: Secretaria das políticas Agrárias (SPA) - Setembro de 2016
Os preços agregados tanto ao café arábica quanto o robusta variaram muito nos últimos anos, principalmente entre o anos de 2016 a 2018.
Demanda e oferta 
O produto mais tradicional das exportações brasileiras têm perdido espaço tanto na composição dos direitos aduaneiros quanto no mercado mundial desse produto. Representava 70% de nossas exportações na década de 1920, 50% em 1960 e na década seguinte caio a 5%. Hoje, é conhecido como um país que exporta em quantidade, não em qualidade, e recebe preços abaixo da média internacional. A taxa de crescimento nesta década foi de apenas 0,2% ao ano, condição considerada estagnação do consumo. 
Porém, os produtores de café procuraram melhorar não apenas a qualidade como aumentar a quantidade de produção na década atual, batendo o recorde de vendas neste ano. As exportações de café do Brasil em setembro, incluindo café verde, solúvel e torrado & moído, atingiram 3,8 milhões de sacas de 60 kg, com alta de 8,6% na comparação anual, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Além disso, A receita cambial gerada pelas exportações chegou a 458 milhões de dólares em setembro, com avanço de 3,6% ante mesmo período do ano passado.
Exportações 
As exportações dos Cafés do Brasil em setembro de 2020 atingiram o maior volume já registrado para o mês, no total foram 3,8 milhões de sacas de 60kg exportadas, somando café verde, solúvel e torrado & moído, número que representou um crescimento de 8,6% se comparado com setembro de 2019. O café arábica foi responsável por 74,8% do volume embarcado com 2,8 milhões de sacas, enquanto o café conilon teve 17,7% de participação com o embarque de 672,5 mil sacas, um expressivo crescimento de 93,8% se comparado com as exportações desse tipo de café em setembro de 2019. O café solúvel teve 7,5% das exportações do mês com volume equivalente a 283,1 mil sacas de 60kg.
O total exportado dos Cafés do Brasil no atual ano civil – janeiro a setembro de 2020 – foi de 30,5 milhões de sacas de 60kg o que gerou uma receita cambial de US$ 3,9 bilhões. O café arábica teve participação de 77,9% nas exportações do atual ano civil, com 23,8 milhões de sacas. O café conilon foi responsável por 12,2% do volume exportado ao atingir 3,7 milhões de sacas, o que representou um aumento de 22,3% em relação ao mesmo período do ano civil anterior. Com 3 milhões de sacas, o café solúvel correspondeu a 9,8% dos embarques.
Comercialização do café
Os produtos agrícolas estão expostos a diversos riscos e incertezas, inerentes à própria atividade rural, que impactam diretamente os custos de produção e a lucratividade dos negócios. Os principaisriscos são relacionados a produção, ao crédito e ao preço dos agentes que constituem a cadeia produtivas. Esses riscos interferem diretamente nas margens operacionais do produto agrícola. 
A comercialização da safra nova de café do Brasil 2020/21 (julho/junho), que está em colheita, já chega a 34% até o dia 09 de junho. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, que mostram que as vendas evoluíram em 6 pontos percentuais em relação ao mês anterior. a produção de café está em constante crescimento é a previsão para as safras seguinte é uma maior produção e comercialização.
Quadro 1 – Tipos e definições dos canais de comercialização:
	Tipo de canal de comercialização
	Definição
	Exemplos
	Canal de nível zero
	Produtor que vende diretamente ao consumidor final.
	Diretamente nas residências (porta a porta); cooperativa de consumidores; lojas próprias de cooperativas ou associações de produtores.
	Canal de um nível
	Canal que possui um intermediário (varejista) na comercialização dos produtos agrícolas.
	Supermercados, lojas de conveniência, fruteiras, açougues.
	Canal de dois níveis
	Canal que possui dois intermediários (atacadistas e varejistas) na comercialização dos produtos agrícolas.
	Centrais de distribuição, atacados, restaurantes, cozinhas industriais.
	Canal de três níveis
	Canal que possui três intermediários (processadora de alimentos, atacadista e varejista) na comercialização de produtos agrícolas.
	Packing house, agroindústrias em geral, cooperativas agropecuárias.
	Canal de quatro níveis
	Canal que possui quatro intermediários.
	Trading de exportação, centrais de abastecimento.
Fonte: Kotler, 1998 
 Os canais de comercialização são os caminhos que os produto percorrem até chegar ao consumidor, e a escolha desses canais variam devido uma série de fatores, sendo eles: O próprio produto, a região, os agentes comerciais ou intermediários, agroindústrias e serviços que demandam diferentes infraestruturas de logística.
Quadro 2 - Terminologia utilizada nos canais de distribuição:
	Corretor
	Intermediário cuja tarefa é aproximar compradores e vendedores. Não estocar bens, não financia, nem assume risco.
	Facilitador
	Intermediário que auxilia o processo de distribuição, mas não assume a propriedade dos bens e não negocia o processo de compra ou de venda.
	Representante de fabricante
	Empresa que representa e vende os bens de vários fabricantes. É contratada pelos fabricantes, mas não faz parte de suas forças de vendas internas.
	Comerciante
	Intermediário que compra, assume a propriedade e revende mercadorias.
	Varejista
	Empresa que vende bens ou serviços diretamente ao consumidor final para uso pessoal, não empresarial.
	Agente de vendas
	Intermediário que procura clientes e negocia em nome de um fabricante, mas não assume a propriedade dos bens.
	Força de vendas
	Grupo de pessoas contratado diretamente por uma empresa para vender seus produtos e serviços.
	Atacadista (distribuidor)
	Empresa que vende bens ou serviços comprados para revenda ou uso empresarial.
Fonte: Kotler, 1982
As funções realizadas pelos intermediários tornam o sistema de comercialização eficiente com relação principalmente a distribuição, pois colaboram para o fluxo de produtos, serviços e informações.
Estratégias de Segmentação 
O café possui como estratégia principal dentro do mercado brasileiro, a comercialização de uma bebida quente e energética. O consumo interno de café aproximasse de 21 milhões de sacas no período de novembro de 2017 a outubro de 2018, retratando um crescimento de 4,80% com relação ao período anterior. Em outras palavras, o café além de ser um produto de comercialização popular no território brasileiro, seu consumo vem se expandindo ao longo dos anos. 
Devido a esse fator, a produção de café não possui um nicho de mercado explorado. Pois seu consumo é contínuo tendo variação apenas no preço de oferta de grãos, tendo como exemplo o caso da severa seca que atingiu a região produtora de café conilon em 2016 e 2017, trazendo como consequência uma oscilação nos preços finais. E mesmo assim o brasileiro não reduziu a compra de café dentro do país. 
Estratégias de Comercialização 
A indústria do Café está sempre procurando atender seus clientes da melhor forma possível, atendendo os mais diferentes e rigorosos paladares e gostos. A empresa ainda propõe uma realização de valores, tais como: ética e comprometimento para buscar sempre a satisfação do cliente, desempenhando diariamente o aperfeiçoamento, tendo sua equipe mantida no mesmo foco para seu sucesso, mantendo a fidelidade de seus clientes com responsabilidade e respeito, garantindo o crescimento da empresa, tornando o café brasileiro, independente da marca uma enorme variável no mercado mundial tendo como exemplo os valores das datas indicada e podendo ser evidenciada uma variável queda no valor tanto nacional como internacional, tendo por exemplo no dia 29/10/2020 a saca do café custava R$ 412,13 e U$ 71,66 e atualmente nos dias 05/11/2010 com os valores de R$ 409,12 e U$ 73,76, tendo uma variável em vista das eleições americanas, podendo influenciar na exportação do produto e na queda do dólar.
Considerações finais
Essa pesquisa possibilitou um melhor entendimento sobre a comercialização do café é os componentes que fundamentam principalmente a logística de mercado. Visando também o conhecimento sobre o crescimento de produção desde a última década, o consumo e exportação do produto, e o valor que é agregado ao café ao longo das safras. 
Referências 
KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento e implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
http://www.unicerp.edu.br/revistas/rumos/20191/artigo3.pdf
http://gcrmag.com. Cafés personalizados podem ser nicho no mercado de bebidas quentes.
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias/746-2016-10-17-16-38-50
https://www.terra.com.br/economia/exportacao-de-cafe-do-brasil-em-setembro-tem-recorde-para-o-mes-diz-cecafe,b9b3090fd15ba00665488d305cdbab089o1fvspo.html
https://www.cafepoint.com.br/noticias/giro-de-noticias/a-origem-do-cafe-conilon-56271n.aspx
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/126824/1/Determinantes-da-demanda-internacional.pdf
https://www.google.com.br/amp/s/fia.com.br/blog/mercado-mundial-do-cafe/amp/
http://www.sbicafe.ufv.br/handle/123456789/780
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/48512453/consumo-mundial-de-cafe-em-2019-atinge-168-milhoes-de-sacas
https://paranaportal.uol.com.br/agronegocio/safra-brasileira-de-cafe-conab-recorde-2020/
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/56818736/exportacoes-dos-cafes-do-brasil-em-setembro-de-2020-batem-recorde-historico
https://loucodocafe.com.br/processo-de-producao-de-cafe/
http://consorciopesquisacafe.com.br/arquivos/consorcio/consumo/Press_release_consumo_final_vs_04_02_19.pdf 
 Fonte: Revista Cafeicultura / Tradução por Juliana Santin

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