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2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO Práticas Educativas Em Saúde - Enfermagem RENATA ALMEIDA DA SILVA RA:G12CFJ8 EUTANÁSIA SÃO PAULO/ SP 2020 RENATA ALMEIDA DA SILVA RA:G12CFJ8 EUTANÁSIA Projeto da Disciplina Práticas educativas em Saúde (PES) apresentado a universidade Paulista no curso de Enfermagem. Prof. Maria Inês Puccia SÃO PAULO/ SP 2020 SUMÁRIO 1. Introdução....................................................................................................4 2. O que é Eutanásia e sua origem ...............................................................5 3. Tipos de Eutanásia......................................................................................6 4. Cuidados Paliativos....................................................................................7 5. Eutanásia em Animais................................................................................8 6. Religiões e a eutanásia...............................................................................8 7. Países que concedem a Eutanásia............................................................9 8. Conclusão...................................................................................................11 9. Referência Bibliográfica............................................................................12 1. INTRODUÇÃO Tema ainda polêmico, divisor de muitas opiniões, proibido no Brasil, liberada em outros países. O nível de sofrimento físico e psicológico que o ser humano chegaria para cogitar a possibilidade de cometer um suicídio assistido é de fato incalculável e individual. Atualmente Covid-19 já matou mais de 2 milhões de pessoas e a cada 10 pessoas contaminadas 7 morrem sem oxigênio, e o ‘que os profissionais que ali estão querem proporcionar para seus clientes nada mais é que uma boa morte, afinal todos nós iremos chegar ao fim, e seria ótimo que esse fim fosse uma despedida harmoniosa para aqueles que têm plena convicção que a medicina não poderá fazer mais nada além do que já fizera. Praticar a eutanásia é o que querem aqueles que não conseguem desfrutar da vida de uma forma harmoniosa e indolor ou ter a opção, já que vivemos de forma democrática. Governo se preocupa com o alto índice de suicídio, isso é um dos fatos que vem crescendo entre jovens e adolescentes. Tema ainda polêmico, divisor de muitas opiniões, proibido no Brasil, liberada em outros países. O nível de sofrimento físico e psicológico que o ser humano chegaria para cogitar a possibilidade de cometer um suicídio assistido é de fato incalculável e individual. Atualmente Covid-19 já matou mais de 2 milhões de pessoas e a cada 10 pessoas contaminadas 7 morrem sem oxigênio, e o ‘que os profissionais que ali estão querem proporcionar para seus clientes nada mais é que uma boa morte, afinal todos nós iremos chegar ao fim, e seria ótimo que esse fim fosse uma despedida harmoniosa para aqueles que têm plena convicção que a medicina não poderá fazer mais nada além do que já fizera. Praticar a eutanásia é o que querem aqueles que não conseguem desfrutar da vida de uma forma harmoniosa e indolor ou ter a opção, já que vivemos de forma democrática. Governo se preocupa com o alto índice de suicídio, isso é um dos fatos que vem crescendo entre jovens e adolescentes. 2. O QUE É EUTANASIA E SUA ORIGEM Nada mais é que uma boa morte, uma morte sem dor, abreviando a vida de pessoas idosas ou com patologias incuráveis degenerativas, nome dado pelo inglês filósofo Francis B acon no século XVII na sua obra “Historia vitae et mortis”, Eu + thanatos que significa boa morte ou morte sem dor para outros estudiosos significa, morte fácil, morte boa e honrosa, alívio da dor, de modo geral é uma interferência na vida, ato de provocar a morte por compaixão, fuga da dor em culturas que reprovam a prática. Se entende que o ser humano deve viver com dignidade, condições aceitáveis, eutanásia então pode ser definida como antecipação da morte, oferecendo uma morte humanizada, com o grau de sofrimento menor, podendo perceber a diferença da eutanásia para um suicido que segundo o Minidicionário Larousse de língua portuguesa é o ato ou efeito de suicidar-se, desgraça ou ruína provocada pela própria vítima, visto pelo filosofo Sêneca como a parte da liberdade individual levada ao extremo. O sofrimento impede o paciente de enxergar algo positivo, necessário se aproximar do íntimo, para entender sua história e ter empatia para compreendê-la, não podemos julgar a dor do outro, deve se relacionar com sua dor, criar laços de carinho, solidariedade e amizade ajuda o paciente terminal a resgatar o sentido da vida, o sofrimento pessoal é consequência do progresso da doença, medo da morte, quando se descobre o quão pequenos somos, o quanto a vida é curta, o que se poderia ter feito diferente, e qual seria o caminho percorrido após a eutanásia é a principal pergunta, não se tem certeza que será realmente um alivio dessa dor, religiosos afirmam que o ato seja imperdoável pra Deus segundo a bíblia. Doentes terminais terem o direito em países de abreviarem a própria vida quando estão em fase terminal só é aceito se nenhum meio amenizar a dor física, psicológica e espiritual, antes tratasse com morfina e analgésicos para que se evite a eutanásia, assim a eutanásia não se aplicaria para suicidas, apenas para pessoas fisicamente doentes. Não se apoia o suicídio mas sim a qualidade de vida, dando a liberdade para o mesmo decidir até onde ele quer ir, e quando não quiser mais “lutar” simplesmente se reunir com seus familiares, podendo ter a liberdade da escolha e solicitar a eutanásia, se despedindo antes, se desculpando, ficando em paz para partir, seus familiares podendo estar perto no momento, transmitindo amor, segurança e carinho, afinal nossa única certeza nessa vida é a morte e mesmo sabendo isso assusta a maioria. Método mais conhecido para praticar a eutanásia é dando medicamento que provoque sono e depois de dormir um analgésico potente para causar perda de consciência e por último altas doses de substâncias como cloreto de potássio de forma endovenosa, causa arritmia, dura de 1 a 3 minutos, sangue para de ser enviado ao cérebro e em seguida o paciente morre, no país onde se é permitida a eutanásia é no valor de R$ 15.000,00 reais na Suíça, valor variado entre países. 3. TIPOS DE EUTANÁSIA Eutanásia passiva: Se interrompe tratamentos, assim a vida não é prolongada, considerando a ausência de melhora com todas as possibilidades terapêuticas. Eutanásia ativa: Faz aplicação de drogas letais ou do desligamento dos aparelhos que mantem o paciente vivo. Eutanásia eugênica: Eliminação indolor dos enfermos, incuráveis, inválidos ou dos idosos com o intuito de aliviar a sociedade de pessoas. Eutanásia criminal: Baseada na eliminação de criminosos socialmente perigosos. Eutanásia experimental: Elimina-se pessoas para o progresso da ciência, existe a classificação do paciente que deseja morrer, que de forma voluntária se dispõe. Eutanásia involuntária: Sem o consentimento do paciente, classificada também como “homicídio”. Eutanásia autônoma: Quando se prescreve dose alta de medicação ou encoraja o sujeito a cometer o ato. Ortotanásia: Morte natural não se prolonga a vida com procedimentos invasivos. Distanásia: Proporcionar recursos o mantendo vivo. Mistanásia: Quando sujeito morre com motivo evitável por ter seu acesso à saúde negado. DNR do inglês Do Not Resuscitate significa não ressuscitar, artifício comum nos Estados Unidos, documento que impede médicos de reanimarem ou prolongarem a vida de um paciente. Em 1998 primeira vez que a eutanásia foi autorizada, em Oregon na costa oeste, por uma mulher de 80 anos que sofria de câncer de mama, com a expectativa de 2 meses, ingeriu uma dose letal de Barbitúricos misturado com xarope e uma dose de conhaque. Houve o caso de Jack Kevorkian nasceu em Detroit conhecido como “doutor morte” que defendia a eutanásia nos anos 90, para fazer do suicídioassistido um direito do paciente, nasceu e 1928 e faleceu em 2011, inventor da máquina do suicídio nomeada de Tanatron, aplicando drogas letais aos pacientes. 4. CUIDADOS PALIATIVOS Tratamento de apoio que deve ser dado nos últimos dias aliviando a dor, de acordo com seus desejos, preparando-o para a morte, momento de amadurecimento espiritual para todos os envolvidos, não hesitando em ofertar nutrientes e hidratação da forma que puderem ser ministrados. Inclui nos cuidados paliativos toda a equipe de saúde, médicos, enfermeiros, psicólogo, assistente social e principalmente a família, precisa que o paciente se sinta em paz para partir e enfim descansar. Maria Goretti Maciel, médica no hospital Servidor Público Estadual em São Paulo criou a enfermaria de cuidados paliativos, dando qualidade de vida a pacientes terminais, sem uso de aparelhos e tratamentos invasivos, o objetivo é cuidar não só do paciente mas também da família, a expectativa dos familiares para saber o momento que irá acontecer, amenizar a ansiedade é incluído nessa receita observando a família e confortando pois só irá acabar o sofrimento quando for o momento já que no Brasil a eutanásia é proibida. A prática da eutanásia no Brasil é considerada crime de “homicídio privilegiado” pena de 6 a 20 anos podendo ser reduzida em ⅓ ou ⅙ de acordo com a decisão do juiz. 5. EUTANÁSIA EM ANIMAIS Permite-se no Brasil a eutanásia em animais § 1º do artigo 14 da lei nº 11.794 de 2008, valor chega a R$ 350,00 reais, existem 20 formas entre métodos químicos e físicos, nos cães usam na maioria métodos químicos, inclui o uso de anestésico geral, local e outra droga, a prioridade é para que o animal não sinta dor, só pode-se fazer com a autorização dos tutores, depois da eutanásia pode cremar, deixar na clínica, existe o cemitério de animais também ou enterrar no próprio quintal e somente um profissional pode realizar o procedimento, para realizar corretamente de acordo com a raça, tamanho, estado de domesticação, comportamento, presença de dor ou sofrimento pra garantir a segurança do animal e pessoal envolvido, animal deve estar gravemente ferido com impossibilidade de tratamento ou portador de doença terminal. 6. RELIGIÕES E A EUTANÁSIA A principal barreira para eutanásia é a religião, na maioria das culturas eutanásia é vista como passagem direta para o inferno, dito por muitos: Deus deu a vida e só Ele poderá tirar, e vemos sacrifícios religiosos dos mesmos, como por exemplo em 1979 houve o sacrifício de 918 pessoas em nome do fanatismo religioso realizado pelo pastor Jim Jones, sacrifícios praticados desde a antiguidade na religião chinesa, pelos incas, astecas e maias. A igreja católica diz o pecado do suicídio ser perdoável, se recomenda a oração para aqueles que no desespero tiraram a própria vida, para que se arrependam e sejam perdoados, assim levando uma palavra de esperança. Para os islâmicos o Alcorão proíbe o suicídio, há uma recomendação no livro que diz: Não cometais suicídio pois Deus é muito bom para convosco (Alcorão 4:29) ², ensina-se a abraçar a causa da fé de modo que não use da violência nem suicídio. Budismo, entre os valores preservados na fé estão crescimento pessoal e a busca pela iluminação, um dos primeiros ensinamentos é a proibição do homicídio, incluindo o atentado contra a própria vida, a prática segundo eles interfere no carma e reencarnação e exige uma vida regrada. No caso do hinduísmo a algumas breves exceções em relação ao suicídio, alguns ramos hindus praticam aquilo que é conhecido como prayopavesa, isto é a prática do fiel de se recusar conscientemente a receber alimentos, acarretando seu falecimento, costume permitido somente em casos de pessoas idosas, com problemas extremos de saúde física, mesmo assim o hinduísmo recomenda que essa prática seja feita em paz e serenidade, jamais nutrindo sentimento de medo e desespero. No islamismo a eutanásia é considerada ilícita, mesmo que o inferno agonize de dor, acredita que cada pessoa tem na sua vida lições, tarefas, deveres e punições a se cumprir, sendo assim a pessoa que passa portadora de doenças e suas complicações está pagando por seus erros ou pecados, praticando a eutanásia estaria se livrando da pena este indivíduo. Assim o enfermo deve responder pelos seus atos perante a Deus, sem nenhuma interferência de outra pessoa. 7. PAÍSES QUE CONCEDEM A EUTANÁSIA A abertura da lei para o suicídio assistido ficar a critério do paciente começou nos E.U.A em apenas cinco estados, começou em Oregon em 1994, depois Holanda em 1997 com 51% de aprovação da lei morte com dignidade, mediante a alguns critérios como: ser maior de idade, fazer o pedido ao médico duas vezes de forma verbal e a terceira por escrita, diante de uma testemunha, ser portador de uma doença incurável com menos de seis meses de vida. Washington em 2009 através de referendo e Vermont por lei em 2013, Montana em 2009 depois de decisão na mais alta instância judicial do Estado, e em 2015 California. Bélgica em 2002 com termos não muito diferentes permite eutanásia e suicídio assistido, inclusive em menores de qualquer idade desde que tenha acompanhamento médico e psicológico comprovando doença incurável, tenham capacidade de discernimento comprovado pelo médico responsável pelo processo ou psiquiatra infantil, pedido deve partir do paciente e seus representantes legais, casos são acompanhados por comissão especial e psicólogos. Holanda foi o primeiro país a legalizar e regulamentar a prática em abril de 2002, dando contornos legais a prática que já vinha sendo tolerada, lei determina que quem comete crime a pedido do próprio é isento da condenação, o ato cumpra do médico exigências legais, pedido expresso do paciente consciente, vítima de doença incurável e sem perspectiva de melhora o processo implica o acordo de dois médicos, permitida em menores a partir de 12 anos com permissão dos pais, impossibilitada em portadores de demência. Suíça rapidamente se associa a prática da eutanásia devido ao mediastino da organização como a Dignitas ou Exit, mas na verdade é proibida na suíça (homicídio a pedido da vítima é punido, pena de prisão ou multa). Suicídio assistido é permitido, desde que não seja por motivos fúteis, por exemplo: para receber herança. Esta formulação legal permite atividade daquelas empresas, que ajudam os pacientes (Dignitas no caso, nacionais e estrangeiros), a cometer suicídio, apontada como “turismo da morte”. 8. CONCLUSÃO Em virtudes dos fatos mencionados conclui-se que a eutanásia é um processo indolor, permitido dispõe ao paciente decidir ou não a realizar, dessa forma tornando o indivíduo o principal autor. Opção para praticar ou não é o que realmente se está em questão no momento que o indivíduo se depara com uma patologia incurável ou envelhecimento doloroso, a decisão de esperar a morte chegar ou marcar um encontro com a mesma só cabe ao paciente, na intimidade de seu lar ou hospital não se sabe o tipo de cuidados quer irá se deparar, o tempo desse sofrimento se prolongar não terá cura, a dor não o tornará forte. Países que autorizam a prática do suicídio assistido ou eutanásia podem ser acessados para a tal finalização, então concluímos que se a família dispõe de uma situação financeira favorável irão realizar para seu familiar um último adeus digno, então deveria dar essa opção a todos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livro: Grandes problemas, sociais, ambientais e éticos, autor: Luciano Azambuja. Livro: Bioética, pessoa e vida: uma abordagem personalista, autor: Dalton Luiz de Paula Ramos. Livro: Eutanásia e Suicídio assistido, autor: Luciano Maia Alves Ferreira. Site:https://jus.com.br/artigos/23299/da-eutanasia-no-direito-comparado-e-na-legislacao-brasileira#:~:text=A%20palavra%20EUTAN%C3%81SIA%20foi%20criada,e%20THANASIA%2C%20equivalente%20a%20morte. Site: https://veja.abril.com.br/saude/morre-aos-83-jack-kervokian-conhecido-como-dr-morte/.
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